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A Faculdade de Engenharia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Guaratinguetá, interior de São Paulo, expulsou quatro alunos que teriam aplicado um trote violento contra uma universitária de 21 anos. Em decorrência, a estudante chegou a entrar em coma e ficou internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Outros quatro estudantes foram suspensos por 120 dias e um nono investigado recebeu suspensão de 45 dias. Um inquérito aberto pela Polícia Civil também apura o caso. Os estudantes não tiveram os nomes divulgados, o que impossibilitou o contato com suas defesas.

O trote aconteceu em julho de 2023, mas a comunicação das punições dos envolvidos foi feita no último dia 2, através de rede social oficial da instituição, após o encerramento do processo administrativo que apurou o caso. A expulsão dos quatro alunos foi formalizada por meio de publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, já que se trata de instituição pública.

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Segundo a nota divulgada pela faculdade em sua página no Instagram, as apurações de âmbito administrativo se detiveram em duas repúblicas, uma em que o trote teve início e outra onde teve "seu gravíssimo desfecho". Quatro comissões adicionais serão instituídas para apurar o ocorrido em outras repúblicas citadas em denúncia registrada na Ouvidoria Geral.

Conforme a instituição, no âmbito policial, um inquérito apura o crime de lesão corporal de natureza grave atribuída a sete alunos que teriam participado do trote. Atendendo a pedido do 2º Distrito Policial de Guaratinguetá, onde o caso é apurado, a Unesp repassou à investigação as fichas contendo qualificação e fotos dos sete alunos. "Cumpre-nos ainda ressaltar que o processo policial é totalmente distinto do nosso processo disciplinar, de tal modo que suas sentenças, efeitos e decisões são independentes", disse.

Dos sete acusados, cinco foram indiciados e o caso segue em apuração, de acordo com a Polícia Civil. A faculdade informou que serão criadas campanhas permanentes de conscientização e combate ao trote e um memorial de vítimas do trote, "ações essas que devem ficar a cargo da Comissão Local de Direitos Humanos".

Como aconteceu o trote

O trote aconteceu no dia 4 de julho, quando a aluna do curso de Engenharia Civil foi obrigada a cumprir um elenco de obrigações impostas pelos veteranos, em suas repúblicas. Entre as tarefas estava fazer algumas séries de flexões e, quando não cumpridas integralmente, ela era obrigada a consumir bebidas alcoólicas, misturadas com mostarda, sal, vinagre e pimenta.

A jovem passou mal, foi levada de ambulância a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de onde foi transferida para a Santa Casa de Guaratinguetá. A estudante chegou a ser entubada devido ao estado grave. Após cinco dias de internação, quatro em UTI, ela recebeu alta, deixou a universidade e denunciou a violência.C

A Justiça de São Paulo anulou a demissão da advogada B. P., desligada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) após denunciar irregularidades na contratação de funcionários comissionados na instituição.

Procurada pelo Estadão, a Unesp informou que a decisão será cumprida. A universidade ainda pode recorrer e afirmou que tomará as medidas cabíveis quando a decisão for publicada.

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B. prestou depoimento em agosto ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) no inquérito civil que investiga se houve nepotismo na distribuição de cargos de confiança. Ela narrou pressões a servidores concursados e afirmou que os procuradores jurídicos comissionados chegam a ganhar o dobro do salário recebido por quem foi aprovado em concurso para a mesma função.

A decisão que formalizou a demissão por justa causa, em 1º de setembro, quando a advogada estava em licença médica, é assinada pelo reitor Pasqual Barretti e afirma que ela "caluniou e difamou" os superiores hierárquicos para "prejudicar os interesses" da universidade. "Falta gravíssima", diz o documento.

A juíza Gilsa Elena Rios, da 15ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, que anulou a demissão, concluiu que não houve justificativa plausível para o desligamento da advogada e que ela foi vítima de retaliação.

"Noticiar um fato ao Ministério Público não implica conduta caluniosa ou difamatória até que se apurem os fatos noticiados", diz um trecho da decisão. "A aceitação como 'justa' para a demissão ora debatida (...) é, afigura-me, encarar referidos papéis sociais sob a perspectiva exclusivamente individual e voltada aos próprios interesses, o que não parece ser a melhor interpretação à luz do interesse público."

A decisão confirma uma liminar que a própria juíza havia dado em setembro, quando mandou a Unesp reintegrar a advogada até a análise definitiva do caso e pagar os vencimentos retroativos do período em que ela ficou sem trabalhar.

A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) acompanha o caso, diante das suspeitas de que B. foi vítima de assédio moral.

Em outra frente, o promotor de Justiça Silvio Antonio Marques, da Promotoria do Patrimônio Público e Social da Capital, sugeriu a abertura de uma investigação para verificar se houve crime de perseguição contra a mulher, coação no curso do processo ou constrangimento ilegal.

Contratações de comissionados

As contratações dos procuradores jurídicos da Unesp estão sendo questionadas pelo Ministério Público. O órgão move duas ações civis, uma para exonerar todos os comissionados e substituí-los por advogados concursados, e outra por nepotismo contra o reitor. O MP afirma que procuradoria jurídica da universidade foi instrumentalizada para atender a interesses pessoais.

Os procuradores jurídicos contratados sem concurso têm remunerações brutas acima do teto do funcionalismo e maior do que a dos concursados. Elas chegaram a R$ 62 mil em agosto. Os dados estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência. O valor excedente do teto, segundo a universidade, fica retido. Uma das advogadas contratadas como comissionada é filha de um assessor do reitor.

COM A PALAVRA, A UNESP

"A Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’ cumprirá a sentença naquilo que couber e adotará as medidas judiciais cabíveis quando a decisão for oficialmente publicada."

O fim e o começo do ano são marcados por vários vestibulares pelo Brasil. Os estudantes que procuram por uma oportunidade na universidade pública devem estar atentos às datas das inscrições e aplicações das provas.

Para ajudar os vestibulandos que precisam se preparar para o exame, o LeiaJá organizou as datas dos principais vestibulares do país para facilitar a pesquisa. Confira o cronograma abaixo:

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Exame Nacional do Ensino Médio - Enem 2023

Provas para público geral: 5 e 12 de novembro

Provas para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL): 12 e 13 de dezembro

Divulgação dos gabaritos: 24 de novembro

Divulgação dos resultados: 16 de janeiro de 2024

Acesso à mais informações podem ser acessadas na Página do Participante.

Fuvest 2024 (vestibular da Universidade de São Paulo - USP)

Fim das inscrições: 6 de outubro de 2023, às 12h

Data limite para pagamento da taxa de inscrição: 10 de outubro

Divulgação de locais de prova - 1ª fase: 3 de novembro

Prova da 1ª fase: 19 de novembro

Convocação para 2ª fase: 1º de dezembro

Divulgação de locais de prova - 2ª fase: 1º de outubro

Provas de Competências Específicas - Música (São Paulo): 11 a 14 de dezembro

Provas da 2ª Fase - Português e Redação: 17 de dezembro

Provas da 2ª Fase - Disciplinas específicas: 18 de dezembro

Provas de Competências Específicas - Música (Ribeirão Preto): 3 a 6 de janeiro de 2024

Provas de Competências Específicas - Artes Visuais: 4 de janeiro de 2024

Provas de Competências Específicas - Artes Cênicas 8 a 11 de janeiro de 2024

Divulgação da 1ª Chamada: 22 de janeiro de 2024

Pré-Matrícula Virtual – 1ª Chamada: 29 de janeiro de 2024 até às 16h de 1º de fevereiro de 2024

Divulgação da 2ª Chamada: 14 de fevereiro de 2024

Pré-Matrícula Virtual – 2ª Chamada: 19 de fevereiro até às 16h de 20 de fevereiro de 2024

Lista de espera: 26 a 27 de fevereiro de 2024

Convocação da lista de espera (3 chamadas): 5 e 6 de março de 2024 / 12 e 13 de março de 2024 / 19 e 20 de março de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas no site da Fuvest.

Sistema Seriado de Avaliação (SSA) - Universidade de Pernambuco (UPE)

Locais e horário de provas do SSA 3: a partir do dia 30 de outubro

Locais de prova do SSA 1 e 2: a partir de 13 de novembro

Provas do SSA 3: 19 e 26 de novembro

Pedido de recurso do SSA 3 até às 23h59 do dia 28 de novembro

Provas do SSA 1: 3 e 10 de dezembro, pela manhã

Provas do SSA 2: 3 e 10 de dezembro, pela tarde

Divulgação dos recursos do SSA 3: 12 de dezembro

Pedido de recurso do SSA 1 e 2: até às 23h59 do dia 12 de dezembro

Divulgação do resultado de recursos do SSA 1 e 2: 28 de dezembro

Resultados dos candidatos classificados do SSA 3: até o dia 20 de fevereiro de 2024

Resultado dos candidatos: até o dia 31 de março de 2024 

Previsão de divulgação dos classificados e matriculados por entrada: até o dia 12 de abril de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas no site de Processo de Ingresso da UPE.

Vestibular Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) 2024

Habilidades Específicas - Músicas: 18 e 29 de setembro 

Divulgação dos locais de prova da 1ª fase: 17 de outubro

Provas - 1ª fase: 29 de outubro

Divulgação dos aprovados na prova de Habilidades Específicas – Música: 13 de novembro

Divulgação dos convocados para a 2ª fase e locais de prova: 23 de novembro

Provas - 2ª etapa: 3 e 4 de dezembro

Provas de Habilidades Específicas (exceto música): 7 a 9 de dezembro

Divulgação da lista de convocados da 1ª a 8ª chamada: 29 de janeiro de 2024 a 14 de março de 2024

Matrícula virtual da 1ª a 8ª chamada: 30 e 31 de janeiro de 2024 a 15 de março de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas pela página da Comvest.

Vestibular da Unesp 2024

Fim das inscrições: 09 de outubro

Data final para pagamento da taxa de inscrição: até 10 de outubro

Divulgação dos locais de prova - 1ª fase: a partir do dia 6 de novembro

Provas da 1ª fase: 15 de novembro

Divulgação dos locais de prova - 2ª fase: 4 de dezembro

Divulgação de locais de prova - Habilidades Específicas: 4 de dezembro

Provas da 2ª fase: 10 e 11 de dezembro

Provas presenciais (IA São Paulo) - Habilidades Específicas: 12 a 16 de dezembro e 19 a 21 de dezembro

Provas presenciais (FAAC Bauru) - Habilidades Específicas: 15 de dezembro

Divulgação do resultado da Unesp 2024: 31 de janeiro de 2024

Matrícula não-presencial da 1ª chamada: 01 a 05 de fevereiro de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas pela página do Vestibular Unesp.

Vestibular da UnB - Universidade de Brasília 2024

Fim das inscrições: 19 de setembro

Fim do período de solicitação de isenção ou redução da taxa: 19 de setembro

Resultado da solicitação de isenção ou redução: 26 de setembro

Data limite pagamento taxa de inscrição: 6 de outubro

Divulgação dos locais de prova: 9 de novembro

Provas: 25 e 26 de novembro

Divulgação do gabarito: 28 de novembro

Divulgação do resultado final: 16 de janeiro de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas pela página do Cebraspe.

Na última sexta-feira (25), a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) divulgou informações do vestibular 2024. Ao todo, a instituição conta com 6.596 vagas, distribuídas em 24 cidades com unidades da Unesp para 64 cursos. Além dessas oportunidade, a universidade também disponibiliza mais 934 opções para o Vestibular Seriado Paulista [Provão Paulista].

De acordo com o cronograma do certame tradicional, o período de inscrições vai do dia 4 de setembro até 9 de outubro, através do site da Venusp. Os candidatos que desejam pedir isenção da taxa, no valor de R$ 192, devem solicitá-la até 3 de setembro. Confira o edital aqui

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Ainda segundo o calendário do vestibular 2024 da Unesp, a primeira fase está prevista para 15 de novembro de 2023. Na ocasião, os estudantes responderão a 90 questões de mútipla escolha. Os participantes habilitados e selecionados para a segunda etapa farão provas, com 36 questões dissertativas e uma redação, nos dias 10 e 11 de dezembro.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Somos CIEE, associação de voluntários apoiada pelo CIEE, lançaram um edital, destinado a estudantes de graduação com deficiência da instituição. Ao todo, a iniciativa disponibiliza 20 bolsas, com valor mensal de R$ 600 e duração de até cinco anos.

A seleção será feita pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Políticas Afirmativas (Praepa/Unifesp), que priorizará em princípio, ingressantes de 2023 nos cursos da instituição, podendo se estender para estudantes ingressantes em outros anos. A renda familiar também será critério de seleção.

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“Não tínhamos nenhum programa de apoio financeiro exclusivo para esse público, que enfrenta diversas barreiras no ensino superior e apresenta elevados índices de evasão. Por ter duração de até cinco anos, a bolsa pode ajudar a mudar esse cenário”, explica Marina Dias, docente da Unifesp e Diretora de Políticas Afirmativas na Praepa.

Os alunos da 3ª série do Ensino Médio da rede pública do Estado de São Paulo ganharam uma nova porta de entrada para as universidades públicas paulistas: o Provão Paulista, exame que será aplicado pela primeira vez em novembro, em data ainda não definida, em todas as escolas públicas de Ensino Médio. O exame será composto por questões de múltipla escolha e redação.

A secretaria estadual da Educação de São Paulo estima que por meio dessa prova serão oferecidas cerca de 10 mil vagas. Através dela será possível ingressar em escolas como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Cada instituição tem autonomia para definir quantas vagas serão oferecidas por meio dessa prova.

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Versões do Provão também serão aplicadas aos alunos da 1ª e da 2ª séries do Ensino Médio da rede pública estadual, para começar a compor uma nota acumulada. Em 2024, a classificação vai considerar as provas feitas em dois anos - na segunda e terceira séries do ensino médio.

A partir de 2025 serão consideradas as avaliações feitas nas três séries. Segundo a pasta da Educação, essa medida serve também para combater o abandono e a evasão no Ensino Médio.

Unesp

No final do mês passado, o Conselho Universitário da Unesp aprovou o ingresso da Universidade no Vestibular Paulista Seriado a partir de 2024. De 3.854 vagas destinadas a egressos de escolas públicas, a instituição vai oferecer 980 vagas para o Provão Paulista - 12,76% do total de vagas dos 136 cursos de graduação. Do total, 343 serão destinadas a alunos pretos, pardos e indígenas.

De acordo com comunicado no site oficial, a instituição explicou que os cursos menos procurados oferecerão proporcionalmente mais vagas para o vestibular seriado. "Os porcentuais das vagas oferecidas por curso variarão de 10% (cursos mais procurados) a 30% (menos procurados)", diz.

"Um ponto interessante do projeto é a aproximação da universidade com o ensino médio", disse o reitor da Unesp Pasqual Barretti, na sessão que aprovou a adesão ao programa.

"A ideia é fazer com que o aluno do ensino médio veja sentido em concluir e seguir com os estudos, além de ter algum apoio para fazer uma universidade. Hoje, eles vão se autoexcluindo (do sistema de ensino público) na medida em que têm dificuldades crescentes, às vezes de poder socioeconômico e às vezes de pensar que não vão conseguir, que a universidade não é para ele. Essa construção que as universidades fizeram junto com a secretaria de educação é para tirar isso de cena."

Outra forma de ingressar na universidade é por meio do vestibular próprio da instituição, organizado pela Fundação Vunesp. Notas do Enem podem ser utilizadas para o preenchimento de eventuais vagas remanescentes do vestibular, por meio do Processo Seletivo Unesp-Enem 2023.

USP

O ingresso de estudantes na USP se dava de suas formas. O vestibular próprio, organizado pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), e o Processo seletivo Enem USP. No caso deste último, não se usa mais o Sistema de Seleção Unificado (Sisu), do Ministério da Educação (MEC), decisão tomada no ano passado, mas sim uma plataforma própria, também coordenada pela Fuvest.

O Estadão entrou em contato com a instituição pedindo como funcionará o ingresso pelo vestibular seriado, mas ainda não obteve resposta.

Unicamp

O ingresso de estudantes na Unicamp se dá principalmente por vestibular próprio e pelo processo seletivo Enem-Unicamp, também por sistema próprio, sem utilizar o Sisu. Também há vagas destinadas à seleção por meio do desempenho em olimpíadas científicas e competições de conhecimento, e um vestibular indígena.

O Estadão entrou em contato com a instituição pedindo como funcionará o ingresso pelo vestibular seriado, mas ainda não obteve resposta.

Sandra de Moraes Gimenes Bosco, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), foi demitida por ter participado dos atos de 8 de janeiro, em Brasília, quando radicais invadiram e depredaram dependências do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal.

Ela teria divulgado no seu perfil do Facebook um chamado para a caravana que saiu de Bauru, no interior paulista, em direção à capital do País. A publicação foi apagada, mas a docente foi apontada como uma suposta organizadora da excursão.

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Nas redes sociais, Sandra se manifesta como entusiasta do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela não está entre os que foram presos em Brasília e agora figuram como réus perante o Supremo Tribunal Federal.

De acordo com o seu advogado, Rodrigo Saliba, o fundamento usado pela Unesp 'é de que os atos que ela cometeu recairiam na proibição, contida no Estatuto do Servidor, de proceder na vida privada de forma que se honre a função pública'.

Trata-se de uma das condutas descritas como 'deveres do funcionário' no Estatuto do Servidor do Estado de São Paulo.

A demissão, arbitrada em processo administrativo disciplinar, foi publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira, 28. Na terça, 2, começou a correr o prazo de 30 dias para recurso ao Conselho Universitário. Saliba afirma que vai recorrer.

Em nota, a Universidade diz que o processo disciplinar 'respeitou o princípio constitucional da ampla defesa'.

Sandra é médica veterinária e doutora pela própria Unesp. Ela era professora da instituição desde 2010, e dava aula nos cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia, Biomedicina, Medicina, Enfermagem, Nutrição e Ciências Biológicas, além de atuar na pós-graduação.

COM A PALAVRA, A UNESP

A reportagem entrou em contato com a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, por meio de sua Assessoria de Imprensa. A entidade reiterou a nota já divulgada no sábado, 29.

Nota sobre aplicação da pena de demissão a docente

Em relação à pena de demissão aplicada à professora Sandra de Moraes Gimenes Bosco, do Instituto de Biociências do câmpus de Botucatu, foi caracterizada infração disciplinar de natureza gravíssima, após criteriosa apuração ocorrida no âmbito do Processo Administrativo Disciplinar, instaurado pela unidade universitária em decorrência da participação da docente nos atos de 8 de janeiro de 2023. O referido processo, iniciado em 10 de janeiro, respeitou o princípio constitucional da ampla defesa, o que foi atestado pela Assessoria Jurídica da Universidade, e propôs ao reitor a demissão da servidora após a constatação da violação de deveres funcionais previstos no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado. A servidora tem direito a recorrer da decisão no Conselho Universitário.

Neste sábado (29), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) demitiu a professora Sandra de Moraes Gimenes Bosco, acusada de envolvimento nos atos antidemocráticos contra os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Sandra foi detida em um ônibus que saía de Brasília no dia 8 de janeiro, motivo pelo qual estava suspensa de suas atividades docentes.

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Ônibus em que a professora foi detida foi apreendido em Onda Verde, no interior de São Paulo. (Divulgação/PRF)

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no coletivo, a professora estava com outros 44 bolsonaristas radicais. A corporação informou que os passageiros possuíam marcas de bala de borracha nas pernas e que confessaram ter participado da invasão ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato da instituição de ensino foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo. A professora estava afastada desde o dia 9 de janeiro, quando se tornou alvo de um processo administrativo movido pela universidade. 

Em razão de uma publicação em que ironiza o salário de professores no Brasil, a cantora MC Pipokinha teve sua apresentação cancelada na festa de estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) que será realizada em Araraquara, no interior de São Paulo, no mês de abril. O anúncio foi feito pelo O Inter, comissão organizadora do evento. Logo após o vídeo ser publicado, no dia 6 de março, outras organizações ligadas ao ambiente acadêmico no País também suspenderam apresentações da artista.

"Em virtude dos últimos acontecimentos e falas da MC Pipokinha, a comissão organizadora do evento decidiu cancelar sua participação no Integra Inter 2023, marcado para 29 e 30 de abril. Nosso evento tem como objetivo ser um espaço plural e diverso, oriundo de uma instituição que representa a universidade pública e sua necessidade de valorização junto à educação no Brasil. Por isso, não compactuamos com tais ações e decidimos não seguir com ela em nossa line-up", afirmou em publicação nas redes sociais.

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Entenda a polêmica

Em resposta a uma seguidora no Instagram, que relatava ter discutido com uma professora por causa da cantora, MC Pipokinha postou um vídeo no qual compara os cachês dos show com os salários de professores.

"Ela pode descontar a raiva em você mandando você fazer vários trabalhos e te reprovando na prova. Coitada, deixa ela. Meu baile está R$ 70 mil. 30 minutinhos em cima de um palco, eu ganho R$ 70 mil. Ela não ganha nem R$ 5 mil sendo professora. Precisa estudar muito. Discute com ela não", disse MC Pipokinha.

"Ser professora, olha, tem que amar muito a profissão, porque ouve desaforo dos filhos dos outros, tem que não ter nada para fazer em casa mesmo, tem que ser professora", afirmou ainda a artista.

Em nota, a assessoria jurídica da cantora Doroth Helena de Sousa Alves, nacionalmente conhecida como MC Pipokinha, representada pela advogada Adélia de Jesus Soares, comunica que, durante a última semana, tomada pela emoção, em um comunicado em sua rede social, a artista que acabou sendo interpretada por alguns nichos de maneira equivocada. "Neste sentido, cumpre esclarecer que a MC Pipokinha, sob nenhuma hipótese, agiu com a pretensão de ofender uma classe tão importante para o crescimento de nosso País", diz em comunicado.

"Por meio da presente nota, a cantora vem formalizar a sua intenção de enfatizar a importância da classe de profissionais da educação que, em sua opinião, merece ser melhor vista e, consequentemente, melhor remunerada."

Outros show cancelados

No dia 9, a organização do Spotted Fest, que está à frente de um evento a ser realizado no dia 5 de agosto na Arena das Dunas, em Natal, no Rio Grande do Norte, anunciou o cancelamento da apresentação da MC Pipokinha, diante das declarações polêmicas da artista sobre a atuação de professores. MC Danny foi confirmada como nova atração do festival.

Conforme a organização, o festival nasceu em um ambiente acadêmico, foi acolhido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e seus estudantes e ganhou projeção nacional. "Tomamos ciência de suas novas declarações com comportamento desnecessário de ataque a professores", disse em publicação nas redes sociais.

Um show agendado para 31 de março, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, também foi cancelado no dia 10, em decorrência das falas polêmicas da artista sobre professores, conforme divulgou a casa de shows The Grand.

"A The Grand preza pelo bem-estar e faz um entretenimento do jeito que deve ser e não seria justo com vocês deixar esse show continuar. Em breve, lançaremos mais informações sobre a festa Under The Sea Edição Open Bar que acontecerá no dia 31?, disse em publicação, que também orienta sobre a possibilidade de usar o ingresso na festa Open Bar ou pedir estorno do ingresso.

Em Pouso Alegre, Minas Gerais, o Lemonade Festival também anunciou o cancelamento do show da MC Pipokinha, na segunda-feira, 13, do evento marcado para o próximo domingo, 19.

"Pedimos a compreensão de todos e contamos com a presença de vocês nos próximos eventos. Estaremos sempre em busca de entregar o melhor evento, sempre baseados na ética e profissionalismo", publicou a organização.

Para driblar o déficit orçamentário nas universidades e institutos federais causado pelos bloqueios sofridos em 2022, a Universidade de São Paulo e as universidades estaduais de Campinas (Unicamp) e Paulista (Unesp) elevarão, pela primeira vez, o orçamento para assistência estudantil em 2023. 

Segundo as instituições, com a alta de cotistas, das restrições de verba federal ao ensino superior e a piora da crise socioeconômica nos últimos anos, a demanda de recursos ficou ainda maior.

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 "O sistema de financiamento da pós-graduação vem enfrentando dificuldades e os alunos estão há dez sem reajuste de bolsa (no caso dos auxílios das agências federais de fomento à pesquisa, como Capes e CNPq). E muitos nem bolsa têm", diz a pró-reitora de Inclusão e Pertencimento da USP, Ana Lúcia Duarte Lanna. 

A medida aprovada pela USP aumenta em 58% o montante de R$ 188 milhões.

 

Referência nos estudos da gramática e história da língua portuguesa, a professora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Maria Helena de Moura Neves morreu na manhã desta sábado (17), aos 91 anos. Natural de Araraquara, interior de São Paulo, ela atuava na universidade como professora aposentada voluntária do Departamento de Linguística, Literatura e Letras Clássicas da Faculdade de Ciências e Letras.

Vítima de sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), a professora emérita pela Unesp será sepultada neste sábado, às 16h30, na cidade natal. Nas redes sociais, ex-alunos, colegas e a Associação de Linguística Aplicada do Brasil homenagearam a docente.

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Autora de mais de 20 livros sobre gramática, língua e história de idiomas, Maria Helena, mesmo com idade avançada, exercia funções na Faculdade, como a de professora permanente do Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa. Em fevereiro deste ano, ela recebeu o Prêmio Ester Sabino para Mulheres Cientistas na categoria Sênior, concedido pelo Governo do Estado de São Paulo.

Autora do famoso Guia de Uso do Português (Editora Unesp), a acadêmica foi referência internacional nos estudo da Linguística. Segundo publicou a Unesp, em uma nota oficial, "[Maria Helena] era coordenadora do Grupo de Pesquisa Gramática de usos do português do CNPq, pesquisava particularmente a teoria funcionalista da linguagem, as relações entre texto e gramática e a história da gramática. Em 2014 foi professora visitante da University of Amsterdam e, em 2019, foi pesquisadora visitante da Università G. D’Annunzio, Chieti-Pescara, Itália."

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) divulgou a abertura de um novo concurso público com o objetivo de contratar um professor titular, com atuação no Campus Araraquara. 

A oportunidade é voltada para o docente com conhecimento na disciplina de histologia e embriologia, para atuar no Departamento de Morfologia e Clínica Infantil, da Faculdade de Odontologia.

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As inscrições poderão ser realizadas através do site da Instituição, entre os dias 12 de setembro e 26 de outubro, mediante pagamento da taxa no valor de R$ 237,00. 

O profissional selecionado deverá exercer a jornada de trabalho em regime de dedicação exclusiva para o exercício de suas funções, com remuneração mensal no valor de R$ 19.855,85.

Estudantes da Universidade Estadual de Paulista (Unesp), em Bauru, acusam o professor do departamento de Ciências Humanas, Marcelo Magalhães Bulhões de assédio sexual. As manifestações contra o docente foram expostas em cartazes espalhados pela instituição. 

Nas redes sociais e no campus da universidade, foram divulgados cartazes com fotos do professor e supostas mensagens de cunho sexual enviadas para uma das alunas. As estudantes também criaram um abaixo-assinado no site Petição Pública para pedir a exoneração do professor.

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Em nota, a Unesp informou que está atenta e acompanhando as manifestações referente a conduta inadequada por parte do docente. “Cabe esclarecer que em 2017 foi instaurada uma apuração preliminar de natureza investigativa a partir de denúncias de assédio do docente mencionado nos cartazes. Tal processo culminou em uma sindicância administrativa contra este servidor, finalizada em 2018. A comissão sindicante, à época, indicou o arquivamento dos autos com recomendações, tais como instauração de mecanismos para fomentar medidas educativas e elucidativas sobre assédio”.

A Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação e Design (FAAC), disse em nota, que repudia toda e qualquer prática de assédio, e ressalta a importância da formalização de denúncias.  

Na íntegra, o docente nega todas as acusações. Confira o posicionamento do professor:

“Foi com estarrecimento que fiquei sabendo que cartazes foram afixados no campus com teor acusatório a mim. Estou ainda chocado. De modo semelhante, foi com enorme e desagradável surpresa que em 2019, em postagem no Facebook, recebi uma acusação de assédio. Naquela altura, ao tomar conhecimento que um coletivo da Unesp havia feito acusações com esse teor, solicitei uma reunião com o grupo de alunas. Elas recusaram o diálogo. Solicitei essa reunião por, naquela altura, estar totalmente perplexo diante das acusações. Uma comissão de sindicância foi, então, constituída pela FAAC – Unesp. Após um processo de investigação, o arquivamento do processo se fez precisamente por afiançar que nenhuma ação do teor de assédio foi por mim cometida. No curso do processo, aliás, recebi depoimentos de incondicional apoio e elogio ao meu profissionalismo, escrito por dezenas de alunas que foram minhas orientandas (mestrado, doutorado e iniciação científica). Portanto, só posso afirmar que estou absolutamente estarrecido diante de uma situação que julgo absurda. Os cartazes, aliás, foram anonimamente forjados e afixados no campus. Sou docente da Unesp desde 1994, ou seja, trata-se de 28 anos de trabalho em sala de aula, tendo atuado ao lado de milhares de alunos, sem que qualquer mínimo indício concreto do que se pode ser classificado como assédio possa ser apontado. Atingem-me do modo mais vil. Entendo que legítimas e importantes demandas da atualidade – luta contra o racismo, movimento feminista – têm produzido uma mobilização de empatia diante de causas importantes. Nesse caso, todavia, estou sendo vítima de calúnia, cuja propagação em tempos digitais é implacável".  

 

As três maiores universidades públicas paulistas - Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade de Campinas (Unicamp) - estão exigindo o passaporte da vacina contra a covid-19 de toda comunidade universitária, inclusive os calouros de 2022. Juntas, elas estão recebendo mais de 20 mil alunos novos este ano. As três instituições prometem cancelar a matrícula de quem recusar a vacina sem motivo comprovado.

Para ser dispensado da vacinação por razões de saúde, o estudante precisa apresentar atestado médico contendo o motivo da contra-indicação e sua fundamentação científica. Embora o governo tenha liberado o não uso da máscara em espaços abertos, as universidades decidiram manter o uso em todos os ambientes dos câmpus. No caso da Unesp, a obrigação foi transformada em "recomendação enfática".

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Entre as razões para obrigar o passaporte da vacina para os estudantes e manter a exigência das máscaras, as universidades invocam o princípio da proteção coletiva: quem se vacinou terá segurança de que a pessoa ao seu lado também foi imunizada. A medida tem respaldo do Conselho Estadual de Educação e de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). O mesmo princípio - proteção coletiva - valeria para o uso de protetor facial.

Na Unicamp, as aulas presenciais voltam na segunda-feira, 14, com protocolos sanitários a exigência do passaporte da vacina para todos os frequentadores de seus câmpus, incluindo os novos alunos. Até esta sexta-feira, 16, a universidade contabilizava 89,52% dos 17.399 alunos de graduação com imunização completa (duas doses ou dose única), e 0,29% com apenas uma dose; 87,83% dos alunos de pós-graduação com vacinação completa e 0,15% com apenas a primeira dose; e 90% dos 1.763 docentes e 6.744 servidores técnicos e administrativos com quadro vacinal completo, enquanto 0,29% tinham apenas uma dose.

A universidade deve receber 2,5 mil novos alunos que se matricularam em 69 opções de cursos. Assim como os demais graduandos, pós-graduandos, professores e servidores, os ingressantes precisam comprovar a vacinação completa, com duas doses e, sendo o caso, doses de reforço para frequentar os campi. "Seguimos o princípio da proteção coletiva", disse o pró-reitor de Pesquisa, Ivan Toro.

Ele explicou que a exigência é uma forma de garantir a isonomia entre estudantes, docentes e funcionários no cumprimento das medidas de controle da pandemia, e encontra respaldo em decisões do Conselho Estadual de Educação e do Supremo Tribunal Federal. "Queremos que as pessoas sintam segurança no retorno presencial das atividades e isso será possível na medida em que souberem que a pessoa ao lado delas está vacinada", esclarece.

Mesmo com toda comunidade universitária vacinada, a Unicamp vai usar um sistema de salas gêmeas para abrigar todos os alunos com segurança. Para isso, foram adquiridos 220 robôs educacionais - equipamentos de filmagem e transmissão em tempo real - que vão replicar o conteúdo para as duas salas. Isso porque a força tarefa mobilizada para o retorno às aulas presenciais identificou que 22% dos espaços didáticos não conseguiriam abrigar a totalidade de alunos previstos nas disciplinas.

'Necessidade de promover a segurança', diz reitor da USP

No retorno às atividades acadêmicas presenciais, a partir de segunda-feira, 14, a USP vai exigir comprovação da vacinação completa de alunos - inclusive os calouros -, professores e funcionários para acesso a qualquer dependência. A universidade também continuará exigindo máscara em todos os ambientes. "Reconhecemos a necessidade de promover a segurança, o autocuidado e o cuidado solidário em todos os ambientes de estudo e trabalho", disse o reitor Carlos Carlotti, em comunicado de diretrizes divulgado internamente.

No total, a USP deve receber 11.147 novos alunos este ano, incluindo os aprovados no vestibular da Fuvest e as vagas oferecidas através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A USP desenvolveu um sistema para facilitar o acesso de docentes, alunos e servidores técnicos e administrativos às suas dependências. O comprovante de vacinação pode ser incorporado ao cartão de identificação eletrônico, através do Portal de Serviços Computacionais da universidade.

Na Unesp, estudantes de graduação e de pós-graduação, além de alunos de cursos de extensão dos três colégios técnicos mantidos pela universidade, têm de apresentar comprovante de vacinação para frequentar as 34 unidades de ensino espalhadas por 24 cidades paulistas. "É condição indispensável para que o aluno ingresse no campus e participe das atividades", disse, em nota.

O aluno que tiver indicação médica para a não vacinação precisa apresentar documentação compatível que será analisada pela área técnica. A maior parte das unidades retomou as aulas presenciais no último dia 7, mas o calendário é flexível. Em algumas unidades, as aulas serão retomadas na próxima semana. O comprovante foi exigido dos novos alunos que se matricularam este ano. A Unesp expediu "recomendação enfática" para que os alunos continuem usando a máscara mesmo em locais abertos, no interior de seus campi.

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) divulgou, nesta segunda-feira (6), os resultados da 1ª fase do vestibular de ingresso da instituição, que foi realizado nos dias 14 e 15 de novembro. No site da Fundação Vunesp, responsável pelo exame, estudantes puderam consultar sua notas a partir das 10h. No endereço virtual, ainda é possível conferir a tabela com o número mínimo de acertos por curso dos convocados para a próxima etapa. 

Segundo a Unesp, foram mais de 69 mil inscritos para as 7.690 vagas. As provas foram aplicadas em 35 cidades, sendo 31 no estado de São Paulo. A segunda fase está prevista para ser realizada no dia 19 de dezembro em São Paulo e em Brasília, no Distrito Federal, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Curitiba, no Paraná, e Uberlândia, em Minas Gerais. O resultado final está previsto para ser divulgado no dia 27 de janeiro de 2022.

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Uma fábrica de amostras para testes clínicos, insumos para a produção de biofármacos, começa a sair do papel com investimento de R$ 12,2 milhões na Unesp de Botucatu. A licitação para a construção da fábrica foi vencida pela empresa 2N Engenharia, que deve entregar as novas instalações à universidade em 2023. O projeto prevê que o prédio, de 1,5 mil metros quadrados, funcione também como escola universitária, favorecendo as pesquisas científicas para novos medicamentos e agregando conhecimento científico aos alunos.

"O Brasil não é autossuficiente em insumos estratégicos da indústria farmacêutica e isso ficou evidente no debate da produção da vacina da covid", explicou Pasqual Barretti, reitor da Unesp. "Somos dependentes, por exemplo, da China", disse o reitor. "Hoje, não temos opção a não ser entregar o produto da pesquisa à iniciativa privada", disse, referindo-se a um período de tempo de três anos existente entre a descoberta científica na bancada da academia e o desenvolvimento de um remédio. "Esse período é o que os pesquisadores científicos chamam de vale da morte", acrescentou.

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VERBA

A nova fábrica/escola foi aprovada pelo Ministério da Saúde em 2018. O projeto foi idealizado pelos pesquisadores Rui Seabra Ferreira Junior, veterinário, e Benedito Barraviera, médico, do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap).

Atualmente, o orçamento da Unesp está em R$ 2,98 bilhões, com previsão de chegar a R$ 3,34 bi em 2022. A proposta orçamentária do governo estadual prevê um valor de R$ 3,78 bilhões para a Unesp, sendo R$ 3,34 bilhões provenientes dos repasses vinculados ao ICMS. O orçamento está em discussão e será votado em dezembro no Conselho Universitário. O valor global representa um acréscimo de 22% em relação ao de 2021. O orçamento estadual do próximo ano prevê um total de R$ 17 bilhões para as três universidades estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp) e para a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), um valor considerado recorde.

Para Barraviera, um dos idealizadores da fábrica de insumos ", trata-se de um projeto de Estado, não é um projeto de governo". "Começamos em 2010. Atravessamos quatro presidentes e quatro reitores", afirmou ao Estadão. "No início, o governo federal percebeu o déficit crescente da balança comercial na saúde, particularmente em medicamentos. Agora, estima-se que seja de US$ 30 bilhões. No âmbito da saúde, claro, piorado com a pandemia."

O cientista contou que "se por um lado a agropecuária coloca recursos, que é o que está mantendo o País, na saúde ocorre o contrário: importa tudo". Segundo ele, o Brasil é um grande envasador de produtos farmacêuticos. "Ouvi que o Brasil já gastou R$ 30 bilhões com a compra de vacinas. São números vultosos para manter a saúde do nosso povo. Lá em 2010, perceberam isso e começaram a desenvolver produtos estratégicos para o SUS."

Ele lembrou de uma pesquisa anterior, na qual desenvolveu o remédio Selante de Fibrina. "Começamos essa caminhada com anuência da Anvisa. Aí percebemos que, para se ter um produto biológico, estamos falando de biofármacos, temos de ter as boas práticas de fabricação, a chamada área limpa para produzir o insumo em fábricas", contou. "Mas o Brasil não dispõe. Temos chão de fábrica, mas para produção em escala. Manguinhos, Butantan e outros que têm esse chão de fábrica, mas para produtos em escala. Não são para pesquisa clínica. Os dois produtos que iniciaram isso foram o Selante de Fibrina, para tratar feridas, e o soro antiapílico, em 2013, para múltiplas picadas de abelha", lembrou.

PRODUTO

Ele avalia que a nova fábrica vai permitir a produção de pequenos lotes de insumos para viabilizar a pesquisa. "Lotes com 500 amostras, por exemplo. Um projeto de fase 1, em geral, com 50 pacientes, depois tem a fase 2, com 200, 300, e na fase 3 já são centenas de pacientes. Isso não é feito pela indústria, porque ela teria de parar toda a produção para fazer lotes de amostra. Isso vamos fazer."

Segundo o professor Rui Seabra, que em 2011 visitou centros de pesquisas na Itália, França, Suíça e Espanha, para conhecer os processos, os cientistas brasileiros identificaram o que no mundo é conhecido como o "Vale da Morte". "As indústrias não absorvem a tecnologia criada na bancada da pesquisa. E a gente tem muita coisa boa nesse sentido. Na área médica esse é um problema."

"Visitamos alguns centros europeus para compreender o conceito de CDMO (Contract Development and Manufacturing Organization). São organizações que trabalham no desenvolvimento de medicamento desde a pré-formulação, produção em escala ainda laboratorial, a escalabilidade para produção industrial em larga escala", relatou Seabra. "Será o único no Brasil. Há apenas um, no México, pela proximidade com os EUA. As facilities são procuradas pelas indústrias para realizar de maneira muito mais rápida os processos que envolvem risco. A AstraZeneca pegou a tecnologia da vacina da Universidade de Oxford e contratou duas ou três CDMO para o desenvolvimento dos primeiros lotes da vacina. Depois foram construídas fábricas maiores. A Pfizer também fez isso." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O estudante do curso de química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Joelson Francisco dos Santos, de 35 anos, foi encontrado morto, na última sexta-feira (29), na acomodação estudantil onde morava, em Araraquara, interior de São Paulo. De acordo com o G1, as causas da morte serão investigadas pela Polícia Militar (PM).

O corpo, achado por outros moradores do alojamento, estava deitado de bruços na cama. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e confirmou o óbito no local. A Polícia Científica realizou perícia no local e uma funerária da cidade fez a remoção do corpo.

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Em nota, a Unesp informou que o estudante era da Bahia, e que a instituição se dispõe a prestar auxílio à família. Confira abaixo o comunicado da universidade sobre o ocorrido:

Prezada Comunidade do Câmpus de Araraquara:

Com grande pesar recebemos na noite de ontem, 29/10, a triste notícia do falecimento do estudante do Instituto de Química Joelson Francisco dos Santos, 25 anos, graduando do Curso de Química, que faleceu na Moradia Estudantil, onde residia.

O Conselho Diretor do Câmpus de Araraquara lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com os familiares, amigos, estudantes da Moradia Estudantil e com toda a comunidade acadêmica do Câmpus e da Unesp por essa trágica perda.

Na noite de ontem, as direções do IQ e da FCLAr estiveram na Moradia Estudantil para tomar providências junto às autoridades, realizar contato com familiares e acolher os moradores presentes.

Para o acompanhamento psicológico dos estudantes da Moradia, foram acionadas as psicólogas do CENPE e da Seção Técnica de Saúde, que desde ontem à noite estão à disposição dos alunos. O CENPE fará hoje à tarde uma visita à Moradia para conversar com os estudantes.

O IQ e a FCLAr, assim como a FCFAr, a FOAr e a Coordenadoria de Permanência Estudantil da Reitoria da Unesp, estão envidando esforços para que todas medidas cabíveis sejam tomadas neste momento tão difícil.

Cordialmente, Conselho Diretor do Campus de Araraquara

Encerra nesta quinta-feira (7) o prazo de inscrição para o Vestibular 2022 da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). Os estudantes devem realizar o cadastro no site da Fundação Vunesp, respnável pela realização do certame. A taxa de inscrição é no valor de R$180,00.

Cerca de 400 mil estudantes que concluíram o ensino médio na rede estadual de São Paulo terão 75% de desconto no pagamento da taxa,  devendo contribuir com R$45,00. Ainda houve isenção do pagamento integral para os candidatos que fizeram a solicitação dentro do período, e deverão pagar R$90,00.

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Segundo o cronograma do certame, as provas da primeira fase serão aplicadas nos dias 14 e 15 de novembro em 35 municípios, sendo 31 no estado de São Paulo. Já a segunda fase será realizada no dia 19 de dezembro para todos os cursos. O resultado final será divulgado no dia 27 de janeiro de 2022. A Unesp oferece 7.690 vagas distribuídas nos campi de 24 municípios do Estado.

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) abriu, nesta quarta-feira (8), as inscrições para o vestibular 2022, com 7.690 vagas distribuídas em 24 cidades de atuação da instituição.

Os interessados devem se inscrever pelo site da Fundação Vunesp até o dia 7 de outubro.  A primeira fase do vestibular será realizada nos dias 14 e 15 de novembro, enquanto a segunda fase está prevista para 19 de dezembro. A taxa de inscrição é R$ 180 reais, podendo ser solicitada a inserção ou redução em 50% do valor, também pelo site de candidaturas. Os alunos da rede pública estadual terão desconto de 75%, pagando o valor de R$ 45 reais.

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A instituição ainda conta com o Sistema de Reserva de Vagas da Educação Básica Pública (SRVEBP), destinando 50% das oportunidades de cada curso de graduação da Unesp para alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escola pública. Do total de oportunidades, 35% das vagas desse sistema são destinadas aos candidatos que se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas.

Os cursos e vagas são oferecidos nas seguintes cidades: Araçatuba (140 Vagas), Araraquara (855), Assis (405), Bauru (1.085), Botucatu (600), Dracena (80), Franca (410), Guaratinguetá (310), Ilha Solteira (470), Itapeva (80), Jaboticabal (280), Marília (475), Ourinhos (90), Presidente Prudente (640), Registro (80), Rio Claro (485), Rosana (80), São João da Boa Vista (80), São José do Rio Preto (460), São José dos Campos (120), São Paulo (185), São Vicente (80), Sorocaba (80) e Tupã (120).

Para mais informações acesse o manual do candidato.

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