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A migração do vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto do PDT para o PSB do governador Eduardo Campos deverá ser tratada entre o pedetista e os líderes da sigla em breve. O assunto que foi anunciado por Lyra publicamente há alguns meses é uma decisão política para ‘solidarizar’ com o Campos.

Mesmo visto de forma lamentável pelos correligionários como o deputado federal Paulo Rubem, a escolha do vice-governador não tem volta. “A decisão está tomada. Agora estamos aguardando o melhor momento sem turbulências, sem causar nenhum transtorno para ninguém. É uma opção política prestando solidariedade ao governador Eduardo Campos. Não tem nada contra ninguém, tem a favor de uma causa. Então, com certeza eu ficarei muito mais confortável e muito mais a vontade para trabalhar é no PSB. É no partido do governador”, declara Lyra.

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O vice-governador mostra segurança em relação ao futuro do próximo ano e ressaltou que esperará a atitude do governador. “Ele disse que vai decidir isso no final de dezembro ou início de janeiro junto com o seu partido. Então, nós temos muito tempo aí, mas a decisão está tomada. Eu tenho até setembro que é o prazo legal e daqui para lá, nós vamos escolher o melhor momento”, expôs.

Sobre o comunicado oficial entre João Lyra e os líderes do PDT, ele afirmou que fará apenas no momento oportuno. “Já conversei com algumas lideranças do partido como o senador Cristovam Buarque. Já conversei com outras lideranças do partido a nível estadual e a nível nacional e antes de anunciar o dia com certeza eu vou conversar com o presidente nacional do partido e com o presidente estadual, José Queiroz”, prometeu. 

Lyra ratificou a decisão e soltou que é preciso maturidade para entender sua postura neste momento. “Essa minha decisão não é contra ninguém é por uma causa e as pessoas têm que ter maturidade para entender isso, faz parte da política e eu fico mais confortável assim”, justificou.

A saída do vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PDT) para o PSB, de Eduardo Campos, ainda não foi concretizada oficialmente, mas o próprio pedista já anunciou a migração e sua decisão é vista como perda por membros da legenda. Para o corregionário e deputado federal, Paulo Rubem (PDT), a mudança deveria ser reavaliada, principalmente porque ele não tem garantias do PSB.

O deputado reconheceu a importância de João Lyra na sigla e disse não ter conversado com ele nesses últimos dias. “Todo o partido que perde um quadro que exerce um mandato é uma perda. Mas, recentemente eu não conversei com ele. Eu até havia conversado anteriormente para que ele não saísse e se juntasse as lideranças do partido”, contou.

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Rubem acredita que o vice-governador poderia até assumir a presidência estadual do partido e comentou também que ele não terá certeza de seu futuro, caso migre. “Se dependesse de mim eu sugeriria que não saísse, porque enfraquece e isso não é garantia nenhuma que ele vire candidato a governador, caso Eduardo Campos tente a presidência”, expôs.

O pedista disse conhecer a atuação de Lyra e se colocou a disposição para dar conselhos ao colega de partido. “Respeito à decisão dele e vou aguardar, mas se houver espaço para uma reflexão, eu que já trabalhei com ele por dois mandatos, estou à disposição para contribuir”, declarou Paulo Rubem.

Anúncio – No último dia 27 de maio, João Lyra Neto afirmou durante seminário destinado aos vereadores do PSB, em Recife, que a decisão já estava tomada e que realmente iria para o PSB. Com a mudança, o vice-governador poderá fortalecer a provável candidatura de Campos em 2014, ou mesmo tentar uma candidatura majoritária para governar Pernambuco.

 

 

 

A Microsoft encerrou o período de migração dos usuários do Hotmail para o Outlook.com nesta quinta-feira (2). Segundo informações publicadas pela empresa em seu blog oficial, 150 petabytes foram migrados em apenas seis semanas, a mudança começou em fevereiro deste ano.

“Estamos animados em anunciar que completamos a migração de todos os usuários do Hotmail para o Outlook.com. Com isso, já chegamos a 400 milhões de contas ativas no serviço, incluindo 125 milhões acessando e-mail, calendários e contatos ainda nos seus dispositivos móveis”, disse a companhia em uma nota assinada pelo gerente, Dick Graddock, responsável pela sessão de programas de grupo da empresa.

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Durante este período de integração foram lançadas funcionalidades interessantes, como aplicativos redesenhados, autenticação em dois passos, domínios internacionais e até ligações do Skype no serviço.

 

 

A viagem que a blogueira cubana e colunista do Estado Yoani Sánchez começa nesta segunda-feira pelo Brasil marca uma das principais reformas já aplicadas pelo governo do presidente Raúl Castro nos últimos anos. Uma das mais conhecidas dissidentes do regime da ilha, a ativista beneficia-se da mudança na Lei de Migração do país socialista, que desde 14 de janeiro simplifica para os cidadãos de Cuba os trâmites para viajar ao exterior.

Depois de ter vivido na Suíça entre 2002 e 2004, Yoani nunca mais tinha conseguido deixar a ilha, até que a reforma na legislação migratória começou a vigorar em janeiro. Yoani afirma que começou a tentar deixar Cuba em 2008, quando foi laureada pelo diário espanhol El País com o Prêmio Ortega y Gasset de Jornalismo. No ano anterior, ela havia começado a chamar a atenção das autoridades cubanas, publicando desde Havana suas impressões críticas ao regime castrista e às condições de vida de seus concidadãos, no blog Generación Y.

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As autoridades cubanas proibiram a saída da ativista, que ganhou vários outros prêmios internacionais relativos à liberdade de expressão, 20 vezes desde então. Em todas as ocasiões, a blogueira havia conseguido vistos dos países que pretendia visitar, assim como as chamadas "cartas-convite", que o governo da ilha exigia para os cidadãos que pretendessem deixassem o país.

Foi justamente por ter tantas autorizações para entrar em outras nações registradas em seu passaporte que Yoani não pôde deixar a ilha imediatamente após a publicação da nova legislação migratória. Ela teve, então, de pedir às autoridades cubanas a emissão de um novo documento, que já está repleto de vistos.

A revista Veja diz na edição desta semana que o governo cubano, o Partido dos Trabalhadores (PT) e um funcionário do Planalto "estão envolvidos numa conspiração para espionar e tentar desqualificar Yoani Sánchez" em sua passagem pelo Brasil. A Embaixada de Cuba em Brasília teria distribuído um dossiê com textos e fotos da blogueira a militantes do PT.

Agenda

Além do Brasil, a cubana planeja visitar mais de dez países nos próximos meses. Depois de aterrissar no Recife, Yoani deverá seguir para Feira de Santana, na Bahia, onde participará da exibição do documentário Conexão Cuba Honduras - no qual é entrevistada -, do cineasta Dado Galvão, ainda na segunda-feira.

No dia seguinte, após um encontro com a imprensa de manhã, Yoani será levada para uma visita ao centro da cidade baiana. Quando aceitou vir ao Brasil, Yoani tinha declarado que pretendia conhecer o modo de vida dos brasileiros, conversando com a população. Durante a tarde, ela deverá participar de uma sessão de autógrafos de seu livro De Cuba, com Carinho, publicado no Brasil pela Editora Contexto. Na quarta-feira, Yoani tem prevista uma visita a Salvador, onde deverá conhecer o Farol da Barra e o Pelourinho, antes de embarcar para São Paulo. Ela fala no auditório do Estado na quinta-feira (21). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Microsoft irá iniciar na próxima semana uma campanha de marketing para seu serviço oficial de e-mail, o Outlook.com. Segundo o The Verge, os planos da Microsoft com o investimento são divulgar o serviço e falar aos consumidores do Hotmail que o Outlook é uma ferramenta com mais recursos e, por isso, usuários serão os principais beneficiados com a migração. 

Além disso, a companhia pretende atrair pessoas de outros serviços, em especial do Gmail. A empresa está empenhada em comprovar a qualidade do Outlook frente a outros serviços de e-mail.

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Segundo David Law, diretor de gerenciamento de produtos do Outlook.com, um terço das pessoas que fez conta no Outlook veio do produto do Google. O outro é mostrar que o Outlook é uma evolução e pode ser a solução para quem fugiu do Hotmail. 

Entre as novidades prometidas pela Microsoft para o serviço, a integração com o Skype, serviço de chat online comprado recentemente pela Microsoft. 

 

O pioneiro dos sistemas antivírus John McAfee foi detido na noite de quarta-feira pela polícia da Guatemala para esclarecer sua situação migratória, depois que o americano solicitou asilo político ao denunciar uma perseguição do governo de Belize.

"Agentes da Interpol e da Polícia Nacional Civil conduziram o senhor John David McAfee às autoridades de Migração. Ele está irregularmente em nosso país e está sendo colocado à disposição das autoridades de Migração", disse à AFP o porta-voz da polícia, Pablo Castillo.

McAfee desembarcou na Guatemala na segunda-feira por considerar-se um perseguido político em Belize, onde as autoridades tentam obter seu depoimento sobre o assassinato de outro americano, um vizinho do empresário no país caribenho, onde McAfee mora desde 2009.

Castillo deu a entender que o gênio da informática pode ser deportado para Belize ou repatriado aos Estados Unidos.

Em Belize, McAfee é procurado há mais de três semanas pelas autoridades para ser interrogado sobre o assassinato de seu vizinho e compatriota Gregory Faull.

A notícia de que a Microsoft irá encerrar o Windows Live Messenger pode ter preocupado alguns usuários do serviços. Agora, quem utiliza o famoso MSN deverá trocar de serviço e passar a utilizar o Skype, considerado um dos mensageiros instantâneos mais eficazes da atualidade.

Em um post oficial no blog do Skype, a empresa afirma que os usuários devem migrar as contas o mais rápido possível. 

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Saiba abaixo como fazer essa migração sem maiores problemas: 

1- Logicamente, é preciso atualizar ou baixar a versão mais recente do Skype (6.0) (Link para download) 

2- Faça login com sua conta da Microsoft. Contas Hotmail, Xbox Live, Outlook ou Windows Phone são compatíveis. 

3- Com a instalação do Skype, entre no programa e clique na opção "Tenho uma conta do Skype". 

4- Ao aparecer a tela "Selecione sua conta principal do Skype para combinar" escolha a conta de sua preferência para que a sincronização ocorra. 

5- Após essa etapa, as contas Skype e Microsoft aparecerão para que você se assegura que está tudo correto. Caso não haja problemas, clique em "Continuar" para finalizar o processo de sincronização. Essa etapa final demora alguns minutos. 

6- Após aparecer a tela inicial do programa, é possível ver seus contatos na barra esqueda e também um pequeno menu que é possível acessar ao clicar na opção  "Todos". Selecione a opção "Messenger" para verificar que tudo deu certo. 

Feito os passos, será possível se comunicar com amigos do Messenger através do Skype sem grandes problemas. Porém alguns recursos são limitados para quem ainda não fez a migração, mas é possível os avisar ao acessar a janela e clicar em  "Enviar mensagem para baixar o Skype".

Os dois candidatos tecnicamente empatados em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o tucano José Serra e o petista Fernando Haddad, terão de suar a camisa se quiserem conquistar os eleitores que estão deixando de votar em Celso Russomanno (PRB).

Como apontou a pesquisa Ibope desta semana, quem mais tem se beneficiado com a queda nas pesquisas do candidato do PRB é Gabriel Chalita (PMDB).

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Isso vem acontecendo até mesmo em redutos petistas. A reportagem percorreu bairros como Campo Limpo, Capão Redondo e Capela do Socorro, na zona sul, e ouviu a mesma frase diversas vezes: "Antes eu votava no Russomanno, mas agora vou de Chalita".

A migração dos votos de Russomanno para Chalita em áreas periféricas da cidade que costumam votar majoritariamente em candidatos do PT acendeu uma luz de alerta na campanha de Haddad. Nesta quinta-feira (4), ele fez duas carreatas pela zona sul. Na segunda-feira (1), a zona leste abrigou um comício que teve a participação da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O candidato escalou até o filho para ajudá-lo nessa missão. Na quarta-feira (3), acompanhado de cerca de 80 integrantes da juventude petista, Fred Haddad fez campanha em Cidade Tiradentes.

A três dias das eleições, a reportagem ainda ouviu eleitores chamando Haddad de "Andrade" e "Fernando Fernandes". Um deles apontou para uma placa do petista e disse que votaria nele. Questionado sobre o nome do candidato, afirmou que sabia apenas que ele era do PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O governo poderá estimular a compra de receptores digitais à população por meio de redução de custos. Isso se até 2016 a migração da TV analógica, que utiliza a frequência de 700 MHz, para a digital não estiver completa, disse nesta quarta-feira o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "A migração está indo bem, mas precisamos acelerar a adoção da TV digital nas residências. Se, em 2016, tivermos 10, 15 milhões de televisores analógicos, vamos ter que pensar, pois não podemos desligar a frequência analógica", afirmou, após participar de seminário promovido pela empresa desenvolvedora de tecnologia Qualcomm.

A liberação da frequência de 700 MHz é essencial para a ampliação das faixas destinadas à banda larga móvel, como de quarta geração (4G). Segundo ele, mesmo ainda faltando três anos e meio para o desligamento dessa frequência, o governo já pretende começar o processo de licitação dessa faixa. "A estimativa é licitar no segundo semestre do ano que vem. A presidente Dilma me cobrou e me comprometi em entregar em 60 dias um esboço de plano de trabalho para construção de um edital e de um modelo de negócios", afirmou, acrescentando que as empresas de telecomunicações podem "arcar com os custos" para desocupação dos canais.

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Smartphones - O ministro destacou durante apresentação a executivos do setor de telecomunicações que recebeu a confirmação do governo sobre a desoneração tributária dos smartphones, aprovada pelo Congresso dentro da Lei do Bem. "Isso vai possibilitar a produção a menor custo e baratear os preços dos aparelhos. Isso vai desenvolver o mercado."

Segundo Bernardo, outra ideia é estimular a produção de peças e componentes para fabricação de smartphones. "O Brasil poderá se transformar não só em uma plataforma de consumo, mas também de produção dessas tecnologias", afirmou.

Comida grátis e temperaturas amenas. É isso que atrai uma legião de aves migratórias a São Paulo, fugindo do frio rigoroso do sul do continente, entre maio e setembro. "Julho é o auge", comenta a bióloga Regiane Paiva, do setor de Aves do Zoológico de São Paulo.

"Um exemplo: as aves do extremo sul da Argentina, nesta época de neve na Terra do Fogo, não encontram sua alimentação por lá. Por isso migram", explica o ornitólogo paulistano Johan Dalgas Frisch, presidente da Associação de Preservação da Vida Selvagem e autor do livro Aves Brasileiras.

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Todos os anos, o parque recebe mais de 3 mil aves hóspedes, principalmente irerês e marrecas-caneleiras. "Percebemos um pequeno aumento nas marrecas asas-de-seda também, mas ainda não foi realizada uma contagem deste grupo para verificar quais são as migrantes e quais são as residentes", diz Regiane.

Esses hóspedes de inverno, que vêm curtir o friozinho na cidade grande, encontram ali, na região do lago do parque, o que mais falta em seu ambiente natural nesta época do ano: alimentação abundante. São vermes, moluscos, plantas aquáticas e, um oferecimento especial do zoológico, ração à base de milho. Nesses meses os tratadores deixam às aves 400 quilos diários de ração, quase três vezes mais do que no restante do ano.

São uma atração a mais para quem escolhe passear pelo Zoo nesta época do ano. "É possível observá-las vocalizando, descansando, voando... Sempre ao redor do lago", comenta a bióloga Regiane. "A maior parte se concentra aqui no Zoo porque a oferta de alimentos é abundante. Mas também podem ser vistas, nesta época, em outros parques da cidade."

Outras áreas verdes da cidade também abrigam aves viajantes. Um bom exemplo são os parques municipais e estaduais, refúgios perfeitos para essa bicharada. "E não só irerês e marrecas-caneleiras. Há também os passeriformes", acrescenta Regiane. "O que acontece é que, por serem menores, são mais difíceis de serem vistos."

É o caso de papa-moscas-joão-pires, tesoura-do-brejo e verão - calcula-se que São Paulo receba, todos os anos, 50 exemplares deste último. O macho, com sua bela penugem avermelhada no peito e na cabeça é mais fácil de ser identificado. Pode ser avistado às margens da Represa de Guarapiranga e nos Parques do Ibirapuera e da Aclimação. "Aqui encontram insetos para a alimentação", afirma Frisch. "Passam alguns dias em São Paulo e seguem viagem até a Amazônia. Em setembro, retornam à Argentina e ao Uruguai, onde fazem seus ninhos."

Imponência espetacular

Frisch conta ainda que neste ano aconteceu um fenômeno atípico. Como choveu nos meses de abril, maio e junho, o tero real - parente do quero-quero - que normalmente migra da Argentina para a região do pantanal mato-grossense acabou aparecendo no interior paulista. "Mais precisamente na região de Rio Claro e Piracicaba, em pequenos brejos ao lado dos canaviais. Trata-se de fato raríssimo", comenta o ornitólogo. "Eu consegui fotografar esse tero real, que tem um comportamento muito interessante, pois seus movimentos lembram os de cavalos de alta linhagem. É de uma imponência espetacular."

A ave se alimenta predominantemente de insetos. É preta e branco, como o quero-quero. "Lembra uma pessoa que se veste com rigor", diz Frisch. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os brasileiros migraram menos e voltaram mais a seus Estados de origem no período 2005/2010 na comparação com 1995/2000, constatou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo 2010. Técnicos do órgão verificaram que, no primeiro quinquênio pesquisado, 5.196.093 pessoas mudaram de Estado, contra 5.018.898 no segundo - uma queda que ficou ainda maior na conta por mil brasileiros, na qual houve redução de 30,6 para 26,3 pessoas por mil emigrantes.

A Região Sudeste, que no passado exercia atração mais intensa sobre migrantes de áreas mais pobres do País - por exemplo, moradores do Nordeste e do Norte - seguiu, segundo a pesquisa, trajetória anterior de redução no volume de emigrantes (que saem dos Estados) e de imigrantes (que entram neles).

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Em números absolutos, São Paulo foi o Estado que apresentou, em 2005/2010, maior saldo migratório (imigrantes menos emigrantes) em todo o Pais. Recebeu 1.093.853 pessoas, mas "exportou" 788.411 - a diferença foi de 305.441. O saldo foi menor do que o do quinquênio 1995/2000, quando vieram para São Paulo 1.223.811 e saíram 883.885 - o indicador no primeiro período ficou em 339.926.

Em termos relativos, porém, o Estado que apresentou o maior aumento no saldo migratório foi Santa Catarina. Em 2005/2010, esse índice ficou em 174.112 (317.730 imigrantes menos 143.618 emigrantes), um aumento de 190% sobre o saldo de 59.986 de 1995/2000. Só a imigração cresceu 59,1% de um período para o outro. Em termos absolutos, o segundo maior saldo migratório detectado pelo Censo 2010 foi de 213.915, em Goiás - aumento de 5,47% em relação a 1995/2000.

Doze Estados apresentaram, no segundo quinquênio pesquisado, saldo migratório negativo - na conta imigrantes menos emigrantes, mais gente mudou-se deles do que foi morar neles. O recorde ficou com a Bahia, com menos 244.539 pessoas nesse cálculo. Foi a repetição de uma liderança que já ocorrera em 1995/2000, quando esse indicador estava negativo em 267.465. Ou seja, mesmo ruim, o índice caiu 3,57% em 2010. Os demais Estados que perderam mais gente do que receberam no período 2005/2010 foram Acre, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

O Censo 2010 também registrou 268.468 imigrantes internacionais - 86,7% mais do que o assinalado pelo Censo 2000, que encontrou 143.644. Dois terços (65,1%) dos retornados em 2010 (os números referem-se a indivíduos que viviam no Brasil na data da pesquisa, mas residiam no estrangeiro no período de até cinco anos antes) eram brasileiros que voltaram ao País. Ao todo, eram 174.597 pessoas, 98,6% a mais que os 87.886 retornados do exterior no Censo anterior. Os principais países de origem dos retornados da pesquisa de 2010 foram EUA, Japão, Paraguai, Portugal e Bolívia. Na década anterior, eram, pela ordem, Paraguai, Japão, EUA, Argentina e Bolívia.

O portão de ferro pintado na cor preta lacrava toda a abertura de luz que poderia sair da casa. Não era possível identificar se naquele aparente corredor estreito viviam pessoas. Após bater várias palmas, foi possível escutar, à distância, os passos que se aproximavam. Até então, a residência de três cômodos localizada no bairro Presidente Vargas, da cidade de Manaus, Estado do Amazonas, parecia inabitável.

Eis que Desir Withenie, uma jovem de 20 anos, aparece. Desconfiada, ela primeiro coloca o olho em um quadrado pequeno para verificar quem era, logo em seguida, abre a porta e com certo receio cumprimenta a todos com um discreto 'Salut' ('Olá' em francês). A mulher jovem de gestos contidos e voz baixa não estava segura ao iniciar a conversa, parecia estar retraída. Mas aos poucos ela sentiu segurança para falar.

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Desir havia saído do Haiti no dia 31 de dezembro de 2011, pela fronteira do país com a República Dominicana, com pouquíssimos pertences. Seguiu ao Panamá, onde tomou um outro voo e chegou na Amazônia peruana. De lá, resolveu ir à Tabatinga (cidade brasileira que faz fronteira com o Peru e se tornou o abrigo de muitos haitianos), tomou mais outro transporte, desta vez um barco, e aportou em Manaus. Com a esperança de conseguir um emprego e enviar dinheiro para a família, Desir deixou filho, mãe e pai para trás.

A história dela se repete entre dezenas de milhares de haitianos que deixam suas famílias em busca de oportunidades incertas aqui no Brasil. Conforme a Pastoral do Imigrante, entidade ligada à Igreja Católica, só no Amazonas existem, atualmente, cerca de quatro mil haitianos.

Entre essa estatística está Philcidr Mercure, um homem com jeito de sorriso e olhar tão cativante que constrangia pela simplicidade de se relacionar. Com um sorriso confiante, diferente de Deisir, não demonstrava insegurança quanto ao futuro que poderia ter no Brasil. Com a carteira de trabalho na mão, mostrava o visto de trabalho de dois anos concedido pelo governo brasileiro, muito embora não tenha conseguido emprego desde que chegou.

Philcidr vive na mesma casa que Desir. Uma residência que se tornou, dentro do bairro, uma espécie de refúgio para os haitianos, assim como outras casas pequenas que, no padrão de vida brasileiro, cabe apenas uma família, mas que excepcionalmente neste caso, tem acolhido 30, 50 e até 80 pessoas.

De acordo com o presidente do bairro, Walter Couto, todos da rua tentam ajudar aos haitianos e se sensibilizam com a situação deles. “Assim que eles chegaram, o padre da Igreja São Geraldo os ajudou e nós conseguimos essa casa para eles viverem”. Com o pouco que conseguem em alguns trabalhos, as 32 pessoas que vivem com Dseir e Philcidr dividem o preço do aluguel de 800 reais e sobrevivem com doações de religiosos. Recebem subsídios alimentares, mantimentos, colchonetes e até gás para cozinhar. Desir mostrava as doações de alimento que havia recebido do padre, que ela chamava de 'Pair' (pai, em francês), enquanto Philcidr saia do quarto para enxugar o rosto de suor e se apresentar "apresentável" à reportagem do LeiaJá.

A situação de ambos é um retrato da difícil realidade que eles vivem ao chegar ao Brasil. Sem falar o idioma e sem ter o apoio governamental, muitos continuam desempregados, com um agravante: em um país totalmente desconhecido. A condição dos imigrantes haitianos no norte do País preocupa entidades de direitos humanos, mesmo com a aprovação dos 1.200 vistos humanitários anuais e a regularização da situação daqueles que já estão por aqui. Ainda falta, segundo a ONG Conectas, acolher aqueles que continuam a chegar sem os vistosquestão que ainda não está muito clara.

Para a diretora da Conectas, Juana Kweitel, o visto humanitário foi uma medida interessante, mas a grande preocupação é com relação às pessoas que ainda estão sendo barradas ou deportadas ao chegarem aqui sem esse documento. “Ao ter esse visto, elas ficam sujeitas a abusos”. Mil haitianos já deixaram o Acre à procura de oportunidade em outros estados. A responsabilidade do Brasil se torna maior, uma vez que comanda a Missão de Paz e Estabilização das Nações Unidas que está no Haiti, desde 2004.

 

Direitos - O Comitê Nacional de Refugiados (Conare) negou o status de refugiado a esses imigrantes. De acordo com eles, o caso não se trata de um refúgio político, mas, sim, de vulnerabilidade econômica. Assim, o Ministério da Justiça concede apenas um protocolo de ajuda humanitária com validade por 90 dias, e que pode ser renovado, a depender do caso.

Na Constituição Brasileira, esse direito deve ser concedido ao cidadão que, devido à grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país e buscar refúgio em outro (diz-se assumir uma postura "signatária"). Na prática, isso não tem sido aplicado e não se sabe precisar melhor em que estágio encontra-se a política migratória brasileira em consonância aos direitos humanos, incluindo a pronta ratificação da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos dos Trabalhadores Migrantes e suas Famílias.

O resultado da falta de esclarecimento dessa política migratória, tanto para quem chega e é barrado na fronteira da Amazônia, quanto para quem possui o visto humanitário como Desir e Philcidr, é que muitos haitianos não conseguem se estabelecer ao chegarem ao Brasil e acabam vivendo em condições precárias, dependentes de ações voluntárias, de entidades ou da Igreja Católica.

A situação se agrava, pois, muitos dos haitianos que chegaram tem medo de receber ajuda, principalmente de alimentos já cozidos. “Eles jogam tudo no lixo, pois pensam que vão ser envenenados”, disse Walter. Em paralelo com o que vivem no Haiti, as pessoas que estão no Brasil vivem em condições de sobreviver melhor, mas não dignas. Estão no Brasil passando privações e sofrendo com a distância da família, e pouco se sabe qual o futuro desses imigrantes aqui no País, ou o que os esperam.

Ao final da conversa, Philcidr parou para sair nas fotos, estendeu a palma da mão e três tonalidades de cores selaram o encontro da equipe do LeiaJá com o entrevistado. Com um sorriso e o polegar positivo deu um 'tchau' com sotaque francês. Tímida, Desir o deixou e foi para outra área da casa. Já na saída, de frente ao portão, ela deu um tchau. A equipe se despediu e era inevitável não pensar na situação de toda aquela gente. A frase de Philcidr não saia da cabeça, afinal, era o sonho de quatro mil haitianos: “eu vim para trabalhar, mas não tem trabalho”.

A ideia de que o Brasil está se transformando em um paraíso de empregos atravessou o Atlântico e está encantando portugueses, espanhóis e até mesmo italianos. Uma página no Facebook que promete ajudá-los a conseguir vagas no País já atraiu quase 40 mil interessados - todos os dias, entre 500 e 600 pessoas, a maioria portugueses, se associam à comunidade. De volta à posição de primos pobres da Europa, afundados em uma recessão sem fim à vista e com o desemprego batendo em 15%, Portugal trocou de lugar com o Brasil e assumiu a posição de fornecedor de mão de obra.

No último final de semana, o coordenador da comunidade, que já morou e trabalhou no Brasil, organizou também duas conferências, uma em Lisboa e outra no Porto, para ensinar seus conterrâneos o caminho para emigrar. Centenas de pessoas pagaram 77 para assistir, por cerca de seis horas, um advogado brasileiro especialista em migração explicar o processo para obtenção de um visto de trabalho no País e o próprio organizador da conferência, David Bernardo, explicar como encontrar vagas por aqui.

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Desempregado, o engenheiro agrônomo João Matado, 29 anos, saiu de Moura, no Alentejo, para assistir seis horas de explicações em Lisboa.

"Foi muito interessante. Serviu para desmistificar essa questão do visto de trabalho, que é bastante complicado. Também fiz contatos muito interessantes durante a conferência", contou ao Estado. Desiludido com suas perspectivas em Portugal, Matado acha que é a hora de retomar os planos de viver no exterior. "No nosso país não está nada fácil viver. Temos sérios problemas de infraestrutura, a condições de trabalho são muito precárias. Sempre quis trabalhar no estrangeiro, esse é o momento", afirmou. Especializado em ovinocultura, acredita que pode achar espaço no Brasil. "Essa é uma área que está começando no Brasil e aqui já temos experiência", disse.

Tiago Cêpeda, 32 anos, engenheiro ambiental especializado em tratamento de resíduos, é um dos poucos membros da comunidade que não está desempregado. Mesmo assim, também quer vir para o Brasil.

"Oportunidades aqui não estão boas com a crise. Já o Brasil está numa boa fase. Trabalho no que eu gosto, mas minha área ainda está iniciando por aí, as possibilidades são maiores", explicou Catarina Almeida, formada em marketing, acabou de ter um contrato de três anos encerrado.

Aos 27 anos, ela está desempregada e com esperanças de vir trabalhar no Brasil. "Tenho amigos muito contentes em trabalhar por aí. Temos a facilidade da língua e o Brasil é bastante atrativo nessa área", explica.

A semelhança cultural, além do crescimento expressivo do País nos últimos anos, é uma das maiores razões para o interesse dos portugueses no Brasil. Notícias de que faltam engenheiros e médicos no País e de que a classe média brasileira vem crescendo expressivamente são avidamente compartilhadas na página do Facebook Empregos no Brasil para Estrangeiros. Dicas como a de um italiano, que sugeriu a seus conterrâneos procurarem possíveis parentes para fazer contato, ou sugestões de áreas que estão contratando, também fazem sucesso.

O interesse dos europeus por empregos por aqui também tem chegado pelas câmaras de relações entre os países. Na Câmara Brasil Espanha, até março já chegaram 250 currículos de pessoas interessadas em emigrar, a maioria nas áreas de engenharias e arquitetura. "Desde 2011 está crescendo o número de pessoas que nos procuram. Começou em 2008, 2009, com a crise na Espanha, e deve aumentar, já que não há perspectiva de melhoria da situação a curto prazo", disse a diretora executiva Maria Luiza Castelo.

A recomendação dada pela Câmara é a mesma dada nas conferências portuguesas: faça contatos antes de vir ao Brasil. "A imaginação pode ser bem diferente da realidade. O Brasil é um país muito grande, não é a mesma coisa trabalhar em São Paulo ou no Nordeste", explicou Maria Luiza.

Apesar disso, a percepção é de que a entrada ilegal de espanhóis tem aumentado. Nem a Polícia Federal nem o Itamaraty dão números, mas mesmo antes do Brasil adotar a reciprocidade e endurecer as exigências - o que começou essa semana - houve casos de entrada negada. A avaliação é que a situação vai piorar.

Apesar do interesse do Brasil em atrair estrangeiros altamente qualificados, vir trabalhar no País não é simples. Engenheiros, que realmente andam em falta no País, não podem assinar projetos. Por isso, só podem ser contratados como consultores. Apesar disso, para obtenção de um visto é exigido um contrato de trabalho e apenas depois de quatro anos é expedido um visto permanente.

Os vistos temporários, de até dois anos, cresceram 31% entre 2010 e 2011, mas portugueses e espanhóis não aparecem nem entre as 10 nacionalidades que mais conseguiram emprego no País. Em 2011, foram concedidos 2.692 vistos permanentes - 307 deles para portugueses, outros 269 para espanhóis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

TEXTO Jullimaria Dutra | EDIÇÃO Raquel Monteath

O terremoto que arrasou o Haiti, em 12 de janeiro de 2010, afetou mais de 4,5 milhões de cidadãos que sofrem até hoje com a escassez de recursos básicos, e que possui mais de 70% de sua população desempregada.

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Dois anos depois da catastrófica e apesar das tímidas investidas em reerguer o país, o Haiti permanece em condições precárias. O balanço de magnitude 7,3 na escala Ricther desalojou 1,5 milhão de cidadãos e, dez meses após a tragédia, um surto de cólera infectou 522.570 pessoas, das quais sete mil morreram.

Confira a galeria de imagens "Especial Haiti: dois anos de devastação"

Diante dos desafios descomunais para realocar milhões de haitianos e retirar um número incalculável de escombros que soterra boa parte de Porto Príncipe, muitos atravessadores (conhecidos como coiotes) passaram a atrair, com maior frequência, haitianos a deixar o país e a entrar no Brasil, só que de forma ilegal, geralmente pelas fronteiras do Acre e do Amazonas.

Foi assim que encontraram um jovem sozinho na estação Corinthians-Itaquera, no metrô de São Paulo. Vítima de uma quadrilha internacional de atravessadores – traficantes de pessoas –, o menino morava com a avó e o irmão mais velho no Haiti. Os responsáveis pelo trajeto do garoto deveriam levá-lo até à Guiana Francesa, onde vive D. Dieula Goin, a mãe do rapaz. A rota passava pelo Brasil, mas ao chegar em São Paulo, os criminosos exigiram mais dinheiro para continuarem o percurso. Como a família se recusou a pagar, abandonaram o menino no metrô.

Mas situações como a do garoto do metrô não intimidam os haitianos que sonham em encontrar oportunidades, uma vez que o país não tem previsão de se reerguer. Porém, após viajarem quilômetros, chegam ao Brasil e acabam dormindo nas ruas, quase revivendo a miséria que esperavam deixar para trás.

O Brasil se tornou um ímã para esses haitianos que, literalmente, percorrem "o caminho das Américas" para chegar ao Brasil: tanto cruzam de ônibus a fronteira com a República Dominicana, quanto lotam embarcações até chegarem a Santo Domingo. Do país vizinho, pegam um voo para o Panamá, seguem para os países espano hablantes que fazem fronteira com o Brasil – Bolívia, Equador, Peru e Acre - e, normalmente, ao chegarem em um desses destinos, seguem a pé até alcançarem as fronteiras das cidades brasileiras.

Essa rota migratória vem aumentando o fluxo de haitianos em massa, principalmente, nas últimas semanas, devido aos rumores (negados pelo Governo) de que o Brasil poderia fechar as fronteiras este ano para os haitianos. O resultado foi a chegada, nos primeiros três dias do ano, de mais de 500 haitianos ilegais e que, junto aos outros 700 compratiotas, estão em alojamentos improvisados, numa localidade de apenas 20 mil habitantes, a cidade de Brasileia, localizada na fronteira com a Bolívia. Situação semelhante ao que ocorreu em Tabatinga, fronteira com Peru e Colômbia, onde 208 imigrantes haitianos se juntaram aos 1.041 que aguardavam sua regularização.

Segundo o Governo, 4 mil haitianos vivem hoje nos estados do Acre e do Amazonas. Destes, 1.600 já estão regularizados. O restante deverá legalizar a situação para poder continuar no país. O Brasil concedeu a eles um visto de residência “humanitária” com validade de cinco anos, o que lhes permite viver e trabalhar no País, já que não podem ser considerados refugiados políticos. Atualmente, são mais de mil haitianos em cada assentamento da fronteira.

 

LIMITAÇÕES - A migração expressiva pela Região Norte obrigou a presidente Dilma Rousseff a limitar a entrada de estrangeiros no país. Em uma reunião realizada nesta terça-feira (10) com as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, junto ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ficou estabelecido que, por mês, 100 haitianos poderão entrar no Brasil. Os que conseguirem entrar ilegalmente serão notificados para ser efetivada a extradição. Por meio da Lei 6.815 de 1980, ao entrarem no País, os estrangeiros - no caso aqui, os haitianos - precisarão apresentar um visto, emitido gratuitamente pela embaixada brasileira no Haiti, para poder permanecer e exercer atividades laborais de modo regular.

Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a fiscalização será reforçada nas fronteiras do País. O Planalto Central também pretende atuar em conjunto com os governos do Peru, Bolívia e Equador. "O objetivo é atacar essa rota ilícita de imigração e a ação dos coiotes, que têm atuado de forma bastante forte na entrada ao país". O Brasil promete apoio aos governos do Acre e do Amazonas, por meio dos ministérios da Saúde, do Trabalho e do Desenvolvimento Social.

Confira o vídeo da TVNBR sobre a regularização dos haitianos em solo brasileiro:

O governo federal pretende regularizar a situação de haitianos que já estão no Brasil, mas pretende inibir o crescente movimento migratório ao País endurecendo o tratamento conferido àqueles que ainda não chegaram por aqui. O movimento acompanha ações de outros países vizinhos, como o Peru, que passou a exigir nesta terça-feira visto de haitianos que queiram entrar no País.

Segundo estimativas oficiais, 4 mil haitianos vivem hoje no Brasil, dos quais 1,6 mil já estariam com a situação regularizada. "Os quatro mil serão regularizados. Até a data da (nova) resolução (do Conselho Nacional de Imigração), vamos regularizar", afirmou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após reunião com a presidente Dilma Rousseff e os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil).

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O Palácio do Planalto deve encaminhar uma nova resolução, a ser aprovada ainda pelo Conselho Nacional de Imigração (CNIG), órgão colegiado vinculado ao Ministério do Trabalho. O objetivo é regularizar a situação dos haitianos que já estão no Brasil, mas condicionar a entrada de outros cidadãos daquele País mediante apresentação de um visto condicionado ao "exercício de atividade certa e à fixação em região determinada do território nacional", conforme previsto em lei.

A proposta é limitar a 100 o número mensal de vistos concedido pela embaixada brasileira em Porto Príncipe, no Haiti. De acordo com Cardozo, a próxima reunião do CNIG será nesta quinta-feira.

"Aqueles que entrarem sem visto a partir desta data (da nova resolução) estarão em situação irregular e, ao se constatar esse ingresso, esses haitianos serão notificados e extraditados", disse Cardozo, que prometeu reforçar a segurança nas fronteiras.

Além disso, serão feitas "gestões diplomáticas" e ações conjuntas aos governos de Peru, Equador e Bolívia no sentido de atacar a rota ilícita de imigração.

O Conselho Nacional de Imigração (CNIg), ligado ao Ministério do Trabalho, está concedendo vistos de residência permanente aos cidadãos haitianos que chegaram ao Brasil após o terremoto de janeiro de 2010 e solicitaram refúgio. No total, já foram aprovadas 418 concessões de vistos de residência permanente.
 
A concessão é uma medida complementar de proteção do país, uma vez que a legislação brasileira e as convenções internacionais não reconhecem o refúgio relacionado a desastres naturais ou fatores climáticos.
 
Segundo os dados do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), desde o terremoto de 2010, foram protocoladas 2.150 solicitações de refúgio por cidadãos haitianos.

 Brasília – A Polícia Federal iniciou na semana passada a primeira fase do projeto piloto para adoção de portões eletrônicos (e-gates) de controle migratório no Brasil. O sistema, conhecido como Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente (Rapid), pretende tornar mais rápido o procedimento de entrada e saída de pessoas pelos aeroportos internacionais brasileiros.

Para o secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, os equipamentos permitirão um controle migratório mais efetivo e um desembarque mais rápido. “Não terá a necessidade daquele quase enfrentamento entre viajante e autoridade migratória do país receptor.”

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O sistema é automatizado e permite a verificação de todos os dados de segurança do viajante. De acordo com Barreto, é preciso que os estados consigam aliar tecnologia à segurança. “[O Rapid] vai ver se a pessoa tem algum antecedente criminal no exterior, se é foragido internacional, se o passaporte está válido.”

Após a validação do documento, o passageiro passa para uma cabine na qual é fotografado. A identidade do viajante é confirmada por meio da comparação entre a fotografia armazenada no microprocesssador (chip) do passaporte com a imagem capturada pelo equipamento de segurança. Confirmada a identificação, o passageiro é liberado para prosseguir no embarque ou desembarque.

O projeto é resultado de um acordo de cooperação entre a Polícia Federal e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal. Barreto disse ainda que o Brasil pretende implantar essa nova tecnologia nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

Nessa primeira fase do projeto, apenas brasileiros e portugueses com passaportes diplomáticos ou oficiais com chip instalado poderão passar pelo controle de imigração nos portões eletrônicos. A previsão da Polícia Federal é que, até o fim do ano, os brasileiros que já tiraram o novo passaporte eletrônico (com chip) também possam passar pelos chamados e-gates.

Dois portões de reconhecimento, cedidos pelo governo português, foram instalados no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. A cidade foi escolhida, segundo Barreto, por ter poucos voos internacionais e muitos passageiros com passaportes diplomáticos ou oficiais.

Os e-gates já são usados em Portugal, na Inglaterra e na Austrália. De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, a adoção dos portões eletrônicos simplifica ainda mais as relações entre Brasil e Portugal. “Aliamos coisas que são importantes, como modernidade e segurança. É uma tecnologia que provou funcionar bem na União Europeia.”

 

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