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Na manhã desta terça-feira (20), a Polícia Federal (PF), em parceria com a agência norte americana de imigração Ice Customs Enforcement, desarticulou um esquema de exploração de migrantes para viagens ilegais aos Estados Unidos. Três mandados de prisão temporária foram cumpridos em São Paulo.

As investigações tiveram início em julho de 2018 e apontaram que o grupo providenciava passaportes e vistos brasileiros falsos em países da África Oriental, de onde partiam os migrantes ilegais com destino à capital paulista. Dentre os migrantes enviados aos EUA, estão dois somalis suspeitos de terrorismo.

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Ao chegar no Brasil, eles eram recebidos pelos criminosos, tinham os passaportes retidos e seguiam para um hotel na região central do município. Após a hospedagem, os migrantes viajavam para Rio Branco, no Acre, onde atravessavam a fronteira com o Peru e seguiam por meios terrestres até a fronteira do México.

 As informações apontam que o grupo tinha domínio de toda a rota por meio do contato com integrantes dos países e continentes vizinhos. Um dos criminosos divulgava símbolos e personagens nazistas em suas redes sociais. Os suspeitos responderão por contrabando de migrantes (qualificado pela submissão a condições desumanas e degradantes), organização criminosa, falsificação de documento público e divulgação do nazismo, com penas de três a oito anos de reclusão.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresenta nesta quinta-feira um projeto para modificar a política migratória a favor dos estrangeiros qualificados e em detrimento de critérios familiares e solicitantes de asilo, embora sua aprovação no Congresso seja pouco provável.

O magnata republicano, que fez da luta contra a imigração ilegal uma marca de sua gestão, criou o novo projeto com seu genro e assessor Jared Kushner. Ele será apresentado às 14h30 locais (15h30 de Brasília) na Casa Branca.

O objetivo da inciativa é "modernizar" o sistema de imigração legal "que permaneceu inalterado durante décadas", disse à Fox a porta-voz da Presidência, Sarah Sanders.

"Queremos avançar para um sistema baseado no mérito", acrescentou, afirmando que a chegada de trabalhadores qualificados pode contribuir para o crescimento dos Estados Unidos. "A economia está no auge, precisamos de mão de obra", continuou.

A Bienal de Veneza começará no sábado como um convite para refletir sobre as migrações, um dos fenômenos do século XXI. A partir desta terça-feira (7) já é possível ver os restos do maior naufrágio no Mediterrâneo e uma instalação em referência ao muro entre o México e os Estados Unidos.

Os destroços da embarcação do maior naufrágio do Mediterrâneo, ocorrido em abril de 2015, no qual cerca de 800 imigrantes perderam a vida no Canal da Sicília, permanecerão ancorados nas águas do Arsenal, imenso estaleiro veneziano onde se exibem obras de arte de artistas renomados de todo o mundo, em homenagem à memória e aos imigrantes que fogem de suas terras em busca de refúgio e uma vida melhor.

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"Os restos foram instalados em um lugar calmo, longe do barulho, um convite ao silêncio e à reflexão", explicou à imprensa o presidente da Bienal, Paolo Baratta.

Sob o título "Barca Nostra", o artista suíço Cristoph Buchel, solicitou autorização do Ministério da Defesa italiano, ao Comitê em 18 de abril, que representa as vítimas, e ás autoridades da cidade siciliana de Augusta, para expô-los por um ano em Veneza. Depois esses destroços retornarão à Sicília para fazer parte do "Jardim da Memória", um monumento coletivo sobre a migração.

O navio pesqueiro de madeira, que quase perdeu as cores azul e vermelha e que tinha capacidade para apenas 20 pessoas, percorreu em uma balsa o grande canal de Veneza com o imenso buraco visível que provocou seu dramático colapso. A imagem pareceu surreal entre os elegantes palácios bizantinos e as pontes da bela cidade de Marco Polo.

A recuperação a 370 metros de profundidade, em uma operação que custou cerca de nove milhões de euros ao Estado italiano, permitiu recuperar um elevado número de corpos que haviam ficado presos na vinícola.

"É um símbolo universal", disse o jornal local, Il Gazzettino, que lembrou a equipe de médicos coordenados pela doutora Cristina Cattaneo, que identificou muitos corpos com o desejo de dar-lhes uma identidade. Na jaqueta de um dos corpos, descobriu costurado no bolso as qualificações de uma escola de um menino africano. Foi o seu passaporte para o primeiro mundo.

- Muros e naufrágios -

Essa não será a única obra ou instalação dedicada aos dramas do mundo moderno exibida na competição veneziana. Sob o título "Que você viva em tempos interessantes", o curador da Bienal, o norte-americano Ralph Rugoff, convidou 79 artistas para dar sua visão dos tempos em que vivemos.

O trabalho da mexicana Teresa Margolles, sobre a violência em seu país desencadeada pelo narcotráfico, gera impotência, raiva e indignação.

A artista expõe um de seus muros em Ciudad Juárez, formado por blocos de cimento de uma escola, com buracos onde quatro pessoas foram baleadas. Um muro com arame farpado, uma clara alusão ao "muro de Trump" contra os imigrantes e o que isso implica.

Surpreendem, ainda, as obras com forte conteúdo social, impregnadas de pensamentos críticos, como a do coreano Lee Bul, com uma instalação dedicada a outro naufrágio, ocorrido em 2014 em Sewol, nas águas da Coreia do Sul, quando 304 estudantes morreram. A montanha de trapos velhos que se inflam representa dor, medo, perplexidade e impotência.

"Nestes tempos, a arte desempenha um papel fundamental", explicou Rugoff, ilustrando os sacos de lixo preto de mármore do artista albanês Andreas Lolis colocados na entrada principal do pavilhão Central.

A quantidade de imigrantes em situação ilegal detidos na fronteira dos Estados Unidos com o México superou em fevereiro os 76 mil, o nível mensal mais alto em anos, indicou nesta terça-feira (5) o Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça americano (CBP).

O número de famílias e crianças desacompanhadas também aumentou para cerca de dois terços do total, com cruzamentos muitas vezes em grandes grupos e entregas imediatas às autoridades para solicitar refúgio, prejudicando a eficácia das táticas do governo de Donald Trump para frear o fluxo migratório.

Um total de 76.103 pessoas foram detidas na fronteira ou após cruzá-la, um aumento considerável em relação à média de 61 mil nos três meses anteriores, e é surpreendente uma vez que geralmente há uma desaceleração no mês mais frio do ano.

A cifra também foi mais do que o dobro de fevereiro de 2018 e 3,2 vezes mais do que em fevereiro de 2017, o primeiro mês completo depois que o presidente Trump assumiu o cargo prometendo acabar com a imigração ilegal.

"Atualmente estamos enfrentando uma crise humanitária e de segurança nacional ao longo de nossa fronteira sudoeste", disse o comissário do CBP, Kevin McAleenan.

"Os grandes aumentos nas famílias e crianças que cruzam nossas fronteiras, em grupos maiores e em áreas mais remotas, representam um desafio único para nossas operações e instalações, e as de nossos parceiros", acrescentou.

No final de janeiro, o governo Trump lançou uma nova política para enviar os solicitantes de refúgio - quase todas as pessoas que fogem da pobreza e da violência em Guatemala, Nicarágua e El Salvador - de volta ao México para que esperem ali enquanto seus casos são revisados, o que pode levar até dois anos.

Mas esse programa só começou a ser implementado em uma área da fronteira em Tijuana, no México, e ainda não foi estendido a outras.

Enquanto isso, mais de 70 grupos de mais de 100 migrantes cruzaram a fronteira no mês passado e se entregaram às autoridades. O aumento de fevereiro provavelmente incluiu muitos dos que se juntaram às caravanas da América Central.

O Canadá está recrutando brasileiros para trabalhar e morar no país. Há oportunidades para profissionais das áreas de tecnologia, saúde e de automação industrial. O recrutamento é organizado pela agência de desenvolvimento econômico da cidade canadense, Québec Internacional. As inscrições podem ser realizadas até o dia 17 de março por meio do site oficial. Falar francês é um pré-requisito para qualquer cargo. Foram abertas 400 vagas.

Especialistas em inteligência artificial, arquitetos de sistema, engenheiro, enfermeiros e profissionais das indústrias alimentícia, mecânica e eletromecânica estão na lista de profissões com vagas em aberto. Os candidatos podem checar detalhes dos cargos e requisitos técnicos no site das inscrições.

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Das cinco áreas buscadas pelas empresas canadenses, o maior salário é para quem tem experiência em jogos virtuais. O menor salário é para quem atua com mecânica e eletromecânica. 

A agência selecionará os escolhidos para a bateria de entrevistas que acontecerá nos dias 27 e 28 de abril em São Paulo (SP), com a presença dos gestores das empresas. A empresa contratante é a responsável pelos trâmites iniciais de imigração e obtenção de visto aos aprovados. Isso permite que eles trabalhem e residam legalmente no Canadá.

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Cerca de 5 mil manifestantes se reuniram em torno da sede da União Europeia (UE) em Bruxelas para protestar contra um novo pacto de migração da Organização das Nações Unidas (ONU). A polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para conter a manifestação, alegando que algumas pessoas ficaram violentas quando foram solicitadas a se dispersar.

O governo belga teve de ser reformado na semana passada porque o maior partido da coalizão se opôs à decisão do primeiro-ministro, Charles Michel, de assinar o pacto, que visa simplificar e suavizar a migração internacional em massa. Fonte: Associated Press.

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O Brasil abandonará o Pacto Mundial para Migração das Nações Unidas, aprovado formalmente nesta segunda-feira (10) em Marrakech, no momento em que Jair Bolsonaro assumir o governo, no dia 1º de janeiro, afirmou o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Twitter.

"O governo Bolsonaro se desligará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marrakech, um instrumento inadequado para lidar com o problema", escreveu Araújo na noite desta segunda-feira, acrescentando que a "imigração é bem-vinda, mas não deve ser indiscriminada".

A saída do Brasil do Pacto é um novo sinal de aproximação com a diplomacia do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abandonou a elaboração do texto em dezembro de 2017. Na América Latina, países como Chile e República Dominicana também se afastaram do pacto.

Bolsonaro e Araújo não escondem sua admiração por Trump e seu desejo de alinhar o futuro governo aos Estados Unidos em matéria de política externa. O futuro presidente do Brasil já havia manifestado sua intenção de abandonar o acordo de Paris sobre o clima.

O anúncio do futuro chefe do Itamaraty chega horas após a aprovação do Pacto para a Migração na conferência que reuniu quase 160 países em Marrakech.

A cerimônia contou com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, da chanceler alemã, Angela Merkel, e do atual ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, que se mostrou favorável ao acordo.

Araújo concluiu sua série de mensagens no Twitter afirmando que os imigrantes venezuelanos "que fogem do regime de Maduro" continuarão sendo acolhidos pelo Brasil, mas avaliou que "o fundamental é trabalhar pela restauração da democracia na Venezuela".

O futuro chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, disse nesta segunda-feira, 10, que o Brasil vai se desassociar do Pacto Global pela Imigração da ONU, firmado hoje em Marrakesh por 160 países. "(O acordo) é um instrumento inadequado para lidar com o problema.

"A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país", disse Araújo no Twitter. Segundo ele, a imigração "é bem-vinda, mas não pode ser indiscriminada" e deve estar "a serviço dos interesses nacionais e da coesão de cada sociedade".

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As declarações de Araújo vão no sentido oposto do que disse em Marrakesh o chanceler Aloysio Nunes Ferreira, que se contrapôs aos "políticos que querem restringir a imigração e atacam os órgãos multilaterais". "A lei brasileira é um desmentido claro àqueles que querem opor a soberania nacional à cooperação internacional", disse Aloysio.

Hoje, representantes de 160 países e funcionários do alto escalão da ONU se reuniram em Marrakesh para adotar o Pacto Global pela Imigração. O evento teve a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, e da chanceler alemã, Angela Merkel, que foi ovacionada após fazer discurso favorável à imigração.

Sem a presença dos EUA, que abandonaram as negociações em dezembro de 2017, as nações concordaram que é preciso promover a imigração segura para pessoas que saíram de seus países por problemas de guerra, por necessidades econômicas ou por mudanças climáticas.

O pacto tem oposição de políticos que defendem fronteiras mais seguras e argumentam que o acordo favorece o fluxo de imigrantes. "Já havíamos dito que a imigração não é um direito humano. Os países têm o direito de determinar a entrada de estrangeiros", disse o representante do governo do presidente chileno Sebastián Piñera. (Com Lu Aiko Motta)

O Parlamento belga se pronunciou por maioria nesta quarta-feira (5) a favor do pacto da ONU sobre migração, o que levaria ao primeiro-ministro Charles Michel a demostrar em Marrakech na próxima semana o apoio da Bélgica a este texto que desestabilizou sua coalizão.

Reunidos em comissão, os deputados aprovaram uma resolução em apoio ao texto da ONU. Os votos de direita e esquerda deixaram os nacionalistas flamengos do N-VA isolados com sua firme oposição.s

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A resolução deverá ser submetida a uma votação em sessão plenária nesta quinta-feira.

A Nova Aliança Flamenga (N-VA), que é um dos pilares do governo de coalizão desde outubro de 2014, rejeita o pacto da ONU. Este partido, que quer endurecer nos assuntos de imigração, teme especialmente que os juízes belgas possam usar esse texto para questionar a política do governo.

Por outro lado, os outros três partidos da coalizão, os liberais e os democratas-cristãos, são a favor desse pacto, que o primeiro-ministro liberal prometeu apoiar durante sua intervenção em setembro na ONU.

Ameaçado por uma crise do governo, Charles Michel decidiu na terça-feira ir ao Parlamento, na ausência de unidade em seu governo.

"O Parlamento é o coração da democracia em nosso país, seu sinal é muito importante", ele reiterou na quarta-feira na rádio Bel-RTL.

Na cúpula de Marrakech, nos dias 10 e 11 de dezembro, na qual o texto deve ser aprovado, "vou comunicar a posição do parlamento belga a todos os países que estarão representados", afirmou.

A partir deste sábado (10) entra em vigor uma normativa assinada pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que nega asilo aos imigrantes que entram de forma ilegal no país. O documento foi assinado ontem (9) para evitar a "imigração em massa" em Estados no sul do país. "Precisamos de pessoas em nosso país, mas eles têm que entrar legalmente", declarou Trump, antes de embarcar para Paris, onde participa das comemorações do centenário da Primeira Guerra Mundial.

Pelas regras anteriores, qualquer pessoa, independente da forma de entrada no território norte-americano, era elegível para pedido de asilo. Segundo autoridades locais, cerca de 70 mil pessoas por ano que entram no país ilegalmente recorrem ao recurso. Geralmente, apenas cerca de 20% dos candidatos são aprovados.

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O decreto já foi refutado em tribunais. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) contesta a constitucionalidade da medida, pedindo a revogação do decreto. "O presidente está simplesmente tentando atropelar a decisão do Congresso de fornecer asilo para aqueles em perigo, independentemente da forma de entrada de cada um", disse o advogado da ACLU, Lee Gelernt.

A medida é uma tentativa do governo Trump de tentar controlar a entrada no país das chamadas caravanas, grupos de pessoas que viajam a partir da América Central. Em comunicado, o Departamento de Justiça disse que o regulamento é legal.

Pelas normas firmadas, a entrada de qualquer cidadão de outro país pela fronteira com o México está suspensa e será limitada por um período de 90 dias. Nesse período, as autoridades americanas poderão retirar ilegais e levá-los ao México. As regras valem para aqueles que entrarem nos EUA a partir de hoje.

A Patrulha de Fronteira dos EUA afirma que prendeu mais de 50 mil pessoas ilegalmente em outubro, estabelecendo um novo recorde este ano, apesar das travessias ilegais estarem abaixo das máximos históricas das décadas anteriores. Na manhã deste sábado, cerca de 4 mil migrantes da América Central se preparam para deixar um

estádio no sul da Cidade do México até a fronteira dos EUA. Fonte: Associated Press.

Migrar para Portugal tem se tornado, nos últimos anos, o sonho de muitos brasileiros que buscam mais qualidade de vida em outras terras. Dados divulgados este ano pelo Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilos dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) mostram uma alta de 5,1% de brasileiros em Portugal. É a maior comunidade estrangeira no país europeu, com quase 86 mil cidadãos.

São vários os modos de tentar buscar a cidadania em Portugal. Um caminho que tem sido muito procurado por empresários e empreendedores é o do investimento no mercado imobiliário. Em 2017, cerca de 225 famílias brasileiras foram para as terras lusas como investidoras da área imobiliária. É um dos métodos mais comuns para adquirir o Golden Visa Portugal: comprar um ou mais imóveis no país, desde que a soma dos imóveis seja de pelo menos 500 mil euros. A facilidade é que o imóvel pode ser adquirido e usado como investimento - aluguel ou revenda, por exemplo.

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Nesta terça-feira (24), no Recife, um evento irá debater os trâmites necessários que devem ser planejados para quem deseja fazer de Portugal um lugar de morada e negócios. É o II Seminário Portugal 360º, realizado pela Direct Portugal, braço europeu da Direct Empreendimentos Imobiliários. "Se o brasileiro for bem assessoria, com um planejamento seguro, ele não encontra qualquer dificuldade para conseguir sua cidadania. O que acontece é que, muitas vezes, os brasileiros vão de peito aberto, sem qualquer preparação, e quebram a cara", avalia o diretor da Direct Portugal, Gustavo Morais.

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Segundo o gestor, a empresa tem obtido excelente resultados nos últimos anos e o número de brasileiros interessados nos negócios portugueses têm aumentado exponencialmente. "O volume de empresários dos mais diversos ramos interessados em empreender em Portugal tem sido absurdo. Negócios na área hospitalar, companhias aéreas, postos de gasolina. São oportunidades diversas que nós temos conseguido facilitar para o brasileiro", explica. Morais garante que a nova edição do evento será ainda mais recheada de conteúdo do que a do ano passado.

Das 8h30 às 12h30, no Bugan Hotel Recife by Atlantica, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, diversos profissionais renomados explanarão sobre o tema para o público (que ainda pode se inscrever pelo site http://www.directportugal.vpeventos.com). Entre os participantes, Daniel Correia, diretor-geral da Pine Cliffs Resort, Sheraton Cascais Resort e Lisboa Residence. Ele discorrerá sobre as expectativas da economia portuguesa para o biênio 19/20, além de orientações para legalização da cidadania no país europeu. 

Sobre o perfil do investidor brasileiro em busca da migração, Correia afirma que é "um investidor consciencioso, que procura se munir de diferentes opções, informações diversas sobre tratamento fiscal, e também um profissional que busca trazer seu negócio do Brasil para expandir em Portugal e por toda a Europa". Segundo o gestor, o mercado brasileiro já desponta como um dos principais estrangeiros em Portugal, ao lado do inglês. 

 

 

O Brasil vai apoiar o Road to Marrakech (Caminho para Marraqueche), na cidade de Marrocos. O evento é organizado pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) e acontecerá nos dias 10 e 11 de dezembro e tratará sobre a situação global dos migrantes e refugiados.

Países como México, Canadá, Alemanha, Marrocos, Filipinas e Turquia também irão participar do evento. Além disso, o chanceler brasileiro Aloysio Nunes vai abordar em evento paralelo os desafios da imigração em massa no mundo que serão abordados na cúpula intergovernamental, no próximo dia 26.

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“A questão da Venezuela também será tratada. Vai ser uma oportunidade de ver como globalmente os países podem contribuir para esse debate”, afirmou o subsecretário-geral de Assuntos Políticos Multilaterais, Europa e América do Norte, Nelson Antonio Tabajara de Oliveira.

De acordo com o embaixador, o Brasil também participará de reunião de chanceleres do Brics, que tem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e do Ibas, equipe formada por Índia, Brasil e África do Sul, em que o Brasil assumirá no ano que vem a presidência temporariamente desses dois grupos. 

Balanço divulgado pela Polícia Federal revela que entre 2015 e 31 de agosto deste ano, 75.560 venezuelanos procuraram a PF em Roraima para regularização da situação migratória. Do total, 46.761 venezuelanos solicitaram refúgio, 14.935 pediram residência e 13.864 aguardam atendimento.

Os dados também indicam que do ano passado pra cá, entraram 154.920 venezuelanos somente pela cidade de Pacaraima (RR), mas 79.402 já deixaram o Brasil.  Cerca de 5,2 mil estão em abrigos de Boa Vista e dependem atualmente de ajuda do governo federal. Outros 1.507 foram direcionados ao processo de interiorização.

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A Organização Internacional de Migração (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) revelam que 2,3 milhões de venezuelanos estão vivendo fora de seu país e mais de 1,6 milhão já deixaram o país desde 2015.

Interiorização

Desde abril deste ano, mais de mil venezuelanos já foram beneficiados com o processo de interiorização, que leva imigrantes que entram por Roraima para outras cidades do País. O processo de interiorização não é obrigatório e só participam os venezuelanos que querem residir em outras cidades brasileiras.

Neste mês, este processo deve ser intensificado, com 400 pessoas sendo transferidas por semana. De acordo com a Polícia Federal, para esta semana estão programados voos para o Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

 

Com informações do Governo do Brasil

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, embarcou para a Colômbia, onde se encontra entre os dias 20 e 23, com autoridades do recém-empossado governo colombiano, para discutir estratégias de ampliação da segurança nas fronteiras. Durante sua estadia, Jungmann também conhecerá projetos de contenção e redução da violência e tráfico de drogas nas áreas urbanas de Medellín e Bogotá.

A viagem ocorre após o ministro ter participado de reunião no Palácio da Alvorada com o presidente Michel Temer e outros cinco ministros para tratar dos problemas enfrentados no Estado de Roraima -por conta da entrada em massa de venezuelanos no Brasil.

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A experiência colombiana no enfrentamento à violência com projetos sociais, de reordenamento urbano e de aproximação entre agentes de segurança e comunidade será apresentada a Jungmann por autoridades locais e representantes de organizações sociais.

O ministro quer ver de perto como a implantação do conceito de "segurança cidadã" levou as cidades de Medellín e Bogotá a conseguirem expressivos resultados de redução dos seus índices de criminalidade.

Oito adolescentes brasileiros continuam em abrigos nos Estados Unidos, mesmo depois de 50 crianças terem reencontrado seus pais que teriam entrado ilegalmente no país. O Ministério das Relações Exteriores informou que os adolescentes foram enviados a abrigos porque ingressaram no território norte-americano desacompanhados dos responsáveis legais.

De acordo com o Itamaraty, os jovens estão abrigados em Nova York, Illinois, Texas e Arizona. Há possibilidade de que eles sejam enquadrados na lei de migração e não de tolerância zero, que provocou a separação das famílias de imigrantes de diversos países.

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Mas a situação desses adolescentes ainda é complicada devido ao fato de as leis norte-americanas considerarem crime a tentativa de entrar de maneira ilegal no país. A assessoria do Ministério das Relações exteriores afirma que o Portal Consular conta com orientações gerais para quem vai viajar ao exterior e alerta que os cidadãos que buscam imigrar ilegalmente podem acabar presos.

Os líderes da União Europeia (UE) aprovaram na madrugada desta sexta-feira (29) uma série de propostas para responder às preocupações de países como a Itália envolvendo a migração, com algumas medidas, em particular a criação de centros para migrantes, de caráter voluntário.

Pressionados pelo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, que ameaçou boicotar a declaração conjunta da reunião se não recebesse uma resposta a suas demandas, o acordo foi anunciado às 4H30 (23H30 de Brasília, quinta-feira), após nove horas complexas negociações em Bruxelas.

"Os 28 líderes da UE concordaram com as conclusões do Conselho Europeu, incluindo sobre imigração", tuitou o presidente da instituição, Donald Tusk.

"A Itália já não está só", celebrou o chefe de Governo do país, que exigiu nos últimos anos mais solidariedade dos sócios europeus na divisão dos quase 500.000 migrantes que chegaram a suas costas desde 2015.

"Este acordo reconhece que a gestão dos fluxos migratórios deve ser organizada com um enfoque integrado, como havíamos pedido, no plano interno e externo, e com um controle de fronteiras", disse Conte.

Uma das propostas mais importantes passa pela criação voluntária de "centros controlados" para migrantes nos países da UE, onde aconteceria uma seleção das pessoas resgatadas no mar, entre aqueles que podem receber asilo e os que devem ser devolvidos a seus países de origem.

A divisão dos refugiados, aqueles que receberam a proteção internacional, também acontecerá de maneira voluntárias, antes da reforma das regras europeias de asilo, uma medida celebrada pelos países do leste do continente, contrários a receber refugiados na última crise migratória.

O premier polonês, Mateusz Morawiecki, cujo país se negou a acolher os refugiados no plano de divisão adotado entre 2015 e 2017, celebrou o "ótimo compromisso". "Há declarações sobre recolocações de caráter voluntário baseadas no consenso".

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que compareceu a sua primeira reunião europeia, considerou que "não é o melhor dos acordos", mas apontou a realidade diferente de cada país.

- 'Plataformas de desembarque' -

O catálogo de propostas, três anos após a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial e em um contexto de redução drástica das chegadas de migrantes, também passa por uma proteção maior das fronteiras e por uma cooperação com os países de origem e trânsito, sobretudo na África.

Em suas conclusões, os governantes exigem que as instituições comunitárias "explorem rapidamente o conceito de plataformas regionais de desembarque", em cooperação com terceiros países, a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Estas plataformas situadas fora da UE, para onde seriam levados os barcos ajudados no mar como uma medida para impedir as perigosas travessias do Mediterrâneo, também teriam a responsabilidade de diferenciar os migrantes, "respeitando plenamente o direito internacional".

Este tipo de plataforma, que poderia ser instalada no norte da África, representaria uma resposta a crises como as do "Aquarius" e "Lifeline", barcos com migrantes a bordo que atracaram em outros países depois que a Itália impediu sua entrada. Marrocos rejeitou na quinta-feira receber as plataformas.

Os europeus priorizam assim a proteção das fronteiras ante os migrantes em uma reunião que deveria, a princípio, alcançar um "consenso" sobre a nova política de asilo conhecida como Regra de Dublin, objeto de uma tentativa de reforma há mais de dois anos.

Esta legislação europeia estabelece que o primeiro país europeu em que um migrante pisa é o responsável por administrar o pedido de proteção internacional, algo insustentável para os países mediterrâneos que exigem a solidariedade dos sócio.

Os líderes europeus reconhecem assim a necessidade de chegar a um consenso com base em "um equilíbrio de responsabilidade e solidariedade". Eles pediram ao Conselho da UE, que será presidido a partir de julho pelo governo conservador da Áustria, a continuidade dos trabalhos para uma conclusão o mais rápido possível.

- 'Movimentos secundários' -

Dirigentes como o presidente da Eurocâmara, Antonio Tajani, ou a chanceler alemã, Angela Merkel, haviam advertido que a UE jogava seu futuro, ou pelo menos o de seu espaço de livre circulação, caso os países não alcançassem um acordo sobre a política migratória.

Merkel também enfrenta o futuro de seu governo de coalizão desde que seu ministro do Interior ameaçou impedir de maneira unilateral a entrada de demandantes de asilo procedentes de outros países da UE na Alemanha, principal destino dos refugiados que chegaram às costas europeias nos últimos anos.

Os dirigentes europeus também pediram a adoção de "medidas legislativas e administrativas" internas para frear este fenômeno conhecido como "movimentos secundários", que poderia colocar em perigo a circulação de pessoas.

A chefe de Governo da Alemanha se declarou otimista ao fim da reunião, mas admitiu que há muito trabalho a fazer para aproximar os diferentes pontos de vista.

A "cúpula das cúpulas", nas palavras de um funcionário europeu de alto escalão, deixou em segundo plano a difícil negociação do Brexit, dominante nas reuniões anteriores, e as propostas de reforma da zona do euro.

O Parlamento húngaro aprovou nesta quarta-feira uma série de leis apelidadas de "Stop-Soros", criminalizando a ajuda aos migrantes, por iniciativa do primeiro-ministro conservador nacionalista, Viktor Orban.

Prometida pelo líder antes de sua confortável reeleição para um terceiro mandato consecutivo em abril, a nova legislação, que tem como alvo "os organizadores da imigração ilegal", foi aprovada por 160 votos a favor e 18 contra.

Esta nova reforma jurídica institui, em especial, uma pena máxima de um ano de prisão para quem ajudar uma pessoa que tenha entrado ilegalmente na Hungria a partir de um país que não pertença ao espaço Schengen, se a vida da pessoa em causa não estiver imediatamente em perigo.

A Assembleia legislativa foi precedida por uma emenda à Constituição estipulando que nenhuma autoridade pode prejudicar a "composição da população húngara", uma disposição destinada a tornar inconstitucional a imposição de quotas de migrantes da pela União Europeia.

O nome do pacote legislativo refere-se ao bilionário americano de origem húngara George Soros, que Orban acusa de orquestrar através de suas ONGs uma "imigração em massa" para a UE, o que o financista nega.

A televisão portuguesa tem ficado cada vez mais brasileira com a chegada de atores e atrizes do Brasil em suas produções. O movimento não é novo, mas desde 2017 ganhou força e o enxugamento do casting da TV Globo é um dos motivos. Entre os astros que migraram para terras lusitanas estão Silvia Pfeifer, Carolina Kasting e Thiago Rodrigues.

Uma das primeiras a cruzar o oceano para atuar na TV portuguesa foi a  atriz Úrsula Corona. Em seguida, acompanharam a colega as atrizes Silvia Pfeifer, Zezé Motta e o ator Bruno Cabrerizo. Todos esses fizeram papéis centrais na novela Ouro Verde,  exibida na TVI, em 2017. Para a próxima produção da mesma emissora, Valor da Vida, já estão confirmados Marcello Antony, Carolina Kasting, Cassiano Carneiro, Adriano Toloza, Thaiane Anjos e Thiago Rodrigues. O total de brasileiros nesta novela será de 20% do elenco.

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A autora dos folhetins citados, Maria João da Costa, conhecida como 'Glória Perez Portuguesa', falou sobre o fenômeno em entrevista ao colunista Daniel Castro. "Há muita ligação entre os dois povos. Os brasileiros participam das minhas tramas porque têm a ver com as histórias que conto. O fato de eu ter morado cinco anos no Brasil também influencia", disse. Ela também citou outros motivos para a escalação dos atores estrangeiros, como o fato dos portugueses estarem familiarizados com eles e o enxugamento do casting fixo da Rede Globo. "A política de contratação de atores da Globo influenciou, pois agora está mais flexível. Antes, os artistas eram muito mais blindados."

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O número de tiroteios no Rio de Janeiro, nos dois primeiros meses de 2018, é praticamente igual ao registrado no mesmo período de 2017, mas a região da cidade que concentra o maior número de confrontos mudou. Enquanto no ano passado três bairros da zona norte figuravam entre os cinco com mais tiroteios e somavam 65% do total, agora conflitos se tornaram muito mais frequentes na zona oeste, que concentra 70% do total. Dos cinco bairros com mais ocorrências, três ficam nessa região, um na zona sul e só um na zona norte.

Os dados são do aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT), que desde 2016 registra os confrontos no Estado do Rio, com a ajuda de mais de 1 milhão de usuários cadastrados. Segundo o OTT, de 1.º de janeiro até as 13 horas de 23 de fevereiro foram relatados 795 casos em todo Estado, cinco a menos do que no mesmo período de 2017.

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O aplicativo alerta que, durante o carnaval, o número de tiroteios historicamente diminui. Mas a principal constatação é de que mudaram de lugar. Palco de disputas entre facções criminosas, o Complexo do Alemão era o bairro com mais tiroteios nos primeiros 54 dias de 2017, com 6,9% de um total de 800. No mesmo período de 2018 foram registradas 19 trocas de tiros (2,4% do total e queda de 65,5% em relação a 2017). A vizinha Penha, outro foco de violência, registrou 25 tiroteios nesse período; em 2018 foi palco de 11, saindo da lista dos dez bairros com mais ocorrências.

Outros três bairros da zona norte que figuravam entre os dez com mais tiroteios em 2017 saíram da lista deste ano. Lins de Vasconcelos, em terceiro lugar em 2017, com 35, registrou 10 em 2018; Manguinhos, o quarto com mais conflitos, com 27, teve apenas 4 ocorrências em 2018; e o complexo da Maré, oitavo em 2017, com 21 tiroteios, registrou 13 em 2018.

Neste ano, a liderança está com a Cidade de Deus, outro palco histórico de conflitos, na zona oeste, com 64 (8% do total de 795). O problema se agravou neste bimestre e um dos dias mais tumultuados foi 31 de janeiro. Em uma operação, a polícia matou um acusado de ser o segundo principal chefe do tráfico no bairro, e os confrontos com a PM se estenderam por todo o dia. O trânsito na Linha Amarela, via expressa que margeia a Cidade de Deus, foi interrompido e os motoristas tiveram de fugir pela contramão ou abandonar seus veículos.

A Praça Seca, na mesma região, é vice-líder com 46 tiroteios, que se concentram em duas favelas, Bateau Mouche e Chacrinha, ambas dominadas por milicianos que mandam em outras 14 comunidades na área. Em dezembro, dois supostos líderes se desentenderam e passaram a disputar o domínio das duas favelas. A situação ficou menos tensa depois que um deles foi preso, em 4 de fevereiro.

Rocinha

A Rocinha é o único bairro da zona sul a figurar entre os dez com mais tiroteios. Terceira colocada, a comunidade soma 34 ocorrências. Desde setembro, a região sofre com uma disputa entre traficantes que romperam uma antiga parceria. Em 2017, não havia ocorrido nenhuma troca de tiros até fevereiro - e só dois foram registrados até setembro.

Na zona norte, o Jacarezinho é o bairro com mais tiroteios em 2018, figurando em quinto lugar, com 24 registros. No mesmo período de 2017 havia registrado 19. Neste ano, as ocorrências se tornaram mais frequentes a partir de 12 de janeiro, quando um delegado foi morto dentro da favela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Portugal está na moda. Basta caminhar pelas cidades de Lisboa, Cascais ou Porto para chegar a essa conclusão. Além do turismo, principalmente na alta temporada, há novos restaurantes, bares, cafés e lojas em cada esquina. E, nos últimos anos, Portugal tem sido a escolha de muitos brasileiros que buscam fugir da crise econômica do País e querem uma melhor qualidade de vida.

Hoje, cerca de 80 mil brasileiros residem em Portugal com vistos regulares, segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), órgão responsável pelo controle de imigração português. Mas esse número deve ser ainda maior, pois brasileiros com passaporte europeu ou que estão no país irregularmente somem das estatísticas.

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"Entre os atrativos para os brasileiros, estão a qualidade de vida, a facilidade da língua, o clima, a proximidade entre as culturas, a oferta de boas universidades e o fato de Portugal estar muito em voga atualmente", afirma Álvaro Fagundes, segundo secretário do Consulado-Geral do Brasil em Lisboa.

Com mercado de trabalho pouco aquecido e um dos salários mínimos mais baixos da Europa Ocidental (€ 557), mudar para Portugal é uma alternativa para brasileiros que já têm suporte financeiro. É o exemplo do fotógrafo Jorge Abud, de 50 anos, que há seis meses trocou seu apartamento no bairro dos Jardins, em São Paulo, por um na Estrela, na zona central de Lisboa. "Amo o Brasil de paixão, mas minha vida é mais simples e tranquila aqui. Não tenho carro, não fico horas no trânsito, quando preciso de carro para viajar alugo e não me preocupo mais com isso", conta Abud.

A aquisição imobiliária feita por Abud lhe conferiu o chamado Golden Visa, ou Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI). Trata-se de um programa do governo português que concede a autorização de residência para estrangeiros por meio da transferência de capitais no valor mínimo de € 1 milhão, da criação de dez postos de trabalho, da compra de imóveis a partir de € 350 mil, no caso de construções que tenham mais de 30 anos ou que estejam em área de reabilitação urbana, entre outros investimentos.

Esse tipo de visto bateu recorde em 2017: foram emitidos 185 só nos primeiros sete meses do ano para brasileiros, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Entre 2012, quando o visto foi criado, e 2016, foram 247.

Mercado aquecido

De olho no poder aquisitivo desse público, as imobiliárias e empreendimentos de luxo portugueses realizam feiras e eventos no Brasil para chamar a atenção de clientes em potencial.

Miguel Poisson, diretor da Sotheby's International Realty de Portugal, líder no segmento de alto padrão, esteve recentemente viajando por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte para mostrar os novos lançamentos no portfólio da empresa. "No nosso segmento, os brasileiros representam 10% das aquisições, atrás apenas dos ingleses e dos franceses", diz Poisson. "É a nacionalidade que mais está crescendo nesse sentido. A média de valor dos imóveis vendidos para os brasileiros é de € 900 mil."

Localizado entre Sintra e Lisboa, o empreendimento de luxo Belas Clube de Campo, que conta com um campo de golfe, faz muito sucesso entre brasileiros.

"Nessa nova fase do projeto, eles já representam 65% das vendas", afirma o empresário André Jordan, fundador e presidente executivo do grupo de mesmo nome responsável pelo local. "Acho que os brasileiros vêm para Portugal porque dá para viver bem com menos dinheiro aqui", diz Jordan.

Maria Empis, diretora da consultoria especializada em investimento imobiliário Jones Lang LaSalle (JLL) em Portugal, também vê um interesse crescente por parte dos brasileiros. "No setor residencial, eles são os que mais compram na região de Lisboa, perdem apenas para os portugueses", afirma a executiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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