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Foi sepultado em Marabá, sudeste do Pará, o corpo do piloto Paulo Roberto Melo Marinho, que morreu na queda de um avião monomotor sobre uma casa, em Belém, no último sábado (18). O piloto era casado e deixa três filhos. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está investigando as causas do acidente.
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O avião, um Cessna 210, caiu em cima de uma casa localizada em vila próximo da avenida Almirante Barroso, no bairro do Souza, no início da tarde. Moradores da residência sobreviveram. Três tripulantes foram resgatados com vida.
O avião de pequeno porte decolou do aeroporto Brigadeiro Protásio, área urbana da capital paraense, e caiu segundos depois. O impacto destruiu parte do telhado e causou danos estruturais no imóvel.
Militares do Hospital da Aeronáutica, que fica nas imediações, e soldados da Polícia Militar prestaram os primeiros socorros às vítimas. Havia seis pessoas na casa na hora do acidente: uma criança, dois adolescentes e três adultos.
Wallace Pena estava com a namorada e relatou os momentos de pânico que passou. "Foi uma sensação horrível. Só tenho que agradecer a Deus por a gente estar vivo. Eu estava deitado e ouvi o barulho, subi para salvar quem estava na casa. Quando cheguei no quarto onde foi a queda, vi peças de avião e gente pendurada. Foi horrível", disse.
Segundo Denise Albuquerque, uma senhora que presenciou a queda, o piloto parecia estar tentando pousar no quartel da Aeronáutica. "Lá tem dois campos. Como não conseguiu, acabou batendo em uma árvore e depois caiu de bico na casa", relatou. "Havia dois rapazes que estavam próximos ao local. Eles correram e encontraram uma senhora e uma criança cheios de sangue e depois conseguiram uma escada para socorrer os moradores."
Após a chegada dos bombeiros, três tripulantes foram resgatados com vida do meio dos escombros e ferragens. Dois eram mecânicos, Delvane Silva Rodrigues e José Ramos Andrade. O outro tripulante era Antônio Carlos Frazão. O piloto Paulo Marinho morreu na queda.
O tenente-coronel Olimpo, dos Bombeiros, que coordenou a equipe de resgate, destacou que o trabalho mais difícil foi retirar as vítimas sem derrubar a aeronave do telhado. "Foi difícil retirar as vítimas sem derrubar uma parede do fundo em cima de outra casa", disse.
A Defesa Civil e Perícia Criminal estiveram no local para investigar e avaliar os danos estruturais da casa. O avião tinha capacidade para transportar seis pessoas.
Reportagem de Filipe Bispo.