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A Secretaria-Executiva de Defesa Civil do Recife retorna nesta quarta-feira (29) ao Conjunto Residencial Eldorado para realizar um novo levantamento técnico nas fachadas nos demais blocos do imóvel. 

A ação será realizada devido à identificação de uma fragilidade na alvenaria da fachada do bloco C durante o monitoramento nessa terça-feira (28). De acordo com a gestora de análise tecnológica da Defesa Civil, Elaine Holanda, a vistoria incluirá a raspagem de alguns elementos das fachadas dos blocos. 

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Os moradores do residencial foram surpreendidos com estalos na última sexta-feira (24) e tiveram que sair imediatamente das suas residências. Quem morava no bloco A1, não pôde entrar mais nas casas para pegar os pertences por conta do risco de desabamento. 

Depois de passar quatro horas esperando por uma boa notícia da Defesa Civil do Recife, moradores do bloco A1 do edifício Eldorado, no Arruda, Zona Norte, ficam decepcionados com a negativa do órgão para poder entrar no prédio. 

Na manhã desta terça-feira (28), técnicos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros foram ao local avaliar a possibilidade dos moradores do 2°, 3° e 4° pavimento entrarem nas residências, mas no início da tarde, a conclusão foi dada pelo órgão. “Não vale a pena o risco de deixar as pessoas entrarem nesse prédio, porque a estrutura está bastante colapsada. A decisão foi tomada hoje e a possibilidade de deixar alguém entrar no futuro é muito pequena”, afirmou o secretário executivo da Defesa Civil, Cel. Adalberto Freitas.

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Dorival Lima, morador do bloco, não escondeu a tristeza de ter a expectativa não correspondida. “Foi uma total frustração para os moradores receberem essa avaliação hoje, porque a esperança era poder entrar e tirar o mínimo que fosse de objetos. Muitas coisas vão ficar pra trás, fotografias, história de família. Agora é sair desse impacto psicológico e pensar no futuro: é uma sensação que não desejo a ninguém”, lamentou.

De acordo com a Defesa Civil uma empresa vai ser contratada para avaliar e ver a melhor forma de fazer a demolição do prédio. Além disso, um estudo aprofundado dos outros blocos será realizado para averiguar se há comprometimento nas estruturas.

Com informações de Damares Romão

Os prédios dos blocos A1 e A2 do Conjunto Residencial Eldorado, localizado na Rua da Regeneração, no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, devem ser demolidos nos próximos dias. A informação foi confirma pelo secretário-executivo de Defesa Civil do Recife (Sedec), coronel Adalberto Freitas, nesta sexta-feira (24).

De acordo com o secretário, os prédios estão em total colapso e há risco iminente de desmoronamento. Por esse motivo, as 16 famílias do bloco A2 não puderam entrar nos imóveis para retirar nem mesmo itens pessoais.

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Através de nota, a Secretaria-Executiva de Defesa Civil informou que interditou os blocos A1 e A2 devido o risco iminente de desabamento do imóvel.

“As famílias dos 32 apartamentos, sendo 16 em cada bloco, foram encaminhadas para a casa de parentes, tendo sido necessária a desocupação imediata do bloco A1. Já os moradores do bloco A2 puderam retirar os pertences essenciais enquanto a área foi isolada. 

A medida tomada pela Defesa Civil se baseou nas estruturas comprometidas e rachaduras que foram observadas no bloco A1, além do histórico do residencial, que consta com uma vistoria laboratorial realizada pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), em 2008, mostrando o grau de risco do edifício classificado como muito alto. 

Durante a tarde de hoje, os analistas da Defesa Civil vão dar continuidade às vistorias nos demais blocos do Conjunto Residencial Eldorado que, ao todo, possui 14 blocos”.

Com informações da assessoria

 

Os moradores do bloco A1, do Residencial Eldorado, localizado no bairro do Arruda, na Zona Norte do Recife, foram acordados com pânico e desespero nesta sexta-feira (24). Por volta das 7h30 algumas pessoas ouviram estalos e, por isso, acionaram a Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir). Técnicos do órgão realizaram vistoria no edifício e identificaram várias rachaduras.

“A estrutura do prédio está bastante danificada e possivelmente isso tenha acontecido porque ao longo dos anos muitas paredes dos apartamentos foram retiradas. Há risco de desabamento, pois a estrutura está toda comprometida”, explicou Elaine Holanda, gestora de analise e risco tecnológico. Devido ao risco, o bloco A2 foi desocupado por prevenção.

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De acordo com a gestora, o conjunto residencial foi construído em 1990 e possui 14 blocos, com 16 apartamentos. Os prédios são do tipo caixão. Os moradores tiveram que ser retirados dos imóveis com urgência e não conseguiram retirar, nem mesmo, itens pessoais e documentos. “A prioridade é retirar as famílias destes dois blocos e depois agendar vistoria nos outros”, afirmou Holanda.

As pessoas saíram apenas com a roupa do corpo. A vendedora Vânia Bastos, de 45 anos, conta que estava tomando banho quando ouvi o barulho e muitos vizinhos gritando desesperados. “Eu não posso nem entrar na minha própria casa para retirar as coisas que tem lá dentro. Moro há 12 anos aqui e eu estou muito triste. Nunca pensei que ia passar por isso”, desabafou a moradora que agora vai precisar ir para a casa da mãe.

Franklin Reis da Silva, 37, mora com a esposa e a filha, 11, há 14 anos no conjunto residência. Segundo ele, os moradores nunca foram informados de vistoria no local. “É uma coisa que deixa a gente extremamente abalado e de mãos atadas. Na hora que aconteceu o fato eu estava no trabalho e minha esposa me ligou desesperada. Agora eu vou para casa de parentes só com a roupa do corpo”, contou. 

Conforme Holanda, foi feita uma vistoria nos prédios caixão do Recife, em 2007, e o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP) encaminhou o relatório aos moradores desses prédios para que eles fizessem as manutenções recomendadas. “Talvez os procedimentos não tenham sido feito e isso pode ter ocasionado as rachaduras”. 

Coordenadores da Defesa Civil estão no entorno dos prédios cadastrando os moradores. Três viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Pernambuco (CBMPE) também estão no local. Somente os moradores do bloco A2 poderão entrar nos apartamentos para retirar seus pertences. 

Com informações de Pollyanne Brito

 

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Um prédio que apresentou rachaduras na estrutura precisou ser evacuado na manhã desta sexta-feira (24). O edifício fica localizado na Rua da Regeneração, no bairro do Arruda, Zona Norte da Recife.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Pernambuco (CBMPE), homens da corporação estão no local para isolar a área. Os moradores estão sendo retirados de seus apartamentos.

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Mais informações em instantes

Os moradores do bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife, serão atendidos pelo projeto A CDL Recife Vai Até Você. Desta terça (14) até a sexta-feira (17) serão oferecidas orientações sobre administração de finanças, informações cadastrais, além de serviços aos consumidores e empresários da região.

O projeto, retomado em 2012, chega a sua 5° edição com a marca de mais de dois mil consumidores atendidos. Desta vez, a Unidade Móvel da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) ficará estacionada na Praça do Largo da Paz, das 9h às 17h. 

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No local serão disponibilizados produtos para pessoa física e jurídica, além de consultas gratuitas ao banco de dados do SPC e orientações sobre orçamento doméstico com a distribuição gratuita do Guia da Saúde Financeira. A proposta do projeto é atender, ainda neste primeiro semestre, o bairro de San Martin e o Centro do Recife.

Com informações da assessoria

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reafirmou nesta terça-feira, 7, que serão removidas todas as famílias - cerca de 600 - que atualmente moram dentro dos limites do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A ministra informou que o governo promoverá a "interlocução e solução para cada família, naquilo que a lei permitir".

Os casos serão analisados individualmente quanto a possíveis indenizações, remoções para moradias em outros locais, construção de moradias em terrenos da própria União, auxílio para compra assistida ou outras alternativas em análise. Será dada prioridade de atendimento aos moradores de áreas de risco (cerca de 240 casas).

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Nesse primeiro momento, o governo manterá um escritório permanente no próprio Jardim Botânico para promover a atualização cadastral de todas as famílias, que havia sido feita anteriormente por uma equipe da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2010. O processo de obtenção das informações deve durar 30 dias. Uma equipe também realizará visitas às casas para recolher os dados cadastrais. O governo realizará hoje, às 18 horas, uma reunião com os moradores do Jardim Botânico para agendar os encontros individuais.

Durante encontro com jornalistas realizado na manhã desta terça, foram apresentados também os limites territoriais do parque - trabalho de demarcação que vinha sendo desenvolvido pelo governo desde o ano passado. "Os limites fixados decorrem do reconhecimento histórico do perímetro do Jardim Botânico. Essa fixação do perímetro não é discricionária, é um reconhecimento do que está consolidado historicamente", afirmou o ministro Luis Inácio Adams, advogado-geral da União.

A ministra também informou que foi identificado um terreno de Mata Atlântica de aproximadamente 6 hectares ao lado do parque, e que o governo está negociando com proprietários particulares para que essa área seja doada à União. Com isso, a área total do Jardim Botânico deverá chegar a 138,5 hectares.

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Basta chover poucas horas para os moradores dos morros do Recife ficarem sob alerta. Os casos de deslizamentos na cidade são recorrentes, principalmente nos bairros mais altos. E a combinação das águas com o lixo, jogado em local inapropriado pelos próprios moradores, acaba intensificando a insegurança dessas pessoas.

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A dona de casa Maria das Graças, de 58 anos, convive com o medo de um desastre diariamente. Morando há 44 anos na Rua Guanambi, no bairro da Bomba do Hemetério, na Zona Norte do Recife, a doméstica conta que acima da casa dela, no Alto do Pascoal, os moradores jogam lixo de forma incorreta constantemente.

“É um perigo constante, principalmente no inverno. A prefeitura realiza a limpeza e eles jogam lixo e sujam tudo novamente. O acúmulo desses entulhos acaba descendo e afetando as barreiras”, desabafou. 

De acordo com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), a coleta de lixo domiciliar no Alto do Pascoal é realizada diariamente, no período diurno. O serviço é realizado com o caminhão e, nos locais onde o veículo não chega, manualmente de porta em porta.

Cerca de 20 famílias ocupam nesta sexta-feira (19), um terreno em frente à Faculdade de Ciências Humanas (Facho), na PE-15, em Olinda, no Grande Recife. Faixas foram colocadas pelos próprios moradores da comunidade do Colosso, próximo à localidade, mas tudo foi retirado pela polícia. 

De acordo com os familiares, eles estão na área abandonada desde 1h da manhã de hoje para tentar pegar o lugar e construir uma moradia. “Não vamos sair daqui até mostrarem pra gente que somos obrigados a sair de verdade. Queremos uma moradia, sem pagar aluguel, que tomem uma providência nesse local abandonado, que serve até de local para acontecer estupros e tudo mais”, afirma a dona de casa Silvana Maria da Silva.

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Segundo a Polícia Militar (PM), a medida é para orientar os moradores para que eles saiam do local. “Já conversamos com eles para orientar a saída, pois estão invadindo uma propriedade privada. Ainda estamos orientando também para que o dono do terreno construa um muro para não ter mais problemas”, afirma o sargento Nazário.

Ainda segundo o sargento, a população relata que ocorre estupro na área, mas não há registro nas delegacias ao redor. Cerca de 15 PM’s, três viaturas com carro e outras três com moto acompanhavam a tentativa de apropriação dos moradores.

Moradores dos Jardins, área nobre da zona sul de São Paulo, pretendem contar com o apoio de vereadores para garantir que a revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE), prevista para começar este ano na Câmara Municipal, mantenha a região como uma Zona Estritamente Residencial (ZER). Eles temem que a revisão da lei permita a entrada de prédios comerciais no bairro, o que pode aumentar o trânsito e reduzir a quantidade de áreas verdes.

"Somos radicalmente contra qualquer expansão da verticalização ou dos espaços comerciais nos nossos bairros", disse o empresário Julio Serson, presidente da Associação Ame Jardins, durante reunião do grupo realizada na manhã desta quarta-feira, no Museu Brasileiro de Escultura. "Vamos ficar atentos para que o Plano Diretor não mutile nem um centímetro sequer do nosso bairro", afirmou o também empresário João Doria Jr., vice-presidente da entidade.

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O PDE foi aprovado em 2002 e estabelece as diretrizes para o crescimento da cidade. A partir do texto é definido o zoneamento, regra que estipula que regiões podem receber apenas casas, como os Jardins, ou casas e comércio, como a Avenida Paulista, por exemplo. A Prefeitura pretende rever essas duas leis a partir deste mês, com audiências públicas em todas as subprefeituras e discussões na Câmara Municipal.

Presente ao encontro, o vereador Nabil Bonduki (PT), que foi o relator do PDE em 2002, lembrou que parte do bairro, como o Jardim América, já é tombada e que, portanto, não pode sofrer modificações. Já o também vereador José Police Neto (PSD) afirmou que mesmo bairros como os Jardins precisam de "centralidades lineares", onde haja comércio e serviços. Como exemplo, ele citou a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, conhecida pelo comércio de móveis e decoração.

O trânsito está parado no Viaduto Capitão Temudo, na Ilha de Joana Bezerra, por conta de um protesto, que está acontecendo na manhã desta sexta-feira (12), em frente a Academia da Cidade do bairro.

A manifestação ocorre pelo Fim de Feirão de Automóveis, conhecida como feira do troca, que era realizado na área. O engarrafamento, sentido Boa Viagem, chega ao Hospital da Restauração (HR), no Derby. 

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Com o objetivo de promover conhecimentos ecológicos e educação ambiental aos trabalhadores e moradores da comunidade do entorno do Complexo Industrial Portuário de Suape para um manuseio socioambiental mais consciente de seu espaço, o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), em parceria com a Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente de Suape, abre temporada de cursos e oficinas promovidos pelo Programa de Educação Ambiental (PEA). Os interessados ainda podem se inscrever através do site.

A partir da próxima segunda-feira (15), terão início os cursos Educação Ambiental e Pedagogia Ambiental e as oficinas Ecológica e Ecopedagógica. As atividades conferem certificado de 40 horas, material didático, refeições e transporte, que levarão pessoas dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca ao complexo. As aulas serão ministradas uma vez por semana, no Centro de Treinamento de Suape.

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Durante a qualificação serão debatidos temas ligados à pedagogia de projetos ambientais e desenvolvimento ecologicamente e socialmente sustentável. Nas oficinas, os participantes terão a oportunidade de conhecer o viveiro florestal e saber como é o seu manejo. Além disso, os alunos realizarão plantio de espécies nativas da mata atlântica nas áreas de reflorestamento.



Os moradores da Vila Oliveira, retirados do local onde moravam há cinco meses, voltaram a protestar na Avenida Domingos Ferreira, na Zona Sul de Boa Viagem na manhã desta sexta (5). A mobilização, que tomou conta das duas vias da Domingos Ferreira, só foi encerrada por volta das 9h.

Os 200 moradores foram chamar a atenção do Governo do Estado, para eles resgatarem uma moradia digna, pois foram colocados no Habitacional Olho D’água, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. Segundo o morador Isaías Santos, a desapropriação da Vila Oliveira não era para ser realizada, pois querem que façam valer o título de posse tido por eles. “Após cinco meses, o Governo do Estado não deu a gente uma certeza sobre a moradia. Onde estamos agora, consta na Justiça o termo ‘provisório’ e não temos nenhuma resposta sobre onde iremos morar. Fora que não recebemos nenhuma indenização”, conta.

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Ainda de acordo com Santos, a mobilização foi tranquila, sem tumultos. “Não entramos em confronto com polícia, com ninguém. Só queremos justiça daqueles que precisam. O governador dá entrevista bonita, mas é tudo para confundir a cabeça da gente. Sabemos muito bem que não temos direito a nada”, afirma.

Relembre o caso - Os moradores da Vila Oliveira, localizado no bairro do Pina, foram despejados das casas onde moravam no dia 6 de novembro. Depois, realizaram vários protestos para reivindicar a moradia, comprovada por eles através de escritura. Mesmo depois de apresentada, a ordem de despejo foi efetuada e os moradores tiveram que ter suas casas destruídas. As 17 famílias foram levadas para um abrigo na Avenida Norte, na Zona Norte do Recife e, um tempo depois, transferidos para o Habitacional que residem atualmente. 

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a retirada das famílias foi iniciada em 1993. Paulo Roberto Fonseca dos Santos e Dulcinea Maria Fonseca dos Santos alegaram ser donos do terreno. Em 2009, o juiz Franciso Julião deu ganho de causa às famílias. Já no ano passado,o desembargador Adalberto de Oliveira Melo julgou procedente o recurso dos dois. O terreno foi entregue ao dono, um empresário.

Cerca de 30 moradores da comunidade do Horto, na zona sul do Rio, protestaram nesta segunda-feira em frente ao prédio do Ministério Público (MP) do Estado contra decisão judicial que determina a remoção de casas localizadas dentro do Jardim Botânico. Manifestantes seguravam faixas bilíngues, traduzidas para o inglês.

Segundo a presidente da associação que representa o grupo de moradores, Emília de Souza, o objetivo era conseguir apoio do MP para tentar evitar o despejo de pelo menos quatro famílias, previsto para quarta-feira (03). Numa dessas casas mora o aposentado Delton Luiz dos Santos, de 71 anos, que nasceu no local e diz não ter para onde ir. "Como é que um filho pode ser invasor da casa do pai? Nunca ninguém falou que os descendentes iam ser colocados para fora. Querem jogar a gente na rua como se fôssemos cachorros", declarou Santos, que passou mal durante o ato e voltou para casa.

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O filho dele, Max Luiz dos Santos, de 45, disse que o avô, João Raimundo dos Santos, era agente florestal e ganhou a casa do responsável pela administração do parque na época. "Meu pai é boi de piranha. Querem enfraquecer a associação para tirar todos daqui." Ele disse que foi informado há uma semana que teria de deixar a casa. "Morei aqui a vida inteira. Tenho mulher, três filhos, uma nora e uma neta de três anos. Não sei o que fazer."

Nas três casas da família Santos ameaçadas de despejo, vivem 13 pessoas. Ao todo, 621 famílias moram em casas construídas dentro dos limites do Jardim Botânico. A questão se arrasta há décadas na Justiça. "Há 25 anos, o meu pai passou mal pelo mesmo motivo e precisou colocar três pontes de safena. É muita pressão. Estamos na quinta geração aqui, não somos invasores", disse Max.

A presidente da associação, irmã do deputado federal Édson Santos (PT-RJ), que também morou no local, classificou o eventual despejo de "limpeza social". "Se esta remoção acontecer, vai abrir um precedente para retirar todo mundo. Não vamos aceitar essa limpeza social. Nossa arma maior é a resistência."

Nomeado em 2003 para a presidência do Jardim Botânico, o petista Liszt Vieira avisou ao Ministério do Meio Ambiente em agosto que pretendia deixar o cargo. Segundo ele, o motivo foi a insistência do governo federal na proposta de regularização fundiária das casas construídas dentro dos limites do Horto. Liszt luta contra a ocupação dessas áreas desde que assumiu o cargo. Ele argumenta que o Jardim Botânico e seu Instituto de Pesquisas precisam se expandir e que algumas casas ocupam margens de rios e encostas, violando a legislação ambiental. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a presidente Dilma Rousseff deve receber nos próximos dias uma lista com quatro nomes para escolher o substituto de Liszt. Entre eles, o da atual secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do ministério, Samyra Crespo, que seria a mais cotada.

O sonho dos moradores da extinta Vila Oliveira de passar o Natal numa casa nova está virando pesadelo. Na última terça-feira (18) as 20 famílias, que tiveram suas casas demolidas no mês de novembro, receberam as chaves de moradias provisórias no Conjunto Habitacional Lagoa Olho D’água, em Cajueiro Seco, Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). Mas segundo eles, quando chegaram nessa quarta-feira (19) para conhecer o local, não foram recebidos. 

“Alguns apartamentos estavam sem portas, com as janelas e banheiros quebrados, sem água e sem energia. Muitas fechaduras foram trocadas e nem conseguimos entrar”, contou um dos moradores, Isaías Santos. O ato de vandalismo, conforme ele, teria sido praticado por pessoas de outras comunidades que também aguardavam por moradia. 

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Em meio à confusão, a polícia foi chamada e a situação parcialmente controlada. Mesmo assim, os moradores da Vila Oliveira continuam com medo. De acordo com eles, a região onde o habitacional foi construído não tem policiamento. “Nós já fomos despejados, tivemos nossas casas destruídas e quando achávamos que essa situação estava acabando, acontece isso”, desabafou Isaías. 

A advogada dos moradores, Maria José do Amaral, acredita que seria importante que uma patrulha da Polícia Militar permaneça no local enquanto a situação não for resolvida. “Também é indispensável a presença de um assistente social para conscientizar esses outros moradores”, afirmou.

A mudança para o Habitacional Lagoa Olho D’água, inicialmente programada para ontem (19), deve começar nesta quinta-feira (20). A Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) disponibilizou caminhões que farão o transporte dos móveis e pertences de todas as famílias. 

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Com informações de Pollyanne Brito

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Um muro está sendo construído e deve bloquear o acesso dos moradores das quatro casas restantes da Vila Oliveira, no Pina, Zona Sul do Recife, à Avenida Domingos Ferreira, impedindo o fluxo de veículos. O acesso dos moradores será feito apenas, pela Rua Chico City, que fica por trás, e é estreita para a passagem de carros. 

Cinco homens que não querem falar com a imprensa, tentam na manhã desta quinta-feira (8) construir um muro no limite das casas que foram derrubadas nesta quarta-feira (7). Não se sabe ainda a mando de quem os trabalhadores estão no local.

Os moradores reclamam que desta forma os carros e as pessoas não terão acesso às casas pela Avenida Domingos Ferreira. “Eu moro aqui há 30 anos e em casa tem três carros. E agora que vão fechar a rua como é que isso vai ficar? Vai ficar só guardado?,” indagou uma moradora que não quis se identificar.

Rafael Pinto, de 26 anos, também é morador do local. A casa dele tem um muro conjugado com outra que foi derrubada. “Eu me sinto revoltado com isso. Moro aqui desde que eu nasci e agora eu vejo a hora dos destroços da outra casa caírem em cima da minha e eu não tenho como fazer nada,” falou.

A polícia está no local.

 

 

Moradores da comunidade Vila Oliveira, localizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, se reuniram com representantes da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), e da Secretaria de Articulação Social e Regional (Seart) nesta segunda-feira (7). No encontro, que durou mais de 2h e ocorreu a portas fechadas na sede da Companhia, ficou decidido que as famílias receberão, provisoriamente, o auxílio-moradia no valor de R$ 151 e poderão ser acolhidas em abrigo. A quantia deverá ser paga a partir da próxima segunda-feira (12). Outra possibilidade é a relocação dos moradores para habitacionais construídos pelo governo. 

De acordo com o presidente interino da Cehab, Paulo Lócio, o governo estadual está do lado das famílias e paralelamente às medidas provisórias estará acompanhando o processo jurídico, juntamente com a Seart, a Procuradoria Geral do Estado e a Pernambuco Participações e Investimentos (Perpart). “O pessoal da Perparte já está atuando nesse processo e a partir de hoje a Cehab também se coloca a disposição”.

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Coforme Lócio, os moradores possuem o título de posse dos terrenos e muitos deles, cerca de 90%, já haviam o registro no cartório de imóveis. O terreno onde a comunidade Vila Oliveira foi construída pertencia a Santa Casa e foi vendido ao Governo do Estado, sendo posteriormente doado aos moradores. “Os títulos de posse foram dados às famílias em 2006 e a Cehab reconhece a legitimidade desses documentos. Por isso vamos defender judicialmente esse processo. Vamos tentar derrubar a liminar que reconhece a invalidade dos títulos de posse da Cehab”, afirmou Paulo. 

A advogada dos moradores, Maria José do Amaral, também participou da reunião. Segundo ela, houve abuso de poder na ação realizada na comunidade nessa terça-feira (6). “A ordem de despejo era para apenas três imóveis e todas as famílias foram retiradas. O documento também solicitava a entrega da posse e não a demolição”, explicou a advogada. 

Segundo Maria José, uma perícia duvidosa, e que será contestada por ela, entendeu que o terreno pertencia ao casal, que reivindica a posse do espaço. "A justiça reconhece o casal como donos e a Cehab reconhece o título de posse dos moradores". A advogada também adiantou que moverá cinco ações, cada uma no valor de R$ 6 milhões, totalizando R$ 30 milhões. Conforme Maria José, as ações são pelos danos morais, materiais, violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), violação o Estatuto do Idoso e os traumas psicológicos sofridos pelos moradores. 

“Uma das ações é contra o Estado, devido ao posicionamento do oficial de justiça Alberto Maia. As outras cinco serão movidas contra o casal que se diz proprietário do terreno. E em todas elas eu vou pedir a antecipação de título (pagamento adiantado), pois muitas dessas pessoas trabalhavam naquele local e não vão conseguir viver com R$ 151”, afirmou. Havendo resultado positivo, o valor seria dividido entre os cerca de 100 moradores, que residiam na Vila Oliveira.

Entenda o caso - De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) o processo de retirada das famílias teve início em 1993. Um casal, Paulo Roberto Fonseca dos Santos e Dulcinea Maria Fonseca dos Santos, alegou ser dono do terreno. Em 2009, o juiz Franciso Julião deu ganho de causa às famílias. Já no ano passado,o desembargador Adalberto de Oliveira Melo julgou procedente o recurso do casal. As famílias só podem recorrer agora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Confira outras matérias sobre o protesto realizado pelos moradores da comunidade Vila Oliveira:

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A advogada dos moradores da Vila Oliveira chegou, ainda há pouco, na comunidade que fica no Pina, Zona Sul do Recife. Maria José do Amaral estava no Fórum Joana Bezerra, na Ilha do Leite, desde ás 7h, para dar entrada em um mandado de suspensão do despejo dos moradores. 

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“Eles têm a escritura da casa fundamentada e dada pelo governador Miguel Arraes. Esse mandado da justiça é falso, por que a perícia que eles realizaram consta que este terreno é baldio, mas qualquer pessoa que chegar aqui vai ver que não é,” alega.

Os moradores permanecem dentro das casas mesmo com a tentativa de negociação da Polícia. O acesso à Vila Oliveira está fechado para a imprensa.

Sob a mira de uma ação de despejo, em Boa Viagem, bairro nobre da cidade do Recife, localizado na zona Sul, 15 famílias da Vila Oliveira realizaram protesto que marcou a manhã desta terça (30). Os moradores queimaram pneus e gritaram por justiça para chamar a atenção dos órgãos públicos. A ação tumultou o local e causou engarrafamento.

Na Avenida Domingos Ferreira, os manifestantes reivindicaram as moradias dadas com título de posse há 15 anos pelo governador Miguel Arraes. O líder comunitário e porteiro, Isaías Santos, diz que os moradores da Vila estão lá há quase 50 anos e não tem nenhum outro lugar para morar. “Conseguimos esse lugar aqui com muito esforço há muitos anos. Queremos justiça e uma moradia. Não é possível que o governador Eduardo Campos não tenha o que fazer por nós”, indaga.

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A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano esteve no local para orientar os motoristas, que enfrentaram o engarrafamento causado pelo tumulto. O batalhão de choque da Polícia Militar também estava na Vila para controlar os moradores. Não foi notificada nenhuma gravidade, além dos pneus e entulhos queimados pelos moradores e logo apagados pelo Corpo de Bombeiros.

Cerca de 15 famílias do local estão com a ação de despejo há três meses, com último dia do prazo para o próximo sábado (3). "Cheguei aqui e ainda era maré. Moro há 40 anos no local, e tive muito esforço pra construir a casa. Agora, estão tentando nos tirar na marra. Um homem do ramo imobiliário está com essa ação contra nós. Mas temos advogado e tudo e vamos rever. Já conseguimos uma vez e se Deus quiser, conseguiremos de novo ficar aqui", garante o aposentado Antônio Rodrigues, 65 anos.

 

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