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Além dos senadores, cidadãos também poderão participar da sabatina do indicado a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está prevista para 22 de fevereiro e será interativa. Qualquer cidadão poderá enviar perguntas pelo site do Senado ou por telefone.

O ministro licenciado da Justiça terá de responder perguntas sobre seu currículo, seus posicionamentos jurídicos e políticos. Quem quiser enviar questões para Moraes, basta acessar o Evento Interativo, no Portal e-Cidadania. A página está aberta e as perguntas já podem ser enviadas desde já. Outra opção é pelo telefone 0800 61 22 11. A ligação é gratuita.

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A primeira sabatina com participação dos cidadãos aconteceu no dia 12 de maio de 2015, quando Luiz Edson Fachin foi indicado para Ministro do STF pela ex-presidente Dilma Rousseff. O evento recebeu mais de 640 comentários e perguntas que foram encaminhadas ao relator e aos senadores da Comissão.

Tramitação

Alexandre de Moraes foi indicado pelo presidente Michel Temer para ocupar no STF a vaga do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em Paraty (RJ) no dia 19 de janeiro. A indicação, entretanto, precisa ser aprovada pelo Senado Federal.

A candidatura é analisada primeiramente pela CCJ, comissão que foi instalada na manhã desta quinta-feira. O presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA), indicou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) como relator da matéria.

Braga não confirmou quando apresentará seu parecer, mas a expectativa é que o relatório esteja disponível para os demais senadores na próxima quarta-feira. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), calcula que Moraes seja sabatinado até 22 de fevereiro na comissão. No mesmo dia, a indicação segue para votação em plenário.

A nova líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o fato de Alexandre de Moraes se desfiliar do PSDB não é suficiente para que ele seja considerado isento para assumir a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

"O ministro da Justiça é fortemente partidário. Militante, fez campanha durante a eleição municipal, se posicionou politicamente, apareceu em foto com adesivo do PSDB. Ele tem uma posição política e isso não é dissociado só com o fato de ele se desfiliar", afirmou a senadora. Gleisi acredita que o vínculo de Moraes com o PSDB será naturalmente levado para sua atuação dentro do Supremo.

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A líder do PT afirmou que a bancada vai se posicionar contrariamente à indicação do ministro da Justiça ao STF. Além disso, eles querem que Moraes responda o que mudou em seu pensamento quanto ao que defendeu em sua tese de mestrado, quando afirmou que ministros de Estado não deveriam ser indicados ao Supremo.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), minimizou nesta quarta-feira, 8, o vínculo partidário do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Se nós formos fazer uma análise histórica, mais de 30% dos ministros do Supremo Tribunal, nos 20 anos, tinha filiação partidária ou serviram a governos antes de ir ao Supremo. Não é demérito algum. Eles participaram da vida democrática de seu país ou em partidos políticos ou servindo aos governos", ressaltou Aécio Neves.

O senador lembrou que, após ser indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga deixada por Teori Zavascki, morto em acidente aéreo, Alexandre de Moraes se desfilou na terça-feira, 7, do PSDB, partido no qual que ingressou em 2015.

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Aécio também disse não vê incompatibilidade no fato de Moraes antes de ser indicado para o STF, ocupar o Ministério da Justiça, cargo considerado de confiança do presidente Michel Temer. Ao falar do tema, o tucano mencionou o histórico do ministro Celso de Mello, decano da Corte. "Ele assessorou diretamente o presidente José Sarney até o momento da sua indicação. Isso faz dele um ministro menor naquela corte? Pelo contrário. Servir ao governo é participar da vida democrática. Isso deve ser louvado. Não podemos cair na cantilena oposicionista, que desconsidera o passado de indicações do próprio PT para fazer esse tipo de acusações", disse.

Antes de ter o nome confirmado para o STF, Alexandre de Moraes precisa passar por sabatina e votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Em seguida por uma nova votação em plenário. As declarações de Aécio foram feitas após visita de Moraes ao seu gabinete, que contou ainda com a participação dos demais integrantes da bancada do PSDB do Senado.

Antes da reunião, Moraes também se reuniu com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e com o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), para "apresentar as suas credenciais".

Indicado por Temer para o STF, ele disse que pretende se encontrar com todos os 81 senadores, e não apenas com os integrantes que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). "Constitucionalmente, é função do Senado analisar o meu currículo e a minha experiência", declarou.

O ministro da Justiça licenciado Alexandre de Moraes afirmou que a reunião com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi uma "primeira visita" à Casa para "apresentar as suas credenciais". Moraes disse que pretende se encontrar com todos os 81 senadores, e não apenas os que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por sabatinar a sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Constitucionalmente, é função do Senado analisar o meu currículo e a minha experiência", declarou.

Moraes e Eunício conversaram no gabinete da presidência do Senado por cerca de 30 minutos. Antes da reunião, Eunício comentou que é "natural" o presidente da Casa receber o indicado do presidente da República à vaga do Supremo. "Significa que as instituições estão funcionando", comentou.

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A realização da sabatina de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer ao STF, depende da indicação de um nome do PMDB à presidência da CCJ. Após diversas reuniões, contudo, o partido ainda não chegou a um consenso. Caso o impasse persista, a bancada fará uma votação interna a partir das 14h.

A tendência é de que o senador Edison Lobão (MA) seja o escolhido, mas Raimundo Lira (PB) também pleiteia a vaga. A senadora Marta Suplicy (SP) aceitou desistir da candidatura na noite dessa terça-feira (7) para assumir a presidência da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Segundo Eunício, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL) se comprometeu a fazer a indicação para a presidência da CCJ ainda nesta quarta. Com isso, o presidente do Senado poderia autorizar a instalação da comissão ainda hoje e Moraes seria sabatinado pelo colegiado até o próximo dia 22.

Visita a tucanos

Moraes visita na tarde desta quarta o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e outros senadores da bancada.

Menos de dois dias depois de ser indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, inicia nesta quarta-feira (8) um corpo a corpo com integrantes da cúpula do Senado em busca de apoio para o seu nome.

O périplo de Moraes está previsto para começar por uma conversa com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que o recebe em seu gabinete na manhã desta quarta.

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Para ter o nome confirmado para a cadeira do STF deixada pelo ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo, Moraes deverá passar inicialmente por sabatina e votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em meio a um racha entre integrantes da bancada do PMDB, que disputam o comando do colegiado, a comissão deve ser instalada nesta quarta. Após passar pela CCJ, a indicação ainda deverá ser votada em plenário.

A previsão do presidente Eunício Oliveira é de que o processo de Moraes se encerre em no máximo três semanas. Até lá, Michel Temer deve definir o nome que irá integrar o governo no lugar de Moraes no Ministério da Justiça.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, foi breve ao comentar a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, por parte do presidente Michel Temer, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.

"O presidente indica, o Senado sabatina, o Supremo dá posse", disse o novo relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato na Corte Suprema. "Sabatinado por vós, será bem-vindo", complementou o ministro Edson Fachin.

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O comentário foi feito em resposta ao questionamento de repórteres na chegada dele à sessão da Segunda Turma do STF nesta terça-feira, 7 - a primeira sessão de Fachin no colegiado que julga a maioria dos processos da Lava Jato.

O ministro também disse que conhece Alexandre de Moraes e comentou que ele tem "excelente trato". Mas não falou sobre a atuação de Moraes no âmbito do direito.

Cunha

Além de falar laconicamente sobre a indicação de Moraes, Edson Fachin também confirmou que manterá na pauta da quarta-feira, 8, o julgamento de um recurso do deputado cassado Eduardo Cunha. O julgamento estava marcado pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para esta sessão desde dezembro, a pedido do ministro Teori Zavascki, ex-relator dos processos da Lava Jato.

 

Fachin

O ministro da Justiça licenciado, Alexandre de Moraes, entregou na manhã desta terça-feira, 7, ao senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, a sua desfiliação do partido. A informação é da assessoria do Ministério da Justiça. Moraes era filiado ao PSDB desde dezembro de 2015.

Ontem ele teve seu nome indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga de Teori Zavascki no Supremo TRibunal Federal (STF). Para ocupar o novo posto, Moraes precisa ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois ter o nome aprovado na comissão e no plenário.

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Outros ministros filiados a partidos já foram indicados ao STF, a exemplo de Moraes. É o caso por exemplo, de Nelson Jobim e José Dias Tofolli.

O presidente Michel Temer iniciou o fim de semana passado entre dois nomes, dos mais de 50 que foram cotados para o Supremo Tribunal Federal. No sábado (4) pela manhã, representantes do mundo jurídico já davam como certa a escolha de Mauro Campbell para assumir a vaga do ministro Teori Zavascki, morto em desastre aéreo no último dia 19. O outro cotado era o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Campbell era apontado como a opção técnica de Temer. Discreto, era amigo pessoal de Teori - foi um dos responsáveis pela liberação do corpo do ministro em Angra dos Reis. Campbell foi cotado antes para o STF, quando a presidente cassada Dilma Rousseff optou por Edson Fachin. Na época, o STJ viveu uma intensa disputa interna, que envolveu até a produção de dossiês.

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A opção política era Moraes, um dos primeiros nomes lembrados assim que a morte de Teori foi confirmada. Na escolha final, entre Campbell e Moraes, Temer optou por seu ministro da Justiça.

O PSDB intercedeu a favor de Moraes. Como argumento, os tucanos sustentavam que ele receberia respaldo de integrantes do Supremo - entre eles o decano Celso de Mello.

Ministros

Celso de Mello não esconde a simpatia por Moraes, de quem fez o prefácio de um livro. No dia em que o STF derrubou a decisão de Marco Aurélio Mello que afastou Renan Calheiros (PMDB) da cadeira de presidente do Senado, Moraes esteve reunido com Celso de Mello. Em comum, os dois têm o fato de terem passado pela Faculdade de Direito da USP, o Largo de São Francisco.

Além do decano, Moraes teve apoio explícito no STF do ministro Marco Aurélio. "Desde o início achei que o nome adequado era o dele, pela trajetória", disse Marco Aurélio à reportagem. "Ele será recebido de braços abertos na Primeira Turma", afirmou o ministro. Como Fachin migrou para a Segunda Turma, que julga a Lava Jato, Moraes vai assumir uma cadeira na Primeira Turma - composta por Marco Aurélio, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.

Já o ministro Gilmar Mendes defendia o nome de Ives Gandra Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para o Corte.

No Ministério Público Federal, a escolha "política" não é comemorada. Desde a morte de Teori, interlocutores do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, consideravam que uma possível escolha de Moraes seria prejudicial ao tribunal. Na lista de "erros", citam o dia em que o atual ministro da Justiça antecipou uma operação da Polícia Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer formalizou nesta terça-feira (7) a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga deixada por Teori Albino Zavascki, que morreu em acidente aéreo no último dia 19 de janeiro. A mensagem que submete o nome de Moraes à apreciação do Senado Federal está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça.

Para assumir a vaga, Moraes terá de passar por sabatina e ter o nome aprovado pelos senadores, tanto em comissão quanto no plenário da Casa. A votação do nome do ministro no Senado deve ocorrer em três semanas. Se aprovado, Moraes será revisor de processos da Operação Lava Jato no plenário do STF.

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O Diário Oficial desta terça ainda traz o despacho de afastamento de Moraes do cargo de ministro da Justiça pelo prazo de 30 dias. Ele ficará licenciado da função até a decisão final do Senado sobre sua indicação ao Supremo. O secretário executivo do Ministério da Justiça, José Levi do Amaral, assumirá o comando da pasta durante o período de licença do titular.

Indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes continuava nessa segunda-feira (6) filiado ao PSDB paulista. O atual ministro da Justiça tem até o dia da nomeação, caso sua indicação seja aprovada no Senado, para se desvincular do partido ao qual é filiado desde 2015.

A desfiliação é exigência para que ele tome posse como ministro, pois a Constituição proíbe juízes de "exercer atividades político-partidárias". "Ele ainda precisa ser sabatinado no Senado, que pode aprovar ou não a indicação. Acho muito cedo", disse o presidente estadual do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Ordem dos Advogados do Brasil cobra 'independência' do ministro Alexandre de Moraes se confirmada sua indicação para o Supremo Tribunal Federal.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, 6, o presidente da OAB Claudio Lamachia afirma que a principal entidade da Advocacia 'não tem candidatos de sua preferência' para a sucessão da vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki.

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O presidente Michel Temer indicou nesta segunda seu ministro da Justiça para a cadeira que foi de Teori, morto em acidente aéreo no dia 19 de janeiro.

Lamachia defende que os nomes indicados 'cumpram os requisitos constantes na Constituição Federal, tais como conduta ilibada e notório saber jurídico, preferencialmente sem nenhuma vinculação político-partidária, notadamente diante do momento que estamos enfrentando'.

Alexandre de Moraes é filiado ao PSDB. Já atuou no Executivo municipal de São Paulo e também no governo Alckmin, como secretário de Segurança Pública. Ele será sabatinado pelo Senado.

"A sociedade brasileira espera que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, um advogado e reconhecido constitucionalista, uma vez tendo confirmada sua indicação pelo Senado, exerça sua missão no Supremo Tribunal Federal pautada pela necessária independência e de forma absolutamente técnica", defende Claudio Lamachia.

Integra

"A OAB não tem candidatos de sua preferência para a sucessão da vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, defendendo que os nomes indicados cumpram os requisitos constantes na Constituição Federal, tais como conduta ilibada e notório saber jurídico, preferencialmente sem nenhuma vinculação político-partidária, notadamente diante do momento que estamos enfrentando.

A sociedade brasileira espera que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, um advogado e reconhecido constitucionalista, uma vez tendo confirmada sua indicação pelo Senado, exerça sua missão no Supremo Tribunal Federal pautada pela necessária independência e de forma absolutamente técnica."

Claudio Lamachia

Presidente nacional da OAB

O deputado Lindbergh Farias (PT) se mostrando indignado pela indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma grave acusação contra ele em vídeo publicado em seu Facebook. “Você sabe que esse Alexandre de Moraes foi secretário de segurança de São Paulo. O seu maior feito foi transformar o PCC [Primeiro Comando da Capital] numa organização criminosa nacional com força em tudo que é estado do país. Ele não tem os predicados para ser indicado para a vaga do supremo”, disparou. 

“Eu confesso a vocês que, quando me falaram que o Michel Temer estava indicando Alexandre de Moraes para a vaga do STF, eu não acreditei. Eu fui atrás de confirmação, mas é verdade. Por mais escandaloso que seja, Temer está nomeando o seu ministro da Justiça para a vaga do STF. Alexandre de Moraes, que é filiado ao PSDB, sempre teve ligação com Eduardo Cunha e com a cúpula do PMDB. Ele foi advogado de Eduardo Cunha”, contou.

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O petista definiu o fato como um escândalo. “Você sabe que o próprio Alexandre de Moraes, em uma tese de doutorado, que apresentou na USP, ele dizia o seguinte: a gente devia proibir a indicação de ministros de um governo no qual o presidente indica a vaga do STF porque, segundo ele, o ministro do Supremo podia perder sua independência, ter vínculos de gratidão pela indicação”.

Lindbergh pediu uma mobilização da sociedade. “Parece mais um arranjo para o governo Temer tentar se livrar dessas investigações, então, eu espero sinceramente que surja um manifesto, que surjam mobilizações da sociedade civil porque a nossa luta vai ser impedir que esse Alexandre de Moraes seja efetivado como ministro do STF. Nós vamos fazer um bom debate, ele vai ser sabatinado, mas, é necessário mais do que isso. Tantos juristas conceituados no país, uma indicação como essa”, declarou o parlamentar. 

 

 

 

O líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), elogiou nesta segunda-feira, 6, a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB), para o Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga do ex-ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em 19 de janeiro.

"O Alexandre tem currículo de peso para ocupar uma função dessa magnitude. Tem experiência jurídica e vivência para ser o indicado", afirmou Baleia Rossi, um dos deputados federais mais próximos do presidente Michel Temer (PMDB).

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O líder do PMDB evitou, porém, cravar se o nome de Moraes tem consenso dentro da bancada do partido. "Não discutimos isso, por isso não consegui fazer essa medição", afirmou o peemedebista paulista.

Senadores de oposição se manifestaram em plenário, nesta segunda-feira, 6, contrariamente à possível indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a coluna de Vera Magalhães, o presidente Michel Temer decidiu indicar o nome de Alexandre de Moraes para o STF. O presidente teria telefonado durante o fim de semana para os demais candidatos à vaga para confirmar sua escolha.

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O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que a indicação é um "acinte". "Um escárnio, a indicação do Alexandre Morais para Ministro do Supremo Tribunal Federal neste momento. Não tenho dúvida disso", afirmou. Apesar de ser do PMDB, o senador atua constantemente com a oposição.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) também criticou a indicação, mas disse que era de se esperar vindo do governo Temer. "Não me surpreende, porque é a cara deste governo, que defende interesses de grupos particulares e de seus próprios membros, e está caminhando numa partidarização do Supremo", afirmou.

Em nota, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) relembrou o currículo de Moraes e a ligação do ministro com o PSDB, alegando que a indicação seria política. "Filiado ao PSDB, Moraes foi advogado de Eduardo Cunha e de uma cooperativa de transporte em São Paulo identificada como um dos braços do PCC. Foi ainda secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, no governo Alckmin, em uma gestão marcada por truculência e violência desmedida frente a protestos e atos", disse.

Em tese de doutorado apresentada na Faculdade de Direito da USP, em julho de 2000, o hoje ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, defendeu que, na indicação ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, fossem vedados os que exercem cargos de confiança "durante o mandato do presidente da República em exercício" para que se evitasse "demonstração de gratidão política". Por esse critério, ele próprio, um dos cotados para a sucessão do ministro Teori Zavascki, estaria impedido de ser indicado pelo presidente Michel Temer.

O veto sugerido por Moraes está no ponto 103 da conclusão da tese. Ele diz: "É vedado (para o cargo de ministro do STF) o acesso daqueles que estiverem no exercício ou tiveram exercido cargo de confiança no Poder Executivo, mandatos eletivos, ou o cargo de procurador-geral da República, durante o mandato do presidente da República em exercício no momento da escolha, de maneira a evitar-se demonstração de gratidão política ou compromissos que comprometam a independência de nossa Corte Constitucional".

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O ministro não quis dar entrevista sobre sua tese de doutorado. Um sumário da mesma está no banco de dados bibliográficos da USP (dedalus.usp.br). Seu título é Jurisdição constitucional e tribunais constitucionais: garantia suprema da Constituição. Além do veto já citado, Moraes defende que os ministros do Supremo tenham mandato por tempo determinado, e não a vitaliciedade prevista na Constituição de 1988.

Defende, também, mudança expressiva na forma da escolha dos 11 ministros: quatro pelo presidente da República ("mediante prévio parecer opinativo do Conselho Federal da OAB"), quatro eleitos pelo Congresso e três escolhidos pelo próprio STF. Pela Constituição, hoje os onze ministros são escolhidos pelo presidente da República - como Michel Temer fará ao indicar o substituto de Teori Zavascki, morto mês passado - e, depois, sabatinados pelo Senado, que tem a palavra final.

A tese - um "tijolo" de 416 páginas, originais disponíveis na biblioteca da USP do Largo de São Francisco - foi orientada pelo jurista e professor Dalmo Dallari. "Como estudioso do direito, ele é melhor do que nos cargos executivos, inclusive o de ministro", disse Dallari ao Estado. O professor emérito lembrou do doutorando, mas não quis fazer mais comentários. Os demais integrantes da banca foram o hoje ministro do STF Ricardo Lewandowski e os professores Paulo de Barros Carvalho, Celso Fernandes Campilongo e Mônica Garcia. Aprovaram a tese, mas sem o "com louvor" que costuma brindar trabalhos mais elaborados e/ou originais.

Já naquele 2000 - quase 12 anos passados depois da Constituinte, que neste fevereiro completa três décadas -, Alexandre de Moraes era fã do hoje presidente Michel Temer. Não só o citou na bibliografia do cartapácio - Temer, Michel - Constituição e política, 1994; Elementos de Direito Constitucional, 1995 - como, mais relevante, defendeu, na tese, quase as mesmas posições do constituinte Temer, também favorável a mandatos e a uma nova forma de composição e de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal, propostas (não só dele) derrotadas nas votações.

A ideia central da tese é, em juridiquês repetitivo, "identificar a necessidade de uma atuação efetiva e eficiente da justiça constitucional, por meio de seu órgão máximo, o Tribunal Constitucional, como meio de garantir a supremacia constitucional".

Atribuições e mudanças

Na primeira parte, Moraes teoriza sobre o direito constitucional. Na segunda, detalha, relatorialmente, como funciona a justiça constitucional em alguns países (modelos americano, alemão, austríaco e francês). Na última parte, menos árida, debulha a jurisdição constitucional brasileira, e o Supremo Tribunal Federal.

"Após a análise detalhada da evolução histórica do STF e de suas competências constitucionais, concluiu-se pela necessidade de sua transformação em exclusiva (grifo no original) Corte de Constitucionalidade, dirigindo seus trabalhos para a finalidade básica de preservação de supremacia constitucional e defesa intransigente dos direitos fundamentais", escreveu o agora ministro e também autor de outras obras jurídicas.

Nos 110 pontos em que dividiu a conclusão de sua tese, Moraes fez inúmeras sugestões de mudanças - como a do mandato e da nova forma de escolha dos ministros do STF. Uma outra diz que a Constituição "deverá exigir maiores requisitos capacitários para o exercício do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, além de maiores vedações e incompatibilidades".

Entre as condições "capacitárias", dez anos de efetivo exercício de cargos privativos de bacharel em Direito, ou a condição de jurista, com o título de doutor. Para os três a serem escolhidos pela própria Corte, dez anos de carreira no magistério ou no Ministério Público. Entre as vedações, aquela que hoje, se vigente, impediria a sua indicação para o cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia depois da morte do ministro Teori Zavascki, o presidente Michel Temer se reuniu na manhã desta sexta-feira (20) no Palácio do Planalto com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e com os comandantes das Forças Armadas.

A notícia da morte do relator dos processos da Lava Jato no STF chocou o Planalto. Segundo auxiliares do presidente, Temer considerava o ministro "sóbrio e correto" na condução dos processos. Ainda que não tivessem uma relação íntima, havia um sentimento de respeito mútuo.

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Interlocutores de Temer destacam que Teori assumiria um protagonismo ainda maior neste ano, ao ser personagem central nos desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato.

Temer deverá ir ao velório de Teori, a ser realizado em Porto Alegre na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que foi presidido pelo ministro de 2001 a 2003. Auxiliares palacianos estão à espera da liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML) e da confirmação da data e horário do velório para enviarem uma equipe precursora.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, já está em Porto Alegre e também irá ao velório.

Segundo o Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou, Temer já colocou à disposição da família de Teori uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para fazer o transporte do corpo.

Mais cedo, o presidente recebeu no Planalto a ex-ministra do STF Ellen Gracie, que acompanhou audiência de Temer com o presidente da Janssen no Brasil, Bruno Costa. "Eu tinha Teori como um irmão. Tivemos a oportunidade de trabalhar juntos por 30 anos. Durante minha presidência no Tribunal Federal da 4ª região, fiz com ele uma dobradinha. Ele era meu vice-presidente", disse Ellen a jornalistas, ao deixar o Planalto.

Brasília, 15/01/2017- O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, divulgou nota neste domingo (15) lamentando as mortes ocorridas na Penitenciária Federal de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. A rebelião durou cerca de 14h e teve pelo menos 10 mortos.

"A pedido do governador, o ministro Alexandre de Moraes autorizou que parte dos R$ 13 milhões do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), liberados no dia 29 de dezembro de 2016 para modernização e aquisição de equipamentos, seja utilizada em construções que reforcem a segurança no presídio", informa a nota.

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Moraes agradeceu em nome do presidente Michel Temer o empenho das forças policiais que atuaram "em defesa da sociedade, evitando fugas e controlando a situação". Na nota, o ministro diz ainda que falou com o governador do Estado, Robson Faria, hoje e ontem. O governador agradeceu o apoio da Força Nacional, que está no Estado desde o ano passado e cuja presença por mais 60 dias foi autorizada pelo Ministério da Justiça na semana passada.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou nesta sexta-feira (6) que o sistema prisional brasileiro vive uma guerra entre facções rivais e que a situação tenha saído do controle após um novo massacre na Penitenciária Agrícola de Boa Vista, em Roraima, que deixou 33 de mortos.

"A situação dos presídios não saiu do controle. é outra situação difícil em Roraima. Roraima já tinha tido problemas anteriormente", disse.

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Para o ministro, o episódio ocorrido nesta sexta-feira não é "aparentemente" uma retaliação do Primeiro Comando da Capital (PCC) à Família do Norte, autor do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.

O ministro afirmou que vai viajar a Boa Vista nesta sexta-feira e ainda precisa "pegar mais informações" sobre o caso, mas que, num primeiro momento, as execuções parecem ter sido um "acerto interno de contas".

Em entrevista a uma rádio local, o secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel de Castro Júnior, disse acreditar que os crimes tenham sido cometidos por membros do PCC como vingança pelas 56 mortes ocorridas em Manaus realizadas pela Família do Norte, que tem ligações com o Comando Vermelho.

No início da semana, Moraes disse acreditar que o massacre em Manaus não se tratava simplesmente de uma guerra entre facções rivais e que não haveria retaliação do PCC.

As declarações de Moraes foram dadas durante a apresentação do plano nacional de segurança elaborado pelo governo federal nesta sexta. Antes do início das perguntas de jornalistas, ele falou por cerca de duas horas sobre os detalhes das medidas, mas não mencionou o episódio ocorrido na madrugada desta sexta em Boa Vista.

Segundo ele, o diferencial do plano será justamente a cooperação com todos os Estados para solucionar esses problemas.

Em meio a uma sequencia de massacre em presídios na Região Norte, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, detalhou na manhã desta sexta-feira (6), no Palácio do Planalto, o Plano Nacional de Segurança Pública, que ainda deverá passar por alterações. Ele disse que o Plano apresentado é "extremamente realista".

Menos de uma semana após o massacre ocorrido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, a Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima informou na manhã desta sexta que 33 pessoas morreram na madrugada na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista. Até o fechamento deste texto, o episódio não havia sido comentado pelo ministro.

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"O que está previsto no plano vai ser efetivado; para nada vai faltar dinheiro", afirmou Moraes. Ele lembrou, contudo, que o que foi apresentado nesta sexta também será encaminhado para as secretarias de seguranças estaduais, que ao longo deste mês também contribuirão dando novas sugestões.

A ideia do governo é operacionalizar o Plano a partir de fevereiro. "Não é um plano de intenções, é um plano operacional para colocar em prática, em fevereiro, com operações, realizações dos três eixos principais que foi estabelecido", afirmou.

Os eixos centrais do projeto foram anunciados na quinta-feira (5): O primeiro tem como objetivo reduzir homicídios dolosos e a violência contra mulher. O segundo o combate integrado à criminalidade. E o terceiro é a racionalização e modernização do sistema penitenciário. "Segurança pública não é só questão de polícia; é questão social, de integração com MP e Poder Judiciário", disse o ministro.

Entre as ações pontuadas pelo ministro na apresentação está a criação de uma nova matriz curricular de formação policial; o aumento gradativo do efetivo da Força Nacional, para realização de operações conjuntas com polícias; implantação e interligação de sistema de videomonitoramento nos Estados e municípios nos centros integrados de combate e controle Regionais.

O ministro também anunciou que ao menos 837 câmeras serão implantadas, até o final do ano, da Policia Federal Rodoviária para identificação de veículos. O investimento feito será de R$ 38 milhões. A ideia é chegar a um número de 935 câmeras.

Também faz parte do plano a implantação da rádio comunicação digital em todo o País, até o final de 2017. "Estamos priorizando as fronteiras para ter um combate mais efetivo ao narcotráfico. Vamos estender isso na medida do possível realizando convênios com os Estado", informou.

O ministro também lembrou que a pasta já tem em curso a implantação de um sistema de identificação de armas de fogo por meio do DNA. O banco de dado criado também deverá ser compartilhado entre os Estados. "Já destinamos dinheiro pra instalação de laboratório central de perícia criminal em Brasília".

Ao sair de reunião realizada na manhã desta segunda-feira (12) com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que os dois não trataram do vazamento do anexo de delação da Odebrecht. Segundo Janot, a conversa foi sobre a criação de um grupo formado por Polícia Federal e Ministério Público para atuação em uma "investigação do Rio de Janeiro".

Mais cedo, o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) informou que Moraes e Janot tiveram reunião de 35 minutos pela manhã na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília. O encontro ocorreu após vazamentos relacionados à delação da Odebrecht lançarem suspeitas sobre pagamentos da empreiteira ao presidente Michel Temer e à cúpula do governo.

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A reunião não constou da agenda do ministro da Justiça desta segunda-feira. A assessoria do ministro informou que ele cumpriria agenda em São Paulo a partir das 12 horas. No entanto, Moraes entrou no gabinete do procurador-geral da República às 11h45. Abordado, o ministro não respondeu perguntas de jornalistas na saída.

Na manhã desta segunda-feira, antes da audiência na PGR, Moraes também teve reunião com o presidente Michel Temer.

No domingo, 11, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que aliados do presidente da República pretendem reforçar durante esta semana críticas ao vazamento do anexo de delação premiada do executivo Cláudio Melo Filho, da Odebrecht, em um esforço para tentar anular o acordo. Uma reunião de emergência foi realizada na noite de domingo no Palácio do Jaburu. O escalado, inicialmente, para fazer as críticas ao vazamento foi o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

No sábado, Janot informou que iria solicitar uma investigação para apurar o vazamento de anexo de delação da Odebrecht.

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