Tópicos | morreu

Os 15 minutos de fama de Zsa Zsa terminaram: a buldogue, que há uma semana conquistou o título de cão mais feio do mundo, faleceu.

A cadela de nove anos morreu na manhã de terça-feira enquanto dormia, informou sua dona, Megan Brainard, à imprensa americana.

##RECOMENDA##

"Ainda estou em choque", declarou à rede HLN. "Ainda nem tinha processado sua vitória e sua fama".

No mês passado, Zsa Zsa superou 13 rivais na competição de cão mais feio do mundo, que acontece anualmente em Petaluma, na Califórnia (oeste dos Estados Unidos).

Zsa Zsa passou os cinco primeiros anos de sua vida em um sítio para animais no Missouri (centro), antes de ser vendida em um leilão. Um grupo de proteção dos animais a comprou e foi a senhora Brainard quem a adotou.

Seus dentes superiores eram quase horizontais e também tinha uma mordida inferior proeminente. Olhos vítreos, uma língua que tocava o chão e baba que transbordava pela boca, completavam seu visual.

Carlo Benetton, o mais novo dos irmãos fundadores do famoso grupo de moda italiano que leva seu nome, morreu, aos 74 anos, em Treviso, norte da Itália.

O empresário morreu em sua residência em função de uma doença descoberta há seis meses, informou o grupo.

##RECOMENDA##

Junto com seus irmãos Luciano, Gilberto e Giuliana, participou da fundação da companhia em 1965, na localidade de Ponzano Veneto, nordeste da península, fabricando e comercializando tecidos e suéteres.

O império de Benetton cresceu nos anos 1980 graças às inovadoras camisas de lã de cores fortes, expandindo-se em todo mundo com lojas em cem países e abrindo fábricas em países de mão de obra muito barata.

A marca "United Colors of Benetton" foi protagonista também na década de 1990 de verdadeiros escândalos pelas chocantes campanhas publicitarias idealizadas pelo fotógrafo Oliviero Toscani a favor da integração racial e dos direitos humanos.

Os irmãos Benetton decidiram se aposentar em 2003 e deixar a administração de sua fortuna nas mãos de executivos.

O grupo fechou o ano de 2017 com uma perda de 180 milhões de euros, a maior de sua história, e por isso Luciano, de 82 anos, decidiu voltar à frente da companhia e mudar de estratégia para reconquistar seu clientes em todo o mundo.

Nesta quinta-feira (19), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai realizar uma audiência pública para tratar o programa Pacto pela Vida. Em entrevista concedida ao LeiaJá, nesta manhã, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) disse que o ex-governador Eduardo Campos, que faleceu em tragédia aérea no ano de 2014, conseguia comandar o programa. “Mas, para a nossa desgraça, o governador Eduardo Campos morreu. Eduardo envolvia o Tribunal, o Ministério Público e outros órgãos. Ele ia para cima do comandante, do chefe da polícia e fazia um controle social a partir dos operadores da segurança pública”, disse.

O parlamentar falou que o Governo do Estado tem medo do povo e que o governador Paulo Câmara (PSB) precisa adotar medidas urgentes e mais eficazes para controlar a criminalidade, que agride a população comum. “Eduardo tinha essa capacidade. Ele tinha essa liderança, mas Paulo Câmara não lidera nem o secretariado dele. O Pacto entrou em fadiga”, disparou.

##RECOMENDA##

Edilson acredita que apenas a repressão não basta para combater a violência urbana e que é necessário envolver a sociedade no debate. “É preciso envolver as comunidades, mas o governo não faz absolutamente nada disso. Senta uma meia dúzia de cabeçudos em uma ilha chamada Seplag [Secretaria de Planejamento e Gestão], que quer tomar conta de todo o Estado. Estava nítido que, se aquela sala da Seplag não se expandisse convidando a sociedade, não daria certo”.

“Lembra do pico de brigas de torcidas no estado? Qual foi a medida que o governo aplicou para inibir? Colocar as mães entre as torcidas, muitas vezes uma líder comunitária, um líder tem mais autoridade moral, de vida, mais do que muitos camburões, para poder inibir e enfrentar um traficante porque se for para a linha de ficar trocando tiro quem vai adora isso é o tráfico de armas. No Rio, foi para o enfrentamento e o Exército está lá. Daqui a pouco vão chamar os Fuzileiros Navais dos Estados Unidos?”, indagou.

O psolista ainda disse que o governo foi negligente na gestão democrática do Pacto pela Vida, que preconizava a participação da população civil. “O governo não fez nada disso e o resultado é esse que estamos vendo. Só agora que o governo está falando em fazer um Conselho de Defesa Social para entrar em vigor no final do ano. Estou rouco de falar que esse é um eixo muito importante”. 

O sobrevivente do Holocausto Yisrael Kristal, identificado pelo Livro Guinness dos Recordes Mundiais como homem mas velho do mundo, morreu nesta sexta-feira, aos 113 anos, informou a imprensa israelense.

A família deste judeu praticante que nasceu em 15 de setembro de 1903 não pode ser contatada ainda por causa a shabbat, dia sagrado da semana para Israel.

O ator japonês Haruo Nakajima, o primeiro a encarnar o monstro Godzilla, morreu, aos 88 anos, de pneumonia, anunciou nesta terça-feira o estúdio de cinema Toho.

Nakajima tinha 25 anos quando usou pela primeira vez o traje de Godzilla, a criatura que representava o horror atômico, em um filme visto em 1954 por 9,6 milhões de espectadores.

##RECOMENDA##

Para interpretar o papel, Nakajima usava uma fantasia que pesava 100 kg, com a qual só conseguia caminhar 10 metros.

Apesar disso, o ator se acostumou com o papel que viveu em 12 longas-metragens.

O nome Godzilla vem de Gojira, a contração das palavras japonesas "gorila" e "kujira" (baleia).

O compositor francês Pierre Henry, considerado um dos pais da música eletroacústica e um dos inspiradores da eletrônica, morreu, aos 89 anos, em Paris.

"Faleceu esta noite. Ele completaria 90 anos em 9 de dezembro", anunciou Isabelle Warnier, sua auxiliar e amiga da família.

##RECOMENDA##

Considerado por algumas pessoas o "avô da música tecno", Pierre Henry preferia ser definido, sem modéstia, como o "pai da música moderna".

Seu nome está associado à "música concreta" (ruídos ou sons gravados) fundada por Pierre Schaeffer (1910-1995), movimento ao qual está vinculada a maior parte de suas mais de 100 obras.

"Pierre Henry integrava ao lado de Schaeffer e (Karlheinz) Stockhausen o grupo dos grandes decifradores sonoros do século XX, que mudaram a forma de conceber a música", disse à AFP o compositor francês Jean-Michel Jarre.

Para Pierre Henry, a "música não era feita apenas de notas musicais teóricas, e sim de sons como o ruído de uma porta, do vento ou da chuva", disse.

Nascido em 9 de dezembro em 1927 em Paris, Pierre Henry entrou aos 9 anos no Conservatório.

Em 1950, compôs ao lado de Schaeffer, com quem havia fundado o Grupo de Estudos de Música Concreta, "Sinfonia para um homem sozinho", que utiliza a técnica do "piano preparado": vários objetos são inseridos entre as cordas e a caixa de ressonância.

Sua música era metafísica e humana. Permeada por ruídos diversos, objetos cotidianos e estridências, era propícia à imaginação, como ele mesmo afirmava.

Ele inspirou muitos coreógrafos, como George Balanchine, Merce Cunningham e Maguy Marin. Mas sua colaboração mais criativa aconteceu com Maurice Béjart, com quem compôs 15 obras, entre elas "Missa para o tempo presente".

Deste álbum, a melodia eletrônica "Psyché Rock", coescrita com Michel Colombier, teve grande sucesso comercial e foi utilizada diversas vezes no cinema, na publicidade e por artistas da música eletrônica como Fatboy Slim, Saint Germain e Dimitri from Paris.

O criador do desafio do balde de gelo, Pete Frates, morreu aos 32 anos. Em 2014, ele deu início a uma campanha mundial de arrecadação para pesquisas sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença rara que causa a degeneração do sistema nervoso.

Antes de ser diagnosticado, Frates era jogador de beisebol no Lexington Blue Sox, em Boston. Uma dor insistente no pulso causada por uma bolada fez com que o jogador percebesse que havia algo errado com seu corpo. Ele descobriu que estava doente em 2012 e, dois anos depois, já não andava nem falava.

##RECOMENDA##

O desafio do balde de gelo viralizou e tornou a ELA um dos principais assuntos nas redes sociais naquele ano.

Em 2014, o jogador de golfe Chris Kennedy desafiou uma prima, mulher de um portador de ELA, a jogar sobre o corpo um balde de gelo em troca de uma doação. O vídeo chegou a Frates pelas redes sociais, e ele enxergou naquilo um meio de impulsionar as pesquisas sobre a cura da doença.

O desafio era que as pessoas pudessem doar dinheiro para pesquisas sobre a doença ou tomar um banho de gelo. A "prenda", porém, acabou incorporada à iniciativa, e a maioria dos doadores desembolsava a quantia e, com o recibo em mãos, virava o balde sobre a cabeça.

Personalidades do mundo inteiro tomaram um banho de gelo. O cantor Justin Bieber; o CEO e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg; a modelo Gisele Bündchen; Bill Gates, fundador da Microsoft; e o jogador do Real Madrid Cristiano Ronaldo aderiram ao desafio e divulgaram vídeos nas redes.

Após tomar o banho de gelo,  era possível desafiar outras três pessoas, que deveriam pagar US$ 100 dólares às pesquisas caso recusassem o banho. 

O escritor inglês Michael Bond, criador do famoso urso "Paddington", morreu nesta terça-feira, em casa, aos 91 anos, após uma curta doença, anunciou nesta quarta-feira sua editora, HarperCollins.

"É com grande tristeza que anunciamos que Michael Bond (...), criador de um dos personagens preferidos das crianças britânicas, Paddington, faleceu em casa (na terça-feira), aos 91 anos, após uma curta doença", indicou a editora em um comunicado.

##RECOMENDA##

Ex-cinegrafista do canal de televisão britânico BBC, Michael Bond, que nasceu em 1926, escreveu onze livros sobre as aventuras de Paddington entre 1958 e 1979. Mais de 30 milhões de cópias foram vendidas e a obra foi traduzida em mais de 30 línguas.

Nos anos 1970, a BBC realizou uma série animada que fez grande sucesso, antes de as aventuras do pequeno urso de capa azul e chapéu vermelho ser adaptado para o cinema em 2014.

A saga Paddington conta a história de um urso peruano que chega em Londres na estação de Paddington com uma mala contendo um pote de marmelada de laranja quase vazio e uma etiqueta em seu pescoço: "Por favor, cuide desse urso. Obrigado".

Uma família inglesa, os Brown, acolhe o urso, sem saber o que os espera, uma vez que Paddington é extremamente desastrado.

O famoso cantor de ópera alemão Kurt Moll, conhecido por suas interpretações de Mozart, Wagner e Strauss, morreu neste domingo, aos 78 anos, após uma "longa doença", indicou a Ópera de Munique (sul).

"A Ópera Nacional de Munique chora Kurt Moll, morto (no domingo) aos 78 anos após uma longa e grave doença", indica um comunicado divulgado em seu site.

##RECOMENDA##

Moll, nascido em 11 de abril de 1938 em Buir, no oeste da Alemanha, e afastado dos palcos desde 2006, era um dos baixos mais apreciados do pós-guerra.

Entrou em 1967 na Ópera de Colônia (oeste) e estreou em 1968 no festival de Bayreuth (sul), inteiramente dedicado a Richard Wagner, antes de se impor em 1970 interpretando Sarastro em "A Flauta Mágica" de Mozart, em Salzburgo.

A Rússia chorava nesta quinta-feira a morte da estrela do circo soviético Oleg Popov, de 86 anos, o palhaço mais velho do mundo que seguia em atividade.

Popov foi vítima de uma parada cardíaca em seu hotel durante uma turnê em Rostov-sur-le-Don, no sul da Rússia, informou o diretor do circo local, Dimitri Reznitshenko.

##RECOMENDA##

"Seu coração parou", declarou à agência de notícias russa RIA Novosti. "Não se queixou de nenhuma (dor), estava simplesmente vendo televisão".

O corpo do palhaço será repatriado à Alemanha, onde vivia com sua família desde a queda da URSS, disse Reznitshenko.

Este palhaço famoso no mundo inteiro nasceu em Moscou em 1930 em uma família modesta que não tinha nenhum vínculo com o circo. Aos 14 anos, Popov entrou para a escola de circo de Moscou, onde aprendeu a fazer malabares e a caminhar sobre uma corda ao mesmo tempo.

Aos 19 anos iniciou sua carreira na Companhia do Estado do Circo, onde ganhou destaque em 1954, quando precisou substituir o palhaço principal que teria se lesionado.

Dois anos mais tarde, participou da primeira turnê internacional de um circo soviético, organizada pelas autoridades com o objetivo de melhorar a imagem da URSS no mundo.

"Havia conseguido criar esta imagem única de um palhaço excêntrico, capaz de iluminar (o circo) aparecendo apenas uma vez. Cada uma de suas atuações era uma festa", declarou o ministro russo da Cultura, Vladimir Medinski, que apresentou suas condolências em um comunicado.

O grande circo de Moscou saudou sua "contribuição inestimável à história da arte circense russa e estrangeira" e a companhia russa do circo ressaltou o "talento proteiforme" do palhaço.

A ursa panda em cativeiro mais velha do mundo, Jia Jia, morreu aos 38 anos neste domingo (16) à noite, em um parque de atrações de Hong Kong. O animal foi submetido a eutanásia depois de sofrer uma rápida piora de seu estado de saúde nas últimas duas semanas, conforme informações divulgadas pelos responsáveis do Ocean Park Hong Kong.

Aos 38 anos, o equivalente a 114 anos para um ser humano, Jia Jia nasceu na cidade chinesa de Sichuan, em 1978, e foi levada para Hong Kong em 1999. Em comunicado oficial, a direção do parque explicou que a ursa não estava se alimentando e chegou a perder cerca de quatro quilos. "Seu estado piorou esta manhã (domingo), quando Jia Jia já não era capaz de caminhar sem dificuldade e tinha permanecido o dia todo deitada", diz a nota oficial do parque de atrações.

##RECOMENDA##

Com expectativa de 20 anos, a longevidade da panda Jia Jia é um caso raro entre os ursos de sua espécie. Restam menos de 2 mil pandas selvagens, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), devido à destruição de seus habitats. Com a extinção do animal na natureza, os programas de criação em cativeiro se tornaram essenciais para assegurar a sobrevivência dos pandas.

"Seu estado de saúde piorou tanto que, por questões éticas e a fim de evitar seu sofrimento, veterinários do Departamento de Agricultura, Pesca e Preservação e o Ocean Park concordaram em sacrificá-la", informou o parque. Durante o cativeiro de Jia Jia em Hong Kong, a ursa panda deu à luz seis filhotes em cinco partos. A página oficial do Facebook do Ocean Park Hong Kong divulgou um texto lamentando a morte da panda e postou um vídeo em homenagem à panda mais velha do mundo em cativeiro. 

A Itália chora a morte de um de seus intelectuais mais ilustres, o dramaturgo Dario Fo, prêmio Nobel de Literatura em 1997, que morreu nesta quinta-feira, aos 90 anos, de insuficiência respiratória.

"A Itália perde um dos grandes protagonistas do teatro, da cultura, da vida civil de nosso país", lamentou o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, ao prestar uma homenagem ao escritor.

##RECOMENDA##

"Sua obra satírica, sua busca, seu trabalho cênico, sua atividade artística de múltiplas facetas são a herança de um grande italiano do mundo", acrescentou Renzi.

Inconformista e observador de sua época, Fo, que além disso era ator, ganhou fama em 1969 com sua obra "Mistério Bufo", uma epopeia sobre os oprimidos inspirada na cultura medieval.

Em "Mistério Bufo", o herói, um malabarista, estimula a rebelião com o sorriso.

A convocação à rebelião contra os poderosos e os hipócritas, com uma linguagem criativa, é um tema constante da obra Dario Fo.

Entre suas obras teatrais mais conhecidas estão "A Morte acidental de um anarquista" e "Ninguém Paga, Ninguém Paga", entre outras.

Conhecido em todo o mundo, e em particular na América Latina, onde participou de vários Festivais de Teatro, como os de Bogotá e Caracas, no início dos anos 90, seu teatro se caracterizava por uma linguagem absurda na qual misturava dialetos, latim, italiano e citações literárias.

Fundador junto com sua falecida esposa Franca Rame, musa, companheira e coautora de muitas peças de teatro, do grupo "La Comune" nos anos 70, Dario Fo soube com humor e ironia tratar tanto temas políticos quanto conflitos de amor e sexo.

Anticonformista, simpatizante comunista, admirador da experiência chilena com Salvador Allende, Dario Fo era chamado de "o mestre" pela maioria das pessoas do teatro, e sobretudo pelos artistas de rua e experimentais que se dirigiam aos seus ateliês, coordenados por seu filho, Jacopo Fo.

- Crítico do poder político e eclesiástico -

Fo, que morreu no dia em que a Academia sueca anunciou o vencedor do prêmio Nobel deste ano - para Bob Dylan -, publicou mais de cem peças de teatro e muitos livros, nos quais criticava o poder político e eclesiástico.

Sua morte gerou uma onda de reações na Itália tanto de líderes políticos quanto do mundo da cultura.

"O prêmio Nobel mais alegre de todos os tempos faleceu. Em vez de uma lágrima devemos a ele um sorriso", tuitou o escritor Erri De Luca.

"Não temo a morte, mas também não a seduzo. Se você viveu bem é a justa conclusão da vida", comentou recentemente em uma conversa com o jornal Il Corriere della Sera.

Nascido em 24 de março de 1926 na Lombardia (norte) no seio de uma família operária antifascista, Dario Fo estudou pintura e arquitetura antes de iniciar sua bem-sucedida carreira teatral no início da década de 1950.

Conhecido por seu ativismo político e seu estilo trovador medieval, esteve sempre na linha de frente para defender seus princípios, em particular nos anos 1970 e 1980, os chamados "anos de chumbo", quando fundou a organização "Soccorso rosso" (Socorro vermelho) para dar ajuda legal aos militantes de esquerda.

Na década de 1990 lutou a favor da legalização das drogas, do ar puro, do controle da natalidade, aterrorizando os católicos com seu divertido anticlericalismo.

O mestre da sátira e ao mesmo tempo referência da esquerda italiana foi um dos maiores críticos do estilo de governo do multimilionário e ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e nos últimos anos apoiou o Movimento 5 Estrelas do comediante Beppe Grillo.

"A morte de Dario Fo priva o país de uma grande voz crítica, um guia espiritual para o espírito cívico. Mas também priva o M5E de um ponto de referência fundamental, um companheiro alegre, brilhante e profundo", escreveu em um comunicado a bancada parlamentar do movimento.

Apesar de ser um flagelo da casta política, o senado italiano prestou uma homenagem a ele com um minuto de silêncio.

O aclamado diretor de cinema polonês Andrei Wajda, morreu este domingo em Varsóvia aos 90 anos de uma insuficiência pulmonar, anunciaram meios de comunicação poloneses.

A morte de Wajda, que deixa uma longa série de filmes célebres, inspirados na turbulenta história de seu país nos anos 1980, foi noticiada pelo jornal Gazeta Wyborcza daily e pela emissora de notícias privada TVN24. Um amigo da família, que pediu para ter sua identidade preservada, confirmou a morte em declarações à AFP.

##RECOMENDA##

Wajda estava internado há vários dias e em coma induzido devido a problemas pulmonares, acrescentaram as fontes.

O diretor, que ganhou o Oscar no ano 2000 pelo conjunto da obra, voltou-se para o cinema após fracassar no plano de ser militar.

A obra de Wajda inclui clássicos como "O homem de mármore" (1977), uma crítica à Polônia comunista, seguida três anos depois por "O homem de ferro", que conta, quase em tempo real, a história do Solidariedade, o primeiro sindicato independente do bloco comunista.

O diretor americano Curtis Hanson, que adaptou com sucesso para o cinema "Los Angeles: Cidade Proibida", de James Ellroy, morreu nesta terça-feira, aos 71 anos, em casa, em Hollywood.

O Departamento de Polícia de Los Angeles informou que os agentes seguiram para a residência do cineasta e constataram a morte de Hanson por "causas naturais".

##RECOMENDA##

Nascido em Reno, no estado Nevada, Hanson iniciou sua carreira em 1970 como o roteirista da adaptação para o cinema de "The Dunwich Horror" ("O Altar do Diabo") de H.P. Lovecraft, mas foi em 1992, com o thriller "A Mão Que Balança O Berço" que começou a ganhar fama como diretor.

Hanson foi aclamado pela crítica com o filme "L.A. Confidential" ("Los Angeles: Cidade Proibida"), com Kim Basinger, Russell Crowe, Guy Pearce, Kevin Spacey e Danny DeVito, produção que lhe rendeu o Oscar de roteiro adaptado em 1997 em parceria com Brian Helgeland.

Também dirigiu "O Rio Selvagem" (1994), com Meryl Streep, "Garotos Incríveis" (2001), com Michael Douglas, "8 Mile: Rua das Ilusões" (2002) com o rapper Eminem, entre outros longas-metragens.

O francês Marc Riboud, que morreu nesta terça-feira, aos 93 anos, fazia parte do grupo de fotógrafos cujas imagens são mundialmente conhecidas, como a "Fille à la fleur" (Menina com flor), que mostra uma militante contra a guerra do Vietnã enfrentando as baionetas dos soldados.

Mais fotógrafo do que fotojornalista, ele gostava de capturar, em preto e branco, imagens de momentos cruciais em um mundo em mudança.

##RECOMENDA##

Seu olhar era capaz de captar instantes de graça e fotos como "Peintre de la Tour Eiffel" (Pintor da Torre Eiffel) viraram ícone no século XX.

"Não tenho qualquer mérito, a não ser ter subido a pé as escadas em caracol da Torre", comentou em 2009.

Foi depois de vender o negativo desta foto à revista americana "Life", em 1953, que o até então jovem engenheiro de 30 anos, procedente de uma família da burguesia de Lyon (leste), se tornaria fotógrafo e conheceria Henri Cartier-Bresson e Robert Capa, que o convidaram a fazer parte da prestigiosa agência Magnum.

Em 60 anos de carreira, suas fotos foram publicas em inúmeras revistas, como Life, Geo, National Geographic, Paris Match e Stern.

"A maior parte do tempo, passeio, eu passeio muito", comentou certa vez, explicando sua singularidade.

"Não sou um fotojornalista, tampouco um artista, sou fotógrafo, e isso é tudo. Não sou sempre bom, mas tento", insistia.

Nascido em 24 de junho de 1923 perto de Lyon, em uma família de 7 filhos, irmão de Antoine, futuro fundador e presidente do gigante do setor agroalimentício Danone, e de Jean, que presidiria a Schlumberger (empresa de serviços petroleiros), Marc Riboud começou a fotografar aos 14 anos com uma câmera Vest Pocket preta utilizada por seu pai nas trincheiras da guerra.

Vera Caslavska, lenda da ginástica tcheca e sete vezes campeã olímpica entre 1964 e 1968, morreu na noite desta terça-feira, aos 74 anos, após uma longa doença, anunciou a agência CTK, citando fontes ligadas à ex-atleta.

Nascida em 3 de maio de 1942 em Praga, Vera Caslavska ganhou três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1964 em Tóquio e outras quatro medalhas de ouro no México-1968.

##RECOMENDA##

Também conquistou quatro ouros nos campeonatos mundiais, e outras onze medalhas nas competições da Europa.

Ícone da década de 1960, Vera Caslavska viveu seus anos de glória em pleno apogeu do regime comunista.

A menina loira de sorriso encantador foi eleita em 1968 melhor atleta do mundo e uma das mulheres mais populares da época junto a Jacqueline Kennedy.

No mesmo ano se manifestou contra a ocupação da Checoslováquia pelas tropas soviéticas, razão pela qual foi rejeitada pelo regime pró-Moscou até 1989.

Sofreu interrogatórios da polícia comunista e foi obrigada a trabalhar durante um período na limpeza doméstica para poder alimentar seus filhos.

Seu declínio começou após a morte em 1993 de seu marido Josef Odlozil, medalhista de prata em 1.500 metros em Tóquio, por uma briga com seu filho Martin.

Caslavska ficou reclusa em uma casa isolada, com forte depressão, e foi vista poucas vezes durante vários anos.

Após sua saída de cena voluntária, voltou de novo a participar da vida pública do país.

A estilista francesa Sonia Rykiel, conhecida como a rainha do tricô e fundadora da empresa de moda homônima, morreu nesta quinta-feira em Paris, aos 86 anos, anunciou à AFP sua filha Nathalie.

"Minha mãe morreu nesta noite em Paris, em sua casa, às 5 da manhã, vítima do mal de Parkinson", declarou Nathalie Rykiel, que também trabalha no mundo da moda.

##RECOMENDA##

A inventora da "démode" (um estilo sem complexos no qual cada pessoa adapta a moda a sua personalidade) se tornou famosa nos anos 60 quando lançou roupas de uma elasticidade sensual, famosas especialmente por suas listras pretas e coloridas.

Em maio de 1968 fundou a marca Sonia Rykiel.

Nascida como Sonia Flis em Paris em 25 de maio de 1930 de pai francês e mãe romena, começou sua carreira em 1948 como vitrinista.

Em 1994, Sonia Rykiel interpretou seu próprio personagem no filme "Prêt à Porter" do americano Robert Alman.

Em 2012 a estilista, que aparecia em público cada vez menos, falou de sua doença em um livro.

O músico belga Toots Thielemans, considerado o rei da gaita, morreu nesta segunda-feira, aos 94 anos, após uma longa carreira internacional, durante a qual tocou juntamente com os maiores nomes do jazz.

Thielemans, cuja música pode ser ouvida em trilhas sonoras de filmes como "Bonequinha de Luxo" (1961), morreu "enquanto dormia" um mês depois de ter sido hospitalizado devido a uma queda, anunciou à AFP seu agente, Veerle Van de Poel.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Figura mundial do jazz, tocou junto aos maiores: Ella Fitzgerald, Quincy Jones, Bill Evans, Frank Sinatra, Ray Charles, Larry Schneider e Oscar Peterson.

Também acompanhou artistas como Nick Cave, Paul Simon, Billy Joel e Stevie Wonder.

Nascido em 29 de abril de 1922 em um bairro popular de Bruxelas onde seus pais trabalhavam em um café, Thielemans, também guitarrista, foi o primeiro músico a levar a gaita cromática ao reconhecimento geral.

Thielemans descobriu este instrumento em 1938. Seduzido em um primeiro momento pela música de Ray Ventura, foi picado pelo vírus do jazz durante a Segunda Guerra Mundial e, com uma guitarra nas mãos, adotou como modelo o cigano Django Reinhardt.

No fim da década de 1940 se instalou nos Estados Unidos, onde acompanhou o saxofonista Charlie Parker. Retornou posteriormente à Europa para uma turnê com o clarinetista Benny Goodman.

Após o êxito de "Bluesette" em 1962, interpretou com sua gaita a trilha sonora do filme "Perdidos na Noite", de John Schlesinger (1969) e, mais tarde, de "Jean de Florette", de Claude Berri (1986).

"Um mestre"

"Perdemos um grande músico", escreveu no Twitter o primeiro-ministro belga, Charles Michel, após o anúncio da morte de Thielemans, a quem o rei Alberto II concedeu o título de barão em 2001.

Em 2012, e apesar de estar em um estado delicado de saúde, Thielemans fez um show no Palácio de Belas Artes de Bruxelas para celebrar seus 90 anos, antes de iniciar uma turnê que o levou a Estados Unidos e Japão.

"Levou a gaita ao topo da arte e se converteu em um maestro", havia declarado na época o instrumentista brasileiro Oscar Castro-Neves, que o acompanhava regularmente.

Em 2014, ao sentir que perdia forças e "para não decepcionar seu público", cancelou seus shows e colocou um ponto final a sua carreira.

Em 2009, os Estados Unidos concederam a ele o prêmio "jazz master award", uma distinção dada poucas vezes a europeus, e a Academia Charles Cros entregou ao belga em 2012 um prêmio em homenagem a sua carreira.

Ernst Nolte, um dos mais célebres e controvertidos historiadores da Alemanha, que tentou mostrar a interdependência entre o comunismo, o fascismo e o nazismo, morreu nesta quinta-feira, aos 93 anos, anunciou a família.

Nolte iniciou nos anos 80 a famosa "guerra dos historiadores" alemães ao publicar um artigo, "Um passado que não quer passar", no jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Sua tese, segundo a qual o nacional-socialismo seria uma reação à "ameaça existencial" da revolução russa e seus crimes em massa, provocou indignação de alguns especialistas, incluindo o filósofo Jürgen Habermas, e marcou o início de uma longa polêmica a respeito.

O vínculo causal que Nolte estabeleceu entre o Gulag e Auschwitz valeu a ele críticas acusando-o de minimizar os crimes nazistas e suspeitas de revisionismo, das quais sempre se defendeu.

Nascido em Witten (oeste), Ernst Nolte ensinou durante anos na Universidade Livre de Berlim.

Entre suas obras mais destacadas, figura "O fascismo em sua época", uma análise da natureza do fascismo graças à qual ficou conhecido nos anos 60, e "A guerra civil europeia, 1917-1945. Nacional-socialismo e bolchevismo", lançado no final dos anos 80.

O cantor espanhol Juan Peña, conhecido como "El Lebrijano", morreu nesta quarta-feira, aos 74 anos, como uma das figuras-chave do flamenco nas últimas décadas, admirado pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez, informou sua cidade natal.

"Aos 74 anos e após uma longa doença, morreu na manhã de hoje (quarta-feira)", afirmou em um comunicado a prefeitura de Lebrija, na região da Andaluzia, despedindo-se de "um de seus filhos preferidos".

##RECOMENDA##

Contemporâneo de dois mestres como o violonista Paco de Lucía e do cantor Camarón de la Isla, "El Lebrijano" também foi protagonista do impulso renovador do flamenco no último quarto do século XX, explorando suas raízes árabes e colaborando com orquestras sinfônicas.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando