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Uma mulher e quatro crianças migrantes, incluindo um bebê de 11 meses, morreram nesta segunda-feira (28) em dois naufrágios na Grécia, informou a porta-voz do governo, Pavlos Marinakis.

O primeiro naufrágio aconteceu durante a madrugada perto da ilha de Samos, no Mar Egeu, perto da costa da Turquia.

Um barco patrulha da Guarda Costeira socorreu 37 pessoas - incluindo uma mulher já morta -, informaram a polícia portuária e o porta-voz do Executivo grego.

Horas mais tarde, outro barco patrulha da Guarda Costeira "localizou e resgatou 22 estrangeiros diante da ilha de Lesbos", incluindo quatro falecidos", informou a polícia portuária em um comunicado.

As vítimas são um menino de oito anos e três meninas, de 11 meses, oito anos e 14 anos, afirmou Marinakis em uma entrevista coletiva.

O número de chegadas de migrantes pelo mar à Grécia aumentou este ano, em particular no mês de agosto.

O canal público ERT informou, com base em dados do governo, que 1.100 pessoas chegaram à Grécia pelo mar em agosto, contra 789 em julho e 608 em junho.

No total, 10.790 migrantes e refugiados chegaram às costas gregas desde o início do ano, contra 5.216 no mesmo período em 2022, segundo o ERT.

A polícia portuária grega, com a ajuda da agência europeia de vigilância de fronteiras, Frontex, patrulha cm frequência esta zona do Mar Egeu que faz fronteira com a Turquia, onde muitos migrantes se arriscam para tentar chegar à Grécia e, deste país, seguir viagem para a Europa Ocidental.

Mais de 30 migrantes são considerados desaparecidos após os naufrágios de duas embarcações na costa da ilha italiana de Lampedusa, segundo os depoimentos dos sobreviventes, informou neste domingo (6) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Vinte e oito passageiros de um dos barcos e três do outro desapareceram no mar, depois que as embarcações naufragaram devido às condições meteorológicas, afirmou a agência da ONU.

Os barcos provavelmente iniciaram a viagem na cidade tunisiana de Sfax na quinta-feira.

Após ouvir os sobreviventes, "acreditamos que mais de 30 pessoas estão desaparecidas", confirmou Flavio di Giacomo, porta-voz da OIM.

Uma investigação foi iniciada para determinar as circunstâncias da tragédia em Agrigento, na ilha vizinha da Sicília.

O chefe de polícia de Agrigento, Emanuele Ricifari, afirmou que as previsões meteorológicas indicavam mar agitado.

"Quem permitiu, ou os forçou, a sair com este mar é um criminoso lunático, sem escrúpulos", declarou à imprensa.

"A previsão é de mar agitado para os próximos dias. Esperemos que eles parem. Com o mar desta maneira é como enviá-los para o matadouro", acrescentou.

Apesar do tempo ruim, as equipes de emergência planejavam uma operação ainda no domingo para resgatar mais de 20 migrantes bloqueados em uma área rochosa na costa de Lampedusa.

O grupo está nestas condições desde a noite de sexta-feira, quando violentas rajadas de vento empurraram a embarcação na direção das rochas.

A Cruz Vermelha forneceu alimentos, água, roupas e cobertores térmicos aos migrantes, mas a Guarda Costeira não conseguiu resgatar o grupo devido às ondas.

Se o vento não perder intensidade, as equipes de resgate tentarão retirá-los pelo barranco, de 140 metros de altura, segundo a imprensa italiana.

A travessia do Mediterrâneo central, a partir do norte da África até a Europa, é uma das mais letais do mundo.

Mais de 1.800 pessoas morreram desde o início do ano tentando completar a viagem, segundo Di Giacomo, o que significa 900 a mais que no ano passado.

"Na realidade o número é, provavelmente, muito maior", disse. "Encontramos muitos corpos no mar, o que sugere que há muitos naufrágios dos quais não ouvimos falar".

O número de cadáveres encontrados no mar aumentou, em particular na chamada rota tunisiana, uma travessia cada vez mais perigosa devido ao tipo de embarcação utilizado, explica Di Giacomo.

Os traficantes enviam os migrantes subsaarianos "em barcos de ferro que são mais baratos que os habituais barcos de madeira, mas que são totalmente inadequados para a navegação no mar", disse. "Eles quebram e afundam".

Em muitos casos, os migrantes sofrem com motores roubados no mar para que sejam reutilizados pelos traficantes, acrescenta.

Ao menos 16 migrantes morreram e dezenas estão desaparecidos após dois naufrágios na costa da Grécia, informou nesta quinta-feira (6) a Guarda Costeira.

De acordo com o porta-voz da Guarda Costeira, Nikos Kokkalas, 16 corpos de mulheres foram encontrados após um naufrágio ao leste da ilha de Lesbos.

Nove mulheres foram resgatadas e 14 pessoas estão desaparecidas. As autoridades gregas acreditam que 40 pessoas estavam a bordo da embarcação.

"As mulheres estavam em pânico absoluto", disse Kokkalas.

Algumas horas antes aconteceu outro naufrágio, perto da ilha de Citera, ao sul da península do Peloponeso. A embarcação transportava 95 pessoas, segundo a Guarda Costeira.

Kokkalas afirmou que não há um balanço oficial do naufrágio. Alguns migrantes conseguiram nadar até o resgate e uma operação combinada de navios, bombeiros e policiais conseguiu encontrar 80 pessoas, procedentes do Irã, Iraque e Afeganistão.

O grupo tinha sete mulheres e 18 crianças. Kokkalas afirmou que a embarcação foi completamente destruída.

Os ventos, que chegavam a 102 km/h, prejudicaram os trabalhos de resgate na região de Citera.

O tráfico de migrantes a partir da Turquia aumentou no sul da Grécia à medida que os contrabandistas tentam evitar o reforço dos controles no Mar Egeu.

Grécia, Itália e Espanha são as principais vias de entrada na União Europeia para milhares de pessoas que fogem da África e do Oriente Médio em busca de segurança e melhores condições de vida.

A Guarda Costeira grega informou que resgatou 1.500 pessoas nos primeiros oito meses do ano, contra menos de 600 no ano passado.

Desde janeiro, 64 pessoas morreram em tentativas de chegar à Europa a partir das costas da Turquia, contra 111 em todo o ano de 2021, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

A Grécia nega as afirmações de grupos de defesa dos direitos humanos de que muitas pessoas foram devolvidas para a Turquia sem a oportunidade de solicitar asilo.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que tem uma forte rivalidade com Atenas, afirmou em setembro que as "políticas opressivas" da Grécia contra os imigrantes estavam transformando o Egeu em um "cemitério".

O ministro das Migrações da Grécia, Notis Mitarakis, respondeu esta semana que a Turquia está "empurrando violentamente os migrantes para a Grécia".

Ele disse que a Turquia viola as "leis internacionais" e um acordo migratório de 2016 entre a UE e a Turquia, pelo qual o bloco concedeu ajuda econômica a Ancara para que limitasse as saídas de migrantes a partir de seu território. A Turquia nega as acusações.

Pelo menos 39 migrantes clandestinos morreram nesta terça-feira (9) em dois naufrágios na costa da Tunísia e mais de 160 outros, de diferentes países africanos, foram resgatados.

Esses candidatos ao exílio haviam partido durante a noite para tentar chegar ilegalmente à Europa. Foram avistados pela guarda costeira na costa de Sfax, no leste da Tunísia.

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A Guarda Nacional Marítima da Tunísia resgatou 165 migrantes e recuperou 39 corpos, de acordo com o último relatório divulgado pelo Ministério da Defesa.

Pelo menos nove mulheres, quatro crianças e um homem morreram, informou à AFP o porta-voz da Guarda Nacional, Houcem Eddine Jebabli, acrescentando que as buscas "ainda estão em andamento para encontrar outros sobreviventes e corpos".

O último ano foi marcado por um aumento de partidas desse tipo no Mediterrâneo central, a rota migratória mais mortal do mundo para candidatos ao exílio na Europa.

As embarcações continuam zarpando todos os dias, apesar das difíceis condições climáticas.

Entre 1º de janeiro e 21 de fevereiro, 3.800 migrantes chegaram ilegalmente à Itália por mar, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), incluindo quase mil via Tunísia e 2.500 via Líbia.

Em 2021, "continua o aumento das partidas" a partir da Tunísia, ressalta Romdhane Ben Amor, do Fórum Tunisino de Direitos Econômicos e Sociais.

Esta ONG tunisina contabilizou 94 barcos interceptados desde o início deste ano e 1.736 pessoas detidas antes de embarcarem, aproximadamente o dobro em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Como costuma acontecer no inverno, quando a travessia é mais perigosa e um pouco mais barata, a proporção de migrantes estrangeiros é relativamente alta.

Em janeiro e fevereiro, 54,9% das pessoas detidas vinham da África Subsaariana, de acordo com a ONG.

- "Pandemia" -

Os tunisianos são, no entanto, a primeira nacionalidade a chegar ilegalmente à Itália, com 12.000 deles tendo desembarcado em 2020, de acordo com o ACNUR.

Mas a proporção de estrangeiros que saem da Tunísia aumentou nos últimos dois anos, de acordo com o FTDES. A ONG aponta que 30% das 13.000 pessoas detidas em 2020 por imigração irregular eram da África Subsaariana, contra 8 a 11% entre 2011 e 2016.

A maioria dos sobreviventes desta terça são desta parte da África.

Vinte e dois migrantes de diferentes países africanos que partiram Sidi Mansour (leste), não muito longe de Sfax, foram dados como desaparecidos em fevereiro e outros 25 foram resgatados pela Marinha tunisiana cerca de cem quilômetros a noroeste da ilha italiana de Lampedusa.

Em janeiro, a mesma Marinha interceptou cinquenta migrantes na costa tunisiana, incluindo quatro tunisianos, os outros vindos da África Subsaariana, também de Sidi Mansour.

"Parece que esse aumento está ligado à deterioração da situação social, em particular com a pandemia" do coronavírus, estima Ben Amor.

As restrições de saúde têm sido devastadoras para empregos precários, enfraquecendo os migrantes estabelecidos na Tunísia, e a crise política deixa poucas perspectivas de melhorias sociais no curto prazo.

Mais de 1.200 migrantes morreram em 2020 no Mediterrâneo, a grande maioria deles nesta rota central, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.

Onze pessoas morreram e três desapareceram no naufrágio de três barcos surpreendidos por fortes ondas no centro das Filipinas, anunciaram autoridades neste sábado.

Sessenta e três pessoas foram resgatadas após os naufrágios, que aconteceram no Estreito de Guimaras, informou o representante da polícia local, Rene Pamuspusan.

Os barcos faziam o trajeto de 20 minutos entre a cidade portuária de Iloilo e a ilha de Guimaras. Dois dos acidentes foram quase simultâneos, por volta do meio-dia, e levaram à interrupção dos serviços de ferry.

Na última semana, as monções agitaram o mar no oeste das Filipinas. Os naufrágios são frequentes no país, onde, a cada ano, acidentes com pequenos barcos de madeira usados no transporte entre as ilhas deixam vítimas.

RIO DE JANEIRO - A Marinha concluiu na tarde de segunda-feira (11) as buscas pelas vítimas dos naufrágios de dois barcos pesqueiros na Baía de Sepetiba, próximo ao Porto de Itaguaí. Depois de quatro dias de buscas, o último corpo foi encontrado nas proximidades da Reserva Ecológica Sahy, distante cerca de 23 km do local dos acidentes. 

Nove pessoas sobreviveram e 12 morreram nos naufrágios das embarcações Lucas Mar e Milemar, que ocorreram na madrugada de sexta-feira (8). O resgate foi realizado com bombeiros do Grupamento Marítimo de Sepetiba, dos quartéis de Angra dos Reis e do grupo de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, militares da Marinha e Capitania dos Portos, além de familiares que ajudaram nas buscas. 

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Até o momento foram identificados os corpos de Eliezer de Lima Barreto, Nilson Moura, Wanderley Batista dos Santos, Júlio Cesar Braz de Mesquita, Augusto Nery de Faria, Milton Pereira da Silva e Neilton de Souza.

Segundo o capitão de mar e guerra da Capitania dos Portos do Rio, a Marinha abriu um inquérito para apurar as causas do acidente. "O fator meteorológico pode ter contribuído. Há outros fatores também, materiais, operacionais, que também deverão ser considerados na investigação. Nós vamos identificar todas as causas e as responsabilidades", explicou.   

A Capitania dos Portos confirmou que o alerta sobre as condições do mar foi repassado muito antes dos acidentes, por meio do aviso aos navegantes e reforçado por e-mail encaminhado pela Delegacia de Itacuruçá, vinculada à Marinha.

"Não existe impedimento do barco ir para água, da mesma maneira que um carro não é impedido de sair do seu prédio quando o tempo está ruim. Cabe a cada comandante de embarcação avaliar. A Marinha divulga o seu alerta de mau tempo justamente para se evitar que se exponha a vida humana a um perigo no mar que já é previsível", esclareceu o capitão.

Duas embarcações naufragaram entre a noite dessa quinta-feira (7) e a madrugada desta sexta (8) na Baía de Sepetiba, em frente ao Porto de Itaguaí, no litoral sul fluminense. Segundo o Corpo de Bombeiros, até as 9h de hoje, tinham sido confirmadas três mortes. Pelo menos nove pessoas sobreviveram ao incidente.

Dos sobreviventes, seis foram resgatados da água pelo Corpo de Bombeiros e três conseguiram nadar até a costa. Segundo os bombeiros, acredita-se que ainda haja dez desaparecidos.

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Os trabalhos de resgate continuam no local, com bombeiros do Grupamento Marítimo de Sepetiba, e dos quartéis de Angra dos Reis e do grupo de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, além de militares da Capitania dos Portos.

A Guarda Costeira de Bangladesh encontrou nesta quinta-feira (31) os corpos de 17 rohingyas, incluindo algumas crianças, depois do naufrágio de duas embarcações no momento em que tentavam fugir da violência em Mianmar.

Ao menos 18.500 integrantes desta minoria muçulmana, perseguida em Mianmar, encontraram refúgio no vizinho Bangladesh na última semana, após uma intensificação dos combates entre o exército birmanês e os rebeldes.

Muitos rohingyas arriscam suas vidas em embarcações improvisadas para tentar cruzar o rio Naf, que estabelece uma fronteira natural entre Mianmar e o extremo sudeste de Bangladesh. O rio Naf é considerado muito perigoso no atual período de chuvas de monção.

Na quarta-feira, as autoridades encontraram os corpos de duas mulheres e duas crianças após um naufrágio. Uma tragédia que se repetiu nesta quarta-feira com duas embarcações. O balanço anunciado pelas autoridades é de 17 mortos.

Mais de 400.000 refugiados rohingyas estão em Bangladesh depois da fuga de outras ondas de violência no passado. O país, de maioria muçulmana, não está satisfeito com o fluxo e decidiu intensificar a segurança na fronteira.

Os rohingyas são considerados estrangeiros em Mianmar, um país com 90% da população budista, e são apátridas, apesar da presença de algumas famílias há algumas gerações no país.

Eles não têm acesso ao mercado de trabalho, às escolas nem aos hospitais. Nos últimos anos, o auge do nacionalismo budista exacerbou a hostilidade contra o grupo, com vários confrontos que deixaram mortos.

Dados do sistema Datasus, do Ministério da Saúde, que contabiliza atendimentos médicos em todo o País, aponta que, nos últimos 10 anos, 1.289 pessoas morreram em acidentes de transporte sobre a água. Só os Estados do Pará e do Amazonas, locais onde a conexão entre as cidades é feita majoritariamente por barcos, registraram 610 casos, quase metade das ocorrências.

A Bahia, onde uma embarcação com 129 pessoas naufragou nesta quinta-feira, 24, fica empatado em segundo lugar com o Ceará entre os Estados do nordeste com mais acidentes. Na última década, há registro de 37 mortos em cada um dos dois. Quem tem mais registros é o Maranhão, com 79 ocorrências.

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Os dados vão de 2006 a 2015 (os números de 2016 ainda não estão concluídos). O ano mais letal nesse quesito foi 2008, quando houve registro de 187 óbitos -- mais do que o dobro dos 77 casos registrados em 2006.

O número total de mortes dessa natureza tende a ser maior, uma vez que o Datasus depende do correto preenchimento de dados por parte das diversas unidades de saúde do País no momento dos atendimentos. O total de aforamentos no período, por exemplo, chega a 55 mil casos -- mas inclui todos os tipo de afogamentos.

A Organização Internacional para Migrações (OIM) revelou nesta terça-feira (9) que mais de 1,3 mil pessoas já morreram tentando atravessar o Mar Mediterrâneo em direção à Europa neste ano. A entidade informou que 190 migrantes podem ter morrido em dois naufrágios ocorridos no fim de semana, entre os dias 5 e 7 de maio.

Além dos dois naufrágios, o final de semana foi marcado pelo resgate de 6.612 migrantes e refugiados em mais de uma dezena de locais. O último naufrágio ocorreu no domingo, na costa da Líbia.

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Até ontem (8), mais de 49,3 mil migrantes e refugiados entraram no continente europeu realizando a travessia marítima. No mesmo período do ano passado foram cerca de 187,5 mil pessoas. A OIM declarou que a maioria dos migrantes e refugiados chegaram à Itália, a partir da Líbia ou da Tunísia, e o restante foi para a Grécia, Chipre e Espanha. Em 2016, 5.098 pessoas morreram tentando fazer o trajeto.

"É uma triste realidade. Pescadores que praticam a caça submarina estão abatendo os animais. O pior: isso está acontecendo nos naufrágios do estado, que já são protegidos por legislação". A assertiva é do professor e biólogo Múcio Banja. Como ele, outros profissionais praticantes do mergulho nos naufrágios do litoral pernambucano denunciam a matança de meros, espécie de peixes que está em extinção.

Conhecido por seu grande porte (podem pesar mais de 50 quilos e ter mais de 2 metros de comprimento), o mero é um animal dócil, de movimentos lentos e, consequentemente, facilmente capturado. "Os pescadores arpoam o animal, levam para o barco. Para não correrem risco de ser flagrados com o peixe, eles retiram toda a carne no mar mesmo e vende os filés quando chegam no porto", explica Banja. A carne de mero é muito valorizada no mercado gastronômico e um único peixe pode render ao pescador mais de R$ 1 mil. 

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Na última quarta-feira (8), o fotógrafo Max Glegiston participou de um mergulho em grupo no naufrágio Marte, em Serrambi, no Litoral Sul. Durante a atividade, um grande mero estava arpoado num canto da embarcação, imóvel, mas ainda com vida. Os mergulhadores atuaram no resgate do animal e Glegiston registrou toda a ação. Segundo ele, a pesca criminosa acontece o tempo todo.

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"É comum encontrar embarcações de caçadores em cima dos pontos de naufrágio. Como a maioria das operadoras de mergulho saem nos mesmos horários, normalmente pela manhã, os pescadores atuam em outros horários. E eles deixam sinais: é comum encontrar arpões, anzóis, iscas", releva. Entre os grupos de mergulhadores, há informações de que a prática é realizada em vários locais de Pernambuco, mas também em municípios da Paraíba e em Alagoas.

Legislação nacional proíbe pesca de meros

Em 2015, através das Portarias Interministeriais nº 13 e 14, o Ministério da Pesca prorrogou, por mais oito anos, a proibição da pesca, armazenamento e comercialização do mero no território nacional. A captura destes bichos foi proibida pela primeira vez em 2002, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e desde então a medida vem sendo mantida. 

Chefe de fiscalização do Ibama em Pernambuco, Amaro Fernandes afirmou que o órgão - responsável pelas fiscalizações - não tinha conhecimento, nem havia sido notificado, sobre as recentes denúncias dos mergulhadores. "É muito útil que a sociedade exponha esse tipo de denúncia. Com esse tipo de informação, o Ibama instaura um processo administrativo, encaminha para o Ministério Público e, se aprovado, abre processo criminal contra o indivíduo (acusado do crime)".

Segundo Fernandes, as penas são rígidas. No ano passado, um homem foi multado em R$ 5 mil pela pesca indevida de um mero, na Barra do Sirinhaém, Litoral Sul do estado. "Até o depoimento de um cidadão pode ter elementos que permitam um processo legal. Este tipo de informação pode se constituir como prova e embasar a aplicação de multa". 

Quem tiver denúncias semelhantes pode entrar em contato com o Ibama através da Linha Verde do órgão, sua Central de Denúncias. O número é o 0800.61.8080.

Os mistérios e as belezas do fundo do mar do Recife e região serão revelados na próxima segunda-feira (16), na "I Mostra do Parque de Naufrágios de Pernambuco". Instalada no Piso L3 do Plaza Shopping, a exposição reúne fotos submarinas que retratam verdadeiros tesouros navais encontrados na costa do estado. A mostra ficará exposta no mall, do dia 16 a 31 de janeiro, com acesso gratuito.

O Recife hoje é considerada a capital do mergulho, com 26 dos 108 navios naufragados e catalogados no Brasil. As águas mornas e alta visibilidade dos mares da Região Metropolitana e Goiana também são um destaque para os exploradores e mergulhadortes de diversas partes do mundo.

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Com curadoria do mergulhador, Joman Barros, a “I Mostra do Parque de Naufrágios de Pernambuco” vai apresentar 24 imagens dos fotógrafos Edson Acioli, Fernando Clack, e Mario Coutinho compiladas de mergulhos realizados no litoral do Estado. 

Na exposição, os visitantes poderão apreciar imagens de diversas espécies de vida marinha, naufrágios naturais e artificiais, além de belezas naturais com perspectiva e profundidade que propicia ao visitante a sensação de estar no fundo do mar.

Entre as fotos da mostra, estão duas fotos premiadas no concurso da Associação Brasileira de Imagens Subaquáticas – AbiSub, as imagens , “Enxadas visitando o rebocador Mercurius” e a “Peixe Mero Gigante”, conquistando o primeiro e segundo lugar da premiação. 

São retratadas imagens de 14 naufrágios de Pernambuco e o público terá acesso ao vídeo sobre a exploração submarina e curiosidades sobre o tema.

Nas águas estão naufrágios históricos, alguns datados do ano 1600, como uma caravela portuguesa afundada em Suape, até embarcações imergidas com o objetivo de se tornar arrecifes naturais como Servermar, Taurus e o Walsa, naufragada no ano de 2000. Ainda entre as relíquias submersas na costa, se encontra uma corveta, navio de guerra a vela, da 2ª Guerra Mundial.  

I Mostra do Parque de Naufrágios de PE (MPNP)

Piso L3 do Plaza Shopping

Rua Doutor João Santos Filho, 255 - Casa Forte

16 à 31 de janeiro | 10h às 22h

Entrada gratuita

A guarda costeira grega resgatou 20 novos corpos de migrantes afogados na madrugada desta sexta-feira (22), o que eleva a 44 - incluindo 20 crianças - o número de mortos em três naufrágios entre a costa turca e a grega, segundo a polícia portuária.

As novas vítimas encontradas morreram no naufrágio de seu barco em frente à ilha de Kalolimnos, que deixou 34 mortos.

Outras sete pessoas se afogaram quando sua embarcação afundou diante da ilha de Farmakonissi, e a guarda-costeira turca encontrou os corpos de três crianças após outro naufrágio em frente à localidade de Didim, segundo a agência de notícias Dogan.

Ao menos 17 migrantes, incluindo várias crianças, morreram afogados nesta terça-feira (5) na costa oeste da Turquia quando tentavam chegar em duas embarcações à Grécia, em meio a condições meteorológicas adversas, informou a agência de notícias Dogan.

O naufrágio de uma primeira embarcação que transportava 22 pessoas deixou pelo menos 10 mortos, cujos corpos foram encontrados em uma praia de Ayvalik.

O naufrágio de outra embarcação, mas ao sul, deixou sete mortos, segundo a agência.

Um navio cargueiro afundou nesta terça-feira em uma tempestade no Mar Negro e uma equipe de resgate enviada para buscar os náufragos, por sua vez, bateu em um recife e afundou. Pelo menos três pessoas morreram nos dois naufrágios e outras dez estão desaparecidas, disseram oficiais da Marinha da Turquia. O cargueiro Volgo Balt 199, de bandeira da nação caribenha de St. Kitts and Nevis, transportava carvão da Rússia para o porto turco de Antalya e naufragou perto de Istambul, com 11 ucranianos e um russo como tripulantes, informou a agência de notícias turca Anadolu.

A Marinha turca conseguiu retirar quatro tripulantes das águas, recuperou um corpo e buscava pelos outros sete, quando um dos barcos de resgate atingiu as rochas e afundou, matando dois dos socorristas turcos, informou o Ministério dos Transportes. Três outros socorristas permanecem desaparecidos.

Enquanto isso, a Marinha turca despachou mais dois barcos que tentam resgatar os tripulantes de outro cargueiro desgovernado, o Adriatic, de bandeira da Antígua e Barbuda, que tem 14 tripulantes e está à deriva no Mar Negro, perto do Bósforo. O Mar Negro enfrenta terríveis tempestades de outono. "As condições do mar estão terríveis, o que torna muito difíceis as operações de resgate", disse Salih Oracki, chefe da Autoridade Costeira da Turquia.

As informações são da Associated Press.

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