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A hesitação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em condenar no Conselho de Direitos Humanos da ONU as violações dos direitos humanos cometidas pelo regime de Daniel Ortega, na Nicarágua, criou ruído na base aliada e desafios à diplomacia brasileira.

O Brasil decidiu não aderir a uma declaração de 54 países, na última sexta-feira, com sanções ao regime de Ortega e permaneceu em silêncio perante a comunidade internacional. Uma resposta brasileira só veio quatro dias depois, diante da reação interna e externa, o que mostra o desconforto gerado no governo Lula com o assunto.

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Nesta quinta-feira, 9, o PSB - partido do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin - aprovou uma nota de repúdio à ditadura da Nicarágua. O texto defende a democracia como valor universal e afirma que não se pode ficar indiferente ao que chama de "flagrantes violações de direitos humanos, detenções arbitrárias, julgamentos e execuções sumárias, assassinatos e tortura contra dissidentes políticos do regime". Mesmo no PT, o tema causou discussão.

Presidente do diretório estadual do Rio e integrante da executiva do partido, Alberto Cantalice disse ao Estadão não aceitar a prisão de um bispo católico, como Ortega fez. Em fevereiro, o bispo nicaraguense Rolando Álvarez Lagos foi condenado a 26 anos de prisão como "traidor da Pátria". O prelado se recusou a embarcar no avião em que Ortega colocou 222 opositores para despachá-los aos EUA.

"Isso é ação ditatorial. Ao se intitular de esquerda, Ortega põe uma mácula sobre nosso ideário." Para ele, a esquerda brasileira - principalmente os setores mais importantes - precisa revalorizar o papel da democracia e colocá-la como "questão principal, pois é isso que vai nos fazer avançar como Nação moderna". Em rede social, ele chamou Ortega e o venezuelano Nicolás Maduro de "uns merdas".

A publicação despertou reações. O historiador Valter Pomar, da Fundação Perseu Abramo, escreveu em seu blog que, ao usar essa linguagem, Cantalice se candidatava "a ser tratado como gusano". Gusano é um tipo de verme. O termo é usado pelos comunistas cubanos para designar opositores do regime.

Dubiedade

O conflito no PT reflete o histórico de correntes do partido de Lula de dubiedade na forma de tratar os regimes de Ortega e Maduro. Em 2021, ele comparou a permanência da então chanceler alemã, Angela Merkel, no cargo, à situação de Ortega. Na época, Ortega já tinha passado por sua quarta eleição seguida, sem concorrentes. Nos meses anteriores à eleição, prendera sete pré-candidatos, 39 políticos, empresários, jornalistas e estudantes, além de ter cassado três partidos políticos.

A iniciativa dentro do Conselho de Direitos Humanos da ONU reuniu governos de esquerda e centro-esquerda não apenas na América Latina, como o chileno e o colombiano, mas também na Europa. É o caso de Portugal, Espanha e Alemanha. A declaração da delegação do Canadá, reiterada pelo Chile, aponta os achados de um comitê de peritos, com indicação de possível cometimento de crimes contra a humanidade por Ortega, e defende a continuidade das investigações.

O Brasil integra o grupo que discute o tema, mas não endossou a declaração. O silêncio foi quebrado na terça-feira, quando o chefe da delegação permanente do Brasil em Genebra, embaixador Tovar da Silva Nunes, disse que o País se preocupa com os relatos de "sérias violações de direitos humanos e restrições ao espaço democrático, em especial execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura contra dissidentes políticos". Ele não usou o termo "crimes contra a humanidade" e também não fez menção à continuidade do trabalho dos peritos.

Disse que o Brasil poderia receber nicaraguenses que perderam sua nacionalidade por ordem de Ortega. Até agora, as discussões geraram apenas declarações, mas não um documento a ser votado. O Conselho de Direitos Humanos ainda discute uma resolução sobre o tema - e o Itamaraty trabalha para abrandar os termos do texto e incluir a perspectiva de tentativa de diálogo com o governo de Ortega.

A gestão petista afirma que o País preferiu adotar uma posição desvinculada do grupo para manter-se como possível mediador com Ortega (mais informações nesta página). Lula busca posição de mediação em conflitos internacionais na região e fora, como no caso da guerra na Ucrânia. Também houve desconforto no Ministério das Relações Exteriores com o fato de relatório dos especialistas apresentado na semana passada comparar ações de Ortega ao nazismo.

"Tenho a sensação de que o PT tem uma dificuldade muito grande de se atualizar com relação ao estado das esquerdas na América Latina. A chave do anti-imperialismo que aproximou essas forças no passado, ela já não se justifica como linha de atuação de política externa hoje", disse o cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Guilherme Casarões.

Contradição

Membro do grupo de trabalho do Ministério dos Direitos Humanos de combate ao discurso de ódio no Brasil, Casarões afirmou que o governo Lula perde a chance de exercer uma liderança regional ao não se posicionar de maneira clara sobre a Nicarágua. "Cria-se a contradição. No limite o governo vai ser cobrado por defender algo internamente que não sustenta externamente."

O embaixador Rubens Barbosa disse que o Brasil sempre condenou esse tipo de violação. "Li a declaração de Genebra. Ela é uma maneira de não condenar o regime da Nicarágua. Lula quer ter influência para encaminhar uma solução. No caso do Brasil, dentro dos princípios ocidentais de democracia e direitos humanos, a gente não pode defender isso só internamente. É preciso coerência."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Partido do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, o PSB aprovou nesta quinta-feira, 9, uma nota de repúdio à ditadura da Nicarágua. O documento, avalizado durante reunião da Executiva Nacional, representa um contraponto à postura adotada pelo PT e governo Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou de assinar uma declaração conjunta de mais de 50 países contra o regime comandado por Daniel Ortega.

Na nota, o partido defende a democracia como um valor universal e afirma que não pode ficar indiferente ao que chama de "flagrantes violações de direitos humanos, detenções arbitrárias, julgamentos e execuções sumárias, assassinatos e tortura contra dissidentes políticos do regime".

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"Desta forma, o PSB manifesta seu mais amplo e total repúdio às práticas ditatoriais do senhor Daniel Ortega e se solidariza com o povo nicaraguense, que precisa de um futuro que não reproduza o passado de violência política e social a que vem sendo submetido desde há muito", diz o documento assinado pelo presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira.

Depois de ter sido alvo de críticas por não endossar a declaração conjunta de 54 países para condenar a ditadura da Nicarágua, o governo Lula apresentou à Organização das Nações Unidas na terça-feira, 7, um documento em que se diz preocupado com "alegações de graves violações de direitos humanos e de restrições ao espaço democrático" no regime de Ortega, mas o Brasil evitou usar o termo adotado pelos peritos ouvidos na ONU, classificando os acontecimentos como "crimes contra a humanidade".

Após ter sido alvo de críticas, o governo brasileiro apresentou, nesta terça-feira (7), à Organização das Nações Unidas (ONU) nova posição e preocupações com o governo ditatorial da Nicarágua. Ao repudiar a decisão de autoridades do país da América Central de retirada de nacionalidade de opositores ao regime de Daniel Ortega, o governo brasileiro colocou-se à disposição para acolher as pessoas afetadas pela medida.

"O governo brasileiro acompanha os acontecimentos na Nicarágua com a máxima atenção e está preocupado com alegações de graves violações de direitos humanos e de restrições ao espaço democrático naquele país, em particular execuções sumárias, detenções arbitrárias tortura contra dissidentes políticos", declarou o governo brasileiro. E, ainda: "o Brasil está pronto para explorar maneiras pelas quais essa situação possa ser abordada de forma construtiva, em diálogo com o governo da Nicarágua e com todos os atores relevantes".

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A declaração brasileira ocorreu após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter se recusado a assinar um manifesto de 55 países contra a ditadura de Ortega na Nicarágua e a favor da população nicaraguense. O silêncio gerou incômodo na comunidade internacional e na segunda-feira (6), repercutiu no País. A nação da América Central vem adotando a retirada de nacionalidade de críticos ao regime de Ortega para reprimir opositores.

A declaração desta terça-feira pontua que o governo recebeu com extrema preocupação a decisão de autoridades da Nicarágua de determinar a perda da nacionalidade de mais de 300 cidadãos nicaraguenses. "Ao reafirmar seu compromisso humanitário com a proteção de pessoas apátridas e com a redução da apatridia, o governo brasileiro coloca-se à disposição para acolher as pessoas afetadas pela medida, ao abrigo do estatuto especial previsto na Lei de Migração brasileira", disse o Brasil à ONU.

Durante a campanha eleitoral, Lula evitou condenar o regime de Ortega, o que elevou críticas do seu então principal adversário, o então presidente Jair Bolsonaro.

O governo federal permaneceu em silêncio durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU na sexta-feira, 3, sobre a situação dos direitos humanos na Nicarágua e ações autoritárias e violentas do presidente Daniel Ortega. Segundo um grupo de especialistas da ONU, o governo nicaraguense cometeu violações sistemáticas dos direitos humanos, as quais constituem "crimes contra a humanidade". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Ortega são conhecidos de longa data. Durante os primeiros mandatos, o petista se encontrou diversas vezes com o presidente nicaraguense para debater, por exemplo, integração regional.

Durante a campanha eleitoral Lula minimizou a ditadura instaurada na Nicarágua por Ortega, que está em seu quinto mandato, e comparou a situação com a da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, que completou 16 anos à frente do país europeu. "Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder e Daniel Ortega não? Qual é a lógica?", questionou Lula entrevista ao jornal espanhol El País. No poder desde 2007, Ortega mandou prender sete de seus opositores antes que a população fosse às urnas, eliminando candidatos que pudessem ameaçar sua vitória.

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Durante o encontro da ONU, no diálogo interativo, se manifestaram União Europeia, Canadá - em nome de um grupo de 53 países -, França, Estados Unidos, Equador, Argentina, China, República Popular Democrática da Coreia, Peru, Venezuela, Uruguai, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Geórgia, Chile, Belarus, Iêmen, Síria, Arábia Saudita, Sri Lanka, Irã, Federação Russa, Cuba, Eritreia e Malawi. No segmento geral, outros cinco nações se pronunciaram, incluindo Israel, Líbia e Somália. Organizações não-governamentais e representantes da sociedade civil também tiveram tempo de fala.

Presos políticos

Representantes da ONU relembraram os últimos episódios envolvendo decisões de Ortega, como o caso em que mais de 200 presos políticos, incluindo políticos da oposição e líderes empresariais, foram presos durante a crise política na Nicarágua e, posteriormente, "deportados" para os Estados Unidos, após uma negociação com Washington. Vários dos presos planejavam concorrer contra o presidente Daniel Ortega nas eleições de 2021. "No mesmo dia, o Judiciário anunciou que essas pessoas haviam sido 'deportadas' e que haviam infringido a lei 1.055, sendo, portanto, consideradas 'traidoras da pátria'. A decisão judicial privou todos os 222 indivíduos de seus direitos civis e políticos", disse a secretária-geral adjunta para os direitos humanos das Nações Unidas, Ilze Brands Kehris.

A reunião também lembrou que um tribunal da Nicarágua declarou, em fevereiro, que 94 opositores do presidente como "traidores da pátria", retirando a nacionalidade nicaraguense deles e tornando-os inabilitados, de forma perpétua, de exercerem cargos públicos. Entre os sancionados, estavam os escritores Sergio Ramírez (vice-presidente do governo sandinista na década de 1980, que era liderado por Ortega), Gioconda Belli, o bispo católico Silvio Báez, os ex-comandantes guerrilheiros Luis Carrión e Mónica Baltodano e a ativista de direitos humanos Vilma Núñez.

Na quinta-feira, 2, o grupo de especialistas em Direitos Humanos da ONU sobre a Nicarágua divulgou um documento que menciona execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura e privação arbitrária da nacionalidade e do direito de permanecer no próprio país. "Eles são cometidos de maneira generalizada e sistemática por motivos políticos e constituem crimes de lesa-humanidade de assassinato, prisão, tortura, incluindo violência sexual, deportação e perseguição por motivos políticos", afirmou um dos especialistas. "A população nicaraguense vive com o temor das ações que o próprio governo pode tomar contra ela", afirmou outro.

Procurado, o Ministério das Relações Exteriores não se posicionou sobre o caso até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação da pasta.

A Família Addams ganhará outra versão live-action na produção “Wandinha”, série da Netflix. Intérprete e protagonista, a atriz Jenna Ortega revelou detalhes sobre o projeto que trouxe desafios dentro e fora das telas. A conversa com a atriz foi divulgada na noite de quinta-feira (20) pelas redes da Netflix.

A jovem atriz se abriu sobre questões associadas à produção em uma conversa com Christina Ricci, que interpretou Wandinha nos filmes da Família Addams nos anos 90. À atriz, Ortega fez questão de dizer que evitou repetir o que havia sido feito anteriormente, especialmente porque esta é uma versão diferente.

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“As vezes em que vimos Wandinha, ela tinha cinco ou dez anos. Então, quando alguém está dizendo algo sombrio e perverso e isso vem de um lugar de honestidade e inocência, há esse aspecto ingênuo da criança. É um pouco diferente quando você envelhece e se torna uma adolescente, porque aí você só soa como uma babaca. Você não quer que ela seja desagradável.”

Jenna Ortega também compartilhou que a natureza de uma série de Wandinha apresentou uma dificuldade extra ao projeto. Chefiado por Tim Burton, o time de diretores trouxe uma dificuldade extra ao trazer ideias bem diferentes sobre o como a jovem deveria se portar.

“Senti como se todo mundo quisesse coisas diferentes dela. Lembro que Tim não queria que eu tivesse nenhuma expressão facial ou emoção. Ele queria uma superfície monótona, o que eu entendo. É muito divertido e ótimo, exceto quando você está tentando mover um enredo adiante e a Wandinha está em todas as cenas.”

Além de Ortega, Wandinha conta com Catherine Zeta-Jones, Louis Guzmán e Fred Armisen como Mortícia, Gomez e Tio Chico, respectivamente. A estreia de Wandinha está marcada para 23 de novembro, no catálogo da Netflix. 

O atacante paraguaio Jorge Ortega é o novo reforço do Náutico. O jogador foi anunciado pelo clube nesta quarta-feira (5) e já falou como novo atleta da equipe e do desafio de atuar pelo alvirrubro.

“Jogar no Brasil é um desafio que não posso deixar passar. Além disso, a ambição do clube para a temporada é algo que me motiva. Sou um jogador que gosto de definir as jogadas. Nos treinos, acertarei com o treinador a melhor maneira de poder ajudar", disse.

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O jogador de 30 anos de idade tem um currículo experiente e já jogou competições internacionais como a Copa Sul Americana e a Copa Libertadores da América. Na última temporada, ele defendeu a equipe equatoriana do Macará, da primeira divisão. Lá ele fez 6 jogos, porém nenhum gol. Ele também tem passagens por Olímpia e Cólon. No Brasil, chegou a atuar no Coritiba.

Depois de sufocar metodicamente seus rivais e dissidentes, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, garantiu uma vitória tranquila nas eleições presidenciais deste domingo (7) obtendo um quarto mandato consecutivo, que pode deixá-lo no poder até 2026. A vitória sinaliza ainda que os nicaraguenses subiram alguns degraus na direção de um regime cada vez mais autocrático.

O domingo foi marcado pela apatia. Os centros de votação ficaram praticamente vazios. As poucas filas registradas eram de policiais, militares e funcionários públicos. Com seus rivais presos ou exilados, Ortega mostrou que não permitirá que ninguém lhe tome o poder - ele deve obter entre 60% e 70% dos votos, segundo analistas. As autoridades anunciaram que não divulgarão resultados até a meia-noite (3 horas da madrugada de hoje em Brasília). Os dados sobre participação eleitoral também não serão divulgados.

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Segundo analistas, com todos os opositores presos, para milhões de nicaraguenses a única possibilidade de demonstrar insatisfação é não se aproximar das urnas e ficar em casa em sinal de protesto.

DESCONFIANÇA

Uma pesquisa recente mostrou que 78% dos nicaraguenses veem a reeleição de Ortega como ilegítima e apenas 9% apoiam o partido governista. Muitos, porém, se recusam a questionar o governo em público, com medo de serem presos ou perseguidos. "Isto não é uma eleição, é uma farsa", disse Berta Valle, mulher de um dos líderes da oposição que foi preso. "Ninguém vai eleger ninguém, porque o único candidato é Daniel Ortega."

Para garantir o quarto mandato consecutivo - Ortega cumpriu ainda um quinto mandato, entre 1985 e 1990 -, ele deteve todos os rivais que representassem uma ameaça, colocou partidos de oposição na clandestinidade e proibiu grandes eventos de campanha.

A comissão que monitora a eleição foi coordenada por aliados. Não há observadores eleitorais na Nicarágua, apenas os chamados "companheiros eleitorais", mistura de funcionários importados de países como Espanha, Argentina e Chile, muitos dos quais são membros de partidos comunistas locais.

"Este é um ponto de virada para o autoritarismo na região", disse José Miguel Vivanco, chefe das Américas da Human Rights Watch, que chamou a repressão de Ortega de "um filme de terror em câmera lenta". "Ele nem mesmo está tentando preservar algum tipo de fachada de governo democrático", disse Vivanco, sobre o líder nicaraguense.

PRISÕES

Jesús Tefel, ativista político exilado que fugiu para a Costa Rica em julho, depois que vários aliados foram presos, descreveu a eleição como uma "farsa" e pediu que comunidade internacional faça mais para restabelecer a democracia da Nicarágua. "Este é um precedente terrível para a democracia global. A mensagem que envia é que você pode ser um ditador e não há consequências. Isso vai encorajar outros inimigos da democracia."

Ortega chegou ao poder pela primeira vez depois de ajudar a liderar a revolução que derrubou a ditadura de Anastasio Somoza, em 1979. Mais de uma década depois, ele perdeu a eleição, mas assumiu o cargo de novo em 2007. A partir de então, como presidente, ele passou anos minando as instituições que mantinham a frágil democracia do país - e reforçou suas táticas após uma série de protestos, em 2018.

Tiziano Breda, especialista em América Central do Crisis Group, um centro de estudos americano, disse ao jornal britânico The Guardian que o desmonte das instituições democráticas feito por Ortega foi executado com esmero. "Ele mostrou que a sobrevivência política supera qualquer pressão interna ou externa. Era uma questão de vida ou morte para ele garantir a reeleição ontem", disse.

Para Breda, no entanto, Ortega terá de mudar sua tática para governar. "Ele terá um objetivo diferente depois de 7 de novembro, e acho que ele está ciente de que precisará buscar um acordo de governabilidade com alguns setores que são cruciais para o funcionamento do Estado e para a estabilidade econômica do país, inclusive no exterior."

BIDEN ASSINARÁ LEI PARA IMPOR NOVAS SANÇÕES

O presidente dos EUA, Joe Biden, aguarda apenas a oficialização do resultado da eleição na Nicarágua para impor novas sanções contra o regime de Daniel Ortega. Na semana passada, ele assinou a Lei Renacer (acrônimo em espanhol para "Reforçando a Adesão da Nicarágua às Condições para a Reforma Eleitoral), com a qual a Casa Branca se compromete a punir o governo nicaraguense por realizar eleições consideradas ilegítimas.

A informação foi confirmada na sexta-feira (5) por um funcionário de alto escalão do governo americano, que pediu anonimato. Ele disse que haverá uma "ampla rejeição internacional das eleições fraudulentas na Nicarágua". As sanções seriam coordenadas entre EUA, Canadá e União Europeia.

Questionado sobre por que Biden não anunciou as sanções antes das eleições, o assessor respondeu que é importante que a Casa Branca não faça nada que tire a atenção do que está acontecendo na Nicarágua, segundo ele, "um claro abuso de poder". "A assinatura de uma lei não vai mudar o que (Ortega e seu governo) já fizeram, que é roubar as eleições", disse.

As novas medidas ampliarão o monitoramento de empréstimos ao país, além de punir funcionários do regime. A lei também deve acrescentar a Nicarágua à lista de países da América Central sujeitos a restrições de vistos dos EUA.

Em junho, depois que a polícia da Nicarágua começou a colocar opositores na cadeia, os EUA já haviam imposto sanções. O governo americano anunciou punições contra quatro figuras do alto escalão da burocracia estatal: o presidente do Banco Central, Leonardo Ovidio Reyes Ramírez; o general do Exército Julio Modesto Rodríguez Balladares; o deputado Edwin Ramon Castro Rivera; e Camila Antonia Ortega Murillo, filha de Ortega.

Todos tiveram contas e bens congelados nos EUA e foram proibidos de fazer transações em dólar, o que impede acesso ao sistema financeiro internacional. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que respeite a democracia, em um momento em que o mandatário coordena uma onda de prisões de rivais eleitorais e dissidentes políticos. "Não abra mão de defender a liberdade de imprensa, a liberdade de comunicação, porque é isso que fortalece a democracia", disse Lula. "Quando a gente pensa que não tem ninguém para nos substituir, nós estamos virando ditadores."

O conselho foi dado indiretamente, durante uma entrevista ao canal mexicano Once, na última quarta-feira (28). Lula conversou com a jornalista Sabrina Berman sobre seus anos no poder e o cenário internacional.

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"Quando eu era presidente do sindicato, convoquei uma assembleia de trabalhadores e decidi que o presidente do sindicato só poderia ser eleito duas vezes. Quando era presidente da República, muita gente queria que eu tivesse um terceiro mandato, mas não aceitei, porque sou amplamente favorável à alternância de poder", disse Lula à Berman. "Tem que ter revezamento na governança do país para a sociedade ir aprimorando sua participação democrática".

Daniel Ortega busca seu quarto mandato consecutivo nas eleições de 7 de novembro. Desde junho, o governo da Nicarágua prendeu 31 opositores, com ajuda de uma lei aprovada pelo Parlamento em fevereiro passado que permite às autoridades prender, por até 90 dias, pessoas investigadas por um crime. Antes, o prazo era de três dias para apurar, prender e formalizar as denúncias.

Entre os críticos de Ortega presos estão sete candidatos à presidência: Cristiana Chamorro, Arturo Cruz, Félix Maradiaga, Juan Sebastián Chamorro, Miguel Mora, Medardo Mairena e Noel Vidaurre, além de três ex-guerrilheiros críticos do governo e importantes opositores.

Grande parte dos opositores é presa por supostos crimes de "traição" à pátria e "violação da soberania", punidos com pena de 10 a 15 anos de prisão.

A polícia da Nicarágua prendeu mais cinco opositores, entre eles dois candidatos à presidência, ampliando para sete a lista de detidos com base em leis promulgadas pelo presidente Daniel Ortega para "proteger a soberania" nacional. Com as novas prisões, agora são quatro pré-candidatos atrás das grades, reduzindo as chances dos rivais de Ortega.

A onda de prisões de políticos e líderes da sociedade civil sob acusações de subversão deixa Ortega concorrendo praticamente sem oposição nas eleições de novembro. Nesta terça-feira, 8, os EUA qualificaram a Nicarágua de "ditadura" e responderam à repressão sancionando quatro funcionários do governo, incluindo uma de suas filhas, Camila Antonia Ortega Murillo, e o presidente do Banco Central, Leonardo Ovidio Reyes Ramírez.

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As sanções contra dezenas de outras autoridades nicaraguenses nos últimos anos, no entanto, não reduziram a repressão. Ontem, chegou a vez de colocar na cadeia o ex-chanceler José Pallais, membro do bloco opositor Coalizão Nacional, que foi acusado de "incitar a interferência estrangeira em assuntos internos e financiamento de atos de terrorismo".

Os delitos imputados a Pallais e aos outros seis detidos estão contemplados na lei de defesa e soberania, apresentada pelo governo de Ortega e aprovada em dezembro. Ontem, também foram presos Juan Sebastián Chamorro García - primo de Cristiana Chamorro Barrios, outra pré-candidata que foi detida no início do mês - e Félix Maradiaga.

A comunidade internacional reagiu, exigindo a libertação imediata de todos. Maradiaga seria o candidato à presidência da coalizão Unidade Nacional Azul e Branco e Chamorro García, da Aliança Cidadãos pela Liberdade, mas nenhum deles havia oficializado sua candidatura, já que o período de registro é entre 28 de julho e 2 de agosto.

Quem também está preso é o ex-diplomata e aspirante à presidência Arturo Cruz. Ele foi detido no sábado, 5, depois de retornar de uma viagem aos EUA. Maradiaga, Chamorro García e Cruz são investigados por "atos contra a soberania e terrorismo, que prejudicam a independência, por incitar a interferência estrangeira nos assuntos internos e pedir intervenções militares", segundo a polícia.

Na terça-feira, foram presos o empresário José Aguerri e a líder da sociedade civil Violeta Granera, ambos investigados pelas mesmas acusações. A ofensiva contra os opositores começou há uma semana com a detenção de Cristiana Chamorro, que está em prisão domiciliar. Ela não pertence a nenhum partido, mas aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Ortega.

De acordo com adversários, o presidente buscará um quarto mandato sucessivo, embora ainda não tenha oficializado a candidatura. Muitos consideram Cristiana, filha da ex-presidente Violeta Chamorro, a maior esperança de derrotar Ortega.

A opositora é acusada de fraude e lavagem de dinheiro por meio da fundação que levava o nome da sua mãe, que derrotou Ortega nas urnas e governou a Nicarágua de 1990 a 1997. A fundação de Violeta Chamorro encerrou suas operações em fevereiro, depois que uma lei aprovada pelo Congresso, de maioria governista, intensificou os controles sobre as contribuições que as ONGs recebiam do exterior. O governo considera a ajuda como interferência externa na política interna do país.

Ontem, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, exigiu a libertação de todos os detidos e "o fim da perseguição e da opressão da ditadura de Daniel Ortega". "A Nicarágua caminha para a pior eleição possível em razão da falta de garantias para realizar um processo livre, justo e transparente", disse.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, por meio de seu porta-voz, também criticou as prisões. "Guterres está muito preocupado com as recentes detenções e com a invalidação de candidaturas de líderes da oposição", disse Stéphane Dujarric. "Esses acontecimentos podem minar a confiança do público no processo democrático." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, aprovou na terça-feira (29) por decreto uma pacote de leis contra crimes cibernéticos que aumenta o controle do governo sobre o que é publicado na internet. Segundo a oposição, as medidas são uma forma de calar a dissidência, impor a censura e controlar a atividade jornalística.

O projeto prevê penas de até 4 anos de prisão para quem o governo considerar que esteja divulgando "informações que ameacem a segurança nacional". Ontem, uma juíza condenou a jornalista Kalua Salazar a uma multa equivalente a 120 dias de trabalho (cerca de US$ 200) por ter denunciado um caso de corrupção na prefeitura de El Rama, cidade governada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, partido de Ortega - um sinal da rápida deterioração do jornalismo independente na Nicarágua.

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Em entrevista ao site da revista nicaraguense Confidencial, o professor de comunicação, Guillermo Rothschuh Villanueva, disse que o pacote de leis de Ortega é "uma nova tentativa de reduzir ainda mais o exercício da liberdade de expressão".

"A apresentação e discussão do projeto de lei que regulamenta os crimes cibernéticos ocorre em um contexto crítico para aqueles que assumem posições contrárias ao governo do comandante Ortega", disse o ex-reitor da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade Centro-Americana (UCA).

A nova investida do governo nicaraguense contra os veículos independentes de comunicação acontece depois de Ortega impor multas milionárias às empresas. Hoje, todas as TVs com sinal aberto do país são controladas pelo governo e pelo empresário mexicano Ángel González. A programação é recheada de propagandas oficiais e programas de entretenimento - com pouco espaço para notícias.

No começo do mês, um dos poucos canais que não está sob o controle do Estado, o Canal 12, teve os seus bens e de seus donos bloqueados pela Justiça por suposta sonegação fiscal - a emissora é uma das duas com alcance nacional que faz uma cobertura crítica do governo de Ortega.

Repressão. Em 11 de setembro, a Nicavisión, empresa que controla o Canal 12, afirmou que foi notificada pelo fisco sobre uma dívida de 21 milhões de córdobas (cerca de R$ 3,4 milhões) em impostos que não teriam sido pagos, entre 2011 e 2013.

Emissora de TV com maior audiência no país, o Canal 10, sofreu as mesmas acusações do governo. O fisco garante que o veículo de comunicação deve 110 milhões de córdobas (cerca de R$ 17,8 milhões) em tributos.

Além de propostas de controle da imprensa, Ortega tem apresentado projetos de lei que intimidam opositores. No começo do mês, ele enviou uma proposta que prevê a pena de prisão perpétua para quem "cometer crimes de ódio" e "contra a paz".

Ex-guerrilheiro de 74 anos, Ortega está no poder há 13 anos - ele deve deixar o cargo em janeiro de 2022. Acusado de corrupção e responsabilizado pela crise econômica da Nicarágua, ele se tornou alvo de violentos protestos em 2018. Pelo menos, 328 pessoas morreram após uma forte repressão policial.

Mesmo sob pressão, a oposição se uniu para as eleições do ano que vem, formando uma frente chamada de Coalizão Nacional, que reúne estudantes, camponeses, empresários e integrantes de partidos de direita e de esquerda. Juan Chamorro, um dos líderes do movimento, disse que a libertação de 86 dissidentes é uma das prioridades da coalizão. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) contabilizou 317 mortos na Nicarágua entre 18 de abril e 30 de julho, incluindo as mortes de 23 crianças e 21 policiais durante os protestos contra o governo de Daniel Ortega. A CIDH informou que, depois de cinco semanas de trabalho na Nicarágua, o Mecanismo Especial de Seguimento para a Nicarágua (Meseni) verificou a perseguição e criminalização por parte do Estado contra manifestantes, opositores e pessoas que participaram dos protestos de maneiras diversas.

"A Comissão Interamericana condena todos os assassinatos registrados e insta o Estado da Nicarágua a investigar com prontidão e seriedade cada um desses crimes", disse a relatora da CIDH no país, a chilena Antonia Urrejola. "O Estado deve manter um registro atualizado, confiável e transparente de todas as mortes."

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O Meseni disse que um muitas detenções arbitrárias e violentas foram realizadas por homens mascarados depois que a população levantou barricadas para se proteger da violência, que aumentou rapidamente a partir de 19 de junho. Segundo o grupo, as pessoas detidas não foram informadas de seus direitos no momento da prisão e nem quais eram as acusações. Além disso, não houve ordens judiciais e as famílias dos detidos não foram informadas para onde os presos eram levados.

Comissão

A CIDH emitiu o comunicado horas antes de a Organização dos Estados Americanos (OEA) realizar uma sessão especial para avaliar a criação de uma comissão especial para a Nicarágua, a fim de promover o diálogo nacional. A proposta da Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Chile, Estados Unidos, México e Peru busca criar a comissão antes do dia 10 de agosto, composta por um representante de cada um dos grupos regionais que operam na OEA: a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), o Sistema de Integração Centro-americana (Sica) e a Comunidade do Caribe (Caricom, na sigla em inglês).

A presidente interina do Conselho Permanente da OEA, a costa-riquenha Rita Hernández, anunciou que há negociações em curso e, portanto, adiou o início da sessão especial, o que foi criticado pelo embaixador de Antígua e Barbuda, Ronald Michael Sanders. Ele reclamou que a decisão não respeitava as delegações dos países, acrescentando que tinha planos para viajar à tarde.

A procuradora-geral destituída da Venezuela, Luisa Ortega Diaz, disse que o governo do presidente Nicolás Maduro tentou contratar pessoas para matá-la.

Luisa estava na Costa Rica para entrar com uma queixa na Comissão Interamericana dos Direitos Humanos contra o governo de seu país.

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"Eu tenho a informação de que a perseguição contra mim continua, e que o governo contratou assassinos para me matar", disse Luisa em uma coletiva de imprensa ao lado do procurador-geral da Costa Rica, Jorge Chavarria.

"Eu não posso voltar, eles me colocarão na cadeia, desaparecerão comigo, me torturarão", disse. "Eles fizeram duas buscas na minha casa e perseguiram minha família".

Ela rompeu com o governo venezuelano no começo do ano e a assembleia constituinte a removeu de seu cargo. Ela então fugiu para a Colômbia, onde conseguiu asilo político.

Ela disse hoje que o governo venezuelano estava cometendo "sistemáticos abusos de direitos, incluindo tortura e detenções ilegais".

Na semana passada ela prometeu entregar provas de que Maduro e autoridades do governo estavam envolvidos em corrupção. "Há um monte de autoridades envolvidas no caso da Odebrecht", disse Luisa. "O presidente Maduro pegou entre oito e dez milhões de dólares em espécie do governo e deu para uma grande companhia". Fonte: Associated Press.

A nova Assembleia Constituinte da Venezuela destituiu há pouco a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega. A medida sinaliza a intenção do presidente do país, Nicolas Maduro, de avançar rapidamente contra seus opositores e consolidar seu poder em meio à grave crise política do país.

Durante a votação unânime pela saída de Ortega, gritos de "traidora" e "a justiça chegou" irromperam dos 545 delegados pró-governo. Eles declararam que a medida é uma reposta à decisão do Supremo Tribunal do país, que apoia o governo e ontem votou a favor de suspender a procuradora-geral. Ortega apoiou Maduro por muitos anos, mas rompeu com o presidente em meio à escalada dos protestos contra o governo em abril, que ela qualificou como a ruptura do mandatário com a ordem constitucional do país.

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A oposição venezuelana diz que a Constituinte foi lançada por Maduro apenas para retirar poder da Assembleia Nacional, dominada pelos oposicionistas, e para perseguir quem é contra o governo.

Na manhã de hoje, Ortega divulgou que foi impedida de entrar na sede da Procuradoria-Geral por dezenas de guardas da força nacional. Ela alegou que integrantes do governo estavam desesperados para ter acesso a dossiês com informações sobre negócios ilegais realizados por funcionários do alto escalão do governo, incluindo detalhes sobre milhões de dólares pagos em subornos pela empreiteira brasileira Odebrecht. "Sabe o que eles querem com isso? Querem esconder a corrupção e a violação de direitos humanos na Venezuela, que eu vou continuar a denunciar", disse Ortega a jornalistas, fora do prédio da Procuradoria.

Os delegados da Assembleia Constituinte votaram no nome de Tarek William Saab para substituir Ortega. Saab foi recentemente criticado pela administração Trump por não cumprir seu papel como principal representante da defesa dos direitos humanos na Venezuela, após não ter defendido manifestantes contra abusos do governo de Maduro. Fonte: Associated Press.

Neste tão especial dia primeiro de abril, conhecido mundialmente como o Dia da Mentira, nada mais justo do que relembrar as maiores delas que aconteceram em Pernambuco. Para ser mais específico, o LeiaJa.com foi atrás das especulações de reforços mais absurdas que ocorreram em Náutico, Santa Cruz e Sport. Teve quem fosse chegar na Ilha de helicóptero, jogador de Copa do Mundo no Náutico e placar que nunca ficou pronto no Arruda. Confira a galeria das peruas mais famosas do futebol local:

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Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, venceu a eleição presidencial pelo e vai cumprir o terceiro mandato consecutivo, de acordo com autoridades eleitorais do país.

Com cerca de um quinto dos votos contados em uma corrida eleitoral com seis candidatos, Ortega contava com mais e 71% dos resultados prévios de uma eleição chamada de "farsa" pela oposição.

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Críticos afirmaram que a eleição foi injustamente inclinada contra a oposição, mas a mulher de Ortega, Rosario Murillo, parabenizou o processo. Junto de seu marido após o início da contagem dos votos, ela disse que foi "uma eleição histórica e exemplar."

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral da Nicarágua, Roberto Rivas, disse que 65% dos eleitores registrados no país participaram da eleição. A oposição, que pediu que as pessoas boicotassem a votação, afirmou que o número de eleitores foi baixo. O principal movimento de oposição ao partido Sandinista de Ortega "O grande fronte pela democracia" estimou que "mais de 70%" dos eleitores não foram às urnas.

Ortega tem se beneficiado do crescimento econômico estável do país e baixos níveis de violência, comparados com os vizinhos Honduras e El Salvador. Muitos nicaraguenses também citam os programas sociais da primeira-dama como um fator importante para a popularidade do governo.

Observadores eleitorais internacionais foram banidos de participar da eleição. Fonte: Dow Jones Newswires.

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