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O líder do PT no Senado, Humberto Costa, acusou a oposição de “criar uma farsa” para por em xeque “a regularidade de todos os atos de política fiscal praticados pelo Poder Executivo”, mais especificamente a prestação de contas do exercício de 2014 da presidente Dilma Rousseff (PT) – apontada com “pedaladas fiscais” pelo grupo oposicionista a partir de pedidos de explicações feitos pelo Tribunal de Contas da União. 

O senador considerou “absolutamente reprovável” classificar operações rotineiras do Poder Executivo com o pejorativo termo de “pedaladas”. Para ele, a expressão “escancara a posição antirrepublicana” de alguns de querer condenar a presidente pelo que o TCU nem julgou ainda. De acordo com o parlamentar, a postura lamentável é exercida por alguns inquisidores que se propõem a acusar, julgar e condenar ao mesmo tempo. “Usurpadores das competências alheias que, por lhes faltarem as próprias, se sentem como se estivessem acima da lei e dos próprios tribunais”, disparou, da tribuna do plenário do Senado, nessa terça-feira (14).

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“Essa questão é técnica e não iremos permitir a sua politização. Nos últimos anos, o TCU nunca enxergou em atos similares razões que ensejassem quaisquer punições aos Chefes do Executivo”, ressaltou.

Em análise sobre as contas federais do ano passado, os ministros do TCU pediram explicações para o Governo sobre 13 pontos específicos. O tribunal diz que atrasos em repasses do Tesouro Nacional a bancos a título de pagamento de programas sociais descumprem a legislação e chegaram a R$ 7 bilhões em 2014.

O líder do PT disse que as respostas dadas pelos ministros Nelson Barbosa, do Planejamento, e Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União serão enviadas ao TCU até a próxima quarta-feira (22) e demonstram, de maneira muito clara, que todas as ações sobre as quais aquele tribunal pediu mais esclarecimentos já ocorreram em anos anteriores, inclusive em governos passados.

"Não há, rigorosamente, nenhuma novidade sobre elas”, afirmou. Para Humberto, as explicações fulminam os argumentos contrários e eliminam o que ele chama de “cortina de fumaça atrás da qual muitos interesses políticos mesquinhos querem se esconder”. “Para todas as dúvidas do TCU, há réplicas embasadas, em sua larga maioria, sobre jurisprudência consolidada do próprio tribunal”, acredita.

O senador avalia que os procedimentos adotados pelo Governo observaram a lei, respeitaram a forma de interpretação da lei pelos órgãos de controle e são práticas administrativas recorrentes, cobertas por entendimentos jurisprudenciais.

“Houve a racionalidade e a ponderação exigidas ao Poder Executivo; e, no que couber, não há para o Governo Federal dificuldade em se criar – quando houver lacunas – ou se mudar – quando houver imperfeições – quaisquer marcos jurídicos, se esse for o entendimento”, explicou.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu nesta terça-feira, 14, no plenário da Casa, as explicações dadas pelos ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Luis Inácio Adams (Advocacia-geral da União) sobre as chamadas pedaladas fiscais. Costa chamou de "gesto de extrema gentileza e respeito ao Senado" a audiência dos dois hoje na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O líder reiterou a argumentação governista de que as explicações prestadas pelo governo são satisfatórias e que o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) não julgou como irregulares tais manobras no passado. "Não há, rigorosamente, nenhuma novidade sobre elas (pedaladas). Mais do que isso, todas essas ações estão lastreadas em metodologias que nunca foram analisadas como irregularidades graves pelo Tribunal de Contas da União em gestões passadas ou estão em conhecida fase de aperfeiçoamento", disse o senador ao argumentar que a metodologia de atrasar repasses do Tesouro a bancos estatais foi usada no passado e não foi considerada irregular pelo TCU. Costa também frisou que o próprio tribunal, em ocasiões anteriores, chamou as pedaladas de "meros atrasos de curtíssimo prazo".

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O petista disse esperar que as falas do ministro hoje possam "dissipar esse grande tumulto que se tenta fazer sobre a prestação de contas da presidenta". Ele reclamou da politização de uma discussão que, a seu ver, deveria ser técnica e considerou haver uma "cortina de fumaça atrás da qual muitos interesses políticos mesquinhos querem se esconder".

Costa afirmou que o próprio uso do termo pejorativo 'pedaladas' "escancara a posição antirrepublicana daqueles que querem condenar a presidente Dilma" - antes de haver um desfecho no processo do TCU. O senador chegou a chamar de "usurpadores" os quadros da oposição que falam em interrupção do mandato antes de haver um posicionamento técnico do tribunal e a posterior avaliação das contas pelo Congresso Nacional a partir desse parecer do TCU.

Costa disse ter "plena confiança" de que o Tribunal de Contas considerará "absolutamente respondidos" os pontos questionados na prestação de contas do governo Dilma Rousseff em 2014. "Não há uma pergunta que tenha ficado sem resposta tecnicamente precisa e juridicamente embasada", defendeu.

Em meio a ataques de senadores durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, afirmou mais uma vez que o governo não fez nenhuma movimentação ilegal nas chamadas pedaladas piscais. Adams disse diversas vezes que a AGU e o Banco Central não consideram operações de crédito os repasses aos bancos públicos. "Não há, em nenhuma hipótese, transferência de recurso do banco para a união", ressaltou. Ele ponderou ainda que as operações eram contratos de prestação de serviços.

Sobre os questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro fez questão de ressaltar que repasses semelhantes aconteceram em anos anteriores e que eles não podem ser considerados como operações de crédito apenas a partir de 2014. Questionado sobre o cumprimento das decisões do TCU, Adams ressaltou que "é evidente que as decisões do tribunal são e devem ser acatadas".

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Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, defenderam as contas do governo e negaram irregularidades. Segundo eles, o governo usou as mesmas metodologias utilizadas nos anos anteriores, quando as contas foram aprovadas.

O Tribunal de Constas da União (TCU) acusa o governo de ter atrasado o repasse de recursos à Caixa Econômica Federal para pagamento de benefícios sociais como os programas Bolsa Família, seguro-desemprego e abono social. O relator do caso Aroldo Cedraz entende que houve operação financeira do governo para melhorar as contas públicas no atraso do repasse de recursos Tesouro Nacional a bancos e que e isso fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Adams rebateu. “A dinâmica de trabalho que orientou a administração pública foi a observância objetiva de lei, que vem sendo interpretada pelos órgãos de controle, em particular, mas pela administração pública como um todo. Essa jurisprudência se conforma em uma prática administrativa recorrente e que é exercida por esse conforto legislativo e jurisprudencial”, frisou.

O ministro pontuou ainda que o governo não se opõe ao “aperfeiçoamento” das regras, mas que isso não pode gerar punições retroativas. “Para nós, [a metodologia] é algo altamente normal, correto, recorrente, não causa de punição, mas causa de aperfeiçoamento”, ponderou. “Temos dito ao TCU, e quero retomar isso, que não temos, no governo, nenhuma dificuldade em relação a mudanças de jurisprudência que aperfeiçoem o sistema de contas, fiscal, que melhore essa realidade. Isso faz parte do aperfeiçoamento institucional do país”, acrescentou.

Evitando sempre o termo pedaladas fiscais, Nelson Barbosa defendeu a decisão do governo de não fazer o contingenciamento de R$ 28 bilhões no final do ano passado. Para ele, a atitude foi a mais prudente naquele momento. O ministro destacou que, no relatório, o governo condicionou a avaliação feita das contas públicas à mudança da meta fiscal pelo Congresso Nacional. Segundo ele, o relatório foi feito de forma transparente e não houve tentativa de influenciar o Congresso de forma errada. Para ele, foi uma atitude "conservadora".

Ao apresentou dados econômicos para sustentar a defesa do governo de que a situação macroeconômica mudou rapidamente no final de 2014 e início de 2015, o ministro avaliou que usar no relatório efeito de medidas que estavam em tramitação no Congresso não era indicado. "Não era recomendável contingenciar R$ 28 bilhões faltando um mês e 10 dias para o final do ano", argumentou.

Com informações de agências.

 

Após enviar ofício para justificar sua ausência durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que deveria contar com a presença dos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, da Advocacia Geral da União (AGU), Luiz Inácio Adams, o presidente do Tribunal de Conta da União (TCU), Aroldo Cedraz, foi convocado pelos senadores a comparecer à Comissão.

Os senadores se exaltaram após o Tribunal enviar um ofício para justificar sua ausência do presidente. O objetivo da sessão era realizar um debate entre o governo e o TCU sobre as pedaladas fiscais. Com a convocação, o ministro não pode se recusar a comparecer à Casa. Tanto os senadores petistas quanto os da oposição se uniram para criticar a ausência do TCU.

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Com a ausência de Cedraz, o senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) foi o mais exaltado e chegou a afirmar que "Aroldo Cedraz não está apto a ser presidente do TCU". Ainda de acordo com o parlamentar, o ofício é uma afronta ao Congresso Nacional porque não gostaria de comparecer à casa antes da votação do Tribunal. "O presidente comete um grave erro. Ele não tem que gostar ou não gostar, o TCU é uma casa auxiliar do Congresso", ressaltou. Jereissati afirmou ainda que o ofício foi ignorante.

Os senadores Lindbergh Faria (PT/RJ) e José Pimentel (PT/CE) também engrossaram o coro contra a atitude de Cedraz. "TCU tem atuado como se fosse independente e concorrendo com o STF", afirmou Pimentel.

CVM

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou a indicação do advogado Gustavo Rabelo Tavares Borba para diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A indicação entrará na pauta do dia de hoje do Senado. Ele foi aprovado por 22 votos a favor e nenhum voto contra ou abstenção. (

O advogado-geral de União, Luis Inácio Adams, afirmou nesta segunda-feira, 13, que o julgamento das chamadas "pedaladas fiscais" pelo Tribunal de Contas da União (TCU) é uma questão técnica para o governo. "Para os outros, é uma questão política", afirmou sem especificar quem seriam os "outros".

Adams destacou que o governo não pode ser punido "pelo passado" caso o tribunal opte por recomendar aperfeiçoamentos nas regras de gestão fiscal. "Não temos problemas com esses aperfeiçoamentos", disse. "Desde que não tenha punição agora. Evidente, porque você não pode punir o passado".

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O advogado-geral da União ainda ressaltou que qualquer mudança de legislação ou jurisprudência deve apontar para o futuro. "Você não pode condenar o gestor que sempre praticou uma sistemática entendendo que era legal, por mais difícil que seja a realidade, e dizer que vai punir agora", enfatizou.

Adams e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, concederam entrevista coletiva nesta manhã, após participarem de reunião de coordenação política liderada pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

Um dia após almoçar com líderes do PT, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, se reuniu nesta quarta-feira, 8, com os parlamentares do PCdoB para explicar a versão do governo sobre as pedaladas fiscais. "Ele explicou tecnicamente que não tem fundamento a tese das pedaladas", contou o vice-líder do governo, Orlando Silva (PCdoB-SP).

Segundo o deputado, Barbosa informou que o governo já está preparando sua defesa para ser apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU). Para o vice-líder, o ministro conseguiu transmitir segurança aos deputados. "Não houve nenhum tipo de manipulação (das contas)", afirmou Silva.

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Os parlamentares fizeram questão de enfatizar ao ministro que o momento da relação entre o Palácio do Planalto e a Câmara é delicado, que existe um mal humor com o governo, mas que isso poderia ser resolvido se o governo atendesse às demandas parlamentares. "O governo tem de ter sensibilidade política nesta hora", observou o vice-líder.

Os deputados manifestaram preocupação com a votação das chamadas "bombas fiscais" e ponderaram que, se matérias do gênero forem à plenário, o governo tem grandes chances de ser derrotado.

A bancada do PCdoB questionou o ministro sobre a programação do governo após a aprovação das medidas do ajuste fiscal. "Temos de sair da agenda do ajuste", apelou o deputado. De acordo com Silva, os deputados também criticaram a alta taxa de juros que, na avaliação deles, "chegou ao limite". "Ele disse que isso era um tema do Banco Central e que o BC tem autonomia para discutir isso", relatou.

Com a inflação alta e tendo que explicar as finanças para o tribunal de Contas da União (TCU), o presidente do PSDB e senador Aécio Neves (MG) disse, nesta quarta-feira (8) que a presidente Dilma Rousseff está acuada. Para ele, a cada dia a chefe do Executivo federal mostra a fragilidade da própria gestão.

"O que eu vejo é uma presidente acuada, fragilizada. Porque uma presidente da República que tem de vir a público para dizer que não vai cair é uma presidente que não se sente segura no cargo. Isso é algo primário na política", frisou. " Se a presidente conseguir superar as dificuldades que vive hoje, desejo a ela boa sorte. Mas ela não tem salvo-conduto, como nenhum de nós que fazemos vida pública devemos ter", completou.

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Segundo ele, o PSDB continuará apoiando as investigações sobre o esquema de corrupção envolvendo a Petrobras que, inclusive, teria beneficiado as campanhas eleitorais da presidente. O mesmo será feito junto ao TCU, que quer explicações sobre as chamadas pedaladas fiscais. "O que nós da oposição estamos fazendo e forma absolutamente responsável é garantir que as instituições do estado brasileiro e falo do Tribunal de Contas, do Ministério Público, do Poder Judiciário em todas as suas instâncias, inclusive da Justiça eleitoral, tenham as condições de analisar as denúncias que ali chegam, as ações que ali são protocoladas", disse.

Para ele, as tentativas de classificar a oposição como golpista é desespero. “O que temos dito de forma muito clara, apesar de o PT não querer compreender, é que o Brasil vive a plenitude do Estado de Direito onde as regras valem para todos", destacou.

O tucano disse ainda que a inflação alta já era esperada e vinha sendo anunciada desde as eleições do ano passado. "E o que é mais grave. Não foi apenas a mentira que por si só já extremamente condenável, principal ente quando vem do presidente da República, mas foi o adiamento da tomada de medidas corretivas, única e exclusivamente para garantir-se a vitória no pleito eleitoral", disparou. Ele classificou a presidente e a equipe econômica como "irresponsáveis" e lembrou que a sociedade já mostra que não confia mais no governo, como tem sido mostrado nas últimas pesquisas de avaliação da gestão da presidente.

O governo vem tentando “convencer” que as manobras fiscais são comuns, já prevendo a derrota no TCU. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o advogado-geral da União, o ministro Luís Inácio Adams, apresentaram à bancada do PT na Câmara dados que mostram que o TCU avaliou como regulares, em anos anteriores, práticas semelhantes às "pedaladas fiscais". "Trazemos ao Congresso que esses apontamentos foram entendidos no passado como regulares. Essa realidade existiu em 2000, 2001, 2002 e assim por diante e foram situações consideradas regulares pelo tribunal", afirmou Adams. "Toda a atuação fiscal segue a lei vigente em anos anteriores e neste ano também", acrescentou Barbosa.

Sobre isso, Aécio foi categórico. “Desculpa esfarrapada. ‘Foi feito lá atrás’.  Se foi feito lá atrás, eles deveriam ter denunciado. Mas nada justifica o que está sendo feito agora. É como se, para justificar o assalto que foi feito à Petrobras, pudessem dizer: há 60 anos que tem corrupção na Petrobras, então vamos continuar roubando. É isso que o PT quer dizer aos brasileiros?”, questionou.

Pouco antes de participar da reunião do conselho político com a presidente Dilma Rousseff, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, saiu nesta segunda-feira, 6, em defesa das "pedaladas fiscais" e disse que todos os procedimentos adotados pela equipe econômica no ano passado estão de "acordo com a lei". O ministro também garantiu o comprometimento do governo no pagamento de emendas parlamentares, constante alvo de insatisfação no Legislativo.

"Vamos falar de várias coisas (na reunião do conselho político). Não vou convencer as pessoas. Vou simplesmente apresentar a verdade: todas as operações que foram feitas estão de acordo com a lei e já foram objeto até de aprovação pelo TCU em exercícios anteriores", comentou Barbosa, depois de participar de coletiva de imprensa em que o Planalto anunciou o encaminhamento ao Congresso Nacional da medida provisória que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

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A presidente Dilma Rousseff convocou Barbosa e o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, para a reunião com presidentes de partidos e líderes da base aliada.

Uma das principais preocupações de auxiliares da presidente é que uma eventual reprovação das contas dê munição à oposição para a abertura de um processo de impeachment no Congresso Nacional. O Planalto tem até o dia 22 de julho para apresentar os esclarecimentos solicitados pelo TCU.

Emendas

Questionado sobre a crise política e a liberação das emendas parlamentares, Barbosa afirmou que há a previsão do pagamento impositivo de R$ 5 bilhões e que o governo ainda discute a situação dos novos parlamentares. "Este ano vamos pagar pelo menos os R$ 5 bilhões do orçamento impositivo como manda a lei", disse. "Faz parte da boa execução do orçamento garantir a execução da emenda."

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, relator do processo que avalia as contas da presidente Dilma Rousseff referentes a 2014, voltou a defender o caráter técnico de seu parecer sobre o assunto. "O trabalho do TCU é técnico, ele é feito por técnicos. Eu só tomei a decisão de rejeitar ou aprovar (as contas) com ressalvas. Eu poderia aprovar com ressalvas, mas me propus a rejeitar", disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, antes de participar de painel sobre governança no Congresso dos Municípios do Rio Grande do Sul, na capital gaúcha. "É uma decisão técnica, não há decisão política."

O TCU, de forma inédita, fixou prazo de 30 dias para que a presidente explique pessoalmente, por ofício, irregularidades de R$ 281 bilhões no balanço apresentado pelo governo federal em 2014, entre elas as chamadas "pedaladas fiscais", no valor de R$ 37,1 bilhões.

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Segundo ele, há uma série de razões que justificam as ressalvas com relação às contas do governo, entre elas práticas de má governança que abrangem estatais como a Petrobras. "A Petrobras valia R$ 350 bilhões e hoje vale R$ 150 bilhões. São R$ 200 bilhões de perdas", afirmou. "Quando há um exagero, quando há uma decisão que não avalia os riscos, como é o caso das 'pedaladas', como é o caso da Petrobras, em que os riscos não estão avaliados conforme a sociedade espera, pode acontecer uma situação crítica como a que estamos vivendo hoje."

De acordo com o ministro, só será possível fazer uma nova avaliação sobre as contas do governo após a manifestação da presidente, que deve ocorrer até o dia 22 de julho. "Por enquanto estou me manifestando com relação ao voto anterior, que é o voto em que propus a rejeição e dei o prazo de 30 dias para esclarecimentos, para poder viabilizar o debate", revelou.

Nardes também disse que "há informações" de que o governo teria mantido este ano as manobras contábeis conhecidas como "pedaladas fiscais". Segundo ele, isso, se confirmado, agravaria, no futuro, a análise das contas relativas a 2015. "Estão acompanhando isso, mas ainda preciso consultar a minha área técnica (sobre a suposta continuidade das 'pedaladas')", afirmou. "Ainda não sei ao certo."

LRF - Em palestra na manhã desta quinta (2) para representantes de Prefeituras do Rio Grande do Sul, Augusto Nardes usou o caso em andamento para pregar práticas de boa governança em todas as esferas. "O governante só pode gastar o que tem. A lei tem que valer para o prefeito, o governador e a presidenta. A grande questão é como fazer a cooperação entre União, Estado e municípios, colocando a sociedade em primeiro lugar", disse durante sua apresentação. "Não aprovei as contas da presidente, mas poderia ter sido com qualquer governante, porque o princípio (da Lei da Responsabilidade Fiscal) é o mesmo para todos."

De acordo com o ministro, se não houver planejamento, o dinheiro será mal aplicado, seja no âmbito municipal, estadual ou federal. "É preciso ter boas práticas de governança, isso é essencial para garantir competitividade ao País", disse.

Senado - O ministro do TCU disse ainda que não vê problema em comparecer à audiência pública no Senado para discutir os impactos econômicos derivados das irregularidades verificadas pelo TCU. "Não recebi ainda o comunicado, mas não vejo dificuldade. Deverei comparecer", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Nardes explicou que, a princípio, só não participará da audiência se a data que for marcada coincidir com suas férias. "Devo sair uma semana ou 15 dias, a partir do próximo sábado."

O requerimento para a realização da audiência pública, aprovado na última terça-feira pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, prevê o convite a outras cinco autoridades: o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams; o procurador do Ministério Público junto ao TCU, Marcelo Oliveira; o especialista em contas públicas Mansueto Almeida; o auditor do TCU Antônio Carlos Costas Dávila Carvalho Junior; e o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco.

Os líderes dos partidos de oposição no Congresso Nacional decidiram, nesta terça-feira (30), planejar as próximas ações do grupo em fiscalização ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, eles definiram que vão atuar a partir de três pontos. 

O primeiro diz respeito às chamadas “pedaladas fiscais” identificadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Pediremos ao Tribunal que investigue a continuidade ‘pedaladas fiscais’ em 2015. O TCU já investiga as ‘manobras’ referentes ao ano passado, mas a prática que desrespeita a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) continua sendo realizada”, detalhou. 

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Como segunda iniciativa, os oposicionistas vão encaminhar a Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra o ministro da Comunicação, Edinho Silva (PT), e a presidente por extorsão. A prática, segundo o democrata, foi denunciada pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa.

Já a terceira ação será pedir que o teor da deleção premiação do empresário ao Ministério Público Federal seja compartilhado com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  “A presidente precisa se explicar. Não podemos aceitar que tantas denúncias fiquem sem resposta. Chega de mentiras”, argumentou o líder da bancada de Oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB).

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), pediu nesta quinta-feira (18) que o Tribunal de Contas da União (TCU) tenha isenção no julgamento das contas do governo da presidente Dilma Rousseff em 2014. "Esperamos que o tribunal não se torne instrumento político contra o governo", disse o petista.

Numa decisão inédita, a Corte deu ontem 30 dias para que Dilma explique as irregularidades apontadas pelas área técnica do tribunal. O TCU cobrou respostas do governo de 13 pontos, três dos quais ligados as chamadas pedaladas fiscais. Esse tipo de operação, revelada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ocorre quando há um represamento de despesas contábeis.

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O líder do PT avaliou que, em governos anteriores, o TCU aprovou contas do Executivo diante de indícios de irregularidades mais graves. Ele defendeu que o Congresso cumpra seu papel de julgar as contas e, se o Legislativo não o fez, deve ter sido por temer repercussões econômicas.

Desde 2002, o Congresso não julga contas do governo de um presidente da República. Desde a redemocratização, constam como pendentes de julgamento três contas do ex-presidente Fernando Collor (1990, 1991 e 1992) e uma de Fernando Henrique Cardoso (2002).

Já o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), considerou que o tribunal tomou uma decisão "equilibrada" para discutir melhor a prestação de contas do governo. Para ele, a medida fortalece as instituições. "O governo vai levar (ao TCU) as justificativas necessárias", disse, elogiando a atuação do órgão.

A presidente da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, Soraya Santos (PMDB/RJ), informou nesta quarta-feira (17) que a comissão pretende convidar membros do Banco Central para uma reunião extraordinária para debater as "pedaladas fiscais". "Como o Banco Central tem ciência sobre o assunto, gostaríamos de saber o que os diretores têm a dizer sobre o tema", justificou. A nova data ainda não foi marcada, mas deve ocorrer antes da próxima reunião normal, prevista para daqui a dois meses.

Nesta quarta, o diretor de regulação do Banco Central, Otávio Damaso, esteve na comissão para participar de encontro bimestral. O tema de hoje, conforme a presidente, foi a inflação e como o BC vê a possibilidade de entregar o IPCA no centro da meta de 4,5% no ano que vem. A reunião de hoje durou pouco mais de duas horas, mais longa do que de costume.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) adiou o julgamento das contas do governo de Dilma Rousseff do ano passado para que a presidente Dilma preste esclarecimentos sobre os achados da Corte no balanço das contas públicas de 2014. Uma das desconfianças é a de que houve atrasos nos repasses do Tesouro Nacional a bancos oficiais, o que se caracterizaria como descumprimento da lei. Para o governo, no entanto, não houve descumprimento da lei.

Na véspera da votação das contas da presidente Dilma Rousseff, um grupo de senadores, liderados pelo tucano Aécio Neves (MG), visitou ministros do Tribunal de Constas da União (TCU) para pedir que eles condenem a petista pelas chamadas "pedaladas fiscais".

"O governo do PT, o governo da presidente República, desrespeitou a Lei da Responsabilidade Fiscal. As chamadas pedaladas estão aí consolidadas, caracterizadas, comprovadas. Agora, nós vamos aguardar a decisão do Tribunal de Contas, que pode ter consequências graves para o futuro", disse Aécio.

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Na prática, a decisão do plenário do TCU desta quarta pode dar elementos à oposição para um possível pedido de impeachment de Dilma por "crime de responsabilidade". Eles já entraram com uma ação criminal na Procuradoria-Geral da União contra a presidente por conta disso.

Além de se encontrar com o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, o grupo também teve uma audiência com o ministro Augusto Nardes, relator das contas de Dilma em 2014. Segundo Aécio, a oposição confia no relatório que será apresentado por Nardes, pois ele tem demonstrado que "faz uma análise muito profunda e muito técnica de todos os aspectos das contas da presidente". O ministro tem sinalizado a interlocutores que vai dar parecer pela reprovação das contas da petista.

As ‘pedaladas fiscais’ do governo da Dilma Rousseff (PT) serão temas de uma audiência na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (6). A discussão, promovida pela Comissão de Finanças e Tributação, contará com a  participação do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa. Ele deve esclarecer as justificativas da gestão quanto as operações financeiras que têm prejudicado bancos e municípios.

O evento foi solicitado pelos deputados Elizeu Dionizio (SD-MS), Zé Silva (SD-MG) e Artur Oliveira Maia (SD-BA). Na justificativa, eles apontam que o governo federal atrasou repasses de pagamentos de benefícios para "maquiar" suas contas públicas. E, em razão disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou o imediato pagamento aos bancos públicos, além de aprovar audiência para ouvir gestores responsáveis por aqueles repasses. 

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Segundo relatório do TCU, houve atrasos consideráveis nos repasses para a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o pagamento de benefícios como seguro-desemprego, Bolsa Família, abono salarial, a equalização da safra agrícola e o Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

O Tribunal de Contas da União (TCU) negou nesta quarta-feira, 29, recursos do governo federal contra decisão que apontou irregularidades em manobras da equipe econômica, conhecidas como "pedaladas fiscais". A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Banco Central apresentaram embargos de declaração, nos quais tentavam evitar determinações como a convocação de autoridades para explicar as falhas apontadas e o envio de relatório de auditoria para o Ministério Público Federal (MPF).

Os ministros da Corte seguiram o voto do relator, ministro José Múcio, segundo o qual não cabe reconsiderar nenhum ponto do acórdão. Sobre a remessa ao MPF, Múcio argumentou que "não cabe ao TCU tratar de determinadas "ilicitudes". Segundo ele, "não há sentido em se aguardar o desfecho do processo administrativo, que tem outra finalidade, para só então fazer as comunicações aos órgãos interessados".

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No último dia 15, o TCU julgou irregular a prática de "pedalar" as contas públicas, que consiste em atrasar repasses do Tesouro Nacional aos bancos federais para o pagamento de benefícios sociais. Esse tipo de operação permitiu que, sobretudo em 2013 e 2014, o governo Dilma Rousseff inflasse artificialmente seus resultados para melhorar o superávit primário (economia para o pagamento da dívida). Para o tribunal, houve descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e irregularidade passível de ser enquadrada, na esfera penal, como crime de responsabilidade. A AGU informou que vai recorrer novamente contra a decisão.

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