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Os ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, acolheram pedido do Ministério Público Federal e arquivaram o inquérito que investigava o governador do Rio, Luiz Fernando de Souza, o Pezão (MDB).

Instaurado para apurar crimes contra a administração pública e de lavagem de dinheiro, o inquérito foi mantido em relação aos demais indiciados, devendo seguir seu curso na 13.ª Vara Federal de Curitiba, por ausência de foro privilegiado dos investigados. As informações foram divulgadas no site do STJ.

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O inquérito foi aberto pelo Ministério Público Federal a partir de depoimentos obtidos por meio de acordo de delação premiada, que apontavam Pezão e outros investigados como supostos beneficiários de propinas na forma de doações em dinheiro para as campanhas eleitorais de 2010 e 2014.

Pedido e ratificação

A decisão da Corte Especial, proferida na tarde desta quarta-feira, 21, acolheu pedido formulado em março de 2017 e ratificado em janeiro deste ano pelo Ministério Público Federal, o qual afirmou "não ter encontrado indícios mínimos que justificassem a abertura de ação penal contra Pezão após o encerramento da investigação feita pela Polícia Federal".

O ministro Luis Felipe Salomão, relator do inquérito no STJ, explicou que o pedido formulado vincula o STJ, já que o Ministério Público é o titular da ação penal, cabendo a ele "avaliar e considerar os elementos indiciários juntados aos autos, perquirindo a existência de justa causa, capaz de disparar o exercício da persecução criminal, no interesse da sociedade".

Assim, se o MPF decide pedir o arquivamento, ao STJ não resta alternativa senão acolher o pedido.

De acordo com o ministro, foram realizadas diversas diligências, tais como perícias em mídias e arquivos de dados apreendidos, colheita de depoimentos em acordos de delação premiada, análise de documentos e processos administrativos, quebra de sigilo de dados telefônicos, relatórios de comissões administrativas de sindicância e, ao fim, constatada a ausência de elementos que envolvessem o atual governador.

Segundo Salomão, "não há razão para o prosseguimento do presente procedimento nesta instância", não competindo ao Poder Judiciário, "neste momento, fazer juízo de valor acerca dos elementos de prova deste procedimento preliminar".

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou na quinta-feira (8) uma ação civil pública contra o governador Luiz Fernando Pezão, por ato de improbidade administrativa, com pedido de afastamento do cargo. Pezão foi acusado de não ter aplicado 12% na área da saúde, em 2016, percentual mínimo previsto na Constituição Federal. 

Segundo a coordenadora do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC), do MPRJ, Patrícia Villela, há uma divergência na metodologia aplicada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pelo MPRJ. Ambas as contas apontam a aplicação abaixo do mínimo exigido.

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O TCE mostrou que em 2016 apenas 10,42% do orçamento do Estado foram gastos com saúde, o que corresponde a uma diferença de R$ 574 milhões a menos do que o percentual mínimo. Para o MPE, também deve ser contabilizado nessa diferença um total de R$ 1,907 bilhão em valores empenhados e liquidados, mas que não estavam cobertos pelo fundo de saúde e não teriam sido efetivamente pagos, o que foi comprovado com notificações feitas por fornecedores da Secretaria de Estado de Saúde.

“O TCE computou nesse percentual algumas despesas que o estado do Rio de Janeiro teria empenhado e liquidado - que é certificar que aquele serviço foi prestado -. Mas não havia disponibilidade de caixa para o pagamento de tudo o que foi liquidado. Essa é a diferença. O MPE não computa no percentual da verba aplicada a diferença daquele valor que foi liquidado mas não tinha disponibilidade de caixa no Fundo Estadual de Saúde”, explicou Patrícia.

A assessoria de Pezão informou, por nota, que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) recorreu da ação no Supremo Tribunal Federal. No ano passado, o MPRJ já havia entrado com uma ação por improbidade administrativa contra o governador, com base em uma representação feita pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro. A denúncia do órgão de classe aponta falhas nos investimentos na área da saúde por parte do governo fluminense em 2015.

Na nota, o governo afirma que o descumprimento do índice em 2016 “foi plenamente justificado pelos arrestos e bloqueios de mais de R$ 8 bilhões nas contas do Estado naquele ano” e que essa justificativa foi submetida e aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado, “a quem cabe apreciar as contas do Estado”.

O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, explicou que a denúncia contra um governador é atribuição originária do cargo de procurador-geral. Segundo ele, mesmo que a denúncia não seja julgada até o fim do mandato de Pezão, que termina em 31 de dezembro, a ação é importante para que se tenha um entendimento de tribunais superiores sobre casos parecidos.

“Essa questão não se restringe ao Rio de Janeiro, então reforço a questão que a judicialização de um caso como esse é importante para o Brasil inteiro. A modulação pelos tribunais superiores vai dar uma diretriz mais segura, inclusive para os próprios gestores. Não há a menor possibilidade que a ação chegue ao seu fim ainda em 2018, mas ela é muito importante para balizar a matéria em âmbito nacional. Questões como essa são extremamente controvertidas e uma análise de tribunais superiores sobre a matéria é muito importante”.

A ação pede a ressarcimento integral do dano e a perda da função pública, com suspensão dos direitos políticos por até 8 anos, além do pagamento de danos morais coletivos de R$ 5,7 milhões.

Ao explicar que o processo que culminou com a intervenção foi precedido por diversas conversas, o presidente da República, Michel Temer, revelou que recebeu até a sugestão de que o governo federal destituísse o governador Luiz Fernando Pezão. "Seria muito radical e refutei", disse, sem querer nomear o autor da ideia. "Foi uma conversa generalizada. Aconselharam, mas quem toma as decisões é o presidente", disse. Segundo Temer, durante o processo de decisão "não houve nenhuma ordem dos militares", apenas "consultas e trocas de ideias".

Mesmo classificando a intervenção na Segurança Pública do Rio como "jogada de mestre", o presidente disse nesta sexta-feira (23) que não colocou as Forças Armadas "numa fria" e ressaltou que o sucesso ou não da operação será uma responsabilidade do seu governo. "Se não der certo, não deu certo o governo, porque o comandante supremo das Forças Armadas é o presidente da República", disse, ressaltando que os militares "nada mais fizeram do que obedecer ao seu comandante".

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Temer assegurou que as tropas terão respaldo para agir até em episódios que exijam confronto e, conforme a lei, o julgamento de casos acontecerá na Justiça Militar. "Esperamos que não aconteça. Se houver necessidade e for necessário é para partir para o confronto", destacou Temer, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

O presidente fez questão de ressaltar que a ideia da intervenção não é agredir os direitos humanos e salientou que no ministério da área está sendo criado um grupo para acompanhar as ações. "Se não me engano, no Ministério Público também vão acompanhar."

Sobre o monitoramento em comunidades carentes, Temer disse não se tratar de ocupação e sim de "inspeções". "Tenho certeza de que apoiadas pelos moradores", afirmou. "O que não se podia suportar mais é crianças morrendo com balas perdidas, jovens, soldados, as escolas fechadas", completou.

Radical

Para o presidente, a violência no Rio chegou a um ponto que, se não houvesse a intervenção, não seria mais possível habitar a cidade. Para refutar mais uma vez a hipótese de que as Forças Armadas estariam no comando, Temer disse que decretou uma intervenção "cooperativa e não militar". "É uma intervenção civil, mas se escolheu um nome de um militar (para ser o interventor)", disse, em referência ao general de Exército Walter Souza Braga Netto, interventor na segurança do Rio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 19, na Favela da Rocinha, que a intervenção federal na segurança do Estado não implica o investimento de dinheiro na polícia militar ou civil.

"Não vai entrar dinheiro nenhum para frota, para combustível. Isso tudo estamos vencendo agora, compramos mil veículos para a PM", afirmou o governador, durante reinauguração da Biblioteca Parque, na comunidade. "Mas não consigo dinheiro num estalar de dedos, minha prioridade era pagar os salários em dia; agora vamos renovar a frota, vamos comprar 200 blindados para uso em áreas conflagradas.

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Até agora não foi discutido nenhum aporte novo de recurso para a segurança, segundo o governador. "Mas vamos esperar, vamos esperar a aprovação no Congresso", disse o governador. "Fuzil é arma de guerra em qualquer lugar do mundo. Quando um cidadão porta um fuzil, o que aparece em qualquer lugar do planeta são as Forças Armadas para combater, não é a polícia."

Policiais no Rio de Janeiro estão sendo mortos "como galinhas", afirmou nesta segunda-feira, 29, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, em reunião com líderes comunitários e moradores da Rocinha. O emedebista lembrou que no ano passado 134 policiais foram assassinados, afirmou que as favelas são dominadas por fuzis e responsabilizou usuários por alimentar o comércio ilegal de drogas.

"Uma série de pessoas fica questionando (a política de segurança) no asfalto, mas alimenta o tráfico de drogas. Isso é uma grande vergonha. Se tem guerra pelo comando é porque tem consumidor e dá dinheiro. (As favelas) São territórios dominados por fuzis. Eu quero que vocês me ajudem também, me deem o caminho", disse aos moradores da Rocinha, cenário de confrontos armados pelo controle do tráfico desde setembro do ano passado - os líderes foram reclamar da situação da comunidade. "Eu não quero botar Polícia lá trocando tiro o tempo inteiro. Eu só quero policial morto? No Rio ano passado foram 134, isso não é normal. Se mata (sic) Polícia aqui como se mata galinha. Isso não é normal".

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Pezão se comprometeu a debater formas de policiamento com a Secretaria de Segurança e se reunir novamente com os líderes comunitários daqui a 15 dias. Também reclamou do que considerou falta de policiamento nas estradas federais que cortam o Estado.

"Infelizmente o Rio é uma peneira porque é cercado de rodovias federais. Eu não posso patrulhar as rodovias e a Baía de Guanabara, e isso foi dando aqui dentro do Rio um verdadeiro arsenal. Não é normal ter numa comunidade 200 fuzis, na outra 300 fuzis, não dá. (...) Nós temos que fazer uma grande campanha pelo desarmamento", afirmou.

 

Prisão

Um homem acusado de participar da mais recente tentativa de invasão à favela da Rocinha, em 17 de setembro do ano passado, foi preso nesta segunda-feira enquanto trafegava por Ipanema, na mesma região, em um mototáxi. Lohan de Andrade Lima, conhecido como LH, seria comparsa de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que liderava o tráfico na favela e foi atacado pelo grupo liderado por Antonio Bonfim Lopes, o Nem.

Lima passava pela rua Barão da Torre na garupa de um mototaxista quando, na esquina com a Rua Farme de Amoedo, foi parado por policiais militares. Eles faziam uma blitz e suspeitaram da dupla. Os dois foram levados à 14ª DP (Leblon), onde a Polícia constatou que Lima tinha mandados de prisão em aberto por homicídio, tortura e tráfico de drogas e o prendeu. Ele não resistiu.

Um homem foi baleado durante troca de tiros entre policiais militares e criminosos, na Cidade de Deus (zona oeste do Rio), na manhã desta segunda-feira. Ele sobreviveu e está internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca (zona oeste), mas até as 18h30 não havia informações sobre seu estado de saúde.

Segundo a PM, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Cidade de Deus estavam patrulhando uma região conhecida como Apartamento, por volta das 8h30, quando se depararam com criminosos armados e teve início a troca de tiros. Nenhum PM se feriu e ninguém foi preso. Uma pistola foi apreendida.

No Morro da Providência, no Centro do Rio, também houve tiroteio na manhã desta segunda-feira. Segundo a PM, policiais da UPP local foram recebidos a tiros enquanto patrulhavam uma região conhecida como Pedra Lisa. Ninguém se feriu nem foi preso. Por medida de segurança, a linha 2 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) não circulou entre 9h35 e 10h.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, sancionou nesta quinta-feira (10) o orçamento do estado para 2018. A lei 7.844/18, aprovada pela Assembleia Legislativa (Alerj) no dia 14 de dezembro passado, foi publicada no Diário Oficial. Pezão vetou sete artigos que foram incluídos no texto por meio de emendas parlamentares.

A previsão é que o estado do  Rio de Janeiro terá, neste ano, um déficit de R$ 10 bilhões, diferença entre a receita líquida projetada de R$ 63,1 bilhões e despesas de R$ 73,1 bilhões.

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De acordo com a Alerj, o maior gasto do governo em 2018 deverá ser com salários e com o pagamento de aposentados e pensionistas, envolvendo recursos, respectivamente, da ordem de R$ 23,6 bilhões e R$ 17 bilhões. A área da segurança receberá o maior volume de recursos (R$ 11,5 bilhões) em 2018, seguida da educação (R$ 7,7 bilhões) e saúde (R$ 6,6 bilhões).

Também foi aprovada e sancionada hoje a revisão do Plano Plurianual (PPA) 2016-2019, que estabelece as metas para o período. O plano é atualizado todos os anos.

Para o presidente da Comissão de Orçamento da Alerj, deputado Gustavo Tutuca (PMDB), o governo fluminense mostrou cautela em relação às previsões de arrecadações e pode, inclusive, não ter déficit este ano. Tutuca acredita que a arrecadação pode ser maior que a projetada.

“O governo foi cauteloso e não colocou, por exemplo, todas as receitas que devem entrar no caixa do estado com o Regime de Recuperação Fiscal. Poderemos inclusive não ter déficit”, avaliou.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, anunciou nesta sexta-feira, 29, que não voltará a disputar cargos políticos, o que faz desde 1982. Se dizendo "cansado" e vendo "pouco espaço para quem quer fazer, entregar", o político afirmou que sai do governo em 2018 "de cabeça erguida", mas que vai se aposentar. "Quando acabar o mandato, vou deixar a política, vou procurar emprego", disse.

"Eu acho que a política mudou muito, para quem gosta de entregar está cada vez mais difícil fazer as coisas. Hoje tem muito mais gente para falar não, para fiscalizar, hoje as pessoas mostram como um trunfo reprovar contas de 21 gestores em 23, então acho que o País não está propício para quem quer trabalhar, entregar, se não fizer um pacto pelo fazer eu acho que vai ficar prevalecendo o não fazer", declarou Pezão após o lançamento do Programa Dinheiro Direto nas Escolas, que vai destinar R$ 27,6 milhões para escolas estaduais e municipais do Rio de Janeiro.

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Apesar de também beneficiado, o prefeito da capital Marcelo Crivella não apareceu na cerimônia - fato que foi notado pelos políticos presentes.

Pezão disse ainda que confia na juventude que está aparecendo na cena política, e citou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEN-RJ), presente no evento, e o ex-prefeito Eduardo Paes.

"Quero terminar 2018 com a cabeça erguida, colocando as contas em dia e mostrando que o Rio sabe fazer responsabilidade fiscal também", afirmou Pezão.

Por volta as 10h30 deste sábado (9), a doméstica Cátia Bezerra, 31, chegou acompanhada da família à orla da Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Após definir o local que iriam sentar, o marido fincou o próprio guarda-sol na areia e ela colocou as cadeiras de praia que trouxe embaixo da sombra. Cátia não esconde o espanto e a sensação de desagrado com a estrutura de um grande bar montado em cima da areia, ali bem perto, ao seu lado.

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“Daqui a pouco eles estão cercando, né? Eu acho isso muito errado porque eles tomam conta do espaço total e, quando chega alguém com cadeiras, ficam te olhando com nojo como se fosse eles fossem chiques porque estão em um local cheio de privilégios. Eles dizem que têm essa licença da prefeitura, mas a praia é de todos e posso ficar no lugar que eu quiser”, afirmou Cátia.

A mulher se refere ao novo estabelecimento ‘Pezão Prime’, inaugurado nas areias de Piedade na manhã deste sábado. O espaço é um empreendimento de Carlos Vasconcelos, o mesmo responsável pela Barraca do Pezão, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Cátia, que sempre aos fins de semana gosta de ir à praia descansar, veio da Avenida Caxangá até Jaboatão porque no Recife tem dificuldade de encontrar um local onde possa montar sua própria estrutura de acomodação.

Ao lado de seu guarda-sol, dezenas de outros de cor amarela com o patrocínio de uma cerveja nacional ocupam um espaço de cerca de 40m², de acordo com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. O Pezão tem uma estrutura com capacidade para cem barraquinhas e quase 400 pessoas. O luxuoso e diferenciado serviço segue o mesmo molde do espaço recifense, ocupando a areia da praia para proporcionar um local exclusivo às pessoas que vão consumir os produtos e o conceito.

Às 11h o público no Pezão ainda era tímido e a estrutura prometida no projeto-base, divulgado nas redes sociais, não estava completa. Faltavam os brinquedos para as crianças, a área de massagem, os banheiros e o lounge com os DJs. “Ainda estamos montando tudo, não está completo. A gente só veio somar e criar um novo polo diferenciado nessa área. Não vim tirar o lugar de ninguém aqui, só quero agregar”, disse Carlos Pezão.

Apesar de o empresário garantir uma relação amistosa com os barraqueiros da orla, uma comerciante se aproximou do local para filmar as barracas e disse que nenhum trabalhador da região concorda com o novo empreendimento. Ela, que preferiu não se identificar, informou ao LeiaJá que vai realizar um abaixo-assinado com outros barraqueiros para pedir explicações da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes.

“Eu tenho uma barraca em Piedade há 24 anos e sei do sacrifício que é para um pai ou mãe de família colocar um isopor ou uma carrocinha aqui. Não entendo porque foi tão fácil para eles botarem todas essas cadeiras. Nesse mesmo lugar que eles estão ocupando, tinha um amigo barraqueiro que foi retirado daí”, conta a comerciante.

Para ela, é errado o Pezão poder ter 100 acomodações, enquanto outros barraqueiros só podem ter até 30. “O direito de um é o de todos. Eles não podem botar essa estrutura com show e tudo sem seguir a lei como seguimos há anos”, lamenta. Durante a entrevista, um comerciante chamado Zezinho telefona para a mulher e diz que também vai protestar após ter conhecimento da inauguração do empreendimento na região.

Presente no local, o secretário-executivo de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo do Jaboatão dos Guararapes, André Trajano, conta que houve uma preocupação da gestão em mediar essa relação do Pezão com os trabalhadores locais da orla. “Esse era um espaço vazio e o barraqueiro mais próximo achou interessante a ideia de movimentar a área”, disse.

O Pezão Prime faz parte do Projeto Clube de Praia, iniciativa com investimento do ‘Jaboatão Investe’. O local conta com licitação legal da gestão municipal e pretende agradar os banhistas frequentadores da orla. “Demos entrada na Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para ter a autorização dentro dos parâmetros sustentáveis e todos os equipamentos montados serão retirados no mesmo dia às 17h, respeitando a legislação local”, explicou Trajano.

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Questionado se existiu algum tipo de problema com os barraqueiros, o empresário Carlos Pezão negou. “A nossa relação com eles é amistosa. Se eles querem uma estrutura igual a nossa, enviem um projeto com documentos para a prefeitura. Eu tirei tudo e paguei todas as taxas”, concluiu.

Entenda o caso

Cadeiras com mesas personalizadas, ombrelones, áreas para massagem, tendas, bar, banheiros químicos, espaço com playground para crianças, jogos de mesa e lounge com conforto acessibilidade, além de palco sunset e amplo estacionamento garantido. A estrutura oferecida parece um serviço de show privado ou de evento em casas de festa. Mas, na verdade, as instalações vão compor o novo cenário de um trecho da Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.

Em entrevista ao LeiaJá, Carlos Pezão, como é conhecido entre os frequentadores do estabelecimento em Boa Viagem, confirmou a inauguração do espaço VIP e explicou que foram dois anos de pesquisa para lançar o negócio que tem capacidade para até 400 pessoas. “A gente fez uma ampla pesquisa com as pessoas e o que elas acham de um atendimento com esse serviço. Eu sinto fala disso, se você vai à praia geralmente o atendimento é ruim, não tem diversidade de bebidas e nem de comidas”, comentou o empresário.

No empreendimento de Boa Viagem, ele já enfrentou alguns problemas de licença com a Prefeitura do Recife por causa do tamanho do espaço ocupado na areia da praia e teve de reduzir. O ‘Pezão Prime’ também vai contar com uma casa de apoio na frente da orla com ‘bioduchas’ ecologicamente corretas e varanda com espaço para vinte mesas para o cliente que deseje mais conforto. A ideia de Carlos é proporcionar um “final de tarde feliz” aos seus frequentadores.

Para Raquel Meneses, urbanista e pesquisadora do Instituto de Pesquisa e Inovação para as Cidades (Inciti), os usos do espaço público precisam ser pactuados com os usuários do local porque  nenhum espaço pode ser sustentável ou justo se os acordos de convivência não são traçados de forma horizontal e colaborativa. “Parte desse processo é entender o lugar e seus usuários, ouvi-los, para só então propor algum novo uso, equipamento ou mesmo requalificação. É imprescindível que os gestores público acompanhem essa discussão. Quem eram os usuários dessa área antes dessa implantação e quem vai se beneficiar desse equipamento? É importante que a cidade tenha clareza das regulamentações, acordos e compensações”, detalhou a pesquisadora.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta quarta-feira, 22, que a prisão dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho "é da democracia" e faz parte de um "processo" pelo qual o Brasil todo está passando. Em entrevista na Câmara dos Deputados, na capital federal, o peemedebista afirmou que todos os três ex-governadores presos - o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) também está preso - têm direito de defesa.

"É da democracia, cada um dentro do seu fórum competente vai se defender. O País todo está passando por esse processo, agora no Rio mais acentuado. Mas é da democracia. O País vai ser outro. Com certeza que, em 2018, vai ser outro País. Que se dê direito de defesa a eles", afirmou Pezão. O governador disse não saber o motivo por que Garotinho e Rosinha foram presos hoje. "Todos que estão presos têm direito a defesa, ele, ela, todos que estão lá", disse.

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Garotinho e Rosinha foram presos pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira no Rio. Eles são acusados de crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais. A denúncia relata arrecadação de caixa 2 junto a oito empresas, entre elas o frigorífico JBS.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), declarou à Justiça nesta segunda-feira, 2, que "só assinava" os editais de licitação das obras do PAC das Favelas e Maracanã. Elas são investigadas em processos na 7.ª Vara Federal Criminal do Rio por suspeita de terem sido contratadas mediante pagamento de propina. Pezão foi secretário de Obras do ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) no período sob investigação.

Pezão depôs como testemunha de defesa de Cabral. Negou saber da existência, nos editais de licitação para obras do PAC das Favelas, de cláusulas escritas para restringir a participação de empresas que não tivessem feito acertos financeiros com o governo. Também negou saber que um mesmo documento, com firma reconhecida, teria sido compartilhado entre empresas para possível cartelização das obras. A prática seria ilegal e restritiva da concorrência.

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"Essa documentação não era levada ao senhor?", perguntou o juiz Marcelo Bretas.

"Isso ficava subordinado ao Hudson Braga (subsecretário de Obras, hoje preso)", respondeu Pezão. "Era ele que fazia essas licitações, eu só assinava no final. Não participava dessa cartelização, da escolha ou qualquer outra reclamação. Eu só via o edital e dava publicidade a nível nacional", afirmou.

O magistrado perguntou então se Pezão não se preocupava em conferir o que fora decidido.

"Eu tinha confiança plena em todos os técnicos subordinados", alegou. O governador também qualificou Hudson Braga como "gestor eficiente". O depoimento durou 18 minutos.

O ex-governador Cabral está preso desde novembro. Já foi condenado em dois processos criminais a penas que, somadas, passam de 50 anos de prisão. Ele nega as fraudes e questiona a atuação do juiz Marcelo Bretas, que acusa de não ser imparcial.

Depois de uma semana de mal-estar entre o Ministério da Defesa e a Secretaria de Segurança do Rio, o ministro Raul Jungmann e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) se reuniram nesta quinta-feira, 21, para uma trégua e anunciaram que as ações integradas de segurança com as Forças Armadas vão continuar.

O encontro no Palácio Guanabara durou duas horas e foi encerrado por um pronunciamento em tom cordial, após uma sucessão de críticas, nos últimos dias, feitas pelo próprio Jungmann e por autoridades do setor, como o secretário de Segurança, Roberto Sá, e o chefe da Polícia Civil, Carlos Leba. Ninguém da secretaria participou da reunião.

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Pezão disse que "afinou a viola" com Jungmann. O ministro, por sua vez, disse que fez uma D.R (discussão de relacionamento) com o governador do Rio, e acertou as diferenças.

"Afinamos a nossa viola, discutimos a relação e acertamos os nossos passos", disse o governador. "Esse é um processo novo da área de segurança. Tenho certeza que para todas as forças os resultados que já estamos alcançando nesses meses de ação são bons. Nunca tive dúvida de que a cada tempo que nós formos abraçando essa parceira nós vamos melhorá-la mais", completou.

Pela manhã, antes do encontro, Jungmann tinha dito que procuraria "resolver determinados desajustes ou dificuldades que são do desconhecimento de todos". "Tem problema? Tem. Cabe a gente resolver isso. A sociedade quer e exige isso. Nós vamos ficar aqui até o último dia. Nosso time tem que, cada vez mais, melhorar o desempenho. Então vamos sentar e fazer uma DR", declarou.

Jungmann também comentou o pedido feito no Twitter por Sá: o patrulhamento das Forças Armadas em 103 áreas conflagradas. Inicialmente, o ministro afirmou que não aceitaria, mas depois afirmou que a decisão também cabe ao presidente Michel Temer (PMDB).

"Nós ainda não recebemos esse pedido oficialmente. Mas vamos avaliar com a melhor das boas vontades. Quando eu disse não foi porque isso não estava dentro das diretrizes da GLO (Garantia da Lei e da Ordem), mas isso não quer dizer que não vamos analisar com boa vontade", disse o ministro.

O governador e o ministro também anunciaram que, nos primeiros quinze dias de outubro, o presidente Michel Temer (PMDB) vai anunciar um pacote para ajudar nas áreas sociais das favelas do Rio. "Tenho certeza que, cada vez mais, (a integração) vai servir de exemplo para o País, ainda mais com essa entrada pela área social, que sempre foi uma grande demanda das comunidades", disse. Pezão também agradeceu o "empenho" de Temer na ajuda das Forças Armadas no Rio.

Os dois também exaltaram em conjunto dados positivos do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP) sobre a Operação Furacão, uma das ações integradas, iniciada no dia 28 de julho. Ela tem finalidade de combater a violência e o crime organizado no Estado do Rio, com mais de 10 mil agentes de segurança (8.500 das Forças Armadas, 620 da Força Nacional de Segurança, 380 da Polícia Rodoviária Federal e 740 das forças de segurança locais).

Segundo o ISP, depois do programa (29 de julho a 22 de agosto), o roubo de carga diminuiu 43% (585 casos contra 1041), os roubos a transeuntes 32% (6.286 contra 9.265) e os homicídios 22% (393 contra 508).

O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou a abertura de inquérito para investigar a relação do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza, o Pezão, com a construtora Odebrecht. As informações são do site do Superior Tribunal de Justiça.

A instauração do inquérito no STJ foi requerida pelo Ministério Público Federal (MPF) após os depoimentos dos executivos da construtora no âmbito do acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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No acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior, o BJ, disse que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) negociou com a empreiteira mais de R$ 20 milhões, via caixa dois, para a campanha de Pezão ao governo do Rio em 2014.

De acordo com BJ, o montante faz parte do total de R$ 120 milhões que a empresa teria repassado ilegalmente a Cabral e a Pezão desde 2006.

Em sua decisão, Luis Felipe Salomão destacou que o relato apresentado pelo MPF aponta, em tese, "a existência de fundamentos suficientes para a prática de conduta típica", sendo necessária a investigação do caso.

O ministro requisitou documentos do Tribunal Superior Eleitoral referentes à prestação de contas da campanha do governador em 2014, além de solicitar às varas federais responsáveis pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro e em Curitiba o compartilhamento de dados e documentos.

Salomão citou precedentes do STJ que autorizam a instauração de inquérito com base em elementos indiciários mínimos, capazes de justificar a investigação para apurar a materialidade e autoria de eventuais crimes.

Para preservar a integridade da investigação, o ministro determinou que o inquérito seja mantido em segredo de Justiça, autorizando apenas a publicidade desta decisão.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Sonegação, informou nesta quarta-feira, 23, que ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, para impedir que o Governo do Estado do Rio de Janeiro realize o pregão para contratação de serviço de táxi aéreo em avião a jato para o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). O valor estimado da licitação é de R$ 2,5 milhões. A Promotoria demanda ainda que a Justiça impeça o Governo de contratar o serviço enquanto durar o estado de calamidade pública na administração financeira estadual.

O Rio vive uma crise econômica sem precedentes. O governador do Estado quer um avião a jato, com autonomia mínima em voo cruzeiro de 3h30, uso exclusivo executivo, provida de ar-condicionado, com 'galley' com revestimento térmico para acondicionamento de comissaria e gavetas para acondicionamento de material descartável e assentos configurados para possíveis reuniões em poltronas giratórias.

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A ação do Ministério Público do Rio afirma que "o processo licitatório foi aberto em meio ao cenário de crise fiscal no Governo, com reiterados atrasos nos salários de servidores e aposentados". O documento aponta que, após a abertura do procedimento interno para a contratação do serviço, foi aberto crédito suplementar a fim de reforçar a dotação orçamentária, por meio do Decreto n° 46.044, de 13/07/2017, no valor de R$ 1,2 milhão.

"Tal medida foi adotada mesmo após a aprovação da Lei n° 7.629, de 9 de junho de 2017, que autorizou o Poder Executivo a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, do Plano de Recuperação do Estado do Rio de Janeiro, em cumprimento à Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017", informa o Ministério Público em nota.

"Além disso, na lei orçamentária de 2017, foi autorizado ao governador o remanejamento de 20% das receitas orçamentárias (DRE). Neste caso, este limite foi superado, comprometendo também futuras despesas para realização de outras medidas. O valor de R$ 1,2 milhão corresponde quase integralmente à garantia do pagamento do contrato, não restando nenhuma dotação orçamentária para outros gastos da administração da Casa Civil, pasta responsável pela licitação."

Para o Ministério Público, a aprovação do crédito suplementar, após a abertura do procedimento interno para contratação do serviço de táxi aéreo, indica que não havia disponibilidade orçamentária no programa de trabalho correspondente, quando do início da licitação, tendo sido feito o remanejamento de verba mais de um mês depois. Portanto, para o Ministério Público fluminense, foi desrespeitado o disposto nos artigos 15 e 16, do parágrafo 1º da Lei de Responsabilidade Fiscal, de acordo com os quais, serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não estejam adequadas à lei orçamentária anual.

"O procedimento licitatório impõe ainda uma série de especificidades para a aeronave e o serviço, como disponibilização de sala 'VIP' para uso do chefe do poder Executivo estadual e de sua comitiva, nos aeroportos do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, aeronave com duas turbinas, autonomia mínima de três horas e meia de voo, banheiro privativo em compartimento independente da cabine de passageiros para maior privacidade, poltronas giratórias para possíveis reuniões e altura mínima de cabine de 1,65 cm para acomodar os passageiros mais altos", afirma a Promotoria.

Segundo o GAESF/MPRJ, "todas essas exigências comprometem a validade da modalidade licitatória utilizada e podem conduzir ao direcionamento da contratação a uma determinada empresa que preencha tantos requisitos não essenciais à prestação do serviço".

De acordo com a ação, a Constituição Federal não admite que as licitações contenham cláusulas restritivas à participação dos interessados, conforme disposto no art. 37, XXI, com reprodução no artigo 3º da Lei Federal nº 8.663/93.

O Ministério Público do Rio informou nesta segunda-feira, 14, que a subprocuradoria-geral de Justiça de Assuntos Cíveis e Institucionais instaurou procedimento para apurar o lançamento de um edital para contratação de empresa de táxi aéreo em jato executivo para o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Afundado em uma crise sem precedentes, com servidores revoltados pelo atraso de seus salários, o Governo do Rio lançou licitação para pagar até R$ 2,518 milhões para contratar um jatinho para Pezão, com capacidade para seis passageiros e acomodações que incluem ar-condicionado e assentos configurados para reuniões em poltronas giratórias.

"O Ministério Público do Rio de Janeiro vai apurar se o governo está respeitando os princípios da economicidade e da razoabilidade", diz a nota da Promotoria.

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O Edital do Pregão N.º 003/2017 especifica os itens que Pezão quer para "a prestação do serviço de táxi aéreo". O governador do Rio quer um avião a jato, com autonomia mínima em voo cruzeiro de 3h30, uso exclusivo executivo, provida de ar-condicionado, com "galley" com revestimento térmico para acondicionamento de comissaria e gavetas para acondicionamento de material descartável e assentos configurados para possíveis reuniões em poltronas giratórias.

Em nota, divulgada na semana passada, o governador afirmou que "é imprescindível garantir que os integrantes do Poder Executivo tenham flexibilidade de horários de voos e disponibilidade de aeronaves para deslocamentos de trabalho e emergências".

"Importante salientar que o contrato atende ao governador e representantes do Executivo que sempre o acompanham", afirma o governo do Rio.

Pezão informou que o valor de até R$ 2,5 milhões "estabelece um limite máximo de valor que, no entanto, estará vinculado ao uso do serviço". "Ou seja, se não houver necessidade da utilização do total de voos previsto no contrato, o desembolso do Estado será inferior ao valor estipulado", registrou o governador.

"É importante ressaltar que o táxi aéreo não será de uso particular do governador, mas só é solicitado à empresa vencedora da licitação em deslocamentos de trabalho, de interesse do Estado."

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), defendeu nesta sexta-feira, 11, a licitação que pode pagar R$ 2,518 milhões para contratar uma empresa de táxi aéreo que forneça um jatinho ao Executivo fluminense. O início do recebimento de propostas de aeronaves começou às 9h desta sexta.

"É imprescindível garantir que os integrantes do Poder Executivo tenham flexibilidade de horários de voos e disponibilidade de aeronaves para deslocamentos de trabalho e emergências. Importante salientar que o contrato atende ao governador e representantes do Executivo que sempre o acompanham", diz a nota do governo do Rio.

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O Rio vive uma crise econômica sem precedentes e está com a folha de pagamento dos servidores atrasada. Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda, os valores dos vencimentos de maio e junho de ativos, inativos e pensionistas que estão em atraso somam R$ 987 milhões. Ainda não receberam todo o vencimento de maio 126.394 servidores ativos, inativos e pensionistas. O salário de junho foi pago apenas aos servidores ativos e inativos da área de segurança (policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários), além dos ativos da educação. Faltam receber 206.825 servidores ativos, inativos e pensionistas.

O Edital do Pregão N.º 003/2017 especifica os itens que Pezão quer para "a prestação do serviço de táxi aéreo". O governador do Rio quer um avião a jato, com autonomia mínima em voo cruzeiro de 3h30, uso exclusivo executivo, provida de ar-condicionado, com "galley" com revestimento térmico para acondicionamento de comissaria e gavetas para acondicionamento de material descartável e assentos configurados para possíveis reuniões em poltronas giratórias.

Pezão afirmou, na nota, que o valor de até R$ 2,5 milhões "estabelece um limite máximo de valor que, no entanto, estará vinculado ao uso do serviço".

"Ou seja, se não houver necessidade da utilização do total de voos previsto no contrato, o desembolso do Estado será inferior ao valor estipulado", registrou o governador.

"É importante ressaltar que o táxi aéreo não será de uso particular do governador, mas só é solicitado à empresa vencedora da licitação em deslocamentos de trabalho, de interesse do Estado."

Defesa

Em nota, a assessoria do governador Pezão afirmou:

"É imprescindível garantir que os integrantes do Poder Executivo tenham flexibilidade de horários de voos e disponibilidade de aeronaves para deslocamentos de trabalho e emergências. Importante salientar que o contrato atende ao governador e representantes do Executivo que sempre o acompanham.

- Não há como garantir o comparecimento, no tempo necessário, em casos, por exemplo, de uma convocação, pela Presidência da República, dependendo dos voos comerciais. Não há como prever quando esse tipo de convocação ocorrerá. Importante salientar que os horários disponíveis para deslocamentos na aviação comercial são limitados e sujeitos a disponibilidade de assentos.

- O valor do contrato, de até R$ 2,5 milhões, estabelece um limite máximo de valor que, no entanto, estará vinculado ao uso do serviço. Ou seja, se não houver necessidade da utilização do total de voos previsto no contrato, o desembolso do Estado será inferior ao valor estipulado.

- É importante ressaltar que o táxi aéreo não será de uso particular do governador, mas só é solicitado à empresa vencedora da licitação em deslocamentos de trabalho, de interesse do Estado. Neste ano de 2017, por exemplo, as viagens realizadas pelo governador e sua equipe a Brasília tiveram como objetivo a construção e aprovação do Regime de Recuperação Fiscal. Desde janeiro, quando foi assinado o Termo de Compromisso entre o governo do Estado e o governo federal, foram necessárias inúmeras negociações do próprio governador com o presidente da República, ministros, senadores e deputados, que levaram à aprovação final, no Congresso, do Regime de Recuperação Fiscal. O Regime prevê recursos de R$ 62 bilhões em três anos, garantindo o reequilíbrio fiscal do Estado.

- A licitação é necessária devido à expiração do contrato anterior para a prestação desse serviço, firmado em 2012, no valor de R$ 3,4 milhões."

Afundado em uma crise sem precedentes, com servidores revoltados pelo atraso de seus salários, o governador do Rio Pezão (PMDB) sonha alto. Ele se dispõe a pagar - embora com uma dívida bilionária - até R$ 2,518 milhões para contratar uma empresa de táxi aéreo que forneça ao governo jatinho com capacidade para seis passageiros e acomodações que incluem ar-condicionado e assentos configurados para reuniões em poltronas giratórias.

"O objeto do presente pregão eletrônico é contratação de empresa especializada na prestação do serviço de táxi aéreo, para o transporte não regular de passageiros, objetivando prestar um serviço de excelência ao Chefe do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro", exige o edital.

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As especificações da aeronave desejada por Pezão estão no Edital do Pregão N.º 003/2017, publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, dia 10. A licitação é comandada pela Secretaria de Estado da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico Subsecretaria Militar. O edital foi lançado nesta sexta-feira, 11, às 9h. O prazo de vigência do contrato será de 12 meses.

Veja as especificações do jatinho do governador:

"A prestação do serviço de táxi aéreo, objeto da presente licitação, deverá ser executada por uma aeronave com as seguintes especificações: deverá ser um avião a jato, birreator, homologada e licenciada pelos órgãos aeronáuticos competentes na categoria de transporte aéreo de passageiros (TPX), capacidade mínima de transportes de 06 (seis) passageiros, exceto QTU e tripulantes; autonomia mínima em voo cruzeiro de 03:30 (três horas e trinta minutos) horas, sendo capaz de percorrer uma distância de 2.200 (dois mil e duzentos) quilômetros, de forma que seja possível percorrer a distância do Rio de Janeiro às principais capitais nacionais (Brasília, São Paulo e Belo Horizonte); velocidade mínima de cruzeiro de 750 km/h (setecentos quilômetros por hora); uso exclusivo executivo, provida de ar-condicionado, com "galley" com revestimento térmico para acondicionamento de comissaria e gavetas para acondicionamento de material descartável; possuir altura mínima de cabine de passageiros de 1,65m (um metro e sessenta e cinco centímetros); assentos configurados para possíveis reuniões em poltronas giratórias; possuir RVSM (Reduced Vertical Separation Minimum - Separação Vertical Mínima Reduzida), instalado e homologado, permitindo voos acima do nível 290; possuir "Toilete" privativo em compartimento independente da cabine de passageiros; capaz de operar em pistas com mínimo de 1.300 m (mil e trezentos) metros de extensão; ser possuidora/operadora de frota mínima de 04 (quatro) aeronaves, sendo que dentre essas aeronaves, pelo menos 02 (duas) deverão atender aos requisitos listados pela contratada, e às demais especificações constantes do Termo de Referência", informa o edital.

Governo defende gasto

"É imprescindível garantir que os integrantes do Poder Executivo tenham flexibilidade de horários de voos e disponibilidade de aeronaves para deslocamentos de trabalho e emergências. Importante salientar que o contrato atende ao governador e representantes do Executivo que sempre o acompanham", alega o governo do Rio por meio de nota.

"Não há como garantir o comparecimento, no tempo necessário, em casos, por exemplo, de uma convocação, pela Presidência da República, dependendo dos voos comerciais. Não há como prever quando esse tipo de convocação ocorrerá.

Importante salientar que os horários disponíveis para deslocamentos na aviação comercial são limitados e sujeitos a disponibilidade de assentos".

"O valor do contrato, de até R$ 2,5 milhões, estabelece um limite máximo de valor que, no entanto, estará vinculado ao uso do serviço. Ou seja, se não houver necessidade da utilização do total de voos previsto no contrato, o desembolso do estado será inferior ao valor estipulado".

"É importante ressaltar que o táxi aéreo não será de uso particular do governador, mas só é solicitado à empresa vencedora da licitação em deslocamentos de trabalho, de interesse do Estado. Neste ano de 2017, por exemplo, as viagens realizadas pelo governador e sua equipe a Brasília tiveram como objetivo a construção e aprovação do Regime de Recuperação Fiscal. Desde janeiro, quando foi assinado o Termo de Compromisso entre o governo do Estado e o governo federal, foram necessárias inúmeras negociações do próprio governador com o presidente da República, ministros, senadores e deputados, que levaram à aprovação final, no Congresso, do Regime de Recuperação Fiscal. O Regime prevê recursos de R$ 62 bilhões em três anos, garantindo o reequilíbrio fiscal do Estado".

"A licitação é necessária devido à expiração do contrato anterior para a prestação desse serviço, firmado em 2012, no valor de R$ 3,4 milhões".

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), fez nesta quinta-feira (20), em Brasília, um desabafo endereçado aos críticos que o acusaram de ir a um "spa" em meio à crise financeira do governo do Estado, que impede o pagamento em dia de salários de funcionários públicos estaduais. "Eu não fui para um spa. Eu me internei numa clínica médica. Eu precisava de tratamento", disse.

"Se eu não me cuidasse, meu médico falou que eu ia morrer." Pezão, por vezes, embargou a voz ao lembrar do câncer que enfrentou em 2016 e da decisão de contrariar os médicos para voltar ao trabalho antes do previsto. "Saí do tratamento em outubro, contrariando meus médicos. Todos eles tinham pedido que eu aguardasse até fevereiro, março, e eu não aceitei os conselhos. Eu perdi toda minha musculatura do corpo. Eu não tinha força para levantar de uma cadeira; eu levanto apoiando", disse.

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Ele recordou ainda que passou 19 semanas de 2017 na capital federal para tentar conquistar o apoio dos parlamentares para a lei que criou o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) de governos estaduais. É no âmbito dessa legislação que o governo do Rio agora negocia um socorro financeiro com a União, com a suspensão de dívidas e dinheiro novo por meio da venda da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).

Pezão até mesmo disse que tem cobrado do presidente Michel Temer celeridade nas negociações. A ida do governador do Rio ao spa Rituaali, em Penedo, no sul do Estado, despertou a ira de funcionários públicos estaduais que estão sem receber as remunerações regularmente.

O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio de Janeiro (Muspe-RJ) criticou a escolha e disse que, em meio à "crescente falta de segurança, falência da saúde pública e atraso de salários, Pezão mostra absoluta falta de bom senso, hospedando-se num ambiente de luxo e ostentação".

A permanência de um casal por uma semana neste local custa de R$ 14 mil a R$ 27 mil. Nesta quinta-feira, o governador afirmou que a estada foi paga com recursos próprios e ofereceu cópias do cheque usado para pagamento e da nota fiscal do serviço prestado pelo estabelecimento.

Em licença médica de sete dias desde domingo (16), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), não se hospedou em um hospital, mas foi com a mulher para um spa onde a permanência de um casal por uma semana custa entre R$ 14 mil a R$ 27 mil.

O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio de Janeiro (Muspe-RJ) criticou a escolha de Pezão, classificada como "um desrespeito aos servidores e à população".

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Em nota, o movimento - que reúne servidores públicos com três salários atrasados - afirmou que em meio à "crescente falta de segurança, falência da saúde pública e atraso de salários, Pezão mostra absoluta falta de bom senso hospedando-se num ambiente de luxo e ostentação".

Pezão justificou a licença médica afirmando que está com problemas metabólicos, apresentando descompensação do diabetes e aumento de peso, entre outros sintomas. Segundo ele, essa situação não tem relação com o câncer que enfrentou no ano passado.

O vice-governador Francisco Dornelles (PP) está ocupando interinamente a chefia do Executivo estadual. Pezão está hospedado no Spa Rituaali, em Penedo, no sul fluminense. Segundo sua assessoria de imprensa, Pezão está em tratamento, com acompanhamento médico, e todas as despesas são custeadas com recursos próprios.

Para o Muspe, Pezão afasta-se no pior momento da crise para os servidores estaduais, com pelo menos 200 mil famílias passando grandes privações, por estarem com três pagamentos atrasados - maio e junho deste ano e o décimo terceiro do ano passado.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) anunciou nesta sexta-feira (14) que irá tirar uma semana de licença médica, a partir do próximo domingo (16). Durante esse período, o vice-governador Francisco Dornelles ficará à frente do governo estadual.

A saída temporária do governador acontece em meio às negociações com a União para obter uma ajuda financeira que alivie a crise do Rio.

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Em nota, Pezão explica que a licença ocorre em decorrência de problemas de saúde relacionados ao seu quadro metabólico (descompensação do diabetes, aumento de peso, entre outros). No ano passado, o governador chegou a ficar fora de cena por seis meses por conta do tratamento de um câncer.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, definiu como “muito triste” a onda de violência que toma conta da capital carioca. A declaração, divulgada pelo jornal O Globo nesta terça-feira (16), foi feita seis dias depois de quatro homens roubarem pertences dentro do seu apartamento, que fica localizado no bairro do Leblon. Não havia ninguém no local na ocasião já que ele mora no Palácio Laranjeiras. 

Pezão também contou, de acordo com a reportagem, que é uma “pessoa comum” e que não havia nada de valor no apartamento. Apenas uma camisa do Botagofo autografada pelo capitão do tricampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970, Carlos Alberto Torres; uma maleta vazia, uma manta e duas garrafas de uísque foram levados no roubo. 

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“(A camisa) era o bem mais valioso, tinha a assinatura do Carlos Alberto Torres. É muito triste o que está acontecendo no Rio. Estou tentando obter com o Governo Federal, a contratação de quatro mil policiais militares que passaram no último concurso. A gente sabe que tem de reforçar a segurança (...) sou uma pessoa comum, não tinha nada de valor no apartamento”, disse.

Apesar de Pezão falar sobre um reforço na segurança, na área que foi invadida existe a presença permanente de uma patrulha da Polícia Militar, o que não intimidou os invasores. 

Em abril de 2012, quando ainda era vice-governador, seu imóvel também foi alvo de bandidos que roubaram joias. Na época, ele estava de férias na Itália. 

 

 

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