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Quem vai pagar pelo pato? Se o lema dos movimentos contra a volta da CPMF e pró-impeachment já não parece original, nem mesmo o pato inflável parece ter sido ideia da Fiesp. Pelo menos é o que afirma o artista holandês Florentijn Hofman, que disse à BBC que a réplica brasileira constitui violação de direitos autorais.

Versões do mesmo pato gigante de borracha inflável concebido por Hofman têm viajado o mundo desde 2007, passando pelo Japão, Nova Zelândia e até mesmo no Brasil, entre muitos outros países. A versão que tem aparecido em protestos no Brasil é quase igual ao do artista holandês, embora tenha cruzes no lugar dos olhos.

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A cantora britânica Adele foi acusada de plágio por usuários das redes sociais na Turquia, que asseguram que uma das canções de seu recente álbum é uma cópia de uma composição curda.

Os críticos de Adele dizem que "Million Years Ago", a nona faixa de seu álbum "25", é muito parecida com uma canção de Ahmet Kaya intitulada "Acilara Tutunmak" ("Aferrado à dor"), gravada em 1985 enquanto estava exilado na França.

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A esposa de Kaya, Gulten Kaya, opinou que é pouco provável que uma estrela do porte de Adele tenha feito tal coisa.

"No entanto, se o fez de propósito, então é um roubo", declarou ao jornal turco Posta.

Confira as duas canções:

O que achou da música de Demi Lovato, a Stars? Pois bem, segundo a dupla Sleigh Bells, o som na verdade usou um pouco de duas músicas deles, mas sem pedir autorização. Um tweet da conta da dupla foi enviado na segunda-feira (2), para a cantora, que já se declarou para o Brasil, contando sobre o caso.

- Demi Lovato estamos lisonjeados que vocês experimentaram Infinity Guitars e Riot Rhythm para Stars, mas não fomos contatados. Você tem que dar um jeito nisso.

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Será que a cantora, que vai fazer uma turnê com Nick Jonas, realmente plagiou Infinity Guitars e Riot Rhythm para criar o seu mais novo hit?

Após um ano do lançamento de seu hit Shake It Off, a cantora Taylor Swift está tendo problemas por causa do single. De acordo com o Daily Mail, Taylor estaria sendo acusada de plágio e processada com uma ação que pede uma indenização milionária.

O cantor que está processando Taylor se chama Jesse Braham, que usa o nome artístico de Jesse Graham, e pede 42 milhões de dólares de indenização e ainda seu nome sobre os direitos do primeiro hit.

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Jesse alega que Shake It Off, o primeiro single do 1989, é um plágio de sua canção, intitulada Haters Gona Hate, lançada em 2013. Para Jessie, o refrão da música de Swift foi inspirado em sua faixa.

Na versão de sua música, o cantor diz: Haters gone hater, playas gone play. Watch out for them fakers, they’ll fake you everyday. Enquanto na letra de Taylor Swift, o refrão de sua música diz: Cause the players gonna play, play, play, play, play/ And the haters gonna hate, hate, hate, hate, hate. And the fakers gonna fake, fake, fake, fake, fake.

A justiça americana condenou nesta terça-feira os cantores Robin Thicke e Pharrell Williams a pagar 7,3 milhões de dólares à família de Marvin Gaye, concluindo que a dupla plagiou o sucesso Blurred Lines, composto em 2013. Os oito membros do juri concluíram que Blurred Lines utiliza partes da música de Marvin Gaye de 1977 Got to Give It Up.

Marvin Gaye morreu em 1984, aos 45 anos, vítima de um tiro disparado por seu pai. Após o veredicto, o advogado da família Gaye, Richard Busch, disse que pretende apresentar uma medida cautelar para bloquear as vendas de Blurred Lines.

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Blurred Lines foi a música mais vendida em 2013 nos Estados Unidos, com o total de 6,5 milhões de cópias, segundo a Billboard. Desde que foi lançada, a canção já rendeu 16,5 milhões de dólares. O veredicto isentou de responsabilidade o rapper Clifford "T.I." Harris Jr., que colaborou com Robin Thicke e Pharrell Williams na canção.

Marvin Gaye deixou uma extraordinária lista de sucessos, que além de "Let's Get It On" inclui I Heard It Through the Grapevine e Sexual Healing, entre outros.

No programa de segunda-feira (28), o reality rural A Fazenda exibiu ao vivo a formação de mais uma Roça semanal. Durante a votação, o peão Felipeh Campos justificou o seu voto na MC Bruninha, assegurando que ela teria plagiado a Anitta e pego 'rabeira' na carreira da cantora. 

A funkeira aceitou o convite para integrar o elenco de A Fazenda 7 em meio a um processo jurídico envolvendo a cantora do hit brasileiro Show das Poderosas. Anitta está processando a MC por dano moral, alegando que teve danos negativos a sua imagem após Bruninha e a sua mãe processá-la por plágio na canção Show das Poderosas.

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Votação

Heloísa, Cristina e Pepê e Neném estão na berlinda. Heloísa foi a escolha da fazendeira da semana, Bruna Tang, enquanto Cristina recebeu sete votos dos outros peões. Por fim, as irmãs Pepê e Neném não foram salvas por ninguém no sistema de resta um. Assim, as peoas se enfrentam na prova do fazendeiro, correndo o risco de irem à Roça e serem eliminada da competição. 

Após a formação da Roça, o cantor Léo Rodriguez discutiu com a ex-panicat Babi Rossi. "A Lorena foi a prova disso, que peito e bunda não seguram no reality show", disse Leo. Irritada, Babi questionou o peão: "E o que você tá querendo dizer com isso? Ai, como eu pude ter beijado um cara desses? Queria ser mulher eu acho, fala tanto de mim."

Um site do PT acusou nesta sexta-feira, 5, o programa de governo de Marina Silva (PSB) de copiar um trecho da plataforma de reeleição de Lula. O texto, publicado na página "Muda Mais", criado pelo partido para defender um novo mandato da presidente Dilma Rousseff, chama Marina de "candidata ctrl C + ctrl V", expressão usada na informática para designar que algo foi copiado e colado.

Na quinta-feira, 4, o mesmo site já havia divulgado que o programa da candidata do PSB para a área de energia era um "plágio" de um artigo publicado em 2011 pela Revista USP (Universidade de São Paulo). Hoje faz uma semana desde que o plano de Marina foi apresentado com estardalhaço. Desde então, contudo, o texto já foi alvo de "duas erratas" da própria campanha e alvo de críticas de petistas e tucanos.

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O texto ironiza a adversária de Dilma ao dizer que "as ideias de Lula são tão boas que todo mundo quer para si". "Mas tem que citar a fonte, né? Desta vez, quem deu um copia e cola foi (de novo!) a candidata Marina Silva, que copiou, em seu programa de governo, um trecho com propostas para a saúde do programa de reeleição do ex-presidente Lula, lançado em 2006".

A nota diz que foram dois trechos plagiados. Em um deles, no de Marina, está escrito: "Apoiar Estados e municípios na criação das Centrais de Regulação, garantindo o acesso dos cidadãos, de forma mais rápida e humanizada, à rede hierarquizada de atenção integral à saúde." No de Lula, por sua vez: "Apoiar Estados e municípios na criação das Centrais de Regulação, garantindo o acesso dos cidadãos, de forma mais rápida e humanizada, à rede hierarquizada de atenção integral à saúde".

Assim como no texto publicado ontem, o artigo lembra que Marina sempre declara em todas as oportunidades "ter construído o seu programa de governo num diálogo com a sociedade, movimentos sociais e especialistas". Mas, diz, já lançou duas erratas e voltou atrás em propostas cruciais para a sociedade brasileira - por sofrer pressões externas - nos capítulos que tratavam de energia nuclear e direitos LGBT.

"E agora surgem as denúncias de plágio. A pergunta que fica, mais uma vez, é: como Marina pretende colocar em prática o discurso da 'nova política' lançando mão de velhos hábitos? As propostas podem ser boas. Mas quem se fundamenta em um discurso de diferença, de negação da própria política, de ética na política, deveria minimamente deixar bem claro aos eleitores quais são de fato as suas propostas e de onde elas vêm? Ou não?", questiona o texto do site.

O site Muda Mais, criado pelo PT para defender a reeleição da presidente Dilma Rousseff, publicou nesta quinta-feira, 04, um texto no qual acusa o programa de governo de Marina Silva para a área de energia de ser um "plágio" de um artigo publicado em 2011 pela Revista USP (Universidade de São Paulo). É a primeira vez que petistas afirmam que a candidata do PSB, que lançou seu programa de governo no último dia 29, de copiar propostas já apresentadas.

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, já havia criticado Marina por ter copiado, em seu programa, trechos do Plano Nacional de Direitos Humanos lançado no governo Fernando Henrique Cardoso.

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O texto do Muda Mais compara os trechos do programa de governo de Marina com o artigo publicado na edição de número 89 da revista da USP de autoria de Luiz Davidovich, então secretário-geral da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para um Desenvolvimento Sustentável.

Na página 144, o texto de Marina transcreve: "Aperfeiçoar e aumentar a escala dos atuais programas de promoção de energias fotovoltaica e eólica, utilização do hidrogênio em células combustíveis, fundamentais para que o país se torne um ator relevante nesses setores, que serão vitais para a sociedade do futuro".

Na página 18 do artigo publicado na USP, está escrito: "Aperfeiçoar e aumentar a escala dos atuais programas de promoção de energias fotovoltaica e eólica, utilização do hidrogênio em células combustíveis e energia nuclear, fundamentais para que o país se torne um ator relevante nesses setores, que serão vitais para a sociedade do futuro".

O Muda Mais questiona qual a diferença entre os dois trechos para em seguida responder. "Duas palavras que já causaram tanta controvérsia no programa da candidata do PSB: energia nuclear". Segundo o site do PT, um tópico sobre fontes de energia, tema aparentemente tão caro à Marina, "é nada mais que um plágio".

"Agora entende-se porque houve tantas erratas desde o lançamento de seu programa de governo: o CtrlC + CtrlV foi tamanho que alguns - detalhes - passaram despercebidos. Outros trechos - sobre o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, biocombustíveis e saúde -, na mesma página 144 do programa de governo de Marina também guardam semelhanças incríveis com o artigo de Davidovich", critica.

O site do texto petista menciona o fato que Marina declarou reiteradamente que o programa de governo dela foi "fruto de amplo diálogo com a sociedade, uma construção conjunta, o que é louvável". "Cópias literais de textos já prontos, no entanto, não combinam com essa declaração. Seguimos observando", finaliza. O Broadcast Político procurou a assessoria de imprensa de Marina para comentar a acusação de plágio, mas não recebeu retorno até o momento.

Em nota, o partido socialista brasileiro (PSB) saiu em defesa da candidata à presidência, Marina Silva, sobre as acusações de plágio do programa de governo apresentado por Fernando Henrique Cardoso, em 2002.  O informativo pontua como maliciosa as acusações tucanas e ressalta que a proposta do partido para os direitos humanos estão em consonância com as reivindicações do Movimento Nacional de Direitos Humanos.  

Outro ponto defendido pelo PSB é que as conquistas e bandeiras que condizem com os anseios do povo brasileiro, independente de autoria, deve ter continuidade nos governos sucessores. “Essas conquistas e bandeiras não são de partidos ou personalidades. Pertencem ao povo brasileiro e vão ter continuidade no futuro governo da Coligação Unidos pelo Brasil. Por isso, nosso programa de governo expressa o compromisso com  o grande acúmulo de reflexões dos movimentos sociais que representam a fonte de tantos avanços para a afirmação da plena da cidadania do povo brasileiro”, informou o último ponto da nota de esclarecimento.

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Em nota, divulgada nesta terça-feira (2), o PSDB acusa a candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, de copiar, em seu plano de governo, as mesmas propostas que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apresentou em 2002 sobre direitos humanos. De acordo com o documento, quase metade das propostas da socialista são idênticas as de FHC. 

O candidato da legenda à Presidência, Aécio Neves, cobrou que Marina credite as propostas à Fernando Henrique. "O capítulo de Direitos Humanos da candidata Marina no programa de governo é uma copia ipsis litteris, fiel, do PNDH feito no governo (Fernando Henrique). Não teve sequer o trabalho de alterar palavras. A evolução é positiva, mas é importante que se dê o crédito aos verdadeiros autores. É só mais uma sinalização do improviso que ronda essa candidatura", afirmou Aécio.

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O partido afirma que dos 10 pontos apresentados no plano de governo da socialista, quatro são cópias do PNDH de FHC, que possui 518 propostas. Entre eles, estão: Ampliação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), juizados itinerantes e combate à desigualdade. 

Confira os quatro pontos que os tucanos afirmam terem sido plagiados por Marina:

- Incentivar projetos voltados para a criação de serviços de juizados itinerantes, com a participação de juízes, promotores e defensores públicos, especialmente nas regiões mais distantes dos centros urbanos, para ampliar o acesso à Justiça.

- Apoiar a adoção, pelo poder público e pela iniciativa privada, de políticas de ação afirmativa como forma de combater a desigualdade.

- Ampliar o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI de modo a focalizar as crianças de áreas urbanas em situação de risco, especialmente aquelas utilizadas em atividades ilegais como a exploração sexual infanto-juvenil e o tráfico de drogas.

- Propor nova redação para o artigo 149 do Código Penal, de modo a tipificar de forma mais precisa o crime de submeter alguém à condição análoga a de escravo.

 

A universidade brasileira tem aumentado a preocupação em identificar plágios em trabalhos acadêmicos, com a adoção de softwares que apontam possíveis cópias. Um desses programas já está sendo usado em 35 universidades do País, com o objetivo de analisar pesquisas de pós-graduação e também trabalhos da graduação. Segundo professores e especialistas em ensino superior, problemas de plágio, como reprodução indevida de trechos e mesmo de ideias, sempre existiram. Mas a internet fez com que a cópia se tornasse mais comum - tanto pelo acesso a um volume gigantesco de informações quanto pela facilidade do Crtl C, Crtl V (atalho do corte e cola).

Com o aumento do problema, surgiram os softwares antiplágio, que funcionam como um grande buscador. Em linhas gerais, eles cruzam o texto entregue com artigos da internet, com um banco próprio de textos acadêmicos e com trabalho dos próprios colegas, no caso de uso do programa na graduação. "A licença funciona de acordo com o tamanho da universidade e leva em conta o número de alunos, por exemplo", diz a inglesa Alice Lupton, Gerente de Desenvolvimento da América Latina do Turnitin, o mais popular software antiplágio, que já fechou contrato com 35 universidades brasileiras.

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A Universidade Estadual Paulista (Unesp), por exemplo, paga uma licença anual de R$ 18 mil para que a ferramenta esteja disponível para todos os professores. A instituição já usa o dispositivo há três anos. De acordo com o presidente da Comissão Permanente de Avaliação da Unesp, Carlos Roberto Grandini, o uso por parte dos docentes depende de treinamento, que tem sido feito com regularidade.

Mas fica a critério de cada profissional decidir se vai usar. "É um grande facilitador em teses, porque não é possível ter o domínio de todo o conteúdo que existe", diz ele, que adota o software também em aulas de graduação e usava quando foi editor de uma revista científica. Grandini conta que já recusou dois artigos na revista depois que o software apontou níveis muito altos de similaridade. "Mas o software não diz se há plágio de fato, o professor precisa analisar as indicações de similaridade e avaliar se há um problema", diz.

Percurso - No início de maio, Alice Lupton percorreu vários Estados brasileiros para apresentar o programa. Segundo ela, o interesse das instituições de ensino e editoras de publicações acadêmicas cresceu com notícias de casos de cópias em pesquisas.

O escândalo mais recente foi com a ministra da Educação da Alemanha, Annette Schavan, que no ano passado deixou o cargo após perder seu título de doutorado por acusações de plágio. "É uma preocupação que ocorre no mundo todo, as instituições estão preocupadas com a reputação", diz Alice. Só o Turnitin tem contratos com universidades e editoras em mais de cem países. Na Inglaterra, por exemplo, a taxa de uso entre universidades é de mais de 95%.

Um roteirista entrou com um processo contra Tom Cruise porque o ator teria usado uma de suas histórias no mais recente capítulo da saga cinematográfica "Missão: Impossível".

Timothy Patrick McLanahan, que espera ganhar um bilhão de dólares com o processo, afirma que "Missão: Impossível - Protocolo fantasma", de 2011, é inspirado em um roteiro escrito em 1998 e que ele tentou vender sem êxito a Hollywood.

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O roteirista afirma que seu texto foi enviado sem seu conhecimento à agência que representa Cruise, a Creative Artists Agency (CAAs). Ao ver o filme, McLanahan assegura ter-se dado conta que era um plágio de seu roteiro intitulado "Head On".

"Tom Cruise não roubou nada de ninguém", afirmou à AFP o advogado do ator, Bert Fields, acrescentando que o processo certamente será arquivado pela justiça. O roteirista reclama um bilhão de dólares por perdas e danos, já que o filme totalizou 690 milhões no cinema, 145 milhões em vendas de DVD e outros milhões por aluguel do filme.

O site de eventos Agenda do Recife foi denunciado por plágio pelo Logothief, especializado em detectar cópias. O site recebeu a denúncia e publicou em sua página fazendo o seguinte comentário:

"Parece que alguém que trabalha para Agenda do Recife - um site que promove eventos no Recife, apreciou bastante o conceito de Bradon e decidiu levá-lo diretamente, pegando-o do seu portfólio. Podemos estar errados, mas nem a marca nem sequer foi reformulada, apenas copiado e colado diretamente dos trabalhos artísticos e originais de Brandon". Segundo o Logothief a marca é do designer Brandon Barnard.

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O Agenda do Recife já se pronunciou com o seguinte comunicado em suas redes sociais: "Recebemos a denúncia, a questão está sendo apurada e será resolvida nas instâncias competentes. Esperamos a resolução da questão, e de toda forma, já iremos lançar uma nova logo para 2014. Em breve daremos mais informações ao nosso público, com certeza."

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Na última quinta-feira (11), o grande rabino da França, Gilles Bernheim, anunciou sua renúncia do Consistório, a instituição oficial judaica na França. O religioso, que foi eleito em 2008 para um mandato de sete anos, admitiu ter plagiado vários autores, além de ter usurpado um título em filosofia.

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O presidente do Consistório informou que vai nomear um interino para o cargo de Gilles Bernheim ainda nesta semana. Confira mais detalhes sobre a renúncia do grande rabino na reportagem da AFP.

"É uma coisa tão horrorosa e tão incômoda que, por muito tempo, preferimos acreditar que o problema não existia. Mas ele existe, e estamos lidando de frente com ele agora."

A afirmação, do biofísico Paulo Sérgio Beirão, reflete bem o momento de enfrentamento vivido entre cientistas e aquele que provavelmente é o maior fantasma de sua comunidade: a prática de fraudes na ciência. O número de casos relatados de plágio, falsificação e até fabricação (invenção) de resultados em trabalhos científicos vem aumentando significativamente nos últimos anos, deixando no ar a sensação de que uma "epidemia de fraudes" está se espalhando pelo outrora inabalável universo da integridade científica.

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Uma das causas seria o maior acesso à internet e a softwares, que facilitam tanto a prática quanto a detecção de fraudes.

As estatísticas mais alarmantes vêm dos Estados Unidos. Segundo dados divulgados em dezembro pelo Escritório de Integridade em Pesquisa (ORI, em inglês) do Departamento de Saúde do governo americano, o número de trabalhos retratados nos últimos dez anos só nas ciências biomédicas aumentou 435% - levando em conta artigos listados na base PubMed, referência bibliográfica internacional para pesquisas nessa área. No ano passado, 375 artigos da base foram retratados, comparado a 271 em 2011 e a 70, em 2003.

Criado há 20 anos, o ORI é encarregado de investigar denúncias de fraudes cometidas por cientistas que recebem recursos dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. O escritório recebe uma média de 198 denúncias por ano, das quais 36% resultam em condenação. Em 2011, segundo o relatório anual mais recente, foram recebidas 240 denúncias, e dentre as 29 investigações concluídas, 13 (44%) resultaram em um veredicto de culpa.

Números da Web of Science, a biblioteca digital que cataloga artigos das melhores revistas científicas do mundo, contam uma história semelhante, com um aumento significativo no número de retratações ao longo da última década. Só nos últimos dois anos, cerca de 800 trabalhos relacionados na base foram retratados, segundo estimativas divulgadas pelo site Retraction Watch, que publica diariamente notificações sobre pesquisas retratadas no mundo todo.

Trabalhos retratados são removidos da literatura e deixam de ter validade científica. A retratação não significa que tenha havido má fé por parte dos autores, mas é frequentemente relacionada a casos de má conduta.

Os sintomas dessa "epidemia" ainda são amenos no Brasil, mas as agências reguladoras e de financiamento estão atentas ao problema e já se preparam para um agravamento no quadro local de denúncias.

Beirão está na linha de frente desse movimento. Ele é o presidente da Comissão de Integridade na Atividade Científica (Ciac) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), criada há um ano para lidar especificamente com esse assunto. Cabe à Ciac estabelecer regras de boas práticas e de conduta ética na atividade científica, assim como analisar denúncias de possíveis violações dessas regras, quando elas envolvem pesquisadores ou projetos financiados pelo CNPq.

"O número de denúncias não é muito grande, mas já aumentou desde a criação da comissão", relata Beirão, que também é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq. "Toda denúncia que chega é investigada, além de casos que nós detectamos por conta própria." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra da Educação da Alemanha, Annette Schavan, disse que não vai renunciar, mesmo depois de uma universidade ter cassado seu título de doutorado por causa de plágio. Ela prometeu também recorrer da decisão.

Schavan é a segunda integrante do gabinete da chanceler Angela Merkel a perder um doutorado por causa de plágio. O ex-ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, renunciou em 2011 após o anúncio de que ele copiou grande parte de sua tese.

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Políticos de oposição dizem que Schavan está numa situação insustentável, em razão do cargo que ocupa, e deve renunciar.

A Universidade Heinrich Heine, de Duesseldorf, decidiu por voto, na terça-feira, retirar o título de doutora de Schavan após uma revisão completa de suas tese, que fora apresentada em 1980, após acusações de plágio feitas por um blogueiro anônimo.

Em declarações feitas durante uma viajem à África do Sul, nesta quarta-feira, Schavan disse que "não vai aceitar" a decisão da escola e vai abrir uma ação legal contra a instituição. As informações são da Associated Press.

O Conselho Nacional da Autorregulamentação Publicitária (Conar) julgou como plágio a linha de cosmético Comix da empresa Jequiti, que faz parte do grupo de Silvio Santos, lançada em julho deste ano. Segundo a Conar, os produtos são uma cópia da linha ‘Humor!’, da Natura, lançada em 2006.

Com a decisão, a empresa terá que tirar de circulação toda a publicidade que envolve os produtos da linha, incluindo propagandas em TV, mídia impressa, internet e até os catálogos de venda do produto. As embalagens da linha também estão inclusas na determinação. A recomendação é de que todo o estoque atual da Comix seja vendido e/ou retirado do mercado em um prazo máximo de 180 dias. De acordo com o órgão, a Comix poderá voltar ao mercado, desde que seja reformulada para não lembrar a proposta da linha ‘Humor!’.

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A empresa de Silvio Santos não informou se cumprirá a decisão do Conar, mas em curto comunicado informou ter tomado conhecimento da decisão e que um recurso será apresentado dentro do prazo estimado.

O Conar não determina multas ou sanções; se a Natura quiser, terá de acionar a Justiça.

De 8 a 13 de janeiro de 2012 será realizado o curso de direito autoral e plágio, na unidade localizada em Paulista da Faculdade Joaquim Nabuco. Os encontros são destinados a pessoas que trabalham com obras intelectuais nas áreas, artísticas, literária e científica. Podem participar estudantes, advogados, profissionais de cultura e pessoas que querem adquirir conhecimento sobre os segmentos.

Quem deseja participar do curso, pode fazer as inscrições através do preenchimento da ficha de inscrição que está no site da Faculdade. Para os estudantes do Grupo Ser Educacional, a ação renderá 30 horas de atividade complementar. O investimento para a participação é de R$ 50.

Martha Guaraná, coordenadora da graduação de direito da Unidade, falou sobre os benefícios que os participantes terão: “É a oportunidade dos profissionais e estudantes atualizarem seus conhecimentos. É a chance de tirar dúvidas e ficarem atentos às novidades do mercado”.

Mais informações através do telefone (81) 2121-5985. 

A cruzada contra o plágio e a cópia de trabalhos da Internet tem movimentado intensamente professores, escolas e faculdades em todo o mundo. A Universidade de Oxford, na Inglaterra, obriga seus alunos a assinarem, na matrícula, um documento que permite que a universidade tome medidas drásticas, como a expulsão, se o aluno for pego plagiando em algum trabalho.

Em todo o mundo encontramos intensas manifestações de docentes e especialistas em educação, repudiando o plágio em trabalhos acadêmicos e incentivando o uso de medidas punitivas severas contra o estudante plagiador. Softwares especializados em identificar textos plagiados foram criados em diversos países e um Congresso Mundial sobre o tema é realizado a cada dois anos – o “Plagiarism Conference”, que este ano será na Universidade de Northtumbria em Londres.

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No Brasil já existe até um site na Internet “em defesa da integridade acadêmica”- o Plágio.Net, que chega até a emitir um “certificado antiplágio” e listar as medidas necessárias para evitá-lo.

Compreender a questão da responsabilidade e da ética (ou falta de) envolvida no plágio é consenso de todos os educadores. Orientar melhor os estudantes para esta questão também. O que não é consenso é a compreensão das causas do problema.

Transferir integralmente para o estudante a responsabilidade sobre o plágio é um erro que vem sendo cometido sistematicamente por educadores de todo o mundo, incapazes que são de compreender a mudança que a tecnologia da informação trouxe para a relação ensino/aprendizagem.

Em momento algum podemos deixar de considerar o erro cometido pelo estudante ao copiar um trabalho e assinar como seu, nem tampouco eximi-lo da responsabilidade de tal ato. O que pretendo mostrar é que o professor também é co-responsável pelo plágio de seu aluno e merece igualmente ser responsabilizado por tal ato.

Se um estudante recebe uma nota zero quando seu professor descobre  que o trabalho que foi entregue por ele é copiado da Internet, este professor também merece uma nota zero por ter sido incapaz de formular uma proposta de trabalho que impedisse a copia literal.

Por exemplo: se um professor da disciplina de teoria geral da administração pede a seus alunos que escrevam um texto sobre o Taylorismo e, percebe que parte de seus alunos simplesmente copiaram o texto do primeiro site sobre o assunto que encontraram na Internet, este professor merece mais a nota zero do que os alunos que plagiaram. Ele merece zero porque poderia ter facilmente evitado o plágio e não o fez. Poderia ter pedido aos alunos que descrevessem os princípios Tayloristas utilizados na Farmácia do Zé, o na Padaria do Manoel, ou ainda qualquer outra contextualização que exigisse que o aluno compreendesse o significado do Taylorismo e tivesse que descrevê-lo, de forma aplicada, em um contexto real, praticamente impossível de ser copiado que qualquer lugar na Internet.

Se evitar o plágio por parte dos estudantes é tarefa fácil para o professor, porque então isso não acontece na prática e, ao contrário, vemos uma verdadeira guerra punitiva aos plagiadores?

A resposta a esta questão não é tão simples, mas ousaria dizer que a base do problema reside na falta de preparo dos docentes para uma nova realidade de ensino/aprendizagem que a tecnologia proporciona. O acesso universal à informação exige um novo tipo de professor. Exige alguém preparado para compartilhar, orientar, construir junto e até aprender com seus alunos. O magister dixit e a autoridade de cátedra será enterrada junto com a última geração de docentes que se formou antes do advento da Internet.

Além do despreparo dos docentes bem intencionados, que podem mudar se quiserem, há o problema dos docentes não tão bem intencionados (ainda que sejam minoria), que fazem da guerra contra o plágio uma plataforma pessoal de autopromoção.

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