Tópicos | portos

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) editou Resolução que aprova a proposta de norma que dispõe sobre a autorização para a construção, exploração e ampliação de terminal de uso privado, de estação de transbordo de carga, de instalação portuária pública de pequeno porte e de instalação portuária de turismo. A proposta será submetida à audiência pública antes de entrar em vigor.

A resolução tem por objetivo estabelecer os procedimentos para autorização de atividades nesses terminais, conforme disposto na Lei 12.815, de junho deste ano, que dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários; e pelo Decreto 8.033, também de junho deste ano, que regulamenta a lei.

##RECOMENDA##

De acordo com a referida lei, as instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado, que compreende os terminais de uso privado, estações de transbordo de carga, instalação portuária pública de pequeno porte e instalação portuária de turismo, serão exploradas mediante autorização, precedida de chamada ou anúncio públicos e, quando for o caso, processo seletivo público.

A Resolução 3.066, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 20, estabelece os procedimentos que devem ser adotados para a autorização das atividades nesses terminais e os modelos de requerimento que devem ser encaminhados à Antaq em caso de exploração de terminal portuário.

O chefe da Secretaria de Portos (SEP), Leônidas Cristino, reafirmou nesta segunda-feira, 26, que o edital do primeiro lote de concessões portuárias será publicado em 25 de outubro. De acordo com Cristino, a expectativa é de que até o fim de novembro seja realizado o leilão para 11 áreas no Porto de Santos (SP) e no Pará.

Cristino afirmou que a taxa de retorno prevista para os empreendimentos deve ficar em 7,5%. "Mas a taxa de retorno não é o problema, não tem problema a taxa ser mais elevada desde que garantimos maior movimentação de carga com menor custo", afirmou, após palestrar em evento na Baixada Santista.

##RECOMENDA##

O ministro afirmou ainda que dará início a conversas com o Ministério dos Transportes para duplicação de trechos ferroviários que dão acesso ao Porto de Santos. Cristino chegou a afirmar que editais de arrendamentos de terminais de grãos podem exigir que parte da carga seja movimentada por ferrovias. "Mas só haverá exigência se houver condições estruturais para isso", explicou.

O chefe da Secretaria de Portos (SEP) da Presidência da República, Leônidas Cristino, disse nesta segunda-feira que o novo marco regulatório do setor, que entrou em vigor no primeiro semestre, estimulará investimentos privados ao mesmo tempo que leva ao desenvolvimento dos portos públicos do País. "O governo federal vai cuidar dos portos públicos, mas vai ampliar as condições para o setor privado investir também", afirmou, durante abertura do Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos (Santos Export), em Santos, no litoral de São Paulo.

Cristino destacou que os portos privados poderão movimentar qualquer tipo de carga, "desde que esteja dentro do nosso planejamento". Ele referiu-se ao "planejamento sistêmico e intermodal" feito pelo governo para atacar os gargalos no escoamento da produção brasileira. Cristino citou ainda investimentos da administração federal nos acessos aos portos, dragagem e exigência de metas para serem cumpridas pelas autoridades portuárias, a fim de que o País tenha capacidade de acompanhar o crescimento previsto na movimentação de carga nos próximos anos. "A demanda vai aumentar cada vez mais e a capacidade tem que estar acima desta demanda", disse.

##RECOMENDA##

Antes do início do evento, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), disse que o município já tem um acordo para financiamento de obras de acesso à cidade e ao porto, que deve atacar o gargalo de acesso à região. As obras, avaliadas em R$ 800 milhões, serão divididas entre Poder Executivo federal, governo de São Paulo e prefeitura. De acordo com Barbosa, o acordo com a Caixa Econômica Federal para o financiamento dos cerca de R$ 250 milhões que cabem à prefeitura será assinado em 21 de outubro. Ele afirmou que a licitação ocorrerá em 2014.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) publicou nesta segunda-feira, 12, no Diário Oficial da União (DOU) aviso de consulta e audiência pública sobre arrendamentos no Porto de Santos e em cinco portos do Pará - Belém, Santarém, Vila do Conde e Terminais de Outeiro e Miramar -, anunciados na sexta-feira pelo governo.

A consulta tem o objetivo de obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento das minutas do edital de licitação, do contrato de arrendamento e de outros documentos para a licitação de áreas e infraestruturas nos portos.

##RECOMENDA##

O período de consulta começa hoje e prossegue até 6 de setembro. As minutas dos documentos estarão disponíveis no endereço eletrônico: http://www.antaq.gov.br/Portal/AudienciaPublica.asp. As contribuições devem ser dirigidas à Antaq até as 17h do dia 6 de setembro, exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico disponível no site www.antaq.gov.br, explica o aviso publicado no DOU. O texto informa que serão realizadas, ainda, audiências presenciais em data e local a serem oportunamente definidos e divulgados pela Antaq.

Na sexta-feira, o ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino, afirmou que a licitação para novos arrendamentos nesses seis portos vai ampliar a capacidade de movimentação em 48 milhões de toneladas por ano. Segundo ele, os investimentos estimados nos portos são da ordem de R$ 3 bilhões.

Após o anúncio nesta sexta-feira dos critérios para o arrendamento do Porto de Santos e outros cinco portos do Pará, a Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) divulgou nota criticando as condições e a modelagem propostas pelo governo. Segundo a entidade, os parâmetros são incompatíveis com a realidade de investimentos do Brasil e "elevam significativamente" o risco de desinvestimento e de judicialização do setor portuário.

Para a ABTP, a licitação de áreas que ainda estão sob a vigência de contratos com os atuais arrendatários até 2015 ou 2016 e a possibilidade dos novos arrendamentos terem prazos curtos, de até 10 anos, não são atraentes para investidores. "Os prazos de contrato oferecidos pelo governo devem permitir que os empreendedores amortizem seus investimentos e obtenham taxas atrativas de retorno", afirma a nota.

##RECOMENDA##

A associação alerta ainda que as empresas que operam terminais privados situados nesses seis portos estão amparadas por decisões judiciais que garantem a continuidade das suas operações. Segundo a ABTP, a medida do governo representa o recuo em investimentos imediatos de mais de R$ 10 bilhões, que estão represados.

Prevendo as críticas do setor privado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, fez mais cedo um discurso duro defendendo a atratividade de todo o conjunto de concessões de logística de transportes que o governo vem tentando destravar. Segundo ela, não há a intenção de tabelar o retorno dos investidores.

"O governo tem oferecido oportunidades de bom retorno e tem oferecido financiamento e garantias. Se o operador cumprir o nível contratado com eficiência, não interessa ao governo se a taxa de retorno será de 10%, 20% ou 30%. Se for maior, só resta ao governo parabenizá-lo pela capacidade de gestão", disse a ministra pela manhã, na apresentação dos novos arrendamentos de portos.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, lançou nesta sexta-feira (9), a primeira consulta pública de arrendamentos portuários em Santos e no Pará. "Pela primeira vez, fazemos um estudo para arrendamento considerando funcionamento dos portos como um todo, focando, sobretudo, no desempenho de todo o sistema portuário brasileiro, considerando também as ligações rodoviárias e ferroviárias", afirmou a ministra.

Gleisi destacou que os estudos se somam aos anúncios já feitos de 50 Terminais de Uso Privado (TUPs) em julho e outros 12 em agosto, que juntos ultrapassam os R$ 15 bilhões em investimentos. "E tudo isso em dois meses após a aprovação do novo marco de portos pelo Congresso Nacional", acrescentou.

##RECOMENDA##

Segundo ela, a consulta pública para os arrendamentos de Santos e do Pará terá duração de 30 dias, para melhoria dos projetos. Gleisi reconheceu que as relações com o setor privado foram tensas durante os debates para a elaboração do novo modelo portuário do País. Segundo ela, de um lado estava o governo querendo viabilizar uma infraestrutura com maior capacidade, em um menor prazo e com menor custo. Do outro, estava o setor privado com o mesmo objetivo, mas também preocupado em maximizar o retorno do investimento. "É um processo para estabelecer ganhos e não perdas, não é a favor de ninguém, é a favor do País. Queremos jogo de ganha-ganha.", afirmou.

A ministra disse ainda que o governo não quer tabelar o retorno dos investimentos. "O governo tem oferecido oportunidades de bom retorno e tem oferecido financiamento e garantias. Se o operador cumprir nível contratado com eficiência, não interessa ao governo a taxa de retorno será de 10%, 20% ou 30%. Se for maior, só resta ao governo parabenizá-lo pela capacidade de gestão", concluiu.

A Secretaria Especial de Portos fez nesta terça (6) uma chamada aos interessados na instalação, ampliação e na exploração de terminais portuários. De acordo com o ministro Leônidas Cristino, os investimentos deverão chegar a R$ 5 bilhões – dos quais R$ 2,3 bilhões são para dois projetos de ampliação e R$ 2,7 bilhões para 12 novos terminais. Estima-se que os investimentos aumentem a capacidade de movimentação de carga em 35,6 milhões de toneladas.

O anúncio, que será publicado no Diário Oficial da União desta quarta (7), faz parte das medidas do governo no âmbito do novo marco do setor portuário estabelecido na Medida Provisória dos Portos, sancionada no início de junho. "O governo quer investimentos e o aumento da capacidade de movimentação de carga, com menos tempo e com o menor custo", disse Cristino.

##RECOMENDA##

A região Sudeste é a que receberá a maior fatia dos investimentos, R$ 4,3 bilhões – distribuídos entre duas ampliações e dois projetos. O Espírito Santo é o estado que receberá maior investimento. Será construído um novo terminal de logística de minério de ferro, orçado em R$ 2 bilhões. No caso das ampliações, uma será de um estaleiro no Rio de Janeiro, orçada em R$ 409 milhões; a outra, em Santos, para a movimentação de graneis sólidos (como açúcar, fertilizante), orçada em R$ 1,8 bilhão.

A Secretaria de Portos da Presidência da República publicou nesta segunda-feira, 5, no Diário Oficial da União (DOU) portaria que disciplina as hipóteses de dispensa de nova autorização para instalações portuárias previstas no Decreto nº 8.033, que regulamenta a Lei dos Portos. A portaria disciplina especificamente o parágrafo único do artigo 35 do decreto. O texto do parágrafo desobriga de nova autorização as alterações do tipo de carga movimentada e a ampliação da área da instalação portuária, localizada fora do porto organizado, que não excedam a 25% da área original.

Pela portaria, os interessados em alterar o tipo de carga movimentada ou ampliar as áreas dessas instalações deverão formalizar o pedido na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) apresentando uma série de documentos, entre eles estimativa do volume e do tipo de carga e licença ambiental ou a dispensa de licença para os pedidos de movimentação de carga e memorial descritivo da instalação original para os casos de ampliação de área. Clique aqui e veja a íntegra da Portaria 110.

##RECOMENDA##

O governo vai transformar em 11 as 25 áreas do Porto de Santos (SP) que pretende leiloar ainda este ano, pelo fato de os contratos de concessão haverem vencido ou estarem por vencer. A informação consta do edital de licitação que deveria ter sido divulgado nesta quinta-feira, 17, mas atrasou e ainda não tem data definida.

No total, serão oferecidos à iniciativa privada 1,1 milhão de metros quadrados, mas numa configuração diferente da atual. O governo vai aproveitar o fim dos contratos para unir áreas contíguas e permitir a instalação de terminais maiores. É o que os técnicos apelidaram de "desfavelização" do porto. Além disso, a intenção é organizar os terminais de forma a não ter, por exemplo, embarque e desembarque de produtos químicos perto de alimentos.

##RECOMENDA##

Para facilitar o processo, será necessário antecipar o encerramento de contratos. Há, por exemplo, áreas cujas licenças iriam até 2017. O mesmo procedimento está em curso nos portos do Pará, cujo edital deverá sair na mesma ocasião que o do de Santos. Em terras paraenses, as 26 áreas disponíveis, que somam 1 milhão de metros quadrados, serão convertidas em 20.

Capacidade

De acordo com a Secretaria de Portos, a junção de áreas em Santos vai aumentar a capacidade de armazenagem e melhorar a operação portuária, "tanto na recepção quanto no manuseio e atracação de navios". O órgão acredita que haverá racionalização no uso dos acessos terrestres aos terminais.

Os editais de Santos e Pará serão os primeiros de concessões de áreas em portos organizados após a aprovação da nova Lei dos Portos, no final de maio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os novos investimentos em portos que o governo pretende anunciar ainda este ano para a região Norte dificilmente conseguirão evitar um estrangulamento nos embarques da próxima safra. E é bastante possível que as filas de caminhões que este ano se viram nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR) acabem se transferindo parcialmente para lá.

"Portos levam de três a quatro anos para serem construídos", afirmou o gerente executivo de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso. No entanto, a obtenção de licenças ambientais e de instalação costuma ser demorada. "A Odebrecht levou nove anos para conseguir uma licença para Santos", exemplificou. Além disso, na região Norte o processo tende a ser complexo por envolver áreas de floresta e populações indígenas.

##RECOMENDA##

A CNI classifica de urgente a retomada dos investimentos em portos na região, para evitar um colapso. Estudo elaborado pela entidade informa que, na safra 2011/12, foram embarcados 10,8 milhões de toneladas por esses portos. Essa é também a atual capacidade instalada deles.

Segundo o estudo elaborado pela entidade, a saída de mercadorias pelos portos chegará a 50 milhões de toneladas em 2020. Mas, bem antes disso, já em 2014, o volume de carga destinada ao Norte pode dobrar.

Logística. Isso ocorrerá por causa da conclusão do asfaltamento da BR-163, que liga o Centro-Oeste à região Norte, o que fará com que parte da produção deixe de ser escoada por Santos e Paranaguá. A CNI estima que esse volume seja da ordem de 10,5 milhões de toneladas.

A rodovia, que na visão da CNI representa uma "quebra de paradigma" em termos de escoamento da exportação, é aguardada há décadas. "Mas agora ela já está toda contratada", disse Cardoso, que esteve recentemente na região. "Em dezembro, o asfalto já chega a Miritituba (PA)." Trata-se de um porto no rio Tapajós, no qual os grãos podem ser embarcados em chatas e chegar aos portos do Pará. Gigantes do agronegócio estão instaladas nessa área. Com o asfaltamento, a previsão é que se intensifiquem os embarques a partir desse ponto.

Potencialmente, a região Norte pode ser o canal de escoamento para toda a produção de grãos que ocorre acima do paralelo 16 Sul, que na última safra chegou a 55,6 milhões de toneladas. A CNI estima que a consolidação de rotas para o Norte representará queda de 30% a 40% no custo de transporte dos grãos.

Além de mais barata no percurso interno no continente, a rota proporciona também economia de tempo para a chegada do produto à Europa e aos Estados Unidos. A viagem de Santarém (PA) para o porto de Roterdã leva 12,8 dias, ante 15,1 dias a partir de Santos e 15,4 dias de Paranaguá.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal anunciou, em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (3), as primeiras autorizações para operação de terminais de uso privado (TUPs) a serem instalados após a regulamentação da nova Lei dos Portos. De acordo com a Secretaria Especial de Portos, nessa primeira etapa serão instalados 50 portos, num aporte da ordem de R$ 11 bilhões de investimentos privados.

Mais da metade dos empreendimentos – 27 terminais - será na região Norte, num total de investimento de R$ 1,8 bilhão. O Nordeste será contemplado com três TUPs, todos na Bahia, com recursos de R$ 4,5 bilhões. Os demais estão distribuídas nas outras regiões, sendo 12 no Sudeste, cinco no Sul e três no Centro-Oeste (transbordo de cargas através de hidrovias), somando, respectivamente, R$ 4,6 bilhões, R$ 150 milhões e R$ 43 milhões.

##RECOMENDA##

Esses terminais privadas movimentarão cerca de 105 milhões de toneladas de cargas por ano, entre granéis sólidos, granéis líquidos, carga geral e contêiners. O processo para a liberação efetiva da construção dos TUPs deve durar 120 dias. Dada a autorização para a construção dos terminais, o empreendedor terá até três anos para começar a operar.

Ainda segunda a Secretaria de Portos, os terminais anunciados nesta quarta já possuem toda a documentação necessária para iniciar a construção. Mas, se mais empresas mostrarem interesse nas mesmas áreas, o governo poderá incluí-las no processo. O prazo para submissão das propostas segue até o dia 5 de agosto. A emissão das autorizações será iniciada no dia 21 de setembro.
 
“Esse é mais um passo para a viabilização do crescimento e desenvolvimento do setor portuário”, destacou o ministro dos Portos, Leônidas Cristino. Segundo ele, com a sanção e regulamentação da Lei 12.815, a chamada Lei dos Portos, promove-se uma maior competitividade para o setor com a “diminuição da burocracia, aumento de investimentos, maior concorrência e eficiência com menor custo e maior transparência e isonomia dos processos licitatórios”.

A presidente Dilma Rousseff disse que o governo está “atacando um dos grandes problemas de infraestrutura no país”. “Esse é um processo que estamos chamando de nova abertura dos portos brasileiros. Mas agora não para as nações amigas, mas para maior investimentos privado, daqueles que precisam de um terminal como extensão dos negócios”, explicou. Para ele, um dos maiores ganhos está na simplificação do processo. “Agora temos regras claras. Conhecemos as áreas necessitadas e suas demandas. A partir de agora, todos os empresários poderão competir em condição de igualdade”, destacou.

De acordo com o ministro Leônidas Cristino, até o início de outubro serão lançados editais de licitação de arrendamento no Porto de santos e Na Companhia Docas no Pará. “Estamos na fase de análise dos relatórios. Serão 52 contratos no primeiro de quatro blocos de licitações que iremos lanças”, informou.

Legislação
A Medida Provisória 595/2012, que trazia o novo marco regulatório do setor portuário, foi aprovada pelo Legislativo no dia 16 de maio deste ano. No dia 5 de junho, foi sancionada a Lei 12.815. O texto foi regulamento por meio do Decreto 8.033, publicado no Diário Oficial no dia 28 de junho.

A Receita Federal divulgou, nesta segunda-feira (1º), as regras para a aplicação do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). O regime permite a aquisição de bens específicos para o setor com suspensão de IPI, PIS/Cofins, IPI vinculado à importação, Imposto de Importação, e PIS/Pasep e Cofins-Importação.

A suspensão aplica-se às vendas no mercado interno e às importações de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, quando adquiridos ou importados diretamente pelo beneficiário do regime e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução de: carga, descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; treinamento e formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional.

##RECOMENDA##

O benefício também se estende a produtos utilizados na execução de serviços de transporte de mercadorias em ferrovias e aos trilhos e demais elementos de vias férreas. A íntegra da Instrução Normativa 1.370 da Receita Federal pode ser acessada na edição de hoje do Diário Oficial da União.

O polêmico novo marco regulatório dos portos deverá ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff na quarta-feira, 5, abrindo caminho para a licitação de 161 áreas em portos de todos o País, a começar por Santos (SP) e pelos portos do Pará. São concessões vencidas, por vencer e também áreas novas que, segundo a expectativa do governo, serão oferecidas à iniciativa privada a partir de outubro.

"Vamos buscar ganho de eficiência e escala e, por consequência, redução da tarifa", disse ao Estado o ministro-chefe da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino. "Haverá também um salto de qualidade na gestão dos portos."

##RECOMENDA##

Todo o trabalho técnico para a licitação de áreas em portos públicos parte do pressuposto que contratos vencidos não serão prorrogados. É um quadro diferente do previsto no texto da Medida Provisória (MP) dos Portos que saiu do Congresso. Lá está dito que os contratos de concessão poderão ser renovados, graças a uma emenda que o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) batizou de "Tio Patinhas", por defender interesses de grandes empresas. O veto é dado como certo nos bastidores desde quando a MP foi aprovada. Cristino não se manifestou a respeito.

Programação

Mas, sem o veto, toda a programação de leilões fica comprometida. Em Santos, por exemplo, o governo pretende relicitar uma área cujo contrato só vai expirar em 2017. Isso será necessário porque a intenção é redesenhar o porto, unindo espaços hoje ocupados por pequenos terminais e armazéns. Assim, algumas áreas contíguas a outras cujos arrendamentos estão vencidos terão de ser desocupadas antes do fim do contrato. A forma como esse encerramento antecipado será feito ainda está em estudos pela área técnica.

No total, irão a leilão o que hoje são 26 áreas no porto de Santos. Dessas, há 8 contratos vencidos, 16 por vencer e duas áreas novas.

No Pará, serão outros 26 espaços, dos quais três contratos estão vencidos, 12 por vencer e 11 são áreas novas. Para os locais onde hoje não há instalação alguma, a Secretaria de Portos (SEP) já está solicitando licenças ambientais.

"Também já estamos em diálogo permanente com o Tribunal de Contas da União", informou Fábio Lavor Teixeira, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da SEP. A intenção é evitar atrasos nos leilões, pois o prazo é curto.

Estudos. Os estudos econômicos, a cargo da Empresa Brasileira de Projetos (EBP), começam a ser entregues ao longo de junho. Serão no total quatro lotes mensais. A SEP vai analisar esses estudos e com base nas conclusões serão fixadas as regras dos leilões, que serão realizados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Tudo precisa passar pelo crivo do TCU.

Esses estudos vão apontar, por exemplo, qual será a necessidade de investimentos nas novas áreas. A estimativa inicial de R$ 54 bilhões será revista. Vão, também, indicar o perfil mais adequado para cada porto. "O planejamento saiu dos Estados para o nível nacional, e com isso pretendemos fomentar a sinergia", disse o ministro. "Vamos analisar onde é o caso de estimular a competição e onde haverá complementaridade."

Terminais privados. Ainda não há previsão de quando começa a operar uma novidade trazida pela MP dos Portos: os terminais privados para movimentar carga própria e de terceiros. Eles farão concorrência direta com os portos públicos, o que motivou muita pressão de trabalhadores e empresas já instaladas.

A Antaq contabiliza 123 pedidos de autorização para novos terminais. O texto aprovado no Congresso diz que, nesses casos, a agência precisa fazer um chamamento público para sondar se há outras empresas interessadas em operar naquelas áreas. É provável que o chamamento precise ser regulado por um decreto presidencial, dependendo de como seja o texto sancionado. Assim, é possível que os terminais precisem aguardar mais algum tempo.

O Brasil precisa continuar a crescer. E para isso precisamos de uma logística eficiente, com infraestrutura, aeroportos e portos. E ai começam as dificuldades. Historicamente, a revolução portuária no Brasil começou em 1808, quando o príncipe regente Dom João de Bragança assinou uma carta régia que abria os portos brasileiros para o mundo, revolucionando o comércio exterior brasileiro. A questão é que a operação portuária no Brasil está muito distante das referências mundiais de eficiência e produtividade.

Hoje, o debate e a aprovação da chamada MP 595 ou MP dos Portos, pode provocar uma nova revolução no segmento, permitindo que a iniciativa privada opere portos, desde que ofereça a menor tarifa combinada com o melhor serviço. É a ampliação da concorrência como indução de investimentos e, com isso, o aumento da capacidade e da efi­ciência dos portos com custos menores.

O debate sobre a importância e a eficiência dos portos não é recente. O Brasil vive um momento ruim na sua balança comercial. Nos últimos quatro meses, o país comprou mais no exterior do que exportou. Como exemplo temos a maior trading chinesa de soja, o grupo Sunrise, que cancelou uma compra de 2 milhões de toneladas de soja do Brasil em razão de atrasos nos embarques portuários.

O sistema portuário brasileiro está entre os piores do mundo. Num ranking com 144 países feito pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 135ª posição no item qualidade dos portos. Nossos portos são mais caros e mais ineficientes do que os de países desenvolvidos e emergentes. Para termos uma noção, operar no porto de Suape, em Pernambuco, custa cinco vezes mais do que em Cartagena, na Colômbia.

A MP dos Portos chega com a proposta de regular a exploração de portos e instalações portuárias e criar a segunda etapa do Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária. Espera-se que as mudanças atraiam investimentos de 55 bilhões de reais até 2017. A título de comparação, nos últimos 11 anos, o governo investiu apenas 3 bilhões no setor.

As mudanças já começaram antes da aprovação da MP, com a abertura dos maiores portos do país durante as 24h do dia, incluindo sábados e domingos. Antes, eles funcionavam apenas em horário comercial. São eles: Santos, Rio, Vitória, Suape, Paranaguá, Rio Grande, Itajaí e Fortaleza. Com isso, a operação terá um ganho de 25% em sua eficiência. O porto de Santos, por exemplo, é o maior da América Latina e é considerado também o melhor porto brasileiro. Ele responde por quase 30% de todo o comércio exterior do Brasil e ainda tem espaço para crescer mais.

Caro leitor, para atingir um padrão mais elevado é necessário que o País estimule a concorrência que levará a melhores níveis de serviços e até tarifas mais justas. A MP dos Portos tem tudo para reduzir a ineficiência da logística portuária, principalmente pela expectativa de maior participação da iniciativa privada nas operações. É preciso tomar as melhores decisões para que o país continue crescendo.

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), minimizou nesta quinta-feira (11) o fato de a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ter monitorado os portuários do Porto de Suape, em Pernambuco. "O governo precisa saber o que acontece no País. Não vejo como uma coisa anormal. São informações importantes. Não é monitoramento, como se fosse uma espionagem. É uma questão de segurança."

Documento sigiloso obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, em reportagem publicada na terça-feira (9), confirmou que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) mobilizou a Abin para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos, que estabelece novas regras para as concessões de portos e para a contratação de trabalhadores.

##RECOMENDA##

O ofício desmentiu o general José Elito, ministro-chefe do GSI, que na semana passada chamou de "mentirosa" reportagem do jornal que revelava a ação da Abin no Porto de Suape.

No início da noite de segunda-feira o ministro José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional, reconheceu a existência da "Ordem de Missão" da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o movimento grevista nos portos, mas negou que tivesse mentido ao emitir, na semana passada, nota repudiando reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que revelou a existência de monitoramento de portuários.

O general argumentou, desta vez, que o monitoramento foi amparado pela Lei 9.883, de 1999, que criou o Sistema Brasileiro de Inteligência. "A gente monitora tudo, assuntos que possam ser de interesse do País", afirmou. "Tudo o que a gente faz aqui é para assessorar a senhora presidenta e os órgãos de governo para decisões oportunas." "Não foi um monitoramento de movimento a ou b, mas de cenário", argumentou.

##RECOMENDA##

Segundo ele, "as preocupações do Estado eram em relação às consequências da paralisação". O documento, porém, cita "dirigentes sindicais ligados à Força Sindical".

O general José Elito disse que, ao admitir agora o monitoramento em portos não está contradizendo a nota que divulgou no dia 4, em que declarou que "em nenhum momento o governo determinou ao GSI/Abin qualquer ação relativa ao tema referido na irresponsável reportagem do jornal".

Ele alegou que a nota tratava de questão "pontual", referindo-se à notícia de que agentes da própria Abin foram infiltrados no porto de Suape, em Pernambuco. "A resposta foi pontual para uma questão pontual." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Documento sigiloso confirma que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) mobilizou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos. O ofício desmente o general José Elito, ministro-chefe do GSI, que na semana passada chamou de "mentirosa" reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que revelava a ação da Abin no porto de Suape (PE).

Identificado como "Ordem de Missão 022/82105", de 13 de março de 2013, o ofício encaminhado a superintendências da Abin em 15 estados litorâneos traz em destaque o alvo dos agentes: "Mobilização de Portuários". O GSI confirma a autenticidade do documento.

##RECOMENDA##

A "missão" da Abin, informa o documento, é identificar ações grevistas como reação à medida provisória que altera o funcionamento dos portos. O alvo central são sindicalistas ligados à Força Sindical. A central sindical se uniu às críticas feitas pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), contra a MP dos Portos. Campos é possível candidato à Presidência em 2014.

A reportagem mostrou na quinta-feira que a Abin vigia os passos dos portuários de Suape, em Pernambuco. Na ocasião, o general Elito, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, divulgou nota dizendo ser "mentirosa a afirmação de que o GSI/ABIN tenha montado qualquer operação para monitorar o movimento sindical no Porto de Suape ou em qualquer outra instituição do País".

A ordem contida no ofício 022/82105, porém, é clara sobre o monitoramento de sindicatos que atuam em portos. "Dirigentes sindicais ligados à Força Sindical pretendem promover paralisação nacional de 24 horas no dia 19 mar. 2013", alerta o documento sigiloso. Em outro trecho, cita a Federação Nacional dos Portuários e a Central Única dos Trabalhadores (CUT): "Portuários filiados a essas entidades devem começar a se reunir em assembleias a partir de 15 mar. 2013 para definir os rumos da mobilização - ações paredistas não podem ser descartadas".

Pouco antes de deflagrada a Ordem de Missão, em 13 de março, uma equipe formada por agentes de Brasília percorreu os Estados alvo para uma ação de vigilância prévia que incluiu, pela primeira vez, a utilização de um equipamento de filmagem israelense que permite a transmissão, em tempo real e em alta resolução, de imagens captadas nos portos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) pretende divulgar entre o final de maio e o início de junho o edital para a licitação dos terminais portuários em Santos e Belém, para o fechamento dos novos contratos até o fim do ano. O cronograma foi apresentado a jornalistas nesta terça-feira pelo presidente da agência, Pedro Brito, após participar de evento do setor em São Paulo. "Esses são prioritários", disse Brito, justificando que o Porto de Santos é o maior do País e Belém concentra grandes terminais de líquidos que atendem à Região Norte.

Segundo ele, o processo de licitação dos terminais será acelerado no segundo semestre, pois entre agosto e setembro a Antaq deve divulgar o edital dos demais terminais novos e com concessões vencidas. O governo deseja fazer concorrências para cerca de 150 terminais.

##RECOMENDA##

Além disso, a Antaq prepara a licitação para a dragagem de aprofundamento e manutenção dos portos, o que deve exigir investimentos públicos de R$ 3,2 bilhões. Segundo Brito, os contratos devem ser de 10 anos e o plano é agrupar alguns portos em um mesmo contrato. "Com exceção de Santos, que deve ter um contrato distinto", esclareceu.

Questionado sobre a concentração dos trabalhos na Antaq e na demora na aprovação de novos terminais verificada ao longo dos últimos anos, com casos de terminais que levaram seis anos para serem aprovados, Brito disse que a morosidade está relacionada à questão ambiental. "E realmente temos que ser rigorosos com a questão ambiental, mas fora disso nada justifica, temos que ter um processo que, no máximo em um ano, esteja concluído."

Segundo ele, uma das fases que mais demanda tempo é a de estudos de viabilidade técnica e econômica. Para o diretor, no entanto, a contratação da Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP) para preparar a fase de estudos e os modelos de licitação vai dar mais rapidez ao processo.

Brito lembrou que os investimentos nos portos previstos para os próximos cinco anos é de R$ 50 bilhões, incluindo não só novos terminais, mas acessos e dragagens, dos quais cerca de R$ 15 bilhões devem ser destinados a Santos.

O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) Fernando Costa Fonseca disse nesta terça-feira que a autarquia trabalha na modelagem das licitações dos arrendamentos portuários em paralelo à tramitação da Medida Provisória (MP) 595, que altera as regras para o setor, e que espera pôr os editais na rua ainda neste ano. "Estamos trabalhando em paralelo à MP, mesmo sabendo que pode haver mudanças significativas", disse, após solenidade de abertura do evento Intermodal South America 2013, em São Paulo.

De acordo com Fonseca, a centralização das licitações na Antaq favorece o planejamento setorial e sistêmico no País. Ele disse que a centralização ocorre também nos demais modais de transporte. "Isso pode assustar num primeiro momento, mas vai facilitar os estudos e o processo em si", disse, mesmo sem afirmar se a centralização diminuirá ou aumentará o tempo para a realização das licitações.

##RECOMENDA##

A centralização das concorrências não encontra respaldo no meio empresarial. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, o ideal é que o órgão regional faça o planejamento dos investimentos por conhecer as características locais. "Mas o governo decidiu pela centralização porque a regionalização não tem dado certo, as Companhias Docas estão falidas e com passivos acima de R$ 3 bilhões", afirmou.

A Presidência da República mandou o ministro da Secretaria dos Portos, Leônidas Cristino, reabrir uma investigação interna instalada para apurar suspeitas levantadas pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, envolvendo o número dois da pasta, o secretário-executivo Mário Lima Júnior. O procedimento interno da secretaria havia sido arquivado no início do ano sem encontrar indícios de envolvimento de Lima Júnior com o grupo acusado de vender pareceres técnicos de órgãos públicos para empresas privadas.

Dias após o arquivamento, o Estado revelou que o responsável pela investigação interna na pasta foi um subordinado imediato do secretário-executivo, o chefe de gabinete da Secretaria dos Portos, Raul Moura de Sá. Há suspeitas de que Moura de Sá tenha poupado seu superior hierárquico durante o procedimento.

##RECOMENDA##

A investigação interna arquivada que agora terá de ser reaberta se propõe a farejar problemas na concessão de declarações de utilidade públicas (DUPs) a empresas citadas na operação. Conforme o inquérito da Polícia Federal que baseou a ação criminal contra os acusados de envolvimento no esquema, o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira, apontado como o "chefe da quadrilha", fazia tráfico de influência para destravar, com a obtenção desse documento, um terminal na Ilha de Bagres, em Santos, de interesse da São Paulo Empreendimentos (SPE), ligada ao ex-senador e hoje empresário Gilberto Miranda (PMDB-AM).

Grampo

O secretário-executivo da Secretaria dos Portos foi flagrado em grampo da Polícia Federal discutindo com Paulo Vieira a instalação do terminal de interesse de Gilberto Miranda. Por telefone, Lima Júnior marcou um encontro com o ex-senador em seu escritório, em São Paulo. O secretário-executivo nega envolvimento em irregularidades e diz que não se reuniu, de fato, com o ex-parlamentar.

Na sindicância conduzida por seu chefe de gabinete, Lima Júnior sequer foi ouvido. Os servidores destacados para a investigação se contentaram com uma nota oficial que o secretário-executivo divulgou à imprensa quando seu nome apareceu nos grampos da operação da Polícia Federal. A indicação para reabrir o caso foi feita à Secretaria dos Portos pela Secretaria de Controle Interno da Presidência (Ciset), em nota produzida no dia em que o Estado revelou a blindagem do secretário-executivo. O ministro Leônidas Cristiano publicou nova portaria na sexta-feira da semana passada na qual nomeia uma nova comissão de sindicância para apurar "eventuais irregularidades funcionais relacionadas pela Porto Seguro e mais atos conexos". Agora, uma servidora da própria Ciset presidirá os trabalhos, que têm 30 dias de prazo.

Se o ministro não reabrisse sindicância, a Ciset poderia avocá-la e conduzi-la por conta própria. O órgão de controle tem essa prerrogativa quando há autoridade envolvida e se faltarem "condições objetivas" para as apurações. Em nota, a Ciset disse ter identificado "questões processuais que precisavam ser contempladas (na sindicância), bem como ritos que precisavam ser observador na instrução do processo". Segundo o órgão, depoimentos terão de ser colhidos novamente, na presença da comissão, e não apenas por escrito, como ocorreu na primeira vez. A Secretaria de Portos não se pronunciou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando