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Os impactos do modelo de Parceria Público Privada (PPP) que a Prefeitura do Recife pretende implantar para gerir a rede de atenção básica da capital pernambucana serão tema de importância audiência pública na Câmara de Vereadores. A proposição é do médico e vice-presidente da Comissão de Saúde da Casa de José Mariano, Tadeu Calheiros (Podemos).

Intitulado “PPP 100% Saúde da Família (USF)”, a parceria prevê mudanças significativas na rede municipal. Neste modelo, a atuação ocorrerá por meio de uma concessionária – que terá a prerrogativa para construção, gestão, operação, conservação e manutenção de 41 novas Unidades de Saúde da Família. Esta concessão, por sua vez, vigorará por 20 anos. Esse novo formato, na visão do parlamentar, no entanto, traz preocupações importantes e que já foram alertadas por entidades especializadas em saúde, como a possibilidade de elevação da desigualdade no atendimento; o dreno de recursos públicos para bolsos privados; e a ausência de controle social. 

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“Por se tratar de um tema complexo e que traz mudanças significativas, eu defendo a realização de um amplo debate multidisciplinar e atento, ouvindo a Prefeitura do Recife, mas - principalmente - também dando vez e voz para os outros entes que estão envolvidos e serão diretamente impactados nesse processo. Nosso compromisso maior é o de garantir a qualidade dos serviços e o bem-estar da população e dos profissionais que compõem a rede”, enfatiza Calheiros.

Com o encerramento do período legislativo de 2023 já previsto para a próxima semana, a audiência pública está programada para ser realizada no dia 19 de fevereiro, de forma híbrida, das 15h às 17h, logo após o Carnaval e já no início do ano legislativo de 2024.

*Da assessoria de imprensa

Um dos objetivos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, concebido pela Sudene, é a universalização do acesso ao saneamento básico. Em Pernambuco, a Autarquia deu um passo significativo para atingir esta meta. A Diretoria Colegiada da Superintendência aprovou a concessão de incentivos fiscais ao projeto da BRK Ambiental, empresa que atua neste segmento através de uma parceria público-privada com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A medida contribuiu para viabilizar um investimento de R$ 1,6 bilhão feito pela empresa privada no empreendimento. O projeto prevê, até 2037, levar esgotamento sanitário a 4,8 milhões de pessoas de 14 cidades da Região Metropolitana do Recife, além do município de Goiana.

Durante visita realizada nesta quarta-feira (29) à estação de tratamento de efluentes Prazeres, que beneficia 90 mil pessoas no município de Jaboatão dos Guararapes e entorno, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, reforçou o compromisso da Autarquia com iniciativas que dialoguem com a agenda da sustentabilidade.

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“Essa é uma ação prevista em nosso plano regional. É uma responsabilidade nossa fazer com que o Nordeste avance no acesso ao tratamento de esgoto. Temos parcerias não apenas em Pernambuco, mas na Bahia e Alagoas. Nós queremos atuar em todo o Nordeste para garantir cidadania a todos”, comentou o gestor. 

De acordo com o diretor de contrato da BRK, Sérgio Trentini, no início das atividades da parceria público-privada, em 2013, apenas 27% da população da Região Metropolitana do Recife tinha acesso a tratamento de esgoto. Em 2023, o índice subiu para 42%. Ainda segundo o representante da empresa, entre 2024 e 2028, a previsão é de realizar investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões, alcançando a meta de 55% da cobertura do saneamento básico da área atendida.

A PPP do saneamento também conta com a participação de outro instrumento da Sudene. A primeira fase de implantação do projeto, iniciada em 2014, contou com R$ 415,5 milhões financiados com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Para Sérgio Trentini, contar com os instrumentos da superintendência foram vitais para a viabilidade de todo o empreendimento. “São de suma importância. Sem o financiamento e o incentivo, não conseguiríamos realizar o volume de obras. Estamos falando de um investimento nos próximos cinco anos acima de R$ 2 bilhões. Em 2024, esperamos investir mais de R$ 300 milhões na região metropolitana”, destacou.

A empresa gera, atualmente, 800 empregos diretos e outros 1600 postos de trabalho indiretos. Os números devem atingir entre 5 mil e 6 mil oportunidades no total até 2026.  Apoio ao setor produtivo  A Sudene tem três instrumentos de atração de investimentos para sua área de atuação, que compreende os nove estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e Espírito Santo: o FDNE, o FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e os incentivos fiscais. O FDNE é uma linha de financiamento com taxas de juros a partir de 8% ao ano e prazos de financiamento de até 20 anos, dependendo da localização e do setor da economia ao qual o empreendimento pertence. Para projetos localizados no semiárido, há condições mais atrativas. A carência é de até um ano.

Já o FNE, operado pelo Banco do Nordeste, pode ser considerado como um dos principais instrumentos de financiamento para o desenvolvimento da região, mediante a execução de programas de financiamento aos setores produtivos. Para 2024, estão estimados R$ 37,8 bilhões.

Outro instrumento da carteira de opções da Sudene para atração de investimentos é o incentivo fiscal. Os empreendedores com projetos instalados na área da autarquia podem ter a redução de 75% do imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) para projetos de implantação, modernização, ampliação ou diversificação de linhas de produto. Outras modalidades estão disponíveis no site da Sudene. No último dia 22, a Câmara ampliou para 2028 a validade dos incentivos fiscais oferecidos pela Sudene. A medida segue para sanção presidencial.

*Da assessoria 

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer firmar uma Parceria Público-Privada (PPP) para viabilizar a transferência da sede do governo de São Paulo para as proximidades da região da cracolândia, no centro da capital. Promessa de campanha, a mudança pode englobar também secretarias e envolver cerca de 18 mil funcionários.

Segundo um integrante do primeiro escalão, a autorização para o início dos estudos se dará no dia 14, durante reunião dos conselhos de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Equipes técnicas do governo e também de universidades, como a USP, definirão o modelo, que se expandiu depois da posse. O projeto agora prevê que toda a estrutura pública se organize ao redor do Palácio dos Campos Elíseos, na Avenida Rio Branco, onde hoje funciona o Museu das Favelas e, no futuro, poderia servir como gabinete do governador. Uma das possibilidades de PPP seria, por exemplo, liberar repartições desocupadas para projetos habitacionais

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Para que secretarias e demais órgãos estaduais também passem a funcionar no centro, porém, interlocutores do governador estimam que será preciso construir uma espécie de polo administrativo ao longo da Rio Branco. Só depois é que 18 mil funcionários, hoje espalhados por 62 prédios, poderiam então trabalhar perto da nova sede.

O custo do projeto não foi divulgado. Segundo a gestão Tarcísio, o orçamento será definido com a conclusão dos estudos, mas, independentemente do valor, a intenção é viabilizá-lo a partir de parcerias com a iniciativa privada. Também não está definido onde será a nova residência do governador, hoje instalada, assim como seu gabinete, no Palácio dos Bandeirantes.

CPTM

Na mesma reunião do conselho das PPPs, Tarcísio encomendará um outro estudo para averiguar a viabilidade financeira de um projeto debatido há décadas em São Paulo: o enterramento do trilhos dos trens da CPTM que passam pela capital, especialmente o trecho entre a Lapa e o Brás.

A avaliação é que a medida complementaria o projeto de requalificação do centro previsto na proposta de mudança da sede. A intenção é abrir espaço para a construção de prédios públicos e de moradias populares a partir de intervenções em quatro linhas. Ao se tornarem subterrâneas, 2,3 mil hectares de terra seriam liberados - na campanha, Tarcísio prometeu construir 200 mil unidades habitacionais.

De acordo com auxiliares do governador, a proposta será desenvolvida em parceria com a Prefeitura. Uma das possibilidades é a de trabalhar a aprovação de legislações específicas para regiões dotadas de trilhos, como a Operação Urbana Lapa-Brás, aguardada há mais de dez anos.

Com ela, o Município definiria o projeto como prioritário e destinaria os recursos arrecadados com a venda de títulos imobiliários na região para a obra. Em troca, o Estado utilizaria os terrenos liberados para ampliar a oferta de habitação social e abrir uma avenida ligando a zona oeste ao centro.

A intenção vai de encontro a outro projeto, desta vez da Prefeitura: o de transformar o elevado João Goulart, o Minhocão, em parque. Em entrevista ao Estadão, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que o fechamento da via elevada para carros só é possível com a construção de uma alternativa viária. Se o enterramento dos trilhos não sair, Nunes pretende construir um túnel sob o Minhocão por cerca de R$ 1 bilhão. (COLABOROU ADRIANA FERRAZ)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O município do Jaboatão dos Guararapes recebeu, nesta quinta-feira (15), o prêmio de Prefeito Inovador 2022, durante o Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes, pela implantação da Parceria Público Privada da Iluminação Pública. A entrega aconteceu na cerimônia de encerramento do evento, no auditório do Porto Digital.

O presidente da Empresa Municipal de Energia e Iluminação Pública (Emlume), Paulo Lages, representou o prefeito Mano Medeiros. O Fórum foi promovido pela Rede Cidade Digital (RCD). 

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O encontro reuniu gestores e servidores de vários municípios do Estado para apresentação de projetos e programas na área de tecnologia e inovação, além de trocas de experiências. Os organizadores identificaram a PPP da Iluminação Pública do Jaboatão como um exemplo para outras cidades, tendo entre os critérios a utilização da tecnologia estrategicamente na gestão pública, como forma de melhorar a prestação de serviços, oferecer mais qualidade de vida do cidadão e ampliar a capacidade de desenvolvimento do município. 

A PPP da Iluminação Pública já está na fase de implantação e, até o final de 2023, Jaboatão terá 100% de pontos com lâmpadas de LED. Em março deste ano, o consórcio Luz do Jaboatão venceu o leilão promovido pela Prefeitura do Jaboatão na Bolsa de Valores, em São Paulo, para cumprir um contrato com duração de 22 anos, assinado em agosto passado. 

O contrato tem valor de R$ 130,8 milhões, sendo R$ 84 milhões em investimentos a serem feitos na modernização e melhoria do parque da iluminação, ao longo da concessão, além de ampliação do número de pontos, para atender ao crescimento do município. Serão instaladas iluminação especial e arquitetural em 170 espaços turísticos e históricos. As principais vias terão gestão remota de telecontrole, ou seja, o próprio sistema indicará possíveis falhas.

O consórcio também implantará um centro de controle para monitoramento 24 horas por dia, com atendimento por uma central telefônica e canais digitais.  Com isso, além da questão da segurança pública, já que as ruas e avenidas do município terão uma iluminação de melhor qualidade, a tecnologia vai garantir economia no custo da manutenção por ponto, redução de até 71% no consumo de energia elétrica e diminuição da conta mensal da gestão municipal. Também haverá mais agilidade na correção de possíveis falhas e  ganhos ambientais, pois haverá uma redução significativa na troca de lâmpadas.   

Ao receber o prêmio de Prefeito Inovador, o presidente da Emlume, Paulo Lages, ressaltou a importância de Jaboatão ser reconhecido como um case de sucesso. “Nosso município tem cerca de 50 mil pontos de iluminação pública, que serão 100% de LED a partir do final de 2023. Jaboatão será a cidade mais iluminada de Pernambuco. Além de ruas e avenidas, faremos ações diferenciadas, investindo em parques, praças, áreas de lazer, pontos turísticos e campos de futebol. Quero agradecer, em nome do prefeito Mano Medeiros, esse reconhecimento que acontece no Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes. Uma escolha que teve iniciativa da própria organização do evento, o que dá maior dimensão ao projeto que estamos implantando”, disse Lages. 

O prefeito Mano Medeiros também salientou o reconhecimento da Rede Cidade Digital ao programa de iluminação pública. “Desde o início da nossa gestão, em 2017, já vínhamos investindo na iluminação com LED. Buscamos o apoio do BNDES e da iniciativa privada para podermos ampliar ainda mais, alcançando todo o território do município. É um investimento que garante retorno à população em termos de segurança e economia, além de refletir. No nosso planejamento, inclusive, prevemos a redução da Taxa de Iluminação Pública a partir do momento que houver redução do consumo e da conta de energia paga pela gestão municipal. São resultados importantes que estamos apresentando à população, inovando e apostando na tecnologia”. disse Mano.

*Da assesoria 

A adoção do modelo de PPPs em rodovias onde a tarifa seria muito elevada se estruturada em formato de concessão "pura" poderá ser uma das vias do programa de infraestrutura rodoviária em um eventual novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República. O estudo dessa opção está sugerido em documento de propostas da Fundação Perseu Abramo, instituto do Partido dos Trabalhadores (PT), que tem entre seus integrantes articuladores da campanha do petista.

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), apesar de o caderno não ser parte do programa de governo de Lula, funciona como uma espécie de ensaio de propostas que podem ser efetivadas caso o petista seja eleito.

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Na terça-feira, o presidenciável prometeu em encontro com empresários da construção civil, se eleito, anunciar um grande programa de infraestrutura já em janeiro.

As PPPs podem ser viabilizadas de algumas formas, mas, em geral, o conceito prevê uma parceria com a iniciativa privada de modo que a União continue presente no ativo, mesmo após o leilão. Diferente de uma concessão comum, o poder público pode fazer aportes no projeto, por exemplo, remunerando a empresa privada pela prestação dos serviços. Ou seja, exige desembolso de recursos do Tesouro.

Os autores da Perseu Abramo sugerem um fortalecimento amplo das PPPs num eventual governo petista. Para o caso das rodovias, a opção pode ser usada para trechos em regiões onde o valor da tarifa de pedágio de uma concessão comum não compensaria os ganhos que os veículos têm com a redução de custo de uma estrada bem administrada. Atualmente, não existe uma PPP em rodovia federal.

"Estudar novos modelos de contratação de manutenção em rodovias sem capacidade de pagamento de tarifas, seja na modalidade de concessão administrativa ou de Programa de Contratação, Restauração e Manutenção (CREMA)", sugerem os autores, que falam na estruturação de um banco de estudos e projetos para o setor rodoviário.

A busca de outras modelagens para conceder trechos à iniciativa privada - com PPPs, por exemplo - é um assunto que tem mobilizado o segmento. Isso porque, apesar de ainda existirem projetos e trechos viáveis de leiloar a partir de uma concessão pura, há um reconhecimento de que a quantidade desses ativos é limitada. Ou seja, muitos quilômetros de estrada que precisam de intervenção e investimento não seriam economicamente atrativos para a iniciativa privada assumir de forma completa. Também não há recurso público para investir em todas, o que leva a necessidade de novos arranjos para a conservação e ampliação dessas estradas.

Um eventual governo Lula, contudo, deve continuar licitando no formato de concessões comuns onde é possível. No plano para rodovias, os autores da Perseu Abramo sugerem a realização de novas concessões priorizando projetos que analisem o impacto no custo do frete e na capacidade de pagamento local. Uma avaliação sobre mecanismos de redução de riscos e de ampliação da atratividade de operadores, como mecanismos de bandas de demanda e mitigação de risco cambial, também é citada.

Em relação às concessões e autorizações que já estão em vigor, não só de rodovias, o caderno ainda sugere que haja uma avaliação dos cronogramas de investimentos para eventualmente se promover uma repactuação, estabelecendo "sanções mais claras e rigorosas" para atrasos no empreendimento.

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Foi celebrada no Recife, na manhã desta terça-feira (21), a assinatura de um contrato que deve iniciar os estudos para a primeira parceria público-privada (PPP) voltada à locação social no país. A iniciativa tem o intuito de diminuir o déficit habitacional na capital pernambucana, que possui um dos maiores índices de desigualdade e concentração de renda no Brasil, além dos crescentes valores no aluguel. O evento de formalização aconteceu no auditório Capiba da Prefeitura do Recife, e contou com a presença do ministro Rogério Marinho (PL), do Desenvolvimento Regional, e de representantes da Caixa, que assinaram o documento junto ao prefeito João Campos (PSB).

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A etapa de estudos é a base do levantamento que deve estar concluído em 2022, para iniciar a execução dos projetos de locação. Serão, no mínimo, quatro projetos, para a construção ou revitalização de 450 unidades habitacionais, mas o número definitivo e as condições gerais serão avaliadas pela equipe de secretários envolvida nos estudos. Em 2023, a parceria planeja estar com as primeiras unidades concluídas para habilitar o aluguel social. A locação social tem como conjuntura o subsídio parcial ou integral do aluguel por parte da gestão responsável, neste caso, a municipal. 

De acordo com a secretária de habitação do Recife, Maria Eduarda Medicis, o foco do projeto é o Centro do Recife e o debate teve início há mais de um ano. "Esse projeto que a gente traz hoje nasceu de muita sinergia entre diversas secretarias. A política de habitação não é obra de engenharia. Cada vez mais essas políticas de desenvolvimento social e habitação estão juntas. Temos pensado em conjunto em como podemos trazer mais equipamentos sociais [para o projeto]. O que estamos trazendo para o Centro não são apartamentos, são famílias, são moradores que irão precisar de diversos outros usos", declarou Medicis.

De acordo com a apresentação da secretária, o projeto trabalhará com a “urbanização e a regularização fundiária” e com o desenvolvimento institucional. Serão pensadas unidades habitacionais diversas, com diferenciação no número de cômodos, pensando na diversidade de famílias em necessidade. O projeto contemplará famílias com renda de até três salários mínimos e que tenham cadastro na base de assistência social do Estado (CadÚnico). O investimento é de R$ 100 milhões e deve ajudar mais de 700 famílias.

O prefeito João Campos destacou que, ao falar em déficit habitacional, é preciso pensar além da habitação e considerar a questão da renda. É um parâmetro mundial considerar que um cidadão está dentro do déficit habitacional caso o gasto com aluguel seja superior a 30% da sua renda.

"A gente sabe que os dados apontam para aproximadamente seis milhões em déficit habitacional no país. E automaticamente quando se fala no déficit, a gente imagina que é exclusivamente um problema de falta de casa, de construção, mas ele não é apenas a casa faltando, e sim se você compromete a sua renda. Acima dos 30%, você se enquadra no déficit habitacional. Isso é mais de 50% das famílias nessa situação. Construir casa é uma solução, não a única. O estudo irá dizer a viabilidade, o tamanho e quais são as áreas da cidade que podem ser usadas pra isso. No Recife, o déficit é de aproximadamente 70 mil pessoas", afirmou o prefeito.

Participaram do evento parlamentares da esfera estadual e federal, entre aliados e opositores do governo Bolsonaro, do qual o ministro Marinho, que também trouxe parte de sua equipe, faz parte. Discursaram à mesa o secretário nacional de Habitação, Alfredo Santos; a secretária Maria Eduarda Medicis; Manoel Renato Filho, secretário da PCR; a superintendente nacional da Caixa, Daniele Mendonça; o ministro Rogério Marinho; e a secretária especial do Programa de Parcerias e Investimentos, Martha Seillier.

A ideia de revogar as leis atuais que regem as concessões e parceria público-privadas no Brasil e substituí-las por uma nova "legislação geral" opôs integrantes do governo e o relator do projeto de lei sobre o assunto na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

O Executivo é contrário à proposta imaginada pelo parlamentar. Os dois lados terão uma rodada de conversa nos próximos dias, mas sinalizaram que não irão mudar de posição sobre o ponto.

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Essa divergência é mais de forma do que de conteúdo, pois o governo apoia vários itens do projeto de lei, apesar de algumas resistências. A revogação das leis atuais (11.079/2004 e 8.987/1995) está prevista no parecer de Jardim, aprovado em comissão especial no fim do ano passado. Ele cria uma Lei Geral de Concessões, que consolida as regras em vigor e as mudanças pretendidas. O deputado acredita que, ao reunir as normas numa única lei, haverá maior previsibilidade e segurança para os investidores.

Por outro lado, integrantes dos Ministérios da Economia e da Infraestrutura afirmam que o movimento é muito "traumático" para ocorrer justamente num momento em que o poder público aposta nas concessões para atrair investimentos. Para eles, o ideal é que as inovações sejam incorporadas nas leis atuais, sem extingui-las.

Mesmo que vários pontos das legislações atuais sejam transferidos para uma nova lei, sem alteração, técnicos apontam que, ao fim, será uma nova estrutura de redação com a qual todo o setor e governo precisarão se adaptar. O parecer de Jardim, encarado como muito extenso até pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, tem 224 artigos. A lei 11.079 tem 30 dispositivos, enquanto a lei 8.987 tem 47.

O governo deve enviar nos próximos dias ao relator um documento que aponta quais pontos do texto atual considera positivos e negativos. Segundo um integrante do Ministério da Economia, permanece a visão de que será preocupante se o Congresso revogar essas duas leis.

Segurança

Jardim, por outro lado, defende a medida como uma forma de uniformizar as normas sobre concessões e PPPs. Isso tornaria o ambiente de investimento mais estável e previsível, em sua visão. O deputado também afirma que as duas leis que serão revogadas ainda irão conviver com a nova legislação pelo prazo de um ano, tempo de transição que prepararia o setor.

"Tem várias concessões preparadas com as regras atuais. Não vamos querer parar nada. O texto ainda permite que contratos se adaptem à nova legislação. É uma transição muito harmônica e suave que está se prevendo", disse o deputado. Segundo Jardim, a consolidação das leis foi um pedido de especialistas no setor.

Procurado, o Ministério da Infraestrutura informou que "o governo federal analisa a proposta", e que a análise está sendo feita no âmbito da Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ), vinculada à Presidência da República. A Secretaria Geral da Presidência da República, que abriga a SAJ, disse em nota que ajustes pontuais na legislação vigente são uma alternativa à instituição de um novo marco legal - "com impacto menor sobre o setorial".

"A instauração de um novo marco legal de concessões e PPPs deve ser avaliada pelo setorial - são os ministérios que devem avaliar os impactos de nova legislação sobre o tema aos projetos e leilões em andamento", também afirmou. O Ministério da Economia não respondeu até a conclusão desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Idealizado para dar maior agilidade e segurança às parcerias público-privadas no País, o projeto de lei que propõe uma nova lei geral de concessões tem ao menos quatro itens que preocupam a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU), responsável por atestar aspectos legais das concessões. Técnicos do tribunal ouvidos pelo Estadão/Broadcast acreditam que, se o texto for aprovado com a redação atual, o efeito buscado pelo relator, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), pode ser inverso em alguns aspectos da lei, com aumento de judicialização e insegurança jurídica.

A imposição de um prazo para o TCU julgar processos de concessão, a restrição da interferência dos órgãos de controle externo no mérito das atividades do poder concedente, a liberação para autores de estudos de concessão participarem de leilão e o uso pela concessionária de bens essenciais da concessão como garantia estão entre os pontos que geram receio. O PL já foi aprovado em comissão especial e ainda precisa passar pelo plenário da Câmara e depois pelo Senado.

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Sobre o prazo, o projeto estabelece que o TCU tenha 120 dias para avaliar os editais e estudos dos projetos de concessão. Se o período não for respeitado, os documentos são considerados aprovados. A iniciativa surge de uma insatisfação do setor sobre o ritmo do tribunal para julgar alguns processos de concessão, como foi o caso da renovação da Malha Paulista. Hoje, apenas a área técnica da Corte tem prazo para análise, de 75 dias. Quando o processo segue para o ministro relator, não há um limite de tempo.

Técnicos temem que a imposição de um prazo dificulte o diálogo entre o tribunal e o governo nesses processos. Isso porque, em diversas vezes, a Corte precisa pedir ao poder concedente correções ou complementações dos estudos. Se, nesse "vaivém" de documentos, a área técnica não conseguir finalizar a análise dentro do prazo, aumentam as chances de os estudos serem rejeitados por falta de tempo hábil, entendem integrantes do tribunal.

Apesar de o texto definir que o órgão pode solicitar informações complementares com suspensão do prazo até a resposta, a ressalva é considerada insuficiente. Segundo o projeto do lei, "outras solicitações de documentação e informações complementares" formuladas pelo órgão não suspendem o prazo. O receio é de que a falta de precisão sobre quando há interrupção de fato gere insegurança jurídica nos procedimentos.

Técnicos do TCU já se reuniram com o relator e auxiliares para sugerir modificações no texto. Outro ponto que traz desconforto é a expressão segundo a qual a submissão dos estudos ao tribunal se dará "a critério do poder concedente". Para técnicos, isso vai de encontro ao papel da Corte, uma vez que quem escolhe quais projetos são analisados é o próprio TCU, e não o governo, apontam.

Restrição

Ponto também considerado polêmico é o artigo que veda a interferência dos órgãos de controle externo, como o TCU, no mérito das atividades exercidas pelo poder concedente como agente regulador e fiscalizador do serviço concedido, "inclusive quando realizadas por intermédio de agência reguladora". Para técnicos, isso pode cercear a atuação do tribunal e colocar em risco as decisões tomadas nessa área.

Integrantes da Corte entendem que a expressão "mérito das atividades exercidas" é subjetiva e pode gerar uma onda de judicialização das decisões do tribunal por parte do poder concedente, que frequentemente fica contrariado com a intervenção do TCU. Um técnico destaca que o uso da palavra "interferência" no texto já aponta para uma insatisfação quanto a esse papel fiscalizador dos órgãos de controle. Isso poderia até mesmo afetar o papel fiscalizador do Congresso, diz outro técnico.

Também gera desconforto o artigo que libera a participação de autores ou responsáveis economicamente pelos projetos e estudos de concessão na licitação ou na execução da concessão. O temor é de que a regra gere uma assimetria de informações entre os concorrentes. Outro ponto do artigo criticado é a possibilidade de a concessionária oferecer em garantia bens da concessão "imprescindíveis à continuidade, qualidade e atualidade dos serviços", que é vista como um risco à operação dos serviços públicos. O mesmo artigo define que, em qualquer hipótese de extinção do contrato, o bem dado em garantia deverá ser imediatamente substituído ou indenizado pela concessionária, nos limites do valor não amortizado.

Transparência

Diretor da Astris Finance e membro do grupo Infra2038, Daniel Uzueli vê os quatro pontos sugeridos no projeto que propõe nova lei das concessões de forma positiva. Para Uzueli, é necessário que a nova lei preveja alguns limites para a atuação do TCU, que, em sua visão, interfere várias vezes indevidamente nas atividades entre o poder público e o privado. Para ele, é responsabilidade do TCU identificar "grandes falhas" nos projetos, e não se ater a minúcias.

"Os órgãos públicos têm um pouco de medo de tomar decisões, então é extremamente salutar a limitação do poder do TCU", disse. A ideia é combater a situação conhecida como 'apagão das canetas', ou seja, quando existe um temor de agências reguladoras tomarem decisões. Por isso, tanto a imposição de um prazo para os órgãos de controle quanto a vedação de interferência em atividades de mérito do poder concedente são salutares, na visão de Uzueli.

O diretor da Astris Finance também vê de forma favorável a liberação do oferecimento de bens da concessão em garantia e a permissão de autores de estudos de concessão participarem dos leilões. A chave para as duas situações ocorrerem bem, em sua opinião, é o fortalecimento da transparência. Uzueli destaca ainda que a possibilidade de a concessionária oferecer bens da operação em garantia irá baratear o financiamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura de São Paulo deve assinar no início de 2020 a versão definitiva da Parceria Público-Privada (PPP) da Iluminação, com valor de R$ 6,9 bilhões e 20 anos de vigência. A licitação se arrastou por mais de quatro anos e meio e envolveu, além de brigas na Justiça, denúncias de corrupção contra uma das empresas do consórcio vencedor.

A Prefeitura afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que espera apenas a conclusão de estudos de uma entidade independente, a Fundação Instituto de Administração - consultada por determinação da Procuradoria-Geral do Município -, para dar o sinal verde. Será assinado um termo aditivo, contendo recomendações da fundação, para a concorrência que foi concluída em 2018. A licitação havia sido anulada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em dezembro de 2018. Em abril de 2019, seu teor foi resgatado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Com a conclusão dos estudos, prevista para janeiro, e a assinatura do aditivo, o consórcio Iluminação Paulistana - que inclui a empresa FM Rodrigues - vai assumir o programa de modernização do parque de iluminação da capital paulista. O projeto foi idealizado em 2015, na gestão de Fernando Haddad.

Antes da decisão do STJ, a prestação de serviço estava restrita pelo TJ-SP à manutenção da iluminação pública de São Paulo. Desde a decisão da corte, a prefeitura já assinou dois contratos temporários com a Iluminação Paulistana. O primeiro era de 26 de agosto, com duração de 100 dias, e o segundo era de 2 de dezembro, prevendo outros 60 dias.

Histórico

A decisão do STJ, que retomou a PPP, foi tomada pelo ministro João Otávio de Noronha, atendendo a um pedido do consórcio Iluminação Paulistana. Nela, Noronha afirmou que a anulação do contrato causava prejuízos para o interesse público.

A licitação havia sido cancelada pelo TJ-SP após um pedido do consórcio Walks, excluído da concorrência. De acordo com a prefeitura paulistana, o motivo era a participação de uma empresa declarada inidônea, ou seja, que estava impedida de fechar contratos com o poder público. Depois, porém, a 1ª Câmara de Direito Público do TJ-SP entendeu que a exclusão aconteceu sem que o consórcio Walks pudesse fazer sua defesa adequadamente.

Em fevereiro deste ano - entre a data em que a concorrência foi anulada pelo TJ-SP e resgatada pelo STJ -, a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) lançou consulta pública sobre uma nova licitação, estimada em R$ 5,1 bilhões.

Ao contrário do projeto da gestão Haddad, a consulta não previa que a empresa selecionada fosse obrigada a adotar um sistema de gerenciamento remoto da iluminação pública com base em luminárias de LED - a chamada telegestão. Depois que a licitação voltou a valer, a nova consulta foi suspensa pela gestão Covas.

Denúncia

O caso ganhou contorno ruidoso em março de 2018, quando uma ex-funcionária do Departamento de Iluminação Pública (Ilume) denunciou um suposto esquema de pagamento de propina da FM Rodrigues à então diretora da Ilume Denise Abreu. Na época, o consórcio a que a empresa pertence sagrou-se vencedor da licitação de R$ 6,9 bilhões.

Áudios gravados no departamento e divulgados pela funcionária denunciante sugeriam a existência de um esquema de propina e uma preferência de Abreu pela FM Rodrigues. A diretora foi demitida pelo então prefeito João Doria. Em fevereiro de 2019, porém, a promotoria arquivou a investigação.

Tanto a diretora quanto a empresa negaram na época ter praticado qualquer ato ilícito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara e o governo preparam um pacote para simplificar e dar mais garantias nos contratos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs), com o objetivo de destravar investimentos em infraestrutura no País. Entre as medidas em estudo estão incluir permissão para que contratos de concessão cobrem tarifa em dólar, desde que o cliente também tenha receita em moeda estrangeira.

Relator do pacote na Câmara, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) quer apresentar seu relatório até o fim de outubro, prevendo um novo marco regulatório para PPPs, concessões e fundos de investimento. O deputado tem mantido conversas sobre o projeto com integrantes da equipe econômica do governo, que deve encaminhar sugestões oficialmente ao Congresso nos próximos dias.

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Uma delas propõe a possibilidade da "dolarização" dos contratos de concessão. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, a medida altera um decreto-lei de 1969 que veda a existência de contratos com pagamento em moeda estrangeira e prevê algumas exceções. Entre elas, o contrato entre concessionária em infraestrutura com exportadores. Uma concessionária que tem receita em real poderia contrair uma dívida em dólar e se proteger da variação ao fechar contrato em dólar com empresa que recebe na moeda estrangeira. Um exemplo é a operadora de ferrovia fechar contrato em dólar com uma exportadora.

Uma das alternativas em análise pelo relator é a criação de um fundo garantidor para suportar o hedge cambial, forma de proteção contra a variação da moeda. O fundo poderia ser lastreado com recursos das concessões.

Prazo

A ideia é também retirar o prazo máximo dos contratos de PPPs, que hoje é de 35 anos. Para o deputado, muitos projetos precisam de uma perspectiva de investimento mais duradoura para terem viabilidade. "Tem investimento em que não se pensa nesse prazo. É mais do que ampliar, queremos que não se tenha um limite de prazo", observou. Está em análise também se o tempo mínimo, de cinco anos, seria mantido.

Um modelo de concessão simplificada também deve constar do relatório do deputado. O formato seria usado para projetos de menor porte e complexidade. Para integrantes do Ministério da Economia, o padrão poderia ser aplicado, por exemplo, para serviços de mobilidade urbana.

A ideia é encurtar o "ritual" pelo qual passa uma concessão de menor estrutura. Em sentido similar, Jardim ainda quer ampliar o uso do modelo de autorização, pelo qual o poder público permite à iniciativa privada a exploração de uma atividade fora do regime tradicional de concessão ou PPP.

O relator estuda ainda impedir que as concessionárias de serviços públicos entrem com pedido de recuperação judicial. "Nós achamos que recuperação judicial não combina com concessões", disse o deputado.

Dessa forma, a ideia é que a lei de falência e recuperação judicial não seja aplicada às concessionárias, assim como não pode ser usada por empresas públicas e sociedades de economia mista, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Responsável por aprovar a concessão de uma fábrica de remédios à iniciativa privada, o ex-secretário Giovanni Guido Cerri é hoje sócio do mesmo grupo que venceu a concorrência durante sua gestão na Secretaria Estadual de Saúde paulista. O contrato de concessão resultou em uma dívida de R$ 74 milhões para o governo e agora é alvo de investigação do Ministério Público e da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O caso envolve a Fundação para o Remédio Popular (Furp), ligada à secretaria, que é foco de denúncias de corrupção desde 2017 e motivou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no início deste ano. Os deputados apuram suspeita de pagamento de propina na construção da fábrica. Há também o diagnóstico de que os termos da Parceria Público-Privada (PPP) para administrar a unidade tenham dobrado o custo dos remédios comprados pelo Estado e criado a dívida milionária.

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A CPI chegou à sociedade do ex-secretário com o Grupo NC, que controla o consórcio ganhador da licitação. Cerri saiu da secretaria em setembro de 2013, cerca de 15 dias após assinar o contrato que concedeu a fábrica de Américo Brasiliense, no interior paulista, a uma concessionária controlada pelo laboratório EMS. A empresa foi a única a participar da concorrência.

Em 2016, Cerri montou a empresa Clintech Participações S/A. O Grupo NC, dono da EMS, se tornou sócio meses depois e fez um aporte de R$ 1,5 milhão na Clintech - que, até então, tinha capital social de R$ 1 mil. Segundo registros da Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), também são sócios do ex-secretário um dirigente do Grupo NC, Leonardo Sanchez Secundino, e o executivo da EMS Julio Cesar Borges.

Cerri diz que a empresa presta serviços de diagnóstico por imagem. Segundo o ex-secretário, o investimento de R$ 1,5 milhão seria para a compra de equipamentos. "São investimentos em equipamentos de diagnóstico (de imagem) na Santa Casa de São José do Rio Preto", disse Cerri, sobre o aporte. "A empresa está funcionando lá."

A ficha cadastral na Jucesp diz que a Clintech é uma "holding de instituições não financeiras". O documento também registra que o grupo fez novos aportes de R$ 1,5 milhão e R$ 7,1 milhões no ano de 2018.

O ex-secretário e o Grupo NC se tornaram parceiros novamente em janeiro deste ano. Eles foram admitidos, no mesmo dia, como sócios da empresa Criva, que trabalha na área de diagnóstico por imagem. Além deles, entraram outros cinco sócios na empresa, que passou a oferecer também os serviços de vacinação, laboratório clínico, anatomia patológica e citologia.

Os dados foram levantados pelo gabinete do presidente da CPI, deputado Edmir Chedid (DEM). Ele diz que a comissão pode encaminhar o caso para o Ministério Público. "Acho que a CPI tem de se debruçar em cima das respostas que ele deu, de como se deu esse negócio, para saber se não tem uma influência."

Sem relação

Questionado, o ex-secretário disse que não há relação entre a PPP e suas parcerias atuais com o grupo. "Isso não tem nada a ver com a época em que estive na secretaria, foi um fato recente, e é um grupo que faz investimentos no setor privado. É uma parceria que foi feita muito tempo depois que eu já tinha sido secretário", disse.

"Eles (laboratório EMS) foram os únicos que apresentaram proposta e a PPP correu por causa disso. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Eu não tinha relação com eles na época em que era secretário."

'Negócio é independente'

Em nota, o Grupo NC afirmou que seus investimentos nas empresas Clintech e Criva "fazem parte da sua estratégia de diversificação em algumas frentes de atuação, incluindo a área de diagnóstico de imagem, em que o dr. Giovanni Guido Cerri, professor de medicina e presidente de instituições médicas, é um dos grandes especialistas".

"O capital investido foi destinado à compra de equipamentos, ampliação da estrutura física e expansão das empresas. Esse negócio é independente, não tem nenhuma relação com a Furp", acrescentou.

A Fundação para Remédio Popular (Furp) está na lista de entidades que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), cogita encerrar, segundo o atual secretário de Saúde, José Henrique Germann Ferreira, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o caso na Assembleia.

Maior fabricante pública de remédios no País, a fundação produz quase 530 milhões de medicamentos por ano para a rede pública e tem quase mil funcionários. Um dos motivos para o plano de extinção, a dívida da fundação é quase toda devida à concessionária controlada pela EMS e, indiretamente, pelo Grupo NC - são R$ 74 milhões de pagamentos devidos e outros R$ 20 milhões em juros, que representam cerca de 94% do total do passivo da Furp.

Entre maio de 2015 e julho de 2016, a Furp pagou à concessionária o mesmo valor de atas de registro de preço das compras de remédios feitas pelo governo com outros fabricantes do mercado. Na média, o valor era 53% menor do que o previsto no contrato da PPP.

Após ser cobrada pela concessionária, a secretaria passou a fazer, em 2016, repasses fixos à empresa, no valor de R$ 7,5 milhões por mês, independentemente da produção. A fábrica atualmente funciona com 25% da sua capacidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Paulo Câmara (PSB) entregou, na manhã desta segunda-feira (8), a Unidade I do Centro Integrado de Ressocialização (CIR) de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte do Estado. A unidade, com capacidade para cinco mil presos, começou a ser construída ainda em 2010 através de uma Parceria Público-Privada (PPP) com prazo de conclusão para 2012. A empresa concessionária Advance Construções e Participações Ltda, que comandava os trabalhos, teria falido em 2012, assim, o governo retomou as obras em janeiro de 2016.

Durante a visita do governador de Pernambuco à unidade, ele também aassinou a Ordem de Serviço para início das obras da Unidade II do empreendimento. Segundo o governo, as intervenções, que inicialmente foram concebidas para ser uma PPP, custaram aproximadamente R$ 10 milhões aos cofres do Estado. Para a conclusão da unidade II, mais R$ 10 milhões serão investidos. 

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A expectativa é que, nos próximos 40 dias, o processo de ocupação seja iniciado, de forma gradativa. Por questão de segurança, o governo diz que não serão divulgados o dia das transferências e nem as procedências dos presos.

A unidade, construída inicialmente para o regime semiaberto com a sigla URSA (Unidade de Regime Semiaberto), foi adaptada para abrigar cerca de mil presos do regime fechado. As adequações incluíram bloqueios de acesso para contenção dos detentos.

O complexo abriga celas de tamanhos variados; administração e recepção de visitantes; pavilhão destinado aos presos que exercem atividades laborais; 12 salas de aula; área jurídica e de saúde; refeitório; três pavilhões de vivências coletivas; instalações para Polícia Militar; oito guaritas e muros com alambrados. A previsão de conclusão do segundo módulo é de oito meses. 

Outras obras - Também encontram-se em execução a construção do Presídio de Araçoiaba, dividido em sete unidades (sendo 02 femininas e 05 masculinas), com 2.754 vagas. A obra tem previsão de entrega para 2018 e desafogará o Complexo do Curado, na Região Metropolitana do Recife, e a Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá. Além disso, está em andamento o edital para ampliar o Presídio de Palmares, com a construção de mais três pavilhões de vivência coletiva, dois com capacidade para 200 vagas, cada, e uma com capacidade de 132 vagas, totalizando a ampliação em 532 vagas.

Investigação - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu um inquérito civil para apurar uma denúncia de desvio de dinheiro público na construção do CIR. O Estado se posicionou informando que o Tribunal de Contas acompanhou a fase de execução da obra e que não houve aporte de recursos públicos durante a fase da PPP. 

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A gestão do prefeito João Doria (PSDB) estuda lançar uma Parceria Público-Privada (PPP) para modernizar a rede semafórica de São Paulo, alvo constante de apagões e vandalismo. O objetivo é implantar uma nova tecnologia para que até 85% dos 6.400 semáforos da cidade possam ser operados remotamente, o que funciona em menos de 10% do sistema hoje, 600 equipamentos.

O projeto da PPP está sendo elaborado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em conjunto com a Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias no momento em que a cidade enfrenta uma série de falhas nos semáforos porque o contrato de manutenção da rede venceu no fim de 2016 e não foi renovado pela gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Um novo serviço está sendo contrato neste mês por R$ 40,8 milhões.

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"Esse edital que fizemos agora é para colocar o parque semafórico funcionando. O que vamos fazer através do modelo PPP é o que vai dar inteligência e um novo padrão de rede semafórica para a cidade de São Paulo", afirmou o presisente da CET, João Otaviano, nesta quarta-feira, 26. "Diria que se 80% a 85% da rede semafórica vai ser atendida por esse sistema, todo ele conectado por fibra ótica, rede adicional de rádio e utilizando tecnologia de ponta", completou.

Segundo Otaviano, a PPP deve ser lançada no ano que vem. Ele explicou que o modelo pensado pela CET permitirá uma "gestão inteligente do trânsito", como alterar o tempo de espera em um cruzamento conforme o trânsito local a partir de um simples comando em uma central de controle, ou religar os aparelhos remotamente em caso de corte de energia. "Estamos agora discutindo o modelo econômico da PPP, as contrapartidas e as receitas acessórias", afirmou.

Atualmente, de acordo com a CET, cerca de 50 semáforos quebram naturalmente por dia na cidade de São Paulo. Segundo Otaviano, somente no primeiro semestre deste ano, quando a rede ficou sem contrato de manutenção, feita apenas por técnicos da CET, 175 semáforos foram vandalizados e 25 km de cabos da rede, furtados. "Só em um cruzamento da Avenida Rio Branco nós tivemos de reparar o mesmo semáforo oito vezes neste primeiro semestre", disse. Nos últimos dias, a gestão Doria iniciou um mutirão para consertar os equipamentos de forma emergencial e 25 já voltaram a funcionar.

O novo secretário de Habitação de Pernambuco (SecHab), Bruno Lisboa, está em São Paulo, com o objetivo de conhecer modelos de investimento privado no âmbito da moradia popular. Para ele, é necessário conhecer experiências exitosas no país. “Nós temos que vencer os obstáculos impostos pela atual crise econômica, encontrando alternativas criativas e eficazes para melhorar a qualidade de vida do povo”, ressaltou. 

Em São Paulo, especificamente, o secretário foi conhecer as Parcerias Público-Privada (PPPs) no segmento, que são pioneiras no país. O gestor se reuniu com o titular da pasta de Habitação de São Paulo, Rodrigo Garcia. O objetivo é, segundo Lisboa, trazer alternativas que possam ser adaptadas para a realidade de Pernambuco.

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O PPP da Habitação SP prevê a construção de 3.683 moradias no Centro de São Paulo. O investimento da iniciativa privada em habitação, serviços e obras urbanas será de R$ 919 milhões. O Governo do Estado, por sua vez, aportará R$ 465 milhões, divididos ao longo de 20 anos. Do total de unidades construídas, 80% serão destinadas para inscritos que moram fora da área central, mas que trabalham nesta região. As restantes (20%) serão para interessados que moram e trabalham na região central. 

Bruno Lisboa, durante o encontro, ressaltou que a parceria será fortalecida. “Teremos várias outras para que a gente consiga, também, viabilizar em Pernambuco um projeto similar que vocês tão bem desenvolvem em São Paulo”, destacou o secretário. 

Já Rodrigo Garcia, afirmou que a PPP tem ganhado adeptos em todo o Brasil. "Cada estado e cada prefeitura com o seu modelo, mas sem dúvida nenhuma é um novo caminho para habitação popular do Brasil, por isso, nós estamos à disposição do estado de Pernambuco colaborando com todas as informações técnicas para a sua decisão final em construir moradias no Recife”, garantiu.

Um condomínio de luxo em uma área de 182 mil metros quadrados, com prédios de alto padrão, 3 mil vagas de estacionamento, áreas livres, jardins, espaços para restaurantes, bancos, lojas e supermercado. Há dois anos, toda essa estrutura erguida para abrigar, em um único local, a sede do governo do Distrito Federal e seus 13 mil servidores, está fechada, sem nunca ter sido utilizada.

No lugar da promessa de revolucionar a gestão pública e reduzir os custos da capital federal, o Centro Administrativo do DF, construído em Taguatinga, a 22 quilômetros do Palácio do Buriti, se converteu em uma vila fantasma, onde uma manada de elefantes brancos já dragou cerca de R$ 1 bilhão em investimentos.

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Por trás de um dos maiores escândalos de irresponsabilidade de gestão pública em todo o País está um relacionamento de intrigas infindáveis entre o governo do DF, que atravessa a pior crise financeira da história, e a concessionária Centrad, formada pelas empreiteiras Odebrecht e Via Engenharia, ambas investigadas na Operação Lava Jato por envolvimento com esquemas de corrupção.

O plano de colocar vários órgãos públicos de Brasília em um único CEP teve início em um contrato de parceria público-privada firmado em 2009 pelo então governador José Roberto Arruda, que acabaria preso pela Polícia Federal naquele ano, acusado de envolvimento com pagamento de propina.

A ideia era simples. A Centrad construiria o complexo com recursos e financiamentos próprios. Depois disso, poderia explorar comercialmente toda a estrutura de serviços pelo prazo de 22 anos. O governo do DF pagaria uma parcela de R$ 22 milhões por mês para a concessionária. Parte desse valor pagaria uma prestação pela infraestrutura e outra parte, pelos serviços prestados. Ao fim dos 22 anos, portanto, o governo do DF desembolsaria cerca de R$ 6 bilhões pelo Centrad.

Após passar por uma cruzada de processos administrativos e judiciais, a obra começaria efetivamente só em 2013. No ano seguinte, mais precisamente no dia 31 de dezembro de 2014, o então governador Agnelo Queiroz, no último dia de seu mandato, foi até o Centro Administrativo do DF e disse que a estrutura estava inaugurada, sem haver, contudo, nenhum tipo de estrutura de escritório disponível, como mobília, rede de telefonia ou equipamentos de informática. Naquela mesma ocasião, a gestão Agnelo tratou de liberar o Habite-se do projeto, o que permitiria que a Centrad começasse a receber suas mensalidades do governo. Esses pagamentos jamais ocorreriam. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Teve início nesta segunda-feira, 23, no centro de São Paulo, a maior obra até o momento da Parceria Público Privada (PPP). O ato contou com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Serão construídos 1.202 apartamentos em uma área vizinha à Cracolândia, local onde funcionou o Terminal Rodoviário Luz entre os anos 1960 e 1980. A obra será feita pela construtora Canopus Holding. O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), esteve ao lado de Alckmin no início da construção.

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A obra é o maior projeto lançado pelo Governo e a Prefeitura de São Paulo em 2013, que prevê a construção de 14 mil unidades. Até o momento só foi entregue um conjunto de 126 apartamentos, também no centro da cidade. Alckmin disse que a demora se deu ao fato que em uma PPP é necessário encontrar um parceiro com interesse no projeto.

Segundo o governador, as obras iniciadas nesta segunda-feira têm a previsão para sua conclusão em 36 meses, porém será realizado um esforço para que o prazo possa ser reduzido para 18 meses. Serão 1.130 unidades entregues para famílias com renda de até R$ 4.344. Outras 72 para habitação de mercado popular, para famílias com renda entre R$ 4.344 e R$ 8,1 mil.

Um grupo de pequenos fornecedores da obra do Centro Integrado de Ressocialização (CIR) Itaquitinga, Mata Norte de Pernambuco, estão cobrando o pagamento de cerca de R$ 30 milhões pelos serviços prestados. Eles reforçaram a situação durante o seminário realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), na última terça-feira (10).

Segundo Antônio Carlos Condado, diretor da Maracatu Transportes e representante da comissão dos fornecedores,  302 empresas realizaram serviços como fornecimento de alimentos, transportes, materiais de construção, máquinas, equipamentos e aluguéis de casa para os engenheiros de fora de Pernambuco.

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A obra começou em 2010 através de uma Parceria-Público Privada (PPP). A empresa responsável era a Advance Construções e Participações LTDA. De acordo com Condado, os pagamentos eram feitos corretamente até aquele momento.

Em 2012, a Advance teve dificuldades financeiras, segundo o Governo do Estado, que transferiu a concessão para a DAG Engenheria. "Nesse processo de transferência, a DAG assumiu todo o passivo da obra, ônus e bônus, dívidas e impostos", alega o representante dos fornecedores. "A DAG chegou mentindo, negando que tinha assumido o passivo referente aos fornecedores", completementa.

Condado comenta que, em seguida, a DAG tentou devolver a concessão para a Advance, culminando em um processo judicial entre as duas e a intervenção do Governo de Pernambuco, responsável por assumir a obra do presídio. "Nessa intervenção do governo, ele foi insensível à demanda dos fornecedores porque não teve o cuidado de nos dar uma satisfação". 

Por fim, o representante dos fornecedores conta que em 2014 o então procurador geral do Estado, Thiago Norões, assumiu o compromisso de arrumar uma solução durante uma reunião na Secretaria de Planejamento. "Depois das eleições, passaram a nos ignorar", lamenta Condado, que pede a intervenção do Estado nas negociações do impasse. 

A obra do CIR de Itaquitinga já consumiu R$ 350 milhões. A empresa vencedora da licitação para a retomada das obras foi a Construtora Carajás, em outubro passado. Os fornecedores aproveitaram o evento do TCE para conversar com o prefeito de Itaquitinga porque a Carajás teria informado que não vai utilizar os fornecedores antigos e vai trazer mão de obra de fora.

O LeiaJá não conseguiu contato com a Advance. A DAG Engenharia também não deu retorno. Segundo o Gabinete de Projetos Estratégicos do Estado, o governo não possui relação jurídica com qualquer fornecedor ou contratado da Advance e por isso não dispõe de instrumento formal para interferir na situação. A nota do gabinete diz que a entrega de bens ou vantagens de natureza indenizatória se dará através da existência de decisão judicial específica. 

O Tribunal de Justiça de São Paulo voltou a suspender a licitação da Parceria Público-Privada (PPP) da iluminação pública da Prefeitura de São Paulo. Desta vez, a 1ª Câmara de Direito Público devolveu ao Tribunal de Contas do Município (TCM) o poder de paralisar a licitação.

Estimada em R$ 7 bilhões, a PPP da gestão Fernando Haddad (PT) havia sido liberada pela Justiça na semana passada. Atendendo pedido de um dos consórcios da disputa, o Walks, formado pelas empresas Alumini e WTorre, a juíza Maria Fernanda de Toledo Rodovalho determinou que o conselheiro do TCM João Antônio liberasse a licitação, paralisada por ele desde maio.

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Cumprindo a ordem judicial, Antonio teve de liberar a licitação e a Prefeitura marcou a abertura dos envelopes para a próxima terça-feira, 18. Agora, entretanto, a nova decisão voltou a suspender a proposta. Ela partiu de recurso apresentado pelo outro consórcio da disputa, liderado pela empresa de iluminação pública FM Rodrigues e pelo próprio TCM.

Nos bastidores, a decisão da juíza Maria Fernanda tinha causado indignação no TCM, uma vez que o órgão teria sido desautorizado, segundo vereadores. Esse foi um dos motivos que teria levado o órgão a recorrer.

Oficialmente, o TCM questiona as garantias financeiras apresentadas pela Alumini/WTorre, que já foram aceitas pela Prefeitura. A inabilitação do grupo resultaria em aprovação imediata da FM Rodrigues - que atualmente já é a empresa que cuida da iluminação pública da cidade.

O relator do caso no TJ, desembargador Vicente Abreu Amadei, voltou a entender que é atribuição do TCM decidir sobre esse tipo de caso e que o órgão tem, sim, poder para suspender licitações que ainda estão em andamento.

O TCM suspendeu 14 licitações da gestão Haddad.

Agora, sem prazo para a retomada do certame, a licitação deverá ser concluída pelo prefeito eleito, João Doria (PSDB), que já manifestou concordância com o projeto - embora tenha dito que poderia rever termos do contrato e valores.

Prevista para vigorar por 20 anos, a PPP da iluminação pretendia trocar todas as lâmpadas da cidade por luzes de LED.

O plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na noite de terça-feira (24) com 57 votos a favor, o projeto de lei que autoriza a doação de terrenos do Estado para uma parceria público-privada (PPP) da Prefeitura de São Paulo na região central.

A ideia é construir moradias populares destinadas à população de baixa renda na cracolândia -entre a Alameda Barão de Piracicaba e a Rua Helvetia.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Concessões, privatizações e parcerias público-privadas vão estar, em um eventual governo Michel Temer, sob responsabilidade de um grupo técnico vinculado à Presidência da República. O novo órgão, inspirado no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), deve ser chefiado por Wellington Moreira Franco, ex-ministro da Aviação Civil e de Assuntos Estratégicos no governo Dilma Rousseff.

Moreira Franco não teria status de ministro, mas iria se reportar diretamente a Temer, caso o Senado aprove o afastamento de Dilma. O grupo técnico seria responsável por deslanchar as concessões que já estão previstas de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias, com investimentos estimados em mais de R$ 30 bilhões. Também ficará responsável por qualquer outro tipo de privatização ou até mesmo PPPs, mesmo que de outras áreas, como na saúde.

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A inspiração veio de JK, que criou um conselho de desenvolvimento para tirar do papel metas do "50 anos em 5". O novo órgão tem o objetivo de sinalizar ao mercado a intenção do governo de dar velocidade ao programa de concessões das obras de infraestrutura. "O Estado deve transferir para o setor privado tudo o que for possível em matéria de infraestrutura", diz o documento "A Travessia Social", da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB.

O governo Dilma sempre foi criticado pela forma como tratou as concessões, principalmente por estabelecer regras que espantaram investidores e travaram os leilões. Em entrevista à reportagem, Moreira Franco afirmou que, caso Temer assuma a Presidência, será modificado o modelo pelo qual há fixação de taxas de retorno dos investimentos feitos pelas empresas. A regra, sempre criticada e associada a um excesso de intervencionismo do governo no setor privado, fixa qual deve ser o lucro máximo para investimentos adicionais feitos nos empreendimentos.

"Ainda não tive condição de definir a remodelagem, mas certamente não terá esse tipo de equívoco", afirmou Moreira. Para ele, as regras devem ser mais claras e transparentes, condição necessária para o sucesso dos leilões.

Confiança

Pelo "plano Temer", a confiança dos investidores voltaria com a saída da equipe de Dilma e a instalação dos novos nomes indicados pelo vice-presidente. A mudança na percepção do mercado favoreceria o aumento da participação da iniciativa privada na execução dos projetos de infraestrutura. Essa nova postura permitiria, no curto prazo, o reforço do caixa com os recursos dos leilões e, a médio prazo, a redução do papel do Estado como força propulsora dos investimentos para o crescimento.

Abriria espaço, em tese, cortar os gastos com investimentos e protelar, pelo menos por ora, o necessário aumento da carga tributária para o reequilíbrio das contas públicas. Os aliados de Temer não descartam a criação de um imposto aos moldes da CPMF, mas não veem este como o momento propício, dada a impopularidade da medida e por ter virado um dos símbolos da campanha contra o governo Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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