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Em sua primeira visita ao Palácio do Campo das Princesas após ter sido eleito prefeito do Recife, João Campos foi recebido pelo governador Paulo Câmara, no início da noite desta quinta-feira (3). Participaram do encontro a vice-governadora Luciana Santos, a vice-prefeita eleita Isabella de Roldão, além da secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista. O assunto principal do encontro foi a formalização de novas parcerias para o Recife.

Um dos temas abordados foi a triplicação do trecho da BR-232, no Curado. A previsão é que as obras sejam iniciadas no segundo semestre de 2021. O investimento estimado é de R$ 150 milhões e prevê a execução de obras de alargamento, passarelas, viadutos e paisagismo, além de desapropriações no trecho da BR-232, entre as BRs-101 e 408. Os recursos serão provenientes do Governo do Estado em parceria com a Prefeitura do Recife e de emendas da bancada federal.

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Também foram discutidas parcerias e investimentos em áreas estratégicas, como saúde e educação. O governador Paulo Câmara reforçou os entendimentos nesse início de gestão do novo prefeito eleito do Recife e disse que está intensificando as ações estruturantes em diversas regiões do Estado, com o início e entrega de obras, atração de novos investimentos e ações que garantem mais saúde e educação para a população.

*Da assessoria

 

Depois de amargar o oitavo lugar na disputa presidencial e sair do patamar de 22 milhões de votos, em 2014, para 1 milhão neste ano, a ex-senadora Marina Silva (Rede) ainda não definiu se pretende voltar a disputar um cargo eletivo, mas afirmou que preferiu concorrer ao comando do Palácio do Planalto e sair como perdedora a se omitir diante do quadro político-eleitoral do país.

"No momento em que mais se precisava de algo que no meu entendimento ajudaria a promover a união, a estabelecer um novo parâmetro para a governança do Brasil eu não iria sair [candidata]? Eu preferi correr o risco de sair e pagar o preço por isso a ter me omitido para ficar com a imagem de 22 milhões de votos. Se já é feio especular dinheiro, imagine especular com credibilidade política”, argumentou Marina, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

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Marina admitiu que já sabia das dificuldades que enfrentaria na eleição e observou que vários elementos pesaram para a sua derrota. “Não quero ter uma visão reducionista. É significativo [sair] de 22 milhões de votos. Agora, eu sou como Jó: Deus dá, Deus tira, louvado seja Deus. Sempre tive um discurso de que ninguém é dono de voto. Voto é do cidadão, do eleitor. Ele dá num determinado momento e recolhe em outro e direciona para quem ele acha que deve dar”, ressaltou.

A ex-senadora, que no 2º turno declarou voto crítico em Fernando Haddad (PT) disse que não tinha mágoas da legenda petista, mas fez questão de salientar que seu apoio no foi para o "professor Fernando Haddad" e não para o partido. "Minha declaração foi de voto pessoal. Eu poderia ter seguido as possibilidades da Rede, que recomendou não votar em Bolsonaro, mas colocou como opções se abster ou votar nulo ou branco", salientou na entrevista.

A líder nacional da Rede já adiantou que pretende fazer oposição ao governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Ao ser questionada como faria isso, sem ser acusada novamente de sumiço político, Marina foi enfática e disse que faltavam provas de tal sumiço.

"A acusação carece de prova. Quem acompanha as minhas redes sociais e vocês [jornalistas, com quem eu falo o tempo todo, poderiam dizer que isso não é sumiço, é só uma ou outra fala, um outro lugar de fala. Continuarei fazer oposição na sociedade. Estive o tempo todo em lutas como a do Código Florestal, a cassação da chapa Dilma-Temer, contra o foro privilegiado. No Congresso, estamos em discussão com outros partidos para um oposição democrática", esclareceu.

O Congresso deve se debruçar, após as eleições, nos debates em torno do Orçamento Geral da União para 2019. A equação para equilibrar as despesas e as receitas deverá ser mais complicada que nunca, segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

Um dos grandes desafios do próximo presidente do país será impedir que avancem novas propostas que reduzam a arrecadação ou aumentem despesas. Somente na primeira semana após o primeiro turno, em apenas duas votações, deputados e senadores autorizaram despesas extras de R$ 8,5 bilhões a partir de 2019.

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A maior parte do custo adicional – R$ 4,8 bilhões nos próximos três anos – virá da derrubada do veto ao reajuste do piso salarial de 355 mil agentes comunitários de saúde. Atualmente em R$ 1.004, o salário-base dos servidores chegará a R$ 1.550 em 2021. Nessa conta, a União será responsável por 95% do valor do piso. O restante caberá às prefeituras, que não apoiaram o reajuste.

Outro projeto que aumenta despesas é o que trata da renegociação de dívidas de agricultores familiares das regiões Norte e Nordeste. Deputados e senadores ampliaram o benefício para trabalhadores de todo o país, além de prorrogar para dezembro o prazo de adesão ao programa, inicialmente previsto para outubro. A alteração no Legislativo fez a conta inicial do governo aumentar em R$ 3,7 bilhões.

“A maior contribuição que Congresso pode dar neste momento ao país e a qualquer que seja o novo governante é refletir sobre a aprovação de matérias que impliquem novos gastos”, diz o especialista em orçamento público, professor James Giacomoni. Segundo ele, ao aprovar essas pautas, o Congresso descumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Frear essas matérias é fundamental e esse trabalho já deveria ter começado . O atual presidente não consegue frear essas votações, mas um novo governo tem todas as condições de fazer pressão nesse sentido”, acrescenta.

Para Giacomoni, outro ponto que merecerá atenção do relator do orçamento tem a ver com promessas de enxugamento da estrutura do governo, feita por candidatos. Nesse caso, as rubricas que forem destinadas a pastas que sofrerem fusão ou deixarem de existir podem ser remanejadas pelo próximo presidente da República. Essa possibilidade deverá ser prevista na proposta.

Tramitação

O prazo para a apresentação de emendas à proposta do Orçamento de 2019 (PLN /2018) termina no dia 1° de novembro, uma quinta-feira. Por enquanto, segundo informações da Comissão Mista do Orçamento (CMO), pouco mais de 300 foram apresentadas, mas esse número deve crescer bastante nos próximos dias, especialmente com as emendas individuais.

No ano passado, por exemplo, ao fim do prazo 8.325 foram apresentadas. Os 16 relatórios setoriais da peça orçamentária de 2019 devem ser votados até o dia 28 de novembro. Ainda pelo calendário da CMO, o relatório geral do orçamento deve ser votado no colegiado até o dia 6 de dezembro. No plenário do Congresso a previsão oficial é de que a votação final do Orçamento ocorra até 20 de dezembro. O recesso dos parlamentares começa dia 23.

Adiamento

Para outro analista econômico, o professor da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli, o calendário pode não cumprido. Segundo ele, é provável que, a exemplo do que já aconteceu em anos anteriores, a votação da Lei Orçamentária fique para 2019. “Acho bem possível que isso seja jogado para o ano que vem. Muitas vezes isso aconteceu, em períodos de transição mais provável ainda. O esvaziamento do Congresso neste ano foi muito maior que em outros anos em final de legislatura, mas não é só isso: o índice de renovação de mais de 50% pode contribuir para que não haja muito interesse em votar o orçamento. Pode ser que o novo governo peça que o Congresso espere a posse”, afirma.

Quando o orçamento não é aprovado e sancionado até o dia 31 de dezembro, os repasses de recursos no ano seguinte ficam limitados até a publicação da Lei Orçamentária no Diário Oficial. Normalmente, o limite é de até um doze avos.

Derrotado na disputa municipal em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, Antônio Campos (PSB) afirmou, nesta sexta-feira (4), que vai ajuizar uma ação contra o chefe da Casa Civil estadual, Antônio Figueira (PSB). O irmão do ex-governador Eduardo Campos acusa  o secretário de “monitorar” a sua campanha através da Segunda Seção da Casa Militar. Ainda segundo Tonca, como é conhecido no meio político, Figueira seria o responsável por uma pesquisa eleitoral encomendada pelo governo e divulgada aos aliados do Professor Lupércio, que venceu a disputa. 

Chamando Figueira de “poderoso chefe da Casa Civil”, Antônio Campos disse, em nota, que já apresentará a denúncia na Justiça com provas e o arrolamento de dez testemunhas. Tonca também pedirá “segredo de Justiça” a ação diante, segundo ele, do “envolvimento do serviço de inteligência” da Casa Militar. O secretário negou todas as acusações. 

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O ex-candidato também informou que vai noticiar o caso à Polícia Federal, à Procuradoria Geral de Justiça e à Procuradoria Regional Eleitoral “para prevenir riscos à sua integridade física e da sua intimidade”.

“No passado, tal secretário foi afastado pela Justiça e depois reintegrado. Volta ao governo, manda indiretamente na saúde e é o braço operacional e político do governo estadual. Não basta uma nota, ele vai ter que explicar na Justiça. Lamento muito, mas é preciso botar limite nas coisas, especialmente a quem gosta de tratorar gente, para Pernambuco não ver reproduzido conhecidos personagens nacionais”, observa o texto, assinado pelo irmão de Eduardo.

Servidores da Prefeitura de Vitória de Santo Antão, na Mata Norte de Pernambuco, formalizaram uma denúncia no Ministério Público o município cobrando o pagamento de salários atrasados, demissões e a redução dos serviços prestados, por exemplo, na área da saúde. O atual prefeito Elias Lira (PSD) não conseguiu eleger o sucessor e as demissões e o atraso em serviços e pagamento iniciaram logo após o resultado das urnas.

Funcionários do município, que preferiram não se identificar, afirmaram ao Portal LeiaJá que mais cedo eles se reuniram na sede da prefeitura para cobrar explicações, mas, como não conquistaram êxito, seguiram em caminhada para o MPPE. Professores da cidade já decretaram estado de greve.

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Após receber a denúncia, assinada por cerca de 100 funcionários, promotores convocaram representantes do governo para uma audiência emergencial no início da tarde desta quinta-feira (13).

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O processo de transição de governo em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, começa a ser discutido nesta quinta-feira (13). Para tratar do assunto, o prefeito eleito Miguel Coelho (PSB) se reúne com o atual gestor Julio Lossio (PMDB) na sede da prefeitura às 16h. 

Segundo Miguel Coelho, com o fim da disputa e “os palanques foram desarmados” e agora “é o momento de pensar na melhor forma de fazer a transição”. 

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"Isso garante que ao assumirmos a Prefeitura, a mudança de gestão não provoque a interrupção dos serviços, garantindo tranquilidade para servidores e a população em geral", ressaltou o prefeito eleito. 

O PSDB de Pernambuco entrou na lista dos partidos que vai punir os filiados infiéis. A legenda anunciou, nesta segunda-feira (24), que vai dissolver todos os diretórios e comissões municipais que não votaram no candidato da sigla à presidência da República, o senador Aécio Neves (PSDB), no peito eleitoral deste ano. 

A decisão foi tomada, por unanimidade durante uma reunião da Executiva estadual. A legenda ainda não dispõe do quantitativo preciso de unidades que se enquadram na medida. O mapeamento será feito nos próximos dias pelo secretário-geral, o deputado estadual Betinho Gomes. “Não vou adiantar nenhuma cidade, para não cometer equívoco”, observou. 

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Com a medida, os tucanos também pretendem reorganizar a estrutura do partido. “Vamos ver como estamos instituídos em cada região do estado, mapeando as comissões provisórias existentes e onde o partido estiver estruturado”, frisou Gomes. A reestruturação dos municípios, segundo o dirigente também servirá de base para as eleições de 2016.  

A legenda ainda pontuou, durante o encontro, que vai iniciar uma campanha de filiações e fez um balanço da atuação dos candidatos tucanos durante o pleito. A mobilização de filiações é em paralelo com uma campanha nacional, uma subcomissão da executiva ficará responsável pelo recrutamento. 

Governo do PSB

Para a executiva do PSDB-PE, a aliança com o PSB se fortaleceu nesta eleição, principalmente em razão da postura do partido no Estado de apoio à eleição do senador Aécio Neves no segundo turno. Segundo eles a parceria, no entanto, não é observada como um “passaporte” para ingresso do PSDB no governo do governador eleito Paulo Câmara (PSB).

Interlocutor da legenda com o socialista, o presidente do PSDB-PE, deputado federal Bruno Araújo reafirmou que “não há qualquer ansiedade do partido em relação a cargos no governo do Estado”. O PSDB-PE, segundo Bruno, está aguardando o tempo do governador eleito para avaliar, em conjunto, as alternativas possíveis.

As bolsas de Nova York devem abrir em queda nesta quarta-feira, no dia seguinte à vitória do democrata Barack Obama na eleição presidencial dos EUA. Mesmo com o fim das incertezas sobre quem ocuparia a Casa Branca, o foco imediatamente se voltou para o "abismo fiscal", já que o Congresso continuou dividido entre democratas e republicanos. Às 12h15 (de Brasília), o índice Dow Jones futuro perdia 1,10%, o Nasdaq recuava 1,10% e o S&P 500 tinha retração de 1,00%.

A expressão "abismo fiscal" se refere a uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem caso não haja acordo no Congresso para evitar a implementação dessas medidas, que podem fazer a economia dos EUA entrar em recessão. "Nós resolvemos esse assunto da eleição. Passado isso, eu acho que os mercados vão focar no 'abismo fiscal'", afirma Ron Florance, diretor-gerente de estratégia de investimento do Wells Fargo Private Bank.

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A agenda de indicadores econômicos hoje está fraca. O destaque é o relatório do Federal Reserve sobre o crédito ao consumidor, que será divulgado às 18h. Antes disso, às 13h30, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) libera seu relatório semanal sobre os estoques de petróleo nos EUA.

Enquanto isso, os mercados europeus operam em baixa, com a expectativa com uma importante votação no Parlamento da Grécia hoje. Os legisladores votarão o novo pacote de austeridade de 13,5 bilhões de euros proposto pelo governo, que é uma precondição para que o país receba a próxima parcela do segundo pacote de resgate. Após uma vitória apertada do governo na semana passada na aprovação da lei de privatizações, analistas esperam uma votação complicada hoje.

No noticiário corporativo, as ações de companhias do setor de saúde, que segundo analistas se beneficiam da vitória de Obama, operavam em forte alta no pré-mercado, como destaque para HCA Holdings, que subiam 6,92%. Enquanto isso, ações de mineradoras de carvão, que poderiam subir fortemente se o republicano Mitt Romney vencesse, eram punidas no pré-mercado (Alpha Natural Resources: -10,40%; Arch Coal: -12,24%). O setor financeiro também tinha um desempenho ruim, incluindo JPMorgan (-2,05%), Bank of American (-2,82%) e Citigroup (-2,21%).

Já a Sprint Nextel perdia 0,70%, após anunciar um acordo para comprar algumas frequências de telefonia móvel e parte da base de clientes da US Cellular por US$ 480 milhões, sendo parte em dinheiro e o restante ao assumir dívidas. Hoje a Time Warner divulgou seu balanço do terceiro trimestre, que superou as expectativas dos analistas, mas as ações da companhia não foram negociadas no pré-mercado. As informações são da Dow Jones.

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