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Ainda que tenha criticado recentemente a postura do presidente Jair Bolsonaro de endossar as manifestações marcadas para o próximo dia 15, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) entende que elas não representam um risco para o País. "O risco do Brasil não são as manifestações. O risco é de os que tomam decisões ficarem com medo de afirmar os seus valores", disse o ex-presidente, sem elaborar mais ou especificar sobre quem se referia. Ele defendeu que líderes políticos não devem temer reações das ruas.

FHC se disse um "partidário da liberdade e da democracia" e favorável a manifestações populares, mas ponderou que é preciso obedecer à linha tênue que delimita a democracia. "Qualquer manifestação é manifestação. A sociedade tem direito de se manifestar, desde que não saia do limite". Para o tucano, o mundo, assim como o Brasil, passa por uma onda reacionária. Ele evitou fazer críticas mais incisivas ao presidente Bolsonaro.

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Em 25 de fevereiro, Fernando Henrique publicou nas redes sociais que o País estava diante de uma crise institucional de consequências gravíssimas", após Bolsonaro compartilhar no WhatsApp convocações a manifestações contrárias ao Congresso Nacional, como revelado pela jornalista do Estado Vera Magalhães.

Descriminalização das drogas

Em evento organizado neste sábado, 7, pelo The Green Hub sobre maconha medicinal, FHC defendeu a regulamentação do uso da cannabis, para fins medicinais ou recreativos. "Vamos abrir o jogo, vamos debater. Isso aqui é uma democracia, ou pelo menos deveria ser. Só pela repressão não vai dar", declarou. "Com ou sem lei, o pessoal usa maconha. Então melhor que use com regulamentação."

Os manifestantes chilenos retomaram as ruas de Santiago em novos episódios de violência. Os confrontos com a polícia levaram 283 pessoas à prisão e deixaram 76 policiais feridos. O transporte público da capital foi temporariamente interrompido. Os protestos contra o presidente, Sebastián Piñera, começaram em outubro passado e provocaram a maior crise social desde a redemocratização do país, em 1990.

As manifestações foram convocadas para o primeiro dia após as férias de verão dos chilenos. Desde a tarde de segunda-feira (2), milhares de manifestantes se reuniram na Praça Itália, no centro de Santiago. Alguns manifestantes forçaram a interdição do metrô, de linhas de ônibus e atearam fogo para formar barricadas nas ruas. As cidades de Antofagasta, Temuco e Concepción também registraram confrontos. Os distúrbios seguiram pela madrugada adentro até a manhã de ontem.

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Pelo menos 15 estações ferroviárias da região metropolitana de Santiago também fecharam as portas. As principais estradas que dão acesso à capital mostravam nesta terça-feira (3) resquícios das manifestações, com semáforos no chão e destroços de barricadas espalhados pelo asfalto.

O ministro do Interior, Gonzalo Blumel, informou que várias delegacias foram atacadas. "Durante a noite, o que vimos foi crime, pura e simplesmente", afirmou o ministro. "A cidade funcionou, as pessoas puderam realizar suas atividades. Mas à tarde e à noite houve violência. São atos de violência que nada têm a ver com demandas sociais", afirmou.

Os protestos no Chile começaram com o aumento das tarifas do metrô de Santiago. No entanto, rapidamente se transformaram em uma reivindicação de reformas sociais em um país em que a educação, a saúde e a previdência são, em grande parte, privadas. Desde então, 31 pessoas morreram e milhares ficaram feridas. Piñera decretou estado de emergência após o início dos protestos, levando os militares às ruas pela primeira vez desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, que durou de 1973 até 1990.

O presidente chileno tem sido pressionado a expandir a agenda de reformas sociais de seu governo, desde o auge da crise social, no ano passado. Entre as concessões está a possibilidade de ser promulgada uma nova Constituição - um plebiscito sobre o tema foi marcado para o dia 26 de abril.

A campanha começou na semana passada e parte das legendas da coalizão de centro-direita de Piñera é contra a substituição da Carta.

A violência diminuiu em janeiro e fevereiro, quando a maioria dos chilenos estava em férias. Agora, porém, um intenso calendário de manifestações circula nas redes sociais, com protestos marcados para quase todos os dias de março.

Uma das marchas será organizada no domingo, Dia Internacional da Mulher. As feministas devem se unir nos protestos aos grupos indígenas, ambientalistas, sindicatos e estudantes. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No quarto dia seguido de confrontos entre hindus e muçulmanos na Índia, o número de mortos subiu para 27. Os protestos são motivados por uma lei de cidadania apresentada pelo governo, mas considerada discriminatória pela comunidade islâmica. Em poucos dias, a onda de violência deixou mais de 200 feridos e 100 presos. O premiê indiano, Narendra Modi, finalmente rompeu o silêncio ontem e pediu "calma" à população.

"A paz e a harmonia são fundamentais para nosso espírito. Faço um apelo a meus irmãos e irmãs de Délhi para que mantenham a paz e a fraternidade a todo momento", afirmou Modi, pelo seu Twitter. "É importante que exista calma e a normalidade seja restabelecida o mais rápido possível", completou o premiê.

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Estopim

As ruas de Nova Délhi amanheceram nesta quarta-feira (26) com um forte cheiro de queimado, inundadas pela água lançada pelos bombeiros. Os confrontos sectários já são os mais graves nas últimas décadas. Arvind Kejriwal, governador do Estado onde está localizada a capital Nova Délhi, havia solicitado a Modi que decretasse toque de recolher e mobilizasse o Exército.

Munidos de pedras, facas e armas de fogo, hindus vêm atacando áreas periféricas de maioria muçulmana ao nordeste da capital, onde moram trabalhadores imigrantes pobres.

Ontem, grupos armados hindus avançaram contra muçulmanas, gritando "Jai Shri Ram" ("Viva o Deus Rama"). Nas redes sociais, circulam vídeos que mostram nacionalistas hindus subindo no minarete da mesquita de Ashok Nagar para colocar uma bandeira nacionalista hindu - que é diferente da indiana. "Há 200 pessoas hospitalizadas. Quase 60 pessoas foram feridas a tiros", declarou Sunil Kumar, diretor do hospital GTB, um dos principais da região.

Os confrontos de rua são motivados por uma nova lei que facilita a concessão da cidadania a refugiados, desde que não sejam muçulmanos. O texto cristalizou o temor de que os muçulmanos - minoria de cerca de 200 milhões na Índia - sejam relegados a cidadãos de segunda categoria, em um país onde os hindus representam 80% da população.

Intervenção

Pelo Twitter, Kejriwal considerou a situação "alarmante". "Apesar dos esforços, a polícia não consegue controlar a situação e restaurar a calma", disse. A segurança em Nova Délhi, território que dispõe de um estatuto particular, é responsabilidade do governo central da Índia. Muitos trabalhadores migrantes começaram ontem a abandonar a cidade para retornar para seus vilarejos.

"Não há trabalho. Vale mais a pena sair do que permanecer. Ficar aqui para morrer?", desabafou um alfaiate que pretende voltar para seu vilarejo natal, no Estado vizinho de Uttar Pradesh. "As pessoas estão se matando."

Em reação aos eventos na capital indiana, o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, advertiu ontem que, "quando uma ideologia racista baseada no ódio toma o poder, isso leva a um banho de sangue", afirmou, em referência ao nacionalismo hindu de Modi.

Além do premiê indiano, grande parte da culpa pela violência recai sobre Kapil Mishra, um político local do partido de Modi. No domingo, Mishra avisou que esperaria que o presidente Donald Trump voltasse aos EUA - ele fazia uma visita oficial à Índia - para incitar seus seguidores contra os muçulmanos que se manifestavam contra a lei de cidadania, caso a polícia não o fizesse. A explosão da violência sectária coincidiu com o início da visita do presidente americano, que terminou na terça-feira.

Ontem, milhares de policiais foram destacados em diferentes áreas do nordeste da cidade. A ofensiva policial veio depois que a Justiça determinou que as forças de segurança agissem com rigor para conter a violência entre hindus e muçulmanos - que acusam os policiais de fazer vistas grossas para agressões contra a minoria. Além disso, o governo central decidiu vetar reuniões de mais de quatro pessoas. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Treze pessoas morreram e pelo menos outras 150 ficaram feridas em protestos em Nova Délhi nesta terça-feira (25). As manifestações, que ocorrem desde domingo (23), coincidiram com a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Índia, onde foi recebido com pompa pelo primeiro-ministro Narendra Modi. Em Mumbai, principal centro financeiro indiano, também houve manifestações contra a visita do americano, chamado de "imperialista".

Os protestos levaram às ruas os partidários da nova lei de cidadania, aprovada em dezembro, e os que a criticam, o que resultou em confrontos entre hindus e muçulmanos. Desde o fim do ano passado, há protestos contra a mudança, mas eles eram majoritariamente pacíficos.

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A mudança na lei concede nacionalidade indiana a minorias religiosas - como cristãos, budistas, hindus, parsis, sikhs e jains -, que, por sofrerem perseguição, tenham fugido dos vizinhos Paquistão, Bangladesh e Afeganistão - de maioria islâmica - e estejam em solo indiano há mais de cinco anos. No entanto, há muçulmanos perseguidos em Mianmar que ficaram de fora da medida.

A mudança na lei, que segundo os críticos é parte da agenda nacionalista do primeiro-ministro Narendra Modi - o que ele nega - provocou semanas de protestos nas principais cidades da Índia, como Mumbai, Calcutá, Bangalore e Hyderabad.

A Índia tem 1,3 bilhão de habitantes - dos quais 1 bilhão são hindus, 200 milhões são islâmicos e o restante compõe minorias religiosas. A Constituição indiana prevê que o país deve ser um Estado laico. (Com agências internacionais)

A União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) está convocando estudantes em diversas cidades do país a protestar contra os erros nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As mudanças nas notas de corte do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), classificadas como um erro pela entidade de representação estudantil, também são alvo dos protestos. 

Os atos estão marcados para às 11h e, até o momento, foram confirmados no Recife (Praça do Derby), São Paulo (MASP), Rio de Janeiro (Cinelândia), Belo Horizonte (Praça 7), Sorocaba (Praça da Catedral), Campinas (Largo do Rosário), Salvador (Campo Grande), Belém (Praça da República) e Teresina (em frente ao INSS). 

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Grupos de estudantes iraquianos se juntaram neste domingo, 26, para protestar contra o governo do país. Parte das críticas é dirigida a Moqtada al-Sadr, líder xiita acusado por manifestantes de tentar ganhar politicamente com protestos de rua que acontecem há quatro meses.

As manifestações acontecem depois que Moqtada al-Sadr retirou seu apoio aos protestos e permitiu a forças de segurança usar gás lacrimogêneo e munição verdadeira para conter os manifestantes. Como resultado, 12 pessoas morreram, segundo a Comissão de Direitos Humanos do Iraque. De acordo com a entidade, mais de 500 pessoas morreram em protestos no país desde outubro de 2019.

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Os protestos aumentaram a pressão sobre o governo local e sobre grupos pró-Irã, que acusam os Estados Unidos de fomentar as manifestações. Já integrantes dos protestos tentam se distanciar da hostilidade crescente contra os EUA. "Viemos aqui para mostrar nossa lealdade à nação, não a um indivíduo", disse um estudante de medicina que pediu para não ser identificado.

Um manifestante foi morto nesta terça-feira (21) em Bagdá em meio ao movimento de protesto contra o governo, que exige reformas profundas na classe política iraquiana. nO manifestante foi morto após ser atingido por bombas de gás lacrimogêneo no leste da capital.

Os manifestantes tentaram cortar a rua onde a vítima se manifestava queimando pneus, o que levou a confrontos com as forças de segurança, que dispararam balas reais e gás lacrimogêneo para dispersar o protesto.

Oito manifestantes foram hospitalizados por inalar gás lacrimogêneo, disseram médicos na cidade. O movimento de protesto, que eclodiu em outubro, vem perdendo força nas últimas semanas diante da crescente tensão entre Washington e Teerã, dois aliados de Bagdá.

Para que o protesto não fosse eclipsado por essa crise, os manifestantes deram um ultimato de uma semana - que terminou na segunda-feira - às autoridades para que pudessem responder às suas demandas, que incluem uma reforma total do poder e eleições antecipadas.

Assim que o prazo expirou, grupos de jovens retomaram o movimento em Bagdá e em várias cidades do sul. Nesta terça-feira, eles bloquearam ruas nas cidades de Amara, Diwaniya, Kut e Basra, ao sul de Bagdá.

Em Nasiriya, muitos manifestantes - a maioria estudantes - invadiram o centro da cidade, agitando bandeiras iraquianas.

Tahseen Mohannad, um manifestante de Nasirya, disse que os protestos "não vão parar apesar da procrastinação do Estado e dos partidos políticos em relação às demandas legítimas do movimento".

Além do chamado para eleições, os manifestantes exigem que a lei eleitoral seja reformada, que um primeiro ministro independente seja nomeado e que a corrupção seja efetivamente combatida.

Eles também exigem a abolição do sistema de distribuição de encargos governamentais com base em etnias e crenças religiosas.

Pelo menos 70 manifestantes foram feridos ontem pela polícia em Beirute durante protestos contra o governo. Um dia antes, no sábado, confrontos já haviam deixado um saldo de ao menos 400 feridos.

Para dispersar a população, a polícia usou balas de borracha e jatos d'água. Os protestos no Líbano começaram em 17 de outubro e os manifestantes acusam a classe política de incompetente e corrupta.

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A crise econômica piora, com demissões em massa e forte desvalorização da libra libanesa. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os protestos se intensificaram no sul do Iraque e na capital do país, Bagdá, neste domingo (19), com manifestantes indignados pela lentidão das reformas bloqueando as ruas com pneus em chamas.

As manifestações para pedir a reforma do sistema no poder sacodem o Iraque desde o começo de outubro, mas, nas últimas semanas, tiveram menos destaque, devido ao recrudecimento da tensão entre os inimigos Irã e Estados Unidos, ambos padrinhos de Bagdá.

Centenas de jovens retomaram hoje o movimento com manifestações na Praça Tahrir de Bagdá e na vizinha Praça Tayaran. Outros queimaram pneus para bloquear estradas e pontes, o que provocou congestionametos em toda a cidade. "Esta é a primeira escalada", declarou um manifestante. "Queremos enviar uma mensagem ao governo: 'Deixem de vacilar'."

As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que responderam lançando pedras. Dez pessoas, entre elas policiais, ficaram feridas em confrontos, informou uma fonte médica.

Na cidade sagrada de Najaf, jovens agitando bandeiras iraquianas também queimaram pneus e iniciaram um protesto sentados na estrada principal que leva a Bagdá.

- Eleições antecipadas e reformas -

Muitos manifestantes também se concentraram hoje nas cidades de Diwaniya, Kut, Amara e Nasiriya, no sul do país, onde a maioria das repartições públicas, escolas e universidades estão fechadas há meses.

Os manifestantes pedem eleições antecipadas, conforme a reforma na lei eleitoral, um novo premier, que substitua o chefe de governo demissionário Adel Abdel Mahdi, e a prestação de contas de todos os funcionários considerados corruptos.

Mahdi renunciou há quase dois meses, mas os partidos ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre seu sucessor. Os manifestantes rechaçam publicamente os nomes que circulam como possíveis substitutos e estão furiosos por não terem sido aplicadas outras medidas de reforma de grande envergadura.

"Começamos hoje a intensificar nosso movimento, porque o governo não atendeu às nossas demandas, em particular formando um gabinete independente, que poderia salvar o Iraque", declarou o manifestante Haydar Kadhim em Nassiriya. "Na última segunda-feira, demos a eles um prazo de sete dias."

Com quase 460 mortos e mais de 25 mil feridos desde 1º de outubro, o movimento de protesto popular, inédito por seu caráter espontâneo, é o maior e mais sangrento no Iraque em décadas.

Sindicatos dos petroleiros de todo País associados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizam protesto contra a desativação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), instalada no município de Araucária (PR). O fechamento da unidade foi anunciado nesta semana pela diretoria da Petrobras, o que, pelo cálculo da federação, vai provocar o desemprego de 1 mil trabalhadores diretamente envolvidos na produção e mais 2 mil indiretamente.

Para a prefeitura de Araucária, a perda de receita deve ser de R$ 75 milhões por ano e para o Estado, de R$ 50 milhões em ICMS que deixarão de ser recolhidos, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep).

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No comunicado feito ao mercado nesta semana, a Petrobras argumentou que a decisão de fechar a fábrica está em linha com a estratégia de se retirar de segmentos exteriores ao seu núcleo de atuação, sobretudo a exploração de petróleo e gás natural no pré-sal. Além disso, alega que a Fafen-PR tem dado sucessivos prejuízos, de R$ 250 milhões nos primeiros nove meses do ano.

Os representantes sindicais da FUP discordam dos argumentos da estatal. "Esse prejuízo é apenas contábil. A matéria-prima usada pela unidade é um resíduo que vem da Repar, que é da Petrobras. Só que a Fafen paga por ele preço de mercado internacional, não o real custo do insumo. Até 2015 a Fafen dava lucro, mas essa mudança contábil feita pela diretoria da Petrobras fez a companhia ter prejuízos", aponta o diretor da FUP.

Além do ato na entrada da Ansa/Fafen-PR, houve manifestações na Replan, em Paulínia, e na Recap, em Capuava (SP); na Reduc, em Duque de Caxias (RJ); no Aeroporto do Farol, em Campos dos Goytacazes (RJ); na Regap, em Betim (MG); no Terminal da Transpetro (TAVIT), em Vitória (ES); no Edifício da Petrobras (Ediba), em Salvador (BA); na Refap, em Canoas (RS); na Reman, em Manaus (AM); no Polo Guamaré (RN), na Refinaria Abreu e Lima e no Terminal da Transpetro de Suape, em Ipojuca (PE); e na Lubnor, em Fortaleza (CE).

A FUP afirma em nota oficial que a Fafen-PR é hoje a única produtora de ureia no País, insumo básico para a produção de fertilizantes. A sua produção somada às da Fafens da Bahia e de Sergipe, arrendadas pela Petrobras no fim de 2019, garantiam cerca de 30% da produção de insumos para fertilizantes. "A paralisação de mais essa unidade deixa o país ainda mais exposto ao mercado internacional de fertilizantes, trazendo impacto direto para o agronegócio e aumento do preço das commodities", acrescenta.

Os manifestantes bloquearam nesta sexta-feira (17) várias estradas no Líbano, no âmbito de um movimento de contestação que entra no seu quarto mês contra uma classe política acusada de corrupção e incompetência.

O movimento lançado em 17 de outubro retomou o folego esta semana, após um período de relativa calma, para denunciar a demora do novo primeiro-ministro Hassan Diab em formar um novo governo.

Hassan Diab foi nomeado em 19 de dezembro, depois que Saad Hariri renunciou no final de outubro, sob pressão das ruas. Nesta sexta-feira, carros foram estacionados em uma ponte da rodovia que leva ao centro de Beirute.

"Bloqueamos a estrada com carros porque é algo que eles não podem remover", disse Maroun Karam, um manifestante, à AFP. "Não queremos um governo de políticos 'mascarados' de tecnocratas", acrescentou.

A contestação exige um gabinete de especialistas independentes, uma reivindicação defendida pelo novo primeiro-ministro, que no entanto admitiu ser pressionado pelos partidos que apoiaram sua nomeação.

"Qualquer governo com rostos políticos 'mascarados' cairá. Não daremos a ele nenhuma chance", insistiu Karam.

Carlos Yammine, de 32 anos, também recusa uma "divisão do bolo" entre os partidos tradicionais para a formação do governo.

"Pedimos desde o início do movimento um governo de emergência, reduzido, e transitório com pessoas independentes", afirmou.

Em outras partes do país, estradas foram bloqueadas em várias regiões, incluindo Trípoli (norte) e os subúrbios do norte de Beirute, algumas das quais foram reabertas pela polícia.

Terça e quarta-feira, a capital libanesa foi palco de violência marcada por atos de vandalismo contra vários bancos e confrontos entre manifestantes e policiais.

Em 48 horas, pelo menos cem manifestantes foram presos, disseram advogados à AFP.

Na quinta-feira, algumas centenas de pessoas se reuniram em frente à sede do Parlamento, do Banco Central do Líbano e do ministério do Interior, enquanto a grande maioria dos presos foi libertada.

A polícia de Hong Kong disse ter desativado uma bomba e detido quatro homens por fabricarem explosivos. Eles foram presos em um apartamento em que haveria itens relacionados a protestos, como máscaras e equipamento de proteção. 

Os homens presos tinham entre 21 e 29 anos, disse um oficial nesta quarta-feira (15). (Com agências internacionais)

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Dezenas de pessoas foram presas neste domingo (5) em Hong Kong durante uma marcha contra "comerciantes paralelos", que compram grandes quantidades de produtos isentos de impostos no território e os levam de volta para vender na China com lucro.

Na manifestação, coquetéis molotov foram jogados em uma delegacia de polícia. Segundo um dos organizadores, 42 pessoas foram detidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Milhares de pessoas protestaram neste sábado (4) em Paris para exigir a retirada do projeto do governo de reforma da Previdência, constatou um jornalista da AFP.

Atrás de uma faixa que dizia "Macron, retire seu projeto", a procissão desfilou à tarde nas ruas de Paris.

A mobilização contra a reforma previdenciária na França entrou em seu segundo mês, uma duração sem precedentes, que excedeu o recorde de 28 dias consecutivos estabelecido em 1986-1987, sem perspectiva de resolução até o momento.

A oposição ao projeto do governo se traduz, desde 5 de dezembro, em uma greve que perturba principalmente a circulação de trens na França e o transporte público na região de Paris.

Na terça-feira, estão previstas várias discussões com os sindicatos, que já convocaram dois dias de manifestações, na quinta e no sábado, em todo o país.

Na cidade de Marselha (sudeste), várias centenas de pessoas se manifestaram neste sábado.

Jean Bergue, 72 anos, aposentado da empresa de telefonia France Telecom, nem conta mais os protestos nos quais participou. "Talvez este seja o 30º", diz ele.

Ele denuncia "um presidente que quer colocar os trabalhadores um contra o outro" e "responde com desprezo" aos protestos sociais. Também espera que "o movimento seja ampliado e endurecido ainda mais, até que o texto seja completamente removido".

Em Toulouse (sudoeste), dezenas de membros do movimento dos "coletes amarelos" ntraram em uma estação ferroviária e alguns bloquearam os trilhos, em apoio aos ferroviários grevistas, antes de se juntarem a centenas de manifestantes nas ruas do centro da cidade.

Pelo menos 400 pessoas foram presas durante protesto pró-democracia em Hong Kong nesta quarta-feira (1º). É o maior número de detidos em apenas um dia das manifestações que começaram em junho do ano passado.

Houve confronto entre a polícia, que usou gás lacrimogêneo, e manifestantes, que revidaram com coquetéis molotov. "Acreditamos que o número total do protesto de hoje (quarta-feira) exceda um milhão de pessoas", afirmou, em comunicado, a organização Frente Civil pelos Direitos Humanos.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os franceses viveram neste sábado (28) mais um fim de semana complicado nos transportes em plena temporada de deslocamentos de fim de ano no 24º dia de greve contra a reforma da Previdência, em que se manifestaram mais de 10.000 pessoas.

Às vésperas da noite de Natal, a mobilização social contra o projeto do sistema "universal" de aposentadorias, defendido pelo presidente Emmanuel Macron, se encaminha para bater um novo recorde.

Já supera a greve de 1995 nos transportes (22 dias), e pode ir além dos 28 dias de paralisação na SNCF (empresa nacional de trens) em 1986-1987, que tampouco deu trégua durante o Natal.

Especialmente porque a retomada do diálogo entre o governo e as organizações sindicais e patronais está prevista para 7 de janeiro.

Vários sindicatos convocaram manifestações para este sábado, das quais participaram centenas de "coletes amarelos", movimento de protesto social e fiscal surgido no outono de 2018 no hemisfério norte.

A delegação no setor ferroviário da CGT assegurou que "dezenas de milhares de pessoas" se manifestaram para "dobrar o governo".

Segundo a Prefeitura da Polícia, 4.500 pessoas, sendo 800 coletes amarelos, participaram da marcha em Paris, onde foram registrados alguns incidentes e as forças de segurança fizeram seis detenções.

Na capital francesa, milhares de manifestantes foram à praça da Bolsa, no centro, esta manhã com cartazes com lemas como "idade limite, idade túmulo", em alusão à "idade de equilíbrio" da aposentadoria que o governo quer fixar em 64 anos em 2027, ou "Greve, bloqueio, fora Macron", informou uma jornalista da AFP.

"Não pensava que seríamos tantos hoje (sábado), isto mostra que as pessoas continuam determinadas", comemorou Christian, condutor de trens em greve desde 5 de dezembro.

O Executivo ofereceu às bailarinas da Ópera de Paris, uma das categorias mobilizadas juntamente com a dos transportes e da educação, que a reforma só seja aplicada às dançarinas contratadas a partir de 2022, noticiou o jornal econômico Les Echos. Mas a oferta foi recusada.

Vários protestos foram registrados em outras cidades, como Toulouse (200 manifestantes, segundo a AFP), Saint-Etienne (500) e Rennes (150).

Para os viajantes, a situação permanece complicada: em média, circulam até a noite de domingo seis em cada dez trens de alta velocidade.

Em Paris, 13 linhas do metrô de um total de 16 estarão fechadas no domingo.

Após dias de silêncio, o pronunciamento de fim de ano do presidente Macron, previsto para 31 de dezembro, é muito aguardado.

A mobilização social contra a reforma previdenciária na França entrou nesta sexta-feira em seu vigésimo terceiro dia, tornando-se a ação mais longa desse tipo desde as greves de 1995.

A próximo semana, em que deve haver muitas viagens planejadas para o final do ano, continuará sofrendo muitas perturbação no transporte público devido à greve parcial da operadora ferroviária SNCF, especialmente dos maquinistas.

Em Paris, cinco das 16 linhas de metrô da capital estavam fechadas nesta sexta-feira. Nos últimos dias todas ficaram inoperantes, exceto duas automatizadas.

Philippe Martinez, secretário-geral do sindicato da CGT, exigiu novamente nesta sexta-feira que o governo retire seu projeto de reforma.

O governo quer mesclar em um único sistema os 42 planos de aposentadoria diferentes que às vezes marcam idades diferenciadas de aposentadoria, levando em consideração as especificidades de cada profissão, como dançarinos, maquinistas, pilotos de avião, policiais ou bombeiros.

O protesto excedeu nesta sexta-feira a duração da gigantesca greve dos transportes em novembro e dezembro de 1995, também desencadeada por uma tentativa do governo de reformar o sistema de aposentadoria e que foi finalmente deixada de lado.

Várias manifestações são esperadas neste sábado em toda a França.

As mobilizações continuarão na próxima semana. Ao contrário do desejo do presidente Emmanuel Macron, os sindicatos recusaram uma trégua de Natal e os protestos continuaram.

Em 9 de janeiro, os sindicatos esperam um novo dia de manifestações em massa e greves interprofissionais

Chile, Hong Kong, Argélia, Líbano e França. Cidadãos revoltados e sem lideranças foram às ruas em 2019, retomando os combates dos "indignados" do começo da década contra o sistema político, as elites e as desigualdades.

Maquiados como o protagonista do filme "Coringa", personagem que se sente marginalizado, ou com a máscara de Guy Fawkes, protagonista do filme "V de Vingança", milhares de pessoas denunciaram problemas parecidos em Bagdá, Beirute e La Paz, desencadeando a queda de cinco chefes de Estado e de governo.

É "uma revolução contra o 'Tina'", acrônimo de "There is no alternative" (Não há alternativa), repetido pela ex-primeira-ministra neoliberal Margaret Thatcher, explica Karim Bitar, diretor do Instituto de Ciência Política na Universidade St-Joseph de Beirute.

"A sociedade não aguenta mais pagar e pagar. Eles apertaram muito o cinto e chegou um momento em que eu tive que desmoronar", afirmou Marcela Paz, um professora de 51 anos, em uma manifestação de um milhão de pessoas em Santiago de Chile no final de outubro.

No mundo todo, rebeliões de todo tipo têm sido retomadas. Esses protestos têm comum o fato de terem surgido de forma "horizontal" e "sem líderes, sem organização nem estrutura em uma primeira etapa", explica Olivier Fillieule, especialista de movimentos sociais no Instituto de Estudos Políticos de Lausanne (Suíça).

O gatilho que desencadeou as mobilizações pode ser relativamente abstrato, como a lei das extradições em Hong Kong, ou mais pragmático, como o aumento do preço do metrô em Santiago, Chile, ou uma nova taxa para chamadas pelo WhatsApp no Líbano.

"Do Líbano ao Iraque, nossa dor é uma só", podia-se ler em um cartaz em Beirute, diante da sede da Eletricidade do Líbano (EDL), símbolo da piora nos serviços públicos no país.

- O peso da internet -

Essas revoltas contam com a internet, muito mais do que em 2011, já que o número de internautas mais do que duplicou em 10 anos, até chegar a 4,5 bilhões de pessoas.

Na Argélia, as redes sociais desempenharam "um papel muito importante", explicou à AFP no início do ano Okba Bellabas, um dos 25 membros fundadores do Coletivo de Jovens comprometidos.

Em Hong Kong ou Barcelona, os manifestantes se passam slogans por sistemas de mensagens seguros, inclusive com aplicativos que podem ser baixados com QR code.

"As redes sociais podem desempenhar um papel, mas não se trata de revoluções de Facebook", ressalta Geoffrey Pleyers, sociólogo na Universidade Católica de Lovaina (Bélgica) e no Colégio de Estudos Mundiais (Paris).

O peso da rede, inclusive sem ser dominante, atrai forçosamente os mais conectados, ou seja, os jovens. Seu peso nessas mobilizações não é verificado de maneira sistemática. Os "coletes amarelos" franceses costumam ser pessoas mais velhas, o movimento chileno inclui muitos aposentados, os manifestantes em Barcelona e na Bolívia são de todas as idades, disse Pleyers.

Essas revoltas, revoltam os especialistas interrogados pela AFP, se inspiram nos movimentos do começo da década: a primavera árabe, iniciada no final de 2010 na Tunísia, e também o Ocupy Wall Street, em setembro de 2011, contra as medidas de austeridade e os abusos do capitalismo financeiro.

"2019 aparece um ano muito importante em matéria de mobilizações", estima Olivier Fillieule. "Mas isso não é inédito nem excepcional. Vamos lembrar que no final de 2011, a revista Time elegeu 'o manifestante' como personalidade do ano".

As mobilizações de 2019 "se inscrevem na mesma sequência histórica", acrescenta.

"As disfunções econômicas reveladas pela crise de 2008 foram transferidos das elites aos menos poderosos através da austeridade, do desemprego, da insegurança", explica Jake Werner, professor na Universidade de Chicago.

- "Revoluções pela dignidade" -

Segundo Erik Neveu, pesquisador da sociologia das mobilizações no Instituto de Estudos Políticos de Rennes (oeste da França), nos regimes democráticos, "a crença na capacidade da democracia para mudar de vida desmorona de maneira inexorável".

As pessoas pensam que "sua salvação se encontra na mobilização", assegura Neveu.

"São as revoluções pela dignidade", diz Bitar em Beirute.

Em apenas algumas semanas, esses movimentos desencadearam a saída de Abdelaziz Bouteflika, que renunciou ao quinto mandato na Argélia; de Omar Al Bashir, derrubado em abril, após 30 anos no poder no Sudão; na renúncia do presidente boliviano Evo Morales, do primeiro-ministro libanês Saad Hariri e do iraquiano Adel Abdel Mahdi.

Em Hong Kong, a desistiu-se da lei de extradição criticada pelos manifestantes e a China anunciou que "melhoraria" o processo de nomeação do chefe do executivo, duas das demandas da mobilização pró-democracia.

A repressão, no entanto, foi atroz em alguns lugares, como no Irã, onde, segundo a Anistia Internacional, pelo menos 208 pessoas morreram nos protestos em meados de novembro.

"A raiva não vai necessariamente ceder" em 2020, prevê Bitar. "Mas quem tirou vantagem do sistema político não cederá facilmente", alerta. "Poderemos assistir contra-revoluções, que seriam brutais".

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, disse que muitos turistas e cidadãos ficaram decepcionados por ter "a noite de Natal arruinada por um grupo de desordeiros descuidados e egoístas". Os protestos na ex-colônia britânica voltaram a ter confrontos nas festividades de final de ano, embora dezembro tenha começado mais pacífico após candidatos pró-democracia obterem vitória esmagadora nas eleições locais de novembro. Cerca de 25 pessoas ficaram feridas.

Lam disse que o governo fará o possível para manter a lei e a ordem e restaurar a paz em Hong Kong. "Tais atos ilegais não só acabaram com o clima festivo como também afetou o comércio legal."

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Manifestantes antigoverno marcharam nesta terça, 24, e quarta, 25, vestidos de preto e usando máscaras por decorados centros comerciais. Os protestos foram convocados pelas redes sociais, e incitaram as mobilizações principalmente em áreas comerciais.

Manifestantes cantavam slogans pró-democracia como "Libertem Hong Kong" e "A revolução da nossa época". A polícia usou spray de pimenta e gás lacrimogêneo para dispersar as multidões.

Uma autoridade da área da saúde informou que 25 pessoas ficaram feridas ao longo da noite. Entre elas, um homem que caiu do segundo andar de um shopping enquanto tentava fugir da polícia.

"Os confrontos são esperados, não interessa que seja Natal", disse à Reuters Chan, um dono de restaurante de 28 anos que participou dos protestos. "Estou desapontado que o governo não responda a nenhuma de nossas exigências."

A polícia considerou que a reação às mobilizações foi "controlada".

Os protestos já duram seis meses, e são a pior crise da ex-colônia britânica. O movimento, que começou contra uma lei extinta que pretendia permitir a extradição de pessoas para a China territorial, impacta a economia e o turismo de Hong Kong. O território entrou em recessão no terceiro trimestre, com uma redução no Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2%. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Vários pontos na Índia foram novamente cenário nesta sexta-feira (20) de confrontos entre policiais e manifestantes durante protestos contra uma nova lei de cidadania, considerada discriminatória para com os muçulmanos e cuja adoção já causou um total de nove mortes no país.

Essas são as manifestações mais importantes desde a chegada ao poder do governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi em 2014.

Nesta sexta-feira, os confrontos ocorreram em Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh (norte), onde várias centenas de pessoas foram presas quando se manifestavam, disse um jornalista da AFP.

Em muitos lugares neste país de 1,3 bilhão de habitantes, a proibição de manifestação é mantida e, em alguns casos, as autoridades cortaram o acesso à Internet.

A polícia instalou dispositivos de segurança em frente a inúmeras mesquitas por medo de incidentes nesta sexta, quando é realizada a tradicional oração muçulmana semanal.

A lei que desencadeou os protestos concede cidadania aos refugiados do Afeganistão, Paquistão e Bangladesh, mas apenas se eles não forem muçulmanos.

Seus críticos consideram isso discriminatório e contrário à Constituição indiana.

A nova lei não afeta diretamente os indianos da confissão muçulmana, mas eles temem discriminação após cinco anos de governo de Modi.

Em Nova Delhi, a capital, a situação era tensa no bairro de maioria muçulmana de Old Delhi, de acordo com jornalistas da AFP no local.

Apesar da proibição de manifestação, cerca de 5.000 pessoas se reuniram na saída da oração na grande mesquita Jama Masjid, sob obsrvação de numerosos policiais.

Alguns manifestantes carregavam uma enorme bandeira indiana de 30 metros de comprimento e gritavam "Liberdade, liberdade!".

Na quinta-feira, um manifestante foi morto por ferimentos a bala em Lucknow, disse à AFP um médico que não quis se identificar.

A polícia negou os disparos, mas o pai da vítima disse ao jornal Times of India que seu filho foi baleado ao passar pelo meio de uma manifestação quando fazia compras.

Além disso, 16 policiais ficaram feridos na cidade.

As forças de segurança também dispararam na quinta-feira contra a multidão em Mangalore (sul) para dispersar uma manifestação de cerca de 200 pessoas e mataram dois manifestantes, disse à AFP o porta-voz da polícia Qadir Shah.

Quatro outros manifestantes foram hospitalizados por ferimentos a bala.

Em um editorial muito crítico ao governo, o jornal The Indian Express pediu nesta sexta que tudo seja feito para preservar a paz em um país onde os muçulmanos representam 14% da população.

"A maior democracia do mundo não parece capaz de aceitar jovens que discordam do poder. A Índia corre um alto risco se começar a ser vista como um lugar onde os dissidentes sentem medo", afirmou o jornal.

A ONG Anistia Internacional (AI) pediu na quinta-feira às autoridades indianas que "cessem a repressão contra manifestantes pacíficos que protestam contra uma lei discriminatória".

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