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Um policial responsável por relações com a mídia foi atingido na panturrilha por uma flecha atirada por manifestantes em Hong Kong neste domingo (17). O protesto aconteceu na Universidade Politécnica da cidade, último local a receber manifestações após uma semana marcada por confrontos em campi universitários.

Os protestos na Universidade começaram por volta das 10h e se estenderam até o período da tarde. A polícia local lançou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água contra os manifestantes, que jogaram tijolos e coquetéis molotov contra policiais. Além disso, alguns utilizaram equipamentos de arqueria da universidade para atirar flechas.

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O serviço de Educação de Hong Kong informou que as escolas do território semiautônomo ficarão fechadas nesta segunda-feira. Na quinta-feira e na sexta-feira, não houve aulas. Várias universidades suspenderam aulas pelo restante do semestre.

Os protestos aconteceram um dia após soldados chineses fazerem uma rara aparição em Hong Kong. Eles deixaram os quartéis para desfazer bloqueios colocados por manifestantes em ruas e estradas. A China mantém tropas no local desde a entrega da ex-colônia inglesa, em 1997, mas elas só entram em ação em caso de pedido do governo local. Um porta-voz da administração afirmou que o ato de remover barreiras foi "puramente voluntário", e que o governo de Hong Kong não solicitou ajuda.

Violentos confrontos entre policiais e cocaleiros que tentavam chegar à cidade de Cochabamba para se manifestarem em favor do ex-presidente Evo Morales deixaram 5 mortos, 26 feridos e 169 detidos, segundo a Defensoria Pública. Militares e policiais tinham levantado um bloqueio na ponte Huayllani para evitar que os cocaleiros do Chapare, reduto de Evo, entrassem na cidade e, segundo as autoridades, os confrontos começaram quando os indígenas forçaram a passagem.

Os detalhes do confronto estavam incertos, mas o estudante universitário Emeterio Colque, de 23 anos, disse que as vítimas foram mortas a tiros, versão confirmada por outras testemunhas. O defensor Nelson Cox, da Defensoria do Povo de Cochabamba, pediu investigação para apurar responsabilidades. De acordo com o governo, dez pessoas morreram desde o início da crise, provocada pelas contestadas eleições de 20 de outubro. Os manifestantes pró-Evo falam em 20 mortos.

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Ontem, 15, a Polícia Nacional reprimiu com bombas de gás uma manifestação pacífica de apoiadores de Evo no centro de La Paz. Centenas de partidários do ex-presidente se concentravam na Praça São Francisco à espera de um grupo de mineiros que vinha de El Alto, na região metropolitana da capital boliviana, para se juntar ao protesto contra o governo da autoproclamada presidente interina Jeanine Áñez por volta das 15h30 quando um grupo de policiais em motocicletas surgiu em uma rua lateral disparando bombas de gás lacrimogêneo.

Os disparos provocaram uma correria geral. Entre os manifestantes havia muitas mulheres de idade avançada. Enquanto corriam para o lado oposto ao das bombas, outro grupo de policiais atacou encurralando os manifestantes. A reportagem do Estado viu duas mulheres em trajes típicos pacenhos desmaiarem sob efeito do gás.

Desabastecimento

"No rio revolto está o lucro do pescador", praguejou o taxista Mario na manhã de ontem em La Paz. Ele acabara de receber uma chamada da central de táxi para a qual presta serviços informando que em um posto da Zona Sul a gasolina estava sendo vendida a B$ 10 o litro. O preço normal é B$ 3,74.

O desabastecimento de combustíveis é um dos sintomas mais visíveis para a população de La Paz da crise que se instalou no país andino desde que vieram à tona as suspeitas de fraude nas eleições de 20 de outubro. A maioria dos postos de combustível está fechada, cercada de tapumes de madeira e zinco para evitar depredações. Os poucos postos abertos têm filas quilométricas que demoram até duas horas. Isso fez florescer um mercado negro no qual a gasolina é vendida pelos olhos da cara. O esquema funciona em vielas estreitas nas quais homens desconfiados entregam os galões de combustível.

O motivo da falta de combustível em La Paz são os bloqueios em rodovias que dão acesso à capital boliviana feitos por apoiadores do ex-presidente na região do Altiplano.

Anteontem a YFPB, a estatal de combustíveis, comunicou oficialmente o risco de desabastecimento. Àquela altura mais da metade dos postos da cidade já estava fechada. Jeanine anunciou um plano conjunto entre os ministérios dos Hidrocarburetos, Defesa, Exército e Polícia Nacional para normalizar o abastecimento.

Além de gasolina, começam a se tornar escassos alguns itens básicos de alimentação como carne e verduras. Isso também provocou aumento de preços. Em alguns mercados, o litro de leite, que normalmente custa B$ 6, está a B$ 8. A dúzia de ovos foi de B$ 9 para B$ 13, o quilo do peito de frango aumentou de B$ 29 para B$ 35 e o pé de alface que custava B$ 4 sai a B$ 8.

Sem prazo para deixar o poder

Questionada duas vezes sobre quando pretende deixar o governo, a autoproclamada presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, não respondeu à pergunta. Segundo ela, a data de sua saída vai depender do andamento dos trabalhos para a realização de novas eleições gerais no país, sua prioridade. A Constituição estipula prazo de 90 dias que termina em 22 de janeiro de 2020.

Ontem, Jeanine concedeu sua primeira entrevista a correspondentes internacionais. Ladeada pela ministra da Comunicação, Roxana Lizárraga, e pelo ministro da Economia, José Luiz Parada, ela entrou no salão central do Palácio Quemado, sede do governo boliviano, aparentando estar à vontade na nova função.

Em meio a negociações com o Movimento ao Socialismo (MAS), partido do ex-presidente Evo Morales que detém dois terços do Parlamento, para pacificação do país, Jeanine contrariou a principal demanda dos socialistas, a garantia de que Evo poderá voltar ao país sem sofrer represálias. Segundo ela, se o ex-presidente voltar, terá de enfrentar na Justiça acusações de fraude eleitoral e denúncias de corrupção.

Em entrevista à agência Reuters, Evo afirmou que está disposto a não participar das eleições. "Pela democracia, se eles não querem que eu participe, não tenho nenhum problema. Só me pergunto por que tanto medo do Evo", afirmou na Cidade do México, onde está asilado. O ex-presidente disse ainda que não sabe quem poderia ser o candidato da esquerda caso não participe das eleições.

Jeanine se posicionou de maneira enérgica no campo contrário ao de países governados pela esquerda como México, Cuba, Venezuela e Nicarágua.

O governo cubano determinou o retorno dos médicos e colaboradores que enviou à Bolívia como parte de um programa de cooperação com a gestão de Evo após classificar de "falsas" as acusações do governo de Jeanine de que cubanos teriam financiado protestos. Ontem, Havana denunciou a "prisão injusta" da chefe de sua equipe médica na Bolívia, Yoandra Muro. Outros cinco integrantes da missão estão presos.

Parada, ministro interino da Economia, chegou a prever ontem a derrocada econômica do presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández. Pouco depois, a nova chanceler, Karen Longáric, anunciou o rompimento de relações com o governo Nicolás Maduro e a expulsão de centenas de funcionários da embaixada venezuelana em La Paz. Karen também anunciou que a Bolívia deixará a Alba (Aliança Bolivariana) e está avaliando sair da Unasul (União das Nações Sul-americanas).

Autoproclamada em uma sessão esvaziada do Congresso e alvo de contestações internas e externas por não ter o número mínimo de parlamentares previsto em lei, Jeanine disse que impugnará a sessão realizada na quinta-feira, 14, pelo Senado, que escolheu a nova mesa diretora da Casa, sob comando do MAS. O motivo, segundo Jeanine, é a falta de quórum na sessão.

A seguir, os principais trechos da entrevista concedida por Jeanine na sede do governo:

Novas eleições

"Espero que tenhamos tempo e a madurez suficientes para levar a cabo o mais rápido possível primeiro a eleição de administradores do processo eleitoral que sejam transparentes, com personalidade reconhecida, capazes, com méritos e que demonstrem aos cidadãos bolivianos que vão fazer as coisas bem. Que não vai haver manipulação dos resultados de um processo eleitoral. O país agora demanda paz e eleições transparentes."

Golpe

"Golpe de Estado é o que sofremos, nós bolivianos, em 20 de outubro, com eleições descaradamente fraudulentas."

Exílio

"Evo Morales, em sua qualidade de asilado político, não poderia estar fazendo declarações públicas. Essa é uma explicação que o Estado mexicano tem que dar e é objeto de uma reclamação feita pela chancelaria. Ele está violando a legislação relativa a um exilado."

Participação do MAS nas eleições

"Os presidentes dos tribunais eleitorais que eles indicaram estão privados de liberdade e isso tem como consequência o título de delito eleitoral. Neste momento, estamos tratando de formar um Tribunal Eleitoral probo e qualificado que tomará a decisão se um partido político envolvido em fraudes eleitorais deve sofrer as sanções pertinentes."

Retorno de Evo

"Ele sabe que tem contas pendentes com a Justiça boliviana. Se o ex-presidente quer voltar, que volte, mas terá de responder à Justiça. Há um delito eleitoral e o tribunal que vamos eleger terá de emitir uma decisão sobre isso. Além do mais, há muitíssimas denúncias de corrupção contra o seu governo que estão impunes, pois o Judiciário estava às ordens do Executivo."

Negociações com o MAS

"A mesa dos negociadores continua porque as mobilizações incentivadas pelo MAS continuam. E devo dizer que continuam de maneira muito mal intencionada. Pois não se pode causar temor na população como eles estão fazendo. E um dos mecanismos de manipulação era as redes sociais."

Tempo de governo

"Insisto que este é um governo de transição e no menor tempo possível queremos levar adiante a convocatória de eleições que é nosso objetivo. Eu me comprometo a levar às eleições transparentes. Se conseguirmos isso até 22 de janeiro, tenho a certeza de que então vamos sair."

Símbolos religiosos

"Quanto ao ingresso da Bíblia quero dizer que sou uma mulher de fé, de Deus. Respeito todas as tradições, mas creio que se estou no Palácio, a Bíblia também vai estar, pois me sinto mais fortalecida quando apelo a uma oração para poder atuar bem."

Brasil: modelo para mudança econômica

O ministro da Economia do governo interino, José Luiz Parada, citou a política econômica do governo Jair Bolsonaro como exemplo a ser seguido. Segundo ele, a reforma da Previdência do Congresso brasileiro é um exemplo de como a responsabilidade fiscal pode ser uma ferramenta para que o Estado tenha condições econômicas de dar conta das demandas sociais.

Parada disse que pretende fazer uma transição na economia local. "Temos que fornecer a informação que não foi transparente durante 14 anos (do governo Evo Morales). E dar aos novos governantes toda a realidade da situação econômica do país que lhes permitam elaborar uma política de desenvolvimento clara. Pois os governos do socialismo do século 21 fizeram políticas partidárias", disse. Nos 14 anos do governo Evo, a Bolívia cresceu em média 5% ao ano e a miséria foi reduzida pela metade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo às milícias civis, na terça-feira (12) para que patrulhem as ruas do país em meio às ameaças de protestos da oposição. O líder oposicionista Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, convocou uma manifestação contra o regime para o sábado (16).

Em pronunciamento televisivo, Maduro, sentado entre líderes militares, ordenou que os cerca de 3,2 milhões de civis venezuelanos que integram milícias intensifiquem as rondas nas ruas em todo o país. Ele disse que as mesmas forças "imperialistas" que derrubaram o presidente boliviano Evo Morales no domingo (10), querem tirá-lo do poder.

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O Chile completa nesta terça-feira 26 dias de mobilizações, com uma grande manifestação em Santiago e uma greve geral que paralisa as atividades na cidade costeira de Valparaíso e em outras partes do país, com pedidos de melhorias sociais e em meio ao debate sobre uma reforma na Constituição.

Milhares de pessoas se manifestavam na Plaza Italia, no centro da capital, batizada popularmente como "Praça da Dignidade". Com bandeiras chilenas e dos indígenas mapuches, a manifestação era pacífica.

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Em Santiago, o registro civil aderiu à paralisação convocada pela Associação Nacional de Empregados Fiscais e prestava serviços mínimos para aqueles que fossem casar e já tivessem hora marcada. Trabalhadores da saúde pública, por sua vez, interrompiam o trânsito perto do Ministério da Saúde, também no centro da cidade. As aulas foram suspensas porque muitos professores e alunos não podiam comparecer às escolas.

Em Valparaíso, o Congresso suspendeu as atividades tanto da Câmara dos Deputados como do Senado. Houve ainda a suspensão do Merval, o metrô que une Viña del Mar a Valparaíso e que comunica a região, bem como do transporte público em geral. Algumas pessoas ofereciam voluntariamente transporte para outras em seus automóveis para ajudá-las a se manifestar.

No começo da manhã, alguns locais foram apedrejados, o que inibiu a abertura de muitos comércios e pequenas e médias empresas, diante do temor de saques ou ataques. A cidade de Valparaíso confirmou a paralisação de funcionários públicos.

Na rota que une Viña del Mar e Valparaíso a Santiago, havia dificuldades no trânsito por causa de barricadas. Em Concepción, no sul do país, havia grandes manifestações, com grupos menos numerosos em Temuco, também no sul. Em Antofagasta, no norte, foram levantadas barricadas que levaram à suspensão do transporte público.

Os 26 dias de mobilizações representam um alto custo econômico. A Câmara Nacional de Comércio, Serviços e Turismo estimou que poderiam ser perdidos até 100 mil empregos e que as finanças familiares de muitos pequenos e médios empresários foram fortemente afetadas. Nesta terça-feira, o dólar superava o recorde histórico de 800 pesos nos mercados, quando antes das manifestações estava entre 700 e 720 pesos chilenos.

O Chile vive uma revolta social sem precedentes desde 18 de outubro, quando uma elevação no preço do metrô detonou incêndios e ataques na maioria de suas estações e centenas de saques a supermercados, seguidos por grandes protestos com uma ampla gama de demandas, desde melhorias na educação, na saúde, na previdência e até uma nova Constituição. Fonte: Associated Press.

O dia seguinte à renúncia do presidente Evo Morales na Bolívia foi de mais violência no país. Novos protestos eclodiram tanto da direita como da esquerda - alguns pacíficos, outro não. Em La Paz, políticos trabalhavam para encontrar uma solução para preencher o vazio de poder deixado pela renúncia, em meio a uma crise constitucional.

Simpatizantes do líder socialista tomados pela ira fizeram barricadas para bloquear algumas estradas que levam ao aeroporto principal do país, enquanto a tensão tomava conta da Bolívia. Ao mesmo tempo, seus opositores bloqueavam a maioria das ruas que davam acesso à praça principal de La Paz, em frente ao Congresso e ao palácio presidencial.

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Durante a madrugada, gangues rivais se enfrentaram e tomaram as principais vias do país. Pontos de comércio foram atacados e algumas propriedades, incendiadas. Escolas e lojas permaneceram fechadas nesta segunda-feira, 11, e o transporte público ficou praticamente parado.

Centenas de apoiadores de Evo avançavam nesta segunda-feira em direção a La Paz, partindo da cidade vizinha de El Alto. A marcha saiu à tarde do reduto do ex-presidente indígena. No Twitter, o perfil da emissora venezuelana Telesur postou vídeos que mostravam uma multidão percorrendo a cidade e gritando "guerra civil".

A chegada de partidários de Evo a La Paz fez surgir o temor de que ocorram choques entre seus simpatizantes e opositores, protagonistas dos atos das últimas semanas que antecederam a renúncia do ex-presidente.

Na maior parte do dia, a polícia estava de braços cruzados, exigindo a saída do comandante Yuri Calderón. Ela estava ausente das ruas da Bolívia desde os motins nos quartéis em três cidades na sexta-feira. Vídeos que circulavam pelo Twitter mostravam alguns oficiais recortando as insígnias de seus uniformes.

Os policiais só começaram a atuar contra atos de vandalismo depois que Calderón renunciou, mas já era tarde demais.

Para tentar conter saques e incêndios em casas e lojas, muitos moradores montaram barricadas. Duas delegacias foram incendiadas. Veículos, estações do teleférico de La Paz e postos de gasolina também foram destruídos. Ao todo, 20 pessoas ficaram feridas apenas em La Paz.

Os distúrbios, porém, foram registrados em várias outras cidades. Uma das formas mais comuns de protesto é incendiar residências de políticos e figuras importantes. A casa de Evo em Cochabamba foi pichada e destruída na noite de domingo, 10. Carlos Mesa, líder opositor e rival de Evo na eleição de outubro, também reclamou que sua casa em Santa Cruz de la Sierra foi atacada por vândalos.

As Forças Armadas bolivianas disseram nesta segunda-feira que lançaram um plano para proteger os serviços públicos "essenciais" do país em meio ao caos. O plano conhecido como Sebastián Pagador foi lançado devido à "escalada de violência e vandalismo que vem ocorrendo na população e com o objetivo de manter e proteger as áreas e centros vitais do país", de acordo com um comunicado das Forças Armadas.

Evo pediu a médicos, enfermeiras e professores que retornassem aos seus postos para oferecer os serviços à população. O ex-presidente manifestou apoio a seus simpatizantes e denunciou a morte de alguns, o que não foi confirmado pelas autoridades.

"Um dia depois do golpe civil-político-policial, a polícia está reprimindo com munição e causando mortes e feridos em El Alto", postou Evo no Twitter. "Minha solidariedade com as vítimas inocentes, uma delas uma jovem garota, e ao povo de El Alto, que defende a democracia." / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Muitas universidade em Hong Kong cancelaram as aulas nesta segunda-feira (11) devido a manifestações que levaram à interrupção parcial dos serviços de transporte público.

Jovens do território responderam à convocação de protestar contra a polícia e o governo, obstruindo ruas e trilhos do metrô pela manhã. Essa movimentação forçou as operadoras de trens e ônibus a suspender parcialmente os serviços de transporte.

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Também houve convocações para boicote às aulas e a organização de protestos sentados em universidades e escolas do ensino médio.

Estudantes do ensino médio que participaram do ato do lado de fora de sua escola, em um distrito central, convocaram a população a tomar Hong Kong de volta.

Um participante de 16 anos disse que a polícia está usando força excessiva e que o governo deveria ouvir a opinião pública.

Forças policiais relataram que um policial abriu fogo contra manifestantes na manhã desta segunda-feira. Autoridades afirmam que um homem de 21 anos se encontra em estado crítico.

Um vídeo mostra o policial lutando com um manifestante antes de atirar contra ele à queima-roupa.

Logo em seguida, o policial atirou mais duas vezes em direção a outra pessoa que participava do protesto. O incidente é apenas mais um em uma série de confrontos violentos que ocorreram em toda a cidade, com a realização de protestos que tiveram como objetivo tumultuar os deslocamentos hoje.

A polícia vem utilizando gás lacrimogêneo e spray de pimenta para tentar dispersar as aglomerações de pessoas.

As manifestações tiveram início há cinco meses, devido à preocupação de que a China estivesse tentando aumentar a sua influência sobre a região semiautônoma.

Desde então, mais de 3 mil pessoas já foram presas. Na semana passada, houve o primeiro caso de morte relacionado aos protestos, quando um estudante de 22 anos perdeu a vida após cair de um edifício-garagem durante uma operação policial.

*Emissora pública de televisão do Japão

A morte de um estudante em Hong Kong, que sofreu uma queda no fim de semana passado durante confrontos com a polícia, provocou nesta sexta-feira (8) uma onda de protestos do movimento pró-democracia.

O falecimento de Alex Chow pode aumentar ainda mais a tensão na ex-colônia britânica, cenário há cinco meses de uma onda de protestos - que terminam em violência com frequência - para denunciar a interferência de Pequim e exigir reformas democráticas.

Chow, um estudante de Ciências da Computação de 22 anos, foi declarado morto na manhã desta sexta-feira, informou o hospital Queen Elizabeth.

O estudante deu entrada na emergência já inconsciente, na madrugada de segunda-feira, após violentos incidentes entre policiais e manifestantes no distrito de Tseung Kwan O.

O jovem foi encontrado em uma poça de sangue em um estacionamento onde pouco antes havia ocorrido um confronto, depois que a polícia usou gás lacrimogêneo para responder aos manifestantes que lançavam objetos.

Porém, as circunstâncias da queda do estudante, que participava nos protestos, não foram determinadas e provocam uma grande controvérsia.

Alex Chow estudava na Universidade de Ciências e Tecnologia de Hong Kong, onde nesta sexta-feira acontecia uma cerimônia de formatura.

O reitor da universidade, Wei Shyy, interrompeu o evento para anunciar a morte do jovem e pediu um minuto de silêncio.

Horas mais tarde, diversos fóruns on-line que coordenam o movimento de protesto, que não tem líderes designados, convidaram a população a participar em vigílias em homenagem ao estudante.

De acordo com os manifestantes, Chow caiu depois de subir no parapeito de um dos andares do estacionamento para escapar do gás lacrimogêneo lançado pela polícia.

Os comandantes da polícia admitiram o uso de gás lacrimogêneo perto do estacionamento, mas afirmaram que quando Chow foi encontrado havia pouco gás na atmosfera.

Também negam ter dificultado a ação dos serviços de emergência ou o bloqueio da passagem da ambulância que levou o estudante ao hospital.

Na última semana os atos violentos aumentaram em Hong Kong.

No sábado passado, policiais e manifestantes protagonizaram uma batalha campal durante várias horas após um protestos não autorizado.

Um dia depois, um confronto violento deixou cinco feridos, incluindo um ativista pró-democracia que teve parte de uma orelha cortada.

Na quarta-feira, um político pró-Pequim sofreu um ataque com faca.

Xu Luying, porta-voz do Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau, chamou os manifestantes radicais de "gângsteres", de acordo com agência oficial Xinhua.

Ele acusou os manifestantes de recorrer à violência para tentar influenciar as eleições locais previstas para 24 de novembro.

A divisão não parece ter solução política.

Hong Kong, um território autônomo do sul da China devolvido a Pequim em 1997, é administrado pelo princípio "um país, dois sistemas" e até 2047 desfruta, em tese, de liberdades desconhecidas no resto da China.

O movimento pró-democracia acusa Pequim de não respeitar as promessas e de aumentar sua influência política na ex-colônia britânica, em particular desde a chegada ao poder do presidente Xi Jinping.

Os manifestantes pedem, entre outras coisas, a instauração de um verdadeiro sufrágio universal e uma investigação sobre a ação da polícia.

O procurador Manuel Guerra vai investigar 14 policiais suspeitos de torturarem manifestantes durante as três semanas de protestos no Chile. Um dos casos tem relação com as ações de 12 policiais em Nunoa, subúrbio de Santiago, em que manifestantes desafiaram um toque de recolher.

O segundo caso é de dois agentes da área de classe média baixa de La Florida que foram acusados de espancar um jovem que estava algemado. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Caminhoneiros começaram a fechar as estradas que cruzam as fronteiras da Bolívia, em apoio à proposta de paralisação das atividades econômicas por 15 dias. "Amanhã terminaremos de fechar a Bolívia com o bloqueio nas fronteiras de Desaguadero e Tambo Quemado", declarou Marcelo Cruz, diretor da Associação de Transporte Pesado Internacional.

Violentos enfrentamentos entre governistas e opositores foram registrados ontem em diversas cidades da Bolívia, incluindo a capital La Paz, e deixaram 22 feridos. Em Vinto, Departamento de Cochabamba, manifestantes colocaram fogo na prefeitura e mantiveram a prefeita Patricia Arce como refém - ela foi libertada mais tarde pela polícia.

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Os protesto contra a reeleição de Evo Morales, considerada fraudulenta, chegaram ontem ao 15º dia. Todos os nove departamentos da Bolívia enfrentavam bloqueios nas ruas, protestos diante de edifícios estatais e confrontos entre opositores e partidários do chefe de Estado, no poder desde 2006.

Cochabamba, uma das principais cidades da Bolívia, também foi palco de violentos confrontos, que deixaram 20 feridos. Segundo a defensora pública Nadia Cruz, alguns feridos estão em estado grave. Ambos os lados se enfrentaram com pedras e pedaços de pau. Um grupo de estudantes chegou a disparar foguetes de lançadores artesanais.

Evo acusa a oposição de "tramar um golpe de Estado" e convocou seus simpatizantes a ocupar as ruas, aumentando o risco de violência. Ontem, em muitos locais, de um lado havia marchas de sindicatos, organizações de mulheres e de produtores de folhas de coca, partidários de Evo. Do outro lado estavam trabalhadores de fábricas e outros setores, pedindo a renúncia do presidente.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) prometeu realizar uma auditoria da votação, mas a oposição rejeita e agora exige a realização de novas eleições sem a participação de Evo, que venceu em primeiro turno após a apuração ser paralisada e depois retomada. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os libaneses voltaram a sair às ruas na noite desta terça-feira para exigir um novo governo, enfrentando as forças de segurança que tentavam reabrir estradas bloqueadas.

Em todo o país foram organizados protestos, de Trípoli no norte até Sídon no sul, com manifestantes carregando bandeiras libanesas e gritando: "Revolução! Revolução".

Os manifestantes se reuniram nesta terça-feira à noite em uma praça de Trípoli, horas depois de as forças de segurança lhes impedirem de fechar instituições públicas e bancos, como tinham feito no dia anterior.

Nesta cidade, os jovens manifestantes fizeram "panelaços" expressando sua solidariedade a Sídon, onde as forças de segurança desmantelaram um acampamento de protesto durante a manhã.

Desde 17 de outubro, o Líbano vive um movimento com milhares de manifestantes que tomaram as ruas e praças para exigir a saída de uma classe política que permanece praticamente inalterada desde o fim da guerra civil (1975-1990).

Os protestos levaram à renúncia do primeiro-ministro Saad Hariri. Os manifestantes criticaram o presidente Michel Aoun pelos atrasos na formação de um novo gabinete.

Entre suas demandas, os manifestantes pedem a formação de um governo de tecnocratas.

Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas durante a repressão a dois protestos no Iraque entre domingo e esta segunda-feira, 4. No primeiro deles, na noite deste domingo, 3, quatro manifestantes foram mortos pela polícia em Kerbala, no sul do país, quando tentavam incendiar o Consulado do Irã, país apoiador do governo iraquiano.

No protesto desta segunda-feira, os manifestantes estavam a caminho da TV estatal Al-Iraqiya, na Praça Hafiz al Qadi, quando foram abordados pela polícia. No confronto, 7 deles foram mortos.

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Os protestos no Iraque foram retomados há 11 dias e essa foi a primeira vez que as forças iraquianas dispararam munições contra os manifestantes. Segundo dados oficiais, na primeira leva de protestos, que começou no dia 1° de outubro, 257 pessoas foram mortas. Manifestantes protestam contra a corrupção e a falta de serviços públicos no país.

No protesto em Kerbala, os participantes exibiram bandeiras iraquianas na parede do consulado e escreveram a frase "Kerbala livre, fora Irã".

"Eles querem nos matar, não nos dispersam, não disparam para o ar", disse um manifestante. "(As forças de segurança) protegem o consulado de um país estrangeiro enquanto pedimos apenas que nosso país seja livre."

Devido aos protestos, a maioria das escolas está fechada em Bagdá e no sul do país.

Manifestações no país

Em outras partes do Iraque, os atos também se multiplicam e vários sindicatos declararam uma greve geral. A estrada que leva ao Porto de Um Qasr foi bloqueada com blocos de cimento. No local, manifestantes escreveram a seguinte frase: "fechado por ordem do povo".

No porto, dezenas de navios saíram novamente sem poder deixar suas cargas. Em Amara, no sul, os manifestantes bloqueiam dois campos de petróleo administrados por empresas chinesas, a de Halfaya, a maior do país, e de Buzurgan.

A produção de petróleo não foi interrompida, mas vários funcionários não conseguem acessar as instalações. Em Samawa, as principais estradas e pontes foram cortadas e em Al Hilla e Nassiriya, no sul, quase todas as instituições públicas foram fechadas.

Nesta segunda, a ONG Human Rights Watch (HRW) denunciou que três iraquianos foram detidos por postar mensagens de solidariedade aos manifestantes de Bagdá e do sul do país no Facebook. Os presos moram em Anbar, que é uma grande região sunita perto da capital e na fronteira com a Síria. Até agora, a província está fora do protesto.

As autoridades decretaram o toque de recolher noturno em Bagdá, mas a ordem contribuiu para o aumento de manifestantes na Praça Tahrir./ COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Foi junto com seu irmão que o ex-Palmeiras, Valdivia, foi as ruas do Chile distribuir empanadas na fila do metrô nesta quarta-feira (30). A onda de protestos no país sul-americano interrompeu alguns serviços no país, como transporte público, criando grandes filas para quem anda de ônibus e metrô.

Valdivia já havia feito uma publicação em seu Instagram demonstrando apoio ao povo chileno: “Espero que tenhamos paz rapidamente e, por ora, convido todos os políticos que ponham a mão no coração para legislar por um bem comum, não só de poucos”, afirmou el mago.

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Valdivia evitou falar com a imprensa enquanto distribuía as empanadas, porém não deixou de atender alguns torcedores que pediam fotos. Atualmente o jogador veste a camisa do Colo-Colo do Chile.

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Os manifestantes pró-democracia de Hong Kong se preparam para celebrar o Halloween, nesta quinta-feira (31), com novos protestos nas ruas.

A ex-colônia britânica vive sua pior crise política desde a devolução a Pequim, em 1997, com manifestações e protestos quase diários desde junho para denunciar o retrocesso das liberdades e as cada vez maiores interferências da China na região semiautônoma.

A mobilização, que não tem líderes nem porta-vozes, é organizada principalmente pelas redes sociais. Nas últimas horas, foram publicadas convocações para protestos na quinta-feira à noite com máscaras de Halloween.

Há cinco meses, os manifestantes saem às ruas com os rostos cobertos para não serem reconhecidos e evitar perseguições judiciais.

No início do mês, a chefe do Executivo local, Carrie Lam, designada por um comitê ligado a Pequim, anunciou a proibição do uso de máscaras nas manifestações.

A medida provocou muitos protestos e não está sendo respeitada. Também estimulou novos atos de violência contra empresas acusadas de colaborar com o governo local e com Pequim.

Os manifestantes divulgavam nas redes sociais máscaras para imprimir no Halloween, uma festa muito popular na ex-colônia britânica.

Uma delas representa o rosto de Carrie Lam pintada como o Coringa, o inimigo do Batman. Uma outra mistura os rostos de Xi Jinping com o ursinho Pooh, personagem de desenho animado proibido na China porque os internautas o comparavam com o presidente chinês.

"Não é uma festa", afirmaram em um fórum os organizadores de uma manifestação não autorizada. "Vamos usar o Halloween para expressar nossas demandas e nossa insatisfação".

O jornal "Apple Daily", próximo aos manifestantes, publicou uma máscara que representa um policial, algo "mais assustador do que um fantasma", segundo a publicação.

Uma fonte policial disse à AFP que a segurança será reforçada no bairro de Lan Kwai Fong, muito movimentado durante a noite e cenário da maior festa de Halloween de Hong Kong.

Nesta quinta-feira, o Alto Tribunal de Hong Kong deve examinar dois recursos contra a proibição do uso de máscaras.

Um deles denuncia a lei de emergência que Lam invocou para a proibição, um texto de 1922, da época em que Hong Kong era uma colônia britânica.

"É uma batalha entre o Estado de Direito e o autoritarismo", declarou o deputado Dennis Kwok. A lei de emergência autoriza o Executivo a adotar "qualquer medida" sem a aprovação do Parlamento.

A mobilização em Hong Kong começou em junho para criticar um projeto de lei que autorizaria extradições para a China continental.

O texto foi retirado, mas os manifestantes ampliaram suas reivindicações, com pedidos de reformas democráticas e de uma investigação independente sobre a atuação da polícia.

A ministra de Esportes do Chile, Cecilia Pérez, afirmou na tarde desta quarta-feira que a final da Copa Libertadores da América entre Flamengo e River Plate, marcada para o dia 23 de novembro em Santiago, às 17h30 (de Brasília), um sábado, será mantida para ocorrer no Estádio Nacional da capital chilena.

"Vamos trabalhar com o Ministério do Interior para levar adiante este evento. Eu tenho o compromisso do presidente (do Chile, Sebastian Piñera) de que o jogo será realizado", afirmou Cecilia, em entrevista coletiva.

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Horas antes do anúncio da ministra, Piñera havia desistido de receber duas importantes cúpulas internacionais que ocorreriam este ano no país. Uma delas seria a reunião da Cooperação Econômica Ásia Pacífico (Apec), que reuniria líderes mundiais nos dias 16 e 17 de novembro.

O outro encontro era a Conferência do Clima da ONU, a COP25, inicialmente prevista para acontecer no Brasil. Depois da negativa do presidente Jair Bolsonaro em abrigar o evento, ele havia sido remarcado para Santiago, onde foi agendado para ocorrer entre os dias 2 e 13 de dezembro.

Porém, a ministra de Esportes do Chile afirmou nesta quarta-feira que a final da Libertadores não tem relação com as cúpulas com líderes mundiais, por se tratar de um evento esportivo "que une a todos".

Ao justificar as desistências de receber a Apec e a COP25, Piñera atribuiu a medida "às difíceis circunstâncias que tem vivido nosso país e considerando que nossa primeira preocupação e prioridade como governo é se concentrar absolutamente em, primeiro, restabelecer plenamente a ordem pública, a segurança cidadã e a paz social". Ele acrescentou ainda que a decisão havia causado "muita dor".

Piñera enfrenta uma série de manifestações que começaram como uma reação ao aumento da tarifa no metrô e ampliaram suas reivindicações. Nesta quarta-feira, uma nova marcha deve parar o centro de Santiago. Desta vez, o foco principal é o preço dos pedágios na região metropolitana.

Antes do anúncio feito pela ministra chilena, a Conmebol já havia assegurado na última terça-feira que não havia planos para mudar o palco da final da Libertadores. Na ocasião, a entidade também confirmou que tinha agendada uma audiência entre representantes do órgão com o presidente do Chile, alegando que a mesma serviria apenas para cuidar dos preparativos para a realização da decisão no Estádio Nacional de Santiago.

E nesta quarta-feira a ministra de Esportes do Chile destacou: "Recebi a ligação do presidente da Conmebol (Alejandro Domínguez) e ratifiquei em nome do presidente Sebastián Piñera nossa firme vontade e compromisso de fazer a final da Copa Libertadores em nosso país".

A convulsão social do Chile já provocou 20 mortes durante os protestos contra o governo de Piñera, iniciados no último dia 18 de outubro, mas a Conmebol confia que a decisão do dia 23 de novembro será realizada com sucesso e sem incidentes de violência no estádio com capacidade para abrigar 49 mil torcedores.

"Desde a Conmebol agradecemos o compromisso demonstrado pelo governo do Chile para garantir as condições de segurança para celebração da final única da Conmebol @LibertadoresBR 2019. A final é a celebração do futebol com e para o povo chileno. Seguimos avançando!", publicou a entidade, por meio de publicação em sua página no Twitter, pouco depois do anúncio feito pela ministra de Esportes do Chile.

O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, renunciou nesta terça-feira (29) em meio a uma onda de protestos contra a corrupção que levou o Líbano à pior crise desde a guerra civil (1975-1990). A renúncia atende parte das exigências dos manifestantes - que pedem a destituição de todo o governo - e mergulha o país em uma instabilidade política ainda mais grave.

O anúncio foi feito logo após apoiadores do Hezbollah e do partido Amal, ambos xiitas, atacarem um protesto antigoverno em Beirute. Homens com os rostos cobertos agrediram manifestantes e atearam fogo em suas barracas. O confronto ocorreu após o líder xiita, Hassan Nasrallah, exigir que as estradas fechadas pelos ativistas deveriam ser reabertas e sugerir que os atos eram financiados por inimigos estrangeiros.

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Na semana passada, Hariri tentou acalmar os ânimos ao propor um pacote de medidas acertado com outros grupos de sua coalizão, entre eles o Hezbollah, para acabar com a corrupção e promover reformas econômicas. Mas, sem medidas imediatas, os manifestantes permaneceram nas ruas.

Nesta terça, Hariri pediu paz e disse que é responsabilidade de todos os partidos garantir a proteção do país. "Cargos vêm e vão. A dignidade e a segurança do país são mais importantes", afirmou. "É hora de termos um grande choque para enfrentar a crise."

O estopim dos protestos foi o anúncio do governo de novos impostos - entre outros, uma taxa para chamadas de WhatsApp. As manifestações causaram o colapso da libra libanesa, que há anos tem baixo valor. Bancos ficaram fechados pelo décimo dia consecutivo, assim como escolas e comércios.

Pela primeira vez, os protestos reúnem manifestantes de diversas religiões por uma mesma causa, contra o sectarismo presente no Parlamento e na alta cúpula do governo. Um diplomata brasileiro que vive em Beirute relatou à reportagem que se trata de um movimento heterogêneo, com participantes pobres e ricos, tendo em comum a insatisfação com o governo patrimonialista.

A regra para composição do Parlamento libanês é um reflexo da diversidade religiosa da sociedade. O acordo prevê que metade das cadeiras seja de cristãos, com subdivisões entre católicos, ortodoxos, protestantes e evangélicos. A outra metade deve pertencer a muçulmanos, divididos entre sunitas, xiitas, alauitas e drusos. Entre os xiitas, há políticos do Hezbollah, apoiado pelo Irã.

Com exceção da violência desta terça, as manifestações têm sido pacíficas. Após quase duas semanas, elas estão "institucionalizadas", segundo o diplomata brasileiro. Há uma organização civil para fornecer carona para quem quer ir aos protestos, comida para os participantes e mutirões para limpar as ruas. Outra característica, segundo ele, é a participação de uma geração pós-guerra civil, que cresceu sem conhecer o ódio sectário e manifesta repúdio a um governo considerado corrupto. (Renata Tranches, com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Federação Chilena de Futebol (ANFP) suspendeu nesta terça-feira (29) os jogos de todos os campeonatos do país devido aos confrontos que há dias colocam o país em risco.

Em um comunicado, a ANFP revelou que a decisão foi tomada após as autoridades locais e a polícia chilena constatarem que não há condições de segurança para os jogos serem realizados.

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Tendo em vista os violentos protestos que o país sul-americano está enfrentando, não serão disputados partidas das três primeiras divisões, do Campeonato Chileno feminino e dos torneios das categorias de base.

Os últimos jogos da elite do Campeonato Chileno foram disputados no dia 17 outubro, entre Everton e Curicó Unido, em Valparaíso, e Universidad de Chile e Deportes Iquique, em Santiago.

Além da liga, a Copa do Chile está na fase das semifinais e os jogos serão disputados nos dias 12, 15 e 16 de novembro, mas estes confrontos ainda não foram adiados. O país também receberá em 23 de novembro a decisão da edição de 2019 da Copa Libertadores da América, entre Flamengo e River Plate.

Novos protestos aconteceram nesta terça-feira no Chile. Segundo a imprensa do país, foram registrados confrontos entre a polícia e os militantes em Valparaíso, Antofagasta, Concepción e Temuco. Pelo menos 25 pessoas teriam ficado feridas no ato.

Os protestos foram desencadeados pelo aumento das tarifas de metrô de Santiago, medida que já foi revogada. Ao todo, ao menos 20 pessoas morreram desde o dia 18 de outubro.

Da Ansa

Um homem mascarado abriu fogo nesta terça-feira (29) contra manifestantes iraquianos na cidade sagrada xiita de Karbala, matando 18 pessoas e ferindo centenas, segundo as autoridades, em um dos ataques mais mortíferos do tipo desde o início dos protestos.

Os disparos começaram quando os iraquianos tomaram as ruas pelo quinto dia seguido de manifestações. Eles protestam contra a corrupção nos órgãos públicos iraquianos e a falta de serviços públicos, entre outras queixas.

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Ainda não se sabe quem está por trás do ataque. Os manifestantes afirmaram que não sabem se o homem mascarado era da polícia de choque, das forças especiais ou membro de milícias ligadas ao Irã.

O líder da província, Nassif al-Khutabi, negou que qualquer manifestante tenha sido morto, acrescentando que três membros das forças de segurança ficaram feridos.

Movimento ganha força

O movimento, que exige a "queda do regime", ganhou força na segunda-feira, 28, com a adesão de milhares de estudantes universitários e do ensino médio, que tomaram as ruas de Bagdá e de várias cidades do sul do país.

As autoridades anunciaram um toque de recolher de 0h às 6h, o qual os manifestantes desafiaram com buzinas e músicas reproduzidas em alto-falantes espalhados por toda a capital.

Desde segunda-feira, sindicatos de professores, advogados e dentistas anunciaram paralisações e greves por tempo indeterminado. Além disso, as administrações de várias províncias do sul estavam bloqueadas por grevistas.

Desde o início dos protestos, no dia 1.º de outubro, 240 pessoas morreram e mais de 8 mil ficaram feridas, de acordo com um balanço oficial. Em Bagdá, milhares de manifestantes caminhavam em direção a Praça Tahrir nesta terça-feira, um espaço ocupado desde quinta-feira passada. (Com agências internacionais).

As autoridades iraquianas não conseguiram impor um toque de recolher noturno em Bagdá, onde os manifestantes permaneciam nas ruas nesta terça-feira (29), enquanto a cidade sagrada xiita de Kerbala tentava se recuperar de uma noite de violência.

Ao menos um manifestante morreu durante a noite em Kerbala, anunciou a Comissão Governamental de Direitos Humanos. Tiros foram ouvidos nas imediações da sede do Conselho Provincial da cidade, que fica 100 km ao sul de Bagdá.

Desde o início dos protestos, em 1 de outubro, 240 pessoas morreram e mais de 8.000 ficaram feridas, de acordo com um balanço oficial.

Em Bagdá, milhares de manifestantes caminhavam em direção a praça Tahrir nesta terça-feira, um espaço ocupado desde quinta-feira (24).

O movimento, que exige a "queda do regime", ganhou força na segunda-feira com a adesão de milhares de estudantes universitários e do ensino médio, que tomaram as ruas de Bagdá e de várias cidades do sul do país. Muitos deles seguiram para a praça Tahrir.

As autoridades anunciaram um toque de recolher de meia-noite às 6H00, que os manifestantes desafiaram com buzinas e músicas reproduzidas em alto-falantes espalhados por toda a capital.

Desde segunda-feira, sindicatos de professores, de advogados e dentistas anunciaram paralisações e greves por tempo indeterminado. Além disso, as administrações de várias províncias do sul estavam bloqueadas por grevistas.

Novos protestos e ataques a negócios voltaram a acontecer nesta segunda-feira no Chile, mesmo após o presidente Sebastián Piñera substituir oito importantes ministros do gabinete com figuras mais de centro. Enquanto isso, o líder tenta garantir ao país que ouviu os pedidos por mais igualdade e melhores serviços sociais.

Milhares de manifestantes voltaram a se reunir no centro de Santiago e um grupo ateou fogo a um prédio que abriga redes de fast-food e lojas. Bombeiros combatiam as chamas.

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Houve ainda saques contra uma farmácia e uma tentativa de atear fogo a uma estação de metrô. Enquanto isso, centenas de milhares de pessoas tentavam chegar em casa do trabalho em ônibus grátis destinados a substituir os metrôs fora de serviço devido a incêndios em dezenas de estações ao longo da última semana no sistema de transporte público mais moderno da América Latina.

Piñera substituiu os ministros do Interior, do Tesouro, da Economia, do Trabalho e quatro outros, em geral nomeando gente mais jovem e vista como mais centrista e acessível. "O Chile mudou e o governo precisa mudar", disse ele. Manifestantes, contudo, continuam a exigir "mudanças reais", em questões como saúde, educação e previdência. Em 2017, um relatório da Organização das Nações Unidas concluiu que o 1% mais rico da população chilena detém 33% da riqueza nacional. O próprio Piñera é um bilionário, um dos homens mais ricos do país. Fonte: Associated Press.

Novos protestos contra o presidente do Chile, Sebastián Piñera, foram reprimidos pela polícia nesta segunda-feira, 28, nas cidades de Santiago, Valparaíso e Concepción. Segundo o diário La Tercera, manifestantes na capital chilena tentaram marchar rumo ao Palácio de La Moneda, sede do Executivo chileno e foram contidos pela polícia.

São os primeiros confrontos desde que Piñera retirou no domingo o estado de emergência que vigorava no país há dez dias.

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Os incidentes começaram na hora em que o presidente anunciava um novo gabinete, uma das medidas adotadas pelo líder chileno para acalmar os protestos.

Na sexta-feira, mais de 1,2 milhão de pessoas tomaram as ruas de Santiago para protestar contra Piñera.

Os protestos começaram com reclamações contra o aumento da tarifa de metrô em Santiago, mas o descontentamento com o alto custo de vida e o modelo de serviços voltados para o setor privado também mobilizou os manifestantes.

Ao menos 20 pessoas morreram desde o início dos protestos, que deixaram centenas de feridos e milhares de detidos. (Com agências internacionais)

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