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O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nessa segunda (28) as primeiras ações penais dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Cabe agora à ministra Rosa Weber, presidente do STF, incluir os processos na pauta. Como mostrou o Estadão, o tribunal deve dar início aos julgamentos no próximo mês.

Rosa Weber se aposenta em setembro, quando completa 75 anos, e não deve participar de todos os julgamentos. Como presidente, ela tem sido a porta-voz do tribunal sobre os atos antidemocráticos. O discurso é que os vândalos devem receber punição exemplar e célere.

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O relator das ações é o ministro Alexandre de Moraes. Ele e sua equipe trabalharam durante o mês de julho, recesso do Judiciário, para concluir a instrução dos primeiros processos. Esta é a última etapa antes do julgamento. As ações estavam no gabinete de Nunes Marques porque ele é o revisor e tem como atribuição analisar aspectos formais antes de liberar os casos para julgamento.

Os primeiros réus levados a julgamento serão Aécio Lucio Costa Pereira, João Lucas Vale Giffoni, Jupira Silvana da Cruz Rodrigues e Nilma Lacerda Alves, acusados de participação direta na invasão dos prédios públicos. Eles permanecem em prisão preventiva. Os extremistas respondem por crimes como associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado.

A denúncia diz que eles agiram para "provocar e insuflar o tumulto, com intento de tomada do poder e destruição do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal". As penas podem chegar a 30 anos de prisão.

O Supremo decidiu que vai começar julgando quem responde por crimes mais graves - 232 investigados do total de 1.395 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A expectativa é concluir essa primeira leva de julgamentos até o fim do ano.

Acordos

Na semana passada, Moraes autorizou que a PGR negocie acordos de não persecução penal com parte dos réus do 8 de Janeiro. O ministro suspendeu, por 120 dias, o andamento das ações penais contra quem pode ser beneficiado. O acordo só está disponível para quem responde por crimes de médio potencial ofensivo, ou seja, para quem teve participação secundária nos atos golpistas. Os vândalos que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes não têm direito ao acordo.

O STF vem trabalhando para dar uma resposta rápida aos golpistas. As denúncias da Procuradoria-Geral da República foram analisadas em bloco no plenário virtual em julgamentos semanais ao longo dos últimos quatro meses. As acusações formais recebidas até o momento atingem radicais que invadiram e depredaram os prédios públicos e pessoas acusadas de incitar os atos golpistas.

Agentes públicos

A PGR também denunciou sete oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão e incitação aos protestos violentos, mas o Supremo ainda não analisou o caso. A Procuradoria-Geral da República ainda investiga se outros agentes públicos foram omissos ou coniventes com os golpistas. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos investigados.

Sete meses após os atos golpistas, 128 extremistas continuam presos. Estão nesse grupo Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como "Fátima de Tubarão", e Antônio Cláudio Alves Ferreira, que quebrou um raro relógio francês fabricado na época de Luís XIV na França - a peça ficava exposta no Planalto.

Logo após a invasão dos prédios dos três Poderes, 1.424 pessoas chegaram a ser detidas. Atualmente, a maior parte responde pelas acusações em liberdade. Neste mês, Moraes concedeu liberdade provisória para mais 162 detentos. (COLABOROU GABRIEL DE SOUSA)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal autorizou a Polícia Federal a acessar e extrair informações dos celulares apreendidos com extremistas presos em flagrante na esteira do quebra-quebra do 8 de janeiro. Segundo o ministro, as informações têm 'inequívoca relevância' não só para instrução das 795 ações penais abertas contra executores e incitadores da ofensiva democrática, mas também para abastecer as investigações sobre 'autoridades omissas' e financiadores do levante radical.

Em despacho assinado nesta segunda-feira (15) o ministro do STF apontou que os elementos de prova colhidos até o momento nas investigações sobre o 8 de janeiro 'revelam fortes indícios de prática de delitos por pessoas presas em flagrante nos atos, sendo indispensável a obtenção dos dados telemáticos para a completa elucidação dos fatos, sobretudo para evitar o desaparecimento de provas e possibilitar a continuidade da investigação em curso'.

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Além disso, segundo Alexandre, o acesso a dados armazenados na 'nuvem' dos aparelhos pode esclarecer as circunstâncias envolvendo 'as ações dos presos e denunciados como forma de estimular e fomentar o 8 de janeiro para atentar contra o abolirem o Estado Democrático de Direito'.

A decisão atende a um pedido da Polícia Federal. A corporação sustentou que a extração dos dados dos aparelhos celulares apreendidos com os golpistas serviria para a colheita de informações com o potencial de instruir as ações penais abertas no STF sobre os atos de 8 de janeiro. Até o momento, 795 radicais, entre executores e incitadores, figuram como réus pela ofensiva antidemocrática.

Para os investigadores, os dados podem 'corroborar a vinculação dos proprietários' dos aparelhos aos fatos ocorridos em 8 de janeiro. Além disso, as informações também poderão trazer provas para abastecer os inquéritos sobre financiadores dos atos radicais e 'autoridades omissas' ante o levante.

O gerente de postos de combustíveis George Washington de Oliveira Sousa e o ex-taxista Alan Diego dos Santos Rodrigues foram condenados nesta quinta-feira (11) pela tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília em 24 de dezembro do ano passado.

George Washington pegou nove anos e quatro meses de prisão e Alan Diego foi sentenciado a cinco anos e quatro meses, ambos em regime inicial fechado. Eles já estavam presos preventivamente e não vão poder aguardar os recursos em liberdade.

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A condenação é por três crimes:

1) expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro (ambos);

2) Causar incêndio em combustível ou inflamável (ambos);

3) Porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo ou incendiário (apenas George Washington).

A decisão é do juiz Osvaldo Tovani, da 8.ª Vara Criminal de Brasília, que destacou que o crime foi premeditado.

"Os acusados se conheceram no acampamento montado em frente ao QG do Exército, onde permaneceram por longo período, e há informação de que as emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido do acusado George, na posse de quem foram apreendidas cinco emulsões explosivas", escreveu.

A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) atribuiu a George Washington a montagem da bomba e a Alan Diego a instalação do explosivo em um caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação. A perícia apontou que o artefato não explodiu por um erro de montagem.

A sentença afirma que, embora o atentado tenha fracassado, o crime foi 'consumado'.

"Em que pese não ter havido detonação da carga explosiva e, por consequência, a explosão, segundo a perícia, por erro de montagem, trata-se de crime consumado, o que afasta a tese de crime impossível", diz outro trecho da decisão. "O conjunto probatório é seguro para a condenação."

O juiz também decidiu mantê-los presos preventivamente. Ele considerou que o caso demonstra 'periculosidade concreta'. "Presente, ainda, a necessidade de preservar a ordem pública", argumentou.

A investigação apontou eles se conheceram no acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde o atentado teria sido planejado. O motorista do caminhão percebeu a bomba e chamou a Polícia Militar, que detonou o explosivo.

O objetivo do grupo, segundo o MP, era 'causar comoção' social para justificar uma intervenção das Forças Armadas.

O terceiro envolvido no caso, Wellington Macedo de Souza, não foi julgado pelo juiz. Isso porque o processo foi desmembrado.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ironizou nesta quarta-feira, 10, as visitas de deputados e senadores bolsonaristas aos presos por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro e a preocupação recente com as condições do sistema penitenciário.

"Terem esses parlamentares descoberto que existem presídios no Brasil e que suas condições são precárias de fato talvez seja um ganho, um raro ganho, que talvez se possa ter em um episódio como esse (atos golpistas)", afirmou no plenário. "Parlamentares visitando presídios eram muito raros."

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O decano afirmou que uma parcela da população, que antes espalhava um discurso punitivista sobre a criminalidade, parece ter despertado para a precaridade dos presídios.

"Alguma coisa de bom este episódio terá propiciado", afirmou. "Sobretudo para essas pessoas certamente a gente pode dizer que eles descobriram os presídios. Aqueles que diziam que direitos humanos só existem para homens direitos, agora viram as condições dos presídios", seguiu.

Quando foi presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre 2008 e 2010, Gilmar Mendes criou os chamados mutirões carcerários, projeto de inspeção dos estabelecimentos prisionais e uma tentativa de garantir maior controle das prisões, sobretudo as processuais que se alongam excessivamente.

Relator das investigações sobre os protestos golpistas na Praça dos Três Poderes, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o interesse de 'alguns' parlamentares é político.

"Não por motivos humanitários, mas por motivos políticos, eu diria politiqueiros, houve um momento de visita aos presídios por parte de alguns parlamentares", disse.

Foi Moraes quem autorizou, na semana passada, a visita de senadores ao ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, no 19º Batalhão de Polícia Militar. Ele está preso preventivamente desde 14 de janeiro.

As primeiras comitivas de parlamentares estiveram com Torres no último final de semana. Após a visita, disseram que o ex-ministro 'chora o tempo todo' e está 'detonado' na prisão.

A Procuradoria-Geral da República denunciou mais 203 investigados por incitação aos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando radicais invadiram e depredaram as dependências do Supremo, Congresso e Planalto. O Ministério Público Federal imputa ao grupo, que foi preso no acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília, incitação à animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa.

O número de denunciados pela ofensiva antidemocrática chega a 1.390 - 239 apontados como executores, 1.150 como incitadores e um policial legislativo acusado de suposta omissão ante a depredação das sedes dos Três Poderes.

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O Supremo Tribunal Federal ainda vai julgar o recebimento das denúncias apresentadas pela PGR, tornando réus os acusados. Tal decisão deve ocorrer de forma colegiada, ou seja, com pronunciamento de todos os integrantes da Corte máxima. Ainda não há data para que ela ocorra.

Em caso de recebimento das denúncias, há uma expectativa de que a instrução dos processos se dê ainda no âmbito da Corte máxima.

Com a nova leva de acusações desta terça-feira, 4, a PGR diz ter finalizado as denúncias relativas aos presos em meio aos atos golpistas, na Praça dos Três Poderes - considerados executores do vandalismo - e aos detidos no dia 9 de janeiro, no acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília - classificados como incitadores.

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, diz que agora os procuradores vão se dedicar à identificação dos financiadores da ofensiva e à apuração sobre a omissão de agentes públicos no dia dos ataques.

No dia 16 de março, o ministro Alexandre de Moraes finalizou a análise de todos os pedidos de soltura feitos pelos detidos durante a ofensiva antidemocrática. Segundo dados divulgados na ocasião, 294 investigados seguiam presos - 86 mulheres e 208 homens.

Relator dos atos golpistas de 8 de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mantém na cadeia seis manifestantes, apesar de a Procuradoria-Geral da República defender a liberdade dos acusados. O magistrado optou pela prisão por ver supostas ameaças em redes sociais. Os detidos, no entanto, não têm acesso à internet nos presídios e, em liberdade, poderiam ter de obedecer a restrições como a suspensão de perfis nas plataformas digitais.

A ordem, de ofício, quando não há pedido do órgão responsável pela ação penal - no caso, o Ministério Público Federal -, é questionada pela Defensoria Pública da União e especialistas, que apontam supostas ilegalidades em decisões do magistrado. Pelo Código de Processo Penal, um juiz não pode decretar preventiva de ofício.

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A ordem de uma preventiva precisa ainda seguir critérios previstos em lei, como se os acusados são réus primários, ou não; se respondem por crimes com penas consideradas baixas ou altas; e ser pedida pelo Ministério Público. Com os presos enquadrados nesses critérios - primários, penas baixas e sem pedido da PGR -, a DPU apresentou habeas corpus perante o STF. Todos os presos foram levados da frente do Quartel-General do Exército, no dia 9 de janeiro, após os ataques na Praça dos Três Poderes.

Quem foi preso nas imediações do QG é acusado pela PGR de dois delitos, previstos no Código Penal: incitação ao crime contra os Poderes constitucionais e associação criminosa, cujas penas máximas, somadas, chegam a três anos e meio. Quando ofertou as denúncias contra esses manifestantes, a PGR pediu que todos pudessem responder em liberdade, com restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica, vedação de dialogar com outros réus e proibição de acesso a redes sociais, por exemplo.

Nas decisões de 16 de março, Moraes afirma, no entanto, que os radicais não podem ganhar as ruas porque usaram as redes para divulgar ou enaltecer as manifestações das quais participaram em Brasília. Há prints de vídeos que já foram retirados do ar, filmagens de ônibus de excursão, notícias das cidades de origem dos denunciados e uma live feita de dentro da Academia Nacional de Polícia, local para onde foram levados antes da custódia e onde ainda estavam com celulares. Desde então, não tiveram mais acesso a aparelhos.

Ordem pública

Trechos aparecem idênticos em todas as decisões de Moraes. "Considerando o fato de o investigado ter feito uso das redes sociais para divulgação dos atos antidemocráticos, mostra-se evidente a necessidade de manutenção da custódia cautelar para resguardar a ordem pública, mesmo não sendo o investigado apontado como um dos executores materiais", escreve.

"O investigado, no dia dos atos criminosos, mesmo depois de detido, realizou postagens nas redes sociais com desinformação a respeito das condições da detenção e com apologia da continuidade dos atos criminosos", diz outro trecho comum às decisões de Moraes questionadas nos HCs.

Em março do ano passado, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça afirmou que um juiz decretar a prisão preventiva, mesmo com o pedido de uma cautelar feito pelo MP, não configura decisão de ofício. O caso, no entanto, não é vinculante e se trata de um precedente na jurisprudência. No caso dos atos golpistas, a DPU, diante das prisões impostas por Moraes, recorreu ao instrumento do HC. Dos seis a que o Estadão teve acesso, apenas um está em segredo de Justiça. Eles foram ajuizados entre 25 de março e 2 de abril.

A DPU, no entanto, já havia tentado outros caminhos. "Pedimos a liberdade das pessoas, e o pedido foi negado pelo relator (Moraes). Interpusemos o agravo (recurso contra uma decisão no próprio processo), que, todavia, também depende dele para ser pautado. Assim, não restou alternativa além da impetração de habeas corpus para se evitar prisões indevidas", disse o defensor público federal Gustavo Ribeiro.

A reportagem procurou o Supremo e a PGR para questionar sobre os seis habeas corpus, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

'Questionamentos'

Segundo a DPU e especialistas ouvidos pelo Estadão, há duas ilegalidades nas decisões de Moraes. A primeira estaria na proibição de o juiz decretar a prisão de ofício - apesar de entendimentos jurisprudenciais em contrário. Além disso, o artigo 313 do CPP estabelece que um dos requisitos para a preventiva é que os crimes investigados tenham pena de, no mínimo, quatro anos. Os seis assistidos pela DPU, se condenados, cumprirão no máximo três anos e meio em regime aberto.

"Não se pode trazer o momento da condenação final, em que tudo já foi provado e pode-se enviar um indivíduo para a cadeia, como parâmetro para decretar uma preventiva", disse o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Alexis de Couto Brito. "O cumprimento da pena é pelo crime causado. A preventiva serve para proteger o processo. Ela é instrumento processual de prevenção, não de retribuição."

"Manter a prisão de alguém pela noção ampla de 'risco democrático' não é justificativa dogmaticamente forte", afirmou a professora da Fundação Getulio Vargas Raquel Lima Scalcon.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, nessa segunda (27), os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro que resultaram na depredação das sedes dos três Poderes.

"Vai completar dois meses, 900 pessoas presas tratadas como terroristas. Não foi encontrado, quando foram presas, um canivete sequer com elas, mas estão presas. São chefes de família, senhoras, mães, avós", disse ele durante evento na Flórida, nos Estados Unidos.

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Ainda segundo Bolsonaro, "a grande maioria sequer estava na Praça dos Três Poderes naquele fatídico domingo, que nós não concordamos com o que aconteceu lá". A Procuradoria-Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal mais 80 denúncias contra radicais que participaram dos atos do dia 8. O número de acusações formais chegou a 912. 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira, 14, mais 139 radicais envolvidos nos protestos golpistas do dia 8 de janeiro.

Eles foram presos em flagrante no Palácio do Planalto e na Praça dos Três Poderes com rojões, facas, cartuchos de gás lacrimogêneo e materiais usados para fazer explosivos caseiros.

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A denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pede a condenação por cinco crimes:

- Associação criminosa armada;

- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

- Golpe de Estado;

- Dano qualificado contra o patrimônio da União;

- Deterioração de patrimônio tombado.

A PGR afirma que os radicais participaram 'ativamente' da destruição do Palácio do Planalto. "Todos gritavam palavras de ordem demonstrativas da intenção de deposição do governo legitimamente constituído", afirma o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos. Ele comanda o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do MPF, criado para coordenar as investigações sobre as manifestações golpistas.

As cotas afirmam ainda que a intenção dos manifestantes era 'implantar um governo militar, impedir o exercício dos Poderes Constitucionais e depor' o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A PGR também pede o bloqueio cautelar de bens dos denunciados para assegurar o ressarcimento pela destruição causada no Palácio do Planalto. Um relatório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estima um prejuízo de R$ 9 milhões.

Se o STF aceitar as denúncias, os radicais viram réus. Ao todo, a PGR já denunciou 835 pessoas ao tribunal - 645 por incitação aos protestos golpistas e 189 por participação direta nos atos de vandalismo.

Ao menos 160 presos por participação nos ataques golpistas aos Três Poderes em Brasília, no domingo (8), receberam algum tipo de benefício financeiro do governo federal nos últimos anos. O valor repassado aos bolsonaristas inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de programas sociais e de distribuição de renda, como Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil e Bolsa Família, chega a quase R$ 900 mil (R$ 857.103,76).

Alguns dos presos que defendem golpe militar receberam dois ou mais benefícios ao mesmo tempo. É o caso de beneficiários do Auxílio Brasil, ou que já recebiam o Bolsa Família, e acumularam o Auxílio Emergencial, programa de distribuição de renda durante a pandemia de Covid-19. São 23 casos.

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De 400 presos cujos casos foram analisados pelo Estadão - o total de golpistas encarcerados já chega a 1.167 -, 150 receberam o Auxílio Emergencial e outros 10 foram beneficiados por outros tipos de repasses.

Moradora de Fortaleza, Roberta Jersyka Oliveira Brasil, de 35 anos, recebeu quatro tipos de benefícios do governo federal nos últimos anos. De agosto de 2017 a outubro de 2021, embolsou R$ 7.999,00 do Bolsa Família em pagamentos mensais de R$ 171 e R$179 mensais.

Com a reestruturação do programa de transferência de renda e mudança de nome, Roberta passou a receber os repasses do Auxílio Brasil, num total de R$ 3.266,00. Ela ainda foi beneficiária de R$ 5.344,00 do Auxílio Emergencial e R$ 11.356,07 de uma bolsa do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Capturados

Caso semelhante é o de Vera Lucia Moraes Fernandes, de 44 anos, moradora de Marabá, no Pará. Ela recebeu R$ 39 mil do governo federal entre repasses do Bolsa Família, Auxílio Brasil e Auxílio Emergencial.

Há, entre os capturados pela Polícia Federal e pela Polícia Militar do Distrito Federal, servidores do governo federal, militares reformados e favorecidos por bolsas e aposentadorias de órgãos da estrutura pública.

Aqueles que foram beneficiados pela política de distribuição de renda durante a pandemia receberam em média R$ 5 mil. Em outros casos, servidores e militares reformados e da ativa foram beneficiados com salários que superam os R$12 mil mensais.

É o caso do militar reformado, suboficial da reserva Marco Antonio Braga Caldas, de 49 anos. Ele recebe remuneração mensal de R$12.893,21. Ligado ao Comando da Marinha, Braga Caldas entrou para a reserva em 17 de novembro de 2021. Não é a primeira vez que o militar responde na Justiça por supostos crimes cometidos. Em 2012, ele foi acusado de violência doméstica contra a mulher. O processo corre sob sigilo.

O subtenente da reserva José Paulo Fagundes Brandão, de 59 anos, ligado ao Comando do Exército, recebe, desde 2019, R$11.697,66 por mês. Ele estava lotado no Ministério da Defesa, na Base Administrativa da Guarnição de João Pessoa.

E há entre os presos um policial militar reformado de São Paulo. O segundo sargento Claudio Augusto Felippe, de 58 anos, está detido no Centro de Detenção Provisória II desde domingo. Ele recebe R $7,7 mil mensais do Estado de São Paulo. A Polícia Militar de São Paulo diz que ainda não há nenhuma denúncia sobre a participação de Felippe nos atos em curso na corporação.

Bolsista recebeu R$ 122 mil

Em outro caso, uma das presas, Francisca Elisete Cavalcante Farias, de 43 anos, de Marabá, no Pará, recebeu entre 2015 e 2017, R$ 122 mil por meio de uma bolsa do Ministério da Ciência e Tecnologia. Os pagamentos começaram ainda nos governos petistas, no último ano da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Um ex-estagiário do Ministério da Infraestrutura ligado ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes também está entre os presos em Brasília. Daywydy da Silva Firmino, de 30 anos, estava acampado em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, desde novembro do ano passado.

Nas redes sociais, Firmino registrou a rotina em frente ao quartel na capital paulista e o ato golpista em Brasília. Ao registrar a ação da PM, já no fim do ato, o estagiário diz que os agentes "estão atirando contra pessoas que estão tentando tomar de volta a casa do povo". O ex-servidor público foi levado no domingo para a Academia da Polícia Federal, em Brasília, para uma triagem antes de ser preso. De lá, continuou a incitar a população a "defender o Brasil".

Aposentada do Ministério da Saúde, Odiceia Andrade Campos, de 60 anos, mora em Divinópolis, Minas Gerais, e recebe cerca de R$ 4 mil mensais desde agosto de 2015, quando aderiu a um programa de aposentadoria voluntária da pasta. Ocupou o cargo de auxiliar operacional do ministério de 2006 a 2015.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Troca de conhecimentos entre veteranos e estudantes de Comunicação Social, a importância do esporte e o reconhecimento e visibilidade do triatlo foram alguns dos assuntos debatidos num encontro que reuniu os jornalistas Erik Coser, da revista AllTriNews, e Rafael Farnezi, da MundoTri, na noite da última quinta-feira no auditório da Escola de Governança, em Belém. O evento contou com a presença de estudantes e atletas.

O triatlo é uma modalidade do esporte que reúne natação, ciclismo e corrida. É isso que o público, jornalistas e atletas do Brasil e do mundo verão no domingo (25), no Amazônia Endurance, em Barcarena, cidade do nordeste paraense. A ideia do evento surgiu de uma dificuldade de deslocamento dos atletas locais para competições no sul do Brasil, como conta Magno Macedo, atleta e um dos idealizadores do evento. “O evento surgiu da necessidade haver provas aqui na região da Amazônia e também por eu ser um praticante da modalidade. A ideia surgiu disso, queríamos fazer com que os atletas paraenses não precisassem se deslocar para outros Estados atrás de provas, além de atrair os atletas de outras partes do Brasil, para se desafiarem aqui na Amazônia”, conta.

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No bate-papo, o jornalista da revista AllTriNews Erik Coser, amante da modalidade, destacou a importância da visibilidade para esse tipo de esporte e da troca de experiências entre jornalistas que já estão no mercado e estudantes de Comunicação. “O interessante é mostrar a experiência, principalmente na cobertura e na transmissão e nos artigos que a gente escreve sobre um esporte que não é muito conhecido aqui no Brasil, então o bacana disso é essa troca”, destacou. O jornalista ainda acrescentou que, como  o jornalismo esportivo brasileiro é muito focado no futebol, ir na contramão e se especializar em outras modalidades é uma iniciativa interessante, algo que é feito pela AllTriNews. “É interessante mostrar como funciona o mercado e como é a realidade desse esporte”, ressaltou.

Para Rafael Farnezi, da revista MundoTri, o Amazônia Endurance será um grande desafio para os atletas e para o público em geral por causa da novidade da prova na região de Barcarena. ”Uma prova de triatlo em uma região que ainda não foi explorada é extremamente interessante pro esporte em si, tanto pros atletas locais como pros atletas do país inteiro. Acho que vai ser uma grande surpresa pros atletas que estão vindo de fora, porque é uma prova que vai acontecer pela primeira vez”, disse o jornalista.

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Após a folia de Momo, os atletas e praticantes de esporte radical de aventura desembarcam em Capanema, no próximo final de semana (4 e 5). As provas são de mountain-bike e corrida rústica (running) em percursos de 15Km e 40Km, respectivamente. As duas provas fazem parte do circuito Sun&Fun Adventure, que neste ano de 2017 vai rodar o Pará, aproveitando as belezas naturais e buscando a melhoria da qualidade de vida de seus participantes. As inscrições para as duas provas ficam abertas até esta quinta-feira, 2, no site www.circuitosunfun.com

Mais de 169 pessoas já confirmaram as inscrições. A organização promete muita adrelina para quem for se aventurar pelas trilhas abertas nas matas. No circuito Sun&Fun, o participante não precisa ser atleta profissional, mas precisa de condicionamento físico para suportar a dureza do circuito. A meta é que cada participante supere seu próprio limite e aproveite a harmonia da natureza. A coordenação do evento já ganhou apoio do Governo do Estado, por meio das Secretarias de Esporte e Lazer (Seel), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom). Em Capanema, o apoio é da Secretaria Municipal de Desporto e Lazer, que vai organizar os esquemas de trânsito, segurança e atendimento médico.

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O Circuito ainda terá mais duas etapas neste calendário de 2017: em junho, na cidade de Carolina (Maranhão), e em agosto, na comunidade de Cuiarana, em Salinópolis. Sun&Fun foi criado há dois anos pra atender a demanda de eventos esportivos na floresta. O Pará tem vocação natural para abrigar as ações do evento, uma vez que possui florestas, rios, cachoeiras, praias, campos entre outros cenários ideais à prática das modalidades de Mountain-Bike, Running e Stand Up Paddle (surf remado), que fazem parte do circuito.

Maiores informações: 91-98827-3827 e 91-98121-6581.

Por Selma Amaral, da ssessoria do evento.

 

 

 

 

Islamistas radicais planejaram realizar um grande atentado terrorista em Teerã e outras regiões do Irã, informou hoje (20) o Ministério da Inteligência e da Segurança Nacional do Irã.

"Foi prevenido um dos maiores atentados terroristas que deveria ser realizado por wahhabitas que planejavam plantar bombas em Teerã e em outras províncias do Irã", disse o ministério.

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No âmbito das operações de detenção dos criminosos, foram recolhidas grandes quantidades de explosivos e bombas. Os detidos estão sendo investigados. Entretanto, não foi divulgada nenhuma informação sobre os terroristas.

A atriz pornô Mia Khalifa, de 21 anos, tem sido constantemente ameaçada de morte na internet após receber o título de 'rainha do pornô' e ser considerada a atriz número 1 do mundo do entretenimento adulto pelo site PornHub. A grande polêmica é que Mia é de origem libanesa e os alguns radicais do Oriente Médio não gostaram da premiação da atriz e de sua relação com a indústria pornográfica.

Apesar de ser libanesa, Mia se mudou para a Flórida (EUA) ainda na adolescência e está na indústria pornográfica há três meses. Alvo de polêmicas, a atriz participou de um filme vestindo um hijab, lenço que cobre a cabeça e é considerado tradição nas religiões de origem islâmica. O hijab é um símbolo de modéstia, privacidade e moralidade, e não cobre o rosto dos que o usam, somente o topo da cabeça.

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De acordo com informações do site Daily Mirror, a atriz tem sofrido constantes ameaças de morte pela sua participação em filmes de conteúdo pornográfico. "Sua cabeça será decepada logo, se Deus quiser", ameaçou um dos internautas. "Sou palestino patriota e o que você faz é vergonhoso", postou outro. "Mia Khalifa é limpa e tudo, mas vestir hijab no filme pornô é realmente problemático e nojento", escreveu uma internauta.

Na maioria das vezes, Mia respondeu aos ataques de fúria e ódio com bom humor. Um dos internautas disse que ela "queimaria no inferno", ela respondeu: "estou precisando de um bronzeado". Em seu Twitter, a atriz respondeu algumas críticas. "Será que o Oriente Médio não tem mais coisas com o que se preocupar?".

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A direção do PT está sendo pressionada por setores mais à esquerda do partido e pelos filiados condenados no mensalão para que haja novas manifestações oficiais contra o julgamento do Supremo. Movimentos sociais próximos dos petistas também se articulam nessa direção.

A Consulta Popular, organização política que reúne representantes de movimentos sociais de 17 Estados, lançou neste domingo (18) uma convocação à "sociedade brasileira", para que una suas forças e lute "pela revogação das condenações e das penas ilegalmente impostas". A nota, definida ao final de uma reunião plenária de três dias, comparou os ministros do STF a feitores de escravos e a agentes da ditadura militar.

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A cúpula petista, porém, trata o assunto como encerrado. Acredita que prolongar a discussão significa "prolongar a sangria".

Mesmo que sejam instados, na próxima reunião do diretório nacional, em dezembro, a promover atos para se contrapor ao Supremo, os dirigentes definiram que a nota divulgada na quarta-feira (14), na qual o partido afirmou que o STF tentou criminalizar o PT, foi sua última manifestação.

Outro integrante do diretório, o radical Markus Sokol, vê "insatisfação na base do partido" com a condução da discussão. Ele defende a realização de atos públicos para "manifestar repúdio à sentença". Segundo o militante, "para além do apenamento, há uma agressão ao PT. Se ficar sem resposta, outras organizações que incomodam a elite dominante não poderão se sentir garantidas".

Ex-secretário sindical do PT, João Felício entende que o PT deve fazer uma campanha nacional em defesa do julgamento do valerioduto tucano.

Dois atos já foram convocados. Um terá a presença de Genoino, que comporá no próximo sábado (24) uma mesa com Sokol e outros petistas à esquerda do partido, como o deputado Fernando Ferro (PT-PE) e o presidente da CUT, Vagner Freitas.

O outro ato foi convocado pelo deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que fará uma plenária de seu mandato na sexta-feira (23). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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