A controladora canadense do site de pornografia Pornhub, Aylo Holdings, irá pagar US$ 1,8 milhão (R$ 9 milhões) à justiça americana e uma indenização às vítimas, para evitar um processo por tráfico sexual, anunciou a procuradoria federal do Brooklyn, em Nova York.
Um supervisor independente será nomeado por um período de três anos para garantir que a Aylo respeite os termos acordados. A empresa terá que depositar mais de US$ 1,8 milhão para o governo federal.
A controladora do Pornhub.com e de outros sites de pornografia, como Brazzers e Youporn, também terá que indenizar "indivíduos vítimas de tráfico sexual", segundo o comunicado da justiça americana.
'Esse acordo responsabiliza a controladora do Pornhub.com por seu papel ao hospedar vídeos e aceitar pagamentos de atores criminosos que forçaram mulheres jovens a praticar atos sexuais em vídeos publicados sem o seu consentimento", disse o procurador federal do Brooklyn, Breon Peace.
Em seu site, a Aylo, fundada em Montreal em 2004, diz 'oferecer entretenimento mundial para adultos" em suas plataformas, "que estão entre as mais seguras da internet".
Segundo a justiça federal, a Aylo começou em 2009 a hospedar e divulgar vídeos de sexo no Pornhub.com produzidos pela empresa GirlsDoPorn (GDP), de propriedade de Michael Pratt e associados. Essas pessoas foram acusadas em 2019, na Califórnia, de tráfico sexual e de terem enganado e forçado mulheres jovens a aparecer em vídeos pornográficos publicados na internet sem a autorização das mesmas.
O acordo judicial foi divulgado um dia depois de um anúncio da Comissão Europeia, que adicionou os sites Pornhub, Stripchat e XVideos à lista de grandes plataformas sujeitas a controle reforçado, no contexto da nova legislação sobre serviços digitais, principalmente para proteger os menores.