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Nesta sexta-feira (22) faz 25 anos que  a banda Legião Urbana chegou ao fim. O grupo fundado por Renato Russo e Marcelo Bonfá em 1982  foi um sucesso nacional gigantesco e conquista fãs até os dias de hoje. Porém, a morte de Renato Russo fez com que os integrantes decidissem pelo fim das atividades, em 22 de outubro de 1996 - 11 dias após a morte de Renato. O LeiaJá preparou um material especial sobre a trajetória da banda:

- O início

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Antes de fundar a Legião Urbana, o vocalista Renato Russo já tinha um grupo chamado "Aborto Elétrico", com Felipe Lemos (fundador e baterista do Capital Inicial). Mas por desentendimentos entre a dupla o projeto foi interrompido.

Com isso, em 1982, Renato Russo se juntou a Marcelo Bonfá e deram início ao Legião Urbana, nome que faz referência à frase do imperador Júlio César: "Legionários Romanos a tudo vencem". Além disso, a ideia principal de Marcelo e Renato era que o grupo revezasse os guitarristas e tecladistas o que formaria uma "legião" de músicos.

Em 1984, a banda assinou com sua primeira gravadora, a EMI, e iniciou a produção do disco de estreia. No mesmo ano, Renato Russo tentou se suicidar após cortar seu pulso esquerdo.

- Três anos, três álbuns

No início de 1985, a banda finalmente lançava seu álbum. "Legião Urbana" possui um forte engajamento político-social, com fortes críticas a alguns aspectos da sociedade brasileira. O disco trouxe faixas como: Geração Coca-Cola, Será, Ainda é Cedo e Por Enquanto. Seis meses após o lançamento, o disco se tornou um verdadeiro sucesso entre os brasileiros e a banda foi aclamada pela crítica especializada.

Em julho de 1986, a banda estreia o álbum "Dois". Com letras mais líricas, o segundo álbum era um contraponto de "Legião Urbana". O disco trouxe músicas como Tempo Perdido, Daniel na Cova dos Leões, Eduardo e Mônica, Índios e Quase sem Querer. A coletânea vendeu cerca de 1,8 milhão de cópias.

O sucesso dos dois primeiros álbuns fez com que a gravadora pressionasse a banda por mais discos. Em 1987 foi lançado "Que País é Este". A coletânea trouxe faixas como Que País é Este, Angra dos Reis, Faroeste Caboclo e Mais do Mesmo.

- Quatro Estações e o Fim

O quarto álbum da banda chegou em 1989, "As Quatro Estações"  é considerado o melhor disco do grupo. Das 11 canções do disco, apenas 1965 e Maurício não foram consideradas singles. Além disso, é o álbum mais vendido, com mais de 2,6 milhões de cópias.

Após "Quatro Estações" a banda lançou três discos com Renato Russo ainda em vida. "V", de 1991, é considerado o disco mais melancólico da banda. O vocalista, Renato Russo, passava por um momento complicado em sua vida, após descobrir que era soropositivo. As principais faixas do disco são "Metal Contra as Nuvens" e "O Teatro dos Vampiros".

Em 1993, o grupo lançou "O Descobrimento do Brasil", o álbum é considerado o mais alegre da banda, com uma pegada de art-rock e rock alternativo. Porém, o disco é dedicado ao baixista Tavinho Fialho, integrante que acompanhou a banda na turnê de "V" e faleceu em um acidente. Além disso, Renato Russo iniciava um tratamento para se livrar da dependência química e mostrava-se otimista quanto ao seu sucesso. No mesmo ano, os integrantes decidiram se envolver em projetos solos.

A última apresentação da Legião Urbana ocorreu em 14 de janeiro de 1995, em Santos. No ano seguinte, em 1996, a banda lançava o último álbum. "A Tempestade" ficou marcado por músicas "pesadas" e "depressivas". O álbum já não possuía a voz de Renato Russo como principal, o vocalista estava muito debilitado para gravar e sua participação ficou apenas como "voz-guia", que foram gravadas no início das gravações do álbum.

Passados 21 dias após o lançamento do disco, Renato faleceu por complicações da AIDS. Após 11 dias, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que a banda vendeu mais de 20 milhões de discos no Brasil.

Foi em meio a risadas de uma mãe em pleno trabalho de parto que veio ao mundo aquele que, para muitos, é o maior dos poetas do rock brasileiro. De tão inusitado, o caso chegou a ser analisado por um comitê de médicos, conforme lembra a própria mãe. “Ninguém acredita, mas eu dei a luz dando risadas, enquanto me dava conta de que o parto seria bem mais fácil do que dizia uma guria que fez curso de pré-natal comigo”, lembra Carmen Manfredini, dona Carminha – a mãe que trouxe ao mundo o pequeno Júnior, mais conhecido como Renato Russo.

Renato Manfredini Júnior morreu há exatos 25 anos, completados neste 11 de outubro. Sua obra, no entanto, continua viva e atemporal para aqueles que tanto se identificam com suas letras e reflexões sobre a “tchurma”, termo que ele costumava usar para o grupo de amigos com quem conviveu a adolescência e a juventude; sobre as cidades onde viveu, em especial, a musa Brasília dos anos 70 e 80; sobre o Brasil; e sobre os sentimentos que fazem, de cada um de nós, humanos.

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Parte das lembranças e memórias deixadas por Junior a sua família e pelo Renato “Manfredo” aos amigos foram contadas com exclusividade à Agência Brasil por familiares, amigos, músicos e profissionais que tiveram o privilégio de conhecer, de perto, a pessoa, o artista e a obra de Renato Russo, líder da Legião Urbana.

Júnior

“Foi uma gravidez e um parto tranquilíssimos, apesar da minha inexperiência. Não tinha a menor ideia de nada sobre isso, motivo pelo qual fiz um curso de pré-natal. E me assustava quando diziam que eu sentiria muita dor e que seria necessário fazer muita força para o bebê nascer. No entanto, bastaram três ou quatro contrações para ele pular fora. Em meio às contrações, eu não parava de rir ao lembrar disso. Foi uma sensação muito boa”, conta dona Carminha ao recordar o marcante 27 de março de 1960.

A mãe do poeta que acabara de nascer diz que seu filho sempre foi “um menino fora de série”, que “não criava caso com nada”, a ponto de sequer precisar de babás ou empregadas. “Era um menino exemplar, excepcional no colégio, alegre, comunicativo e brincalhão, principalmente com os primos e com a irmã”, acrescenta. “E assim foi até entrar no bendito rock”, complementa em tom de brincadeira, uma vez que, até o final da vida, Renato continuava sendo, para a mãe, “o rapaz doce que sempre foi”.

O gosto pela música já se manifestava quando ele tinha seis ou sete meses de idade, ainda dentro do berço onde, entre os brinquedos, havia um pequeno rádio de pilha tocando “as músicas brasileiras de ótima qualidade da Rádio Tupi”.

“Um dia, me deparei com ele em pé, pulando e segurando na grade do berço. Eu fiquei preocupada, mas a cara dele era alegre. Descobri que era por causa da música porque, quando eu tirava o rádio da cama, ele chiava. O rádio foi a melhor babá que podia existir para meu filho”, recorda dona Carminha.

Livros e discos foram objetos muito presentes na vida do Júnior. “O pai [Renato Manfredini] também era intelectual. Aos domingos, ficávamos todos em uma saleta, cada um com um livro na mão. Escutávamos músicas clássicas e músicas americanas que estavam na moda, em uma vitrola baixa daquelas com pé palito”.

Um dia, os Manfredini foram surpreendidos ao verem o Júnior, aos 2 anos, tirando um disco da vitrola e, com todo cuidado, colocando-o certinho na capa correspondente.

“Não tinha nada na capa. Só nome de artista. Em seguida, ele pegou outro disco e o colocou na vitrola. Ficamos muito impressionados porque ele era muito pequenino para fazer aquilo. Dali em diante, sempre que queria ouvir música ele ia lá colocava o que queria. E sempre guardando na capa certa”, detalha dona Carminha.

“Nunca contei isso a ninguém da família porque achava chato esse negócio de historinha bonitinha de filho”, acrescentou.

"Opípero"

Aos 5 anos, o pequeno Renato escreveu seu primeiro livro. “Um livrinho com ilustração e índice. Era a história de um príncipe que tinha ido no castelo para um jantar ‘opípero’. Eu me surpreendi porque não conhecia essa palavra. O pai então me explicou que era um ‘jantar grandioso, com muita comida’. Aprendi essa palavra com meu filho”.

Uma outra pessoa que aprendeu muita coisa com o Júnior foi a irmã, Carmen Teresa. “A coisa mais marcante que tenho do meu irmão é o fato de ele gostar de me explicar as coisas. Principalmente a parte cultural: literatura, música, arte, teatro, cinema. Aprendi quase tudo com ele. E também as preocupações que ele tinha com relação à carreira que eu iria escolher. Aquela história do ‘o que você vai ser quando você crescer?’. Ele era muito atento ao que me interessava”, lembra Carmen Teresa que, hoje, é professora de inglês e cantora.

As primeiras lembranças que tem do irmão são de cuidados, proteções e as manifestações de afeto e carinho tanto com ela quanto com a mãe. “Mas ele sempre foi muito generoso com todas as pessoas. Tinha uma empatia fora do comum. Era uma pessoa boa, honesta e muito espiritualizada. Ouvia e seguia a própria consciência como ninguém. Inclusive com relação à música. Ele jamais faria música por dinheiro”.

Ainda é cedo, Mônica!

Essa personalidade “doce” se manifestava também na vida amorosa, principalmente com as namoradas. “Sim, ele namorou muito com mulheres, e sempre de uma forma muito respeitosa”, diz a irmã. Segundo Carmen Teresa, Renato tinha uma predileção por mulheres de personalidade forte, a exemplo da personagem Mônica, da música Eduardo e Mônica, e da personagem cantada na música Ainda é Cedo.

“Ele não se sentia atraído por mulheres submissas ou dependentes, e isso também pode ser percebido na música Submissa, dos tempos de Aborto Elétrico, quando ele usa a palavra ‘submissa’ até em tom depreciativo. As amigas e namoradas dele, em geral, eram mais velhas e inteligentes, já com personalidade e carreira própria”.

Na opinião da irmã, Renato gostava de se relacionar tanto com homens quanto com mulheres. “Meu irmão era, na verdade, bissexual. Essa impressão foi inclusive corroborada pelo psiquiatra dele, de que o Renato queria, até do ponto de vista artístico, levantar a bandeira em favor da liberdade de as pessoas serem o que quiserem ser”.

Marcelo Beré, o amigo

Um dos grandes amigos do Renato já dos tempos de Manfredo foi o ator e “palhaço muito sério”, integrante do premiadíssimo Circo Teatro Udi Grudi, Marcelo Beré, que atualmente faz pós-doutorado sobre “excêntricos musicais” na Universidade de Londres.

A exemplo da irmã de Renato, Beré diz que Renato levantava bandeiras que estavam à frente de seu tempo. “Renato sempre falava que era pansexual, e que transava com a natureza, com o rio, com homem e mulher ou com tudo que despertasse nele o tesão pela vida e por estar aqui e agora. Nunca tive problema nenhum com as opções que ele fez da vida. Desde que tivesse algum tipo de prazer ou até mesmo romance, eu acho que fazia bem a ele”.

Uma outra bandeira levantada por Renato foi contra alguns movimentos radicais de jovens que começavam a aparecer na capital do país. “O Renato era extremamente antifascista e sempre foi um lutador de causas antifascistas. Teve muitos problemas com skinheads e neonazistas da época. Era uma posição política que ele sempre teve, e uma clareza que quase anteviu o presente do Brasil. Tudo que está acontecendo hoje faz parte das piores previsões dele”, recorda Beré.

Os dois amigos se conheceram por meio da Léo Coimbra, irmã da Nice com quem Beré era casado à época. As duas irmãs foram, com seus respectivos maridos (Fernando Coimbra e Marcelo Beré), fonte de inspiração para a música Eduardo e Mônica.

Sábio, precoce e culto

A amizade entre Manfredo e Beré nasceu em uma noite conturbada. “Eu estava enamorado com uma mulher que estava em meio a um processo de separação. Estava na casa dela, quando o marido entrou e tive de sair quase como um fantasma. Cheguei no bar Adrenalina e encontrei o Renato. Passamos a noite juntos conversando sobre vida, morte e sobre o risco que eu havia acabado de correr. Falamos também sobre sexualidade, música, poesia. Vimos que tínhamos muito a ver. Foi ali que começou uma amizade que durou a vida inteira”.

Beré descreve o Renato como uma pessoa “extremamente gentil quando queria ser”, além de “sábio, precoce e culto”. “Tinha lido muito, tinha muitas referências e uma imaginação extremamente privilegiada, além de uma forma incrível de entregar e articular ideias. Desde o começo, nossa amizade foi regada a muitos papos cabeça e muitas trocas extremamente interessantes”.

Acrilic on Canvas

Esses “papos cabeça” entre Renato e Beré foram inclusive matéria-prima para alguns dos grandes sucessos da Legião Urbana. Em especial, Acrilic on Canvas, a música predileta da irmã de Renato e um dos grandes hits de Dois, o segundo disco da banda.

“Acrilic on Canvas, ele fez logo depois de uma noitada na minha casa. Eu morava no final da Asa Sul, em uma casa que ele adorava frequentar. Ficava mais lá do que na casa dos pais. A gente fazia comida juntos e ficava por ali a noite inteira. Eu pintava muito nessa época, e tinha vários cavaletes. Minha casa era um ateliê”, lembra o multiartista.

“Passamos a noite inteira conversando sobre a história da arte. Falamos de várias obras e de vários assuntos ao longo da noite inteira, com ele me vendo preparar tintas, têmpera e telas.”

Renato então pegou um táxi no meio da noite e saiu. “No dia seguinte, ele me liga e pede que eu ouça o que ele havia escrito. Leu a letra inteira de Acrilic on Canvas. Eu fiquei impressionado. Disse que ele foi fundo e que tinha pego o lado mais poético do nosso papo”, relata Beré.

Tempos depois, Renato mostrou a melodia colocada em cima da letra. “Eu imaginava que seria um rock pesado ou algo mais punk. Ele, pelo contrário, apresentou uma música extremamente melódica. Fiquei super emocionado porque astralmente havia, ali, uma parceria. Ele era uma esponja. Era capaz de absorver o momento e traduzi-lo em música e poesia”.

Processo de composição

A amizade entre os dois possibilitou a Beré conhecer a fundo o processo de composição de Renato Russo. “Ele pagava um preço muito alto para poder frequentar os abismos mais profundos e trazer à luz [o que vivenciava e sentia]”.

Renato era bastante metódico. Um hábito dele era o de carregar, o tempo todo, um caderninho de anotações. “Ele tinha a genialidade de pegar frases que os amigos falavam, ou o que escutava em uma mesa de bar; ou mesmo o que lia em um livro. Eu o vi compondo Pais e Filhos, no Rio de Janeiro. Ele me chamou para o estúdio, que era em Botafogo. Enquanto o Dado [Villa Lobos, guitarrista] e o Marcelo Bonfá [baterista] ensaiavam ritmos e passavam músicas, o Renato, em um balcão, pegava várias páginas picotadas desses caderninhos e fala assim: ‘quer ver como é que eu faço uma música?’ Foi colocando essas frases uma seguida da outra, quase em um processo dadaísta de construção e composição. Assim nasceu Pais e Filhos. Uma coletânea de anotações do dia a dia”.

Ver a dimensão que as músicas e as poesias do amigo iam ganhando era algo que orgulhava Marcelo Beré. Mas a experiência que ele aponta como a mais emocionante ocorreu em uma atividade coletiva no Centro de Ensino Fundamental Caseb, escola onde Beré dava aula. “Os alunos cantaram Faroeste Caboclo, uma música imensa, inteira. Foi uma das experiências mais emocionantes que já tive porque eu ouvi uma das primeiras vezes que essa música foi cantada, na minha casa”, lembra Beré.

“Renato pegou um violão Gianinni vermelho que eu tinha, de criança e que acabou ficando com ele, e disse que fez uma música estilo Bob Dylan, com mais de 15 minutos. Eu disse que ele nunca ia conseguir gravar a música. Ele então sentou no jardim e começou a cantar. Um monte de vizinho foi chegando e sentando na grama. Ao final, todo mundo ficou pirado. Depois, a primeira vez que apresentou essa música em Brasília foi no teatro da Escola Parque. Quando começou a parte final, que vai esquentando, parecia que a escola ia desmoronar, tamanha comoção”.

Primeiro guitarrista

Primeiro guitarrista e fundador da Legião Urbana, Kadu Lambach – ou Eduardo Paraná, como Renato gostava de chamar, também tem muitas memórias com o parceiro musical e amigo.

Ele acaba de lançar o livro Música Urbana: O Início de uma Legião, onde, com a ajuda do jornalista André Molina, fala sobre o período de fundação da banda, além de apresentar composições e textos inéditos de Renato Russo, “guardados há mais de 30 anos em um baú”.

Entre as pérolas do livro, está a letra daquela que foi a primeira música da Legião Urbana, chamada Provençal das Quadras. Música que, segundo Paraná, só teve sua parte instrumental concluída após a morte do amigo.

O lançamento do livro será transmitido hoje (11) do palco do Hard Rock Cafe em Curitiba, via YouTube, Facebook e Instagram @kadulambachoficial, a partir das 19h30.

Instrumentista como poucos, “Paraná” foi citado nos quadrinhos do encarte do álbum Que País É Este como o "grande ídolo dos anos 70" que teria deixado a Legião "para estudar violão clássico em São Paulo” – e que, por isso, deveria ter "problema em casa".

Sobre a saída, Paraná diz que precisava desenvolver sua musicalidade, mas que, naquela época, não encontrava professores em Brasília e que tinha ouvido falar de um “conservatório muito bacana” em Tatuí.

“Saí da banda porque eu queria tocar uma música chamada O Cachorro, um instrumental muito bom que tinha compasso 6/8 que depois virava um 4/4. Realmente não tinha nada a ver com a estética punk. Musicalmente, eu precisava me desenvolver como artista, mas lembro que, logo depois, já em Tatuí, meu pai enviou uma reportagem enorme falando da Legião Urbana. Ali eu senti que a Legião ia explodir para o Brasil inteiro”.

Influências

A Legião, mesmo com seu minimalismo, influenciou a formação do virtuoso Kadu Lambach. “Vi o Renato chegar em um nível tão alto que eu pensei, comigo, que, como instrumentista, eu preciso chegar também em um nível alto, inclusive para justificar minha saída da banda. Achei muito bacana ele ter colocado o sarrafo lá em cima. Essa foi a maior influência na minha vida”, disse à Agência Brasil o músico que já tocou com Belchior, Tunai, Márcio Montarroyos, Arthur Maia, Jane Duboc e Victor Biglione, entre outros. Uma de suas composições, inclusive, foram gravadas pelo ícone do jazz mundial Stanley Clarke.

As primeiras impressões sobre as músicas do Renato, no entanto, passam longe do aspecto técnico que desde cedo atraíam o musicista – o que, segundo ele, não tornou a experiência menos marcante.

“Conheci o Renato na banda Aborto Elétrico, na peça O Último Rango, na 308 sul. Depois, vi uma apresentação no Colégio Marista, onde eu estudava. Fiquei impressionado porque soava como o Sex Pistols da época. Os músicos não tinham técnica, mas tinham uma energia muito forte e equivalente à da banda inglesa. Lembro de ter ficado muito impactado ao ouvir Que País É Este”, recorda Kadu “Paraná” Lambach.

Dias depois, após uma apresentação no projeto Concertos Lago Norte, veio o convite de Renato, para que o ajudasse a formar uma nova banda. “Ele me chamou em um sábado e, na segunda-feira, já estava montando uma agenda de ensaios super profissional. Achei bacana da parte dele. Fizemos praticamente todos os 25 ensaios previstos, fora os ensaios a dois violões. Gravamos todos os ensaios, e ele não perdia uma ideia. Pegava as ideias, ia para casa e já trazia no outro ensaio as músicas prontas. Essa era a velocidade do Renato”.

Cafofo

Maestro, compositor e arranjador, Rênio Quintas também percebeu inquietude em um garoto que, ainda que de forma silenciosa, frequentava o bar Cafofo, do qual era proprietário. O subsolo era um espaço onde, à noite, havia muitas apresentações musicais. “E todas as tardes fazíamos reuniões de comissões temáticas, como resistência à ditadura”, lembra Quintas referindo-se aos núcleos de cinema, música, literatura, jornalismo, poesia e teatro.

“Eu dava aulas de harmonia e de qualquer assunto que fosse do meu conhecimento. Falávamos muito sobre resistência, agitações e manifestações na Universidade de Brasília, já que o local era muito frequentado por estudantes da UnB”, lembra o então coordenador do núcleo de música.

Rênio notava “um rapaz magrelo de uns 17 anos, tímido, que descia quase diariamente, durante dois ou três meses, ficando sentado, observando sem falar nada”. Era o Renato, que um dia disse ser baixista e que “queria fazer música”.

O jovem pediu para ter uma conversa com Rênio após uma das reuniões. Nela, disse ter observado que o espaço não era utilizado aos domingos, e queria saber se poderia tocar ali com uma banda chamada Aborto Elétrico.

“De imediato eu perguntei se não tinha nome melhor para dar. Renato então disse que era para ‘chocar a burguesia’. Aquela timidez desapareceu quando ele começou a defender as coisas em que acreditava. Eu disse que não tinha problema, se ele se comprometesse a não estourar o equipamento”.

Como Rênio não costumava ir ao Cafofo no domingo, encarregou um funcionário para receber a banda e seus convidados. “Quando voltei, o funcionário disse que muita gente foi ao local; que o evento foi muito agitado e muito legal; e que o som era ‘o maior barato e com muita gente tocando junto’. Foi ali que conheci, de fato, o Renato Russo”, disse Rênio.

O sobrenome artístico adotado por Renato dá uma amostra do quão erudito era aquele menino punk que frequentava as mesas de debate do Cafofo e tanto gostava de conversar sobre arte com Marcelo Beré. Trata-se de uma homenagem ao filósofos Bertrand Russell e Jean-Jacques Rousseau, e ao pintor Henri Rousseau.

Rock Brasília

Mergulhado na cena instrumental da cidade, Rênio Quintas ficou alguns anos sem encontrar Renato. Até que um dia, após uma apresentação no Bom Demais – bar brasiliense conhecido por ser celeiro de vários músicos de primeira linha da capital federal, como Cássia Eller, Zélia Duncan e Adriano Faquini –, o musicista foi abordado pelo “garoto da banda punk de nome esquisito”.

“Referindo-se à minha banda, a Artimanha [banda que tinha, entre seus integrantes, Toninho Maya, instrumentista idolatrado por Renato Russo, falecido em fevereiro de 2021 devido à covid 19], ele disse que nós éramos músicos de verdade, e que ele, Renato, usava a música como plataforma para poesias”.

“Notei então uma fila se formando na nossa frente, e pessoas entregando disco para ele autografar. Perguntei o que estava acontecendo, e ele perguntou se eu não sabia que ele estava fazendo sucesso com a Legião Urbana, após o lançamento de um disco”. Na medida em que a conversa ia se estendendo, a fila foi aumentando a ponto de dobrar a esquina.

O rock produzido em Brasília ganhou o país, a ponto de a cidade passar a ser nacionalmente conhecida como “Capital do Rock”, após o estouro, em uma mesma leva, das bandas Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, que tinha à frente, nas guitarras, o também amigo do Renato, Philippe Seabra. Atualmente, o “rude plebeu” trabalha como produtor musical de trilhas sonoras.

O primeiro contato dele com Renato foi em um show de bandas locais – Aborto Elétrico, Metralhas e Blitz 64 – na lanchonete Foods, localizada na entre quadra 110/111 Sul. “Eu tinha uns 13 anos e esse show foi minha apresentação ao movimento punk. Achava engraçado aquelas figuras descabeladas, as roupas e a música agressiva e embolada. O som era tosco, mas legal porque a mensagem ressoava.”

Brasília

Se a Brasília recém-nascida fosse uma tela em branco prestes a ser assinada por vários artistas, o nome de Renato Russo estaria entre eles. Afinal foi ele, poeta e músico, o responsável por apresentar, ao Brasil, a efervescência de uma cidade recém-criada, na busca por uma identidade que tinha, como característica, tantos pedaços de Brasil trazidos por aqueles que começavam a povoá-la.

Brasília influenciou Renato, que influenciou Brasília. Essa troca de energia é percebida nas temáticas das letras de Renato, nas legiões de novos poetas e artistas que surgiram a partir da cena e, até mesmo, em monumentos e espaços que têm o artista como referência.

O antigo Teatro Galpão, espaço consagrado das artes na cidade, atualmente se chama Espaço Cultural Renato Russo. O nome do artista foi adotado também por sete brinquedotecas localizada em hospitais públicos da cidade, por meio de uma parceria da ONG Amigos da Vida com o Instituto CNP Brasil.

Além disso, o governo local criou o Rota Brasília Capital do Rock, projeto que colocou 41 placas na cidade, marcando locais que foram referências para a cena roqueira local. O projeto, que tem como curador Philippe Seabra, pode ser visitado também de forma virtual por meio do Google Earth.

“Eu sempre disse ao Renato que nada disso teria acontecido se não fosse Brasília. Claro que se alguém tem o ímpeto artístico, ele vai se manifestar de um jeito ou de outro. Mas por ter sido em Brasília, naquele espaço-tempo, saiu do jeito que saiu, com a força, a verve e a ressonância que teve”, diz o curador e guitarrista da Plebe referindo-se “ao momento e às experiências ímpares” que viveram na adolescência, em uma cidade descrita como “um entreposto burocrático no meio do nada”, com passagens aéreas caríssimas e culturalmente isolada.

Mané Garrincha

O fatídico show no Estádio Mané Garrincha mudou a relação entre a capital federal e Renato Russo, a ponto de fãs revoltados pintarem “Fora Legião” em um muro na frente do prédio onde Renato morava, na 303 Sul, região central da cidade.

Uma série de erros na organização, falhas técnicas e uma polícia que não soube lidar com uma plateia bem maior do que a estimada acabaram por fazer deste show, segundo a irmã do cantor, “uma espécie de Gimme Shelter do Planalto Central”, disse ela, referindo-se ao trágico show da banda Rolling Stones, que resultou no assassinato de um jovem nos EUA, em 1969.

“Não havia, em Brasília, uma cultura de grandes eventos. Sei que meu irmão errou em suas falas também. Enfim, foi um dia desfavorável”, resume Carmen Teresa ao confirmar que, no dia, o irmão “abusou de algumas substâncias”.

Após esse show, em que houve confusão, pessoas se machucaram e que o cantar acabou xingando a plateia e deixando o palco, Renato prometeu nunca mais voltar a fazer espetáculos na cidade. E isso acabou realmente ocorrendo.

Álcool e drogas

O integrante da Plebe Rude classifica Renato como “um cara muito bem versado e muito legal, que quase escondia a erudição porque falava com muita gíria”. “Era um cara bacana, mas nunca o vi como Messias, como as pessoas falam. Era um bom amigo. Um amigo fiel e muito engraçado. Mas, como qualquer bêbado, um bêbado chato quando bebia demais. E ele bebia muito”, disse referindo-se a um histórico problema do amigo: o alcoolismo.

Marcelo Beré também se preocupava com a relação do amigo com o álcool. “Ele sempre foi extremamente compulsivo. Era difícil controlar. Passava dos limites sempre. E eu também, então era duplamente complicado, porque tinha, ainda, a questão das drogas”.

A mãe do artista percebia os riscos que o filho corria. “Ele mudou quando começou a usar drogas de forma mais intensa. Chegava tarde, dormia o dia inteiro e acordava mau humorado. Era outra pessoa. Eu sabia o que estava acontecendo. Recorremos a um psiquiatra, que nos disse que o Renato era um cara inteligente, e que só pararia de fazer uso dessas substâncias caso realmente quisesse. Optamos por não interferir na vida dele e nos limitamos a mostrar as consequências que esse caminho poderia trazer. Mas ele já sabia disso”, lembra dona Carminha.

Filmes e livros

O interesse e a curiosidade por aquele que, para muitos, foi consagrado como mito estimulou a produção de vasto material, em especial livros e filmes. Entre eles, a biografia Renato Russo – O Filho da Revolução, escrito pelo jornalista Carlos Marcelo; O Diário da Turma 1976-1986: A História do Rock de Brasília, de Paulo Marchetti. No cinema, Renê Sampaio, um adolescente na década de 80 e fã do cantor, colocou, na tela, a história de João de Santo Cristo, no filme Faroeste Caboclo. O cineasta está prestes a lançar outro filme inspirado em uma música de Renato Russo: Eduardo e Mônica.

Como milhares de jovens brasileiros da época, Carlos Marcelo foi impactado pela sonoridade da Legião Urbana. “A banda encabeçou um movimento, o que me motivou a dar início aos planos de escrever a biografia do Renato. Eu queria entender um pouco sobre esse personagem que tinha me fascinado na adolescência e que continuava sendo muito marcante para mim e para tantos brasileiros”.

O Filho da Revolução

O livro Renato Russo – O Filho da Revolução entrelaça, segundo o próprio autor, a história do Renato, em Brasília, com a história da cidade e do país. “Como me disse um amigo, a biografia contrabandeia um livro de história porque conta muito sobre a história recente do país. Queria mostrar o crescimento de um jovem brasileiro durante a ditadura militar, e como ele foi influenciado por essa vivência em uma cidade adolescente, sendo que o Renato também era um adolescente. É muito raro ter uma geração de adolescentes tomando conta de uma cidade que também é adolescente”, argumenta.

Esses adolescentes citados por Carlos Marcelo foram também abordados no livro O Diário da Turma, de Paulo Marchetti. O livro apresenta depoimentos de diversos integrantes da cena que tinha, ao centro, o Renato, ainda nos tempos de Manfredo.

Como era também integrante da “tchurma”, Marchetti conviveu com Renato. “Ele sempre falava que um dia a Legião ia terminar, e que ele ia virar escritor. Dizia inclusive que o primeiro livro que ele gostaria de escrever seria sobre a ‘tchurma’, para contar histórias de Brasília”, lembra o escritor que é também diretor de TV.

“Quando o Renato morreu, liguei para alguns integrantes da turma, como o Dinho [vocalista do Capital Inicial], o Bonfá e o André Muller [baixista da Plebe Rude]. Ninguém estava pensando em escrever. Então resolvi escrever, após passar por uma síndrome de pânico que me fez pegar essa missão. Eu achava que o Brasil devia conhecer a história que vai além das bandas famosas”, detalha.

René Sampaio não conheceu pessoalmente Renato Russo. Mas se sente íntimo das obras do artista. “Renato Russo mudou minha vida várias vezes. Quando era moleque, escutando suas músicas, via em cada disco uma mensagem e uma reflexão diferente. Depois, já adulto, fazendo filmes sobre suas músicas. Ele me influenciou pessoalmente e influenciou, também, minha carreira. Mudou o meu rumo para uma grande virada”, diz o diretor de cinema.

Registros fotográficos

Outro que teve a carreira impulsionada pela cena e, em especial, por Renato Russo, foi o fotógrafo Ricardo Junqueira, ou “Bolinha”, como era conhecido na época.

“Após as fotos que fiz para divulgação do primeiro disco da Legião, vi que poderia ganhar dinheiro vivendo de fotografia. No dia seguinte pedi demissão do banco onde trabalhava, porque o que ganhei naquele trabalho era equivalente ao que ganharia em um mês de banco. Só tenho a agradecer à banda, à Fernanda [Vila-Lobos, produtora do primeiro disco] e ao Renato, que me proporcionaram isso”.

Ricardo Junqueira assina, ao lado do também fotógrafo Nick Elmoor, o livro Pós-New Brasília 1981-1989, a Biografia Fotográfica de um Tempo que Não Foi Perdido. Trata-se do maior registro fotográfico já feito das principais bandas brasilienses da época, em especial da Legião Urbana, uma vez que, além de fazer imagens para álbuns, Junqueira foi encarregado de registrar algumas das turnês da banda.

“O fato de estudar publicidade me aproximou do Renato, quando estudava jornalismo. Era bom conversar com ele, que tinha posições muito fortes. Era muito frontal com muita gente. Nunca foi uma pessoa muito simpática ou muito tranquila. Às vezes era até agressivo com algumas pessoas que tinham opinião muito diferente da dele”, lembra o fotógrafo que desde 2012 trabalha em Lisboa.

25 anos sem Renato

As lembranças que Junior (ou Manfredo, para os amigos) deixou àqueles com quem conviveu e o legado artístico de Renato Russo acabam por gerar uma sensação de “equilíbrio distante”, como dizia o artista, e de perda de noção de um tempo que, de fato, não foi perdido.

Após um quarto de século de sua morte, ele continua presente e “vivo” por meio de sua obra. Renato Russo deixa um legado que possibilitará, a várias outras gerações, entender parte do que foi este “nosso próprio tempo”.

"Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?"

Daquele vozeirão, saíam mais do que palavras repetidas. Eram de temas ecléticos. Juntavam-se tanto os versos inconformados, como os de amor, como os de dores, como os de sarcasmo. Das letras que criava, saíam histórias de pessoas comuns, de invisíveis em meio à capital. Do dedilhar da guitarra, a influência do punk ecoava um jeito brasileiro de fazer rock.

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O cantor e compositor Renato Russo, líder da banda Legião Urbana, morreu em 11 de outubro de 1996, com apenas 36 anos de idade. Vítima de complicações da Aids, a partida de Renato deixou o mundo da música e um país inteiro de luto.  A sua obra, que marcou as décadas de 1980 e 1990, deixou legado inconfundível.

Para as gerações seguintes conhecerem e para os fãs recordarem, é possível visitar memórias do fundo do baú do acervo dos veículos da Empresa Brasil de Comunicação. O resgate pode trazer tanto nostalgia quanto o sentimento, seja qual for a idade, de que "somos tão jovens".... 

Mesmo tendo nascido no Rio de Janeiro, Renato Manfredini Júnior chegou aos 13 anos de idade para morar em Brasília. (confira aqui especial da EBC produzido há cinco anos). Foi na capital do país que ele viveu a adolescência e o interesse pelo rock. Em 1980, fez o primeiro show com a recém-criada banda Aborto Elétrico. Em 1984, já na Legião Urbana, teve o primeiro disco. A identificação dele com a cidade fez história(s), como com as inspiradas letras de Eduardo e Mônica e Faroeste Caboclo.  

Essa relação de Renato Russo com Brasília foi resgatada no programa Impressões, da TV Brasil, do ano passado, em entrevista com a irmã do artista, a professora Carmen Manfredini. "Foi daquele movimento na Turma da Colina que ajudou a formar o rock nacional. Meu irmão nunca quis dirigir ou ter carro. Ele era um menino curioso. Ele ia de ônibus para coletar informação e cultura. Foi assim, por exemplo, que ele, um menino de classe média, soube da Ceilândia. Ele conseguiu eternizar Brasília".

Assista a entrevista abaixo:

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O guitarrista Dado Villa-Lobos e o baterista Marcelo Bonfá, ex-integrantes do Legião Urbana, estão travando uma batalha judicial pelo direito de usar o nome da banda, formada por eles e Renato Russo em 1982. No entanto, parece que o processo não está sendo nada amigável, já que os músicos não estão conseguindo negociar com o herdeiro de Renato Russo, Giuliano Manfredini.

Em entrevista à revista Veja, publicada na última quinta-feira, dia 6, Dado disparou:

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"Sempre estivemos abertos a um acordo e nem no tribunal ele apareceu para expor o seu lado. Já me ocorreu: será que é uma vingança pessoal dele contra o pai? Giuliano precisa de amor. Seria o caso de um psiquiatra. Sua vida econômica está resolvida. O Renato gera muito dinheiro em direitos autorais".

A ideia inicial dos dois músicos era homenagear a história da banda, mas sem a autorização do filho do cantor - que morreu em 1996 -, o projeto não sairá da gaveta.

"Queremos também deixar claro ao público o absurdo que está em curso. Fizemos parte de uma banda com o Renato Russo lá trás, nos anos 80, e agora só o que desejamos é celebrar os quatro primeiros discos, o que começamos em 2015, três décadas depois do princípio de tudo. O abaixo-assinado, na verdade, partiu de fãs e ganhou vulto com a adesão de milhares de pessoas, incluindo vários artistas".

Na última semana, os músicos Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá pediram aos fãs, por meio das redes sociais, assinaturas em uma petição online para que tenham liberdade de se apresentarem em shows com o nome e as canções da Legião Urbana. A banda foi formada em 1982 por Bonfá e Renato Russo (1960-1996), mas, atualmente, é de propriedade do filho do vocalista, Giuliano Manfredini.

Na petição, os artistas explicam que em 2015 retornaram aos palcos para celebrar os 30 anos de lançamento do disco "Legião Urbana" (1985), onde contaram com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ), que proibia qualquer interferência por parte do herdeiro de Russo.

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De acordo com o texto do abaixo-assinado, Manfredini entrou com uma ação rescisória para anular a decisão da Justiça e proibir de maneira definitiva Bonfá e Villa-Lobos de se apresentarem com o nome da banda.

 Em 6 de abril ocorreu o julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e a ministra Isabel Galloti votou favorável ao herdeiro de Russo, mas a sessão da 4º Turma da Corte foi adiada a pedido do ministro Antonio Carlos Ferreira, que pediu mais tempo para analisar a situação.

Até o momento, a petição online já conta com mais de 33 mil assinaturas. Antes da pandemia de Covid-19, o grupo fazia várias apresentações com o nome "Dado e Bonfá tocam Legião Urbana". Veja a apresentação da banda no festival João Rock, de Ribeirão Preto, em 2019.

 

A Polícia Civil cumpre nesta segunda (26) mandado de busca e apreensão em um estúdio do Rio de Janeiro, para procurar músicas inéditas do cantor e compositor Renato Russo. A busca foi provocada por uma denúncia do filho do artista, que acusa o estúdio de ocultar músicas que teriam sido gravadas por seu pai, em seus últimos anos de vida.

Giuliano Manfredini, filho de Renato, é o detentor dos direitos autorais da obra do pai, músico que fez sucesso nos anos 80 como vocalista da banda Legião Urbana, na década de 90, e gravou dois discos solo: The Stonewal Celebration Concert (1994) e Equilíbrio Distante (1995). Ele morreu em 1996, mas deixou algumas músicas gravadas, que foram aproveitadas pela gravadora para lançar o álbum póstumo O Último Solo, em 1997.

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Em 2000, foi lançada uma coletânea com sua obra solo e mais duas músicas inéditas: as regravações de A Carta, de Erasmo Carlos, e A Cruz e a Espada, de Paulo Ricardo.

Segundo a Polícia Civil, o filho acredita, no entanto, que o pai teria gravado ainda mais músicas. A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial então abriu uma investigação para descobrir se o proprietário do estúdio de gravação usado por Renato Russo estaria ocultando essas canções inéditas.

Foi divulgado, nesta sexta (20), o primeiro trailer do filme Eduardo e Mônica. O longa é uma adaptação para os cinemas da música homônima da banda Legião Urbana. A produção está prevista para chegar às telonas em abril de 2020.

Eduardo e Mônica tem direção de René Sampaio, mesmo diretor responsável por Faroeste Caboclo (2013), primeira adaptação de uma música de Renato Russo, líder da Legião, para o cinema. O elenco conta com Alice Braga, como Mônica, e Gabriel Leone, como Eduardo. 

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O Centro Cultural dos Correios marcou para próxima quarta (27) o lançamento do selo e tributo ao cantor e compositor Renato Russo. Às 17h, será lançada a emissão especial do selo; o lançamento ocorrerá simultaneamente nas cidades de Brasília/DF, Recife/PE e São Paulo/SP. O evento é gratuito e também promete uma oficina de música inclusiva, com apresentação de alunos com deficiência do Instituto Sons do Silêncio.

Celebrando o aniversário do artista, o evento tem como objetivo reavivar a obra do líder da Legião Urbana, reunindo seus fãs para, através da recordação de seus grandes sucessos, resgatar e preservar sua história, com poesia, música, fotografia e, principalmente, o lançamento do selo. O evento oferece ao público, notadamente às  novas gerações, a oportunidade de ter acesso a conteúdos da trajetória do artista, incentivando o conhecimento e apreciação da obra do músico.

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Serviço

Tributo a Renato Russo

27 de março | 17h

Centro Cultural Correios Recife (Av. Marquês de Olinda, 262, Bairro do Recife-PE)

Entrada Franca

Informações : (81) 3424-1935

 

Durante entrevista a um programa na TV americana, em 2015, o ator Charlie Sheen repercutiu nos quatro cantos do mundo com a declaração de que era portador do vírus HIV. A notícia chocou os fãs do artista, que sempre o acompanharam em papéis engraçados no cinema. Assim como Charlie, o Brasil já passou por momentos de tristeza quando alguns astros do entretenimento abriram o coração para revelar que tinham a mesma doença.

Ícone do rock nacional, Cazuza, na década de 1980, foi um dos famosos que abriu discussão para as pessoas que passavam pelo mesmo problema de saúde, chegando a falecer em 1990 por complicações avançadas do vírus. Neste sábado (1º), é celebrado o Dia Internacional da Luta contra a Aids, reforçando a necessidade da prevenção para combater a doença e descontruir qualquer tipo de preconceito.

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Relembre cinco famosos que deixaram saudade e que perderam a batalha contra a Aids.

Cazuza

Batizado como "o poeta" da música popular brasileira, Agenor Neto, o Cazuza, fez história com a sua rouca e rasgada o comando do Barão Vermelho. Querendo alcançar outros objetivos, o cantor partiu para a carreira solo. Sempre aclamado pela crítica, Cazuza, em 1986, começou a sentir os sintomas da Aids. Em tratamento nos Estados Unidos durante dois meses, o filho de João e Lucinha Araújo retornou ao Brasil para produzir o disco "Ideologia". Assumindo abertamente que tinha sido infectado pelo vírus HIV em 1989, Cazuza faleceu um ano depois em decorrência a um choque séptico.

Freddie Mercury

Sucesso em todo o mundo, Freddie Mercury imortalizou os vocais do Queen. Performático em todos os shows, Freddie arrastava uma multidão por onde passava, a exemplo de quando lotou o Rock in Rio em 1985. Dois anos depois da sua passagem pelo Brasil, o astro do rock recebeu o diagnóstico de que estava com Aids. Negando sempre quando lhe perguntavam se tinha a doença, Freddie Mercury decidiu revelar o problema de saúde em novembro de 1991, um dia antes de morrer. Em 2018, o eterno líder do grupo Queen recebeu uma homenagem através do cinema no filme "Bohemian Rhapsody", contando sua história na banda.

Renato Russo

No comando da Legião Urbana, Renato Russo mostrou genialidade em suas composições. Percorrendo o Brasil ao lado de Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Rocha, Russo ganhou o carinho do público jovem através dos clássicos "Pais e Filhos", "Faroeste Caboclo", "Índios", "Tempo Perdido", "Vento no Litoral", entre outros, vendendo aproximadamente 20 milhões de discos. O que o brasiliense não esperava era que o seu legado ficasse para os fãs tão cedo. Trilhando carreira solo, Renato Russo faleceu em 1996 por complicações causadas pela Aids. No dia 27 de julho, o público pernambucano conheceu um pouco do artista através do espetáculo "Renato Russo - O Musical". A peça contando um pouco da vida de Renato invadiu o Parque Treze de Maio gratuitamente.

Wagner Bello

Nos anos de 1990, a TV Cultura prendia a atenção das crianças quando exibia a história mágica do "Castelo Rá-Tim-Bum". Nino e toda sua trupe divertiam os telespectadores mirins com situações lúdicas, dando a oportunidade de cada criança construir seus mundos particulares. Entre os assuntos didáticos abordados no programa infantil, um personagem de outro planeta encantava com sua aparência colorida. O ator Wagner Bello fez muita gente rir com as trapalhadas do extraterrestre Etevaldo. Sucesso também no teatro, Bello foi vítima do HIV. Em 1994, aos 34 anos, o inesquecível Etevaldo faleceu semanas antes de gravar sua participação no "Castelo Rá-Tim-Bum".

Sandra Bréa

O talento da atriz Sandra Bréa invadiu todas as vertentes da arte. Interpretando personagens de grande importância para a história da teledramaturgia, Sandra teve que viver um roteiro pessoal que não estava anunciado. Por volta de 1993, a atriz decidiu contar publicamente que também era uma das vítimas portadoras do vírus HIV. No primeiro semestre de 2000, Sandra Bréa veio a óbito no condomínio que morava no Rio de Janeiro, Zona Oeste da cidade. A artista faleceu quando tinha 47 anos. A última aparição de Sandra em novelas da Globo foi em "Zazá", em 1997. 

Fotos: Reprodução/Youtube/Divulgação

Neste sábado (25), a cantora Laura Pausini apresentará no palco do Classic Hall, em Olinda, sua nova turnê. Divulgando o disco "Fatti Sentire", a artista está no Brasil para comemorar os seus 25 anos de carreira. Nos dias 20 e 21 de agosto, a italiana levou o seu show para São Paulo, interpretando sucessos antigos e recentes, como a inédita "Non è Detto".

Na década de 1990, a italiana teve suas letras embaladas nas vozes de Renato Russo e da dupla Sandy & Junior, além de ter dividido os vocais com Gilberto Gil no sucesso "Seamisai", e com Ivete Sangalo em "Las cosas que vives". No primeiro semestre de 2018, foi a vez de Simone e Simaria cantarem com Laura o hit "Novo".

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Aproveitando a presença de Laura Pausini em solo pernambucano, dona dos clássicos "Strani Amori", "Non C'è" e "Incancellabile", o LeiaJá separou algumas canções que mostram todo o romantismo da artista pelo mundo afora.

Gente

Non C'è

La Solitudine

Incancellabile

Strani Amori

Seamisai

Ascolta Il Tuo Cuore

E Ritorno Da Te

Lato Destro del Cuore

Non è detto

BÔNUS

Novo (participação de Simone e Simaria)

E.STA.A.TE


 

Pontualmente às 19h, no Parque 13 de Maio, Centro do Recife, o ator Bruce Gomlevsky surgiu ao palco na pele de Renato Manfredini Júnior, abrindo o espetáculo com a canção "Há Tempos". O público começou a ficar atento às histórias que seriam contatadas em "Renato Russo – O Musical", que aportou na capital pernambucana neste sábado. A simplicidade cenográfica e luzes bem direcionadas deram o tom à interpretação de Bruce, fazendo crer que o poeta do rock nacional estava entre as pessoas que lotaram as 2 mil cadeiras disponibilizadas pelos organizadores do evento, sem contar com o público que assistiu em pé.

O começo na música para o líder da banda Legião Urbana, dentro do quarto de um adolescente de Brasília, borbulhava entre dores, questionamentos e sonhos. O que os admiradores de Renato viam era a construção sólida de um talento que estava pronto para cair no gosto popular, costurando passagens que jamais alguém ousou em contar, como foi o caso da epifisiólise diagnosticada quando Renato tinha 15 anos. Mas quem pensou que o roteiro seria um drama com direito a lenço para enxugar as lágrimas, de fato, enganou-se. A encenação sob os olhares da “Geração Coca-Cola” recebeu risos em situações, fictícias ou não, inimagináveis.

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No espetáculo da noite deste sábado, que reviveu momentos marcantes pessoais e da carreira musical do cantor falecido em 1996, o público apreciou a participação da banda Arte Profana. O grupo, com quatro músicos por trás de um telão transparente, reacendeu em arranjos frenéticos a atitude de Renato Russo sobre sexo, drogas, amores e família. 

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Ainda sobre a carreira de Renato Russo, o pontapé foi com base na musicalidade dos Beatles, Bob Dylan, Pink Floyd e Janis Joplin, surgindo assim, através de Fê Lemos e André Pretorius, o grupo 'Aborto Elétrico'. Os três anos que passaram juntos foram regados por descobertas e brigas, abrindo caminhos para uma nova trajetória.

O fim da banda, em 1981, fez com que Renato se conhecesse intimamente. A luta para seguir a carreira deu a ele o estalo em dar continuidade aos sonhos trilhados em desejos e rebeldia.

A história do cantor foi relembrada em detalhes no musical. Tudo era mostrado em meio aos olhos que demoravam a piscar; a plateia, de certa forma, entrou com participação especial no texto da dramaturgia quando a montagem da Legião Urbana, com Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, foi finalmente explorada.

"Eu tinha sete anos quando Renato Russo faleceu. Sempre ouvi em casa, através dos meus pais, suas canções no aparelho de som e em rádios. A Legião veio para intensificar o rock brasileiro. O espetáculo é fantasioso, claro, mas toca no fundinho da alma", disse a enfermeira Áurea Beatriz.

Para o crítico cultural Alyson Fonseca, a peça é bem produzida. "A gente vê que ali tem muita performance musical, porém me impressionou. O musical apresenta uma banda talentosa. O setlist é sob medida. Teve umas canções que eu senti falta, mas não caberia. Me impressionei com os trejeitos de Renato Russo". As 22 músicas da peça, lançadas pela própria trupe do Renato, além de outros sucessos embalados por artistas consagrados, como Cazuza (Exagerado) e Ben E. King (Stand by me), fizeram todos cantar e se emocionar.

A peça, programada em 120 minutos, fez a plateia querer mais. O vento percorrendo as árvores do 13 de Maio e a chuva que ameaçava cair se uniram para protagonizar um coro nos clássicos "Índios", "Que país é este", "País e filhos", "Eduardo e Mônica", entre outros, preparando para a despedida do espetáculo. A leveza em cena envolvendo os 'perrengues' enfrentados pelo filho de Renato Manfredini e Maria do Carmo, escancarando a homossexualidade e a descoberta do HIV, fez o musical ficar ainda maior nesses mais de dez anos que é percorrido por todo o Brasil.

Na continuação do espetáculo, o público vibrou ainda mais com um bis longo nas músicas "Fábrica", "Quase sem querer", "Faroeste Caboclo" e "Por enquanto". Por fim, o musical mostrou que vida de Renato Russo foi escrita para ser lembrada em qualquer tempo, lugar e circunstância.

A direção de “Renato Russo - O Musical” é de Mauro Mendonça Filho, responsável pelas telenovelas "O Outro Lado do Paraíso" e "Verdades Secretas". Já Daniele Pereira assinta o roteiro do espetáculo.

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Enquanto o espetáculo “Renato Russo - O Musical”, protagonizado pelo ator Bruce Gomlevsky, não começava no Parque 13 Maio, Centro do Recife, as pessoas cumprimentavam alguns conhecidos que iam encontrando no ambiente ao ar livre. Os ajustes no palco anunciavam que a peça baseada na vida de Renato Russo, líder da banda Legião Urbana, estavam chegando ao fim no final da tarde deste sábado (21). 

Esperando ansiosos em uma das cadeiras do evento, realizado nesta noite, fãs do cantor ficavam atentos a todos os detalhes. O gargarejo, local esquematizado para curtir o musical, foi escolhido por quatro admiradores de Renato. Moradores da cidade de Bezerros, Agreste de Pernambuco. Eles resolveram enfrentar os 100km até a capital pernambucana para ver de perto a história de um dos astros que revolucionou o rock nacional.

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A professora Lidiane Carmem detalhou ao LeiaJa.com a importância de Renato Russo na sua vida. “Minha relação com ele é a mais linda possível. Renato me acompanha desde a adolescência e ele, praticamente, escreveu a trilha sonora da minha vida. Já é a segunda vez que assisto ao espetáculo”, disse Lidiane, que já chegou a ir até São Paulo para assistir a montagem sobre o artista, falecido em 1996, aos 36 anos.   

“Ele está comigo desde quando eu era mais jovem. Quando eu tinha 16 anos, eu fui para um show dele no Geraldão, aqui no Recife, em setembro de 1992”, relembrou a auxiliar administrativa Edjane Silva, uma das integrantes do grupo do interior. Há 10 anos percorrendo o Brasil, “Renato Russo - O Musical” recebe a direção de Mauro Mendonça Filho, responsável pelas telenovelas "O Outro Lado do Paraíso" e "Verdades Secretas". O roteiro do espetáculo é assinado por Daniela Pereira.

O espetáculo que remonta a biografia do músico Renato Russo chega ao Recife para única apresentação gratuita. Renato Russo - O Musical será no Parque 13 de Maio, localizado no Bairro da Boa Vista, área central do Recife, às 19h.

A montagem é assinada por Daniela Pereira de Carvalho e tem direção de Mauro Mendonça Filho. No palco o ator Bruce Gomlevsky dá vida ao fundador do Aborto Elétrico e é acompanhado pela banda Arte Profana.

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“Sem a menor dúvida o que move o espetáculo é a força do Renato e o legado que deixou na Legião Urbana, através das composições, que são a cada dia mais atuais. Os fãs se renovam e hoje temos além de adultos e idosos na plateia, jovens e adolescentes que se emocionam a cada sessão”, conta Bianca de Felippes, produtora do musical.

 Serviço

Renato Russo - O Musical

Sábado (21)| 19h

Parque 13 de Maio (Rua Mamede Simões, 111 - Boa Vista, Recife)

Gratuito

Objetos pessoais do cantor e fundador da banda Legião Urbana serão leiloados em um bazar beneficente no Rio de Janeiro.

O evento acontece sábado, dia 7, a partir do 12h no Retiro dos Artistas, instituição que oferece apoio para artistas da terceira idade. Entre os objetos que serão leiloados estarão roupas do cantor, móveis e LPs.

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A coleção foi doada pelo filho de Renato, Renato Manfredini, e faz parte das comemorações do aniversário do músico.

A Legião Urbana foi uma das bandas mais populares do rock nacional, alçando seu vocalista a um status de messias entre os fãs. Não à toa muitos chamavam a banda de Religião Urbana.

A banda vendeu mais de 25 milhões de discos segundo a Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD).

O músico faleceu em 1996 em decorrência de complicações causadas pelo vírus HIV. Renato Russo faria 58 anos nesta terça-feira (27).

 

 

Serviços:

Bazar beneficente com peças e objetos de Renato Russo

Data: 7 de abril (sábado)

Horário:  12h

Local: Retiro dos Artistas - R. Retiro dos Artistas, 571 - Jacarepaguá, Rio de Janeiro - RJ

A mostra sobre a vida de Renato Russo foi prorrogada pelo Museu da Imagem e do Som (MIS) até o dia 18 de fevereiro.

Giuliano Manfredini, único filho de Renato Russo, concedeu ao MIS total acesso ao apartamento do artista, confiando à equipe a catalogação, conservação e adaptação dos itens para serem expostos.

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A mostra apresenta a vida e a obra de Renato e sua trajetória no rock nacional como líder da banda Legião Urbana. Além disso, traz objetos pessoais, como peças de vestuário, fotografias, discos, livros, manuscritos, instrumentos musicais, documentos escolares, desenhos, cartas de fãs, prêmios, fanzines, folhetos e impressos variados que percorrem toda a carreira do artista.

Serviço

Exposição Renato Russo

Museu da Imagem e do Som (MIS): Av. Europa, 158 - Jardim Europa, São Paulo.

Horário: De terça a sábado, das 10h às 21. Domingos e feriados, das 9h às 19h.

Ingressos: R$ 12 (inteira); R$ 6 (meia entrada). https://www.ingressorapido.com.br/renatorussonomis/

Classificação etária: livre.

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O Museu da Imagem e do Som - MIS, localizado no Jardim Europa, em São Paulo, está com as portas abertas para receber os amantes do rock and roll. Renato Russo, líder da banda Legião Urbana, está com toda sua vida pessoal e profissional exposta regada pela nostalgia. O cantor, que faleceu em outubro de 1996 por complicações causadas pelo HIV, continua brilhando com o legado que deixou para a sua geração Coca-Cola em letras impactantes, histórias memoráveis e detalhes de uma carreira avassaladora; da infância ao estrelato, o artista carioca foi intenso.

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A mostra, aberta ao público no dia 7 de setembro, traz detalhes de um Renato Russo que jamais foram pensados ou até mesmo vistos em alguma matéria publicada na imprensa na década de 80 e 90. O cartão de nascimento em 27 de março de 1960, as atividades do ensino fundamental, fotos do álbum de família, composições rabiscadas em folhas de caderno, figurinos de shows, entre outras particularidades, transformam o ambiente da Avenida Europa em um altar intocável. 

Dividido nos espaços do primeiro e segundo andar do prédio, além de uma loja com discos e camisetas do Renato juntamente com o grupo musical, o que mais chama a atenção dos visitantes são algumas cartas dos fãs que ele recebeu no período de 1983 a 1996, além do seu quarto no final da exposição. Até 28 de janeiro de 2018, último dia da mostra, os admiradores de Renato Manfredini Júnior terão a oportunidade de conhecer ainda mais o revolucionário da Legião Urbana em imagens, som e saudade.

Serviço  

Exposição Renato Russo 

Local: MIS - Museu da Imagem e do Som, na Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo.

Dias: Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingo e feriado, das 9h às 19h.

Valor: R$ 12 inteira e R$ 6 meia entrada (bilheteria) - R$ 30 inteira e R$ 15 meia (internet).

Observação: Às terças-feiras a entrada é gratuita. Basta retirar o ingresso na bilheteria do museu. 

Mais informações no www.mis-sp.org.br

Por Paulo Uchôa

O Museu da Imagem e Som (MIS), em São Paulo, vai exibir a partir desta quarta-feira (6) a exposição “Renato Russo”, que apresentará a vida e a obra do líder da banda Legião Urbana.

A mostra traz objetos pessoais, peças de vestuário, fotografias, discos, livros, manuscritos, instrumentos musicais, documentos escolares, desenhos e cartas de fãs, além de prêmios, fanzines, folhetos e impressos variados que percorrem toda a trajetória do artista.

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A apresentação tem a curadoria de André Sturm, ex-diretor do MIS, e direção de arte do Ateliê Marko Brajovic. Giuliano Manfredini, único filho do artista, concedeu ao MIS acesso ao apartamento de Renato Russo oferecendo à equipe do museu sua catalogação, conservação e adaptação para a exposição, que ficará em cartaz até 28 de janeiro de 2018.

Os ingressos variam de R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). A visitação é aberta de terça à sábado, das 10h às 21h;  domingos e feridos, das 9h às 19h e às terças-feiras a entrada é gratuita. Para outras informações acesse: http://www.mis-sp.org.br/. O MIS fica na av. Europa, 158, Jardim Europa.

 

Dividido entre os palcos e produção de discos, o líder das bandas Aborto Elétrico e Legião Urbana, Renato Russo, falecido em 1996, escrevia sobre suas referências musicais e artísticas. Esses textos foram compilados e deram vida ao livro ‘Renato Russo: o livro das listas’.

As anotações são inéditas e apresentam um panorama das grandes influências do cantor. A obra conta com informações sobre os artistas e obras mencionadas, que incentivaram no surgimento de composições da banda, e mostra o processo criativo de Renato Russo. 

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O Museu da Imagem e do Som (MIS), instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, irá receber no mês de setembro a exposição em homenagem ao cantor Renato Russo.

A mostra, intitulada "Renato Russo", é a quarta idealizada e concebida totalmente pelo museu e tem a curadoria de André Sturm, ex-diretor do MIS, e direção de arte do Ateliê Marko Brajovic.

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A exposição apresentará a vida e a obra do líder da banda Legião Urbana e traz objetos pessoais, peças de vestuário, fotografias, discos, livros, manuscritos, instrumentos musicais, documentos escolares, desenhos e cartas de fãs, além de prêmios, fanzines, folhetos e impressos variados que percorrem toda a trajetória do artista.

A mostra ficará do dia 6 de setembro até dia 28 de janeiro de 2018. O MIS funciona das 10h às 21h, de terça a sábado, e das 9h às 19h, no domingo e feriados. A bilheteria abre 30 minutos antes da visitação, e os ingressos custam de R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia), a partir do dia 7 de setembro. Vale lembrar que às terças-feiras, a entrada é gratuita. Também é possível comprar ingressos antecipados com o valor de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), com horários marcados de hora em hora pelo site: www.ingressorapido.com.br/renatorussonomis.

O MIS fica na Av. Europa, 158 - Jardim Europa, São Paulo. 

Já estão à venda os ingressos para a pré-estreia da exposição “Renato Russo”, no Museu da Imagem e Som (MIS), em São Paulo, no dia 6 de setembro. A exibição estará em cartaz a partir de 7 de setembro a de 2017 a 28 de janeiro de 2018.

“Renato Russo” apresenta, por meio de uma experiência imersiva, a vida e a obra deste ícone do rock brasileiro. A exposição, que parte exclusivamente do acervo de Renato, apresenta objetos pessoais, peças de vestuário, fotografias, manuscritos, instrumentos musicais, documentos escolares, desenhos, cartas de fãs, além de prêmios, fanzines, folhetos e impressos variados que irão percorrer toda a sua trajetória.

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O público poderá mergulhar no caráter multifacetado do cantor, que também produzia desenhos e pinturas, bem como uma peça de teatro e projetos cinematográficos. Particularidades como suas coleções de anjos e de baralhos de tarô também poderão ser vistas.

Os ingressos para a exposição podem ser adquiridos pelo site: www.ingressorapido.com.br/renatorussonomis e são válidos para a pré-estreia e para as três primeiras semanas da exposição dias 8, 9, 13, 14, 15, 16, 20, 21, 22 e 23 de setembro, das 10h às 12h

Os valores para a pré-estreia variam entre R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia entrada). A meia entrada é para estudantes e idosos, mas as pessoas que trouxerem um livro de ficção em bom estado para doar para a campanha “Leia um livro” também têm direito ao desconto de 50%.

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