Com o funcionamento comprometido pela greve, a movimentação de usuários no metrô do Recife foi tranquila, nesta sexta-feira (21). Na Estação Recife, no centro da cidade, um cenário bem diferente daqueles usuais dos horários de pico; por volta das 19h, o número de pessoas circulando pela estação era bem reduzido e quase não se viam filas.
Segurança da Estação, Germano Ferreira informou que a circulação de usuários durante o dia foi mais calma que o normal. “A população ficou com receio, teve pouca gente hoje. Foi tranquilo durante todo o dia”, afirmou. De acordo com Ferreira, um grupo de mascarados em protesto foi visto na Estação Recife, mas escoltado pela Polícia Militar. A reportagem tentou entrar em contato com a PM, mas não obteve resposta.
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A comerciante Aylana Conceição de Lima informou que não teve problema para chegar ao trabalho, de manhã, mas a falta de cliente foi perceptível. Mesma opinião de Antônio José da Silva, proprietário de um fiteiro de lanches em frente à Estação Recife. “Movimento bem menor, nem se compara. A gente não pode nem prever agora como serão os próximos dias, só esperamos que se resolva”, disse.
O sistema de transporte funcionou apenas das 5h às 9h e das 16h às 20h, neste primeiro dia de paralisação dos Metroviários. A categoria promete uma nova greve, agora por tempo indeterminado, a partir do dia 1° de março, sábado de Carnaval. Segundo o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), a Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU) não cumpriu o prometido, em relação às reivindicações dos profissionais.
De acordo com o diretor de comunicação da Sindmetro, Levi Arruda, o estado de greve continua. Sobre uma liminar conseguida pela CBTU, para impedir as paralisações, Arruda foi incisivo. “Até o presente momento não recebemos, oficialmente, nenhuma notificação. Os representantes da CBTU têm dito inverdades na mídia, ao afirmar que não nos sentamos à mesa. A empresa é que, por exemplo, sequer assinou a ata de presença na reunião do Rio de Janeiro, nesta quinta”, criticou o sindicalista.