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Duas testemunhas do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes ouvidas pelo jornal O Globo disseram ter visto apenas um carro no momento em que foram feitos os disparos. Imagens de câmeras de vigilância sugeriam que dois veículos haviam perseguido o veículo onde estava a vereadora. As testemunhas, ouvidas separadamente, afirmaram ainda que na noite do crime foram orientadas por policiais militares a irem para casa.

Segundo o jornal carioca, as duas testemunhas não foram ouvidas pela Polícia Civil. Elas narraram que o carro em que os assassinos estavam fechou o veículo conduzido por Anderson e que quase subiu na calçada.

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Ainda de acordo com as testemunhas, um homem negro, que estava sentado no banco de trás do carro dos criminosos, teria colocado o braço para fora com uma arma de cano longo, que poderia ser um silenciador.

Outro fato narrado ao jornal é que o carro usado pelos criminosos teria dado uma guinada e fugido pela própria Rua Joaquim Palhares, onde ocorreu o crime. A suspeita da polícia era de que a fuga teria ocorrido pela Rua João Paulo Primeiro, perpendicular à Joaquim Palhares.

Nesta segunda-feira, 2, atos pedindo solução para o caso e em homenagem a Marielle e ao motorista Anderson Gomes estão sendo convocados para todo o País.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrolou como testemunhas de defesa na ação penal envolvendo o sítio de Atibaia, seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e sua sucessora, Dilma Rousseff. O juiz federal Sérgio Moro, que conduz a ação penal contra Lula - denunciado pela força-tarefa da Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro - marcou as datas dos depoimentos nesta quinta-feira, 8. Ao todo, o magistrado agendou 49 interrogatórios de testemunhas de Lula.

Dilma está intimada a prestar esclarecimentos por meio de videoconferência de Porto Alegre no dia 25 de junho. Já FHC vai falar a Moro no dia 28 de maio.

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Entre as testemunhas de Lula, estão outros quadros do PT, como o ex-ministro de seu governo e de Dilma, Ricardo Berzoini, o ex-ministro Jacques Wagner, e das ex-ministras Miriam Belchior e Ideli Salvatti.

O caso do sítio representa a terceira denúncia contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato.

Segundo a acusação, as empreiteiras Odebrecht, OAS e Schahin, e o pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobrás.

A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto Teixeira.

O imóvel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a Presidência, e está registrado em nome de dois sócios dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar - filho do amigo e ex-prefeito petista de Campinas Jacó Bittar - e Jonas Suassuna. A Lava Jato sustenta que o sítio é de Lula, que nega.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), declarou à Justiça nesta segunda-feira, 2, que "só assinava" os editais de licitação das obras do PAC das Favelas e Maracanã. Elas são investigadas em processos na 7.ª Vara Federal Criminal do Rio por suspeita de terem sido contratadas mediante pagamento de propina. Pezão foi secretário de Obras do ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) no período sob investigação.

Pezão depôs como testemunha de defesa de Cabral. Negou saber da existência, nos editais de licitação para obras do PAC das Favelas, de cláusulas escritas para restringir a participação de empresas que não tivessem feito acertos financeiros com o governo. Também negou saber que um mesmo documento, com firma reconhecida, teria sido compartilhado entre empresas para possível cartelização das obras. A prática seria ilegal e restritiva da concorrência.

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"Essa documentação não era levada ao senhor?", perguntou o juiz Marcelo Bretas.

"Isso ficava subordinado ao Hudson Braga (subsecretário de Obras, hoje preso)", respondeu Pezão. "Era ele que fazia essas licitações, eu só assinava no final. Não participava dessa cartelização, da escolha ou qualquer outra reclamação. Eu só via o edital e dava publicidade a nível nacional", afirmou.

O magistrado perguntou então se Pezão não se preocupava em conferir o que fora decidido.

"Eu tinha confiança plena em todos os técnicos subordinados", alegou. O governador também qualificou Hudson Braga como "gestor eficiente". O depoimento durou 18 minutos.

O ex-governador Cabral está preso desde novembro. Já foi condenado em dois processos criminais a penas que, somadas, passam de 50 anos de prisão. Ele nega as fraudes e questiona a atuação do juiz Marcelo Bretas, que acusa de não ser imparcial.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho caçula, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, adotaram o padrão de dispensar, às vésperas dos depoimentos, testemunhas que eles próprios arrolaram em processo no âmbito da Operação Zelotes.

Depois de mobilizar a estrutura do Judiciário para intimar 80 depoentes, os advogados dos dois já protocolaram a desistência da oitiva de 40. Até agora, 12 falaram. Na ação, eles são acusados de integrar um esquema de tráfico de influência para viabilizar a compra de caças e a aprovação de uma medida provisória no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

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As medidas têm atrasado o andamento da ação penal sobre o caso, que pode resultar em mais uma condenação ao ex-presidente e complicar seus planos dele concorrer novamente ao Palácio do Planalto em 2018. A lista de testemunhas inclui executivos e ex-mandatários de outros países, diversos políticos e até o técnico do Sport, do Recife, Vanderley Luxemburgo.

A 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, teve de expedir dezenas de ofícios para ministros e parlamentares indicados, solicitando que agendassem, conforme suas prerrogativas, hora e local para a inquirição. Além disso, foi necessário emitir um lote de cartas precatórias para que fossem ouvidas as testemunhas que moram fora do Distrito Federal.

As outras seções da Justiça Federal, em Estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Goiás, têm reservado espaço e hora na agenda de seus servidores para que os depoentes sejam questionados a distância, por meio de videoconferências.

Marcados dia e hora pela 10ª Vara para a testemunha falar, um representante de Lula e Luís Cláudio protocola a desistência. Nesta terça-feira, 26, seria a vez de a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior depor em Salvador. Na tarde de segunda, 25, a defesa de pai e filho declinou.

Entre as testemunhas que foram dispensadas estão os ministros Blairo Maggi (Agricultura), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores), fora 15 deputados e senadores. Entre os 12 que não escaparam de depor estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu ex-ministro da Fazenda Pedro Malan.

Lula e Luís Cláudio ainda podem desistir da maioria das outras testemunhas, pois ainda não ocorreram as audiências para ouvi-las.

A estratégia da defesa destoa do esforço feito para arrolar toda a lista. O juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara, havia limitado o número de testemunhas a 32, mas a defesa de Lula e Luís Cláudio recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O desembargador Néviton Guedes deu provimento ao pedido. Na ocasião, os advogados dos dois não detalharam os motivos da indicação de cada testemunha - por lei, isso não é necessário.

O advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula e Luís Cláudio, informou que o Código do Processo Penal assegura às partes o direito de desistir de testemunhas. "Usando desse direito, desistimos da oitiva de testemunhas quando constatamos que os fatos que seriam objeto do depoimento já estão devidamente esclarecidos no processo por depoimentos anteriores", justificou, em nota.

O advogado alegou que "nenhuma testemunha" ouvida na ação confirmou "qualquer fato que possa dar sustentação à acusação de tráfico de influência". "Ao contrário, está claro que o Ministério Público buscou fazer uma acusação contra o ex-presidente Lula com base em benefícios fiscais instituídos durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que também foi ouvido e esclareceu esse fato e a intenção de desenvolvimento regional que norteou a edição da primeira medida provisória sobre o tema", acrescentou o defensor.

Na ação, em curso desde dezembro do ano passado, Lula é acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Luís Cláudio responde por estes dois últimos crimes. Os procuradores da Operação Zelotes sustentam que o ex-presidente ofereceu a lobistas do setor privado a possibilidade de influenciar o governo Dilma a fechar o negócio dos caças e viabilizar a MP. Em troca, alegam os denunciantes, uma empresa de Luís Cláudio recebeu pagamentos de R$ 2,5 milhões. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 2015. Lula e seu filho negam ter cometido irregularidades.

O juiz federal Sérgio Moro ouviu, nesta quinta-feira (25), três testemunhas de acusação contra os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, presos na 28ª fase da Operação Lava Jato sob suspeita de agirem como operadores de propinas para políticos do PMDB. O Ministério Público Federal sustenta que os dois intermediaram propinas a deputados e a senadores do partido oriundas da contratação do navio-sonda 10.000, da Petrobras.

Segundo os procuradores, o negócio da estatal teria gerado R$ 15 milhões a agentes públicos e políticos. Bruno e Jorge Luz são acusados de operar offshores para a lavagem de dinheiro. Um dos políticos que se valeram do esquema é Eduardo Cunha, argumenta a acusação.

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O juiz federal Sérgio Moro negou nesta segunda-feira (15) à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Ministério Público Federal ouvir mais testemunhas na ação penal do caso tríplex. Os advogados do petista e a força-tarefa da Operação Lava Jato solicitaram em comum o depoimento da arquiteta da OAS Jessica Monteiro Malzone. Moro negou "a oitiva de Jessica Malzone por não reputar a prova relevante".

Na mesma decisão, de 11 páginas, o juiz fixou prazo das alegações finais. Para a Procuradoria da República, 2 de junho, para a Petrobras, assistente de acusação, 6 de junho, e para as defesas, 20 de junho.

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A defesa de Lula pediu também a Moro que a Construtora OAS e a OAS Empreendimentos informassem "quais seriam as empresas que realizariam auditoria sobre elas e depois para que estas sejam instadas a informar se teriam conhecimento se o acusado Luiz Inácio Lula da Silva teria praticado algum ilícito ou se houve irregularidade na transferência do empreendimento Solaris da Bancoop para a OAS Empreendimentos".

Para Moro, "a prova é absolutamente desnecessária". "O acusado se defende contra fatos objetivos", anotou o magistrado. "Se não há no processo notícia de que as auditorias sobre a OAS detectaram prática de ilícitos pelo acusado Luiz Inácio Lula da Silva, é isso que o Juízo considerará. Não há necessidade de provocá-las para esse tipo de manifestação em sentido negativo."

O juiz da Lava Jato afirmou ainda que "é de se presumir que os acertos de corrupção entre o Presidente da OAS e o ex-Presidente da República, acaso existentes, não eram informados pelo primeiro às auditorias, nem por ela detectados, já que realizados em segredo".

Os advogados do petista solicitaram ainda que a OAS Empreendimentos informasse "quem seriam os responsáveis pela elaboração do Plano de Recuperação Judicial do âmbito da empresa". A defesa pediu que os responsáveis fossem ouvidos para que fossem esclarecidos "aspectos do plano de recuperação judicial da OAS sobre a propriedade do apartamento 164-A, do Condomínio Solaris, no Guarujá".

Moro anotou estar "bem demonstrado pela Defesa que o referido apartamento foi incluído, em março de 2016, entre os bens de titularidade da OAS na recuperação judicial". Para o juiz da Lava Jato, "absolutamente desnecessária outra prova dessa inclusão".

"Tem o Juízo o fato como provado", afirmou o magistrado. "Se a inclusão do apartamento na recuperação judicial é ou não relevante para o julgamento, é uma questão que será apreciada na sentença", finalizou Moro.

O juiz federal Sérgio Moro marcou os depoimentos de 75 testemunhas de defesa, de um total de 87 convocadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal sobre suposta propina da Odebrecht ao petista. Em apenas quatro dias, entre 3 e 6 de julho, estão previstas audiências de 31 testemunhas.

O ex-presidente convocou 87 testemunhas. Em defesa prévia, em 26 de janeiro, a defesa de Lula havia convocado 52. Em 23 de fevereiro, em nova manifestação, arrolou mais 35.

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A acusação do Ministério Público Federal aponta que as vantagens indevidas chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos com a Petrobras e incluiriam terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência do ex-presidente em São Bernardo do Campo de R$ 504 mil.

O ex-presidente é acusado de praticar os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Moro marcou até o momento depoimentos de 119 testemunhas na ação. Deste total, 75 foram convocadas por Lula.

Ainda estão pendentes de agendamento os depoimentos de testemunhas de defesa de Lula, do ex-ministro Antonio Palocci (Governos Lula e Dilma/Fazenda e Casa Civil) e de Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci.

Moro pediu a senadores e a deputados que escolham uma data entre 13 e 23 de junho para falar pelo petista. Na lista de convocados estão nomes como o ministro da Fazenda Henrique Meirelles (Governo Michel Temer), os senadores Jorge Viana (PT-AC), Lindbergh Farias (PT-RJ), Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado Zeca do PT.

As 87 testemunhas de Lula foram motivo de queda de braço entre o petista e o juiz Moro. O magistrado chegou a exigir, em 17 de abril, o comparecimento do ex-presidente em todas as audiências. O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), no entanto, em 3 de maio, desobrigou o petista desta exigência.

O TRF4 mantém jurisdição no Paraná, base da Operação Lava Jato. Todos os atos do juiz Sérgio Moro são submetidos ao crivo da Corte federal.

Uma freira japonesa, de 42 anos, foi detida na cidade argentina de Mendoza (oeste), envolvida no caso sobre 27 abusos sexuais cometidos em uma escola para crianças - informaram fontes judiciais nesta sexta-feira (5).

A religiosa Kosaka Kumiko passou 33 dias foragida até se entregar às autoridades. No mesmo caso, também estão envolvidos os padres Nicola Corradi e Horacio Corbacho e os funcionários administrativos da instituição, Jorge Bordón, José Luis Ojeda e Armando Gómez - todos presos.

Os abusos teriam sido cometidos no Instituto Próvolo, especializado em crianças com deficiência auditiva.

"Sou inocente. Apenas fiz o bem", declarou a freira ao promotor do caso, Gustavo Stroppiana, que ordenou que a acusada permaneça em um presídio para mulheres da periferia de Mendoza, 1.000 km ao oeste de Buenos Aires.

A investigação começou após várias denúncias e mais de 30 testemunhos acusatórios.

Testemunhas de acusação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, arroladas pelo Ministério Público Federal, vão depor nesta segunda-feira (8) ao juiz federal Juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato na primeira instância, no âmbito da ação penal que investiga se a compra da sede do Instituto Lula pela Odebrecht está relacionada a lavagem de dinheiro de propinas de oito contratos da construtora com a Petrobras.

Entre as testemunhas deverão depor hoje o empresário Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e o executivo Marcos Pereira Berti, da Toyo Setal. Também foram convocados pelo Ministério Público Federal, na acusação a Lula, Elton Negrão de Azevedo Júnior, ex-diretor da Andrade Gutierrez, e o operador Zwi Skornicki, em delação premiada.

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Nesta denúncia, a propina - equivalente a porcentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht S/A -, totaliza R$ 75.434.399,44.

Este valor teria sido repassado a partidos e a políticos que davam sustentação ao governo de Lula, especialmente o PT, o PP e o PMDB, bem como aos agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro.

Parte do valor das propinas que teriam sido pagas pela Odebrecht S/A "foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula", diz a força-tarefa da Lava Jato.

O acerto do pagamento da propina supostamente destinada ao ex-presidente teria sido intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci - ex-ministro (Fazenda/Casa Civil dos Governos Lula e Dilma), com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic. Segundo a Procuradoria da República, Palocci e Branislav mantinham contato direto com o empreiteiro Marcelo Odebrecht "a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo ex-presidente".

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) vetou a decisão do juiz Sérgio Moro de obrigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria que comparecer em todas as 87 audiências das testemunhas de defesa arroladas pelos seus advogados. A justificativa de Moro é que o número apresentado parecia “bastante exagerado”. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (4), pelo site do ex-presidente. 

Na nota publicada pelos advogados de Lula, é destacado que o TRF4 deferiu a liminar para dispensá-lo de estar presente em todas as audiências. “Segundo o juiz convocado Nivaldo Brunoni, que proferiu a decisão, não parece ser razoável exigir-se a presença do réu em todas as audiências de oitiva das testemunhas arroladas pela própria defesa, sendo assegurada a sua representação exclusivamente pela sua defesa técnica”, explica uma parte do documento. 

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Quando Moro tomou essa decisão, em meados de abril, ele chegou a dizer que convocou Lula para ouvir todas elas pela “insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes”. 

O líder-mor petista irá prestar mais um depoimento para Moro na próxima quarta-feira (10). A oitiva vai acontecer em Curitiba, no Paraná, às 14h. O assunto tratado será sobre o caso do triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo.

Cristiano Zanin Martins, um dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi uma das testemunhas apresentadas nessa quarta-feira (5) pela defesa da ex-primeira dama do Rio Adriana Ancelmo para depor ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Ela é acusada de integrar o esquema de corrupção que seria chefiado pelo marido, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

Por videoconferência, Zanin assegurou ter trabalhado com o Ancelmo Advogados, escritório de Adriana, de 2015 a 2017.

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"Tivemos um cliente comum, a Fecomércio-RJ, entidade de grande porte e com destaque no Estado do Rio, que tem litígio de grande proporção com entidade correlata, o que envolve diversos processos", declarou Martins, em depoimento. "Tínhamos discussões sobre o exercício da advocacia. Participo desse grupo de advogados que defende esse cliente." Segundo ele, havia ações na Justiça estadual e na federal do Rio e recursos no Tribunal Regional Federal da 2ª Região e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Outro advogado, Marcelo Rossi Nobre, também foi convocado para depor em defesa da colega.

Um dos principais objetivos dos defensores é demonstrar que o Ancelmo Advogados não é um escritório de fachada. O Ministério Público Federal diz que, por meio da simulação de serviços prestados pela banca, era lavado dinheiro proveniente de corrupção. A defesa de Adriana Ancelmo nega irregularidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Convocado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) como testemunha de defesa, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), informou ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, que pode responder aos questionamentos "por escrito". Em ofício ao magistrado, Eunício afirmou que "não tem conhecimento dos fatos" da ação penal que acusa Cabral e outros 12 investigados por corrupção e lavagem de dinheiro de obras do governo do estado que receberam recursos federais a partir de 2007.

"Senhor Juiz, em atenção à solicitação contida no Ofício nº 044.000329-5/2017, de 20 de março de 2017, informo a Vossa Excelência que não tenho conhecimento dos fatos objeto do processo nº 0509503-57.2016.4.02.5101 (2016.51.01.5095039), para eventualmente poder colaborar com o seu esclarecimento, na qualidade de testemunha", anotou o presidente do Senado. "Outrossim, caso Vossa Excelência entenda necessário meu depoimento, solicito a transmissão das respectivas perguntas, por ofício, para a apresentação da minha resposta por escrito, nos termos que me faculta o artigo 221, parágrafo 3.º do Código de Processo Penal", completa.

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Sérgio Cabral foi preso em 17 de novembro na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que desvendou esquema milionário de propinas atribuído ao peemedebista.

Neste processo, o Ministério Público Federal apontou para seis obras nas quais teria havido "acerto de propina" no esquema atribuído a Sérgio Cabral: expansão do Metrô de Copacabana, reforma do Maracanã para os Jogos Pan-Americanos de 2007, construção do Mergulho de Caxias, urbanização no Complexo de Manguinhos - PAC Favelas, construção do Arco Metropolitano e reforma do Maracanã para a Copa de 2014.

Segundo a Procuradoria, a contratação das obras do PAC Favelas, do Arco Metropolitano e do Maracanã foi realizada "mediante a prática de crimes de cartel e fraude à licitação, com acerto prévio dos vencedores, através de determinação ou anuência do governador Sérgio Cabral e dos secretários Wilson Carlos e Hudson Braga".

O executivo Marcelo Odebrecht desistiu de chamar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como sua testemunha de defesa em uma das ações na qual é réu na Lava Jato. O depoimento da petista estava previsto para a próxima sexta-feira, 24, mas os advogados de Marcelo comunicaram a desistência ao juiz Sérgio Moro na sexta-feira passada, 17.

A defesa do executivo, que fez delação premiada e deve deixar a prisão no final do ano, não informou os motivos que levaram a desistir da ex-presidente como testemunha. Em janeiro, o empreiteiro já havia desistido de 15 testemunhas arroladas inicialmente, incluindo o ex-ministro Guido Mantega e a ex-presidente da Petrobras Graça Fostes.

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No começo deste mês, o ex-presidente da maior empreiteira do País depôs ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014, por abuso de poder político e econômico.

Na ocasião, em um depoimento sigiloso, ele afirmou que 4/5 dos recursos destinados pela empresa para a campanha da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer tiveram como origem o caixa 2. Segundo relatos, Marcelo afirmou que a petista tinha dimensão da contribuição e dos pagamentos, também feitos por meio de caixa 2, ao então marqueteiro do PT, João Santana. A maior parte dos recursos destinados ao marqueteiro era feita em espécie.

O valor acertado para a campanha presidencial da chapa reeleita foi de R$ 150 milhões. Deste total, de acordo com o empresário, R$ 50 milhões eram uma contrapartida à votação da Medida Provisória do Refis, encaminhada ao Congresso em 2009, e que beneficiou a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht e que atua na área de química e petroquímica.

Palocci

Nesta ação penal em que Marcelo desistiu de Dilma como testemunha, a Procuradoria da República acusa o ex-ministro Palocci de atuar para favorecer a Odebrecht no governo federal e aponta que, graças ao ex-ministro, a empreiteira teria se beneficiado e vencido uma licitação de 2011 para a construção de seis sondas de exploração do pré-sal no valor de R$ 28 bilhões.

Além de Marcelo Odebrecht e Palocci, que respondem por corrupção e lavagem de dinheiro, outros 13 réus respondem a essa ação penal em Curitiba.

Não é a primeira vez que o empresário chama Dilma e Mantega para depor em sua defesa. Em maio ele já havia incluído a petista e o ex-ministro em outra ação penal, mas também acabou desistindo.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu de ouvir o ex-presidente do Senado e líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL) como testemunha de defesa do petista na Lava Jato em Curitiba. O depoimento estava previsto para esta quarta-feira (15). O pedido de desistência foi protocolado ao juiz Sérgio Moro na tarde de terça-feira (14) e acatado pelo juiz da Lava Jato no mesmo dia. Com isso, por ora, o peemedebista não precisará depor a Moro.

Na solicitação, a defesa de Lula alega que o parlamentar não acrescentaria nada em relação ao que já foi dito por outras testemunhas do petista. Para os advogados, um eventual depoimento de Renan "versaria sobre questões que já foram esclarecidas por outras testemunhas e documentos carreados aos autos". O depoimento do senador já estava marcado, mas com a mudança de decisão, os advogados do ex-presidente avisaram o parlamentar.

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A defesa de Lula arrolou dezenas de testemunhas do mundo político e que participaram de seu mandato presidencial, como o atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, para tentar desconstruir a tese da Lava Jato de que o petista teria chefiado um esquema de corrupção a partir do loteamento político de estatais para seus aliados. A defesa alega que o ex-presidente não tinha conhecimento nem interferência nos desvios da Petrobras que foram revelados pela Lava Jato.

Apesar da desistência, o juiz da Lava Jato ouve nesta quarta-feira, 15, outras cinco testemunhas arroladas pela defesa do ex-presidente, incluindo o ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro, por videoconferência de Brasília, o ex-ministro investigado no mensalão Walfrido Mares Guia e até o ex-diretor da PF Paulo Lacerda.

Os defensores de Lula chamaram estas testemunhas para depor na ação em que o ex-presidente é acusado pela Lava Jato de receber R$ 3,7 milhões em propinas da OAS no esquema de corrupção na Petrobras, entre 2006 e 2012. A Procuradoria da República aponta que este valor teria sido repassado por meio de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e do armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse não ter presenciado nada "ilícito ou ilegal" durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi presidente do Banco Central. Meirelles também afirmou que sua relação com parlamentares se restringia a depoimentos em comissões e não teve conhecimento sobre compra de apoio no Congresso Nacional.

As declarações foram dadas em depoimento por videoconferência ao juiz Sérgio Moro, em ação penal no âmbito da Lava Jato, que investiga supostos crimes de lavagem de dinheiro do ex-presidente. O vídeo do depoimento foi divulgado nos autos do processo.

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No vídeo, Meirelles é questionado apenas pela defesa do ex-presidente. Moro não fez nenhuma pergunta e chegou a brincar que teria questionamentos econômicos, mas que aquela não era a ocasião apropriada para fazê-los.

A defesa de Lula perguntou se o ministro, enquanto presidente do Banco Central, identificou alguma prática indevida, como, por exemplo, Lula comandar um esquema de corrupção no governo. "Minha relação com o presidente era totalmente focada em assuntos do Banco Central ou de política econômica. Nunca vi ou presenciai nada que pudesse ser identificado como ilícito ou ilegal", afirmou.

Os advogados de Lula também perguntaram a Meirelles se, no contato com parlamentares para cumprir funções do Banco Central, ele teria tomado conhecimento de algum dado que pudesse indicar que o governo estaria promovendo a compra de apoio para expandir sua base no Congresso.

Meirelles respondeu que a relação dele com o Parlamento se restringia a depoimentos em comissões e à prestação de contas do BC ao Senado. Sob seu comando, reforçou, a autoridade monetária não se envolveu em políticas de governo ou na relação com parlamentares.

"Não tive conhecimento (sobre compra de apoio), porque minhas presenças no Congresso diziam respeito exclusivamente a assuntos do BC. Para ser mais preciso, pode ter havido algum parlamentar que pediu audiências ao BC para mencionar situação específica de interesse do Banco Central, mas não tive nenhum tipo de conhecimento ou interação com outros assuntos que não fossem do BC", afirmou Meirelles.

A defesa de Lula insistiu no questionamento sobre se Meirelles teve conhecimento de fato que indicassem a presença de uma estrutura criminosa no governo chefiada diretamente pelo ex-presidente. "Não tive acesso a nenhuma informação sobre isso, me limitava aos assuntos do BC", repetiu o ministro.

Independência

Meirelles confirmou ainda que Lula cumpriu a promessa de dar independência operacional a ele na presidência do Banco Central, cargo em que permaneceu durante todo o período que compreende os dois mandatos do petista (2003-2010). "Independente de desacordos que tive com outros membros do governo e outros ministros, sempre tomei decisões no BC de forma independente e o presidente Lula me manteve no cargo", relatou.

Resultados econômicos

O ministro também foi perguntado sobre os resultados econômicos do governo Lula e avaliou que o grande fator daquele período foi a estabilização da inflação e da economia, com a queda dos custos financeiros e dos juros para as empresas. "Isso levou ao aumento do crédito e do crescimento. Paralelamente, o governo adotou políticas de cunho social para complementar a renda da população mais necessitada", afirmou.

Pergunta impugnada

A defesa de Lula ainda chegou a perguntar se, na avaliação de Meirelles, o governo Lula teria trazido benefício para o País, e não benefícios próprios para pessoas do governo, mas essa pergunta foi impugnada pelo juiz Sérgio Moro, que disse não "ser apropriado fazer propaganda política" no depoimento.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff, além dos líderes internacionais Kjell Stefan Löfven (Suécia), François Hollande e Nicolas Sarkozy (França), como testemunhas do petista na ação penal que tramita na 10ª Vara Federal de Brasília. A Procuradoria da República acusa Lula, nesse processo, de agir para influenciar a compra de 36 caças suecos Gripen, no governo Dilma.

Em nota, os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, que defendem o ex-presidente, afirmam que os argumentos apresentados pelo Ministério Público Federal são uma "prova irrefutável" de "lawfare" - uso indevido de recursos jurídicos para fins de perseguição política.

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"(...) Essa ação assenta-se na esdrúxula tese de que Lula teria permitido que o escritório Marcondes e Mautoni 'vendesse' sua influência sobre decisões da então presidente Dilma Rousseff", diz o texto assinado por Martins e Teixeira. "A primeira atuação com esse formato teria ocorrido em relação à compra dos caças suecos Gripen e a segunda, em relação à sanção presidencial da lei proveniente da Medida Provisória 627/2013".

Em dezembro do ano passado, Lula, o filho mais novo dele, Luís Cláudio, e o casal Mauro Marcondes e Cristina Mautoni foram denunciados por "negociações irregulares" que levaram à aquisição dos 36 caças do modelo Gripen e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos, por meio de uma Medida Provisória.

Os advogados chamaram os testemunhos de Fernando Henrique e Dilma para que os dois esclareçam como funciona uma compra internacional de equipamentos militares. A negociação dos caças começou a ser feita ainda no governo do PSDB (1995-2002), mas só foi concluída na gestão Dilma. Os defensores de Lula argumentam que, desde 2010, a Força Aérea Brasileira (FAB) já entendia que os aviões suecos, e não os franceses, seriam os melhores para o Brasil.

É nessa circunstância que o primeiro-ministro da Suécia, Kjell Stefan Löfven, foi convocado pela defesa de Lula para depor. Na avaliação de Martins e Teixeira, o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy e o atual mandatário daquele país, François Hollande, também podem contar aos procuradores por que as tratativas com o Brasil para a venda dos caças não foram concretizadas.

O Ministério Público Federal acusa Lula de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. "Além de vícios processuais relevantes, demonstramos que Lula jamais soube e muito menos autorizou que a Marcondes e Mautoni usasse o seu nome, especialmente para fins negociais", sustentam os advogados do petista. "Não há, aliás, qualquer prova de que isso tenha ocorrido."

Pai e filho, donos de um dos maiores impérios empresariais do Brasil, foram intimados para depor perante o juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Agora delatores, Emílio Odebrecht, patriarca do grupo, e seu filho Marcelo Bahia Odebrecht - preso desde 19 de junho de 2015 - vão falar ao juiz da Lava Jato nos dias 13 de março e 10 de abril, respectivamente.

Os dois foram chamados na ação penal da Lava Jato em Curitiba na qual o ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) é acusado de atuar para favorecer os interesses da Odebrecht junto ao governo federal na contratação de sondas de exploração do pré-sal com a Petrobrás.

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Nesta mesma ação o próprio Marcelo também é réu.

Emílio foi chamado pelo filho para depor como sua testemunha de defesa e será ouvido na próxima segunda-feira, 13, por meio de videoconferência com a Justiça Federal em São Paulo. Já Marcelo Odebrecht será ouvido como réu - em seu interrogatório, poderá se manifestar pessoalmente sobre a s acusações da Procuradoria da República que lhe atribui, e também a Palocci e a outros 11 investigados, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Por lei, Emílio poderia não falar nada que implicasse seu filho em irregularidades. Como fez a delação premiada, contudo, o executivo será obrigado a contar o que sabe sobre os episódios apontados pelo Ministério Público Federal na acusação que atinge, além de Marcelo, os ex-executivos da empreiteira Hilberto Mascarenhas, Luiz Eduardo Soares e Olívio Rodrigues Junior, que supostamente lavava dinheiro de propina para a empreiteira.

Audiência

Não será a primeira vez que Marcelo Odebrecht ficará frente a frente com Moro. Em 30 de outubro de 2015 ele foi interrogado pelo juiz da Lava Jato na audiência da primeira ação penal que respondeu na Justiça Federal em Curitiba acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo o esquema de corrupção da Petrobras.

Na ocasião, Odebrecht ainda não tinha decidido fazer um acordo de colaboração premiada e afirmou que não cabia a ele "responder pela construtora (Norberto Odebrecht)".

Para evitar falar durante a audiência, sua defesa havia encaminhado também por escrito 60 perguntas e respostas sobre a acusação da Lava Jato contra ele, e, ao ser indagado pelos investigadores e por Moro, reiterava que tudo que havia dito sobre o caso estava no material por escrito.

Nesta primeira ação ele acabou condenado a 19 anos e quatro meses de prisão no dia 8 de março de 2016.

No dia 22 daquele mês a empreiteira anunciou que faria uma "colaboração definitiva" com as autoridades. Naquele dia foi deflagrada a Operação Xepa - 26.ª fase da Lava Jato e que tinha como alvo o Setor de Operações Estruturadas, nome formal do "Departamento da Propina" da empreiteira.

Agora com a delação homologada ele se encontrará novamente com o juiz Moro, desta vez sob compromisso de contar o que sabe.

O juiz federal Sérgio Moro enviou um ofício ao governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), para que ele escolha uma data para depor como testemunha de defesa de seu antecessor Sérgio Cabral, também peemedebista. Pezão foi vice de Cabral. Ele pode optar por três datas e horários: 6 de abril, às 16h, 11 de abril, às 14h, ou 17 de abril, às 11h.

O governador fluminense vai falar por videoconferência da Justiça Federal do Rio. O ofício foi enviado na sexta-feira (3). Pezão tem cinco dias para escolher uma data.

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Cabral está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu 8, desde novembro do ano passado. O ex-governador foi detido na primeira fase da operação Calicute em seu apartamento, no Leblon (zona sul). Segundo os investigadores, Cabral era o líder de um grupo criminoso que angariava propina junto a empreiteiras contratadas por sua administração.

O ex-governador responde a ações penais na 13ª Vara Federal em Curitiba e na 7ª Vara Federal no Rio. Na ação em que Pezão vai depor, Sérgio Cabral é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em ação conduzida por Moro.

A Procuradoria da República acusa o peemedebista por propina de pelo menos R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011, referente às obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), da Petrobrás.

Neste processo também são réus outros seis investigados, inclusive, a mulher de Cabral, a advogada Adriana Ancelmo. Os outros cinco acusados são: Carlos Miranda, apontado como o "homem da mala" do ex-governador; os executivos da Andrade Gutierrez Clóvis Renato Numa Peixoto Primo e Rogério Nora de Sá; o ex-secretário do Governo Cabral, Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, e sua mulher Mônica Araújo Macedo Carvalho.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu do testemunho do senador Romero Jucá (PMDB-RR), na Operação Lava Jato. Em ofício anexado aos autos da ação penal, às 21h37, dessa segunda-feira (6) que responde na 13ª Vara Federal, em Curitiba, a defesa do petista afirmou que o depoimento de Jucá "versaria sobre questões que já foram esclarecidas por outras testemunhas e documentos carreados aos autos".

Nesta ação, Lula é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As suspeitas contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016.

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A audiência de Jucá estava marcada para às 9h30 desta terça-feira, 7, por meio de videoconferência. Jucá foi líder do governo Lula no Senado. O senador é o atual líder da gestão Michel Temer na Casa.

Em outro ofício, os advogados do petista desistiram de mais cinco testemunhas que falariam por videoconferência. Os depoimentos do general Marco Edson Gonçalves Dias e do brigadeiro Rui Chagas Mesquita, estavam marcados para esta terça, às 9h30.

A audiência do ex-ministro Gilberto Carvalho estava agendada para quarta-feira, 8, de Letícia Archur Antonio e de Antonio Luis Costa, para quinta, 10, do ex-presidente do PT Ricardo Berzoini e do deputado federal Henrique Fontana Junior (PT-RS) para quarta-feira da semana que vem, dia 15 de março.

O juiz federal Sérgio Moro ouviu nesta terça-feira (21) as testemunhas de defesa dos sete acusados na ação penal da Operação Lava Jato que envolve o caso do triplex no Guarujá, litoral paulista, e no qual há sete réus, sendo um deles o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os depoimentos foram colhidos por videoconferência na Justiça Federal de São Paulo e começaram por volta das 9h30.

Foram ouvidos Lauro Gomes Ladeia, que trabalhou na OAS Empreendimentos de 2009 a 2015; Carlos Alberto Innocêncio, arrolado pela defesa do ex-diretor da OAS Empreendimentos, Roberto Moreira Ferreira; Carlos Fernando Heckmann Júnior, também arrolado pela defesa de Ferreira; Fernando Hiroyuki Inoshita, arrolado pela defesa do ex-presidente da OAS Empreendimentos, Fábio Hori Yonamine; Otávio Santos Lima, arrolado pela defesa de Roberto Moreira Ferreira; André Santana Cerqueira, que trabalhou na área de planejamento financeiro da OAS Empreendimentos, de 2009 a 2015, na defesa de Fábio Hori Yonamine.

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No período da tarde foram ouvidos, em São Bernardo do Campo, a testemunha de defesa arrolada por Lula, Valmir Moraes da Silva; e de defesa de Paulo Okamoto, Sérgio Aparecido Nobre. Os depoimentos por videoconferência começaram às 16h.

A denúncia contra Lula foi aceita em setembro do ano passado e a partir da acusação de que o ex-presidente recebeu R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a OAS e a Petrobras. O Ministério Público Federal alega que os valores foram repassados a Lula por meio da reforma de um apartamento no Guarujá e do pagamento do armazenamento de bens de Lula como presentes recebidos no período em que era presidente.

O ex-presidente é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em outra ação ele responde pela compra de um terreno para a construção da sede do Instituto Lula em São Bernardo do Campo.

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