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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que será preso nesta terça-feira, 21, e convocou protestos, ante uma possível acusação pelo pagamento pelo silêncio de uma atriz pornô antes das eleições de 2016. Se for acusado pela Justiça do estado de Nova York, Trump se tornará o primeiro ex-presidente americano acusado de um crime e suas aspirações de se tornar o candidato presidencial republicano para as eleições de 2024 serão complicadas.

A investigação liderada pelo procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, se concentra em um pagamento de US$ 130 mil feito duas semanas antes da eleição presidencial de 2016, vencida por Trump, a uma atriz pornô conhecida como Stormy Daniels.

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O dinheiro era destinado, supostamente, a impedir Stormy, cujo verdadeiro nome é Stephanie Clifford, de revelar um relacionamento que diz ter tido com Trump alguns anos antes.

Trump será acusado?

A decisão de apresentar ou não acusações cabe ao promotor Alvin Bragg. Ele montou o grande júri para investigar se havia provas suficientes para iniciar um processo, e ele é o único que sabe se - ou quando - uma acusação será anunciada.

Na semana passada, os advogados de Trump disseram que o ex-presidente teve a chance de comparecer perante o grande júri, o que é considerado um sinal de que a investigação está perto de terminar.

Trump negou repetidamente um caso com Daniels e alega que a investigação teve motivação política. Daniels se reuniu com os promotores na quarta-feira e "concordou em estar disponível como testemunha ou para uma maior investigação, se necessário", segundo seu advogado Charles Brewster.

O que acontece em seguida?

Se ele for acusado, os advogados de Trump indicaram que a prisão do ex-presidente seguiria o procedimento padrão. Isso significa que ele viajaria de sua casa em Mar-a-Lago, na Flórida, para comparecer ao tribunal da cidade de Nova York, fornecer impressões digitais e fotos.

Dada a natureza histórica de tal movimento e as preocupações de segurança envolvidas, a maneira como isso se desenrolaria é incerta - e provavelmente seria objeto de negociação entre a promotoria e a equipe de defesa de Trump.

Assim que o caso for registrado e um juiz for selecionado, outros detalhes entrarão em vigor, como o horário do julgamento e possíveis restrições de viagem e requisitos de fiança para o réu.

O pagamento a Daniels, se não for devidamente contabilizado, pode resultar em uma acusação de um crime menor relacionado com falsificação de registros comerciais. Isso pode ser considerado um crime grave se a contabilidade falsa tiver sido usada para acobertar um segundo crime, como uma violação de financiamento de campanha, informou o jornal The New York Times.

A condenação por contravenção resultaria em multa. Se Trump for condenado pela acusação criminal, ele enfrentará uma pena máxima de quatro anos de prisão, embora alguns especialistas jurídicos prevejam que uma multa é mais provável, e qualquer tempo atrás das grades é altamente improvável.

Um grande júri em Nova York, que examina a evidência apresentada pelos promotores para decidir se a apresentação de acusações é justificada, tem ouvido testemunhas no caso de Trump. Na segunda-feira, os membros do júri ouviram o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, que efetuou o pagamento a Daniels. Cohen foi condenado a três anos de prisão em 2018 por acusações federais relacionadas ao pagamento, mas se declarou culpado e disse que apenas estava seguindo as ordens do ex-presidente.

Como estão as previsões de protestos?

"O principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos da América será preso na terça-feira da próxima semana. Protestem, recuperem nossa nação!", declarou Trump em sua rede social Truth Social, em terceira pessoa e com letras maiúsculas.

A Casa Branca afirmou no domingo que está monitorando o surgimento de possíveis protestos caso Trump seja preso. "Sempre controlamos a situação da melhor maneira possível. E obviamente não queremos que haja violência, certamente não ao extremo do que vimos em 6 de janeiro de 2021", disse à emissora Fox um dos porta-vozes da Presidência dos EUA, John Kirby.

A mensagem de Trump utiliza uma retórica que lembra a usada por ele nos dias prévios ao ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021, quando também convocou seus apoiadores a se manifestarem contra os resultados das eleições em que foi derrotado por Joe Biden.

"Estamos monitorando isso e, claro, vamos monitorar de perto", disse Kirby sobre esses possíveis protestos, enfatizando que trabalham "de mãos dadas" com as autoridades locais e estatais em todo o país.

O ex-presidente baseou suas informações em "vazamentos ilegais de uma procuradoria corrupta e altamente politizada de Manhattan que permitiu que novos recordes fossem estabelecidos em crimes violentos e cujo líder é financiado por George Soros".

Perspectivas para 2024

Trump enfrenta várias investigações criminais nos níveis estadual e federal por possíveis irregularidades antes, durante e depois de seu mandato (2017-2021). Na Geórgia, um promotor está investigando as tentativas de Trump e de seus aliados de anular a derrota eleitoral do magnata nas eleições de 2020 nesse estado do sul do país.

Investigação diz respeito ao envolvimento do ex-presidente em seu papel no pagamento de suborno a uma atriz pornô com quem supostamente teve um caso

O republicano também é alvo de uma investigação federal sobre a gestão de documentos sigilosos, assim como seu possível envolvimento na violenta invasão do Capitólio em janeiro de 2021.

Alguns analistas acreditam que uma acusação é um mau presságio para as chances de Trump em 2024, enquanto outros especulam que isso poderia, pelo contrário, beneficiá-lo. "A prisão garante a indicação de Donald Trump", tuitou o estrategista político Rick Wilson, afirmando que a base republicana o apoiará.

O bilionário Elon Musk, dono da empresa de carros elétricos Tesla e autodenominado libertário alinhado com posições republicanas, foi ainda mais longe. "Se isso acontecer, Trump será reeleito com uma vitória esmagadora", escreveu ele no Twitter. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Nos Estados Unidos em visita oficial à Casa Branca, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista à CNN Internacional que o ex-presidente Jair Bolsonaro é uma cópia fiel do ex-presidente americano Donald Trump e não tem "chance nenhuma" de voltar à Presidência da República. "O Brasil aos poucos vai se encontrando e a democracia vai prevalecer", declarou.

Em um aceno a quem não o apoiou nas eleições mais acirradas desde a redemocratização, Lula diz estar convencido que nem todo mundo que votou em Bolsonaro é bolsonarista. "Vamos ter eleições nos Brasil depois das eleições nos Estados Unidos, vamos ver como a coisa vai acontecer aqui. Aqui tem divisão muito marcada, como tem no Brasil, democratas e republicanos estão muito divididos. É ame-o ou deixe-o", avaliou. As eleições americanas são no ano que vem e Trump deve disputar contra Biden.

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Na entrevista, Lula chamou Trump de "desumano". "Jamais a gente imaginaria que, no país que é da democracia, alguém pudesse invadir o Capitólio", afirmou, sobre o episódio de janeiro de 2021.

A Trump Organization foi condenada nesta sexta-feira (13), em Nova York, a pagar uma multa de até 1,6 milhão de dólares por fraude fiscal e financeira, disse o procurador de Manhattan em um comunicado.

O grupo do magnata republicano Donald Trump, que pretende se candidatar às eleições presidenciais de 2024, foi julgado por evasão fiscal e falsificação de declarações contábeis, com o objetivo de ocultar do fisco as compensações financeiras de alguns diretores.

Trata-se do primeiro caso penal para a corporação familiar do ex-presidente (2017-2021), que inclui clubes de golfe, hotéis de luxo e propriedades imobiliárias.

A Trump Organization espera um julgamento civil ainda maior em 2023 sobre um caso diferente de fraude financeira.

"Hoje, as empresas do ex-presidente Trump foram multadas com as penas máximas permitidas por lei depois de condenações históricas por um total de 17 crimes graves", disse o procurador Alvin Bragg em comunicado.

Duas empresas do grupo, Trump Corporation e Trump Payroll Corporation, foram acusadas de ter concedido benefícios financeiros ou em espécie a altos executivos, escondendo-os das autoridades fiscais para evitar o pagamento de impostos, entre 2005 e 2018.

Entre eles está um ex-diretor financeiro histórico da companhia, Allen Weisselberg, muito próximo de Trump, que se declarou culpado de 15 acusações e foi sentenciado na terça-feira, pelo mesmo caso, a cinco meses de prisão e a pagar uma multa de mais de 2 milhões de dólares.

Quando foi anunciada a sua sentença, Weisselberg, de 75 anos e que começou a trabalhar como contador para o pai de Trump em 1973, saiu algemado para cumprir sua pena na prisão de Rikers Island.

Donald Trump fez um "grande anúncio" nesta quinta-feira (15), apresentando uma série de cartões digitais com sua imagem, ao preço de US$ 99 cada.

Em mensagem em sua própria rede, a Truth Social, o ex-presidente dos Estados Unidos anunciou a coleção de NFTs (tokens não fungíveis, em português) de Donald Trump, um modelo bem conhecido dos fãs de beisebol, segundo ele, mas "muito mais emocionante".

Na quarta-feira (14), o republicano havia publicado esta mensagem enigmática: "A América precisa de um super-herói. Amanhã farei um grande anúncio".

Os cartões serão "incríveis criações artísticas sobre a minha vida e a minha carreira", prometeu o bilionário, pré-candidato à corrida presidencial de 2024.

No "card" exibido por ele, sua figura está em um ringue de boxe, com as mãos na cintura, de macacão vermelho e com um cinto que diz "Trump Champion" (Trump Campeão). Tudo isso com a bandeira americana como pano de fundo.

"Apenas US$ 99 cada! Uma grande ideia de presente de Natal. Corram! Acho que vão acabar muito rápido", disse o ex-presidente.

Um estudo liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que o mundo teve 14,8 milhões de mortes em excesso entre 2020 e 2021 causadas pela pandemia de Covid-19, cerca de três vezes mais do que as atuais estatísticas oficiais apontam, que é de cerca de 5,4 milhões.

O relatório foi publicado na revista científica "Nature" nesta quarta-feira (14) e segue estimativas anteriores feitas por outras pesquisas.

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O levantamento incluiu todas as mortes colaterais da crise sanitária, incluindo aquelas que ocorreram, por exemplo, pela interrupção dos serviços médicos por conta da superlotação provocada pelos casos de Covid-19. Por isso, o cálculo é bastante complicado de ser feito por conta das diferenças existentes entre as nações no mundo.

Os pesquisadores, liderados por William Msemburi, avaliaram as "mortes em excesso" comparando com os dados de óbitos nos anos anteriores. O termo em si significa todas as mortes que ocorrem por conta de uma situação inesperada, como no caso de grandes desastres naturais, guerras ou pandemias.

O processo para chegar aos números requer uma série de modelos matemáticos para poder calcular quantos seriam os falecimentos "esperados" para cada nação se não houvesse uma crise sanitária dessa proporção. Assim, é possível também preencher possíveis buracos nos cálculos.

Por exemplo, apenas 37% dos países no mundo têm dados completos sobre a mortalidade nos dois anos analisados. Os demais, sobretudo na África, não tem informações totais do tipo.

Por isso, também criaram cenários de mínima e máxima para o estudo.

Os resultados indicam que a Covid-19 pode ter sido responsável pela morte de 13,3 milhões a 16,6 milhões de pessoas em todo o mundo. Em particular, os dados apontam que a mortalidade em excesso em 2020 foi de cerca de 4,4 milhões de pessoas e de 10,4 milhões em 2021.

Quatro em cada cinco mortes em excesso ocorreram nos países de média renda, com alguns da América Latina entre os mais atingidos. Já as nações mais pobres têm um número menor de óbitos sobretudo porque representam apenas 9% da população mundial e tem mais jovens, em média, do que os países de alta renda.

Da Ansa

O teórico da conspiração americano Alex Jones ganhou milhões de dólares com discursos carregados de "fake news" que ajudaram na venda de produtos, como estimulantes do desejo sexual, explorando um ecossistema na Internet que, segundo especialistas, fazem da desinformação um lucrativo negócio.

Fundador do site de extrema direita InfoWars, Jones foi condenado a pagar quase US$ 1,5 bilhão em danos por afirmar que o massacre de 2012 em uma escola de ensino fundamental de Connecticut, que deixou 20 crianças em idade escolar e seis adultos mortos, era uma "farsa".

Casos de difamação no Texas e em Connecticut contra Jones colocaram o foco na busca de frear a desinformação que circula na Internet, onde o conteúdo falso e incendiário em geral se espalha mais rápido, gera mais público e mais receita do que a verdade.

“O atual modelo de negócios na Internet consiste em construir um público e depois monetizá-lo por meio de anúncios, vendas de produtos, ou doações diretas”, disse à AFP Danny Rogers, cofundador da organização sem fins lucrativos Índice Global de Desinformação.

"Alex Jones aperfeiçoou esse modelo vendendo as narrativas mais antagônicas na forma de virulentas teorias conspiratórias e de raiva desenfreada, construindo um público receptivo e, depois, explorando seu público para se beneficiar", acrescentou.

De novo no centro das atenções esta semana quando o rapper Kanye West falou em seu programa sobre sua admiração por Adolf Hitler, Jones fez fortuna com o que os especialistas dizem ser uma mistura bem-sucedida de teorias conspiratórias e marketing em seu site InfoWars.

Jones promoveu suplementos masculinos, produtos para perda de peso e potencializadores de testosterona, enquanto afirmava que o governo feminilizou os homens, ou tornou-os gays usando poluentes químicos.

Ele acusa o governo de colocar flúor, deliberadamente, na água potável, enquanto vende creme dental sem esse componente em sua loja on-line.

Seu público, segundo ele, conseguirá sobreviver a vários cenários apocalípticos com produtos que podem ser adquiridos em sua loja, como comida para armazenar, coletes blindados e até itens para armas caseiras.

- Falência -

O valor de sua fortuna não é claro, mas um economista forense testemunhou, durante o julgamento no Texas, que o patrimônio líquido combinado de Jones e da Free Speech Systems – a empresa por trás da Infowars – estava possivelmente entre US$ 135 milhões e US$ 270 milhões.

Esta semana, Jones entrou com pedido de falência pessoal em seu estado natal, o Texas, alegando que seus passivos excediam em muito seus ativos. Em abril, já havia declarado falência da InfoWars e, em julho, da Free Speech Systems.

No mês passado, citando registros financeiros, o jornal americano The Washington Post noticiou que Jones transferiu milhões de dólares da Free Speech Systems para empresas controladas por ele, ou seus familiares.

Famílias de vítimas do tiroteio de 2012 na escola de Sandy Hooks em 2012 denunciaram que Jones estava tentando esconder sua fortuna para evitar o pagamento da indenização que um júri de Connecticut estabeleceu em US$ 965 milhões em outubro. Posteriormente, um juiz ordenou o pagamento de mais US$ 473 milhões.

Uma jornalista que alega que Donald Trump a estuprou na década de 1990 apresentou um processo atualizado, nesta quinta-feira (24), com base em uma nova lei que protege vítimas de abuso sexual décadas depois do ocorrido.

Os advogados de E. Jean Carroll agiram minutos depois da entrada em vigor da lei do estado de Nova York que permite que as vítimas processem seus agressores sem prazo de prescrição.

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Carroll, de 78 anos, iniciou uma ação civil federal contra Trump por difamação em novembro de 2019, processo que está em curso. As duas partes prestaram depoimentos a um juiz em outubro.

A nova ação judicial de Carroll, escritora e ex-colunista da revista Elle, acusa Trump de agressão, “quando a estuprou e a apalpou à força”, e de difamação em uma publicação em sua rede Truth Social no mês passado, em que negou as alegações.

A autora busca reparação por danos compensatórios e punitivos não especificados por prejuízos psicológicos, dor e sofrimento, perda de dignidade e danos à sua reputação.

O processo anterior está previsto para a ir a julgamento no início de 2023. O juiz pode decidir incluir as novas reivindicações.

Caroll fez sua primeira denúncia em um livro de 2019, afirmando que o ex-presidente americano havia a estuprado em um provador da Bergdorf Goodman, uma luxuosa loja em Nova York, no fim de 1995 ou começo de 1996.

Mas até a entrada em vigor da Lei de Sobreviventes Adultos de Nova York, nesta quinta, ela não podia apresentar a ação por agressão devido à data em que teria ocorrido.

Trump disse se tratar de uma “mentira total”, argumentando que sequer conhecia Carroll e que ela não era “seu tipo”.

A advogada do magnata republicano no caso, Alina Habba, afirmou que respeita e admira quem está usando a nova lei, mas que “este caso, infelizmente, é um abuso do propósito” da medida.

Em e-mail à AFP, Habba disse que “cria um precedente terrível que corre o risco de deslegitimar a credibilidade das vítimas reais”.

Em sua denúncia atualizada, a jornalista reiterou que se manteve em silêncio por mais de 20 anos por medo de represálias, mas mudou de ideia após o surgimento do movimento #MeToo em 2017.

O jornal The Washington Post, dos Estados Unidos, afirmou que Eduardo Bolsonaro se encontrou com Donald Trump e que o ex-presidente americano teria aconselhado a família a contestar o resultado da eleição no Brasil. Em reportagem publicada nesta quarta-feira, 23, o Post diz que a reunião do "filho 03" do presidente Jair Bolsonaro (PL) com Trump aconteceu no 'Mar-a-Lago', resort de luxo que pertence ao republicano em Palm Beach, na Flórida, depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Steve Bannon, ex-estrategista de Trump que já foi preso e recentemente condenado por obstruir a investigação sobre o ataque de 2021 ao Capitólio, confirmou que conversou com Eduardo Bolsonaro no Estado do Arizona. Bannon declarou ao Post que o assunto foi "a força das manifestações pró-Bolsonaro e potenciais desafios sobre o resultado eleitoral no Brasil".

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A reportagem, assinada pelas jornalistas Elizabeth Dwoskin e Gabriela Sá Pessoa, aponta que aliados e conselheiros do atual chefe do Executivo estão divididos sobre os "próximos passos". Enquanto alguns recomendam a contestação imediata do resultado, outros querem "uma guerra global em defesa da liberdade de expressão".

Alegação de censura

Jason Miller, ex-assessor de Trump, também confirmou que almoçou com o deputado Eduardo Bolsonaro na Flórida e que eles discutiram "a censura digital e a liberdade de expressão". Outros encontros de aliados próximos de Bolsonaro com conselheiros políticos de Trump vêm ocorrendo, além de ligações, segundo a notícia, intitulada "Trump auxilia Bannon e Miller a aconselhar os Bolsonaro nos próximos passos" - em tradução livre.

O Post procurou Donald Trump e Eduardo Bolsonaro para comentar a reportagem, mas nenhum dos dois respondeu. O jornal também destaca que a tentativa de Bolsonaro e de seu partido, o PL, de contestar o resultado do segundo turno na Justiça "provavelmente falhará, mas pode encorajar apoiadores", citando que muitos eleitores do atual presidente seguem em manifestações e vigílias em várias cidades do Brasil.

"Manifestantes já foram fotografados segurando cartazes nos quais se lia #BrazilianSpring e #BrazilWasStolen, em inglês, mostrando grande ligação entre os movimentos de direita nos dois países", afirma o texto, em referência aos termos "primavera brasileira" e "o Brasil foi roubado" que vêm aparecendo em protestos de rua e publicações de redes sociais de apoiadores de Jair Bolsonaro.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump informou que, no dia 15 de novembro, fará "um grande anúncio" na sua residência Mar-a-Lago, na Flórida, enquanto flerta com a possibilidade de uma terceira corrida presidencial.

"Em 2024, vamos recuperar nossa magnífica Casa Branca", destacou o ex-presidente durante seu discurso em um comício em Ohio, na véspera do último dia de votação da eleição de meio de mandato nos Estados Unidos. "Fomos uma grande nação e seremos uma grande nação novamente", disse Trump, em evento, na segunda-feira, organizado para mostrar seu apoio aos candidatos locais em Ohio às eleições legislativas que serão realizadas nesta terça-feira, 8, nos EUA. "Este é o ano em que recuperaremos a Câmara dos Deputados e o Senado e, o mais importante, em 2024, recuperaremos nossa magnífica Casa Branca", disparou o ex-presidente.

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Trump ainda dedicou boa parte de seu discurso às pesquisas que o colocam em posição favorável em Estados americanos, tanto em uma primária do partido para eleger um candidato presidencial quanto em uma hipotética reedição da disputa eleitoral de 2020 contra o democrata e atual presidente Joe Biden.

O ex-presidente criticou os democratas, descreveu o contexto atual dos Estados Unidos como "o início do comunismo" e pediu, como já fez em ocasiões anteriores, a pena de morte para traficantes de drogas e de pessoas.

Sobre a questão da imigração, Trump disse que "os EUA merecem um presidente e um Congresso que protejam as fronteiras nacionais e não as de outros países", e reclamou que os Estados da América Central não aceitam de volta imigrantes que cometeram crimes nos EUA. "Os democratas vão eliminar os fundos da Polícia. Os republicanos vão eliminar os fundos dos cartéis do narcotráfico", afirmou o político republicano.

Trump tem falado cada vez mais sobre seus planos de lançar uma terceira candidatura presidencial. Nos últimos dias, sinalizou que "muito provavelmente" concorrerá novamente e formalizará suas intenções "em breve".

Autoridades republicanas e outras pessoas próximas vinham pedindo, há meses, que ele esperasse até depois das eleições legislativas de 8 de novembro para lançar sua campanha, em parte para evitar que a eleição se transformasse em um referendo sobre ele e também para protegê-lo de qualquer culpa caso os republicanos não tivessem os resultados que esperam nesta terça-feira.

Apesar dos pedidos por cautela, Trump espera aproveitar os ganhos do Partido Republicano, depois de expressar apoio a quase 300 candidatos, bem como afastar potenciais rivais - como o governador da Flórida, Ron DeSantis, e outros que indicaram que vão concorrer à presidência. De fato, a data do anúncio de Trump, 15 de novembro, coincide com o dia em que o ex-vice-presidente Mike Pence lançará um livro que é visto como parte de seu potencial anúncio de campanha presidencial.

As movimentações eleitorais de Trump ocorrem no momento em que ele enfrenta uma série de crescentes desafios na Justiça, entre elas investigações federais, como a apuração de centenas de documentos confidenciais que foram apreendidos pelo FBI em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, bem como as investigações estaduais e federais em andamento sobre seus esforços para anular os resultados das eleições presidenciais de 2020.

O Comitê da Câmara que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA também intimou Trump e, no mês passado, emitiu uma carta a seus advogados dizendo que ele deve testemunhar, seja no Capitólio ou por videoconferência, "começando em 14 de novembro e continuando por vários dias, se necessário". (COM INFORMAÇÕES DE AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta quinta-feira (13) o pedido do ex-presidente Donald Trump para intervir na batalha legal sobre os documentos sigilosos que foram apreendidos pelo FBI em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

Trump tinha instado a máxima corte, controlada pelos conservadores, a suspender a sentença do tribunal de apelações que voltou a dar acesso aos documentos para o Departamento de Justiça.

Através de uma ordem com apenas uma frase, a Suprema Corte negou a apelação, sem fazer comentários.

Na declaração juramentada que usou para justificara a batida na residência de Trump, em 8 de agosto, o FBI informou que antecipava uma investigação criminal sobre a "retirada e o armazenamento inadequados de informação sigilosa" e o "ocultamento ilegal de registros governamentais".

A ordem de busca dizia que a investigação também estava relacionada com a "retenção deliberada de informação de defesa nacional", um crime previsto na Lei de Espionagem, e com uma "potencial obstrução de uma investigação federal".

Uma juíza da corte distrital na Flórida encarregou um especialista de rever os arquivos apreendidos e determinar se havia material que estivesse potencialmente enquadrado no privilégio advogado-cliente.

Um painel de apelação, composto por três juízes, decidiu que enquanto o especialista realizar sua análise, o governo não poderia continuar usando os documentos classificados como sigilosos em sua investigação criminal.

Em sua solicitação de emergência à Suprema Corte, em 4 de outubro, Trump apelou dessa sentença unânime do painel, formado por dois juízes nomeados por Trump e um pelo ex-presidente Barack Obama.

Apesar de Trump ter nomeado três dos nove juízes que compõem a Suprema Corte, ele sofreu várias derrotas em casos conhecidos, sendo uma das mais notáveis a negativa do tribunal de dar ouvidos às suas alegações de suposta fraude nas eleições presidenciais de 2020.

O presidencialismo do Brasil e Estados Unidos e o parlamentarismo-westminster da Índia empoderaram os chefes de estado para agir de forma omissa na primeira onda da pandemia de Covid-19. Com amplos poderes constitucionais, esses chefes de estado puderam atuar de maneira controversa e autoritária. A análise é de pesquisadores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e das Universidades Cornell, de Illinois e de Michigan, nos Estados Unidos, em artigo publicado nesta segunda (10) na revista britânica “Journal of Social Policy”.

Os pesquisadores realizaram um estudo de caso sobre como os três países lidaram com a pandemia entre janeiro e setembro de 2020, período em que eram governados por líderes populistas de direita – os presidentes Jair Bolsonaro no Brasil e Donald Trump nos Estados Unidos e o primeiro-ministro Narendra Modi na Índia. A análise considerou as políticas de saúde pública implementadas ou não pelos governos federais, como o incentivo ao uso de máscara e ao distanciamento social, além do processo de testagem, rastreamento de casos, isolamento e atendimento à população.

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Elize Massard da Fonseca, pesquisadora da FGV EAESP e uma das autoras do artigo, explica que o trabalho dialoga com o alerta do cientista político Juan Linz sobre os riscos de concentrar a capacidade de ação política em chefes de executivo com amplos poderes, como ocorre no sistema majoritário.

“Esse líder pode escolher negar a pandemia ou agir de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde”, aponta a autora.

Conforme o artigo, o executivo federal optou pela inação nos três casos. As gestões promoveram medidas como a reabertura de atividades não essenciais durante a fase crítica de transmissão e incentivaram terapias sem eficácia comprovada.

“A resposta destes países à pandemia demonstrou exatamente a falta de resiliência dos sistemas presidencialistas sobre a qual Linz nos alertou. No caso do Brasil, por exemplo, o Congresso demorou mais de um ano para agir com a CPI da Pandemia e, ainda assim, o resultado jurídico é incerto”, ilustra Fonseca.

Os governos estaduais adotaram medidas diante desse vácuo de gestão, mas suas limitações de autonomia e orçamento geraram resultados desiguais. Fonseca diz que é importante planejar respostas a emergências sensíveis à realidade política.

“Um executivo federal muito forte exige mecanismos de coordenação e governança que possam prover informação e formas de ação em períodos de crise. Isso permitirá que a política de saúde funcione mesmo na ausência de bons líderes e é uma defesa contra os controversos porque determinará quais ações esses políticos serão capazes de tomar”, diz a autora.

Outra medida importante diante da capacidade de ação dos governos federais é fortalecer o papel de especialistas autônomos, como o cientista Anthony Fauci, que foi referência ao pautar o combate à pandemia nos Estados Unidos, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que desempenhou função semelhante de aconselhamento aos gestores no Brasil.

“Mesmo que o chefe do executivo os ignore, compreender o que esses especialistas independentes aconselham aumenta o accountability democrático”, completa Fonseca.

Fonte: Agência Bori

Mais de 20 meses depois do ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, começa nesta terça-feira (27) o esperado julgamento em Washington, D.C., do grupo de extrema-direita Oath Keepers, incluindo seu fundador, Stewart Rhodes, por "sedição".

Conhecido por seu tapa-olho e pelos discursos incendiários, este ex-militar aparecerá ao lado de outros quatro réus durante um julgamento de cinco semanas em um tribunal federal a poucos quilômetros da sede do Congresso.

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Em 6 de janeiro de 2021, os cinco invadiram o templo da democracia americana junto com outros mil apoiadores de Donald Trump, em um momento em que os congressistas certificavam a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial.

Desde o incidente, mais de 870 pessoas foram presas, e 100 já receberam sentenças de prisão, especialmente aquelas que agrediram violentamente policiais. Até agora, no entanto, ninguém havia enfrentado a acusação de "sedição".

Decorrente de uma lei adotada após a Guerra Civil Americana para suprimir os últimos rebeldes do Sul, esta acusação "pode ser difícil de provar", explica Barbara McQuade, ex-procuradora federal e atual professora de direito da Universidade de Michigan.

Esta acusação implica o planejamento do uso da força para derrubar o governo, ou se opor a alguma de suas leis, e prevê 20 anos de prisão, em caso de condenação. Difere da insurreição, que tem um caráter mais espontâneo.

"Há também uma conotação de deslealdade ao país, não apenas a certos atores do governo", observa McQuade. Para ela, contudo, "o motivo é claro neste caso, em que o ataque foi claramente dirigido contra os legisladores do Congresso".

Depósito de armas 

A acusação de sedição foi pouco utilizada. A última condenação foi emitida em 1998 contra militantes islâmicos responsáveis pelo atentado ao World Trade Center em Nova York, cinco anos antes.

No caso do ataque ao Capitólio, os promotores reservaram essa acusação a apenas cerca de 15 pessoas, todas integrantes de dois grupos paramilitares de extrema-direita: os Oath Keepers e os Proud Boys.

Stewart Rhodes e quatro líderes regionais de sua milícia - Kelly Meggs, Thomas Caldwell, Jessica Watkins e Kenneth Harrelson - são os primeiros a serem julgados. O processo começará com a seleção de 12 jurados de um grupo de 120 cidadãos.

De acordo com a acusação, eles "conspiraram para se opor pela força à transferência legal do poder presidencial".

Especificamente, Rhodes é acusado de ter começado a reunir suas tropas em novembro de 2020.

"Não vamos sair disso sem uma guerra civil", escreveu a eles dois dias após a eleição presidencial, em uma mensagem criptografada.

E, nas semanas seguintes, gastou milhares de dólares, comprando dispositivos de visão noturna, armas e munições. Enquanto isso, seus cúmplices organizavam treinamento em "combate não convencional" e transporte para Washington, D.C.

Como o porte de armas é estritamente proibido na capital americana, eles são acusados de armazenar parte de seu arsenal nos arredores da cidade com a ideia de usá-lo posteriormente.

Em 6 de janeiro, armados com capacetes e equipamentos de combate, marcharam para o Capitólio. Alguns formaram uma coluna para invadir o prédio.

Rhodes estava um pouco mais atrás, com um rádio, para dar ordens. Os Oath Keepers "estavam prontos para responder ao seu chamado às armas", de acordo com a acusação.

Graduado em direito pela Universidade de Yale, este homem de 50 anos fundou o Oath Keepers em 2009, recrutando ex-soldados e policiais. Inicialmente, sua proposta era lutar contra o Estado federal que considerava "opressivo".

Como outros grupos radicais, esta milícia foi seduzida pela retórica antielite de Trump e apoiou plenamente as acusações de fraude eleitoral levantadas - contra todas as evidências - pelo republicano.

Durante o julgamento, seus advogados argumentarão que Rhodes e seus acólitos não queriam derrubar o governo, mas esperavam que o presidente republicano declarasse estado de insurreição, em virtude de uma lei de 1807 que permite aos presidentes dos Estados Unidos mobilizarem determinadas forças armadas em casos excepcionais.

Para os promotores, trata-se apenas de dar "um verniz de legalidade" às suas ações.

O ex-presidente americano Donald Trump expressou, nesta quinta-feira (08), "total e completo" apoio ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro, o "Trump tropical" e candidato à reeleição, considerado por ele "um cara formidável".

"O presidente do Brasil Jair Bolsonaro, 'o Trump tropical' como é carinhosamente chamado, fez um GRANDE trabalho para o povo brasileiro", escreveu Trump em sua própria plataforma de rede social, a Truth Social.

"É um homem maravilhoso e conta com meu total e completo apoio", acrescentou o americano.

O brasileiro é um admirador de Trump. Ambos são conhecidos pelo estilo provocador e populista.

Bolsonaro costuma alegar, sem provas, que o sistema eleitoral brasileiro é propenso a fraudes, da mesma forma que Trump denunciou irregularidades na última eleição de seu país.

As críticas de Bolsonaro às urnas eletrônicas geraram rumores de que seguiria os passos do ex-presidente americano de não reconhecer os resultados se a votação não sair como desejado.

Em 2021, apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, em Washington, em uma tentativa fracassada de evitar que o Congresso confirmasse a derrota eleitoral do magnata republicano para o democrata Joe Biden.

A eleição presidencial brasileira do dia 2 de outubro é uma das mais polarizadas da história recente no país.

As pesquisas preveem que Bolsonaro perderá para o ex-presidente Luiz Ináico Lula da Silva.

Lula também comparou Bolsonaro com Trump, na finalidade de sujar o nome do seu rival.

Bolsonaro é "uma cópia mal feita de Trump", disse o político de 76 anos no final de agosto.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), foi destaque na capa da revista britânica The Economist divulgada nesta quinta-feira, 8. "The man who would be Trump", ou "O homem que queria ser Trump", traça um paralelo entre o chefe do Executivo brasileiro e o ex-presidente norte-americano Donald Trump, seu ídolo político. Na ilustração, Bolsonaro posa de perfil com a faixa presidencial brasileira. Ao fundo, é possível ver a sombra de Trump. Abaixo, em um subtítulo, lê-se "Bolsonaro prepara sua Grande Mentira no Brasil".

A matéria que endossa a estampa da capa é intitulada "Ganhando ou perdendo, Jair Bolsonaro representa uma ameaça à democracia brasileira", junto com o subtítulo "Todos os sinais são de que ele vai perder uma eleição e dizer que ganhou".

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Foi exatamente o que Trump fez após ser derrotado por Joe Biden, em 2020, e que culminou com a invasão do Capitólio durante sessão do Congresso que confirmaria vitória de Biden, por aliados do ex-presidente, em 6 de janeiro de 2021, em que cinco pessoas foram mortas.

"Joe Biden estava falando sobre os Estados Unidos quando alertou, em 1º de setembro, que 'a democracia não pode sobreviver quando um lado acredita que há apenas dois resultados em uma eleição: ou vencem ou foram enganados'", inicia o texto, fazendo alusão a Trump. "Ele poderia muito bem estar falando sobre o Brasil", resume.

"O sistema de votação eletrônica do Brasil é bem administrado e difícil de adulterar. Mas aqui está o problema: Bolsonaro continua dizendo que as pesquisas estão erradas e que ele está a caminho de vencer. Ele continua insinuando, também, que a eleição pode de alguma forma ser manipulada contra ele", diz o texto da The Economist, estabelecendo um comparativo entre Bolsonaro e Trump, que adotou comportamento similar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020, em que foi derrotado pelo atual presidente Joe Biden.

Após a crise estadunidense, o chefe do Executivo brasileiro passa a desacreditar o sistema eleitoral nacional e, principalmente, defender o voto impresso, espelhando os movimentos do ex-presidente americano. No Brasil, há um ano, episódio similar ocorreu. Nas comemorações do mesmo feriado de 7 de setembro, bolsonaristas invadiram a Esplanada dos Ministérios, que havia sido bloqueada pela Polícia do Distrito Federal, e demandaram a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, o governo do Distrito Federal ordenou reforço da segurança no local a fim de prevenir possíveis ataques.

"Os brasileiros temem que ele Bolsonaro possa incitar uma insurreição, talvez como a que a América sofreu quando uma multidão de apoiadores de Donald Trump invadiu o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 - ou talvez até pior", diz o texto.

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O FBI encontrou materiais que descreviam as defesas militares de um governo estrangeiro, incluindo suas capacidades nucleares em meio aos documentos ultrassecretos apreendidos na casa do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida, no mês passado.

Alguns dos documentos apreendidos detalham operações tão ultrassecretas dos EUA que muitos altos funcionários da segurança nacional não têm autorização para manuseá-los. Somente o presidente, alguns membros de seu gabinete ou um funcionário próximo ao gabinete poderiam autorizar outros funcionários do governo a conhecer detalhes desses programas.

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Os documentos deveriam ser mantidos a sete chaves, quase sempre em uma instalação de informações compartimentada segura, com um oficial de controle designado para manter um controle cuidadoso de sua localização. Mas foram armazenados em Mar-a-Lago, com segurança incerta, mais de 18 meses depois de Trump deixar a Casa Branca, em uma ação que pode implicar a violação de diversas leis de segurança do país, incluindo a Lei de Espionagem.

A investigação é cercada por tanto segredo que o governo estrangeiro em questão não foi identificado, tampouco onde em Mar-a-Lago o documento foi encontrado. Não há detalhes adicionais sobre a investigação, uma das mais delicadas da história do Departamento de Justiça.

O Departamento de Justiça sustenta que esses documentos ultrassecretos "provavelmente foram retidos" para obstruir uma investigação do FBI sobre um possível manuseio incorreto de materiais confidenciais pelo ex-presidente. Por lei, todo presidente tem que devolver os documentos relativos ao seu mandato, pois são de propriedade do governo e não do presidente, como tenta alegar a defesa de Trump.

Segredos

Quando os agentes revistaram a mansão de Mar-a-Lago, encontraram material tão secreto que até mesmo o pessoal de contra inteligência do FBI e os advogados do Departamento de Justiça que conduziam a revisão exigiram autorizações adicionais antes que pudessem revisar certos documentos.

Christopher Kise, advogado de Trump, denunciou vazamentos sobre o caso, que ele disse que "continuam sem respeito pelo processo nem qualquer consideração pela verdade real. Isso não atende bem aos interesses da justiça". Porta-vozes do Departamento de Justiça e do FBI se recusaram a comentar.

O Escritório do Diretor de Inteligência Nacional faz uma avaliação de risco, para determinar quanto dano potencial foi causado pela remoção da custódia do governo as centenas de documentos confidenciais.

Em 26 de agosto, o Departamento de Justiça publicou uma versão editada do documento que defendeu a necessidade de uma busca e apreensão na casa de campo do ex-presidente. Na versão, o FBI revelou que os dados em posse de Trump podiam comprometer a segurança de agentes secretos dos Estados Unidos. O FBI também recuperou 48 pastas vazias que estavam marcadas como contendo informações confidenciais, o que levanta dúvidas se o governo recuperou totalmente os documentos ou se algum ainda permanece em falta.

Nesta semana, uma juíza concedeu o pedido de Trump para nomear um observador independente para revisar todo o material apreendido. Enquanto este trabalho não for concluído, as investigações não poderão avançar. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os documentos secretos encontrados na residência do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump na Flórida provavelmente foram escondidos para obstruir uma investigação do FBI, indicou o Departamento de Justiça em um novo documento judicial na terça-feira, 30. A defesa, porém, alega que os documentos estavam em um local seguro e sugere que não seria contra a lei o ex-presidente possuir os documentos, contradizendo a Lei de Registros Presidenciais e Lei de Espionagem. Uma audiência nesta quinta-feira, 1º, determinará se investigação terá um especialista independente como pede Trump.

A juíza Aileen Cannon, nomeada por Trump, intimou os advogados do ex-presidente e o Departamento de Justiça dos para uma audiência em West Palm Beach, na Flórida. A audiência tratará de pedidos de Trump sobre um relatório mais detalhado dos itens confiscados e a devolução do que não constava na ordem judicial que autorizou a busca, como agendas e diários pessoais.

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O ex-presidente também solicita um especialista independente para supervisionar o caso originado pela operação do FBI à procura de documentos oficiais em Mar-a-Lago. A magistrada está disposta a nomear um especialista, indicou em decisão preliminar no fim de semana, mas antes de tomar uma decisão final, ouvirá as partes.

Em um arquivo de 18 páginas, os advogados de Trump sugeriram que, ao realizar o que eles descreveram como uma "incursão sem precedentes, desnecessária e sem respaldo legal" em Mar-a-Lago, a casa e o clube de Trump em Palm Beach, o Departamento de Justiça estava "criminalizando a posse de registros pessoais e presidenciais de um ex-presidente em um ambiente seguro".

O governo diz que Trump não tem fundamento legal para exigir a devolução de documentos presidenciais porque não lhe pertencem. O departamento também expressou preocupação de que a nomeação possa atrasar a investigação, em parte porque um especialista independente provavelmente precisaria obter uma autorização de segurança para revisar os registros e uma autorização especial das agências de inteligência.

A audiência no tribunal federal em West Palm Beach ocorre dois dias após o Departamento de Justiça comunicar ao tribunal a possível prática de crime de "obstrução" para o manuseio de documentos classificados como secretos em Mar-a-Lago. De acordo com o Departamento, alguns dos documentos encontrados em buscas feitas em 8 de agosto foram "provavelmente escondidos e removidos" de um depósito.

Os promotores tentam determinar se Trump ou algum de seus aliados incorreu em crime ao evitar que agentes federais recuperassem os documentos confidenciais em posse do ex-presidente.

O governo dos EUA havia exigido a Trump que se ele tivesse tirado documentos secretos da Casa Branca os entregassem, mas o ex-presidente respondeu de forma evasiva. Na busca, agentes do FBI encontraram mais de 100 documentos sigilosos que Trump não entregou às autoridades apesar dos requisitos legais.

'Documentos próprios'

A argumentação feita pela equipe jurídica de Trump de que os documentos presidenciais de seu governo pertenciam a ele colide com a Lei de Registros Presidenciais de 1978, que deixa claro que o governo - não um presidente ou ex-presidente - é dono dos arquivos da Casa Branca gerados durante seu tempo no cargo.

Os advogados de Trump argumentaram que a Lei de Registros Presidenciais não tem mecanismo de execução, sugerindo que o Departamento de Justiça não tinha base para apreender os arquivos que Trump levou para Mar-a-Lago e não retornou mesmo após repetidos pedidos do Arquivo Nacional e de uma intimação do departamento.

"A lei exorta um ex-presidente a interagir com o arquivista para garantir a preservação dos registros presidenciais, mas não obriga o ex-presidente a tomar nenhuma medida específica em relação a esses registros", escreveram os advogados.

O documento ignorou o fato de que o juiz que emitiu o mandado de busca para Mar-a-Lago não o fez com base na Lei de Registros Presidenciais, mas em outras leis contra a ocultação de registros do governo. Isso inclui a Lei de Espionagem, que criminaliza a retenção não autorizada de segredos de segurança nacional potencialmente perigosos e mantidos em sigilo.

A publicação de novos detalhes da investigação sugere um enorme perigo legal para dois dos advogados de Trump, e uma incerteza considerável para o próprio Trump, disseram especialistas em inteligência e jurídicos.

As evidências apresentadas, disseram, podem construir um caso legal de que os advogados de Trump Evan Corcoran e Christina Bobb obstruíram a investigação do governo, supostamente dizendo a agentes e promotores do FBI que eles entregaram todos os documentos confidenciais quando, na verdade, muitos permaneceram na posse de Trump. Não há como prever se o Departamento de Justiça acabará processando o ex-presidente ou seus aliados.

Algumas questões-chave que poderiam determinar o destino legal de Trump ficaram sem resposta: ele instruiu Corcoran e Bobb a enganar o governo antes ou depois da invasão do FBI em sua casa e clube na Flórida? E, em caso afirmativo, por que ele queria manter em sua posse documentos confidenciais ultrassecretos em sua casa?

"É ruim", disse Peter Lapp, um ex-agente do FBI que trabalhou em casos de espionagem e agora é consultor privado. "É tudo muito condenável."

Trump também é alvo de investigações por suas tentativas de anular os resultados das eleições presidenciais de 2020 e seu papel na invasão de seus apoiadores ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Atualmente não está sendo processado em nenhum caso. (Com agências internacionais)

Em Wyoming, Donald Trump ainda é rei. Por ter ousado desafiá-lo, sua colega republicana Liz Cheney, uma proeminente deputada deste estado conservador do oeste americano, enfrenta uma delicada campanha de reeleição.

"O tempo de Cheney acabou", diz Mike Schaefer, de 37 anos, que se ressente por ela ser "tão anti-Trump".

Em Washington, a congressista co-preside um comitê da Câmara de Representantes que investiga o papel de Trump no ataque violento de seus apoiadores ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

De tom marcial, a deputada trabalha há mais de um ano para desmantelar a teoria promovida por Trump e seus aliados de que a eleição de 2020 foi “roubada” e que milhões de seus apoiadores ainda acreditam, apesar das evidências.

"Não poderemos ser livres se abandonarmos a verdade", disse Cheney, prometendo fazer tudo o que puder para garantir que Trump nunca retorne à Casa Branca.

Na terça-feira, ela espera ser reeleita em Wyoming, onde mais de 70% dos eleitores apoiaram Trump contra o democrata Joe Biden na última eleição presidencial.

Em retaliação por seu papel na investigação do comitê da Câmara, Trump desencadeou sua fúria sobre ela.

E o ex-presidente não mede palavras, chamando-a de "desleal", enquanto aposta as fichas em sua adversária, Harriet Hageman, uma advogada de 59 anos com quem se aliou em maio.

- Campanha à sombra -

Não importa se Cheney, filha do ex-vice-presidente Dick Cheney e descendente da direita tradicional, é pró-armas ou anti-aborto.

Em Wyoming, o estado menos populoso dos Estados Unidos, não tem uma base sólida.

Sua participação na investigação sobre Trump e sua comitiva lhe rendeu ameaças de morte, razão pela qual agora viaja com escolta policial.

A loira de 56 anos é tratada como uma pária pelo Partido Republicano de Wyoming, cujo presidente participou dos protestos no dia da tomada do Capitólio.

Em seu estado, o primeiro a conceder às mulheres o direito ao voto em 1869, como lembra um mural no centro de Cheyenne, a deputada foi forçada a realizar uma espécie de campanha clandestina, sem comícios eleitorais ou eventos públicos.

Pesquisas recentes a colocam 20 ou 30 pontos atrás de sua concorrente, que cresceu em um rancho e encarna, segundo Martin, "a ética do caubói de Wyoming": ela é "trabalhadora", "honesta" e comprometida com "nosso recursos e terras".

Apoiado em uma imponente motocicleta vermelha, Bill Gonzales, de 59 anos, é um dos poucos eleitores que a AFP encontrou que defende Cheney.

Ele afirma que "defende o que é certo" para o país. "Vivemos nos Estados Unidos da América. Nossas eleições são seguras. Nossas eleições são justas. E quem diz que não está mentindo, pura e simplesmente", diz.

"Se a Sra. Cheney ganhar, eu garanto que um certo número de pessoas vai dizer que a eleição foi fraudada". "E não, não é", conclui.

O ex-presidente americano Donald Trump retorna a Washington nesta terça-feira (26), pela primeira vez desde sua controversa saída da Casa Branca em 2021, sob a sombra do caos causado pela invasão do Capitólio.

O magnata, que flerta cada vez mais abertamente com a ideia de disputar a presidência em 2024, participará de um evento do America First Policy Institute, um "think tank" dirigido por seus aliados.

Seu discurso acontecerá horas depois do término de uma série de audiências públicas do comitê da Câmara dos Representantes, o qual investiga o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Seus membros insistem na responsabilidade de Trump no episódio.

O empresário republicano afirma, sem provas, que houve fraude nas eleições de 2020, marcadas pela vitória do democrata Joe Biden.

O porta-voz do America First Policy Institute, Marc Lotter, disse, proém, que nesta terça Trump se concentrará no futuro, e não no passado.

"Fará um discurso de estratégia política", declarou Lotter à rede CNN.

As audiências da comissão parlamentar de investigação, que revelaram a estrutura do ataque e as tentativas do ex-presidente de reverter o resultado das eleições para se manter no poder, parecem ter prejudicado Trump.

Nessa segunda (25), Biden, que no início de sua presidência tentou evitar nomear seu antecessor, criticou sua inação no ataque ao Capitólio.

Enquanto Trump observava o que acontecia do "conforto" da Casa Branca, "corajosos policiais viveram um inferno digno da Idade Média (...) diante de uma multidão enfurecida que acreditava nas mentiras do presidente derrotado", denunciou.

Críticas

Trump, de 76 anos, mantém um lugar central nas fileiras republicanas com um núcleo de apoiadores leais, o que o colocaria na primeira posição, caso decida se candidatar à presidência.

As críticas afetaram sua imagem, porém, permitindo que adversários como o governador da Flórida, Ron DeSantis, ganhassem terreno.

Cerca de metade dos eleitores republicanos que votam nas primárias prefeririam outro candidato a Trump, de acordo com uma pesquisa recente do jornal The New York Times e da Siena College.

Na semana passada, Wall Street Journal e New York Post, de propriedade da influente família Murdoch, publicaram editoriais criticando o comportamento de Trump em 6 de janeiro de 2021.

Em um texto incomumente crítico, o New York Post afirmou que o bilionário se mostrou "indigno" de voltar à Casa Branca.

A estratégia de partidos da direita em incentivar o conservadorismo cristão se baseia nos moldes da estrutura evangélica no Brasil, criada sob forte influência do protestantismo dos Estados Unidos. Os pastores congressistas da bancada da Bíblia costumam demonizar o "politicamente correto" e reforçam a não aceitação das diferenças para atrair votos, assim como fez o ex-presidente norte-americano Donald Trump.

Exemplo para o presidente Jair Bolsonaro (PL), Trump enxergou nos protestantes um voto fiel e fundamental para se eleger. O modelo foi aprofundado pelo brasileiro, que usa versículos bíblicos como frases de efeito e indicou o pastor Milton Ribeiro ao Ministério da Educação e os ministros André Mendonça e Kássio Nunes ao STF pela devoção religiosa. 

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Em um evento no Palácio da Alvorada, em março deste ano, o presidente disse a líderes religiosos que dirigia a nação "para o lado que os senhores desejarem". Nessa quarta (15), Bolsonaro supôs que Jesus andaria armado ao concluir que ele “não comprou uma pistola porque não tinha naquela época”.

Desinformação e indução

Derrotado em todas as projeções eleitorais até o momento, para reduzir os danos da alta rejeição e se reforçar com seu eleitorado consolidado, o presidente costuma se apoiar na agenda de costumes para encobrir as críticas à gestão. "Isso ocorre porque houve um sequestro em relação a certas pautas. É como se certas pautas, que são importantes para os evangélicos, virassem um monopólio da direita e aí por falta de informação política, eles acabam achando que teologicamente precisam votar na direita", avaliou o doutor em Ciência Política Jorge Oliveira Gomes.

Com o aumento de fiéis nas últimas décadas em paralelo ao enriquecimento dos donos de igrejas como Edir Macêdo, Silas Malafaia e RR Soares, a pesquisa de 2020 do Datafolha apontou que 31% da população brasileira é evangélica, o que representa cerca de 27% do eleitorado religioso. Essa parcela, em sua maioria, é afetada por uma visão de mundo mais reacionária incutida na cultura gospel, que se concebeu no Brasil de forma afastada de teologias mais ligadas a questões sociais.       

O doutor em Ciência Política Gustavo Rocha frisou que os partidos de direita também se aproveitam da fragilidade socioeconômica dos fiéis que são motivados pela teologia da prosperidade. "A principal razão, ao meu ver, está atrelada ao projeto político de lideranças religiosas no segmento neopentecostal. Os fiéis desses grupos tendem a ser de extratos sociais mais baixos, com menos formação e menor grau de informação. Os líderes religiosos desse grupo se aproveitam muito disso para incutir determinadas posições", explicou.

Refúgio para as religiões de matriz africana

Essa estrutura político-religiosa empurra ainda mais as religiões de matriz africana ao preconceito. Como refúgio, seus adeptos veem na esquerda uma saída para receber apoio e respeito. "Na esquerda existe uma maior aceitação por conta da aproximação natural da esquerda com pautas progressistas e de minoria. No Brasil, geralmente as coisas caminham juntas", pontuou Oliveira Gomes.

Rocha acrescenta que a ideologia de esquerda tende a ser mais sensível a questões enfrentadas pelo candomblé e outras vertentes. "Eles são um misto de exclusões. São aqueles que tem sua prática religiosa atrelada à resistência, à imposição do Estado e da sociedade ao longo da história. Sofrem racismo, além de terem sua religião demonizada. Com o aumento da participação evangélica através desse movimento neopentecostais, eles sofrem ainda mais pressão", resumiu.

Mau desempenho da Economia pode virar votos

A fidelidade evangélica nas últimas eleições indica que esses eleitores devem manter a convicção política. Contudo, desde 2018, Rocha percebe que a esquerda passou a tentar se aproximar desses grupos para dialogar. 

Outros fatores que podem mudar o voto evangélico são a divergência decorrente da pluralidade dos grupos evangélicos e a atual situação econômica. “Eles são parte de extratos sociais muito afetados pelo cenário econômico. Há uma tendência que essas duas dimensões entrem em conflito. Então pode haver uma "quebra" nessa fidelidade”, analisou o cientista.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou neste sábado, 11, que convidou o ex-presidente norte-americano Donald Trump para um encontro antes das eleições brasileiras. Ao mesmo tempo, negou ter convidado o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para uma visita ao Brasil ou tê-lo presenteado com uma camiseta da seleção brasileira. "Não está esse clima todo, vai devagar. É um namoro, um noivado", afirmou, após se dizer "maravilhado" com Biden.

Bolsonaro foi aos Estados Unidos participar da Cúpula das Américas e, em Los Angeles, teve sua primeira reunião bilateral com Biden, com quem já trocou críticas no passado.

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O chefe do Executivo apoiou publicamente a campanha à reeleição de Trump, derrotado pelo atual líder da Casa Branca.

"Conversei com ele Trump esta semana. Convidei, como sempre para ir ao Brasil. Ele quer, dois meses antes da eleição, se encontrar comigo, aqui ou lá", afirmou o presidente brasileiro em Orlando.

Questionado por jornalistas na porta de seu hotel se convidou Biden para ir ao Brasil, Bolsonaro negou. "Não convidei, mas ele sabe que seria motivo de prestígio para nós", declarou.

O chefe do Executivo ainda disse que poderia conversar, ao longo de sua passagem por Orlando, com o blogueiro Allan dos Santos. "Se ele estiver presente, falo com ele. É um cidadão brasileiro. Se expressou, se foi bem ou mal, mas sua pena jamais poderia ser uma ameaça de prisão", avaliou sobre o bolsonarista.

Allan dos Santos teve a prisão preventiva decretada no ano passado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das milícias digitais. Ele também é investigado por suposto envolvimento em financiamento de atos antidemocráticos.

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