Tópicos | Tunísia

O grupo Estado Islâmico divulgou um comunicado nesta quinta-feira (19) assumindo a responsabilidade pelo ataque a um museu nacional na Tunísia que deixou 23 mortos, a maioria turistas. O grupo afirma que o alvo foram "cidadãos de países cruzados".

O documento, que apareceu num fórum online onde mensagens do grupo são postadas, descreve o ataque de quarta-feira como uma "invasão abençoada de um dos antros de infieis e do vício na Tunísia muçulmana".

##RECOMENDA##

A mensagem diz que foram dois os realizadores do ataque e que eles não foram mortos até ficarem sem munição. O grupo também promete novas ações violentas.

"Esperem pelas boas novas que farão mal a vocês, impuros, porque o que vocês veem hoje é a primeira gota da chuva", diz o comunicado, cuja existência também foi alertada pelo SITE Intelligence Group, que acompanha ações extremistas na internet.

Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Homens armados fizeram um ataque ao maior museu de Túnis, capital da Tunísia, nesta quarta-feira, matando 21 pessoas, sendo 17 turistas. O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, informou que cidadãos da Itália, Espanha, Alemanha e Polônia estão entre os mortos.

Um grande número de pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo três poloneses e dois italianos. O ministério de Relações Exteriores da Itália informou que 100 italianos foram levados para um local seguro.

##RECOMENDA##

Cerca de 200 turistas estavam visitando o Museu Nacional do Bardo, localizado cerca do Parlamento, no centro da capital. Além dos 17 turistas, uma funcionária do museu, um policial e dois atiradores foram mortos.

De acordo com a rádio local, cidadãos da Inglaterra, Itália, França, Espanha e Polônia foram tomados como reféns durante o ataque. Forças de segurança retomaram o controle do museu, mas dois ou três atiradores conseguiram fugir, informou o ministério do Interior. Todos os reféns foram libertados.

O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, disse que condena "veementemente o ataque terrorista (...) nós estamos bastante alertas sobre a situação."

O porta-voz do Ministério do Interior, Mohamed Ali, falou à jornalistas que o ataque envolvia "dois ou mais terroristas armados com Kalashnikovs." Nenhum grupo assumiu o ataque até o momento.

O ministro do Interior da Tunísia disse que um grupo de extremistas islâmicos cortaram a garganta de um policial e esfaquearam a região do coração, enquanto ele voltava do trabalho.

Um comunicado do ministro diz que o policial foi atacado na manhã deste domingo, quando estava a caminho de casa, na zona rural de Zaghouan, cerca de 40 quilômetros distante de Túnis.

##RECOMENDA##

Os extremistas também teriam arrancado um dedo da mão direita do policial.

A comissão eleitoral da Tunísia informou que o ex-ministro Beji Caid Essebsi, de 88 anos, venceu o segundo turno da eleição presidencial no país com 55.68% dos votos.

A escolha de Essebsi, cujo partido dominou as eleições legislativas de outubro, conclui a transição democrática no país após a derrubada do ditador Zine El Abidine Ben Ali, em 2011.

##RECOMENDA##

O atual presidente interino, Moncef Marzouki, obteve 44,32% dos votos, informou o chefe da comissão eleitoral, Chafik Sarsar, nesta segunda-feira.

O pleito foi considerado livre e justo e contou com a participação de 60% do eleitorado, menos do que os 70% que foram às urnas no primeiro turno, quando também aconteceram as eleições legislativas. Fonte: Associated Press.

O partido islâmico da Tunísia foi derrotado nas eleições parlamentares, pagando o preço pelos anos turbulentos de governo após a Primavera Árabe, quando viram o surgimento de diversos grupos terroristas na nação norte-africana. Os eleitores votaram em figuras familiares do passado autoritário da Tunísia, em busca de mais segurança e estabilidade. Mas o peso substancial dos islâmicos no novo Parlamento irá manter a influência do grupo político em qualquer governo futuro.

Os resultados oficiais da comissão eleitoral estão começando a ser divulgados, com apenas três distritos reportados na manhã desta terça-feira. Mas as pesquisas de boca de urna e a amostragem estatística dos resultados nos locais de votação feitos por grupos de observação resultaram num panorama notavelmente uniforme. O partido de oposição Nida Tunis, liderado por um político veterano do antigo regime autoritário, ganhou cerca de 35% dos assentos do Parlamento, garantindo o direito de apresentar um primeiro-ministro e formar uma coalizão de governo. O partido islâmico Ennahda conseguiu apenas 25% dos assentos.

##RECOMENDA##

Os tunisianos podiam escolher entre mais de 100 partidos, mas a corrida, em grande parte, se resumiu entre aqueles que ainda tinham fé no governo liderado pelos islâmicos, e aqueles que escolheram um partido de oposição forte o suficiente. O partido Nida Tunis tem como membros empresários, sindicalistas e muitos políticos do governo do ditador deposto El Abidine Ben Ali.

O partido de oposição se apresentou como a resposta aos moderados islâmicos do partido Ennahda, que têm lutado para guiar o país em meio às turbulências no período pós-revolucionário, depois de ganhar as eleições de 2011. Críticos acusam o governo islâmico de ser compassivo com terroristas e de ter gestores incompetentes.

"Eu prometo restabelecer o estado", disse Beji Caid Essebsi, fundador do Nida Tunis, em entrevista transmitida em rede nacional de televisão na segunda-feira. Essebsi foi ministro do Exterior na década de 80, no governo do primeiro presidente pós-independência, Habib Bourguiba, e assumiu brevemente o cargo de primeiro-ministro após a revolução, em 2011. O líder do partido de oposição evoca os "bons velhos tempos" da Tunísia, com a economia forte e foco em educação, mas ignora os aspectos autoritários do antigo governo.

O Nida Tunis conseguiu aproveitar efetivamente o medo da instabilidade, com o preço dos alimentos pesando sobre a classe média e ataques militantes aumentando a sensação medo entre os tunisianos comuns. "O resultado é a expressão da desilusão dos tunisianos com os últimos três anos", disse o analista da Universidade de Túnis, Chawki Gaddes. "A situação da economia se degradou e surgiram movimentos jihadistas que nunca tinham existido na Tunísia", disse.

No entanto, o partido islâmico Ennahda pode acabar tendo apenas 10 ou 15 assentos a menos do que o Nida Túnis no Parlamento de 217 membros, tornando-se uma força política difícil de ignorar. Em reação a derrota, o partido comemorou o resultado, que classificou como "uma vitória para todos os tunisianos". As autoridades parabenizaram o país por promover eleições livres e tranquilas. "Todo o mundo Árabe gostaria de ser tunisiano hoje, para aproveitar todas estas liberdades democráticas", disse o fundador do Ennahda, Rashed Ghannouchi. Fonte: Associated Press.

A Assembleia da Tunísia definiu as eleições gerais para outubro e novembro deste ano. Com isso, o país deve concluir o processo de transição para a democracia após a revolução de 2011.

O calendário divulgado pela Assembleia estabelece que as eleições para o Parlamento serão em 26 de outubro e, para presidente, em 23 de novembro. Se nenhum candidato conseguir a maioria simples para presidente, haverá um segundo turno em 28 de dezembro.

##RECOMENDA##

A Tunísia deu início a um movimento pró-democracia na região, conhecido como Primavera Árabe, em janeiro de 2011. Apesar dos desafios econômicos e de segurança, a transição tem seguido o cronograma, ao contrário de muitos dos países vizinhos. Fonte: Associated Press.

Homens armados atacaram a casa do ministro do Interior da Tunísia, Lotfi Ben Jeddou, enquanto sua família estava lá dentro, matando quatro policiais que estavam fazendo a guarda do local, informou o Ministério nesta quarta-feira (28).

O ataque na residência de Jeddou na cidade de Kasserine ocorreu pouco antes da meia-noite e envolveu seis ou sete homens armados que estavam em um veículo utilitário esportivo, disse o porta-voz do ministério, Mohammed Ali Aroui, a estações de rádio locais.

##RECOMENDA##

A imprensa local relatou que o ministro estava na capital Túnis e que sua família saiu ilesa do atentado. Kasserine fica próxima da região do Monte Chaambi, onde soldados têm lutado contra extremistas ligados à Al-Qaeda próximo à fronteira com a Argélia.

O primeiro-ministro da Tunísia, Mehdi Jomaa, descreveu o ataque como um sinal de desespero depois que autoridades de segurança prenderam suspeitos radicais islâmicos no domingo. "Foi uma reação esperada para a operação de domingo das forças de segurança para frustrar um ataque de um grupo terrorista para desestabilizar o país", disse o premiê.

Cerca de 16 suspeitos foram presos, incluindo três tunisianos que haviam acabado de cruzar a fronteira com a Líbia e que acredita-se serem membros da organização Ansar al-Shariah, que tem ligações com a Al-Qaeda. O governo culpou o grupo por uma série de assassinatos políticos e ataques terroristas nos últimos dois anos. Fonte: Associated Press.

A presidência da Turquia suspendeu o estado de emergência, que estava em vigor desde o levante de 2011. As manifestações no país iniciaram a onda de protestos na região conhecida como Primavera Árabe.

"O presidente e comandante das forças armadas, Moncef Marzouki, emitiu um decreto que suspende o estado de emergência em todo o país a partir de quarta-feira, 5 de março de 2014", disse um comunicado da presidência. Fonte: Dow Jones Newswires.

##RECOMENDA##

A Assembleia Constituinte da Tunísia aprovou no fim da noite deste domingo uma nova Carta Magna para o país. O texto final da nova Constituição contou com 200 votos em seu favor, de 216 possíveis. Doze deputados votaram contra e quatro se abstiveram.

A aprovação ocorre pouco mais de três anos depois da deposição do ditador Zine Ben Ali em meio ao levante popular que deflagrou uma série de revoluções pelo norte de África e o Oriente Médio que mais tarde ficaria conhecida como Primavera Árabe.

##RECOMENDA##

Os deputados constituintes tunisianos passaram os últimos dois anos trabalhando na nova Constituição do país. Trata-se de uma das constituições mais progressistas do mundo árabe. O texto aprovado hoje funda um novo Estado democrático no norte da África, assegura liberdades fundamentais, inclusive de culto, e igualdade de gênero.

"Esta Constituição, ainda que não seja perfeito, é fruto de consenso", declarou o presidente da Assembleia Constituinte, Mustapha Ben Jaafar. "Temos hoje aqui um novo encontro com a história para construir uma democracia fundada em direitos e igualdade." Fonte: Associated Press.

O ministro da indústria da Tunísia, Mehdi Jomaa, foi escolhido como o primeiro-ministro que vai dirigir um governo interino até as eleições democráticas do próximo ano.

O chefe do sindicato UGTT anunciou a escolha na noite de sábado. Mehdi Jomaa tem 50 anos e ganhou votos de um grupo de 21 partidos políticos, apelidado de diálogo nacional, que começou as reuniões em outubro. Jomaa tem três semanas para formar um governo, que irá preparar a eleição presidencial e legislativa do próximo ano, ainda sem data definida.

##RECOMENDA##

As revoluções na Tunísia, com início em janeiro de 2011, desencadearam a Primavera Árabe. Fonte: Associated Press.

Numa manobra de última hora, o primeiro-ministro da Tunísia autorizou, quinta-feira, a emissão de passaportes para que dois jogadores nascidos na França defendam a seleção tunisiana na partida do próximo domingo, contra Camarões, fora de casa, jogo em que será definido um dos classificados para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

A própria federação nacional de futebol da Tunísia anunciou que Ali Laarayadh, primeiro-ministro do país, assinou na tarde de quinta-feira os documentos para autorizar a emissão dos passaportes. Em seguida a entidade que rege o futebol tunisiano providenciou a inscrição deles junto à Fifa e o visto de entrada em Camarões.

##RECOMENDA##

Stéphane Nater tem 29 anos, é volante, e nasceu em Troyes, na França. Hoje no Saint-Gall, joga na Suíça desde 2004 e, por isso, também tem cidadania suíça. Já Fabien Camus, um ano mais novo, também atua no meio-campo e é natural de Arles, outra cidade francesa. Atualmente defende o Troyes.

Na primeira partida desta fase final das Eliminatórias Africanas, Camarões e Tunísia empataram em 0 a 0 em Túnis. Quem vencer em Yaounde vem ao Brasil. Em caso de empate com gols, a vaga é dos tunisianos.

A Tunísia, que enfrenta crise política e violência atribuída a islâmicos, informou neste domingo (3) que vai estender em oito meses o estado de emergência que está em vigor desde o levante de 2011. A presidência fez o anúncio e disse que a medida ficará válida até o fim de junho de 2014. As autoridades do país têm renovado o estado de emergência em períodos que variam entre três meses e um ano desde o levante, no ano passado, que derrubou o ditador Zine El Abidine Ali.

Além disso, os governantes islâmicos da Tunísia e a oposição têm até o meio-dia (horário local) de segunda-feira (4) para chegar a um acordo sobre um novo primeiro-ministro a fim de tirar o país da longa crise política que atravessa, disse um mediador. O partido islâmico Ennahda e a oposição fracassaram durante uma semana de negociações para escolher um novo primeiro-ministro, como parte de um roteiro para superar a crise, afirmou neste domingo a União Geral dos Trabalhadores Tunisianos (UGTT).

##RECOMENDA##

De acordo com legisladores contatados pela France Presse (AFP), os negociadores não conseguiram decidir entre Mohamed Ennaceur, de 79 anos, apoiado pela oposição, e Ahmed Mestiri, de 88 anos, apoiado pela Ennahda e seus aliados. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um homem detonou os explosivos que levava junto ao corpo em frente a um hotel à beira-mar na cidade de Sousse, Tunísia, no que parece ter sido o primeiro ataque suicida do país. O suicida foi a única vítima da ação, informou o Ministério do Interior.

A Tunísia não tem histórico de episódios violentos, mas desde que o país deu início à Primavera Árabe, derrubando sua antiga ditadura secular, tem registrado a crescente ação da insurgência islâmica em partes remotas do país. O episódio é o primeiro em uma área turística, o que preocupa o setor que foi bastante afetado pela situação política do país.

##RECOMENDA##

Testemunhas disseram a meios de comunicação tunisianos que parecia que o homem iria entrar no hotel Riadh Palm, localizado em Sousse, cerca de 150 quilômetros ao sul da capital, quando detonou os explosivos.

O Ministério do Interior disse que não houve feridos ou danos à propriedade e que o suicida era um homem tunisiano que usava um cinturão com explosivos. Sousse é um conhecido destino para o turismo europeu, setor que começa a se recuperar de uma aguda queda após a revolução de 2011

A polícia também deteve um homem que carregava explosivos nas proximidades do mausoléu de Habib Bourguiba, o primeiro presidente pós-independência, na cidade de Monastir, informou o porta-voz do Ministério, Mohammed Ali Aroui, a uma rádio local. Segundo ele, os dois homens pertencem a um grupo extremista.

''Uma tentativa de ataque contra o mausoléu de Bourguiba foi frustrada...e um jovem que carregava explosivos foi detido", afirmou Ali Laroui. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Uma sede do partido islâmico Ennahda, no poder na Tunísia, foi atacada nesta quinta-feira (24) em Beja, deixando cinco feridos - informou um representante do movimento, Abdesatar Amduni, em declarações à rádio Shems-FM.

Este foi o segundo ataque a dependências do partido nesta quinta-feira. "Cinco membros do Ennahda foram feridos, um com uma fratura na perna, e outro com queimaduras no rosto", durante o ataque cometido por alguns dos "centenas, ou milhares" de manifestantes nesta cidade 100 km a oeste de Túnis - acrescentou Amdouni.

Nesta quinta-feira de manhã, uma instalação do Ennahda em Kef (noroeste) já havia sido incendiada por manifestantes. Segundo testemunhas, eles teriam saqueado o local antes.

Esse prédio fica perto da residência da família de um dos seis guardas mortos na véspera, em confrontos com um grupo armado na região de Sidi Bouzid (centro-oeste).

Tunísia e Camarões começaram neste domingo a decidir uma das cinco vagas africanas para a Copa do Mundo de 2014, na última fase das Eliminatórias. Na cidade tunisina de Rades, os camaroneses conseguiram segurar o empate por 0 a 0 e agora terão a possibilidade de decidir a classificação em casa, no dia 17 de novembro, na cidade de Yaounde.

A seleção camaronesa contou neste domingo (13) com o reforço de seu principal jogador, o atacante Samuel Eto'o. Ele chegou a afirmar que não defenderia seu país na fase final das Eliminatórias Africanas, alegando problemas familiares, mas voltou atrás e atuou durante os 90 minutos da partida.

##RECOMENDA##

Apesar do reforço de Eto'o, os camaroneses se fecharam na defesa neste domingo, com a intenção de segurar os tunisianos, mas ainda perderam chance inacreditável no segundo tempo, quando Webo recebeu cruzamento e, sem goleiro, se atrapalhou e tocou para fora. Com o empate deste domingo, Camarões precisa de uma vitória simples no jogo da volta para se classificar para a Copa.

A seleção de Camarões luta para chegar ao seu sétimo Mundial, tendo disputado cinco dos últimos seis, ficando de fora apenas em 2006, na Alemanha. Foi justamente em 2006 que a Tunísia disputou a Copa do Mundo pela última vez, tendo ficado de fora na África do Sul, em 2010. Os tunisianos tentam disputar a competição pela quinta vez.

Centenas de tunisianos marcharam nas ruas da capital pedindo a saída do governo em um grande protesto da oposição.

Neste sábado completa 40 dias do assassinato do líder da oposição, Mohammed Brahmi, cuja morte levou o país a uma crise política.

##RECOMENDA##

Dezenas de membros da oposição que faziam parte da Assembleia foram afastados paralisando os trabalhos de reescrita da Constituição. Semanas de mediação entre o governo e a oposição pelo principal sindicato de trabalhadores foram infrutíferas.

A oposição quer que o governo conduzido por um islamita deixe o poder alegando falta de capacidade para garantir a segurança e a expansão da economia na Tunísia, berço da Primavera Árabe.

O primeiro-ministro da Tunísia, Ali Larayedh, disse que eleições gerais serão realizadas no dia 17 de dezembro após uma reunião de emergência realizada nesta segunda-feira, com o objetivo de aliviar as tensões políticas e protestos exigindo a queda do governo islamita.

"Este governo vai permanecer no cargo. Não estamos agarrados ao poder, mas temos o dever e a responsabilidade de exercê-lo até o final", disse ele à televisão estatal.

##RECOMENDA##

Larayedh fez as declarações para deixar claro que o governo não vai ceder à pressão para dissolver a Assembleia eleita e formar um governo de unidade nacional após o assassinato de Mohammed Brahmi, político da oposição, na quinta-feira. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A polícia da Tunísia usou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes na cidade de Sidi Bouzid nesta segunda-feira. Os ativistas exigiam a renúncia do governo liderado por islâmicos, afirmou um correspondente da AFP.

Os manifestantes se reuniram do lado de fora do gabinete do governador na cidade da região centro-oeste do país, berço da Primavera Árabe de 2011, que derrubou o regime do ditador Zine El Abidine Ben Ali. O local também é cidade natal de um deputado anti-islâmico assassinado na semana passada.

##RECOMENDA##

O protesto é o mais recente de uma onda de manifestações que tomou conta da Tunísia desde o assassinato de Mohamed Brahmi na quinta-feira, o segundo membro da oposição assassinado na Tunísia desde fevereiro.

Centenas de manifestantes bloquearam a entrada do prédio e pediram a saída do governador. Alguns, em seguida, começaram a atirar pedras, o que levou a polícia a disparar gás lacrimogêneo para dispersá-los. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um dos líderes do partido de oposição Movimento do Povo foi morto a tiros na Tunísia, segundo o advogado e membro do grupo Khaled Khichi. Falando do hospital, Khichi disse que Mohammed Brahmi foi morto na quinta-feira pela manhã.

Brahmi era um nacionalista e tinha um assento na Assembleia encarregada de escrever

##RECOMENDA##

a nova Constituição do país.

Este foi o segundo assassinato de um político da oposição após a morte do esquerdista Chokri Belaid em fevereiro. O incidente com Belaid resultou na renúncia do primeiro-ministro do país e a uma crise política que quase desviou a transição na Tunísia.

O governo havia atribuído o assassinato de Belaid a ação de extremistas islâmicos.

Berço da Primavera Árabe, a Tunísia está se esforçando para fazer uma transição para democracia depois da derrubada de seu ditador, em 2011. Fonte: Associated Press.

A integrante do movimento Femen tunisiana Amina é julgada nesta quinta-feira por posse de um spray de autodefesa, enquanto as outras três europeias do grupo feminista que na véspera realizaram um protesto em Túnis com os seios à mostra para apoiá-la, na primeira ação deste tipo em um país árabe, serão conduzidas ao Ministério Público da capital.

O movimento Femen, conhecido pelas ações de topless realizadas por suas ativistas em todo o mundo, informou em seu site que as duas francesas e a alemã detidas na quarta-feira em frente ao palácio de Justiça de Túnis serão conduzidas ao meio-dia diante do procurador, que decidirá quais medidas serão tomadas.

Em Kairuan (150 km ao sul de Túnis), Amina Sboui, conhecida pelo pseudônimo Tyler, foi conduzida ao juiz vestida com um safsari, o véu tradicional tunisiano.

Amina, que foi detida no dia 19 de maio depois de ter pintado "Femen" em um muro de um cemitério de Kairuan, onde iria ocorrer uma concentração do movimento salafista jihadista, explicou ao juiz que possuía o spray há dois meses para sua própria defesa.

Seu advogado, Souheib Bahri, indicou que as acusações contra Amina se baseiam em um decreto de 1894 que prevê penas de entre seis meses e cinco anos de prisão por posse de produtos incendiários ou explosivos.

Segundo Bahri, Amina enfrenta apenas a condenação mínima, já que só possuía um spray de autodefesa.

No entanto, a tensão pairava no ar de Kairuan, onde dezenas de manifestantes cansados das ações do Femen se reuniram diante de um tribunal insultando os advogados da jovem.

Vários advogados, que diziam representar os moradores de Kairuan, se apresentaram perante o juiz para exigir sua participação no processo como parte civil e para que as acusações contra a jovem sejam mais severas. O juiz rejeitou estas petições.

Em março, Amina provocou um grande escândalo ao publicar fotos de si mesma nas quais aparecia com os seios à mostra, ao estilo do grupo feminista Femen.

O movimento Femen, fundado na Ucrânia e sediado em Paris, protagoniza há vários anos ações de topless para denunciar a discriminação da mulher.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando