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Três ativistas do grupo feminista Femen foram detidas em Túnis nesta quarta-feira (29), na primeira ação de topless em um país árabe, para exigir a libertação de uma tunisiana e denunciar a condição das mulheres no país.

Diante de uma multidão de jornalistas reunidos diante do Palácio de Justiça, as três jovens - duas francesas e uma alemã - protestaram aos gritos de "libertem Amina", a ativista tunisiana que está detida à espera de julgamento na quinta-feira em Kairuan por posse ilegal de um spray de autodefesa, um crime que pode ser punido com seis meses de prisão. "Uma investigação foi aberta e as três serão detidas e levadas à justiça", declarou à AFP o porta-voz do ministério da Justiça, Adel Riahi, sem especificar as acusações.

Na Tunísia, os atentados ao pudor podem ser punidos com seis meses de prisão. A ação do Femen irritou advogados e pedestres no local. Eles agrediram os jornalistas presentes e alguns repórteres foram detidos."Esta é a primeira ação que realizamos no mundo árabe. Preparei esta equipe internacional em Paris e foi enviada ontem (terça-feira) à Tunísia", explicou à AFP Inna Shevchenko, dirigente do Femen em Paris.

Uma jovem tunisiana, integrante do Femen, conhecida pelo pseudônimo de Amina Tyler, foi detida em 19 de maio em Kairuan depois de ter pintado "FEMEN" nos muros do cemitério ao lado da grande mesquita da cidade.

A jovem de 18 anos pode ser condenada a até seis meses de prisão por transportar o spray de autodefesa, além de dois anos de prisão por profanar um cemitério. Em março, Amina provocou grande escândalo ao divulgar fotos nas quais aparecia com o torso nu.

A família afirma que Amina é uma depressiva crônica e seus pais impediram por muito tempo que saísse de casa, por questões de segurança. A jovem, que acusava a família de sequestro, fugiu em abril e desde então passou a aparecer regularmente em público.

Pelo menos uma pessoa morreu e 15 ficaram feridas neste domingo, 19, em confrontos entre membros de um grupo islâmico radical salafita e a polícia da Tunísia.

Os distúrbios ocorreram após o governo ter proibido o encontro anual do grupo, um dia antes de sua prevista realização. O braço local da rede extremista Al-Qaeda conclamou os militantes a não aceitarem a norma do governo e resistir.

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Cerca de 11 mil homens, entre policiais e soldados, foram mobilizados na cidade de Kairuan, onde seria realizado o encontro.

As informações são da Associated Press.

Um tribunal da Tunísia condenou o ex-presidente do país Zine El Abidine Ben Al à prisão perpétua em um julgamento feito à revelia. Esta foi a terceira condenação do ex-presidente desde que ele foi retirado do poder em janeiro de 2011.

A agência de notícias estatal TAP disse que ele foi julgado pela morte de um

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manifestante e ferimentos a outros dois durante a repressão aos ativistas na cidade de Sfax, no sul do país.

Ben Ali foi viver em exílio na Arábia Saudita, onde ele fugiu em meio ao levante que derrubou seu regime após 23 anos no poder.

O ex-ministro do Interior, Rafik Belhaj Kacem, que estava presente no julgamento, foi condenado a 10 anos de prisão pelo caso.

Ben Ali havia sido condenado à prisão perpétua em junho e em julho do ano passado por repressão a manifestantes em Túnis, capital da Tunísia, e no noroeste do país. As informações são da Associated Press.

O Fórum Social Mundial (FSM), realizado este ano, pela primeira vez, na Tunísia, centrou suas discussões desta terça-feira na situação das mulheres, principalmente no mundo árabe, depois das revoluções que transformaram a região nos últimos dois anos.

Os participantes expressaram sua rejeição ao capitalismo salvagem e qualquer modelo de desenvolvimento que marginalize e violente as mulheres e expressaram sua solidariedade para com todas as mulheres do mundo árabe que lutam "para que o processo revolucionário atual seja o dos direitos e das liberdades e da distribuição justa das riquezas", indicou o FSM em um comunicado.

O papel das mulheres estará no primeiro plano em dezenas de palestras deste Fórum, que acontece até 30 de março.

Também serão discutidas questões econômicas e políticas, assim como temas mais delicados no mundo muçulmano, como a sexualidade.

Trinta mil pessoas e 4.500 ONGs estão presentes na edição 2013 do FSM.

Hackers islamitas tomaram o controle na noite de quarta-feira da página do Facebook do grupo feminista Femen-Tunísia após a divulgação de fotos de duas jovens tunisianas com os seios à mostra.

"Graças a Deus hackeamos esta página imoral e o melhor ainda está por vir", indicou o hacker, que assina como "al-Aangur".

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"A página foi hackeada e, se Deus quiser, estas sujeiras desaparecerão da Tunísia", acrescentou.

O hacker substituiu nesta página as fotos de diversas ações com seios à mostra do Femen em todo o mundo por vídeos de suras do Alcorão, imagens que ilustram a profissão de fé do islã (www.facebook.com/pages/FEMEN-Tunisia/205115066235414).

O Femen, um grupo de feministas ucranianas que agora está instalado em Paris e que foi imitado em vários países do mundo, é conhecido desde 2010 por suas ações "topless" para denunciar o sexismo, a homofobia, a prostituição e a religião.

Duas jovens tunisianas divulgaram nos últimos dias na internet fotos delas com os seios à mostra, depois de terem escrito sobre seus seios em letras pretas e em árabe "Meu corpo me pertence, não representa a honra de ninguém".

Há duas semanas ocorrem especulações na imprensa tunisiana sobre uma ação das feministas ucranianas e francesas na Tunísia, onde o atentado contra o pudor pode ser castigado com seis meses de prisão.

Desde a década de 1950, as mulheres tunisianas têm os direitos mais avançados no mundo árabe, mas persistem muitas desigualdades, sobretudo em matéria de herança.

Um homem ateou fogo ao próprio corpo no centro de Túnis nesta terça-feira, segundo um repórter da agência France Presse, horas antes de o Legislativo do país votar a formação de um novo governo, cuja missão será retirar a Tunísia de uma profunda crise política.

"Este é um jovem que vende cigarros por causa do desemprego", gritou o homem antes de se autoimolar na avenida Habib Bourguiba, em frente a um prédio municipal, segundo a testemunha.

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"Allahu Akbar! (Deus é o maior!)", gritou o homem, ainda consciente, ao ser levado para o hospital Ben Arous.

Pessoas que estavam próximas correram para apagar as chamas, mas não antes de o homem, que aparenta estar na casa dos 20 anos, ter sofrido sérias queimaduras. Um funcionário do hospital disse que ele "está em estado grave e que apenas seus pés não foram queimados". "Daremos a ele um anestésico por causa das dores", disse a fonte.

A avenida Habib Bourguiba, no centro da capital Túnis, foi o palco da revolução de 2011, que derrubou o ex-ditador Zine El Abidine Ben Ali. Muitos tunisianos ganham a vida vendendo cigarros nas calçadas da avenida.

O número de pessoas que cometem ou tentam cometer suicídio se multiplicou na Tunísia desde que um jovem vendedor ambulante ateou fogo ao próprio corpo em 17 de dezembro de 2010, um ato drástico de protesto contra o assédio policial.

A morte de Mohamed Bouazizi, na cidade de Sidi Bouzid, deu início a um levante popular que derrubou Ben Ali após um mês e desencadeou a Primavera Árabe.

Dificuldades econômicas e sociais foram os fatores chave que levaram à queda do regime de Ben Ali, mas dois anos após sua saída do governo o desemprego e a pobreza continuam a afetar o país do norte da África.

O crescente descontentamento nos últimos meses resultou em greves e protestos que geralmente se tornam violentos. Em novembro, cerca de 300 pessoas ficaram feridas numa semana de confrontos com a polícia no noroeste do país.

A Tunísia também luta para sair de uma crise política, intensificada pelo assassinato de Chokri Belaid, um líder opositor, em 6 de fevereiro.

Ainda nesta terça-feira, o primeiro-ministro interino Ali Larayedh vai tentar a aprovação de um voto de confiança para seu novo gabinete dos parlamentares. As informações são da Dow Jones.

O ministro do Interior da Tunísia, Ali Larayedh, foi escolhido para ser o novo primeiro-ministro do país, em substituição a Hamadi Jebali, que deixou o cargo depois de não conseguir formar um novo governo de tecnocratas.

Larayedh, que é alvo de várias críticas da oposição por não ter assegurado a estabilidade na Tunísia, é da ala linha dura do partido governista, a legenda islâmica Ennahda. Sua nomeação deve tornar ainda mais difícil encontrar um consenso para a construção de uma coalizão com outros partidos políticos.

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O partido escolheu Larayedh durante uma reunião que varou a noite. Ele será apresentado ao presidente Moncef Marzouki ainda nesta sexta-feira, disse Moadh Ghannouchi, filho do líder do Ennahda, à Associated Press.

A Tunísia entrou numa crise política após o assassinato de Chokri Belaid, um político de esquerda duas semanas atrás. Na terça-feira, o primeiro-ministro Hamadi Jebali renunciou, depois de seu próprio partido ter rejeitado a formação de um governo de tecnocratas.

A cisão entre o Ennahda e Jebali é vista como um profundo desacordo entre as alas extremista e moderada do partido. As informações são da Associated Press.

O ministro do Interior da Tunísia, Ali Larayedh, anunciou a prisão de vários suspeitos do assassinato de Chorki Belaid, líder opositor cuja morte, duas semanas atrás, jogou o país numa crise política.

Larayedh declarou, na noite de quinta-feira, que houve um "rápido progresso" na investigação sobre o assassinato de Belaid. Mas ele divulgou poucos detalhes e não confirmou se os detidos foram os próprios assassinos ou pessoas que estariam por trás do crime.

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Belaid foi atingido por quatro tiros do lado de fora de sua casa no dia 6 de fevereiro, o que resultou em vários dias de protestos, já que vários manifestantes consideram que o governo foi responsável pela morte do líder de esquerda. As informações são da Associated Press.

A crise política na Tunísia entrou em nova fase neste domingo, após o anúncio de que três ministros do gabinete do partido do presidente estão deixando o governo, o que poderá forçar os islamitas a se comprometer com a oposição.

Há dois anos, a Tunísia deixou para trás décadas de ditadura, depois de conflitos da chamada Primavera Árabe que tomou conta do norte da África. Agora, o país enfrenta o pior momento da crise política desde que uma figura proeminente da oposição foi assassinada na semana passada.

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Após o assassinato do político de oposição Chokri Belaid, na última quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Hamadi Jebali, se comprometeu a formar de tecnocratas sem ligação com partidos políticos para que o país pudesse atravessar a crise e ter novas eleições. No entanto, seu partido rejeitou o plano, dizendo que ele foi eleito pelo povo e deveria continuar no poder.

Muitos culparam o governo por negligência, se não cumplicidade, pelo assassinato de Belaid e dias de revoltas foram vistos no país. "Os tunisianos podem viver sem comida, mas não podem viver sem estabilidade e calma", disse o jornalista e analista político Ali Dkhil. As informações são da Associated Press.

Uma multidão de manifestantes se reuniu do lado de fora do prédio do Ministério do Interior, no centro de Túnis, nesta quarta-feira, para condenar o assassinato do líder opositor Chokri Belaid, relataram jornalistas da agência France Presse.

Pelo menos 1.000 pessoas gritavam palavras de ordem contra o Ennahda, o partido islamita que está no poder, e cantaram o hino nacional do lado de fora do Ministério, que fica na avenida Habib Bourguiba, epicentro do levante de 2011 que derrubou o ex-ditador Zine El Abidine Ben Ali.

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A morte do líder fez com que o presidente Moncef Marzouki cancelasse sua participação na cúpula da Organização da Conferência Islâmica no Cairo. Ele está voltando para a Tunísia por causa do assassinato, informou a presidência na quarta-feira. "Ele retorna no começo desta tarde. Já está decidido", disse o conselheiro presidencial Ghassen Dridi, à agência France Presse por telefone.

França

O governo da França condenou, nesta quarta-feira, o assassinato de Belaid e o descreveu como um corajoso combatente pelos direitos humanos.

"Este assassinato tira da Tunísia uma de suas vozes mais corajosas e livres", declarou o presidente François Hollande horas depois Belaid ter sido morto a tiros ao sair de sua casa. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O líder opositor tunisiano Chokri Belaid, que fazia críticas ao governo de tendências islamitas e à violência praticada por muçulmanos radicais, foi morto a tiros nesta quarta-feira. Belaid liderava uma aliança de esquerda conhecida como Frente Popular. Sua morte deve elevar as tensões no país, cuja transição da ditadura para a democracia é vista como um modelo para o mundo árabe.

Ele foi alvejado quando saída de sua casa, que fica na capital, Túnis, informou a agência estatal de notícias TAP, e teria sido levado a um hospital, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. O porta-voz do governo, Samir Dilou, considerou o assassinato do advogado de 48 anos um "crime hediondo". O Ministério do Interior não havia divulgado detalhes sobre o ataque.

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A razão do assassinato não está clara. O crime aconteceu no momento em que a Tunísia luta para manter a estabilidade e retomar sua economia, após a queda do antigo ditador, Zine El Abidine Ben Ali, como consequência de um levante popular dois anos atrás.

A revolução deu início a revoltas em todo o mundo árabe, desencadeando novas tensões políticas e sociais na região.

Belaid fazia críticas ao governo tunisiano, especialmente ao partido islâmico moderado Ennahda, que domina o governo, por não fazer o suficiente para conter a violência dos ultraconservadores, que atacam mausoléus, mostras de arte e outras manifestações e locais vistos como não compatíveis com sua rígida interpretação do islã.

Segundo sua família, Belaid recebia ameaças de morte com regularidade, sendo que a última foi na terça-feira. Apesar disso, o líder opositor recusava-se a limitar suas atividades.

O presidente tunisiano Moncef Marzouki, que esta em Estrasburgo, na França, para uma reunião no Parlamento Europeu, vai cancelar uma viagem que faria ao Cairo, onde participaria de um encontro da Organização da Conferência Islâmica e voltará à Tunísia, segundo a rádio Shems FM.

O assassinato ocorre no momento em que o governo, liderado pelos islamitas, negocia com partidos de oposição a reformulação do gabinete e a possível expansão da coalizão de governo. Semanas de negociações não deram resultado, já que os partidos parecem não conseguir chegar a um acordo sobre a redistribuição de poder.

No final de semana, Marzouki ameaçou renunciar se o impasse não fosse resolvido, criando grandes preocupações sobre o governo do país. As informações são da Associated Press.

Manifestantes jogaram pedras e tomates contra os líderes da Tunísia nesta segunda-feira (17), durante uma cerimônia que marcava os dois anos do começo das revoltas que derrubaram regimes autoritários em todo o mundo árabe. Cerca de três mil pessoas enfurecidas com o governo liderado por islamitas exigiram empregos e protestaram no evento. Eles jogaram objetos e vaiaram o presidente Moncef Marzouki, que pediu paciência e disse que nenhuma "varinha mágica" poderia reduzir o desemprego.

Mas os manifestantes reclamaram que eles viam pouca melhora na região desde a posse do novo governo. Algumas pessoas seguravam placas com palavras de ordem. "O povo quer a queda do governo e uma nova revolução", dizia um dos cartazes.

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Marzouki e outras personalidades tiveram de ser escoltados para fora do palco.

A cerimônia desta segunda-feira marcava os dois anos desde o dia em que um vendedor de rua se matou com fogo em protesto contras o regime do presidente Zine El Abidine Ben Ali. A ação de Mohamed Bouazizi desencadeou demonstrações que se espalharam por toda a Tunísia e vários outros países árabes.

Nas últimas semanas, a economia em estagnação da Tunísia alimentou um impasse entre o partido dominante e o principal sindicato do país. Os radicais islamitas tunisinos também passaram a demonstrar sua insatisfação e os protestos de jovens descontentes por vezes acabaram em violência. As informações são da Associated Press.

O homem suspeito de ter participado do ataque contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi foi acusado formalmente na Turquia de fazer parte de uma célula terrorista, afirmou seu advogado nesta quinta-feira. "O juiz da investigação acusou-se de ser membro de um grupo terrorista baseado no exterior", disse o advogado de defesa Anouar Ouled Ali.

Ele negou-se a dar mais detalhes, dizendo penas que seu cliente, Ali Hamzi, foi preso na Turquia e deportado para a Tunísia no dia 11 de outubro, um mês após o ataque contra a representação diplomática dos EUA em Benghazi ter causado a morte do embaixador Christopher Stevens e outros três norte-americanos.

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O advogado afirmou, no entanto, que ao contrário das informações de que Hamzi estaria envolvido na invasão do consulado, seu cliente não tem ligação com o ocorrido.

Na quarta-feira, um oficial da polícia egípcia disse que um outro suspeito de participar do ataque, de nacionalidade egípcia, foi morto em um tiroteio perto do Cairo. O policial disse que o suspeito, chamado Hazem, voltou recentemente do leste da Líbia e foi surpreendido pela polícia em seu esconderijo. Ele teria reagido a tiros e acabou morto por um agente. A polícia afirma que encontrou armas no esconderijo.

A destruição do consulado em Benghazi levou a um forte debate político nos EUA e foi um tema discutido tanto pelo presidente Barack Obama quando pelo candidato republicano Mitt Romney em dois dos três debates presidenciais. As informações são da Dow Jones e Associated Press.

Os partidos da coalizão no poder na Tunísia, composta pelo islamita Ennahda e seus dois aliados de esquerda, entraram em um acordo esse sábado (13) para adotar um regime parlamentar no qual o presidente será eleito por sufrágio universal, informaram fontes políticas à AFP.

A natureza do futuro regime é um ponto de discórdia entre Ennahda, que defende um parlamentarismo puro, e seus aliados, defensores de um "regime presidencial misto" que estabeleça amplas prerrogativas ao chefe de Estado.

"Houve consenso para adotar um regime parlamentar modificado no qual o presidente seja eleito por sufrágio universal", afirmaram estes encarregados que pediram para ter sua identidade preservada.

O acordo ocorre ao final das negociações desta semana entre Ennahda, o Congresso para a República do presidente Moncef Marzuki e Ettakatol, de Mustafá Ben Jaafar, presidente da Assembleia Constituinte encarregada de redigir a nova Constituição.

Segundo o acordo, o futuro regime, que estará inscrito no projeto de Constituição, terá um governo responsável perante o Parlamento e este terá, por sua vez, o poder de destituir o presidente. A eleição do presidente terá que estar separada das eleições legislativas. O conteúdo do acordo será anunciado na próxima quinta-feira (18), pelo chefe de governo, o islamita Hamadi Jebali.

Várias dezenas de manifestantes invadiram o complexo da Embaixada dos Estados Unidos na Tunísia nesta sexta-feira, incendiando automóveis e levantando uma bandeira com a profissão de fé islâmica, como parte das violentas manifestações que tomaram conta de países asiáticos e africanos contra o filme "Inocência dos Muçulmanos" feito nos EUA e ofensivo à religião islâmica. Pelo menos duas pessoas foram mortas e 29 ficaram feridas nos episódios, informou a agência de notícias do governo tunisiano.

Fora da embaixada, milhares de manifestantes estavam reunidos, incluídos homens que trocaram pedradas com a polícia, que respondeu com o disparo de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha.

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A multidão também incendiou uma escola norte-americana vizinha ao complexo da embaixada e os bombeiros de Túnis foram impedidos, pela enorme multidão, de chegarem ao local. Colunas de fumaça negra subiam ao céu no bairro. A polícia e forças especiais tunisinas repeliram o grupo que conseguiu invadir o complexo da embaixada. Não está claro quantas pessoas foram detidas.

As informações são da Associated Press.

Navios da Guarda Costeira da Itália e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) buscavam nesta sexta-feira por sobreviventes do naufrágio de um pequeno barco que transportava imigrantes clandestinos e naufragou perto da ilha de Lampedusa. Pelo menos 56 sobreviventes foram resgatados, mas acredita-se que dezenas estejam desaparecidos. Um corpo foi retirado do mar. Os sobreviventes, todos tunisianos, incluída uma mulher grávida, foram resgatados perto da ilhota desabitada de Lampione, vizinha a Lampedusa, disse o porta-voz da Guarda Costeira italiana, coronel Filippo Marini.

Marini afirmou que aviões da Itália e a Otan também realizam buscas na área ao redor de Lampedusa e Lampione. Os tunisianos resgatados afirmam que mais de 100 pessoas estavam a bordo do pequeno barco. Marini disse que não foram encontrados vestígios do barco, que era de madeira e devia ter 10 metros de comprimento segundo os sobreviventes.

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A Anistia Internacional reportou que apenas em 2011, pelo menos 1.500 pessoas morreram afogadas em naufrágios no Mediterrâneo, a grande maioria imigrantes clandestinos que tentavam chegar à Europa.

Na quinta-feira, 58 imigrantes clandestinos sírios e iraquianos se afogaram quando o barco de pesca que os transportava em direção à Europa afundou perto da costa da Turquia. A maioria dos mortos eram mulheres e crianças, reportou a agência de notícias Dogan da Turquia. Dois turcos que haviam prometido levar os imigrantes à Grã-Bretanha foram detidos em Izmir.

As informações são da Associated Press.

Sem a mesma confiança da Olimpíada passada, quando ficou com a prata, a Seleção Brasileira de Vôlei Masculino desembarcou em Londres sem os holofotes do favoritismo. Mesmo assim, Bernardinho aposta na recuperação de atletas experientes e nas caras novas do esporte para repetir o feito dos Jogos de Atenas 2004.

O Brasil estreia nos Jogos Olímpicos de Londres no próximo domingo (29), às 18h (horário de Brasília), contra a Tunísia. A base titular da seleção deve ser formada por Bruninho, Lucão, Sidão, Vissotto, Dante, Murilo e Sérgio.

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Giba e Ricardinho, remanescentes da equipe que faturou o ouro há 8 anos, devem ficar no banco de reservas. Os atletas perderam espaço para Murilo e Bruno, respectivamente. A Olimpíada ainda terá a presença dos “debutantes” Leandro Vissotto, Lucão, Sidão, Wallace e Thiago Alves.

no primeiro semestre deste ano, o Brasil ficou em sexto lugar na Liga Mundial, pior resultado da Era Bernardinho.

A equipe masculina de basquete do Brasil finalizou a preparação para os Jogos de Londres nesta quinta-feira (26). O time comandado por Rubén Magnano venceu a Tunísia em amistoso com portões fechados, aplicando 87x54. Essa foi a oitava vitória em 11 amistosos feitos pelo grupo.

A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) informou que os 12 atletas que compõem o elenco participaram da partida. O jogo não teve súmula registrada. Na fase de preparação, o Brasil superou Argentina, Austrália, Chile, Grécia, Nova Zelândia, Nigéria, Tunísia e uma equipe B espanhola. O grupo de Magnano só perdeu para os argentinos, norte-americanos e franceses.

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A estreia do Brasil em Londres será contra a Austrália. Duelo será válido pelo Grupo B e ocorrerá a partir das 7h15 (horário de Brasília).

O jogador brasileiro de vôlei Giba foi confirmado nas Olimpíadas, nesta quinta-feira (26). Ele era dúvida porque havia passado por uma recente cirurgia na canela esquerda e ainda estava em recuperação, mas está com a participação garantida nos Jogos. Lucarelli que foi convocado para ficar em lista de espera foi cortado da seleção. A equipe masculina vai estrear nos Jogos neste domingo (29) contra a Tunísia.

O técnico Bernardinho resolveu apostar na experiência do jogador para esta Olimpíada. “Estou pronto. Tive um inconveniente estiramento na semana passada, me recuperei e estou pronto para ajudar do jeito que for necessário. Vim com certeza de jogar. Com os exames feitos estava tudo certo. Era acordado com parte médica que eu teria condição médica de jogar desde que na última semana de treinos no Brasil eu desse uma segurada”, disse Giba.

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Quando o assunto foi o mau desempenho da Seleção do Brasil na última Liga Mundial de Vôlei, Giba frisou que o foco do ano era mesmo a Olimpíada. “Se pararmos para pensar em 12 anos, esse é o segundo pódio que não estivemos. Não tem como fazer pico de trabalho para chegar bem na Liga e na Olimpíada. O foco do ano foi esse aqui”, contou.

O time do vôlei masculino em Londres conta com os ponteiros Dante, Giba, Murilo e Thiago Alves; os opostos Lenadro Vissoto e Wallace; os centrais Sidão, Lucão e Rodrigão; o líbero Serginho e os levantadores Bruninho e Ricardinho.

O ditador da Tunísia deposto em 2011, Ben Ali, recebeu sua segunda condenação à prisão perpétua nesta quinta-feira, quando um tribunal militar o sentenciou à revelia por cumplicidade nos assassinatos de manifestantes durante a revolta contra ele.

Zine El Abidine Ben Ali está exilado na Arábia Saudita. A Tunísia já solicitou sua extradição, mas não recebeu resposta. Mesmo assim, o governo tunisiano prometeu trazer Ben Ali e todos os seus cúmplices perante a Justiça por crimes supostamente cometidos durante os 23 anos de ditadura.

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Este último julgamento refere-se às mortes de ativistas na capital Túnis e no norte do país. Cerca de 43 oficiais foram julgados e receberam sentenças que variam entre cinco anos e prisão perpétua. O ex-chefe da guarda presidencial, Ali Seriati, foi condenado a 20 anos de prisão, enquanto o ex-ministro do Interior Rafik Belhaj Kacem pegou 15 anos. Ambos estão em custódia.

Ben Ali e sua família são réus de dezenas de processos em tribunais civis e militares. O ex-ditador já havia recebido uma sentença de prisão perpétua em junho, pelas mortes no sudeste da Tunísia, onde a revolução começou em dezembro de 2010.

A revolta na Tunísia iniciou uma onda de movimentos pró-democracia pelo Oriente Média e norte da África que derrubou diversos governos e ficou conhecida como Primavera Árabe. As informações são da Associated Press.

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