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Mais de 100 mil eleitores voltaram às urnas nesse domingo (7) para eleger novos prefeitos em sete municípios brasileiros. As eleições suplementares foram definidas pela Justiça Eleitoral para substituir prefeitos e vices eleitos em 2020, que tiveram seus registros de candidatura indeferidos naquela eleição.

O maior processo eleitoral deste domingo ocorreu no município de Tomé-Açu, no Pará, em que 36.034 eleitores se mobilizaram na cidade. Carlos da Vila Nova (PL) foi eleito com 20.426 votos, ou 58,32% dos votos válidos.

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Em Jaguaruana, no Ceará, 23.276 pessoas foram às urnas. Elias do Sargento (PCdoB) foi escolhido com 11.603 votos (51,64%)

A cidade de João Dourado, na Bahia, mobilizou 13.342 eleitores e a maioria (56,08% ou 7.319 votos) escolheu Di Cardoso (PL). Guamaré, no Rio Grande do Norte, foi outro município da Região Nordeste a voltar às urnas. O eleito foi Arthur (PSB), com 6.984 votos (61,16%).

Em Carapebus, no Rio de Janeiro, Bernard Tavares (Republicanos) elegeu-se prefeito com 5.293 votos (53,14%). Os outros dois municípios com eleições suplementares foram Bandeirantes (MS), que elegeu Gustavo Sprotte (DEM), com 1.493 votos (36,25%), e Francisco Alves (PR), que escolheu Milena do Valtinho (PSDB), com 2.096 votos (49,35%).

A poucas horas do início de 2020, políticos já usam as redes sociais para desejar um feliz ano novo para os brasileiros. Os próximos 12 meses prometem ser agitados no mundo da política, isto porque se trata de um ano eleitoral - onde serão eleitos prefeitos, vices e vereadores. 

Veja algumas das mensagens:

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A partir de 1º de janeiro de 2020, eleitores, partidos e candidatos devem estar atentos ao calendário definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para eleições municipais do ano que vem, quando serão escolhidos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Pelo calendário eleitoral aprovado pela Corte, todas as pessoas envolvidas no pleito devem respeitar regras e prazos para garantir a realização da votação. O primeiro turno será realizado em 4 de outubro e o segundo turno no dia 25 do mesmo mês.

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No primeiro dia de janeiro, empresas responsáveis por pesquisas de opinião estão obrigadas a registrá-las no TSE. Na mesma data, qualquer órgão da administração pública fica proibido de distribuir benefícios, bens ou valores, exceto no caso de calamidade pública. Os órgãos também não podem aumentar gastos com publicidade acima da média dos últimos três anos.

Em abril, o TSE vai lançar uma campanha nas emissoras de rádio e televisão para incentivar a participação das mulheres nas eleições e esclarecer o eleitor sobre o funcionamento do sistema eleitoral.

No dia 16 de junho, a Corte deve divulgar o valor corrigido do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), criado pelo Congresso. Conforme o orçamento da União para o ano que vem, R$ 2 bilhões estão previstos para o fundo.

Em julho, os partidos estão autorizados a promover as convenções internas para escolha de seus candidatos, que deverão ter os registros das candidaturas apresentados à Justiça Eleitoral até 15 de agosto.

No dia seguinte, a propaganda eleitoral está autorizada nas ruas e na internet até 3 de outubro, dia anterior ao primeiro turno.

Em setembro, a partir do dia 19, nenhum candidato poderá ser preso, salvo em flagrante. No caso dos eleitores, a legislação eleitoral também proíbe a prisão nos dias próximos ao pleito. No dia 29, eleitores só podem ser presos em flagrante.

A diplomação dos prefeitos e vices, além dos vereadores eleitos, deve ocorrer até 19 de dezembro de 2020.

Nas eleições municipais de 2016, 144 milhões de eleitores estavam aptos a votar. No pleito, foram registradas 496 mil candidaturas para os cargos disputados.

As candidatas a vice-presidente Ana Amélia (PP), da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), e Kátia Abreu (PDT), da chapa de Ciro Gomes (PDT), aproveitaram debate realizado nesta terça-feira, 2, para reforçar ataques à candidatura do PT, numa tentativa de se viabilizarem como a terceira via da disputa presidencial. Líder nas pesquisas e sem representante no debate, Jair Bolsonaro (PSL) foi pouco atacado.

O encontro, organizado por UOL, Folha de S.Paulo e SBT, contou apenas com a participação de Ana Amélia, Kátia Abreu e Manuela D'Ávila (PCdoB), vice na chapa de Fernando Haddad (PT). Também foram convidados os vices Hamilton Mourão (PRTB), de Bolsonaro, e Eduardo Jorge (PV), de Marina Silva (Rede). Mourão recusou o convite porque, segundo ele, é Bolsonaro quem fala pela chapa. Jorge alegou incompatibilidade de agenda.

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Amiga da ex-presidente Dilma Rousseff e contrária ao impeachment da petista, Kátia Abreu evitou fazer críticas ao PT pelo lado da corrupção. Sua estratégia foi questionar a capacidade de Haddad de governar o País, recorrendo à derrota do petista na tentativa de se reeleger prefeito de São Paulo em 2016.

"Acho que o PT está brincando à beira do abismo. Haddad não tem a menor condição. Ele não soube governar São Paulo, foi reprovado como prefeito da maior capital da América Latina. Ele nem terminou o ensino médio e já quer ir para o ensino superior. Precisa repetir de ano para depois tentar a Presidência", disse a vice da chapa de Ciro, cujo mote de campanha tem sido se apresentar como a terceira via da disputa.

A vice de Alckmin, por sua vez, priorizou ataques relacionados a escândalos de corrupção. Após a vice de Haddad afirmar que o juiz Sergio Moro tem motivações políticas, Ana Amélia disse que esta afirmação é preocupante, porque coloca em risco as investigações em caso de vitória do PT. "Eu temo pelo futuro da Lava Jato, a depender do resultado da eleição", disse.

Sem Mourão no debate, Bolsonaro foi pouco criticado. Até mesmo a vice da chapa tucana, que tenta atrair votos do capitão da reserva com o argumento de que só Alckmin é capaz de derrotar o PT no segundo turno, foi contida quando teve a oportunidade de falar sobre o líder das pesquisas, numa pergunta de uma jornalista sobre quem ela apoiaria em um eventual segundo turno entre os candidatos do PT e do PSL.

Ana Amélia se limitou a dizer que não trabalha com esse cenário e que Alckmin é o nome que representa a terceira via. "Geraldo Alckmin é a terceira via, pelo seu poder moderador, pela convergência ao centro", disse a vice do tucano. "Os desafios para 2019 são gigantescos e, sem essa capacidade de articulação [de Alckmin], o que nos espera é uma situação bastante complicada", disse.

A declaração de Ana Amélia, posicionando Alckmin como a terceira via, contrasta com o histórico do PSDB em disputas presidenciais. Desde 1994, o partido tem polarizado com PT, sempre ficando em primeiro ou segundo lugar. Venceu em 1994 e 1998, com Fernando Henrique Cardoso, e perdeu no segundo turno em 2002, 2006, 2010 e 2014, todas para candidatos petistas.

Manuela, já de olho num segundo turno contra Bolsonaro, foi mais incisiva em menções ao capitão da reserva. Em sua última fala, por exemplo, buscou contrapor a chapa petista à do candidato do PSL. Para isso, listou bandeiras que apoia, como a igualdade de direitos entre homens e mulheres, e, após citar cada uma, mencionava a hashtag #Elenão, para deixar claro que Bolsonaro representa o oposto. A hashtag foi o símbolo das manifestações de mulheres que ocorrerem em todo o Brasil no último sábado contra Bolsonaro.

Em resposta aos ataques de Kátia Abreu e Ana Amélia, Manuela ressaltou que o plano de governo do PT inclui desenvolvimento econômico com justiça social, reforçou a tese de que de que o combate à corrupção avançou no Brasil graças a instrumentos criados e fortalecidos nos governos petistas e disse que Haddad tem "tranquilidade e capacidade para lidar com as divergências".

Manuela D'Ávila (PCdoB), candidata a vice-presidente da chapa de Fernando Haddad, buscou apresentar o candidato petista como alguém "capaz de lidar com a divergência", após ter sido questionada sobre qual seria a sua reação em caso de impeachment de Haddad, se assumiria o governo ou renunciaria em solidariedade ao companheiro de chapa.

"Haddad é o homem certo para governar o País, com desenvolvimento com combate à desigualdade. Representamos a retomada do investimento público. Haddad tem tranquilidade e capacidade para lidar com a divergência", disse a vice em debate entre vices na corrida presidencial organizado por UOL, Folha de S.Paulo e SBT.

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"Como enfrentar crises com truculência, com ódio? Tratando mulheres e homens diferentes, negros e brancos diferentes? Não dá", afirmou, numa clara referência ao candidato Jair Bolsonaro (PSL)

Antes de responder à pergunta sobre um possível impeachment de Haddad, Manuela chegou a se referir ao questionamento como uma piada, mas se corrigiu logo em seguida. "Achei a piada, quer dizer, a pergunta, engraçadíssima", afirmou a vice de Haddad, que reiterou na sua resposta que não há hipótese de impeachment em um novo governo petista.

Manuela também comentou a última pesquisa Ibope, que foi divulgada na segunda-feira, dia 1º, e mostrou estagnação de Haddad com 21%, enquanto Jair Bolsonaro subiu 4 pontos, para 31%. Segundo ela, "as pesquisas sempre mostram oscilação".

"O que estamos vendo é que o segundo turno terá muita competição. A primeira disputa se dará entre tomar um rumo democrático ou não, se um projeto de país com desenvolvimento e justiça social, ou um projeto que trata homens e mulheres diferentes, negros e brancos diferentes", ressaltou.

A vice de Haddad também reforçou a narrativa petista de que os governos do PT foram os que mais fortaleceram os instrumentos de combate à corrupção e acrescentou que, se o partido voltar ao poder, serão criados mecanismos para também evitar a corrupção. Apesar disso, ela afirmou que a Lava Jato tem abusos. "Não há um brasileiro que não perceba motivação política do juiz Sergio Moro", declarou.

Em debate entre vices na corrida presidencial, a candidata Ana Amélia (PP), da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), buscou emplacar a candidatura tucana como a terceira via de uma disputa que tem como líderes das pesquisas de intenção de voto Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

"Geraldo Alckmin é a terceira via, pelo seu poder moderador, pela convergência ao centro", disse a vice do tucano, em debate organizado por UOL, Folha de S.Paulo e SBT. "Os desafios para 2019 são gigantescos e, sem essa capacidade de articulação de Alckmin, o que nos espera é uma situação bastante complicada", disse Ana Amélia.

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A declaração da vice de Alckmin, posicionando o ex-governador como a terceira via, vai na contramão do histórico do PSDB em disputas presidenciais. Desde 1994, o partido tem polarizado com PT, sempre ficando em primeiro ou segundo lugar.

Ana Amélia evitou falar em um cenário de segundo turno sem a presença do tucano, apesar do candidato não ter conseguido se aproximar da segunda colocação, hoje ocupada por Haddad. Ela minimizou as pesquisas e considerou que a campanha ainda está em aberto.

"O segundo turno não está definido, só será definido no dia 7 de outubro. Não trabalhamos com essa hipótese estar fora do segundo turno. Se as pesquisas definissem a eleição, nós apenas consultaríamos Datafolha e Ibope", disse a candidata a vice, após ter questionada sobre quem a chapa apoiaria em um eventual segundo turno entre Haddad e Bolsonaro.

A vice de Alckmin, que pouco falou sobre Bolsonaro, preferiu mirar seus ataques no PT. Após a vice de Haddad, Manuela D'Ávila, afirmar que o juiz Sergio Moro tem motivações políticas, Ana Amélia disse que esta afirmação era preocupante, porque coloca em risco as investigações em caso de vitória do PT. "Eu temo pelo futuro da Lava Jato, a depender do resultado da eleição", disse a ex-senadora.

Em debate entre vices na corrida presidencial, a candidata Kátia Abreu (PDT), da chapa de Ciro Gomes (PDT), atacou durante o presidenciável do PT, Fernando Haddad, nesta terça-feira, dia 2. Ela lembrou que o petista, quando prefeito de São Paulo, não conseguiu a reeleição e acrescentou que, por isso, Haddad não estaria preparado para assumir o Palácio do Planalto.

"Acho que o PT está brincando à beira do abismo. Haddad não tem a menor condição. Ele não soube governar São Paulo, foi reprovado como prefeito da maior capital da América Latina. Ele nem terminou o ensino médio e já quer ir para o ensino superior. Precisa repetir de ano para depois tentar a Presidência", disse Kátia Abreu, em debate organizado pelo UOL, Folha de S.Paulo e SBT.

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Para a vice de Ciro, Haddad nunca se refere ao seu período como prefeito de São Paulo durante a campanha presidencial. "Ele sempre escapa para sua experiência no Ministério da Educação, para suas bondades. Mas ele apenas cumpriu políticas públicas definidas pelo presidente da República. E deixou duas mil obras de creches inacabadas e um rombo no Fies", disse Kátia.

Em outro ataque ao PT, Kátia Abreu, que foi contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ressaltou que a Operação Lava Jato continuará depois do primeiro turno, com mais investigações.

"Há uma aversão ao PT por conta das denúncias de corrupção, muitos estão sendo investigados e alguns condenados. Essa lembrança vai persistir no segundo turno. A Lava Jato não acaba no dia 7 de outubro. Curitiba não vai dar paz ao PT. É esse país que queremos?", questionou a vice de Ciro Gomes.

A senadora Kátia Abreu (PDT) disse nesta sexta-feira, 28, que o Brasil não pode eleger um militar para a Presidência da República, em referência à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), que lidera as pesquisas de intenção de voto nas eleições 2018. Para a candidata a vice na chapa de Ciro Gomes (PDT), um militar "jamais" deixaria sua "obediência irrestrita" às Forças Armadas para virar um "grande democrata".

"O autoritarismo não pode prevalecer", disse Kátia Abreu, após o debate entre candidatas a vice-presidentes em São Paulo. "Onde o Exército sentou no Executivo, deu porcaria. Me dê um exemplo diferente que não tenha virado ditadura. No Brasil, inclusive. Espanha, França, Alemanha, aqui no Chile... Não deu certo em lugar nenhum."

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Kátia chegou a chamar Bolsonaro de "fascistoide" durante o evento. "E aí vamos caminhar para a beira do abismo e eleger um militar para uma cadeira democrática da política? Eles são bem informados para fazer defesa nacional. E é um princípio do Exército a obediência plena e irrestrita. Agora, você acha que uma pessoa vai deixar esse sentimento e essa escola para trás para sentar na cadeira de presidente e virar um grande democrata e que não vai ser autoritário? Jamais."

Durante o debate, Kátia Abreu também criticou o PT, dizendo que o adversário Fernando Haddad (PT) precisa "terminar o Ensino Médio" antes de "fazer a graduação", em referência ao fato de o petista ter perdido a tentativa de se reeleger prefeito de São Paulo em 2016 e agora ser candidato à Presidência. Ela também afirmou que ao governo de Dilma Rousseff (PT) faltou diálogo.

"A polarização (entre esquerda e direita) é nociva ao País. O PT não aprendeu que podemos ganhar e não levar. Brinca na beira do abismo. Dilma é uma mulher séria e trabalhadora, mas não tinhas as condições globais de experiência política na gestão política e de Estado. Faltou diálogo", disse. "Haddad também. Foi reprovado no primeiro turno (nas eleições municipais de 2016, em que perdeu para João Doria, do PSDB). Não por sua pessoa, porque tenho certeza que ele tinha ótimas intenções. Mas não dá para fazer graduação antes de terminar o Ensino Médio."

A escolha dos candidatos a vice-presidente, definida em convenções partidárias nos últimos dias, serviu para reforçar o posicionamento da maior parte dos candidatos, agregou pouco eleitoralmente e, de maneira geral, não abriu diálogo com setores da sociedade em que os presidenciáveis já não tinham influência. A avaliação é de analistas políticos ouvidos pela reportagem na manhã desta segunda-feira, 6, um dia após a composição para todas as chapas à Presidência nas eleições 2018 estar definida.

Para o professor e cientista político da FGV Marco Antônio Teixeira, a escolha dos vices, que se deu no apagar das luzes, foi a "possível" e trouxe pouco em termos eleitorais. "De uma maneira geral, não agregou muito. Não há um vice que te leve a um lugar onde você não chega, que crie uma conversa com quem os candidatos já não conversavam", avalia.

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O professor Marco Aurélio Nogueira, coordenador do Núcleo de Estudos e Análises Internacionais da Unesp, afirma que, como em qualquer pleito, a escolha dos vices busca uma ampliação dos apoios. "Todos tiveram essa preocupação, que não foi possível em vários casos por uma espécie de esgotamento das possibilidades", afirma.

Para os dois analistas, esse é o caso das candidaturas do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), que definiu o general da reserva do Exército Hamilton Mourão (PRTB), de Marina Silva (Rede), que escolheu Eduardo Jorge (PV), de Henrique Meirelles (MDB), que trouxe o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB) e do senador Alvaro Dias (Podemos), que optou por Paulo Rabello de Castro (PSC).

Em menor escala, seria também o caso de Geraldo Alckmin (PSDB), que já tem relevância no Sul, de onde vem a senadora Ana Amélia (PP-RS). "Acredito que faltou estratégia eleitoral. O ponto fraco de Alckmin é o Nordeste, onde está 27% do eleitorado brasileiro e ele vai mal. Ele não tem nenhum apoio expressivo na região e foi buscar isso em outro lugar, onde já há um competidor expressivo (o presidenciável Alvaro Dias, do Podemos)", avalia.

Para Teixeira, a estratégia é mais de dividir o eleitorado do que de somar. "A Ana Amélia é alguém que consolida a relação com o Centrão (Solidariedade, DEM, PP, PR e PRB), traz o tempo que precisava, mas eleitoralmente o resultado me parece duvidoso. O ponto positivo é ser mulher", avalia.

No caso de Kátia Abreu e Ciro Gomes, ambos do PDT, o cientista político acredita que Ciro "quebrou pontes" em suas tentativas de alianças com o Centrão e com o PSB e, isolado politicamente, optou pela solução caseira. "Do ponto de vista de recursos como tempo de TV e fundo eleitoral, não soma, apesar da notoriedade da Kátia. Além disso, é um perfil parecido, com língua afiada", diz. E, mesmo como uma representante do agronegócio, seu diálogo com o setor piorou depois do apoio a Dilma Rousseff (durante o período do impeachment).

Na avaliação de Cláudio Couto, professor de Gestão e Políticas Públicas da FGV-SP, o caso mais dramático é o de Bolsonaro, por ser um candidato que enfrenta dificuldades para dialogar com o público feminino. Para ele, a escolha de Mourão, presidente do Clube Militar, pode afastar segmentos que poderiam ser atraídos com um discurso mais flexível. "Essa decisão é um estreitamento do ponto de vista do perfil. É um vice que é 'mais do mesmo' e essa militarização da chapa é muito negativa. Não agregou nada e ainda pode tirar", afirma Couto.

Sobre a candidatura de Marina Silva, Cláudio Couto acredita que, dadas as fragilidades de tempo eleitoral, estrutura e dinheiro da Rede, a aliança com Eduardo Jorge foi positiva. "Por mínimo que seja, ampliar o tempo de TV é importante. Dá um alívio para a campanha", afirma.

No caso de Henrique Meirelles e Germano Rigotto, Couto acredita que a aliança não traz "nada". Para ele, um efeito prático da candidatura emedebista é desviar o foco de Alckmin como sendo o candidato do governo. "Mas é uma candidatura que não apresentou capacidade de decolar e essa escolha não ajuda", diz.

O caso do PT

Apesar de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estar potencialmente impedido de concorrer nas eleições após a condenação em segunda instância, o partido tem insistido em sua candidatura. O partido anunciou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como "vice temporário" e Manuela D'Ávila (PCdoB) como eventual vice de Haddad, se Lula não puder ser candidato.

"Haddad e Manuela dão um ar de certa renovação por terem a imagem de jovens, não serem envolvidos em casos de corrupção. O obstáculo maior seria torná-los conhecidos nacionalmente", afirma Cláudio Couto.

O professor Marco Aurélio Nogueira, da Unesp, avalia que essa foi uma das escolhas que menos trouxe ampliação do eleitorado. "Haddad vem de dentro do partido e Manuela sempre girou em torno do PT", diz. Para ele, a decisão serviu para o partido colocar em prática a estratégia política do partido sem Lula.

A candidata a vice na chapa de Celso Russomanno (PRB), Marlene Machado (PTB), criticou nesta quinta-feira, 29, em sabatina no Grupo Estado, o que classificou de "política rasteira" dos adversários nesta corrida à Prefeitura de São Paulo. Na sua avaliação, sua chapa é a mais preparada para comandar uma cidade "tão grandiosa e importante como São Paulo". "O Celso é um bom gestor, uma pessoa humana, temos de fazer uma política séria e verdadeira, eu vou às ruas, converso com as pessoas e elas não aceitam mais essa política que está aí", disse.

Marlene disse que é nova na política, mas avalia, com base no corpo-a-corpo com o eleitorado, que a população não quer ataques, e sim propostas. "O candidato tem que levar propostas ao eleitorado, tem que falar da cidade e da desigualdade social, mas existem ainda essas rasteiras."

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Ela não quis entrar na polêmica das críticas dos adversários, dizendo que as propostas são o ponto chave de uma campanha. "Temos de trabalhar para os menos favorecidos, é um momento de colocarmos nossas propostas, vamos para o segundo turno, independentemente das pesquisas."

Segundo ela, a sua presença na chapa ajudou a dar serenidade aos ânimos internos, principalmente com o acirramento dos ataques dos adversários e a queda nas pesquisas. "Converso muito com o Celso e disse que isso faz parte da política, que ele é do bem, mesmo com a tentativa de desconstrução dos adversários, vamos focar no que é melhor, que são nossas propostas. Nós mulheres temos esse papel importante de conciliar."

Em entrevista à TV Estadão, na série com os candidatos a vice que disputam a Prefeitura da capital, Marlene disse que são naturais as oscilações nas pesquisas de intenção de voto, pois Russomanno liderava com folga a corrida, no início da campanha, e nesta reta final aparece em segundo lugar, com tendência de queda e ameaçado pelas candidaturas de Marta Suplicy (PMDB) e Fernando Haddad (PT).

Ela argumenta que sua coligação teve pouco tempo no horário eleitoral gratuito. "Tempo de TV é fundamental e temos tempo bem reduzido na TV, mesmo assim e com poucos recursos, creio no trabalho que estamos realizando e não tenho dúvidas de que estaremos no segundo turno."

Apesar de criticar a "política rasteira", disse que isso não deverá dificultar as eventuais alianças que sua coligação fará num eventual segundo turno. E reiterou que o principal é focar nas propostas. "O Celso é experiente e queremos trabalhar pela cidade de São Paulo", disse. "O eleitor quer saber de fato o que o candidato fará pela cidade, propostas concretas, pois resolver todos os problemas não tem como, ainda mais em uma cidade abandonada como São Paulo."

Na avaliação de Marlene, a mulher precisa ter um papel de maior destaque na política. Ela não acredita que o impeachment da primeira presidente da República eleita no Brasil, Dilma Rousseff, atrapalhará a inserção de mais mulheres nesta seara. Marlene disse que a primeira medida que a cidade precisa é na área da saúde. "Vamos informatizar todo o sistema", destacou.

O deputado federal Severino Ninho (PSB) criticou, nesta terça-feira (28), a postura do presidente da Câmara em exercício, Waldir Maranhão (PP-MA), de ampliar o feriado junino deixando a Casa 12 dias sem sessões deliberativas. Diante da atuação do progressista, o parlamentar pernambucano lembrou aos pares que é necessário ter mais cuidado na hora de votar e pontuou a importância de observar quem é o vice, pois ele pode assumir a titularidade. 

"É preciso lembrar que Waldir Maranhão não caiu do céu na vice-presidência da Casa. Ele foi eleito pelos colegas deputados e deputadas. Então, é bom que se pense, daqui para frente, se tenha mais precaução, ao se eleger vice-presidente, não só na Câmara. Vice tem importância e pode assumir o cargo. De modo que cabe a nós deputados termos mais cuidado, mais precaução, não ficarmos de olho apenas no acordo entre partidos”, destacou. 

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Protestando contra a medida que chamou de “atitude impensada”, Ninho classificou a postura de Maranhão como “irresponsável” e “de menino”. Waldir Maranhão foi eleito vice-presidente da Câmara na chapa de Eduardo Cunha, que recebeu 267 votos dos parlamentares, em 2015. 

"Não se pode menosprezar o vice. Dos últimos cinco presidentes da República, dois foram vice (Itamar Franco e Sarney), enquanto o atual (Temer) caminha para também ser efetivado", lembrou o deputado pessebista. Na prática, a medida determina o não desconto no salário dos legisladores que não comparecerem para trabalhar nesse período de "festa".

 

Eleitores de 12 cidades de oito Estados brasileiros voltarão às urnas para eleger prefeitos e vice-prefeitos em novos pleitos no próximo 1° de dezembro. Nesses locais, o novo processo ocorrerá em virtude de a Justiça Eleitoral ter anulado as eleições porque o candidato que recebeu mais de 50% dos votos válidos teve o registro de candidatura indeferido ou o mandato cassado.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2013, 65 cidades de 19 Estados já realizaram novas eleições para prefeito e vice-prefeito desde o início do ano. A maior parte dos municípios está em São Paulo e Rio Grande do Sul, que realizaram 11 eleições cada até o momento. Outras novas eleições ainda poderão ser convocadas pela Justiça Eleitoral.

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Já o novo pleito das 12 cidades ocorrerão em: Palestina, em Alagoas; Tarrafas, no Ceará; Pires do Rio, em Goiás; Água Boa, Montezuma, Mathias Lobato e Santa Helena de Minas, em Minas Gerais; Água Azul do Norte, no Pará; Lajes Pintadas, no Rio Grande do Norte; Colinas, no Rio Grande do Sul; e Descalvado e Santana do Parnaíba, em São Paulo.

 

Além da cidade pernambucana do Agreste do Estado, Brejo da Madre de Deus, outros noves municípios brasileiros realizarão eleições suplementares neste domingo (7). A partir das 8h, as urnas estarão abertas para receber o voto de dos cidadãos que escolherão seus novos prefeitos e vices. Nessas cidades, 121.310 eleitores estão aptos a participar da eleição, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A nova votação foi marcada devido à anulação dos pleitos realizados em outubro do ano passado. A Justiça Eleitoral anula um processo eleitoral quando o candidato que obtém mais de 50% dos votos válidos tem o registro de candidatura indeferido.

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As dez cidades estão divididas em cinco estados, são eles: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Em Goiás, haverá novas eleições em São Domingos, Nazário e Flores de Goiás. No Mato Grosso, em Juara e Glória D’Oeste. No Mato Grosso do Sul são três municípios: Figueirão, Jardim e Bela Vista. No Rio Grande do Sul, será realizada eleição na cidade de São José do Ouro e em Pernambuco, ocorrerá novo pleito no Brejo da Madre de Deus.

Goiás – Na cidade de São Domingos, os 7.660 eleitores escolherão o prefeito entre dois candidatos: Etelia Vanja Moreira Gonçalves (PDT) e Trajano Pinheiro Cardoso (PSDB). Já em Nazário, três candidatos disputam a preferência dos 7.140 eleitores: Adalcino Rosa da Silva (DEM), Anderson Dias Ferreira (PMDB) e Jussara Porto Machado (PSDB). Os 6.736 eleitores de Flores de Goiás escolherão o novo governante entre: Jadiel Ferreira de Oliveira (PSDB), José Dias Pereira (PTB) e Ronilson Mendes de Olliveira (PSOL).

Mato Grosso – Em Glória D'Oeste, Nilton Borges Borgato (PP), Paulo Remédio (PPS) e Roberto Carlos Barbosa (PV) disputarão os votos dos 2.492 eleitores. Em Juara, 23.839 eleitores vão às urnas para decidir quem assumirá a Prefeitura da cidade. Valdinei Holanda (DEM), que também disputou as Eleições 2012, terá como concorrentes: Edson Piovesan (Coligação “Juara mais Forte”), Lourival de Souza Rocha (Coligação “Juara é do Povo”) e Denílson Brito de Almeida (PT).

Pernambuco - Em Brejo da Madre de Deus, os quase 30 mil eleitores escolherão entre Hilario Paulo da Silva (PSDC) e Roberto Abraham Abrahamian Asfora (PSDB).

Rio Grande do Sul - Os 5.819 eleitores de São José do Ouro elegerão Benhur Francisco Vanz (PT) ou Itacir Zanella (PP). Os candidatos eleitos em outubro, Algacir Menegat (PT) e o vice Vitor Hugo Bergamo foram acusados de compra de votos.

Mato Grosso do Sul - Os 2.471 eleitores de Figueirão escolherão o prefeito entre os candidatos Juvenal Consolaro (PTB) e Neilo Souza da cunha (PMDB).   Já em Jardim, Erney Cunha Bazzano Barbosa (PT) e Glaucio Cabreira da Costa (DEM) disputarão o voto dos 17.849 eleitores. 

Em Bela Vista, os 16.738 eleitores irão às urnas no dia 7 de julho para escolher entre os seguintes candidatos: Marco Antonio Loureiro (Coligação “Bela Vista em Primeiro Lugar”); Orlanda Freitas (Coligação “Um Novo Tempo para Bela Vista”); Renato de Souza Rosa (Coligação “Bela Vista Merece Mais”); e Reinaldo Miranda Benites (Coligação “Mudança de Verdade”).

*Com informações do TSE

Os candidatos à vice-presidência dos Estados Unidos já depositaram seus votos nas urnas nesta terça-feira. O candidato a vice-presidente na chapa republicana, Paul Ryan, votou na manhã de hoje na biblioteca pública Hedberg, em Janesville (Wisconsin). Ele disse que se sentia ótimo hoje e riu quando questionado em quem pretendia votar. Segundo noticiado pelo Huffington Post, perguntado se ele e Romney ganharão, Ryan disse: "Eu acho que sim, eu me sinto bem quanto a isso".

Já o atual vice-presidente do país e candidato a continuar no cargo pelo Partido Democrata, Joe Biden, votou na cidade de Greenville (Delaware) acompanhado de sua esposa Jill Biden e de seu filho Beau Biden. "É sempre muito divertido", disse Biden que chega a sua oitava eleição, segundo a ABC News. Ele disse que está otimista com o resultado e incentivou as pessoas a votarem mesmo que tenham que passar longos períodos nas filas.

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O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que "não poderia estar mais orgulhoso" de Joe Biden, após o seu vice-presidente (e também candidato à reeleição) entrar em confronto com o republicano Paul Ryan em debate realizado no Kentucky.

Em um pronunciamento incomum, feito sob a asa do Air Force One (avião oficial da presidência), Obama disse ter gostado especialmente da forte defesa que Biden fez à classe média durante o debate dos candidatos a vice-presidência.

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"Eu vou fazer um comentário especial, dizendo que acho que Joe Biden foi fantástico esta noite. E que eu não poderia estar mais orgulhoso dele", disse o presidente dos EUA, ao descer do avião na Base Aérea de Andrews, após uma viagem de campanha à Flórida. (Dow Jones)

Os candidatos a vice-presidente dos Estados Unidos, o congressista e republicano Paul Ryan e o atual vice-presidente Joe Biden, fizeram na noite da quinta-feira em Danville, no Estado do Kentucky, um debate mais agressivo que o primeiro realizado entre o presidente Barack Obama e o republicano Mitt Romney em 3 de outubro. O debate foi mediado pela jornalista Martha Raddatz, da emissora ABC News. Ryan, de 42 anos, pareceu seguro em temas como política externa, que foi bastante discutida, e atacou bastante o presidente Obama.

O experiente Biden, de 70 anos, parecia um pouco mais nervoso e várias vezes interrompeu o interlocutor. Biden não se intimidou e não pareceu apático como Obama no primeiro debate com Romney, rebatendo várias críticas do republicano. Ele lembrou pelo menos três vezes o comentário feito por Romney, de que 47% dos norte-americanos não conduzem as próprias vidas e dependem do governo.

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O debate começou com temas pesados como a destruição do consulado norte-americano em Benghazi, no leste da Líbia, o programa nuclear do Irã e o Oriente Médio. Os dois depois discutiram o programa de saúde Medicare do governo americano, a previdência, a situação da economia e a geração de empregos.

A jornalista Martha Raddatz começou perguntando se a destruição do consulado dos EUA no leste da Líbia, na noite de 11 de setembro, e as mortes dos diplomatas foram um fracasso da inteligência dos EUA. Ryan disse que sim e desfechou um ataque forte à política externa de Obama. Biden disse que os EUA "encontrarão e levarão os homens que fizeram aquilo na Líbia à Justiça. Vamos caçar vocês até as portas do inferno", disse.

Ryan criticou a postura do governo na reação à morte do embaixador norte-americano Christopher Stevens, assassinado em Benghazi. "Demorou duas semanas para o presidente Obama perceber que aquilo foi um ataque terrorista. Infelizmente, o que aconteceu em Benghazi faz parte de um problema maior, o fracasso de Obama na política externa", disse Ryan. Segundo ele, os "cortes na defesa" feitos por Obama foram "devastadores".

Biden respondeu e disse a Ryan que ele cortou "US$ 300 milhões para a segurança nas embaixadas", quando era dirigente do Comitê do Orçamento na Câmara dos Representantes.

Ryan insistiu que a administração de Obama fracassou no evento, quando acreditou que foi o filme "A Inocência dos Muçulmanos" que provocou a fúria da multidão no leste da Líbia. "O dia era o aniversário do 11 de setembro. Estamos falando da Líbia, onde existem células da Al-Qaeda".

Logo depois, os dois falaram sobre o Irã. Ryan disse que o governo Obama foi leniente e atrasou a adoção de sanções e embargos econômicos contra o Irã. Ele disse que um Irã como armas nucleares seria pior que outra guerra no Oriente Médio. Segundo ele, a administração Obama "não tem credibilidade" na questão iraniana. Já a de Romney "terá credibilidade". "As sanções contra o Irã são as mais esmagadoras já feitas", rebateu Biden. "Você quer ir à guerra?" questionou o vice-presidente. "Eu quero evitar uma guerra", afirmou Ryan.

Medicare e empregos - Logo depois, Raddatz direcionou o debate para a previdência e a economia. Biden criticou o plano dos republicanos para o Medicare e também o projeto para a previdência social. Biden disse que os republicanos planejam privatizar a previdência. Biden também defendeu a reforma de saúde parcialmente executada pelo presidente Barack Obama desde 2009. "Nós salvamos US$ 700 bilhões do Medicare" evitando fraudes e desperdícios com seguradoras de saúde, afirmou o vice-presidente "Ele sabe disso, que cada paciente custava milhares de dólares a mais para o governo", disse Biden, falando para Ryan. O vice-presidente acusou Ryan e Romney de planejarem a privatização da seguridade social americana.

"Nós não vamos privatizar a seguridade social", disse Biden. Questionado sobre se iria privatizar a previdência, Ryan disse que o plano, na era do presidente George W. Bush, era privatizar a previdência "só para os jovens. Eles teriam a escolha", disse Ryan. O congressista republicano retirou o projeto do Congresso em 2011. "Não é verdade" que os jovens teriam escolha, disse Biden. Já Ryan criticou várias vezes a reforma da saúde, a qual chamou ironicamente de "Obamacare". Ryan disse que Obama e Biden planejam aumentar os impostos para a classe média e para as pequenas empresas.

Biden defendeu a Casa Branca na primeira pergunta sobre economia no debate. Ele e Ryan foram questionados sobre quanto tempo levará para o governo reduzir a taxa de desemprego para menos de 6% da força de trabalho (atualmente está ao redor de 8,5%).

Biden disse que não sabe quanto tempo levará, mas então atacou os comentários feitos por Romney, colega de chapa de Ryan e candidato a presidente. Ele mencionou o comentário de que 47% dos norte-americanos vivem dos benefícios do governo.

Ryan, parecendo mais calmo, disse que a recuperação da economia tem sido inadequada. "Isso não se parece com uma recuperação verdadeira", afirmou, sobre a política econômica de Obama e a situação atual dos EUA. Os dois candidatos evitaram uma resposta direta à pergunta de Martha Raddatz, de quanto tempo levará para baixar o desemprego para menos de 6% da força de trabalho. Ryan atacou o plano de cinco pontos de Obama e dos democratas para a recuperação econômica.

Segundo ele, o plano de Romney e dos republicanos criará 3 milhões de empregos no setor de energia, mas nas refinarias e nos investimentos em petróleo e gás natural, não em energias alternativas. Ryan atacou particularmente os projetos dos democratas de criarem milhões de empregos na indústria de energia renovável. "Onde estão os milhões de empregos verdes?" que Obama prometeu criar em 2008, questionou Ryan.

Nos comentários finais, os candidatos voltaram a trocar ataques. Enquanto Biden pediu o voto dos eleitores e lembrou o desastrado comentário feito por Romney sobre os 47% dos norte-americanos, Ryan defendeu Romney e disse que o presidente Barack Obama fracassou na economia e mergulhou os EUA na pobreza e no endividamento.

"Meu amigo aqui diz que 30% dos americanos não têm a responsabilidade pelas suas vidas, enquanto Romney diz que são 47%. Meus pais não eram assim, a maioria dos americanos não é assim", disse Biden.

Já Ryan disse que Obama "fracassou em criar os empregos. Pelo menos 15% dos americanos estão na pobreza. Mitt Romney quer criar empregos. Obama apenas emprestou e gastou mais dinheiro. Nós tomaremos a responsabilidade. A escolha está com vocês", disse o republicano.

A pulverização de postulantes a prefeito de São Paulo e o impasse na costura de alianças atrasaram a escolha dos pré-candidatos a vice. Por ora, só há duas chapas completas: a de Soninha Francine (PPS), com Lucas Albano (PMN), e a do deputado Paulinho da Força, com o médico do Corinthians, Joaquim Grava - ambos do PDT. Partidos que colocaram o posto à disposição de outras siglas anunciarão seus nomes às vésperas das convenções.

Em meados de junho de 2008, só faltava definir os vices de Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP). Este ano, continuam indefinidos os pré-candidatos que ofereciam a vaga em troca de tempo de propaganda na TV - como Celso Russomanno (PRB) e Gabriel Chalita (PMDB), ambos de siglas que em 2008 não tinham candidato próprio. Os dois buscam uma solução entre siglas nanicas já aliadas.

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Chalita admitiu nesta terça apelar à chapa pura, como o PTB, que deve lançar Luiz Flávio D’Urso e Marlene Campos Machado.

Fernando Haddad (PT) promete anunciar o vice até a semana que vem. Caso o apoie, o PC do B já indicou a deputada Leci Brandão. Mas a prioridade é do PSB - cujos cotados são a ex-prefeita Luiza Erundina e o empresário Eduardo Storópoli.

José Serra (PSDB) tem leque com seis opções. Mas diz que antecipar a escolha "dá confusão". A saída dele da prefeitura no meio do mandato, em 2006, põe seu próximo vice sob holofote. Serristas dão como certa a indicação de Alexandre Schneider (PSD). E apostam no anúncio tardio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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