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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, declarou que os ataques "terroristas", conforme classificou, serão responsabilizados. Moraes também destacou que os financiadores, instigadores, além de agentes públicos com conduta ilícita nos atos, sofrerão pela participação.

A manifestação foi feita em anúncio no Twitter no período da noite de domingo. "Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilícita conduta dos atos antidemocráticos", escreveu.

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De acordo com ele, o Judiciário "não faltará" no País em relação aos ataques deste domingo.

No período da tarde deste domingo, grupos radicais invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Diante das invasões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal no governo do Distrito Federal (GDF).

A intervenção, segundo o decreto, começa neste domingo e vai até dia 31 de janeiro.

Em nota divulgada neste domingo, 8, a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a Corte "não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao Estado Democrático de Direito" e que o STF atuará "para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos".

A magistrada apontou que o prédio da Corte foi "severamente destruído por criminosos, vândalos e antidemocratas", assim como as sedes dos outros dois poderes, e será reconstruído.

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"O Brasil viveu neste domingo - 8 de janeiro de 2023 - uma página triste e lamentável de sua história, fruto do inconformismo de quem se recusa a aceitar a democracia", lamentou a ministra.

Rosa afirma, ainda, que manteve contato com autoridades de segurança pública, do Ministério da Justiça e do Governo do Distrito Federal.

"Os agentes do STF garantiram a segurança dos ministros da Corte, que acompanharam os episódios com imensa preocupação", destacou a ministra.

A mídia internacional deu destaque à cobertura das ações de grupos radicais em Brasília neste domingo. Jornais dos Estados Unidos, Europa e América Latina descrevem cenas de vandalismo, enquanto relacionam os acontecimentos deste domingo, 8, à invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.

Nos mesmos moldes do que acontece neste domingo, o movimento foi promovido por eleitores do ex-presidente americano Donald Trump que questionavam os resultados da disputa presidencial.

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Com chamada na página principal do site, o jornal francês Le Monde publicou: "as imagens impressionantes, que lembram a tomada do Capitólio dos Estados Unidos, mostram uma verdadeira maré humana fluindo em direção ao Congresso".

Na mesma linha, a agência de notícias Reuters classificou os ataques deste domingo como "um eco da invasão ao Capitólio em 2021". A matéria destaca ainda que milhares de manifestantes invadiram os prédios e foram vistos na televisão quebrando móveis dentro da Suprema Corte e do Congresso.

Já o argentino Clarín, que conta com transmissão ao vivo de Brasília, aponta uma "explosão de fúria e caos no Brasil", enquanto também compara com o incidente do Capitólio. O texto aponta a manifestação como violenta, motivada por pedidos de intervenção militar para derrubar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após sua posse.

Ao também citar as semelhanças entre os ataques em Brasília e Washington, a BBC ressalta que Donald Trump e Bolsonaro são aliados. "Os manifestantes quebraram janelas, enquanto outros pularam em assentos e usaram bancos como escorregadores", relata ainda a publicação.

Para o New York Times, manifestantes protestam contra o que "falsamente acreditam ter sido uma eleição roubada". "Foi a culminação violenta de incessantes ataques retóricos do Bolsonaro e seus apoiadores contra os sistemas eleitorais do País", complementa.

O site da emissora americana ABC News, por sua vez, noticiou que os apoiadores de Bolsonaro se recusam a aceitar sua derrota eleitoral. Segundo a matéria, um movimento desse tipo já vinha sido alertado por analistas políticos e autoridades há meses.

Preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), o indígena José Acácio Serere Xavante, que se apresenta como cacique do Povo Xavante, divulgou, nesta quinta-feira (5), uma carta com uma série de pedidos de perdão. Na carta, Serere diz que nunca defendeu uma "ruptura democrática" e que não acredita na violência como método de ação política. "Entendo que o amor, o perdão e a conciliação são os únicos caminhos possíveis para a vida em sociedade", afirma.

A prisão do cacique desencadeou atos de vandalismo em Brasília no último dia 12. Extremistas tentaram invadir a sede da Polícia Federal, depredaram uma Delegacia de Polícia Civil e atearam fogo em carros e ônibus. Pelo menos 40 manifestantes envolvidos nos protestos violentos já foram identificados pelas autoridades.

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Ele também deixa avisado que, para evitar "qualquer atuação leviana" e a "divulgação de mentiras" a seu respeito, apenas os advogados Jéssica Tavares, Pedro Coelho e João Pedro Mello estão autorizados a falar em nome dele.

O cacique reconhece ainda que errou ao defender a tese infundada de risco de fraude nas urnas eletrônicas. Ele afirma que encampou a narrativa com base em "informações erradas fornecidas por terceiros" e "inteiramente desvinculadas da realidade".

"Na verdade, não há nenhum indício concreto que aponte para o risco de distorção no resultado às urnas, ou na vontade do eleitor brasileiro", escreve.

Há, por fim, pedidos de desculpas dirigidos ao "povo brasileiro", ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ministro Alexandre de Moraes, que mandou prendê-lo, ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, disse em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, 29, que a instituição foi muito cobrada pela imprensa e pela população desde 12 de dezembro, data da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, quando também extremistas realizaram atos de vandalismo em Brasília. Oliveira destacou, no entanto, que a investigação tem um "tempo próprio", que não é o mesmo que o tempo político, ou da imprensa.

"Tem o prazo para investigação e identificação, fazer representação, passar pelo Ministério Público, fazer a decisão judicial, fazer o planejamento e a logística", exemplificou o diretor, ao justificar o tempo entre os atos e o anúncio do início das prisões, período que durou 17 dias.

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Polícia nas ruas

Mais cedo, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal começaram a prender suspeitos de envolvimento em atos de vandalismo em Brasília no dia 12 de dezembro, data da diplomação de Lula.

As 11 ordens de prisão foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os policiais também fazem buscas em 21 endereços ligados aos investigados.

A Operação Nero ocorre simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

A PF esclareceu em coletiva que, dos 40 identificados, 11 receberam mandados de prisão por condutas individualizadas.

Até o momento, 4 já foram presos: dois em Rondônia, um no DF e outro no Rio de Janeiro.

A segunda fase da operação será identificar os financiadores desses atos.

Um grupo de indígenas que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL) violou as grades de bloqueio que isolam o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) para protestar contra a prisão de José Acácio Serere Xavante. A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes há 15 dias. Serere Xavante foi acusado de patrocinar atos antidemocráticos em vários locais na capital federal se opondo a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, o grupo de cerca de 25 indígenas se instalou na marquise que fica em frente ao prédio do STF na tarde desse domingo (25). Uma equipe da PM foi acionada e negociou a saída dos manifestantes do local. A PM diz que não foi preciso usar a força. A manifestação do grupo foi compartilhada nas redes de bolsonaristas como se fosse uma tentativa de invasão do prédio, o que, segundo a PM, não chegou a ocorrer.

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Após a prisão de Serere Xavante, grupo de extremistas que estão acampados na porta do Quartel General do Exército provocaram atos de vandalismo com queima de carros e ônibus, além de tentarem invadir o prédio da Polícia Federal onde estava detido o indígena.

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal informou neste domingo (18) que um raio atingiu quatro pessoas na região em que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) se aglomeram há semanas em Brasília, em frente ao quartel-general do Exército.

A equipe de socorro chegou ao local pouco antes das 14h e concluiu que apenas uma mulher de 45 anos precisava ser atendida com "dormência nas pernas, queimação nos braços, quadro hipertensivo e sinais vitais alterados". A mulher foi levada ao hospital de base de Brasília. Ela estava consciente e estável.

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O futuro chefe da Casa Civil e governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou, nessa terça-feira (13), que se até o dia 31 as providências contra os extremistas que fizeram atos de vandalismo na segunda-feira (12), em Brasília, não forem tomadas, medidas serão adotadas a partir do dia 1º, quando o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), toma posse. Ele defendeu a apuração e o devido processo legal.

Em entrevista ao programa Central da Transição, do canal de notícias GloboNews, Costa disse que os manifestantes radicais caminhavam em direção ao hotel onde está hospedado Lula. "Deu para ver nitidamente. Aquele hotel permite uma visão de ruas diferentes. O objetivo era chegar o mais próximo possível do hotel", afirmou.

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Ele disse que "a grande missão" do futuro governo é pacificar o País e fazê-lo se unir novamente. "Podemos ter diferentes opiniões sobre religião, futebol, tudo, mas não podem chegar às vias de fato e ameaçar as instituições brasileiras", acentuou.

O tumulto desta segunda foi iniciado depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária do indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro. A prisão foi decretada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por indícios de crimes de ameaça, perseguição e manifestações antidemocráticas em vários pontos de Brasília. Houve uma tentativa de invasão da sede da Polícia Federal (PF).

Antes da prisão de José Acácio Serere Xavante, 42, na segunda-feira, 12, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve encontro com o filho do indígena no Palácio da Alvorada. Bolsonaro chegou a colocar sobre a cabeça um cocar tradicional que ganhou do garoto. O próprio Serere estava no local, junto dos manifestantes que apoiam o presidente.

O menino estava no meio da multidão que gritava palavras de ordem a favor de Bolsonaro e contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O filho de Serere foi uma das crianças que puderam atravessar o espelho d'água na frente do Alvorada, abraçar e tirar fotos com Bosonaro. O perfil oficial do presidente no Facebook transmitiu o encontro com os apoiadores, por volta das 17h40.

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A prisão ocorreu, segundo a Polícia Federal, "no fim da tarde". Na tranmissão, um padre acompanhava Bolsonaro e pedia bençãos da multidão ao presidente. O mesmo religioso incentivou a multidão a gritar que "bandido" não pode ser presidente.

Os mandados de busca e de prisão contra Serere foram assinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda no dia 10, dois dias antes do cumprimento. Ele foi preso a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que detectou indícios de crimes de "ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito".

As ameaças, segundo a PGR, eram voltadas ao presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ministros do STF. O indígena foi preso enquanto se deslocava de volta ao acampamento de bolsonaristas montado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Inicialmente, permanecerá encarcerado por dez dias.

Ao voltar para o acampamento com a mãe e a irmã, o filho do indígena deu uma versão sobre o ocorrido que foi transmitida pela internet por outros apoiadores. "Quando colocaram meu pai no camburão e eu fui defender ele, o federal fez assim e apontou a arma para mim", disse.

Antes da prisão, José Acácio Serere havia ido ao Alvorada outras vezes. Os discursos estão registrados nas redes sociais. Ele fez ameaças a ministros, chamou Alexandre de Moraes de "marginal" e chegou a pedir para que Bolsonaro não entregue o cargo.

"Nós exigimos anulação dessa eleição ou vai acontecer aqui uma guerra civil. Vamos detonar esse povo bandido do STF", disse.

Bolsonaro não discursou à militância. Quem fez as vezes de orador foi o padre Genésio Ramos, de Goiás, apoiador do presidente. Ele pediu orações ao chefe do Poder Executivo e disse que o povo foi "estuprado por uma organização criminosa".

Uma oficial da reserva do Exército Brasileiro foi aos atos que vandalizaram parte da região central de Brasília nesta segunda-feira, dia 12, à noite. A tenente-coronel Regina Benini Moézia de Lima publicou imagens dela mesma acompanhando a situação presencialmente. Em transmissões ao vivo, ela coleta artefatos como cápsulas de bombas de gás e reproduz desinformação.

Nos vídeos divulgados nas redes sociais, a tenente-coronel Regina Benini não aparece diretamente envolvida em atos de depredação, mas circula entre manifestantes e tenta disseminar uma narrativa de que os crimes teriam sido praticados por "infiltrados de esquerda". Ela própria, porém, é logo desmentida por outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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"O pessoal manifestante, os bolsonaristas mesmos, o pessoal que está acampado não bota fogo em nada", afirmou a tenente-coronel no vídeo acima. "Isso foi um ato terrorista, não pensem que foi obra do pessoal que estava no QG, não. Precisou chegar nesse limite, o povo não aguenta mais, mas foram infiltrados, tenho certeza."

A oficial afirma erroneamente, por exemplo, que o indígena José Acácio Serere Xavante "não foi preso pela Polícia Federal, mas foi sequestrado". "Foi tudo armado", disse ela. Na verdade, ele foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República, acusado de envolvimento em atos antidemocráticos anteriores.

Outra manifestante entrevistada por Regina num segundo vídeo, porém, a desmente frontalmente: "Eles são nossos, são legítimos, não são infiltrados. Junto com os índios, queremos a liberação do cacique Serere", diz a mulher. A conversa acontece a partir dos 11min20s no vídeo que ela divulgou no Instagram.

"É tudo fake news isso, onde a senhora estava? Por favor...", respondeu a mulher indagada pela militar. "Segundo essa moça, esse ataque terrorista, que pra mim é ataque terrorista, teria partido das próprias pessoas que estavam com os indígenas. Está difícil saber a informação correta. Seja de quem partiu essa ação, eu sou contra esse tipo de atitude, totalmente contra." O Estadão mandou mensagem para a tenente-coronel, mas não recebeu resposta.

Regina diz que foi ao local para "cobrir" os atos e que está "do lado da ordem". A oficial é um dos rostos frequentes no acampamento à frente do Quartel-General do Exército em Brasília e contesta a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ela chegou a se deslocar pelo setor hoteleiro de Brasília e se aproximou do hotel onde Lula está hospedado. Disse que somente a Polícia Militar fazia operação de reforço de segurança do petista e de repressão aos crimes - e não as Forças Armadas: "Aconteceu uma quebra da ordem no País, a quebra da lei a gente sabe que aconteceu há muito tempo. Estamos esperando o tal decreto presidencial, que não aconteceu ainda".

Questionada por um homem sobre militares vendidos e de esquerda, ela respondeu que não era uma "infiltrada": "Não é meu caso". Regina diz que vai levar para uma irmã que é policial civil recuperar impressões digitais e para as autoridades militares em que confia, às quais é subordinada.

Regina Benini foi candidata a deputada distrital em 2018 e 2022 na base de partidos aliada ao presidente Jair Bolsonaro. Ela é atualmente filiada ao Republicanos e teve a campanha financiada majoritariamente pelo partido da senadora eleita e ex-ministra Damares Alves (DF), com quem gravou vídeos. Regina divulgou imagens de apoio a sua campanha do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas.

Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador de Bolsonaro. A prisão ocorreu por determinação do ministro Alexandre de Moraes e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República por participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para cometer crimes. Em nota, a PF afirmou que o preso está acompanhado de advogados e que as formalidades relativas à prisão "estão sendo adotadas nos termos da lei".

Sem outras prisões

A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que precisou restringir o trânsito na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e em outras vias da região central. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse que deu ordem para prender todos os autores de atos de violência, mas, até o momento nenhuma prisão foi divulgada. Em nota, a secretaria disse que "não foram constatadas prisões relacionadas aos distúrbios civis ocorridos" e que, "para redução dos danos e para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos, a ação da Polícia Militar se concentrou na dispersão dos manifestantes".

A pasta afirmou ainda que o policiamento na área central da cidade e nas proximidades do hotel onde Lula está hospedado foi reforçado e que "toda área central da capital segue monitorada pela segurança pública, com apoio de câmeras de videomonitoramento e do serviço de inteligência".

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O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou que uma parcela dos autores dos ataques de vandalismo na noite desta segunda-feira (12), em Brasília, também fazem parte de um acampamento que se alojou em frente ao Quartel General do Exército. Ainda segundo ele, a permanência deles no QG será reavaliada.

"Parte desses manifestantes, a gente não pode garantir que são todos que estejam lá porque alguns podem residir inclusive na cidade e em outros locais, mas parte realmente estava no QG, no acampamento, e participaram desses atos. Quem for ali identificado será responsabilizado", declarou Danilo.

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Desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores do atual governo tem acampado no local e em outros prédios vinculados aos militares em diversas cidades do País. Sem aceitar a vitória do petista, apoiadores radicais do atual presidente insistem em pedir um golpe das Forças Armadas para impedir que Lula assuma o governo.

"A questão da manutenção ou não do acampamento vai ser reavaliada", declarou o secretário em entrevista coletiva ao lado do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça, e do delegado Andrei Passos, coordenador da equipe de segurança de Lula e futuro chefe da Polícia Federal.

Apesar da sinalização de que o acampamento pode ser desmontado, Júlio Danilo admite que a ação das polícias do DF tem uma limitação: "Esse acampamento se encontra em uma área militar, sob jurisdição militar, e todo ato de atuação e intervenção tem que ser em coordenação com as Forças Armadas, no caso lá o Comando do Exército". Danilo afirmou que os militares "têm colaborado e têm tentado organizar".

Os apoiadores de Bolsonaro incendiaram ônibus, carros, depredaram prédios públicos e privados e tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na área central de Brasília, no mesmo dia em que o presidente eleito foi diplomado.

A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que precisou restringir o trânsito na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e em outras vias da região central. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse que deu ordem para prender todos os autores de atos de violência, mas até o momento nenhuma prisão foi divulgada. Em nota, a Secretaria disse que "não foram constatadas prisões relacionadas aos distúrbios civis ocorridos" e que, "para redução dos danos e para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos, a ação da Polícia Militar se concentrou na dispersão dos manifestantes".

A pasta afirmou ainda que o policiamento na área central da cidade e nas proximidades do hotel onde Lula está hospedado foram reforçados e que "toda área central da capital segue monitorada pela segurança pública, com apoio de câmeras de videomonitoramento e do serviço de inteligência".

A presidente nacional do PT, deputada reeleita Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, em sua conta no Twitter, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "é cúmplice" dos atos de vandalismo ocorridos nesta segunda-feira (12), na região central de Brasília. "Baderna em Brasília teve cara de esquema profissional. Muito estranho que ninguém foi preso. Bolsonaro é cúmplice. Como pode presidente da República abrigar envolvidos?", relatou a parlamentar em postagem na rede social.

Para Gleisi, "passou da hora de desmobilizar as frentes de quartéis, não tem nada de liberdade de expressão, só golpismo". Os atos desta segunda-feira envolveram depredações e incêndios em ônibus e automóveis e tiveram início após manifestantes antidemocráticos bolsonaristas tentem invadir a Polícia Federal para libertar o líder indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Acácio teve prisão temporária decretada por dez dias pelo ministro Alexandre de Morares, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou indícios de crimes de ameaça, perseguição e manifestações antidemocráticas em vários pontos de Brasília feitos pelo líder indígena.

Os ataques de vandalismo em Brasília na noite desta segunda-feira (12), deixaram um rastro de cinco ônibus e três carros de passeio incendiados, sendo sete deles totalmente consumidos pelo fogo. As informações estão em nota divulgada pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, que também informou que uma caminhonete da corporação foi alvo de apedrejamento.

"A manifestação foi revolta e ocasionou danos ao patrimônio público e privado. A corporação ficou muito limitada em sua área de atuação, pois, em razão da violência da manifestação, o perigo para as guarnições de bombeiros era real. Uma viatura tipo AR (auto rápido), caminhonete, do Supervisor do CBMDF, foi apedrejada e outra viatura de água (ABT) também foi alvo de lançamento de objetos", disseram os bombeiros.

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De acordo com as informações, uma pessoa de 67 anos precisou de assistência médica. Ela estava no Setor Hoteleiro Norte, área que fica próxima à sede da Polícia Federal, onde os ataques se iniciaram após a ordem de prisão de um dos líderes de protestos antidemocráticos na capital federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, José Acácio Serere Xavante.

"(Um homem) desmaiou próximo aos hotéis e foi atendido pelas equipes do CBMDF. Estava consciente, orientado e estável, mas reclamava de dores de cabeça em razão da inalação de gás lacrimogêneo. Após regulação médica, foi encaminhado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São Sebastião (região administrativa de Brasília)". Ainda segundo os Bombeiros, foram encaminhadas 18 viaturas e um efetivo de 63 bombeiros militares para acompanhar os ataques.

Os episódios de violência aconteceram no mesmo dia em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que perdeu para o petista no segundo turno, têm pregado um golpe militar para impedir que Lula assuma a Presidência. Bolsonaro, que ainda não se manifestou sobre seu futuro político e a derrota na tentativa de reeleição, fez diversas manifestações desde o ano passado indicando, sem provas, que poderia haver fraudes na eleição.

Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro. A prisão do indígena aconteceu por determinação do STF e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República por participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para cometer crimes.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que determinou a prisão dos autores dos ataques, mas ainda não havia informações sobre nenhuma detenção até a publicação desta matéria.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) não havia se pronunciado até a manhã desta terça-feira (13) sobre as depredações e atos de vandalismo que ocorreram na noite de segunda-feira (12), em Brasília. O estopim da escalada de violência nas ruas da capital federal foi a prisão de José Acácio Serere, acusado de organizar atos antidemocráticos de contestação à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas e pregar a violência contra membros do Judiciário e o próprio presidente eleito.

Protestos em frente a quartéis de várias capitais e cidades pelo País contestam o resultado da eleição deste ano. Vestidos de verde e amarelo, manifestantes afirmam que o petista "não pode" subir a rampa do Planalto e pedem que o atual chefe do Executivo convoque as Forças Armadas para impedir a posse. Bolsonaro tem adotado postura reclusa desde a derrota na eleição e diminuído a frequência de discursos e aparições públicas.

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O único ministro de Bolsonaro a se manifestar até o momento foi Anderson Torres, da Justiça. Ele afirmou que "nada justifica as cenas lamentáveis" vistas no centro de Brasília. 'A Capital Federal tradicionalmente é palco de manifestações pacíficas e ordeiras", declarou Torres.

Após bolsonaristas realizarem atos de vandalismo na noite desta segunda-feira (12), em Brasília, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse na manhã desta terça-feira (13) que repudia "veementemente" a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado. O deputado também fez um apelo, no Twitter, para que o governo do Distrito Federal redobre a segurança.

"As manifestações fazem parte da democracia. A capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil que, há mais de um mês, vem se expressando de maneira ordeira. Repudio veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado", escreveu Lira, na rede social.

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"Deixo meu apelo para o Governo do Distrito Federal redobrar os cuidados com a segurança. Nossa tradição democrática passa pela ordem e pela paz", emendou o presidente da Câmara.

Na noite desta segunda-feira, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tocaram fogo em carros e ônibus após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a prisão temporária do líder indígena José Acácio Serere Xavante por ter insuflado manifestações antidemocráticas na capital federal.

Os atos ocorreram no mesmo dia em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin foram diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desde a vitória do petista na eleição, bolsonaristas têm acampado em frente a quartéis para pedir intervenção militar.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse no final da noite desta segunda-feira, no Twitter, que os "absurdos atos de vandalismo" que aconteceram em Brasília são "feitos por uma minoria raivosa".

Pacheco afirmou que as forças de segurança devem agir para reprimir a "violência injustificada para restabelecer a ordem e a tranquilidade" e "levar o País adiante".

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"A depredação de bens públicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou", escreveu o presidente do Congresso.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que determinou às forças de segurança que prendessem todos os bolsonaristas que estão fazendo depredações e outros atos de vandalismo. "A ordem é prender", afirmou o governador ao Estadão/Broadcast. Questionado sobre reforço no efetivo de policiais militares, o emedebista afirmou que "já está ocorrendo".

Os apoiadores do atual governo de Jair Bolsonaro têm queimado carros e ônibus em Brasília. Os vândalos chegaram a espalhar botijões de gás em volta dos carros pegando fogo.

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Os ataques começaram após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pedir a prisão temporária, por dez dias, do líder indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A prisão foi decretada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por indícios de crimes de ameaça, perseguição e manifestações antidemocráticas em vários pontos de Brasília, insufladas por Serere Xavante.

Bolsonaristas têm acampado em frente a quartéis e fazendo apelos golpistas por intervenção militar para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não assuma o governo. A série de depredações aconteceu no mesmo dia em que o petista foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que orientou os motoristas a evitarem o centro de Brasília. "Como medida preventiva, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito até nova mudança de cenário, após avaliação de equipe técnica", informou a pasta. O governo do DF declarou também que a segurança do hotel onde está o presidente eleito foi reforçada. "Destacamos, por fim, que as imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal".

O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça, e Andrei Passos, chefe da segurança de Lula e futuro chefe da Polícia Federal, vão dar uma entrevista a imprensa para falar sobre o assunto. Dino se manifestou poucos minutos após o início dos ataques nas redes sociais. Cerca de três horas após o início dos ataques, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse que a pasta tenta "conter a violência e restabelecer a ordem".

A Polícia Federal também publicou nota sobre o caso e disse que os "distúrbios verificados nas imediações do Edifício-Sede da Polícia Federal estão sendo contidos com o apoio de outras forças de Segurança Pública do Distrito Federal (PMDF, CBMDF e PCDF)". Ao comentar sobre a prisão determinada por Moraes, a PF declarou que o bolsonarista "encontra-se acompanhado de advogados e todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade física e moral do detido".

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, disse na madrugada desta terça-feira (13) que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi exposto a riscos durante atos criminosos de bolsonaristas que vandalizaram a região central de Brasília na noite de segunda-feira (12). Eles atearam fogo em diversos carros e ônibus, jogaram botijões de gás ao redor das chamas, bloquearam ruas com barricadas, depredaram equipamentos públicos e privados e tentaram invadir prédios públicos, como a sede da Polícia Federal.

Dino afirmou que pessoas criaram histórias "fantasiosas" em relação à integridade de Lula, que não procedem. "Em nenhum momento o presidente Lula foi exposto a qualquer risco. Está em absoluta segurança e assim prosseguirá até a posse e ao pleno exercício de suas funções", afirmou o futuro ministro em coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição.

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"Estamos trabalhando há algumas semanas em parceria com o governo do Distrito Federal e quero agradecer ao governador que tem mantido contatos diários conosco, visando a garantir a máxima proteção da ordem pública. O mais importante é que o trabalho conjunto está apto a garantir a segurança do presidente e a ordem pública na capital do País", garantiu Dino.

Segundo o futuro ministro, as respostas do poder público estão sendo adequadas. Ele disse que a deflagração dos atos criminosos ocorreu após a prisão de um indígena, pela Polícia Federal.

"A diplomação ocorreu hoje (ontem, segunda), como manda a lei, sem nenhum tipo de obstáculo, sem intercorrência. Lula está apto a exercer seu cargo a partir de 1.° de janeiro", disse o futuro ministro, que classificou o ato como sendo de responsabilidade de um "grupo pequeno".

Para Dino, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) garantiu que a ordem pública na capital do País está preservada. "Governador Ibaneis garantiu cabalmente que haverá todo o efetivo necessário para que não se repitam essas ocorrências", disse Dino. O futuro ministro disse que conversou cinco vezes com o governador, mas nenhuma com representantes do atual Ministério da Justiça.

O futuro titular da Justiça afirmou que "não há nenhuma hipótese de haver passos atrás na garantia de lei e da ordem pública em razão de violência". Dino destacou que Lula e sua equipe estão "tranquilos", mas que agirão com firmeza, inclusive nas investigações.

Flávio Dino declarou que as manifestações golpistas não surtirão efeito e classificou eles como derrotados. "Lembremos, hoje (ontem) houve a diplomação do presidente Lula. Nós não podemos neste momento achar que há vitória daqueles que querem o caos. O sentido principal da nossa mensagem é essa", afirmou. "Há infelizmente pessoas desejando o caos, antidemocráticas, ilegais? Sim, há, mas essas pessoas não venceram e não vencerão amanhã", completou.

O secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Julio Danilo, disse não ter informações sobre a quantidade de pessoas presas. Ele afirmou que algumas das pessoas que participaram dos atos de vandalismo estão acampadas no QG do Exército. Segundo o secretário, por conta do que ocorreu, será preciso "reavaliar" a permanência do acampamento no local. Ele admitiu, no entanto, que não tem ingerência sobre a área em frente ao Comando do Exército por se tratar de uma região militar.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante por práticas ilícitas em atos antidemocráticos. Por conta da decisão, manifestantes bolsonaristas tentaram invadir o prédio da PF onde Xavante estava custodiado. Além disso, eles queimaram ônibus e carros na noite desta segunda (12).

A decisão atendeu a pedido da procuradoria-geral da República, que apontou que o indígena estaria usando sua posição de cacique para influenciar a prática de crimes e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Segundo a Polícia Federal, Xavante teria realizado manifestações em diversos locais de Brasília, como no Congresso Nacional, Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde o presidente eleito está hospedado.

Na decisão, Moraes afirma que a prisão preventiva é a única medida capaz de "garantir a higidez da investigação".

Inaceitável

O senador eleito Flávio Dino, anunciado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como próximo ministro da Justiça e Segurança Pública, foi ao Twitter condenar a tentativa, por parte de manifestantes bolsonaristas, de invadir o prédio da Polícia Federal em Brasília após a prisão de Xavante.

"Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política", escreveu o senador no Twitter.

O Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF) e a tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal cercaram nesta segunda-feira (12) o hotel do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após grupos extremistas darem início a ações violentas em Brasília. Os ataques começaram horas após a cerimônia de diplomação de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O tumulto foi iniciado depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária do indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro. A prisão foi decretada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por indícios de crimes de ameaça, perseguição e manifestações antidemocráticas em vários pontos de Brasília.

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Os atos ocorreram, de acordo com a PF, em frente ao Congresso, ao Aeroporto Internacional, em shoppings, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin estão hospedados.

Segundo relato de testemunhas, a confusão começou após a Polícia Federal prender um dos manifestantes bolsonaristas que se diz indígena. Revoltados, grupos começaram a tocar fogo em veículos e no meio de vias no centro de Brasília. Pelo menos dois ônibus e vários carros foram incendiados pelos manifestantes.

Um grupo incendiou um ônibus no Eixo Monumental - principal via pública da capital federal - e outros carros foram danificados em frente à Polícia Federal. Vestidos de verde e amarelo, manifestantes tentaram invadir a sede da PF. No Setor Hoteleiro Norte, manifestantes foram contidos com bombas de efeito moral e gás de pimenta.

Wm nota, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que o tumulto começou após a prisão de um líder indígena. "Índios tentam invadir o prédio da PF na Asa Norte", destaca o comunicado, ao afirmar que a PM deslocou guarnições "para controlar a situação com a aplicação das forças táticas e Batalhão de Choque".

O Supremo Tribunal Federal (STF), em nota no Twitter, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e "decretou a prisão temporária, pelo prazo de dez dias, do indígena José Acácio Serere Xavante, por indícios da prática de crimes em atos antidemocráticos."

"Segundo a PGR, Serere Xavante vem se utilizando da sua posição de cacique para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito (Lula) e de ministros do STF", afirmou a Corte, na rede social. "A prisão se fundamentou na necessidade de garantia da ordem pública, diante da suposta prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do estado democrático de direito."

Mais cedo, a Polícia Militar do Distrito Federal também já havia reforçado a segurança no hotel de Lula após uma discussão entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e militantes petistas.

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