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O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), disse que defenderá a manutenção dos espaços do partido no Poder Executivo. A declaração vem em meio a negociações para PP e Republicanos entrarem na aliança de governo, possivelmente em cargos ocupados por petistas. Veja a seguir os principais trechos da entrevista:

Chegou a hora de o Centrão entrar no governo?

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A decisão de fazer um governo muito amplo foi tomada em dezembro pelo presidente Lula. Sou a favor de que a gente tenha uma base parlamentar de partidos dentro do governo o maior possível. Obviamente, como líder do PT, é minha obrigação defender que os espaços que são de direito do PT sejam mantidos e preservados.

Quais são os espaços de direito do PT?

Todos (os ocupados hoje). Não há como eu, como líder do PT, ser a favor de que alguém deixe de ocupar um espaço importante. Esse é o papel de quem quer entrar. Agora, não acho que as coisas são contraditórias.

A relação melhorou por causa do espaço que o Centrão ganhará no governo?

Há outros fatores que melhoraram. Sempre teve uma queixa muito grande de os ministros tomarem iniciativa e não comunicarem o Congresso e a gente ser pego aqui de surpresa. Isso mudou muito. Tinha uma queixa muito grande de os ministros irem aos Estados e não avisarem, muitas vezes desconsiderarem a participação dos deputados. Isso não resolveu 100%, mas já melhorou muito. Tinha uma queixa, que também não resolveu 100%, mas já melhorou muito, da execução orçamentária, com previsibilidade, com ritmo, com clareza do que vai ser feito e do que não vai ser feito.

O presidente da Câmara sempre diz que o Congresso é de centro-direita e que o governo precisa entender isso. Nesse contexto, há espaço para pautas do PT?

Acredito que sim. Para nós, do ponto de vista social, o Desenrola acaba tendo um papel importante. Não tenho dúvida de que o Congresso vai aprovar. Vencida a reforma tributária no Senado, vamos insistir para que outros aspectos tributários e de justiça social sejam tratados no segundo semestre. Taxar mega-herança, megafortuna, tributação de lucros e dividendos. É bandeira nossa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR), afirmou, nesta quarta-feira (1º), que a relação dos petistas com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, será "respeitosa", de diálogo e, quando necessário, de enfrentamento. O parlamentar também disse que a posse dos 513 deputados eleitos, que ocorre nesta quarta, é uma prova da resiliência da democracia após os atos golpistas de 8 de janeiro, quando os prédios dos três Poderes foram invadidos e depredados.

"Em qualquer contexto, a relação com o PL será respeitosa, de diálogo, quando necessário de enfrentamento, de questionamento, de debate, embora dentro dos padrões civilizados que, infelizmente, no último governo não prosperaram", declarou o parlamentar, a jornalistas.

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Dirceu afirmou que tem conversado com o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que será candidato a 2º vice-presidente da Câmara, na chapa do presidente Arthur Lira (PP-AL), da qual o PT também faz parte. O PL terá a maior bancada, com 99 deputados, o que representa um desafio para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A posse hoje, todo esse ato, a organização é uma demonstração da nossa resiliência, do País, da democracia e da Nação. É a prova que a democracia resiste", emendou.

O deputado federal reeleito Zeca Dirceu (PT-PR), futuro líder do partido na Câmara, fez uma postagem sobre os gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de ao menos R$ 27,6 milhões, no cartão corporativo do Executivo.

"ESCANDALOSO! Com a quebra dos sigilos de 100 anos, descobrimos que Bolsonaro gastou R$ 1,46 milhão em um ÚNICO hotel com o cartão corporativo. Somente em uma padaria, o gasto chegou a R$ 362 mil. De simples esse ex-presidente não tem nada!"

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Sâmia Bomfim, líder da bancada do PSOL na Câmara, também comentou os gastos do ex-presidente. "Bolsonaro gastou R$ 1,4 milhão em um único hotel no litoral de São Paulo. O motivo? O vagabundo vivia andando de jet ski quando deveria estar trabalhando! Um escárnio com os 33 milhões de famélicos brasileiros."

Veja as reações:

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Parte do total despendido por Bolsonaro com o cartão corporativo foi gasta em hotéis de luxo, padaria e em gastos pessoais com sorvetes e cosméticos. As informações, publicadas pelo Estadão foram conseguidas pela Fiquem Sabendo - agência de dados públicos especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI).

A morte do ex-ministro Gustavo Bebianno (PSDB), que faleceu na última madrugada aos 56 anos de idade, já está causando repercussão no mundo político. Bebianno colaborou fortemente para a eleição do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), que o demitiu após discussões com o vereador Carlos Bolsonaro (RJ). 

A jurista e deputada estadual de São Paulo, Janaína Paschoal, lamentou o falecimento de Bebianno, a quem chamou de “injustiçado”, através de sua conta no Twitter. “O Brasil perdeu um homem bom, um homem que trabalhou intensamente pelo bem deste país e nunca se revoltou por ter sido injustiçado. Há muito tempo, não sinto tanto uma morte. Minhas condolências à família do ex-Ministro Gustavo Bebianno. Bebianno era um espiritualista. Que descanse um pouco e logo comece a trabalhar em planos superiores”, declarou Janaína. 

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O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), também se manifestou nas redes sociais. Gustavo Bebianno estava filiado ao PSDB, se tornou aliado político de Dória e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. “Com profundo pesar recebi a notícia da morte de Gustavo Bebianno. Seu falecimento surpreende a todos. O Rio perde, o Brasil perde. Bebianno tinha grande entusiasmo pela vida e em trabalhar por um País melhor. Meus sentimentos aos familiares e amigos nesse momento de dor”, escreveu o governador.

O atual ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, rompeu relações políticas com Bebianno após sua demissão por parte do presidente. Por meio de sua conta no Twitter, Weintraub afirmou que nesse momento deixa as divergências de lado. “Nesse momento, deixo no passado divergências. Manifesto meus sentimentos à família e desejo que ele esteja em paz, em um lugar melhor”, escreveu o ministro em um tweet que acompanha uma foto de Bebianno.

O deputado federal Zeca Dirceu (PT) lembrou, em suas redes sociais, que Bebianno estava escrevendo cartas para conhecidos e pedia que elas fossem abertas caso algo lhe acontecesse. “Quem recebeu as cartas de Bebianno? Qual o conteúdo das cartas? #bebianno #BEBIANOMORREU”, escreveu o deputado. 

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB) também se manifestou e alfinetou a família Bolsonaro, afirmando que “para uns e outros hoje vai ter festa no Palacio [do Planalto]”. “Bebianno se foi e com ele muitas verdades. O desgosto da vida matou Bebianno. Para uns e outros hoje vai ter festa no Palacio. Para amigos e família a saudade, e para o Brasil uma voz importante que se calou. Triste”, escreveu Frota. 

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Em turnê pelo Brasil para a divulgação de seu DVD O Baile Todo, o grupo Bonde do Tigrão se surpreendeu ao ver seu nome no topo dos assuntos mais comentados do Twitter, nesta quinta (4). Sobretudo pelo motivo, que não estava ligado à música mas, sim, a uma confusão ocorrida entre o Deputado Zeca Dirceu (PT-PR) e o Ministro da Economia Paulo Guedes, em plena audiência pública na Câmara, em Brasília.

A confusão entre os políticos aconteceu durante audiência que debatia a Reforma da Previdência, na última quarta (3). Em sua fala, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) disse que o ministro era um "tigrão" com aposentados e uma "tchutchuca" em relação à "turma mais privilegiada do nosso país". Indignado, Paulo Guedes retrucou ofendendo a mãe do deputado. Fato é que os termos usados pelo parlamentar paranaense fazem alusão à uma música do grupo Bonde do Tigrão, que fez muito sucesso nos anos 2000 e, por isso, os internautas colocaram o nome do grupo nos Trending Topics com muitas piadas e brincadeiras.

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Nesta quinta (4), o grupo se manifestou através de uma nota publicada no Facebook. Nela, eles lamentam o fato ocorrido entre os parlamentares e ratificam que a música, "foi criada como uma brincadeira elogiando as mulheres" e não com o propósito de "tornar-se pauta e alusão desconexa sobre um assunto que requer seriedade para a nossa sociedade". Eles também lamentaram a troca de ofensas entre os políticos, pelos seus cargos públicos e, também, pela idade do ministro Paulo Guedes. Confira a nota na íntegra.

O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) classificou como "descabida" a solicitação da Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal para investiga-lo no âmbito do esquema de corrupção da Petrobras. Zeca Dirceu é filho de José Dirceu, condenado na Operação Lava Jato e que está preso há mais de um ano em Curitiba.

Em nota divulgada na manhã desta terça-feira (4), a assessoria de imprensa do deputado informa que nunca houve nenhum tipo de negociação do parlamentar junto às diretorias da Petrobras ou outras empresas investigadas na operação. "Não existe sequer uma única ligação, e-mail, contato, agenda de reunião, testemunho, delação ou coisa parecida em relação a qualquer atitude do parlamentar", diz a nota.

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Nessa segunda-feira (3), o sistema processual do Supremo recebeu um pedido da Procuradoria Geral da República para investigar Zeca Dirceu. O pedido foi protocolado no último dia 30 e será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no STF.

Zeca Dirceu foi eleito deputado federal pelo Paraná em 2010 e reeleito em 2014. A nota de sua assessoria reitera que todas as doações recebidas em campanhas foram legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral "sem ressalvas".

O parlamentar finaliza a nota dizendo que acredita no Supremo e no arquivamento do pedido de investigação feito pela PGR. Ele esclarece ainda que está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento que se faça necessário.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu na última sexta-feira (30) a abertura de inquérito contra o deputado federal José Carlos Becker de Oliveira e Silva (PT-PR), o Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu. O pedido corre sob segredo de Justiça, mas é possível identificar o investigado pelas suas iniciais no sistema do STF.

O pedido da PGR se deu no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na Corte, decidir se abre ou não o inquérito contra o parlamentar. O empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, afirmou em sua delação premiada que, nas eleições de 2010, fez uma doação de R$ 100 mil a pedido de José Dirceu, para a campanha de seu filho.

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Até a publicação deste texto, a assessoria de Zeca Dirceu não havia respondido à reportagem.

O Congresso Nacional aprovou, na tarde desta quarta-feira (16), o Plano Plurianual (PPA 2016-2019), na forma do substitutivo da Comissão Mista de Orçamento, de autoria do deputado Zeca Dirceu (PT-PR). Esse plano contempla ações previstas para os próximos quatro anos. Agora a matéria será enviada à sanção presidencial.

A principal novidade do PLN 6/15, segundo o parecer aprovado, é o alinhamento do PPA com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). “Posso dizer que este é o PPA da educação”, destacou o relator, devido à tradução orçamentária das metas do PNE e ao avanço em relação às metas do próprio plano educacional.

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O PNE, instituído pela Lei 13.005/14, traz metas para o ensino brasileiro entre 2014 e 2024. Dirceu acolheu diversas emendas que alinharam o capítulo da educação do PPA ao plano nacional. Ele aproveitou a oportunidade para quantificar ou elevar algumas metas do PNE. Um exemplo é a titulação anual de professores do ensino superior.

Zeca Dirceu ampliou ainda a meta de construção de escolas da educação básica, de três mil - valor que consta no projeto original do PPA - para quatro mil até 2019. O relator também criou algumas metas para o setor, como elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 95% até 2019. Hoje essa taxa é de 91,5%. O PNE fala apenas em atingir a universalização da alfabetização em 2024.

Para o relator, o alinhamento entre os dois planos fortalece a educação. “Esse plano aperfeiçoa a capacidade de o Brasil cumprir grandes metas, principalmente relacionadas à educação. Agora as metas estão em duas leis, e não apenas em uma. Isso traz mais robustez para o PNE”, apontou.

Mais recursos - De acordo com o relator, o PPA aprovado beneficia estados, Distrito Federal e municípios, que poderão contar com mais recursos federais. Segundo Dirceu, acontecimentos recentes também tiveram suas consequências abordadas no PPA, como a tragédia em Mariana (MG) e a prioridade para o combate ao mosquito transmissor de doenças como a dengue, a chikungunya e a zika. Esta última tem provocado uma epidemia de microcefalia em fetos.

O empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, afirmou em sua delação premiada que fez uma doação de R$ 100 mil, nas eleições de 2010, a pedido do ex-ministro José Dirceu, para a campanha de seu filho, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR).

"Atendendo a pedido de José Dirceu em 2010, fez uma contribuição oficial para a campanha do filho dele para o cargo de deputado federal no valor de R$ 100 mil", afirmou Pessoa, em seu termo de delação 21 feito na Procuradoria Geral da República, no dia 28 de maio.

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Na terça-feira, 15, o ex-ministro virou réu em ação penal da Operação Lava Jato, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo o Ministério Público Federal, Dirceu - que está preso desde 3 de agosto - teria usado sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, para receber propinas do esquema de desvios e contratos superfaturados na Petrobras, entre 2004 e 2014.

Ao todo, Zeca Dirceu declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o recebimento de R$ 1,5 milhão em doações, nas disputas de 2010. A doação dos R$ 100 mil da UTC não aparece nos registros de contas do candidato. O valor foi repassado, segundo consta nos registros oficiais, no dia 17 de setembro, para o Comitê Financeiro Único do PT no Paraná. No dia 22 de setembro, o comitê repassou R$ 100 mil para a candidatura de Zeca.

Nas eleições de 2010, Zeca Dirceu foi eleito deputado federal pelo PT do Paraná com 109 mil votos, sendo o segundo deputado mais votado do partido no Estado. "Este pedido foi muito antes dos contratos de consultoria com José Dirceu", acrescentou o empreiteiro. "Não abateu esta contribuição de qualquer valor devido, seja ao PT ou a José Dirceu."

O dono da empreiteira UTC - uma das acusadas de cartel e corrupção na Petrobras - confessou em sua delação premiada que pagou R$ 1,4 milhão para Dirceu por consultorias no Peru, em 2012, e depois outros R$ 1,7 milhão como 'ajuda', quando ele já estava condenado e depois preso pelo processo do mensalão.

"Como José Dirceu já estava envolvido com o processo do Mensalão, Luiz Eduardo (irmão do ex-ministro e sócio), em certa data, veio procurar o declarante pedindo um aditivo ao contrato", registrou a Procuradoria-Geral da República.

"Luiz Eduardo afirmou que a JD estava passando por dificuldades financeiras", contou Ricardo Pessoa.

A UTC foi uma das empreiteiras acusadas de cartel e corrupção em contratos da Petrobras, que fatiavam obras e pagavam propinas de 1% a 3% para PT, PMDB e PP - partidos da base de sustentação do governo Dilma Rousseff.

"Depois da prisão de José Dirceu, claramente não houve nenhuma prestação de serviços", garantiu Pessoa, apontando que com certeza os pagamentos desse segundo aditivo foram feitos sem qualquer consultoria prestada.

Registrado

A Operação Lava Jato já havia recebido a confirmação de três outros delatores de que foram feitas doações para a campanha de Zeca Dirceu, a pedido do pai: os operadores de propina Milton Pascowitch e seu irmão José Adolfo e o Julio Gerin Camargo. Os três ligados diretamente aos recebimentos de valores por parte do ex-ministro no esquema de corrupção na Petrobras. Cada um declarou ter repassado R$ 10 mil para a campanha.

O filho do ex-ministro recebeu ainda mais R$ 10 mil de Raul Ramires, da Hope Recursos Humanos, uma das empresas alvo da 17ª fase da Lava Jato - Operação Pixuleco. Ela teria pago propina de R$ 500 mil por mês ao grupo ligado a José Dirceu dentro da Petrobrás, entre os anos de 2003 e 2014. A empresa presta serviços para a estatal na área de recursos humanos.

Em nota, a assessoria de comunicação do deputado Zeca Dirceu disse que todas as doações recebidas na campanha de 2010 foram legais e aprovadas pela Justiça Eleitoral. "Os nomes dos doadores são de conhecimento público desde 2010 e eles já foram, no início deste ano, divulgados novamente por vários órgãos de imprensa. Durante o debate sobre a Reforma Política, o deputado defendeu o fim das doações de empresas para candidatos, assim como obteve destaque na luta para impor rígidos limites às despesas de campanhas e duras penas a quem infringi-los."

A reclusão adotada pelo ex-ministro José Dirceu desde a aproximação do julgamento do mensalão tem sido reproduzida por sua família e amigos mais próximos para evitar qualquer declaração sobre o escândalo. Mas seu filho mais velho, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), rompeu o silêncio e falou sobre como o réu e sua família estão vivendo esses "sete anos de pancadaria", desde que Dirceu deixou a Casa Civil.

"Meu pai está sendo massacrado. Nada do que acontecer daqui para frente pode ser pior, nem para ele, nem para nós, do que tudo o que passamos nesses sete anos", afirmou Zeca, de 34 anos. Ele ressalta que está mais acostumado com o jogo político - foi prefeito de Cruzeiro do Oeste (PR) por dois mandatos e atualmente é deputado federal -, mas para as duas irmãs, que não são dessa área, está sendo ainda mais difícil de lidar com esta situação. "Elas são novas, uma delas tem 22, a outra tem 24 anos, imagine como fica a cabeça delas?"

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Zeca diz que a família está confiante no resultado do julgamento, mas, independente disso, o pai já foi condenado. "Destruíram a imagem dele, que tanto tempo ele levou para construir. O que pode ser pior que isso? É um massacre, inclusive por parte da mídia", aponta. "Ele vive como condenado. E a família sofre junto, eu, minhas irmãs, minha avó de 92 anos, que é a mãe dele."

A avó, acrescenta, não entende exatamente o que está acontecendo, mas ela lê, assiste aos jornais na TV. "É muito difícil para ela. Traçando um paralelo, a minha avó foi criada na Igreja Católica, ela nunca entendeu essa coisa de guerrilha, da qual meu pai participava", frisa.

Ainda sobre a participação do pai na luta contra a ditadura militar, diz que, passados dez, 20 anos, hoje ter sido engajado nas lutas de guerrilha é até motivo de orgulho nacional, mas teme o impacto das denúncias que agora pesam sobre o pai para sua imagem no futuro. "Essas acusações de agora, daqui a um tempo, vão pesar. Não sei qual será o peso, mas haverá." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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