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O plenário do Congresso começou a discutir por volta das 11h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (17) o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 no qual consta a redução da meta fiscal de 0,7% para 0,5% do PIB sem deduções. A alteração foi feita ontem pela Comissão Mista de Orçamento para impedir o corte de R$ 10 bilhões do programa Bolsa Família.

O líder da oposição na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), no plenário do Congresso que apresentou um destaque para votar separadamente a inclusão de R$ 10 bilhões da receita da CPMF no Orçamento de 2016.

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O tucano argumentou que apresentou o pedido por entender que o Legislativo vai rejeitar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que recria o imposto do cheque.

"Nós entendemos que a CPMF será derrotada e vamos trabalhar para derrotá-la", disse o tucano. O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) também disse que trabalhará pela retirada da medida do relatório de receitas do orçamento. "Nós não concordamos e não queremos a CPMF, chega de tributar o povo, a tributação é extorsiva", criticou.

O presidente em exercício do Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), acolheu o pedido para votar separadamente o imposto como previsão de receitas. O orçamento de 2016 é o último dos 18 itens da pauta do Congresso.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta quarta-feira (16) o realismo orçamentário para a meta fiscal do governo. Ao comentar a mudança da meta fiscal de 2016, ele disse que o orçamento, quanto mais realista, melhor será para o País.

Renan acabou fazendo uma ironia indireta com a presidente Dilma Rousseff. Para ele, a discussão em torno da meta é menor. "Porque a presidente da República já disse que, se ela atingir a meta, ela dobra a meta. Por que ficar nessa discussão permanentemente?", disse Renan, após se encontrar com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

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Enquanto os dois estavam reunidos, a agência de classificação de risco Fitch anunciou a retirada do grau de investimento do Brasil, tornando ainda mais difícil o quadro econômico do País. Ao ser questionado sobre a decisão, Renan preferiu, a exemplo de Levy, falar na necessidade de avançar nas medidas. "Tem uma agenda para a retomada do desenvolvimento. Enquanto nós não fizermos isso para valer, o Brasil vai continuar pagando o preço", afirmou.

Renan defendeu que é preciso fazer o dever de casa e "desamarrar os pés do Brasil para deixar o País voltar a crescer". Segundo ele, o crescimento é a vocação do País. Ele defendeu também medidas estruturais, a segurança jurídica e que é preciso barrar o envio de medidas provisórias que mexam nos contratos.

A recessão da economia brasileira vai continuar no próximo ano e a indústria brasileira terá uma retração de 4,5% em 2016. As estimativas estão no Informe Conjuntural - Economia Brasileira, divulgado nesta quarta-feira (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo as projeções da CNI, o PIB do ano que vem terá uma queda de 2,6%, puxado especialmente pela queda na atividade industrial.

"Pouco se avançou para a construção de um ajuste fiscal crível e permanente, aliado a mudanças estruturais capazes de impulsionar a recuperação da atividade econômica. Por isso, o cenário para 2016 não é diferente do observado em 2015", diz o estudo da CNI.

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A entidade avalia ainda que o clima de instabilidade política no País adiará as medidas necessárias para recuperação da confiança dos agentes econômicos. Esse cenário conturbado, de acordo com a CNI, deverá ainda marcar os primeiros meses de 2016, "indicando que a travessia em direção à recuperação econômica deverá ser mais difícil e demorada".

A CNI estima que o País fechará este ano com uma inflação de 10,5%. "Há dois fatos preocupantes sobre a economia brasileira em 2015. O primeiro é que os principais componentes do PIB pelo lado da demanda (consumo das famílias) e pelo lado da oferta (serviços) irão diminuir em 2015, o que não acontecia há mais de uma década. O segundo é o fato dos investimentos caírem pelo segundo ano consecutivo em magnitude superior a 10%", destaca o documento.

Para este ano, a projeção da CNI é de uma queda de 3,3% do PIB, com uma retração de 6,4% do PIB industrial. O consumo das famílias deve encolher 3,9%, segundo a Sondagem, os investimentos terão queda de 15,5% e a taxa de desemprego deve chegar a 8,3% da População Economicamente Ativa (PEA). "Os números efetivos do ano podem ser ainda mais negativos, com o impacto dos acontecimentos recentes", pondera a CNI.

O estudo aponta ainda que este ano foi especialmente negativo para a indústria. As estimativas são de que a participação do setor no PIB do País cairá para menos de 20%, a menor desde os anos 50.

Cenários

A CNI traçou dois cenários de médio prazo para o Brasil. Num primeiro, se o País prosseguir com as mudanças em andamento, aprofundar o ajuste das contas públicas e avançar na agenda de reformas estruturais, a entidade prevê que a economia gradualmente recomponha a confiança e eleve sua competitividade. Assim, seria possível vislumbrar um novo ciclo de crescimento a partir de 2017.

No segundo cenário, no qual o País continuaria com dificuldade para definir e mudar o atual regime fiscal e tributário e de avançar na agenda de competitividade, as incertezas e falta de confiança continuariam e a economia enfrentaria um longo período de estagnação.

A avaliação da CNI é de que a economia só voltará a crescer se o País adotar uma agenda baseada em três eixos: medidas de estabilidade macroeconômica, ajuste fiscal de longo prazo e melhoria do ambiente de negócios e da segurança jurídica.

Minutos após a agência de classificação de risco Fitch ter retirado o grau de investimento do Brasil, integrantes da base aliada e da oposição na Comissão Mista de Orçamento (CMO) anunciaram um acordo em que vai reduzir o superávit primário de 0,7% para 0,5% do PIB em 2016, sem qualquer tipo de abatimento. A proposta é uma alternativa a que foi defendida pela presidente Dilma Rousseff nessa terça-feira (15) que previa uma meta que teria uma banda de 0% a 0,5% do PIB, podendo ter uma série de abatimentos.

Numa atitude inusual, o colegiado decidiu nesta quarta-feira alterar o parecer do relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), para abranger a diminuição da meta. O texto da LDO já estava na pauta do Congresso - é o 26º item da pauta que estava prevista para iniciar às 12h -, mas, em razão do adendo, será alterado no colegiado para novamente ir à votação pelo Legislativo.

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A versão final do texto, com as alterações, ainda não foi divulgada pela comissão. Ele ainda terá de ir à votação pelo colegiado. A tendência é que a parte da União da economia para se fazer o superávit caia de R$ 34,4 bilhões para R$ 24 bilhões. Essa queda tem por objetivo, conforme disseram integrantes da base e da oposição, impedir que o programa Bolsa Família seja alvo de um corte de R$ 10 bilhões.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sempre foi favorável a metas flexíveis para o Orçamento. "É preciso dispor de espaço para acomodar oscilações não previstas de despesas e, sobretudo, de receitas", explicou Barbosa em entrevista exclusiva no dia 4 de dezembro, em São Paulo.

Na trajetória das contas públicas em 2015 estaria, segundo o ministro, o exemplo mais eloquente da necessidade de flexibilizar metas. "O gasto previsto está sendo cumprido, mas as receitas ficaram muito aquém das estimativas", diz ele, apontando para um gráfico em meio a uma série de outros que carrega numa pasta de plástico transparente.

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O gráfico e as tabelas que o acompanham mostram que, em 2015, até setembro, o contingenciamento de despesas não obrigatórias significou uma redução nominal de R$ 20 bilhões sobre o volume de gastos de 2014, o primeiro recuo desde a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), há mais de 15 anos. No total, foram contingenciados R$ 80 bilhões do considerado na Lei Orçamentária Anual (LOA), equivalentes a 1,4% do PIB.

"Na vigência da LRF, tanto em volume como em relação ao PIB, nunca houve corte maior", afirma Barbosa. Com a forte frustração de receitas, reflexo do agravamento da recessão, no entanto, o esforço de contenção das despesas não impedirá um déficit primário de 1% do PIB, em 2015, que dobraria de tamanho se as pedaladas fiscais dos anos anteriores forem absorvidas neste ano.

A adoção de metas fiscais dentro de um intervalo com limites para piso e teto, semelhante à do sistema de metas de inflação, é parte de um conjunto de ideias para orientar uma revisão mais completa das regras fiscais. "O principal é a fixação de um limite global para o gasto público", diz Barbosa.

Barbosa lembra que a sua proposta é uma entre as muitas em circulação. "Existem hoje pelo menos quatro outras propostas de reforma fiscal já apresentadas ao debate", enumera, sem querer entrar no mérito de cada uma delas. "O único consenso é que a Previdência deve ser reformada, com a fixação de uma idade mínima para a concessão do benefício", afirma o ministro, observando que, ao representar quase 50% do gasto primário, a Previdência é o fator mais crítico do problema fiscal.

"É preciso deixar claro que defender mais flexibilidade nas metas fiscais não significa desistir de cortar e rearranjar as despesas", diz Barbosa, chamando a atenção para o fato de que 85% dos gastos, de uma forma ou de outra, são vinculados ao salário mínimo e pelo menos 70% deles são corrigidos por ele.

"Mas também não se pode cortar o gasto e contrair o crédito indefinidamente, sob o risco de derrubar as receitas num circulo deficitário vicioso", conclui o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), confirmou nesta terça-feira (15), que a presidente Dilma Rousseff vai propor ao Congresso a redução da meta fiscal de 2016. A alteração é uma derrota para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que defendia um superávit primário de 0,7% do PIB para o próximo ano.

À revelia de Levy, integrantes da equipe econômica e lideranças da base aliada no Congresso costuraram a aprovação de uma proposta que cria uma banda de superávit primário que varia de 0% a um teto de 0,5% do PIB. Conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, uma minuta do texto que deverá ser encaminhado por Dilma altera o projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano para prever uma queda da meta do setor público consolidado dos atuais R$ 43,8 bilhões (0,7% do PIB) para R$ 30,587 bilhões (0,488%).

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Contudo, o texto prevê que toda a nova meta poderá ser reduzida em caso de frustração de receita primária líquida em relação ao previsto no orçamento de 2016 nas seguintes hipóteses: pagamento de restos a pagar processados de investimentos, ações de vigilância sanitária, combate a endemias e reforço do SUS, ações de combate à seca, segurança hídrica e mitigação dos efeitos e recuperação de áreas afetadas por desastres.

Essas deduções têm por objetivo abranger o Programa de Aceleração de Crescimento, o combate ao zika vírus e até mesmo um apoio para melhorar a situação de Mariana (MG), cidade que passou por grave desastre ambiental após o rompimento de uma barragem. Conforme a minuta, a meta de Estados e municípios seria de R$ 6,554 bilhões, o que corresponde a 0,1% do PIB.

A alteração, segundo o líder do governo na CMO, deverá ser encaminhada na forma de uma mensagem ao Congresso. Essa mudança deverá ser incluída pelo relator da LDO de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), em modificação a ser proposta em plenário.

A proposta de banda fiscal, articulada por Pimenta, contraria o ministro da Fazenda. Na semana passada, conforme revelou o Broadcast, Levy ameaçou deixar o governo caso a meta fosse zerada. O ministro tem insistido em manter a meta em 0,7% e começou a empreender uma negociação paralela com outros parlamentares do Congresso.

Somente com a redução da meta de 0,7% para 0,5% do PIB abriria espaço para se evitar o corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família proposto pelo relator-geral do orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

A LDO está na pauta conjunta das duas Casas Legislativas desta noite, mas a expectativa é que, diante da pauta cheia, deve ficar para amanhã. Uma meta mais flexível tem sido defendida pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, como forma de ter maior espaço no orçamento público para estimular um impulso da economia.

A reunião da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional foi aberta e logo em seguida suspensa por tempo indeterminado. A presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), e o relator do projeto de Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), mantêm reuniões em separado na sala interna da comissão. O relator recebe representantes do Ministério Público e do Judiciário que querem evitar os cortes.

Enquanto o Plano Plurianual (PPA) de 2016 a 2019 não for aprovado pelo Congresso Nacional, o projeto de lei do Orçamento não pode ser votado na CMO. Hoje, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), manteve as votações previstas. O PPA está na pauta.

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Em meio a possibilidade de alteração da meta fiscal do ano que vem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, continua firme na sua posição de defender um resultado de 0,7% do PIB. Para ele, a possibilidade de mudar a meta é "inconveniente" e classificou como um "equívoco" a mistura da meta "por causa do Bolsa Família". "(Isso) não fica de pé", disse nesta terça-feira, 15. Na avaliação do dirigente da Fazenda, "as camadas de maior renda estão ansiosas para participar do esforço fiscal e trazer o Brasil de volta para o crescimento".

O ministro reforçou a necessidade de aprovação das medidas provisórias, que atingem as classes de maior renda e que foram enviadas ao Congresso. Com a aprovação dessas matérias o caixa do governo no ano que vem ganhará um reforço."Tem que focar na votação de medidas que são importantes e que foram mandadas há 2 ou 3 meses atrás", afirmou.

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Entre as MPs enviadas pela Fazenda, está a 690, que trata da incidência do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) sobre bebidas e fim da isenção de PIS/Cofins sobre eletrônicos. Há também a MP 692, que altera a cobrança de Imposto de Renda sobre ganhos de capital e no programa de redução de litigamos tributários. A MP mais enfatizada por Levy foi a MP 694, que trata do IR sobre juros de capital próprio e fim do benefício fiscal para a indústria química.

Sobre o corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família que o relator do Orçamento do ano que vem, deputado Ricardo Barros (PP-PA), Levy disse que "ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto, de preservação dos empregos e de estabilidade e tranquilidade para as famílias".

O ministro participa na manhã desta terça de um evento fechado sobre infraestrutura e frisou que a iniciativa é trazer novos investimentos para o país num ambiente "mais eficiente, mais seguro e com preços atrativos e transparência".

Para garantir o cumprimento do superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta sexta-feira, 11, que vai manter o corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família, correspondente a 35% do total do programa. Em entrevista coletiva, o parlamentar detalhou os cortes de despesas e o remanejamento de recursos do orçamento no montante de R$ 16,51 bilhões a fim de garantir a meta fiscal estipulada pelo governo.

Barros afirmou que o corte no Bolsa Família vai atingir, conforme projeções da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, 23 milhões de pessoas. Em sua justificativa, o relator disse que auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) identificaram deficiências no programa, como falta do registro de frequência de alunos beneficiários ou mesmo famílias beneficiárias com rendas superiores ao previsto em lei.

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"Não tenho nada contra o Bolsa Família, é um excelente programa. Mas o que está fora da lei não pode prevalecer", afirmou o deputado. Ele disse que a restrição ao programa poderá ser revista caso seja aprovada uma recomposição orçamentária - o corte seja retirado desde que se aprove um destaque em que se diga de onde vai haver a compensação. O líder do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), já disse que vai apresentar uma proposta nesse sentido.

Contudo, Barros avaliou que, diante do engessamento do orçamento de 2016, considera ser difícil que essa mudança prospere. "A recomposição é apenas jogar para a plateia", disse o deputado, que também é um dos vice-líderes do governo na Câmara.

Além de mexer no Bolsa Família, o relator propõe, entre cortes para atingir a meta fiscal e ajustar os parâmetros, uma "tesourada" de R$ 320 milhões no pagamento do auxílio-reclusão (50% do previsto, condicionado à aprovação de um projeto de autoria dele em tramitação na Câmara - hoje o benefício segue a regra da pensão por morte e, com a proposta, seria limitada a seis meses), outra de R$ 80 milhões no auxílio-moradia e ainda uma economia de R$ 1,84 bilhão da Previdência Social por não se pagar compensações em razão da desoneração da folha de pagamento - por causa da diminuição da atividade econômica.

Barros também propõe um remanejamento de despesas no valor de R$ 4,3 bilhões. Ele sugere um corte médio de 40% nos investimentos do Judiciário (R$ 720 milhões), do Legislativo (R$ 90 milhões) e Ministério Público da União (R$ 4 milhões). Na parte de custeio, o corte no custeio do Judiciário, do Legislativo, do Ministério Público da União e do Executivo chegam a R$ 3,42 bilhões.

"Entendemos que é necessário fazer esses cortes, infelizmente não tem outra solução", disse Barros. "É uma solução adequada e o importante é que informe aos brasileiros que tenhamos um orçamento adequado".

Conforme já havia adiantado, o relator disse que a proposta prevê uma arrecadação com o retorno da CPMF de R$ 10,3 bilhões e outros R$ 21 bilhões com o projeto de repatriação de recursos de brasileiros no exterior não declarados ao Fisco. Questionado se isso é propor um orçamento "fictício", por se valer de propostas que sequer foram aprovadas, o deputado foi sucinto: "Se as receitas condicionadas não se confirmarem, as despesas vinculadas a elas não poderão ser realizadas."

A expectativa dele é que o orçamento de 2016 seja votada pelo plenário do Congresso até a próxima quinta-feira, 17. Por esse calendário, deputados e senadores precisam votar antes o Plano Plurianual de 2016 a 2019 - que está na pauta do Congresso da terça-feira, 15. Só depois, por conta do regimento, a CMO e, em seguida, o plenário do Congresso poderão votar o orçamento.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou nesta quarta-feira (10) que as eleições municipais do ano que vem serão feitas com urnas eletrônicas. Segundo o TSE, após o Congresso aprovar o projeto de lei que mudou a meta fiscal de 2015, o Ministério do Planejamento fez uma nova estimativa de receitas que garantem a votação por meio eletrônico. Com isso, a Justiça Eleitoral terá R$ 267 milhões garantidos. A equipe econômica manteve corte de R$ 161 milhões.

No dia 3 de novembro, o TSE informou que não teria recursos para custear a eleição com urnas eletrônicas, devido ao contingenciamento de R$ 428 milhões do orçamento da Justiça Eleitoral para aguardar a decisão que mudaria a meta fiscal. Dessa forma, os eleitores brasileiros voltariam a escolher seus representantes pelo voto de papel.

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O impacto maior, segundo o TSE, refletiria no processo de aquisição de novas urnas eletrônicas, com licitação já em curso e contratação até o fim do mês de dezembro. A despesa estimada era de R$ 200 milhões.

Com a revisão dos limites de empenho e movimentação financeira do orçamento de 2015, ficou mantido somente o contingenciamento referente aos quatro primeiros bimestres do ano, que equivale a R$ 161 milhões. Os outros R$ 267 milhões, correspondentes ao quinto bimestre, foram revertidos à Justiça Eleitoral.

Com informações da Agência Brasil

A vitória na semana passada na aprovação do projeto de lei que permitiu a alteração da meta fiscal deste ano virou assunto do passado. A nova discussão dentro do governo é sobre a alteração da meta fiscal de 2016.

É praticamente consenso que o superávit primário de 0,7% do PIB para o próximo ano é impossível, mas o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é contra a alteração neste momento. Por outro lado, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e os congressistas estão se convencendo de que será preciso tomar uma atitude para flexibilizar a meta ainda no Congresso. Há um esforço grande para o convencimento também da presidente Dilma Rousseff.

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Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Barbosa tenta reviver uma antiga ideia de criar bandas de superávit, o que permitiria que o governo "flutuasse" dentro de uma margem e evitaria um projeto no ano que vem para alterar a meta de 0,7%.

A presidente Dilma e a equipe econômica sabem que se a meta não for alterada agora o governo precisará fazer uma revisão, assim que o IBGE divulgar o resultado do PIB no 1º trimestre.

Congressistas têm achado "um absurdo" a ideia de um novo desgaste ano que vem para alterar a meta pelo terceiro ano consecutivo. Este ano, o governo precisou anunciar um "shutdown" (desligamento) na máquina pública porque o Congresso demorou a aprovar a alteração da meta fiscal. Foram congelados este mês, por poucos dias, R$ 11,2 bilhões correspondentes aos gastos não obrigatórios ainda não realizados este ano.

Por enquanto, o único que se coloca terminantemente contra a alteração da meta de superávit de 2016 é o ministro Levy. Pessoas próximas à negociação afirmam que o dirigente da Fazenda tem reclamado diversas vezes dessa possibilidade em reuniões com a presidente. Ele também já se manifestou publicamente contra a medida, sugerida pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Mudança

Sobre uma possível alteração no comando da Fazenda, fontes ouvidas pelo Broadcast afirmam que, neste momento, enquanto a presidente tenta evitar que o Congresso siga adiante com o processo de impeachment, é impossível pensar em outro nome para comandar a Fazenda. Por ora, Levy permanece onde está.

Estudantes da Rede Estadual de Pernambuco que sonham em fazer intercâmbio já podem se preparar para o Programa Ganhe o Mundo. Na próxima quarta-feira (9), serão iniciadas as inscrições para participar da seleção. Uma das novidades este ano é a versão Musical do Programa. Para essa modalidade, além dos pré-requisitos originais, os alunos interessados também deverão ter habilidades em instrumentos ou canto. Estados Unidos e Canadá são alguns dos destinos disponíveis no PGM.

Secundaristas que estejam no 1º ano do ensino médio, de 14 a 17 anos, podem participar da seleção. É necessário que as médias nas disciplinas de português, matemática e língua estrangeira (inglês ou espanhol) sejam acima de sete.  Serão disponibilizadas mil vagas para o PGM, sendo 700 para língua inglesa e 300 para língua espanhola. Além disso, também estão disponíveis dez vagas para a versão Musical e 20 para a Esportiva - outra novidade da nova edição -. 

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As inscrições poderão ser realizadas pelo site da Secretaria Estadual de Educação até 12 de janeiro. Quem quer se inscrever para a versão que vai proporcionar estudos às habilidades musicais, tem até dia 20 de dezembro par confirmar intenção de participação. Já os que desejam participar do Programa Ganhe o Mundo Esportivo devem fazer as inscrições até 15 de janeiro de 2016.

Para a versão Musical, além do processo inscrição convencional, os candidatos também devem gravar um vídeo (nos formatos AVI ou MP4) de até três minutos, e postar no YouTube. O link da gravação deve ser informado no formulário de inscrição. Como parte da seleção, os estudantes também farão uma prova escrita com dez questões sobre pentagrama, notação musical, claves, compassos e alterações. Além disso, também haverá uma audição, de responsabilidade do Conservatório Pernambucano de Música. Já para a versão Esportiva, os candidatos devem ter bom desempenho, também, nos Jogos Escolares e/ou participar de programas da Secretaria de Turismo, Lazer e Esportes.

O governado Paulo Câmara participou da cerimônia que apresentou as novidades. “Educação é o grande valor que podemos oferecer à nossa população. Temos que fazer esforço para mantê-los [programas voltados à educação] vivos e aprimorá-los”, afirmou Câmara. A estudante Hortência Aguiar, de 18 anos, estudou em uma escola da Rede Estadual de Limoeiro e, em 2013, foi estudar inglês no Canadá. “Eu nunca imaginei que em uma família humilde como a minha, poderia alguém ir para o exterior estudar”, disse a jovem.

A Record pode desistir do reality show A Fazenda em 2016 e retirá-lo da sua programação. A informação foi publicada pelo colunista Flávio Ricco. De acordo com Ricco, a emissora mantém tudo em segredo, mas Roberto Justus, atual apresentador do programa, já está escalado para apresentar o reality de casais Power Couple.

A informação de que não haverá mais uma A Fazenda em 2016 contradiz a divulgação do produtor do programa, Rodrigo Carelli, de que a nona edição estaria confirmada para ano que vem. Além do nome de Justus no novo reality, os profissionais envolvidos com a produção de A Fazenda estariam sendo surpreendidos com a retirada de equipamentos essenciais para as atividades do programa da cidade de Itu, em São Paulo.

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O técnico Tite prevê uma Copa Libertadores ainda difícil em 2016 com a presença dos rivais São Paulo e Palmeiras e iniciou conversas com a diretoria para que a base do time campeão Brasileiro seja mantida. "Não é o Tite que está dando recado. É ideia nossa, dos atletas permanecerem. É formar equipe. Fizemos isso esse ano e vamos para um segundo estágio", disse ele após empate com o Avaí por 1 a 1 na última rodada do campeonato.

O planejamento da próxima temporada será comandado pelo presidente Roberto de Andrade e pelo ex-presidente Andrés Sanchez. Os dois estão à frente das principais negociações. "A partir de agora, a gente começa a estudar. Mas o que o Corinthians busca é manutenção de sua equipe", afirmou Tite.

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Alguns jogadores, no entanto, receberam sondagens do futebol europeu e podem deixar a equipe. O zagueiro Felipe, por exemplo, admitiu neste domingo, uma possível transferência para o Mônaco. "Meu empresário me passou umas coisas. Existe uma conversa. É um grande clube, um lugar ótimo para morar", afirmou o zagueiro. Felipe, no entanto, deixou claro que tem contrato com o Corinthians até 2018.

O atacante Malcom mais uma vez vê seu nome envolvido em especulações. No mês passado, o jornal português A Bola publicou reportagem bancando o interesse do Benfica no atacante de 18 anos.

Já a permanência de Ralf é dada como certa pela diretoria, mas o jogador ainda adota cautela. "Não está nada certo", afirmou o jogador neste domingo. O clube ofereceu um contrato de dois anos, mas valores de salário e luvas ainda não foram definidos.

Renato Augusto tem contrato por mais uma temporada, mas a diretoria pretende antecipar a renovação. Um dos destaques do time na temporada, o meia poderia virar alvo de equipes da Europa.

O Corinthians ainda não acertou oficialmente com nenhum jogador para a próxima temporada. Contratações deverão ser pontuais, sem grandes investimentos.

"Podemos dizer que a situação financeira para 2016 será mais tranquila comparada ao ano de 2015. Mas temos de continuar com os pés no chão. Temos de continuar do jeito que estamos fazendo, sem fazer loucura, mas deixar o time mais forte", disse o presidente Roberto de Andrade à Rádio Bandeirantes.

Em final de temporada, os clubes começam a correr para garantir as renovações de contratos de atletas que se destacaram durante a temporada. Em Pernambuco, o assunto nos três grandes clubes é quem permanecerá para o ano de 2016. Náutico, Santa Cruz e Sport contam com diversos importantes atletas com o vínculo se encerrando ao final deste ano. Em muitos casos as direções das equipes já iniciaram conversas com alguns desses jogadores para garantir a extensão do contrato.

Nomes importantes como André, João Paulo e Júlio César, aparecem como prioridades na lista de renovações de cada time. Negociações que, no entanto, não serão fáceis devido ao bom ano que esses atletas tiveram, despertando interesse de outras equipes. Contudo, alguns outros encerram contrato sem boa parte da torcida saber que ele ainda integrava o elenco da equipe, caso, por exemplo, de Luiz Carlos, no Sport, Bruno Mineiro, no Santa, e Ronny, no Náutico. Por isso, o Portal LeiaJá preparou uma lista com atletas de cada um dos três clubes que tem os vínculos encerrados no final desta temporada.

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Náutico

Em período de eleições, o Náutico ainda caminha lentamente no sentido das renovações. Até agora o clube conseguiu acertar apenas a continuidade de dois atletas que tinham vínculos encerrados neste ano, casos de Gastón Filgueira e Niel. Entre as prioridades do Timbu para o acerto da continuidade em 2016 estão Júlio César, Rafael Pereira e Dakson. Alguns outros importantes nomes que integraram o elenco alvirrubro têm contratos maiores que vão até 2016, exemplos de Fabiano Eller, Ronaldo Alves e Daniel Morais. Atualmente a lista de jogadores em final de contrato do Náutico conta com 20 nomes.

Santa Cruz

O tricolor é o que mais tem problemas com atletas em final de contrato, boa parte do grupo coral tem vínculo se encerrando em dezembro, ao todo são 26 jogadores. A diretoria do clube ainda não conseguiu a renovação de nenhum atleta e para 2016 apenas os atletas da base como Raniel, Wellington e Renatinho, além de Grafite tem permanência garantida.

Sport

Dos três, o Leão é que conta com o menor número de atletas em final de contrato, são apenas 14, porém a maioria deles pertence a outras equipes e dificilmente devem continuar, caso de Élber, em que o Cruzeiro já solicitou o seu retorno ao final do vínculo com o rubro-negro. Em outros casos, a diretoria também já começou a trabalhar e garantiu recentemente as renovações de Matheus Ferraz e Magrão.

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Sucesso por onde passa, Beyoncé agora pretende conquistar um novo público: o da moda! E mais de um ano após firmar parceria com a marca britânica Topshop, finalmente os projetos saíram do papel. De acordo com o jornal The Independent, a cantora assinará a linha Parkwood Topshop Athletic Ltd, que contará apenas com peças esportivas, uma das maiores inovações da grife até então.

- Desenvolver essa parceria com a Beyoncé, uma das pessoas mais trabalhadoras e talentosas do mundo, que passa muitas horas de sua vida dançando, ensaiando e treinando é uma oportunidade única para criar essa categoria - afirmou o criador da marca, Philip Green.

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A previsão é de que a nova coleção seja lançada em abril de 2016.

Depois de a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano manter a Selic inalterada em 14,25% ao ano, mas com dois votos dissidentes de alta (0,50 pp), o mercado financeiro voltou a mudar suas expectativas para o comportamento da taxa básica de juros ao fim do ano que vem.

No Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 30, pelo Banco Central, a mediana das expectativas para a Selic de 2016 passou de 13,75% ao ano para 14,13% ao ano, o que revela uma divisão dos participantes da Focus entre um patamar de 14,00% e 14,25% aa.

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De qualquer forma, a nova projeção indica uma trajetória ainda mais conservadora para a taxa básica. Um mês antes, a mediana das estimativas no boletim Focus para a Selic do mesmo período era de 13,00% ao ano.

Com essa mudança, a Selic média de 2016 foi ajustada de 14,16% para 14,25% aa. Um mês antes, a mediana das previsões para essa variável estava em 13,95% ao ano. O foco do Banco Central para a meta é o ano de 2017.

Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o grupo Top 5 no médio prazo, a estimativa para 2016 seguiu em 13,00% aa pela terceira vez consecutiva - quatro semana antes estava em 12,75% AA.

Projeções

A possibilidade de a taxa básica de juros ser mantida no atual patamar de 14,25% ao ano ao longo de todo 2016 cresceu ainda mais, de acordo com a abertura do Relatório de Mercado Focus. Pelo levantamento, realizado com aproximadamente 120 instituições financeiras, a Selic só terá condições de cair no último mês do ano que vem. Mesmo assim, há uma dúvida explícita entre os participantes da pesquisa.

A mediana das previsões revela uma taxa de 14,25% aa para praticamente todos os meses. Na semana passada, se esperava que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzisse a Selic em outubro de 2016. Agora, uma redução é aguardada apenas para dezembro.

A abertura mensal das estimativas se estende até junho de 2017 agora - até o levantamento da semana passada, ia até abril. O ano se tornou mais importante depois que o BC informou que será apenas em 2017 que terá condições de levar a inflação para o centro da meta de 4,50%. Para janeiro, a mediana das previsões subiu de 13,00% para 13,25% aa. No caso de fevereiro, o ponto central da pesquisa foi mantido em 13,00% ao ano, assim como para março, que teve a mediana das previsões estacionada em 12,75% aa.

Para abril, a taxa subiu de 12,50% aa da semana passada para 12,75% aa agora. Esse patamar, segundo os participantes da Focus, será mantido em maio e junho. Como o BC ainda não divulgou o calendário de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2017, as estimativas são apresentadas para todos os meses correntes.

Apesar do acesso, são poucos os jogadores do Santa Cruz que têm vínculo para a próxima temporada e a disputa da Série A. Dentre eles está o polivalente Renatinho. Revelado nas categorias de base do clube, o atleta tem contrato até o fim de 2016 e se diz ansioso para jogar, pela primeira vez, o Brasileirão.

"Tenho contrato com o Santa até a próxima temporada, então estou tranquilo. Estou me sentindo muito feliz, realizado e já com a expectativa para 2016, que vai ser um ano muito importante para nós", disse o jogador.

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A conquista do acesso para à elite, entretanto, não cessou os objetivos na temporada. Na última partida da temporada, contra o Vitória, próximo sábado (28), no Arruda, o Santa Cruz briga para terminar a Série B com a vice-liderança.

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Renatinho contou como foi a a reapresentação após a festa do acesso. "Ainda não caiu a ficha. A nossa conversa foi que festejamos até hoje de manhã e agora focaremos no jogo contra o Vitória. Ainda temos uma motivação a mais, por ter a possibilidade de disputar a Sul-americana. Estamos comentando isto dentro do elenco", falou.


A Apple planeja lançar uma versão mais barata do iPhone 6 em 2016, afirmou o especialista do IHS Technology Research, Kevin Wang. O iPhone 6c com tela de 4 polegadas deve ser anunciado na metade do ano, para complementar o portfólio da nova linha de smartphones da marca, que já conta com o iPhone 6, iPhone 6 Plus, iPhone 6s e iPhone 6s Plus.

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O suposto novo smartphone da Apple, assim como a versão 5c, seria o modelo mais econômico da linha, com carcaça de policarbonato em várias cores. Wang não é o único analista a apontar que a Apple estaria preparando um novo iPhone para o mercado. Ming-Chi Kuo, analista da KGI Securities, já informou que a fabricante prepara um iPhone com tela de 4 polegadas para 2016.

O segundo analista, no entanto, acredita que o smartphone tenha carcaça em metal, com processador A9, mas sem 3D Touch - recurso presente apenas no iPhone 6s e iPhone 6s Plus. De acordo com o especialista de mercado, a Apple poderia vender de 20 a 30 milhões de unidades do novo produto apenas em 2016.

A presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), decidiu no fim da manhã desta quinta-feira, 12, suspender a reunião do colegiado prevista para votar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. Rose adiou o encontro por meia hora diante do início da ordem do dia na Câmara, momento em que deputados têm de ir ao plenário votar.

Até o momento, a reunião se transformou numa "batalha regimental". O texto-base da LDO de 2016 já foi aprovado pela Câmara em votação simbólica, mas falta a votação do Senado. Com base no regimento, deputados da base e da oposição alegam que a sessão tem de ser derrubada porque não há uma presença mínima dos senadores para votar.

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A presidente da comissão deu prosseguimento à reunião por entender, também com base no regimento, que os deputados não têm legitimidade de arguir a presença dos senadores.

Como pano de fundo do embate está a proposta feita ontem pelo relator da LDO de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), que prevê o abatimento de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da meta fiscal do próximo ano.

Para mandar um recado de austeridade fiscal para o mercado, o relator da Lei Orçamentária (LOA) de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), articulou uma proposta alternativa - tratada como meio termo - ao sugerir a redução do abatimento do PAC de R$ 30 bilhões, conforme inicialmente proposto por Ricardo Teobaldo, para R$ 20 bilhões. O valor reduzido na dedução foi aceito pelo relator da LDO 2016.

Na prática, a medida, se for aprovada pela comissão e pelo Congresso, aumentaria o superávit primário "real" para o próximo ano. O governo defende uma economia para o pagamento dos juros da dívida pública de 0,7% do PIB (o que representa R$ 43,8 bilhões).

A proposta inicial de Teobaldo "legalizaria" um superávit de R$ 13,8 bilhões (0,22% do PIB), mas os governistas querem reduzir o teto de abatimento do PAC para propor um superávit de R$ 23,8 bilhões (correspondente a R$ 0,38% do PIB).

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