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A demanda por transporte aéreo doméstico no Brasil registrou crescimento de 6,58% em fevereiro ante igual mês do ano passado, informou nesta quinta-feira, 21, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). No segundo mês do ano a oferta subiu 3,83% e a taxa de ocupação nas aeronaves subiu 2,12 pontos porcentuais, chegando a 82,46% no mês.

Segundo a entidade, mais de 7,4 milhões de viagens domésticas foram realizadas no período pelas aéreas brasileiras, volume 7,76% superior ao do ano passado (pouco mais de 530 mil passageiros adicionais).

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A Abear destaca que o mercado doméstico brasileiro registra 24 meses consecutivos de crescimento da demanda e do volume de passageiros, com oferta em expansão contínua há 20 meses.

A Gol deteve 35,31% do mercado doméstico em fevereiro, seguida por Latam com 31,10%; Azul com 21,08%; e Avianca com 12,20%.

As estatísticas de transporte de passageiros da Abear incluem as operações de Avianca, Azul, Gol, Latam, Map e Passaredo, responsáveis por 99,9% do mercado doméstico nacional.

Somados os resultados do acumulado de janeiro e fevereiro, e comparados a igual intervalo de 2018, a demanda aérea doméstica registra alta de 4,73%, para uma oferta em expansão de 3,97%. A taxa de ocupação das aeronaves ficou em 83,36%, com melhoria de 0,60 ponto porcentual. O total de viagens realizadas chega a 16,3 milhões, incremento de 4,77% sobre o ano anterior (acréscimo de pouco mais de 740 mil passageiros).

Internacional

A demanda por transporte aéreo internacional entre as aéreas brasileiras registrou crescimento de 8,82% em fevereiro, resultado bastante positivo, destaca a Abear, mas interrompendo período de 14 meses de alta em taxa de dois dígitos.

A oferta em fevereiro teve ampliação de 13,08%, levando a taxa de ocupação nas aeronaves a cair 3,12 pontos porcentuais para 79,74%. O total de viajantes internacionais no mês foi de pouco mais de 815 mil, número 3,08% superior ao de 2018 (aproximadamente 24 mil passageiros adicionais).

A Abear destaca ainda que, na série histórica das aéreas brasileiras no mercado internacional, demanda e volume de passageiros crescem de forma ininterrupta há 29 meses, enquanto a oferta tem expansão continuada há 28 meses.

Em fevereiro a Latam domina o mercado, com participação de 68,8% seguida pela Gol com 13,26%, Azul com 12,69% e Avianca com 5,97%.

No acumulado de janeiro e fevereiro comparado a igual período de 2018, a demanda internacional das companhias brasileiras tem alta de 10,74% enquanto a oferta teve ampliação de 13,63%. A taxa de ocupação ficou em 82,21%, com retração de 2,15 pontos porcentuais. Os passageiros transportados nos voos entre o Brasil e o exterior somaram aproximadamente 1,8 milhão, contingente 4,49% maior do que no mesmo intervalo de 2018 (acréscimo de 76,6 mil viajantes).

Após o acidente da Ethiopian Airlines no último domingo (10), a Gol suspendeu temporariamente suas operações comerciais com o modelo 737 MAX 8, da Boeing. Segundo comunicado divulgado pela companhia na noite desta segunda-feira (11), não serão usados os sete modelos que fazem parte da frota da empresa.

Por meio de nota, a empresa "reitera a confiança na segurança de suas operações e na Boeing, parceira exclusiva desde o início da companhia em 2001". A Gol afirma que espera que seja possível retornar a colocar essas aeronaves em atividade.

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Os clientes com viagens previstas nas aeronaves 737 MAX 8 serão, segundo a Gol, reacomodados.

A demanda por voos domésticos (medida em passageiros-quilômetro pagos transportados, ou RPK) cresceu 5,27% em novembro na comparação com igual mês de 2017, de acordo com o levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reuniu dados de Avianca, Azul, Latam e Gol. Em termos absolutos, foram quase 8 bilhões de RPK no mês, um recorde para novembro na série histórica da entidade.

Já a oferta doméstica de assentos (assentos-quilômetros ofertados, ou ASK) avançou 4,12% frente ao registrado um ano antes. Com a procura por voos domésticos aumentando em nível acima do verificado para a capacidade, a taxa de aproveitamento de voos domésticos subiu 0,92 ponto porcentual (p.p.) ante novembro do ano passado, chegando a 83,63% - maior patamar para o mês.

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Foram transportados 7,8 milhões de passageiros em voos domésticos ao longo de novembro, uma alta de 4,98%. A Gol manteve a liderança no mercado doméstico no mês, com participação de 35,83%, seguida pela Latam, com 33,12%. A Azul ficou com 18,29% do market share doméstico no período, enquanto a Avianca - que recentemente entrou com pedido de recuperação judicial - obteve uma fatia de 12,76%.

Com esses resultados, no acumulado de janeiro a novembro de 2018, a demanda por transporte aéreo doméstico cresceu 4,47% frente ao observado no mesmo intervalo de 2017, enquanto a oferta subiu 4,88%. Por sua vez, o fator de aproveitamento mostrou leve recuo de 0,31 p.p. em um ano, para 81,10%.

Cargas

O transporte aéreo de carga pelas associadas da Abear movimentou 36,5 mil toneladas no mercado doméstico em novembro, 9,61% acima do verificado em igual mês de 2017. No acumulado do ano, foram 354,3 mil toneladas de carga transportadas dentro do País (+12,76% no comparativo anual).

A demanda aérea mundial (medida em número de passageiros por quilômetro voado, ou RPK) cresceu 5,5% em setembro ante o mesmo mês do ano passado, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Esse desempenho corresponde a uma desaceleração frente a agosto, quando o indicador avançou 6,4% no comparativo anual, aponta a entidade.

Já a oferta de assentos (assentos-quilômetros ofertados, ou ASK) aumentou 5,8% ante setembro de 2017. Com isso, houve redução de 0,3 ponto porcentual da taxa de ocupação entre os períodos, para 81,4% - a primeira em oito meses.

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"Estimamos que os impactos de severo furacão e da atividade de tufões em setembro tenha cortado 0,1 ou 0,2 ponto porcentual do crescimento esperado (para o tráfego). Entretanto, mesmo considerando esses efeitos, a demanda mensal teria ficado abaixo do ritmo de 6,7% no acumulado do ano", diz a Iata, em nota.

Para o diretor geral e CEO da entidade, Alexandre de Juniac, o tráfego aéreo mundial no último mês refletiu uma "perda de ímpeto antecipada" do estímulo à demanda via tarifas. "A elevação das incertezas sobre políticas comerciais e as políticas protecionistas também podem ter tido algum impacto", escreve de Juniac.

Na América Latina, a demanda aérea mostrou alta de 6,3% ante setembro de 2017, enquanto a capacidade subiu 8,3%, levando a uma queda de 1,5 p.p. da taxa de ocupação, para 80,3%.

Especificamente para o Brasil, a Iata reporta que o tráfego no mercado doméstico cresceu 3,5%, e a oferta, 6,0%, implicando redução da taxa de ocupação para 81,1%.

A demanda por voos domésticos (medida em passageiros-quilômetro pagos transportados, ou RPK) cresceu 7,43% em julho ante igual mês de 2017, de acordo com o levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados de suas associadas (Avianca, Azul, Latam e Gol).

Já a oferta doméstica de assentos (assentos-quilômetros ofertados, ou ASK) também avançou 7,43% em relação a julho de 2017. Com a oferta e procura avançando em igual ritmo, segundo a entidade, a taxa de aproveitamento de voos domésticos ficou estável em 83,97%.

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O número de passageiros em um ano cresceu em cinco milhões de pessoas, aponta a Abear. A razão seria a flexibilização da cobrança de transporte de cargas nas tarifas, o que reduziu preços de passagens e teria atraído um número maior de passageiros. "A economia não explica isso", disse o consultor técnico da Abear, Maurício Emboaba, em coletiva de imprensa. Em julho foram transportados 8,8 milhões de passageiros nos voos nacionais, aumento de 6,75% ante o mesmo intervalo de 2017.

A Gol manteve a liderança no mercado doméstico no mês, com participação de 38,50%, seguida pela Latam, com 30%. A Azul ficou com 18,81 do market share doméstico no período, enquanto a Avianca obteve uma fatia de 12,70%.

Com isso, considerando os primeiros sete meses do ano, a demanda por transporte aéreo doméstico cresceu 4,79% frente ao observado no mesmo intervalo de 2017, enquanto a oferta subiu 4,81%. Por sua vez, o fator de aproveitamento mostrou estabilidade, com 80,88%.

No acumulado do ano foram transportados 53,3 milhões de passageiros, aumento de 3,80% ante mesmo período de 2017.

Mercado internacional

A demanda por voos internacionais (RPK) apresentou alta de 14,78% em julho na comparação anual, segundo dados da Abear, cujas associadas abrangem cerca de 30% desse mercado. A oferta internacional (ASK), por sua vez, cresceu 17,24% na mesma base de comparação, fazendo com que a taxa de ocupação dos voos internacionais caísse 1,80 ponto porcentual (p.p.) no mês, para 84,19%.

Ao todo, foram transportados 884,4 mil passageiros entre o Brasil e o exterior em julho, volume 10,49% maior do que o verificado um ano antes. A Latam respondeu por 68,67% do mercado no mês passado, seguida por Azul (15,76%), Gol (8,13%), Avianca (7,44%) .

Assim, nos primeiros sete meses de 2018, a demanda por transporte aéreo internacional cresceu 15,63% em comparação com o mesmo período de 2017, enquanto a oferta subiu 19%. O fator de aproveitamento diminuiu 2,42 pontos porcentuais, para 82,86%.

Segundo o presidente da associação, Eduardo Sanovicz, as incertezas eleitorais contaminam, de certo, o ambiente de negócios no País, mas não devem interferir na tendência observada pelo setor no ano até aqui.

Cargas

O transporte aéreo de carga pelas associadas da Abear movimentou 30,6 mil toneladas no mercado doméstico em julho, 4,59% acima do verificado em igual mês de 2017. No mercado internacional, o volume atingiu 23,6 mil toneladas, uma alta anual de 21,52%.

De janeiro a julho de 2018, foram 215,3 mil toneladas de carga transportadas dentro do País (+13,55% ante igual intervalo de 2017) e 162,8 mil toneladas transportadas nas rotas internacionais (+34,52%).

 

Carta aos candidatos

A Abear preparou uma carta aos candidatos à Presidência da República e entrará em contato com eles dentro das próximas três semanas para apresentação dos pleitos, disse o presidente da entidade, Eduardo Sanovicz. Encabeça a lista de prioridades a questão da política de precificação de combustíveis da aviação, incluindo a tributação e distribuição do querosene de aviação (QAV).

Segundo Sanovicz, o custo do combustível na passagem área de um voo doméstico no Brasil é da ordem de 30%, ao passo que no mercado internacional essa proporção é de cerca de 17%. "Existe uma grande distorção", disse.

No documento que será apresentado, a entidade abordará também a garantia de liberdade de mercado e a concorrência do setor aéreo, aumento de investimentos em infraestrutura aeroportuária, assim como a autonomia das agências regulatórias.

A demanda global por viagens aéreas cresceu 4,6% em janeiro de 2018 na comparação com o mesmo mês de 2017, informou nesta quinta-feira, 8, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Essa foi a menor expansão registrada no comparativo anual em quase quatro anos.

Segundo a associação, os resultados foram influenciados por fatores sazonais, incluindo o Ano Novo Chinês, comemorado mais tarde no Oriente em 2018, além de comparativos menos favoráveis diante da forte tendência de alta no tráfego observada no final de 2016 e início de 2017.

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Já a oferta global por viagens aéreas avançou 5,3% na comparação com o mesmo período de 2017. Assim, como a demanda cresceu em ritmo menor do que a oferta, a taxa de ocupação das aeronaves diminuiu e atingiu 79,6%, uma queda de 0,5 ponto porcentual (p.p.) na base anual.

"Apesar do início mais lento, o atual momento da economia global oferece respaldo para uma demanda crescente de passageiros em 2018. Dito isso, preocupações sobre uma possível guerra comercial envolvendo os Estados Unidos podem ter sério impacto na confiança do mercado global, respingando sobre a demanda por viagens no setor aéreo", diz, em nota, o diretor presidente e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.

Internacional

No segmento internacional, a demanda global desacelerou de 6,1% em dezembro para 4,4% em janeiro, com todas as regiões registrando expansão. A oferta cresceu 5,3% no período - com isso, a taxa de ocupação recuou 0,7 ponto porcentual, para 79,6%.

Separando por regiões, a Iata destaca que o maior aumento na taxa de ocupação global em janeiro ocorreu na Europa, que atingiu 80,0%, uma alta de 0,9 p.p. na base anual, com a demanda avançando 6,4% e a oferta se expandindo em 5,1%. Por outro lado, a taxa de ocupação no Oriente Médio caiu 2,8 p.p., para 76,6% (com leve acréscimo de 0,8% na demanda e aumento de 4,5% da oferta).

Em janeiro, a maior taxa de ocupação foi registrada na América Latina, que atingiu 83,2%, uma queda de 0,1 p.p. na base anual. A menor taxa foi registrada na África, 70,3%.

Doméstico

No segmento doméstico global, a entidade informa que a demanda avançou 5,1% em janeiro ante um ano antes, enquanto a oferta cresceu 5,3% na base anual. Desta maneira, a taxa de ocupação doméstica global recuou 0,2 p.p., para 79,8%. Segundo a organização, todos os mercados apresentaram crescimento, com destaque para a Índia, que registrou o 41º mês consecutivo de crescimento de dois dígitos no tráfego de passageiros.

Quanto ao mercado brasileiro, a entidade ainda informa que a oferta doméstica aumentou 2,4% no primeiro mês do ano, o que gerou uma alta de 0,4 p.p. na taxa de ocupação mensal, para 84,7%.

O Senado aprovou, nesta quarta-feira, 7, projeto que ratifica acordo de céus abertos entre Brasil e Estados Unidos, firmado em 2011 entre os ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Barack Obama. Aprovada em votação simbólica, a proposta segue agora para promulgação.

O acordo estabelece que abertura ou fechamento de novas rotas áreas entre Brasil e Estados Unidos passarão a ser livres, de acordo com a decisão das empresas. Ou seja, não haverá mais o limite atual de 301 voos semanais. As companhias estadunidenses, porém, continuam proibidas de operar voos domésticos no Brasil, e vice-versa.

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Relator da matéria no Senado, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) avaliou, em seu parecer, que o ato internacional está em conformidade com a tradição de cooperação bilateral no setor de transportes aéreos entre os dois países.

"O tratado em apreciação visa ampliar a estrutura jurídica atinente aos serviços de transporte aéreo entre as partes para facilitar a continuação dessa relação mutuamente benéfica. Nesse sentido, convém destacar, também, que os maiores favorecidos do acordo serão os usuários do transporte público por aeronaves de passageiros, bagagem, carga e mala postal. Essa circunstância há de, por si só, incrementar a economia, o comércio e o turismo entre as partes", avaliou Anastasia.

Embora o acordo tenha sido firmado pela ex-presidente Dilma, o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), pediu o adiamento da votação na semana passada alegando que não havia consenso na bancada.

"Eu sei que isso começou a ser aprovado ainda no governo da presidenta Dilma Rousseff, só que, na nossa bancada, não há consenso. Eu tenho uma posição contrária a esse projeto. Eu acho que vai criar uma assimetria grande, vai prejudicar as empresas nacionais, nós estamos sendo vítimas de um processo de desnacionalização gigantesco", declarou o senador petista na última quinta-feira.

Alguns dos artigos do acordo já estavam em vigor, em razão de um memorando de entendimento entre os dois países. Entre eles, os que estabelecem regime de preços livres e criação de novos itinerários e oferta de codeshare.

Acordo de codeshare é um acordo de cooperação pelo qual duas companhias compartilham o mesmo voo, os mesmos padrões de serviço e mesmos canais de venda. Por meio dele, uma companhia pode transportar passageiros cujos bilhetes tenham sido emitidos por outra.

As companhias aéreas dos Estados Unidos estão pagando mais pelo combustível, mão de obra e serviços de manutenção, elevando a preocupação dos investidores do setor quanto ao crescimento dos custos da indústria e suas margens futuras. Nos primeiros nove meses de 2017, os gastos das nove maiores companhias aéreas do país cresceram 8,1% na comparação anual. Enquanto isso, a inflação acumulada no período ficou em 2,2% e as receitas subiram apenas 3,8%, de acordo com a Airlines for America, associação do setor.

De acordo com especialistas, os custos crescentes para cada passageiro (assento/milha) são uma tendência preocupante em uma indústria com dificuldade em tomar as rédeas de suas despesas.

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"Nós acreditamos que as companhias áreas perderam um pouco do controle de custos", disse o analista do setor de aviação da UBS, Darryl Genovesi. O desafio tem pressionado as ações das empresas. Depois do crescimento dos custos com combustível, o maior salto nas despesas neste ano foram as compensações de trabalhadores.

O CEO da norte-americana Delta, Ed Bastian, disse durante evento de investidores em 14 de dezembro que estava desapontado com os custos unitários do setor que, excluindo o combustível, devem subir até 5,5% no quarto trimestre na comparação anual. As empresas olham para os custos sem o combustível por se tratar de um indicador que elas podem exercer algum tipo de controle.

Bastian disse que o plano da Delta é cortar US$ 1 bilhão em custos nos próximos anos e controlar o crescimento das despesas não ligados aos combustíveis para uma média de 2% ao ano.

As companhias também têm colocado mais assentos nos aviões como uma forma de conter custos. Entretanto, aeronaves mais lotadas e com espaço menor entre as poltronas são bastante impopulares entre os clientes.

Apesar das preocupações, no geral, as áreas dos Estados Unidos ainda apresentam bons resultados. O setor caminha para fechar 2017 no oitavo ano seguido no azul - um recorde. Mas, para manter a trajetória, elas precisam conter despesas trabalhistas e continuar reduzindo custos, disse o analista da Raymond James & Associates, Savanthi Syth.

Cinco companhias aéreas do Golfo anunciaram nesta segunda-feira a suspensão dos voos com destino e origem no Catar, após a ruptura das relações diplomáticas por parte de Arábia Saudita, Emirados Árabes, Barein, Egito e Iêmen com o governo de Doha.

Três companhias dos Emirados - Etihad, Emirates e flydubai - e uma saudita - Saudia - tomaram a decisão após o anúncio do fechamento das conexões áreas e das fronteiras terrestres marítimas dos três países vizinhos do Catar.

Em resposta, a Qatar Airways também anunciou a suspensão de todos os voos para a Arábia Saudita.

Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Bahrein romperam nesta segunda-feira relações diplomáticas com o vizinho Catar.

Os países decidiram fechar em 24 horas o espaço aéreo e as fronteiras terrestres e marítimas com esta pequena, mas muito rica, monarquia petroleira, que acusam de "apoiar o terrorismo".

Em comunicados separados, Etihad Airways, Emirates e flydubai informaram que a suspensão de voos a partir e para o Catar entrará em vigor na terça-feira de manhã "até nova ordem".

As três companhias afirmaram que cumprirão os voos previstos para esta segunda-feira e apresentarão aos clientes "outras opções", incluindo o reembolso completo das passagens.

A Saudia anunciou a suspensão dos voos com pouso e decolagem no Catar a partir desta segunda-feira.

O Iêmen seguiu os países vizinhos e anunciou a suspensão das relações com o Catar, que acusou de ter vínculos com os rebeldes huthis pró-Irã que disputam o poder com o presidente iemenita, Abd Rabo Mansur Hadi, e de apoiar os grupos jihadistas.

O Egito também rompeu relações diplomáticas com Doha e anunciou o fechamento das fronteiras "aéreas e marítimas" com o Catar que, segundo o ministério egípcio das Relações Exteriores, "insiste em adotar um comportamento hostil em relação ao Cairo".

Os pilotos das empresas aéreas Aerolíneas Argentinas e Austral iniciaram uma greve na noite da quinta-feira (15) que se estenderá até o meio-dia de sexta-feira (16).

Pelo menos 20 mil passageiros serão atingidos pela medida e 72 voos serão cancelados no total. Os pilotos exigem aumento de 45%, segundo o jornal La Nación. Não houve aviso sobre a paralisação.

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Extensas filas se formaram para reprogramar voos nos aeroportos Aeroparque e Ezeiza. (Rodrigo Cavalheiro, correspondente)

O preço das passagens aéreas cairá caso a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorize as empresas aéreas a cobrarem taxa extra para despachar as malas dos passageiros. A afirmação foi feita nesta terça-feira, 26, pelo presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, durante o lançamento da segunda edição do Guia do Passageiro, um livreto de bolso com dicas para a viagem de avião.

"Defendo o fim do que chamamos de ‘jabuticabas’, regras que só temos no Brasil", disse Sanovicz. O presidente da Abear usa como exemplo a liberação dos preços dos bilhetes aéreos, em 2002. "O preço médio da passagem era R$ 710 naquela época e caiu para cerca de R$ 300, hoje."

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Pela regra atual, as empresas aéreas são obrigadas a transportar uma mala de até 23 kg por passageiro, em voos nacionais, e de até 32 kg, em trechos internacionais. As novas normas em estudo pela Anac permitiriam que cada empresa aérea criasse sua própria política de transporte de bagagens - a mala de mão permitida por passageiro passaria dos atuais 5 kg para 10 kg por pessoa. O presidente da Abear afirma que a regra atual penaliza a maioria dos passageiros do transporte aéreo brasileiro. "Os dados mostram que 65% dos passageiros no Brasil embarcam sem mala. Esses acabam pagando mais pela minoria que leva malas", disse. Ele afirmou ainda que a desagregação das passagens "faz justiça" a esses viajantes.

A assistência ao passageiro também está na mira das aéreas. Outro item que faz parte da proposta de revisão das Condições Gerais de Transporte é o fim da assistência obrigatória ao passageiro em caso de atraso que não seja causado pela companhia área, como aeroporto fechado devido ao mau tempo.

A proposta de revisão das Condições Gerais de Transporte recebeu 1.500 sugestões de alteração durante a consulta pública, em março, e está em estudo pela equipe técnica da Anac. Depois, segue para o colegiado para ser transformada em resolução. Não há prazo fixado para a conclusão do processo.

A Abear representa as quatro principais empresas aéreas do País - Avianca, Azul, Gol e Latam - que têm 99% do mercado doméstico.

Menos direitos

Para o assessor jurídico da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep), Marcelo Santini, a proposta em análise pela Anac retira direitos dos viajantes. "Os consumidores não são responsáveis pelo aumento dos custos que mais impactam o transporte aéreo, que são o combustível e o custo Brasil", disse Santini. "Com a desregulamentação, estão querendo tirar direitos dos passageiros, como a assistência."

A Andep tem um abaixo assinado no site da associação contra "retrocessos aos direitos dos passageiros de transporte aéreo". Até esta terça-feira, o documento tinha 208 adesões.

‘Desempacotar'

Remover a franquia de bagagem é um avanço no processo de "desempacotamento" do serviço aéreo oferecido ao passageiro, segundo o coordenador do Núcleo de Economia dos Transportes do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), Alessandro de Oliveira. O núcleo, criado em 2004, se dedica a estudos do mercado do transporte aéreo de passageiros.

Oliveira considera positivo que a companhia aérea possa lidar com mais liberdade com o perfil de seus passageiros. Por outro lado, ele diz que o mais importante é garantir a concorrência. "Essa ideia da Anac põe muita pressão sobre as condições do setor aéreo", diz. "Uma empresa barateira que entre no mercado faz cair os preços gerais. Mas a agência e a sociedade têm de pressionar. Se não entrar aérea nova nenhuma, vai haver cobrança por uma coisa que está no pacote atualmente e ao mesmo tempo os preços não cairão."

Acessibilidade

Lançado nesta terça-feira, o Guia do Passageiro traz dicas para todas as etapas da viagem aérea, desde a compra das passagens até as dicas para embarque e desembarque, documentos exigidos e explicações sobre as diferenças entre os voos com escala, com conexão e os diretos.

O tema da acessibilidade recebeu especial atenção no guia. Há orientações sobre quem pode pedir assistência especial às companhias aéreas, check-in, embarque e desembarque, transporte de cães-guia e de equipamentos especiais como cadeiras de roda, andadores e outros.

O secretário de Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que os Estados que forem prejudicados com uma eventual mudança pelo Senado da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidentes na operação interna com querosene de aviação civil vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, a medida é "absurda" e "inconcebível" porque parte do pressuposto errôneo de que há um conflito entre os Estados que justificaria a intervenção do Senado.

Costa disse que os Estados do Norte, se quiserem, podem reduzir as alíquotas do ICMS e destacou que há um convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) pacificando essa questão.

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O parecer do senador Jorge Viana (PT-AC), que estava pronto para ir à votação nesta quinta-feira, 14, em plenário, mas ficou para ser votado no dia 2 de agosto, reduz a até 12% o teto para cobrança do ICMS com querosene de aviação.

A justificativa é tentar acabar com a chamada "guerra fiscal" da tributação do ICMS na aviação e estimular a queda do preço das passagens aéreas, no momento em que o setor atravessa grave crise financeira.

Os governadores do Paraná, Beto Richa, e de São Paulo, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, têm conversado sobre o assunto, uma vez que as mudanças prejudicariam a arrecadação dos dois Estados. Atualmente, as alíquotas variam de 4% a 25%. O Paraná pratica 18% e São Paulo, 25%.

Richa chegou a reduzir temporariamente essa alíquota para 7%. Mas, segundo o secretário, a medida levou a uma queda de arrecadação e não a aumento do número de passageiros que passam pelos aeroportos no Estado. "Você acha que as companhias vão baixar os preços? Não vão, só vão incorporar os resultados. É um Robin Hood às avessas", criticou Costa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma queda de braço entre as companhias aéreas e a Secretaria da Fazenda de São Paulo sobre a proposta de unificar o ICMS do querosene de aviação vai ganhar força nesta quinta-feira (7) em reunião no Senado. O Secretário da Fazenda paulista, Renato Villela, afirma que uma eventual redução da alíquota atual do combustível, de 25% para o valor proposto de 12%, traria uma renúncia fiscal de R$ 300 milhões aos cofres paulistanos.

"Não vejo sentido em abrir mão de uma receita tributária sem motivo em um momento em que a arrecadação cai", disse Villela. A arrecadação total do Estado somou R$ 65,9 bilhões entre janeiro e maio deste ano, valor que, descontada a inflação, representa uma queda de 7,6% em relação a 2015.

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A proposta de unificação do ICMS está em um projeto de resolução em tramitação no Senado, que visa a socorrer as empresas aéreas brasileiras, que acumulam, juntas, cerca de R$ 15 bilhões em prejuízo líquido desde 2011. O combustível é o principal custo do setor, responsável por cerca de 40% dos gastos de uma empresa.

Na prática, a resolução permite fixação de um teto para a alíquota de ICMS sem a aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Se a proposta for aprovada, São Paulo será o Estado mais afetado pela decisão, já que cerca de 30% dos voos do País decolam dos aeroportos estaduais, conforme levantamento do Estado com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Villela lembra que além do Estado os municípios paulistas também teriam uma perda de receitas, já que o ICMS é um tributo repassado às prefeituras.

Villela participará nesta quinta-feira de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Debate

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, defenderá nesta quinta-feira, na mesma comissão, que a unificação do ICMS traz perdas tributárias apenas para alguns Estados, como São Paulo, mas que viabilizará o aumento da oferta de voos no País. "Com o ICMS a 12%, muitos voos que foram cortados por não ter viabilidade financeira podem ser retomados", disse Sanovicz. "O Senado precisa decidir se a política tributária de São Paulo se sobrepõe ao interesse nacional."

Ele ressalta que 16 Estados já praticam alíquotas iguais ou inferiores a 12% e a arrecadação não sofreu impacto. Esses Estados têm acordos com o setor aéreo e oferecem taxas de até 3%, na prática, em troca de mais voos. Em Mato Grosso, por exemplo, a alíquota de 25% pode chegar a 4% dependendo do número de cidades atendidas pela empresa aérea no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A demanda por viagens aéreas na América Latina deve ser reduzida nos próximos meses com o anúncio, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que o surto de casos de microcefalia em regiões com registro de zika vírus é de emergência internacional. A afirmação foi feita na quinta-feira (4) pela agência de classificação de risco Moody’s. A medida, no entanto, não deve ter impacto sobre o rating das empresas aéreas.

Em relatório, os analistas Jonathan Root, Robert Jankowitz, Cristiane Spercel e Sven Reinke, da Moody’s, avaliam que o fato do zika vírus não ser transmitido pelo ar é um dos fatores que limitam o potencial de impacto negativo ao crédito do setor aéreo. Além disso, os analistas ainda destacam que a infecção causa problemas sérios de saúde num número relativamente pequeno de pessoas.

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Outro fator que mitiga o risco às aéreas, segundo a equipe da Moody’s, é a possibilidade de que muitos viajantes a lazer que cancelarem os voos para a América Latina escolham destinos alternativos. Finalmente, os analistas destacam que os destinos latino-americanos respondem por uma porção relativamente pequena do total de voos das principais companhias aéreas.

"Apesar de uma queda potencial no volume de passageiros, a magnitude do declínio não irá afetar de maneira significativa o desempenho financeiro da maioria das companhias aéreas, a ponto de pressionar o perfil de crédito das empresas", resumiu a agência.

Gol e Latam

Para a Moody’s, a Gol (B3, negativo) e a LATAM (Ba2, estável), por meio de sua subsidiária TAM, serão as mais expostas aos riscos de demanda ligados ao zika, uma vez que grandes porções de suas respectivas redes são localizadas no interior da zona de impacto, especialmente no Brasil.

Segundo a Moody’s, uma possível queda na demanda causada pelo zika vírus iria agravar o cenário atualmente verificado no Brasil para as aéreas, com uma queda na demanda de passageiros causada pela atividade econômica fraca e pela desvalorização do real.

A agência de rating estima que o zika não deve afetar o turismo durante o carnaval. No entanto, o impacto sobre outros grandes eventos em 2016 ainda é desconhecido. "O governo brasileiro espera que cerca de 350 mil pessoas visitem o Rio durante a Olimpíada e a Paraolimpíada, em agosto e setembro. Quanto maior for número de infectados na região, maior será a probabilidade de que a demanda de passageiros seja prejudicada", afirmou a agência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após anunciar facilidade na troca de passagens para grávidas com destino a países com epidemia de zika, companhias aéreas passaram agora a alertar os passageiros sobre os cuidados necessários em relação ao vírus.

A Gol informou que, desde a terça-feira (2) avisos sonoros estão sendo feitos dentro de todos os voos da empresa. "Autoridades de saúde estão em constante ação de combate ao mosquito que transmite zika, dengue e chikungunya. Como medida de prevenção, recomenda-se o uso de repelentes e, se possível, a utilização de roupas leves que protejam a maior parte do corpo", diz o comunicado. A companhia ainda indica que os clientes procurem um médico caso apareçam sintomas como febre, manchas vermelhas na pele e dores musculares dentro de 15 dias.

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A Air France também passou a emitir avisos sonoros "para as regiões afetadas" para avisar os passageiros sobre as medidas de precaução. "A tripulação também foi informada sobre as mesmas medidas cautelares", disse a empresa em nota. Já a TAM está divulgando informações em seu site e orientando funcionários sobre como evitar a contaminação, combater o mosquito e monitorar sintomas.

Azul, Avianca, KLM e American Airlines disseram que, por enquanto, não vão tomar essa atitude. Na semana passada, aéreas divulgaram que gestantes teriam facilidade na troca de passagem aérea para países afetados pelo zika ou até reembolso integral da tarifa.

Avisos também serão feitos a quem chega ao País pelo mar. O Píer Mauá, na zona portuária do Rio, informou que começará amanhã campanha de alerta sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti aos passageiros dos navios que atracam. O uso de repelentes será incentivado e panfletos com informações sobre prevenção serão distribuídos no desembarque.

O píer vai fazer campanha de conscientização em sua página no Facebook, com textos e imagens com dicas de prevenção. E informou que fiscaliza regularmente possíveis focos do mosquito.

Turismo

O alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que declarou a microcefalia como emergência internacional anteontem, ainda não afetou o turismo no Rio. As irmãs inglesas Nikki, Malanie e Natasha Kirycuk, de 21, 23 e 24 anos, que visitavam o Pão de Açúcar, zona sul, disseram que, por não estar grávidas, não temem o vírus. "Soubemos que os sintomas não são tão graves, parecem com os de uma gripe comum. Mas levamos muitas picadas", disse Nikki.

A coreana Sara Kang, de 25 anos, afirmou que não se preocupou com o alerta, mas a reação da família foi diferente. "Como estou sozinha, os parentes já me mandaram várias mensagens perguntando se eu estou me prevenindo com repelentes." O produto ainda ganhou presença cativa na bolsa da escocesa Karen McGeough, de 51 anos. "Trouxe da Escócia quando soube da epidemia. Mas, como comprei as passagens em novembro, não ia deixar de viajar por causa disso."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais uma rodada de negociação entre trabalhadores da aviação civil e empresas aéreas mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) terminou sem acordo, segundo informações da Agência Brasil. Assim, um novo encontro foi agendado para a próxima quarta-feira, 27, na sede do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, em São Paulo.

Aeronautas e aeroviários estão em estado de greve e reivindicam reajuste salarial de 12%, aumento de 15% nos pisos salariais e nos benefícios econômicos e de 20% na cesta básica.

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As empresas aéreas brasileiras perderam R$ 1,65 bilhão em 2014, no quarto ano consecutivo de prejuízos registrado pelo setor. Os dados constam no Anuário do Transporte Aéreo, divulgados no último dia 31 pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As informações financeiras das quatro maiores empresas aéreas brasileiras apontam que os balanços de 2015 deverão fechar com perdas ainda maiores - juntas, TAM, Gol, Azul e Avianca tiveram prejuízo líquido de cerca de R$ 3,7 bilhões entre janeiro e setembro de 2015. Desde 2011, as perdas acumuladas pelas companhias aéreas somam cerca de R$ 13 bilhões.

Das sete empresas que informaram seus dados econômicos para a Anac em 2014 -TAM, Gol, Azul, Avianca, Passaredo e as cargueiras Total e TAM Cargo (antiga ABSA)- apenas a Azul e as duas cargueiras encerram 2014 com lucro. Os maiores prejuízos foram registrados por Gol e TAM, que perderam, respectivamente, R$ 1,09 bilhão e R$ 674 milhões em 2014, segundo dados da Anac.

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A agência divulgou dados preliminares do balanço dos nove primeiros meses de 2015 apenas das quatro maiores empresas aéreas. Juntas, essas empresas perderam R$ 3,7 bilhões, mais do que o triplo do prejuízo acumulado por elas no mesmo período de 2014 e número que supera o prejuízo recorde registrado pelo setor inteiro em todo o ano fiscal de 2012, de R$ 3,63 bilhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O órgão regulador do setor aéreo da Grã-Bretanha está tomando medidas contra a Aer Lingus e outras duas companhias aéreas europeias sobre o tratamento a passageiros quando os voos sofrem problemas e expressou preocupação com as atitudes da Ryanair Holdings.

A Aer Lingus e as companhias de baixo custo Wizz Air e Jet2 agora estão sujeitas a ações de execução, informou a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA, na sigla em inglês), neste sábado. A CAA disse que o movimento ocorre depois de uma revisão sobre como as empresas agem em determinadas questões, como a forma como lidam com os passageiros quando os voos estão atrasados.

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O regulador informou que as três companhias aéreas não estão cumprindo as regras da União Europeia sobre direito dos passageiros. A CAA também disse que está revendo como a Ryanair, maior empresa de baixo custo da Europa, em tráfego, lida com reclamações de passageiros em caso de voos com problemas técnicos.

"As companhias aéreas estão cientes do apoio que deve dar quando há um distúrbio", disse o presidente-executivo da CAA, Andrew Haines. De acordo com ele, isso foi esclarecido no ano passado, quando as companhias aéreas que questionaram exigências de pagamento e perderam o caso.

A CAA declarou que a Aer Lingus - que a International Airlines Group (IAG), dona da British Airways, está tentando adquirir - e as outras duas empresas aérea precisarão mudar suas políticas ou "enfrentar a perspectiva de uma ordem judicial".

Jet2, unidade do Dart Group, e a aérea húngara Wizz Air, não estão realizando os pagamentos necessários por voos cancelados e cortaram o período durante o qual passageiros podem registrar reclamações, informou a CAA. Aer Lingus e Jet2 foram acusadas de não fornecer informações aos passageiros sobre seus direitos, sob as regras da União Europeia.

O porta-voz da Wizz Air Daniel de Carvalho disse em nota que "a CAA do Reino Unido está ciente de que a Wizz Air está reavaliando os casos". A companhia informou que tomou a decisão de reavaliar os casos após uma recente decisão judicial.

A Jet2 considerou o anúncio da CAA "significativamente impreciso". A companhia aérea disse que paga indenização em casos de voos cancelados e que respeita as decisões judiciais e está em conformidade com a lei. Fonte: Dow Jones Newswires

Em meio a um projeto para reforçar sua área de cargas, a TAM inaugurou, na segunda-feira, 16, um terminal no aeroporto de Guarulhos. O espaço recebeu R$ 38 milhões de investimentos, de R$ 94 milhões que a TAM destinou para a divisão de cargas entre 2013 e 2016. Além da TAM, outras empresas aéreas como Gol e Azul têm investido no segmento, na tentativa de ocupar os porões das aeronaves nos voos comerciais e ganhar rentabilidade.

A TAM Cargo está investindo em 22 terminais - seis deles construídos do zero, como os de Guarulhos, Manaus e Brasília. Esses espaços estão recebendo tecnologias como sistemas automatizados, empilhadeiras novas e câmaras frigoríficas. Em Guarulhos, por exemplo, a estrutura anterior era de lona e não tinha docas para descarregar as mercadorias, o que tornava o processo mais demorado.

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Já a Gollog, da Gol, inaugurou oito centros operacionais em 2014 e tem planos de construir terminais de cargas no Galeão e em Brasília. A Azul também tenta avançar no segmento e colocou um avião cargueiro em operação em 2014.

À frente da operação da TAM Cargo está o brasileiro Luis Quintiliano, ex-vice-presidente de operações da LAN Cargo. Ele traz para a TAM uma experiência de sucesso da LAN. Na época da fusão de TAM e LAN, os acionistas citavam a área de carga como uma das divisões em que a LAN poderia agregar conhecimento à TAM.

Antes da fusão, a LAN tinha quase 30% da sua receita vinda da área de carga, enquanto o segmento representava menos de 10% dos negócios da TAM. Hoje cerca de 13% da receita do grupo Latam vêm da área de cargas. "Temos muito espaço para avançar em carga usando a malha atual dos voos da TAM e dos cargueiros", disse Quintiliano.

Concessões

As concessionárias dos aeroportos reformaram seus terminais de carga para ampliar as receitas. Só as donas de Guarulhos e Viracopos investiram, respectivamente, R$ 45 milhões e R$ 60 milhões no segmento desde 2012. "Investimos para tornar a operação mais eficiente. Não precisamos necessariamente aumentar a área", disse o diretor de operações de cargas de Guarulhos, Marcus Santarém. Segundo ele, o tempo médio de liberação de uma carga importada caiu de 121 horas para 75 horas após as mudanças no terminal.

Em Viracopos, 60% da receita vêm da operação de carga, segundo Adam Cunha, executivo responsável pela área. "O transporte de carga é muito mais rentável que o de passageiros. É possível priorizar os produtos que pagam mais", explica.

O transporte aéreo de cargas caiu 10% em janeiro, em toneladas, mas as donas de Guarulhos e Viracopos dizem que as receitas são crescentes. Segundo as empresas, os clientes estão priorizando cargas com maior valor e menos peso, como fármacos e produtos de tecnologia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

É impossível comprar passagens aéreas nos sites da Gol e da Avianca pelo celular, constatou pesquisa da deviceLab, obtida pelo jornal O Estado de S.Paulo. Mas algumas falhas acabam impedindo seu uso. A maior incidência é apontada no momento do cadastro/login. Em todas as centenas de avaliações, realizadas automaticamente por um software especializado em testes automatizados chamado blink, clientes da Gol não conseguem comprar uma passagem com seus smartphones por causa de falhas nessa etapa.

Na Avianca, o preenchimento do cadastro exige muito esforço do cliente. Em diversas situações, são exibidos diferentes erros de preenchimento, como no caso do CPF e telefone. O site sugere a verificação de campos preenchidos, mas não permite edição, mesmo que os campos estejam preenchidos corretamente.

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Das falhas graves encontradas na pesquisa, ou seja, aquelas que inviabilizam o uso, 49% foram apresentadas no site da Gol. O site da Avianca registrou 36% dos erros. No caso de Azul (8,7% dos erros graves) e TAM (5,8%), os problemas acontecem esporadicamente em alguns aparelhos, sistemas operacionais e navegadores e também inviabilizam o uso.

Na TAM, o problema é a edição e preenchimento de cadastro: algumas vezes não é permitido editar a quantidade de passageiros. Na Azul, os erros no cadastro acontecem especialmente ao preencher informações de telefone e CEP.

Na seleção das passagens, outros problemas. Pessoas com necessidades especiais são impedidas de comprar uma passagem no site da Gol. Em alguns contextos de teste, o site da empresa apresenta a seguinte mensagem: "Erro ao carregar SSRs. Favor tentar novamente", além deste erro, a quantidade de passageiros com necessidades especiais, mesmo que preenchida corretamente, é sempre zero, impedindo a compra da passagem. Ao selecionar o segundo trecho da viagem, frequentemente o site da Gol apresenta a mensagem "Sistema Indisponível tente novamente mais tarde.

Outro problema grave encontrado foi que o site da Azul não carrega no Safari, browser nativo do iPhone. A informação de que está carregando é exibida e permanece dando a impressão de estar travado.

Todas as quatro companhias aéreas têm uma versão do site para telas pequenas. No entanto, ao clicar para comprar passagem, a Avianca direciona o cliente para a versão desktop do site com conteúdos e itens interativos pequenos. Para acessar os botões, o usuário precisa fazer o movimento de "pinça" com os dedos para dar zoom na tela o tempo todo.

Segundo Leandro Ginane, CEO da deviceLab, a primeira impressão da versão mobile dos sites é boa, mas a experiência se frustra com tantos erros ao longo do processo de compra de passagem. "Não acreditamos na quantidade de erros encontrados. Por que as companhias não fazem um cadastro mais simples, com o mínimo possível de informações?", questiona. Para ele, as empresas aéreas investem menos na versão mobile dos sites do que os bancos - o jornal O Estado de S.Paulo divulgou uma pesquisa da diviceLab que aponta os erros mais comuns no uso dos sites dos quatro maiores bancos do País em dispositivos móveis. "Não tem mistério: é preciso mais investimentos e mais teses para melhorar a experiência de uso para acesso aos sites com smartphones e tablets", afirma.

A Avianca afirmou, em nota, que trabalha pelo aprimoramento constante do atendimento aos clientes. Segundo a companhia, 9% das transações realizadas pelo site são feitas por meio de celulares e tablets. "Com as melhorias previstas nesse canal de vendas, esse número tende crescer ao longo de 2015", afirmou. A companhia informou que "eventuais dificuldades" apontadas pela pesquisa estão sendo sanadas.

A Azul informou que lançou seu site mobile para vendas por meio de smartphones há aproximadamente quatro meses. "Desde então, tem desenvolvido melhorias e trabalha em uma nova versão do site, compatível com os aparelhos celulares e tablets", afirmou, em nota.

A Gol afirmou que foi a pioneira no lançamento da versão mobile do site, em 2012. "Todos os canais digitais são monitorados continuamente nas redes sociais e não foi identificada nenhuma instabilidade no sistema no período mencionado. Os apontamentos do relatório serão analisados e tratados com a devida atenção", afirmou, por meio de nota.

A TAM disse estar sempre em busca de inovações e melhorias nos produtos e serviços. "A companhia investe constantemente no aprimoramento dos seus canais de venda como o site mobile", afirmou.

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