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A polícia da cidade de Filadélfia, na Pensilvânia (EUA), prendeu mais de 50 pessoas na semana passada após uma ação de roubo em massa, na qual grupos de ladrões, aparentemente trabalhando juntos, invadiram lojas, enchendo sacos com mercadorias e fugindo.

O saque estilo flashmob na noite de terça-feira, 26, foi mais um episódio que se soma a uma crescente lista de roubos organizados, possivelmente alimentados nas redes sociais, que se espalham pelos Estados Unidos, especialmente na Pensilvânia e na Califórnia.

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Os roubos têm viralizado nas redes sociais, com vídeos de pessoas, muitas vezes, usando capuzes e máscaras que cobrem o rosto, derrubando prateleiras, enchendo bolsos ou sacolas com produtos roubados e correndo da loja carregando os itens.

À medida que os episódios de crimes deste tipo continuam aumentando em todo o país, os varejistas têm assistido a um salto dramático nas perdas financeiras associadas ao roubo. Uma pesquisa divulgada na semana passada pela Federação Nacional de Varejo dos Estados Unidos revelou que o prejuízo financeiro relacionado a crimes chegou a a US$ 112,1 bilhões em 2022, um número consideravelmente acima dos 93,9 mil milhões de 2021.

Dezenas de lojas atacadas na Filadélfia

Os crimes ocorreram depois de um protesto pacífico contra a decisão de um juiz de rejeitar assassinato e outras acusações contra um policial da Filadélfia que atirou e matou um motorista, Eddie Irizarry, através de uma janela enrolada. Os envolvidos no saque não faziam parte do protesto, disse o comissário interino da polícia, John Stanford, em entrevista coletiva, chamando o grupo de "um bando de oportunistas criminosos".

Havia um grande número de jovens no corredor comercial do centro da Filadélfia, chamado Center City, pouco antes das 20h, e alguns policiais pararam um grupo de homens "vestidos com trajes pretos e usando máscaras", segundo um comunicado da polícia.

Naquela momento, chegaram ligações para o 911 sobre a loja Foot Locker. Quando a polícia chegou, descobriu que o local havia sido "saqueado em um ataque coordenado", disse o comunicado à imprensa. Às 20h12, a polícia respondeu a chamadas semelhantes em Lululemon.

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Pouco depois, ligações direcionaram a polícia para a Apple, onde fugiram com telefones e tablets - e depois os jogaram no chão quando perceberam que os dispositivos estavam desativados e seus alarmes estavam disparando.

Pelo menos 18 lojas de bebidas estatais foram invadidas, levando o Conselho de Controle de Bebidas da Pensilvânia a fechar todas as 48 lojas de varejo na Filadélfia e uma no subúrbio de Cheltenham na quarta-feira. Nenhum funcionário ficou ferido, mas "alguns ficaram compreensivelmente abalados", disse o porta-voz do conselho de bebidas, Shawn Kelly.

Os roubos se estenderam do centro da cidade ao nordeste e oeste da Filadélfia, deixando vitrines quebradas e coberturas de lojas quebradas. Seis empresas num único centro comercial do Norte de Filadélfia foram saqueadas, incluindo três farmácias, um salão de beleza, uma empresa contábil e uma loja de celulares. Benjamin Nochum, farmacêutico e gerente de loja da Patriot Pharmacy, disse que foi a terceira vez desde 2020 que seu negócio foi atingido.

As pessoas pareciam ter organizado esforços nas redes sociais, segundo as autoridades da Filadélfia. A polícia está investigando "que possivelmente havia uma caravana de vários veículos diferentes indo de um local para outro". Um vídeo postado nas redes sociais mostrou pessoas penduradas em carros no estacionamento de um shopping center, parecendo gritar instruções umas para as outras.

"Este comportamento destrutivo e ilegal não pode e não será tolerado na nossa cidade", disse o prefeito Jim Kenney, um democrata, chamando-o de "demonstração repugnante de atividade criminosa oportunista". Sua administração está trabalhando com a polícia para avaliar "quais áreas da cidade podem precisar de maior cobertura ou recursos adicionais", disse ele.

Los Angeles montou ‘força-tarefa’

Os roubos na Filadélfia ocorreram no mesmo dia em que a Target anunciou que fecharia nove lojas em quatro estados, incluindo uma no bairro East Harlem, em Nova York, e três na área da baía de São Francisco, na Califórnia, dizendo que o roubo e o crime organizado no varejo ameaçaram a segurança de seus trabalhadores. e clientes.

"Antes de tomar esta decisão, investimos fortemente em estratégias para prevenir e impedir o roubo e o crime organizado no retalho nas nossas lojas, tais como adicionar mais membros à equipa de segurança, utilizar serviços de guarda terceirizados e implementar ferramentas de dissuasão de roubo em todo o nosso negócio. Apesar dos nossos esforços, infelizmente, continuamos a enfrentar desafios fundamentais para operar estas lojas com segurança e sucesso", disse o comunicado da rede.

Na quinta-feira, 28, uma loja da Nike em Irvine, na Califórnia, foi alvo de quatro jovens, incluindo uma adolescente de 14 anos, que fugiram com cerca de US$ 3 mil em roupas, incluindo moletons, calças, camisas e sutiãs esportivos. A polícia local informou que acredita que os suspeitos integrem um grupo de crime organizado da região que já levou cerca de US$ 11 mil em mercadorias.

Em agosto, um roubo do mesmo estilo ocorreu em um shopping no bairro Canoga Park, em Los Angeles, em que cerca de 30 suspeitos invadiram uma loja Nordstrom, rede americana de lojas de departamentos de luxo, saqueando prateleiras e displays, levando quase US$ 300 mil em mercadorias. Na mesma semana, uma loja Yves Saint Laurent, também em Los Angeles, foi invadida por cerca de 30 pessoas que fugiram com pelo menos US$ 400 mil em mercadorias.

Os roubos acarretaram na criação de um esquema de força-tarefa contra o crime organizado em Los Angeles. Diversas autoridades, como o Departamento de Polícia de Los Angeles e a Patrulha Rodoviária da Califórnia, envolveram-se na missão de conter os crimes e prender os envolvidos.

Episódios repetem casos de 2021

O caos recente lembra roubos no fim de 2021, particularmente na área da baía de São Francisco, onde grupos organizados de ladrões, alguns carregando pés de cabra e martelos, atacaram sistematicamente lojas de luxo.

Na época, grupos de pessoas invadiram lojas como Louis Vuitton, Burberry e Bloomingdale’s no centro da cidade e em Union Square, um bairro comercial luxuoso, popular entre turistas e repleto de compradores de fim de ano. Acredita-se que os roubos faziam parte de redes criminosas sofisticadas que recrutavam principalmente jovens para roubar mercadorias e depois vendê-las online.

"Não estamos falando de alguém que precisa de dinheiro ou de comida. São pessoas que saem e fazem isso em busca de alto lucro e de emoção", disse Ben Dugan, na época, presidente da Coalizão de Aplicação da Lei e Varejo.

(Com Associated Press)

Por falta de segurança, o desfile de 7 de setembro do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), terminou antes do previsto. A ordem para o encerramento partiu do prefeito Keko do Armazém após focos de confusão e correria no Centro da cidade. 

O evento começou às 14h e foi encerrado pela Guarda Municipal por volta das 17h30, antes de toda a programação de desfiles. Pelo menos quatro tumultos consecutivos provocaram muita correria entre o público presente. 

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Em seu perfil nas redes sociais, Keko do Armazém que elogiou o engajamento da população na comemoração do bicentenário da independência após dois anos e disse que “nenhuma tentativa de frustrar essa comemoração, será suficiente para apagar o brilho de todas as pessoas envolvidas". 

Uma seguidora questionou a segurança da organização e citou que também houve arrastões antes do encerramento precoce. Em resposta, o gestor apontou que “quando se trata de vandalismo, infelizmente todos pagam!”. 

Em um trecho da nota oficial, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho lamentou o desfecho do desfile cívico. "Uma linda festa foi organizada para a população, a qual teve de ser encerrada após tumultos". A gestão ainda ressaltou que 103 agentes de segurança do município e 32 policiais militares acompanharam o evento.

Segundo a Guarda Municipal, os tumultos foram orquestrados para dispersar o público, pois nenhuma briga ou disparo de arma de fogo foram registrados. Alguns jovens chegaram a ser apreendidos, mas não estavam com nenhum ilícito ou arma que configurasse crime. Além disso, nenhuma vítima prestou queixa. Os menores foram encaminhados para a delegacia do município e liberados na presença dos responsáveis, concluiu.

Depois de um tumulto, causando transtorno e arrastões aos visitantes, no último domingo (1°), o Parque de Diversões Mirabilândia se posicionou sobre o fato alegando que não houve superlotação. Em entrevista ao LeiaJá, o coordenador de marketing do parque, Fernando Veras, disse que o episódio foi um fato isolado, mas que o centro de diversões já providencia medidas preventivas. “O preço mais baixo do acesso não foi o que causou o ocorrido, não houve superlotação. Recebemos muito mais pessoas na temporada da ‘Hora do Terror’ e nunca houve isso”, afirmou Veras, ressaltando que, normalmente, com o período de promoção sob preço único de entrada por R$ 28, o local recebe cerca de 3 mil pessoas, quantidade inferior ao período da ‘Hora do Terror’, que acontece em outubro, com cerca de 5 mil visitantes.

O local foi cenário de confusões e ganhou repercussão nas redes sociais. No Facebook, alguns dos visitantes escreveram sobre as condições dos brinquedos lotados, com impossibilidade de usá-lo. “Acho que vocês deveriam parar para pensar que não adianta lotar um parque se não há brinquedos suficientes para todos”, escreveu um internauta. "Que tristeza... Depois dessa não sei nem se vale a pena levar meus filhos... Eles adoram brincar nesse parque", publicou outro internauta. Temendo novas confusões, um cliente do Mirabilândia criticou os problema do parque. "Tantos arrastões nesse parque, que é impossível pensar em aproveitar alguma coisa", postou. 

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Fernando Veras acrescentou ainda que os clientes que procuraram a bilheteria no mesmo dia foram ressarcidos e que o parque seguirá com o valor promocional até esta quinta-feira (5). Veras também garantiu que o local ganhará reforço na segurança, como medidas preventivas de revistas na entrada do parque e dobro de efetivos para monitoramento das áreas.

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Novo parque

O projeto de ampliação do parque, que já vem sendo estudado há dois anos, deve sair até 2019. Segundo Veras, o espaço aguarda no momento a aprovação da Licença Ambiental, prevista para sair até o fim deste mês e deve contar com um  total de R$ 50 milhões para investimento. O Parque de Diversões, que possui um terreno de aproximadamente 58 mil metros de extensão tem promessa de ampliação da área com inclusão de novos brinquedos, incluindo novos espaços.

“Pelo menos quatro novos brinquedos serão implantados de imediato e outros dois passarão pelo processo de montagem mais trabalhada, com ajuda de engenheiros e profissionais”, afirmou Veras.

Entre as novas intervenções, o projeto inclui os estudos para segurança, preparação do terreno, licença e aquisição dos equipamentos para servirem de brinquedos.

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A Pitombeira dos Quatro Cantos não sairá pelas ruas de Olinda mais duas vezes ao mês até o Carnaval, em prévias já tradicionais no calendário da cidade a partir do feriado de 7 de Setembro. A decisão foi tomada pela diretoria da agremiação carnavalesca por conta da violência e de constantes arrastões. Agora, a Pitombeira se limita a festejar pelas ladeiras da Cidade Alta apenas uma vez por mês, desde este último domingo (9).

“Após as saídas, já no término do percurso, estavam acontecendo arrastões. Então estamos fazendo isso para ver se minimizam as ações violentas”, explica o presidente da Pitombeira dos Quatro Cantos, Júlio Silva Filho. De acordo com ele, a próxima saída, marcada para o dia 30 de outubro, vai ser antecipada para o dia 23 por conta da eleição. A partir de então, as saídas serão realizadas apenas no último domingo do mês. 

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A diminuição das prévias agrada a Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta (Sodeca). De acordo com Edmilson Cordeiro, membro da Sodeca, não houve a consulta para que a organização opinasse, mas o fato não impediu de ser considerada uma medida assertiva. “Eu acho louvável e muito interessante a medida porque agora pode haver um controle. Foi bom senso do presidente deixar essas saídas para uma vez ao mês”, comenta Edmilson.

A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) divulgou, por meio de nota, que o policiamento, realizado pela Companhia Independente de Apoio ao Turista (CIATur), é efetuado por meio de rondas de viaturas, bem como um trailer instalado no Alto da Sé e dois pontos fixos. Nos finais de semana, a segurança recebe reforço de policiais a pé e de viaturas das unidades Especializadas, bem como do apoio da Guarda Municipal. Os moradores do sítio histórico têm reclamado bastante do aumento da violência.

Em 2015, o bloco chegou a ser proibido de fazer a prévia pelas ruas de Olinda por ação do Ministério Público. A situação foi contornada e as saídas voltaram a acontecer normalmente.

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Diante da mobilização – e possível greve - da Polícia Militar do estado, inúmeros boatos sobre arrastões e outras práticas criminosas atingiram as redes sociais dos recifenses, nesta quarta-feira (27). Apesar de a PM desmentir alguns boatos surgidos à tarde, leitores e a própria equipe do Portal LeiaJá presenciou episódios de violência nas ruas da capital pernambucana. 

Os ônibus foram os principais pontos de ação dos criminosos. Próximo ao Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da UFPE, um homem armado com facão subiu em um veículo da linha CDU Boa Viagem (Caxangá). Assaltou e levou os pertences de passageiros que estavam na parte traseira do ônibus. Há relatos de assaltos dentro de ônibus no Curado IV, Agamenon Magalhães.

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Na Avenida Visconde de Albuquerque, no bairro da Madalena, um grupo “surfava” sobre um ônibus; os passageiros, assustados, desceram do veículo. Condutores de carros particulares deram ré, também temerosos. Perto da estação de metrô do Barro, na Zona Oeste, passageiros relataram uma troca de tiros. 

Até a publicação desta matéria, a Polícia Militar seguia em negociação com o governo do estado, na Secretaria de Administração, após a categoria não ter aceitado a proposta de 17% de reajuste para soldados. 

Três jovens que haviam entrado em um ônibus sem pagar pela passagem foram retirados do veículo durante uma blitz de policiais militares em Copacabana (zona sul do Rio) e, em vez de serem acolhidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social, foram conduzidos a outro ônibus municipal que seguia rumo ao centro e orientados a voltar para casa.

Eles entraram no ônibus de graça, por ordem dos policiais, mas o veículo não iria até Bangu (zona oeste), onde o trio mora. Para chegar em casa, eles teriam que desembarcar na Central do Brasil e tomar outro ônibus, mas não tinham nenhum dinheiro. "Nosso trabalho é não deixar chegarem a Copacabana", afirmou um PM, que não quis se identificar nem explicou o critério usado para chamar ou não a assistência social.

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Só dois rapazes conversaram com a reportagem - um deles disse ter 14 e outro 17 anos. O terceiro é maior de idade, segundo os amigos. Eles haviam tomado um ônibus de Bangu até a Central e ali embarcaram no 455 rumo a Copacabana. Foram abordados numa blitz na avenida Princesa Isabel, no início do bairro da zona sul, e admitiram ter entrado no ônibus pela porta de trás. "Sempre fazemos isso", disse o rapaz de 14 anos. Eles disseram não ter dinheiro nenhum - no bolso de um deles havia um maço de cigarros.

Após retirá-los do ônibus, os policiais debateram sobre o que fazer e decidiram mandá-los de volta para casa. Atravessaram a avenida, pararam um ônibus 472 e avisaram o motorista que o trio poderia entrar sem pagar a passagem. Sem convicção, os adolescentes afirmaram que iriam mesmo para casa.

Pelo menos 12 adolescentes foram recolhidos de dentro de ônibus municipais pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro neste sábado (26) na zona sul do Rio durante o primeiro dia da Operação Verão, antecipada pelo governo do Rio devido aos arrastões e tumultos ocorridos nas praias da zona sul no sábado anterior (19). Todos estavam em situação de vulnerabilidade social - sem dinheiro e longe de casa. Pelo menos três haviam entrado nos ônibus pela janela para não pagar passagem, denunciaram os motoristas.

Os adolescentes foram revistados em bloqueios montados nos bairros de Botafogo, Copacabana e Lagoa. Ao todo houve, 34 pontos de bloqueio distribuídos pela cidade. Em cada um, policiais militares paravam ônibus e revistavam passageiros.

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Os adolescentes foram levados ao Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente em Laranjeiras. Ali, agentes da Secretaria de Desenvolvimento Social tentariam contato com familiares dos adolescentes. Se nenhum responsável fosse localizado, eles seriam encaminhados a um abrigo municipal. Até a noite deste sábado, não havia informações sobre a localização de parentes desses jovens.

A manhã do primeiro sábado da Operação Verão, esquema de policiamento na orla que engloba 700 policiais militares, começou nublada, quente e sem registros de arrastões ou atos de vandalismo. Com o sol entre nuvens, 34 pontos de blitz e até agentes do Batalhão de Choque, adolescentes de favelas da zona norte ainda não apareceram nos pontos de ônibus, e os veículos seguem vazios rumo à zona sul.

"Os sementes do mal não vieram até agora. Estão com medo dos tacos de beisebol", disse um motorista do ônibus 474 (Jacaré-Jardim de Alah), uma das principais linhas usadas por adolescentes que praticam os roubos praia. No domingo passado (20), moradores organizados da zona sul agrediram passageiros desses ônibus, numa reação aos arrastões ocorridos na Praia de Ipanema e em ruas de Botafogo. "Hoje em dia eles não têm medo da polícia. Sai o sol, já era".

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Os ônibus são parados em algumas barreiras e policiais militares sobem nos veículos e revistam passageiros. Alguns, no entanto, seguiram direto. Motoristas ouvidos pelo Estado disseram que este é um sábado atípico. O movimento de jovens do "coreto", grupo que sai para praticar roubos, começa geralmente às 10h.

Na Praia do Arpoador, em Ipanema, frequentadores disseram também que a situação está mais calma do que no fim de semana passado. "A essa hora já tinha um clima de tensão", comparou a funcionária de um quiosque, que preferiu não se identificar.

No Twitter, o perfil do governo do Estado postou mensagem em que explica que a Operação Verão foi antecipada para "que todos que querem ir à praia para se divertir, exercitar ou trabalhar cheguem em segurança".

No próximo fim de semana, a tropa de elite da Polícia Militar, responsável por operações de risco em favelas, vai ser vista ao redor das praias do Rio de Janeiro. Uma reunião da cúpula da Secretaria Estadual de Segurança, das polícias Militar e Civil e de órgãos de assistência social da Prefeitura define a participação do Comando de Operações Especiais (COE) no policiamento da orla no próximo fim de semana. Integra o COE o Batalhão de Operações Especiais (o Bope) e o Batalhão de Choque, além do Batalhão de Operações com Cães.

A Operação Verão, que normalmente começa em novembro, foi antecipada em dois meses por causa dos arrastões. O número total de policiais empregados ainda não foi divulgado.

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Como foi anunciado na última terça-feira (22), pelo secretário municipal de Desenvolvimento Social, Adilson Pires, a Prefeitura vai participar da operação com agentes do órgão, responsável por identificar adolescentes em situação de vulnerabilidade, atendê-los e procurar suas famílias.

"Para o curto prazo, a decisão foi antecipar o policiamento de verão. Deveríamos começar na segunda quinzena de novembro e, em função dos acontecimentos, tivemos que antecipar. Mas isso não vai resolver o problema. Precisamos de políticas públicas", defendeu o coronel Íbis Pereira, chefe de gabinete do Comando-Geral da PM.

Na contramão da fala do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o chefe de Gabinete do Comando-Geral da PM, coronel Íbis Pereira, defendeu a ação da Defensoria Pública, que originou a decisão judicial proibindo apreensões de adolescentes sem flagrante no Rio. Em audiência pública sobre os arrastões ocorridos nas praias da zona sul no último fim de semana, ele disse que a cidade está se transformando em "uma batalha". Ele declarou que a polícia precisou montar "uma operação de guerra" para atuar na orla, já a partir do próximo sábado.

"A atuação da Defensoria Pública está dentro da lei. Não tem uma linha fora do Estatuto da Criança ou da Constituição. Estamos desde domingo crucificando uma defensora pública (Eufrásia das Virgens) que estava cumprindo seu papel. Isso é um absurdo", afirmou.

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O coronel defende que os arrastões provoquem uma "reflexão" e diz que a polícia não deve atuar na prevenção desses roubos. "É claro que o arrastão é um caso de polícia. Isto é uma obviedade. As forças de segurança estão nas mãos do Estado e da União. Mas segurança publica não. Segurança pública é muito mais do que polícia. A polícia ostensiva sozinha não faz prevenção de arrastão", afirmou.

Íbis Pereira acredita que os jovens cometem crime na orla em busca de visibilidade. "Eles estão querendo visibilidade. Estão querendo ser vistos, porque eles são invisíveis. O crime começa quando a gente nega reconhecimento. O que está faltando não é polícia, é política", defendeu.

Juízes da Vara de Infância e Adolescência do Fórum Regional da Leopoldina, em Olaria, na zona norte do Rio, internaram provisoriamente desde esta terça-feira, 22, 28 adolescentes envolvidos nos arrastões do último fim de semana. No total, 29 foram apreendidos por praticar furtos e agressões nas praias da Zona Sul, mas em um caso o Ministério Público decidiu não representar contra o jovem.

Nesta quarta-feira, 23, foram ouvidos 16 adolescentes na audiência de apresentação. Desse total, somente dez menores estavam acompanhados dos pais. Todos os internados serão encaminhados para unidades do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Em outubro, ocorrerá uma nova audiência para cada um dos casos.

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Por meio de nota, o TJ informou que "a Justiça decidiu pela internação provisória dos adolescentes ao identificar indícios de autoria considerando a gravidade do fato, com fundamento no parágrafo único do artigo 108 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)".

Na terça-feira, outros 13 menores, também com envolvimento nos episódios, passaram por audiências de apresentação, sendo que 12 foram internados. Apenas oito estavam acompanhados dos responsáveis.

Não é de hoje que as ruas do Recife Antigo sofrem com a insegurança e algumas medidas até já foram tomadas pelos órgãos de segurança pública, a fim de coibir os incidentes de arrastão. Essas estratégias solucionaram o problema por um período, mas, segundo comerciantes da área, as confusões e roubos tornaram a acontecer com frequência aos domingos. 

“Domingo passado houve um apagão na área e facilitou a ação do pessoal que pratica os arrastões. Eles são muitos e agem muito rápido e levam tudo o que podem, mas não mexem com os comerciantes”, afirma a ambulante Valdilene Nunes. Ela explica que naturalmente os arrastões são realizados aos domingos, por volta das 22h. 

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A comerciante Elaine Cristina conta que o grupo começa a agir ao fim da feirinha do Bom Jesus, localizada na rua de mesmo nome. Logo após, eles seguem em direção ao cruzamento das ruas Vigário Tenório com a Mariz e Barros, onde há uma grande concentração de barracas e, consequentemente, de visitantes. “Eles também realizam arrastão nas imediações da Praça do Arsenal e depois vêm em direção à Rua da Moeda, passando por essas ruas quebrando garrafas, agredindo as pessoas e roubando os pertences”, detalha.

O organizador dos barraqueiros Inajá Inácio explica que nunca foi solicitado reforço da polícia no local, pois a patrulha alega que é o suficiente, mas conclui que a quantidade de profissionais não dá conta de coibir a ação. “Os policiais não conseguem impor a ordem diante desses meninos e meninas e eles acabam realizando os arrastões mesmo diante dos olhos da polícia”, descreve.

Já o morador de rua, Wilames Mendes, conta que não há como identificar um rosto no grupo, o que dificulta apontá-los à polícia em caso de acusação. 

Por conta disso, os barraqueiros passaram a atuar da sexta ao sábado até às 4h. No entanto, no domingo eles só funcionam até às 22h. “Nós só podemos comercializar até às dez horas. Se passarmos desse horário, pagamos multa, pois nesse horário policiais vêm nos fiscalizar para assegurar que não vamos nos estender no horário”, esclarece Inajá. 

De acordo com Marcos Carvalho, dono de bar há 15 anos no Recife Antigo, os estabelecimentos também estão sofrendo com os arrastões, pois ele alega que a Prefeitura do Recife, juntamente com a Polícia Militar, estabeleceu que os barraqueiros devem funcionar até às 22h e músicos só poderão tocar músicas nos bares até esse horário. Ele explica que isso tem afugentado a clientela, porque torna-se mais um ponto negativo para quem frequenta o local. “As pessoas que moram em bairros um pouco mais distantes pensam: eu vou pro Recife Antigo, mas tenho hora pra voltar, não vou ouvir música e ainda corro o risco de enfrentar um arrastão. Então prefiro ficar no bar na esquina de casa”, especula.

O empresário também conta que muitos dos seus clientes não querem mais voltar por conta disso, mas confessa que já houve períodos piores. No entanto, teme que a clientela que diminuiu em mais de 40% fique ainda mais escassa por falta de atrativos e estrutura no bairro. 

Três pessoas foram presas pela Polícia Militar na noite desta quarta-feira, 8, após realizarem um arrastão no Morumbi, zona Sul de São Paulo. Os jovens agiram contra mulheres que estavam paradas em um engarrafamento e roubaram diversos pertences. Todos já tinham passagens pela polícia e dois deles haviam sido condenados pela Justiça em outros processos.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o trio começou a agir por volta das 19h30 na Avenida Morumbi, onde andavam entre os carros próximo à ponte que liga o bairro à Marginal do Pinheiros. Os três abordavam motoristas e levavam todos os objetos pessoais que podiam carregar rapidamente.

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A Polícia Militar foi acionada e conseguiu localizar os suspeitos ainda nas imediações dos locais do crime. Josival Muniz Santos, de 29 anos , Jackson José da Silva, de 18, e Wellington de Souza Lima, de 26, foram detidos pela PM.

Um quarto comparsa conseguiu fugir da abordagem. Em revista, celulares, bolsas femininas e outros pertences foram encontrados e devolvidos às vítimas.

Duas das mulheres atacadas foram à delegacia e reconheceram os suspeitos como os responsáveis pelos assaltos. A terceira vítima não foi localizada pela polícia.

Com o mais jovem do trio, foi apreendida uma arma de brinquedo utilizada para ameaçar as mulheres. Os jovens foram detidos em flagrante e responderão por associação criminosa e roubo.

Do grupo, Josival possui a maior lista de antecedentes. Em três processos que correram no fórum criminal da capital, ele foi condenado em primeira instância por roubo em todos e foi sentenciado a mais de 20 anos de reclusão somadas as penas nesses casos.

Jackson, de 18 anos, possui mandado de prisão em aberto contra ele emitido pelo juízo da 8ª Vara Criminal de São Paulo. O processo em que é réu apura sua responsabilidade em uma acusação de roubo e foi aberto em abril deste ano; o mandado data de agosto.

Há dois anos, Wellington havia sido condenado em 1ª instância em um processo por roubo a cumprir quatro anos em regime semiaberto.

Recorrência

Esse é o terceiro caso de vítimas em série de roubos praticados na região do Morumbi em pouco mais de uma semana. Na noite da quarta-feira, 1º, da semana passada, 75 pessoas foram feitas reféns em uma empresa que aluga campos de futebol e tiveram os pertences levados por uma quadrilha de 15 pessoas. Três pessoas chegaram a ser detidas para averiguação, mas foram liberadas após não terem sido reconhecidas pelas vítimas.

Nesta semana, três pessoas foram presas após um arrastão que deixou ao menos 21 vítimas na Avenida Giovanni Gronchi e nas imediações.

Até o momento, a Polícia Militar confirma ao menos 51 detidos durante a Virada Cultural, por furtos e arrastões. Segundo a PM, 21 pessoas foram presas na Rua Barão de Tatuí, próxima ao metrô Santa Cecília, e as outras 30 no Largo São Bento.

Durante a madrugada, diversas ocorrências foram registradas. Um homem foi detido no Centro após ser abordado com uma pistola calibre 38 por dois policiais militares. De acordo com as autoridades, ele foi visto com o revólver na rua São Bento e, ao notar a viatura, tentou fugir. Minutos depois, os policiais encontraram o rapaz na rua da Quitanda e o detiveram. Celulares e objetos diversos foram apreendidos. O caso foi encaminhado ao 1º DP.

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Bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas sobre a população no Largo São Francisco e dispersam o público. Guardas civis não souberam dizer o motivo do disparo e atribuíram a responsabilidade à PM.

A PM ainda não tem um balanço oficial de arrastões e roubos que estão ocorrendo na Virada Cultural, mas policiais militares que estão na patrulha falavam em quase dez por volta da meia noite. A força tática foi acionada para agir depois de arrastão de na rua 25 de março, próximo ao palco do funk.

Por volta da meia noite, um arrastão levou dinheiro, celulares, tênis e até camiseta de um grupo que estava trabalhando na virada na venda de bebidas. O comerciante Diogo Silva de Sousa, de 31 anos, contam que um grupo de mais de 20 criminosos encontrou ele, o filho Israel, de 12, e o amigo Zenildo Marques, de 17. O caso aconteceu na Ladeira da Constituição.

"Chegaram gritando, agredindo e levaram meu tênis, celular, carteira e as mercadorias", conta ele, que vendia cervejas em dois isopores e acabou sem as bebidas e descalço. Um amigo teve de emprestar uma jaqueta para Marques depois que o grupo levou seu tênis e até sua camiseta. "Me derrubaram no chão e tomaram tudo", diz ele. Israel, o mais novo, ficou sem o agasalho. "Bem no dia do meu aniversário", se queixa ele, que completa 12 anos neste domingo.

Por volta das 23 horas, os policiais militares prenderam pelo menos 13 pessoas na praça do Patriarca por tráfico de drogas durante a Virada. Com o grupo, que inclui menores de idade, a polícia apreendeu 30 pinos de cocaína. O grupo está sendo averiguado na rua São Bento.

Devido à greve dos policias militares de Pernambuco, os Shoppings do Recife decidiram fechar às portas, às 16h, desta quarta-feira (15). A medida foi tomada para evitar arrastões nos centros de compras. O horário de funcionamento de todos os estabelecimentos volta ao normal na quinta-feira (16).

 A alteração no horário também afetou os postos de atendimento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), localizados nos centros de compras. O órgão informou que as  unidades vão acompanhar o funcionamento dos shoppings. 

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No Agreste, a administração do Parque das Feiras de Toritama informou que fechou nesta quinta-feira devido à falta de energia elétrica na cidade. Na sexta, o Parque reabre normalmente, a partir das 8

A greve da Polícia Militar, os arrastões, casos de saques e até mesmo os boatos de violência deixaram o centro do Recife com uma tímida movimentação de clientes. Na manhã desta quinta-feira (15), muitas lojas estão trabalhando com as portas praticamente fechadas e outras arriaram os portões e os funcionários estão dentro dos estabelecimentos sem trabalhar. O medo toma conta de algumas pessoas, porém, tem gente que está pronta pra combater os roubos.

Na Rua 7 de Setembro, próxima a Avenida Conde da Boa Vista, o comerciante Ribamar Santos está a postos com um facão na mão para evitar ser roubado. Há 20 anos, o trabalhador atua vendendo comidas e bebidas. De acordo com ele, quem tentar roubar seu estabelecimento não vai sair ileso.

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“E quem está doido de vir roubar aqui? O facão tá aqui pra me proteger. Graças a Deus até agora não aconteceu nada. Não vou fechar meu comércio porque tenho que trabalhar. Eu tenho contas para pagar”, disse Ribamar, cercado de amigos e funcionários.

Na mesma rua, as funcionárias de um salão de beleza, por conta do clima de insegurança, fecharam o estabelecimento. Os boatos de arrastões também chegaram aos ouvidos de outros trabalhadores, deixando muitos deles sem abrir seus comércios.

Ainda na 7 de setembro, uma loja de joias fechou as portas e o fiscal da unidade teve que fazer a segurança. “Muitas pessoas chegaram dizendo que ia ter arrastão aqui. Todos nós estamos com medo. Não é por causa das joias, mas, primeiro por causa das nossas vidas”, disse o fiscal, Luis Félix.

Na Rua Imperatriz, outra importante via comercial do Centro do Recife, o cenário é de lojas sem clientes e muita gente apreensiva. Durante todo o percurso feito pela reportagem do LeiaJá, nossa equipe não encontrou policiais a trabalho, e muito menos viaturas. Apenas foi possível identificar algumas equipes da Guarda Municipal. 

O consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro divulgou em sua página na internet em inglês um alerta sobre aumento de incidência de arrastões em áreas frequentadas por turistas. Segundo a nota, recentemente houve crescimento de registros de arrastões (traduzidos para o inglês como "mass robberies", ou roubos em massa), praticados por grande número de adolescentes, nas praias do Leblon, de Ipanema, do Arpoador e de Copacabana.

Ainda segundo a mensagem, a tendência é que os roubos em série continuem pelo mês de dezembro. O alerta, publicado na sexta-feira (22), é dirigido a cidadãos americanos que residem no Rio ou que estão na cidade a turismo.

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O consulado recomenda aos americanos para sempre prestarem atenção ao seu redor. Diz ainda para os estrangeiros não carregarem consigo objetos valiosos quando forem à praia ou a outros pontos turísticos. De acordo com o alerta, smartphones e cordões são os principais alvos dos ladrões, mas também há casos de furtos de carteiras, bolsas e até bicicletas. Por fim, o alerta sugere que os americanos deixem seu passaporte em local seguro. Eles devem portar apenas cópia do documento, bem como um comprovante do seguro de saúde.

A onda de arrastões em restaurantes chega a Bauru, no interior de São Paulo, onde 14 pessoas foram roubadas na noite de terça-feira, 20, em um restaurante mexicano, na Vila Universitária, zona nobre da cidade. "Foi o primeiro registro desse tipo de roubo aqui na região, bem típico aos ocorridos em estabelecimentos da capital", disse o delegado Seccional de Polícia de Bauru, Marcos Mourão.

A Polícia Civil tentava na tarde desta quarta-feira, 21, identificar os três assaltantes. Armados, eles chegaram ao restaurante Bongo Cozina Mexican, na avenida Otávio Pinheiro Brizola, por volta das 22h20 e renderam uma funcionária que estava na porta do estabelecimento. "Eles atuaram de maneira semelhante aos ladrões da capital", disse o delegado. Enquanto um deles mantinha a moça refém, os outros levaram cerca de R$ 1 mil em notas e moedas que estavam no caixa e antes de saírem passaram pelas mesas onde os clientes, avisados com antecedência, deixaram carteiras, joias, relógios e celulares.

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Segundo o delegado, os ladrões demoraram cinco minutos para concluir o roubo. "Embora seja um tempo longo, porque geralmente se demora de dois a três minutos, eles sabiam o que estavam fazendo. Estavam armados e com capuzes, mas agiram educadamente, sem agredir fisicamente ninguém e sem chamar a atenção", comentou Mourão.

O restaurante, que fica próximo ao campus da Universidade de São Paulo (USP) é especializado em comida mexicana e muito frequentado por jovens, estudantes universitários, e por casais de classes média e alta. "Não levantamos ainda o valor dos objetos roubados, porque eram muitas joias, pois o público que frequenta o local é formado por jovens de posses", disse o delegado.

Embora a ação tenha semelhança com as ocorridas em São Paulo, a Polícia Civil suspeita que os assaltantes sejam, em sua maioria, da própria cidade. "Mas pode ser um que um deles seja de fora, da capital ou da região. É quase certo que não sejam apenas três, porque deveria haver um carro esperando nas proximidades", disse o delegado.

Com informações de Rose Vitório

Os soteropolitanos estão assustados com os arrastões que estão ocorrendo, nesta quinta-feira, no centro da capital baiana. Comerciantes que têm seus estabelecimentos situados na Avenida Sete de Setembro e adjacências fecharam as portas de suas lojas por volta das 16h, e os moradores da área também ficaram assustados.

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Próximo ao carnaval, parte da Polícia Militar (PM) entrou em greve em diversas partes do estado da Bahia. De acordo com afirmação feita pelo coronel Santiago, porta-voz da Polícia Militar, ao site Política Livre, a situação na cidade de Salvador está fugindo ao controle dos policiais. Ele relatou que não sabe quantos homens da PM continuam nas ruas e que “está ficando difícil” manter a segurança na capital baiana. Nas redes sociais é notável o pânico da população que confirmam e relatam o acontecimento dos arrastões em inúmeros bairros.

De acordo com a assessoria do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindiloja), o fechamento das lojas, desde o último dia 31, antes do horário previsto, é devido a uma onda de arrastões nas regiões da Estação da Lapa, no bairro da Calçada e nas proximidades do centro comercial Orixás Center, na região de Politeama, área central de Salvador.

O comandante da 18ª Batalhão da PM, Coronel Anselmo, responsável pelo policiamento na Avenida Sete, declarou ao jornal A Tarde que a ação dos lojistas é desnecessária. Mas, segundo a bancária Mariza Lago, moradora da Vila Laura, o clima entre os soteropolitanos é de alerta geral. “Eu não arrisco sair, todos os bairros de Salvador vivem uma onda de assaltos, arrastões. Preferi ficar em casa hoje no feriado”, conta, referindo-se ao dia de Iemanjá.

De acordo com a bancária, os shoppings Barra e Lapa dispensaram seus funcionários mais cedo e a Avenida Antônio Magalhães (principal paralela) foi interditada pelos ônibus.

A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado (Secom) informou que a Força Nacional enviará 150 policiais para reforçar a segurança no Estado e que cerca de 500 homens deverão chegar à capital baiana em até 48 horas.

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