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O Parlamento austríaco aprovou nesta quinta-feira (15) uma lei para expropriar a casa natal de Hitler, abrindo a possibilidade de uma profunda mudança arquitetônica ou destruição do edifício, que atrai com frequência neonazistas.

A lei, aprovada quase por unanimidade, encerra um longo conflito entre o Estado e a família proprietária do imóvel do século XVII, situado no centro de Braunau-am-Inn, na fronteira com a Alemanha.

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O Estado alugava a casa desde 1972 para poder controlar seu uso. Durante anos abrigou um centro para deficientes, uma das categorias da população que foi vítima dos nazistas.

A enorme casa com fachada amarela, onde Hitler nasceu em 20 de abril de 1889, está vazia desde 2011, quando os proprietários vetaram um novo uso do edifício.

Viena terá agora que decidir o futuro do local, que se tornou um espaço de peregrinação para alguns nostálgicos do Terceiro Reich.

Em outubro, o ministro do Interior Wolfgang Sobotka anunciou um concurso de arquitetos para transformar a casa. Segundo ele, o edifício deveria ser destruído, mas nem todos concordam com sua opinião.

Mas o edifício não poderá mais ser identificado por seu exterior e será destinado a abrigar uma administração ou instituição de caráter social, de acordo com o governo.

O governo da Áustria anunciou, nesta segunda-feira, que irá derrubar a casa em que Adolf Hitler (1889-1945) nasceu, na cidade de Braunau am Inn. No lugar, será construído um edifício, sem associação com o ditador nazista. A medida foi tomada para que o local perdesse o significado para neonazistas, que tinham a casa de Hitler como um lugar de peregrinação.

O plano do governo ainda tem que ser contemplado pelo Legislativo e votado no Parlamento. Com o Partido da Social Democracia e o centrista Partido do Povo na maioria do Legislativo, é esperado que o projeto seja aprovado sem grandes problemas.

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Para o ministro do Interior, Wolfgang Sobotka, "uma profunda remodelação arquitetônica [na casa em que Hitler nasceu] se faz necessária para impedir, permanentemente, o reconhecimento e o simbolismo do edifício". Fonte: Associated Press.

Um alemão com problemas mentais feriu nesta terça-feira (16) com gravidade a facadas dois passageiros em um trem regional na Áustria, informou a polícia, descartando que tenha se tratado de um ato terrrorista.

O homem de 60 anos estava viajando para a cidade de Bregenz, no estado de Vorarlberg, oeste do país, quando repentinamente esfaqueou um jovem de 19 anos no estômago e nas costas. Depois, se voltou para um menor de 17 anos e o feriu no pescoço.

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"O homem não tinha origem estrangeira. Sem dúvida, tem problemas mentais e descartamos que se trate de um ato terrorista", afirmou à AFP o porta-voz da polícia, Horst Spitzhofer. O agressor foi controlado quando o trem entrou em uma estação por dois agentes.

A polícia informou que as duas vítimas estão internadas. O ataque ocorreu dias depois que um suíço de 27 anos atacou com uma faca seis pessoas em um trem, matando uma delas.

Um líder do populista Partido da Liberdade da Áustria sugeriu que o país realize um referendo sobre a sua adesão à União Europeia, caso o bloco não consiga, em um ano, focar no seu papel original de se tornar uma aliança econômica e comercial.

"Os fundadores [da UE] queriam estabelecer relações econômicas estreitas, porque os estados que trabalham em conjunto economicamente evitam entrar em guerra uns com os outros", disse o ex-candidato presidencial do Partido da Liberdade, Norbert Hofer, em entrevista ao jornal diário austríaco Tageszeitung publicada neste domingo. Esse aspecto da UE "estava funcionando muito bem por conta própria até que a união política foi fundada", disse ele.

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"Se no próximo ano o curso for no sentido de uma maior centralização", então devemos perguntar aos austríacos se eles querem permanecer no bloco, disse Hofer.

Na eleição presidencial da Áustria no mês passado, Hofer defendeu um programa anti-imigrantes e que pretendia colocar a Áustria como prioridade, contra um candidato independente. A votação foi vista por políticos e analistas em toda a UE como uma prévia do referendo do Reino Unido, mas também como um termômetro para as próximas eleições em todo o continente que registram cadidaturas de políticos populistas contra o sistema de governo.

Hofer perdeu por pouco para o seu adversário Alexander van der Bellen. O Partido da Liberdade tem questionado os resultados em um tribunal constitucional da Áustria. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro das Relações Exteriores da Áustria propõe exilar migrantes nas ilhas gregas. Em entrevista a um jornal, Sebastian Kurz diz que a Europa poderia copiar o modelo da Austrália interceptar barcos com migrantes no mar e ou enviá-los de volta ou mantê-los em campos de ilha até que seus pedidos de asilo tenham sido processados.

Grupos de direitos humanos criticaram a prática classificando como desumano e uma violação do direito internacional. Kurz disse ao jornal austríaco "Die Presse", em entrevista publicada no domingo que "é claro que o modelo australiano não podem ser copiados integralmente, mas o princípio básico pode ser aplicado para a Europa também. Fonte: Associated Press.

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Um centro de refugiados recém-construído no norte da Áustria foi destruído na madrugada desta quarta-feira por um "incêndio criminoso", informou a polícia.

O incidente, que não deixou vítimas, destruiu totalmente a construção, de madeira.

O estabelecimento está localizado em Altenfelden, uma cidade de 2.100 pessoas perto de Linz, e deveria acomodar 48 pessoas em duas semanas, de acordo com a Cruz Vermelha.

O presidente da Cruz Vermelha local, Walter Aichinger, ficou consternado e disse que sua organização esperava ver o local reconstruído "o mais rápido possível".

"Permanecemos fiéis à nossa missão, que é ajudar as pessoas necessitadas", disse ele em um comunicado.

Ao contrário da Alemanha, a Áustria não havia sofrido até agora nenhum caso de destruição intencional de abrigos para refugiados.

A Áustria acolheu no ano passado cerca de 90.000 refugiados, ou seja, mais de 1% de sua população.

Um homem de 27 anos matou na madrugada deste domingo (22) duas pessoas e feriu outras 11 durante uma festa em um povoado da Áustria, antes de se suicidar, possivelmente devido a uma discussão, segundo a polícia. O drama aconteceu às 3h locais de hoje, em Nenzing, província de Voralberg (Oeste de Áustria), durante uma festa organizada por um clube local de motoristas, da qual participavam 150 pessoas.

Segundo os primeiros elementos da investigação, o homem foi buscar uma arma em seu carro após uma discussão em que estava envolvida uma mulher. Em seguida, abriu fogo, matou duas pessoas e feriu outras 11, antes de se matar com a arma.

O chanceler da Áustria, Werner Faymann, renunciou da chefia do governo nesta segunda-feira e da presidência do Partido Social Democrata citando falta de apoio em seu partido, informou a agência de notícias austríaca APA.

A renúncia ocorreu menos de duas semanas depois de o candidato de seu partido ter ficado em penúltimo lugar no primeiro turno das eleições para presidente do país, vencido pelo candidato de direita Norbert Hofer, do Partido da Liberdade, que recebeu quase quatro vezes mais apoio do eleitorado.

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Os resultados das eleições vieram depois de uma série de perdas nas eleições provinciais dos candidatos do Social Democratas, que vinha dominando o governo juntamente com o Partido Popular a política austríaca desde a Segunda Guerra Mundial. O Partido Popular sofreu perdas semelhantes.

O Partido da Liberdade conseguiu vencer em meio a preocupações com a crise de refugiados da Europa. Fonte: Associated Press.

O candidato do partido de direita da Áustria foi o vencedor o primeiro turno das eleições presidenciais neste domingo, reunindo mais de 35% dos votos, melhor resultado da história do partido, e deixando os outros cinco candidatos para trás. Entre os perdedores estão os candidatos da coalizão do governo, refletindo a rejeição dos eleitores e as incertezas no cenário político.

O triunfo de Norbert Hofer ofusca o melhor desempenho obtido anteriormente pelo seu Partido da Liberdade - mais de 27% de apoio nas eleições que definiram a adesão da Áustria à União Europeia. Com a sua vontade declarada de desafiar a coalizão governista pelo partido Social Democrata, de centro-esquerda, e o Partido Popular, de centro, Hofer pode pressionar por novas eleições, caso ele vença a disputa marcada para 22 de maio, na esperança de que seu Partido da Liberdade pode triunfar nas urnas.

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Com 98% dos votos apurados, Hofer estava muito à frente de Alexander Van der Bellen, do Partido Verde, que correu como um candidato independente. Ele conquistou pouco mais de 21% de apoio, e vai desafiar Hofer no segundo turno.

Irmgard Griss, também independente, ficou em terceiro lugar. Com pouco menos de 20% dos votos, ela ainda ficou à frente do candidato do Partido Popular, Andreas Khol, e do Social Democrata Rudolf Hundstorfer, ambos com cerca de 10%. O candidato Richard Lugner, que não é do meio político ficou com pouco mais de 2% dos votos.

O chefe do Partido da Liberdade, Heinz-Christian Strache, saudou o "evento histórico" que, segundo ele, reflete a enorme "insatisfação dos eleitores" com a paisagem política tradicional. Ainda assim, Van der Bellen ainda permanece na disputa no segundo turno, e deve ter o apoio de grande parte dos eleitores que votaram nos outros candidatos, na esperança de brecar o avanço do partido de Hofer.

O triunfo de Hofer foi significativo, no entanto, e confirmam pesquisas recentes que mostram a popularidade do Partido da Liberdade. Impulsionado por preocupações sobre a crise de migrantes da Europa, o apoio a seu partido subiu para 32%, em comparação com o pouco mais de 20% para cada um dos partidos do governo.

Os eleitores já estavam descontentes com os social-democratas e o Partido Popular mesmo antes da crise migrante no ano passado, que forçou o governo de coalizão a mudar de uma política de fronteiras abertas para duras restrições de asilo aos refugiados. As polêmicas sobre outras questões importantes, como a política fiscal, previdenciária e reforma da educação, aumentaram a percepção de estagnação política do país.

Uma eventual vitória de Hofer no segundo turno poderia aproximar a Áustria das nações da União Europeia que são contra a entrada de imigrantes, o que complicaria ainda mais a resolução desta e de outras crises no continente.

Van der Bellen prometeu não nomear qualquer político do Partido da Liberdade como chanceler da Áustria, caso ele vença a eleição. A próxima eleição nacional deve ser realizada dentro de dois anos. O presidente tem um mandato de seis anos. Isso deve resultar em possíveis confrontos entre o Partido Liberdade e Van der Bellen, caso ele triunfe. Fonte: Associated Press

Os crimes racistas registrados pela polícia aumentaram consideravelmente na Áustria no ano de 2015, durante o qual o país esteve no centro dos fluxos migratórios que "polarizaram" a sociedade, anunciou nesta terça-feira o Ministério do Interior.

O número de incidentes registrados aumentou de 750 em 2014 para 1.156 em 2015, um crescimento de 54%, de acordo com o ministério. O número de réus passou de 560 para 910 no mesmo período.

No total, 1.690 queixas foram recebidas por ataques racistas, que vão desde incitamento ao ódio racial, passando por agressões e danos à propriedade.

"Não há dúvida de que a questão migratória tem contribuído para a polarização da sociedade austríaca e resultou em um aumento deste tipo de crime", declarou à AFP o porta-voz do ministério do Interior, Karl-Heinz Grundböck.

A maior incidência de ataques racistas foi registrada na Alta Áustria, o coração industrial do país por onde passaram milhares de migrantes que desembarcaram na costa da Grécia, ansiosos por seguir para o norte da Europa.

Entre estes migrantes, mais de 90.000 pediram asilo na Áustria, um país com 8,5 milhões de habitantes.

A Áustria deseja expropriar a casa em Adolf Hitler nasceu para encerrar uma longa batalha legal e impedir que o imóvel se transforme em um templo neonazista.

"Nos últimos anos chegamos à conclusão de que a expropriação é a única forma de evitar que o edifício seja usado em benefício dos (simpatizantes) nazistas", disse o porta-voz do ministério do Interior, Karl-Heinz Grundboeck.

De acordo com Grundboeck, o ministério está verificando a legalidade de sua pretensão e depois "adotará as medidas legais apropriadas". O porta-voz explicou que neste caso, o governo indenizará a atual proprietária. A casa em questão, onde Adolf Hitler nasceu em 20 de abril de 1889, fica no coração da cidade de Braunau am Inn.

Apenas uma placa dá pistas sobre sua particularidade, com a frase "A favor da paz, da liberdade e da democracia. Fascismo nunca mais, advertem milhões de mortos". A casa está vazia desde 2011, quando o governo iniciou a batalha jurídica com a proprietária, Gerlinde Pommer. A família Pommer é dona do imóvel há mais de um século, com exceção de um breve período durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1972, o governo austríaco assinou um contrato de aluguel com Pommer para que a residência não virasse um local de peregrinação de neonazistas. Com o acordo, o local virou um centro para deficientes. Mas em 2011 o contrato foi rompido de maneira abrupta, quando Pommer se negou a permitir obras de reforma. Ela também rejeitou uma oferta de compra do ministério do Interior.

Entre os 17.000 habitantes de Braunau, alguns desejam que a casa vire um centro de refugiados e outros defendem a ideia de um museu dedicado à libertação da Áustria. Alguns preferem a demolição, mas como a casa fica no centro histórico da cidade está protegida por lei.

A cada ano, na data de aniversário de Hitler, dezenas de militantes antifascistas protestam diante do edifício, no número 15 da rua Salzburger Vorstadt.

A ministra austríaca do Interior, Johanna Mikl-Meitner, cujo país anunciou na quarta-feira que pretende limitar a 37.500 o número de solicitantes de asilo em seu território em 2016, afirmou neste domingo que o número deve ser alcançado "provavelmente antes do verão".

"Este ano vamos parar em 37.500 solicitações (de asilo). Segundo as previsões, deve acontecer antes do verão" (hemisfério norte, inverno no Brasil), afirmou Mikl-Meitner ao jornal alemão Die Welt.

A Áustria examinará agora o próximo passo, "ou seja, se devemos aceitar as demandas acima do teto ou se devemos devolver diretamente na fronteira (os solicitantes de asilo) aos países vizinhos seguros", completou.

O governo austríaco anunciou na quarta-feira o desejo de limitar a 37.500 o número de solicitantes de asilo aceitos pelo país em 2016, menos da metade dos 90.000 do ano passado.

Este anúncio unilateral não foi bem aceito na Alemanha. Em uma entrevista à revista Der Spiegel, o ministro das Finanças Wolfgang Schäuble afirmou que teve que "tomar um pouco de ar" ao tomar conhecimento da decisão, que "não foi tomada de maneira muito coordenada".

O governo austríaco anunciou nesta sexta-feira que irá construir uma barreira de 3,7 km de extensão em sua fronteira com a Eslovênia, para reforçar o controle da passagem de migrantes. "Será uma barreira que marcará claramente a fronteira e não um fechamento", declarou o ministro social-democrata (SPÖ) Josef Ostermayer.

A ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner, afirmou que a UE foi informada desta medida, inédita entre dois países da zona Schengen de livre circulação.

A Áustria construirá uma cerca ao longo da fronteira com a Eslovênia, para controlar o fluxo de migrantes, anunciou nesta quarta-feira a ministra do Interior Johanna Mikl-Leitner. "Isto é sobre garantir uma entrada ordenada e controla em nosso país, e não sobre fechar a fronteira", declarou ao canal de televisão Oe1.

"Nas últimas semanas vários grupos de imigrantes se mostraram impacientes, agressivos e emotivos. Temos que tomar precauções", completou.

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Mikl-Leitner, do partido conservador OVP, que integra a coalizão de governo ao lado dos social-democratas (SPO), disse que é necessário adotar "medidas importantes e duradouras" ante o risco de tumulto entre os migrantes e refugiados, que a cada dia esperam por várias horas no frio para atravessar a fronteira.

A ministra não revelou detalhes sobre a construção da cerca, que segundo a imprensa terá vários quilômetros.

Johanna Mikl-Leitner foi muito criticada quando mencionou a criação de uma "fortaleza europeia", mas o Partido Social-Democrata do chanceler Werner Faymann parece aprovar a proposta da cerca "para controlar a chegada de migrantes de maneira organizada", nas palavras do ministro da Defesa, Gerald Klug, que pertence ao SPO.

Em meados de outubro, a Hungria fechou a fronteira com a Croácia e construiu uma cerca de arame farpado, o que levou milhares de migrantes que entram na Europa pela Grécia a seguir até a Eslovênia, com o objetivo final de chegar aos países do norte da Europa.

Desde 17 de outubro, quase 90.000 migrantes passaram pela Eslovênia.

Um tribunal de apelação austríaco considerou nesta quarta-feira (21) admissível a título pessoal uma queixa do ativista austríaco Max Shrems contra o Facebook, abrindo caminho para um primeiro processo civil sobre utilização de dados pessoais.

O tribunal de Viena contradisse assim a sentença de outra corte de primeira instância, que não admitiu o processo e declarou-se sem competência sobre o tema. Schrems é o fundador da ONG Europa versus Facebook.

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A Miss Áustria, Ena Kadic, morreu nesta terça-feira após cair de uma montanha enquanto corria, em seu estado natal de Tirol, informou a polícia.

A jovem, de 26 anos, se encontrava em estado crítico desde que na, sexta-feira, escorregou montanha abaixo em Bergisel, próxima à cidade de Innsbruck.

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Dois estudantes encontraram a jovem, gravemente ferida, próxima à plataforma Drachenfelsen (A Rocha do Dragão), em cima de um barranco do rio Sill.

Pouco depois de cair, Kadic conseguiu ligar por seu irmão para informá-lo do acidente, antes de perder a consciência, explicou a polícia.

Kadic foi resgatada por um helicóptero e levada a um hospital em Innsbruck, onde não resistiu às feridas nesta terça-feira pela manhã.

As circunstâncias concretas do acidente não estão claras, mas a polícia afirmou que a ganhadora do concurso de beleza de 2013 era uma ávida corredora que conhecia bem o local.

Cerca de 11 pessoas morreram e 2.385 ficaram feridas entre maio e setembro nos Alpes austríacos, segundo as últimas estatísticas.

O número de migrantes que chegaram à Áustria a partir dos Bálcãs disparou a 12.220 nas últimas 36 horas, indicou a polícia nesta segunda-feira (12). No domingo (11), 8.540 cruzaram a fronteira com a Hungria por Nickelsdorf (leste) e desde a meia-noite outras 3.680 pessoas chegaram, segundo as forças de ordem.

A média diária da semana anterior havia sido de 5.500 migrantes, a maioria deles com destino à Alemanha ou a outros países do norte da Europa. Os migrantes entraram na Europa principalmente pela Grécia, antes de atravessar os Bálcãs.

A maioria dos refugiados são procedentes de países em guerra como Síria, Iraque e Afeganistão. Segundo o Alto Comissariado para os Refugiados da ONU (Acnur), 575.500 migrantes atravessaram desde janeiro o Mediterrâneo para chegar à Europa e mais de 3.000 morreram afogados tentando. Trata-se da maior onda migratória no continente desde a Segunda Guerra Mundial.

Nova York, 20/09/2015 - A disputa diplomática na Europa sobre questão dos migrantes e refugiados se intensificou neste domingo, com governos discordando sobre como lidar com o fluxo de pessoas atravessando o continente. A Áustria disse que está sendo inundada e avisou que iria enviar pessoas de volta para a Eslovênia e a Croácia, porque não estavam fazendo o registro como requerentes de asilo. "O que está acontecendo aqui não tem mais nada a ver com a busca por segurança", disse a ministro da Interior do país, Johanna Mikl-Leitner. "Ninguém pode dizer que Croácia ou Eslovênia são países inseguros", mas as pessoas não estão pedindo asilo lá também, afirmou. Cerca de 7 mil migrantes haviam chegado à cidade de fronteira austríaca de Nickelsdorf na metade da manhã de domingo, depois de cerca de 11 mil pessoas entrarem no país no sábado, afirmou um porta-voz do Ministério do Interior austríaco.

No sul, a onda de migração continua. A Croácia disse neste domingo que cerca de 3,9 mil migrantes estavam atravessando a fronteira com a Sérvia na cidade de Tovarnik. A Croácia disse que iria enviar os recém-chegados de ônibus e trem para passagens de fronteira com a Hungria, que chamou este plano de "cínico e irresponsável". "O tráfico de pessoas é feito na Croácia com a ajuda do governo", disse Zoltan Kovacs, porta-voz do governo húngaro. Um porta-voz do ministério das Relações Exteriores croata disse que não iria comentar as acusações húngaras.

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A crise tem se intensificado nas últimas semanas, com muitos migrantes ou refugiados se recusando a procurar asilo em países ao longo de sua viagem até a Alemanha, que veem como um refúgio com os melhores benefícios sociais. Alguns países do sul da Europa, portanto, têm feito esforços para acelerar a viagem dos imigrantes para o norte, causando indignação na Áustria no fim de semana. "Esta não é mais uma busca por segurança, mas sim uma maneira de otimizar o asilo", disse a ministra do Interior austríaca. Ela renovou o seu apelo aos países europeus, "mesmo os menos atrativos", para que compartilhem o fardo de acolhimento dos migrantes. "Então, com isso será demonstrado claramente: na Europa há o direito à proteção, mas não o direito de escolher o país mais atraente para isso", afirmou a ministra.

Mas muitos, particularmente nos países menos ricos do leste da União Europeia, continuam a se opor a um plano feito em Bruxelas redistribuindo os migrantes proporcionalmente com base na população de cada país e no poder econômico. O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban e o líder da oposição conservadora da Polônia, Jaroslaw Kaczynski, recentemente colocaram a culpa pela recente escalada na crise de migração sobre a Alemanha, que no mês passado declarou que receberia refugiados da Síria, suspendendo a aplicação das rígidas regras de asilo da Europa. Eles afirmam que, em vez disso, a Europa deve reforçar as fronteiras externas para desencorajar a migração.

Líderes da UE vão participar de uma cúpula na quarta-feira para discutir como lidar com o fluxo de migrantes. Os Estados-membros têm ainda de chegar a acordo sobre como distribuir 120 mil pessoas que procuram asilo na Grécia, Itália e Hungria mais uniformemente em todo o bloco. A Hungria, no entanto, disse que não quer fazer parte do plano e que a sua quota poderia agora ser dividida entre a Itália e a Grécia ou entre a Croácia e a Eslovênia, disse um funcionário da UE familiarizado com as negociações. A cúpula de quarta-feira virá na sequência de conversações entre ministros do interior da UE e ministros de migração agendadas para terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os organizadores da MotoGP anunciaram nesta sexta-feira o calendário provisório para a temporada de 2016, que terá 18 corridas. A prova no circuito de Indianápolis deixou a programação da principal categoria de motovelocidade no mundo, enquanto a Áustria receberá uma das etapas do campeonato.

O Brasil segue de fora do calendário da MotoGP desde 2004, com a etapa da Argentina sendo a única na América do Sul no campeonato - ela será a segunda da próxima temporada, em 3 de abril, após a prova de abertura, no Catar , que está marcada para 20 de março.

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Palco de provas da MotoGP desde 2008, Indianápolis agora saiu do calendário, deixando os Estados Unidos com apenas uma corrida no calendário, a etapa das Américas, que foi agendada para o dia 10 de abril e vai ser a terceira da temporada 2016.

A Áustria entrou no calendário com uma prova no Red Bull Ring, em Spielberg, marcada para 14 de agosto, após quase um mês de pausa da MotoGP, sendo a 11ª corrida do próximo campeonato, que vai ser fechado no dia 6 de novembro, com a etapa de Valência.

Das 18 provas previstas para o próximo campeonato da MotoGP, duas delas ainda dependem da confirmação através de contrato entre os administradores dos circuitos e os organizadores do campeonato. Elas são as etapas da Espanha, em Jerez de la Frontera, no dia 24 de abril, e da Republica Checa, em Brno, no dia 14 de agosto.

Confira o calendário provisório da temporada 2016 da MotoGP:

20/03 - Catar

03/04 - Argentina

10/04 - Américas

24/04 - Espanha

08/05 - França

22/05 - Itália

05/06 - Catalunha

26/06 - Holanda

10/07 - Alemanha

17/07 - Grã-Bretanha

14/08 - Áustria

21/08 - República Checa

11/09 - San Marino

25/09 - Aragão

09/10 - Malásia

16/10 - Japão

23/10 - Austrália

06/11 - Valência

Mais de 3.000 pessoas entraram na Áustria na madrugada desta quinta-feira, sem bloqueios, a partir da Hungria, anunciaram as autoridades.

Entre meia-noite e 3h00, mais de 1.700 pessoas atravessaram a fronteira em Nickelsdorf, leste da Áustria, informou a polícia.

Na manhã desta quinta-feira, quase 2.800 pessoas estavam em Nickelsdorf, com direito a alimentação e abrigo temporário, à espera dos ônibus especiais e trens que devem transportar os migrantes para Viena e outras cidades.

A situação era tranquila e as pessoas estavam satisfeitas por estarem na Áustria, afirmou Christian Knopf, coordenador da ajuda no local.

No sábado e domingo, 15.000 pessoas entraram na Áustria. Poucos pretendem ficar no país, já a maioria pretende seguir para a Alemanha.

No fim de semana passado, a Áustria liberou a entrada de migrantes para tentar aliviar a situação na Hungria, país que recebeu 50.000 migrantes em agosto.

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