Tópicos | Janja

Em entrevista à rádio Metrópole da Bahia, na manhã desta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou elogios ao olhar político da sua esposa, a primeira-dama Rosângela da Silva, Janja. Segundo ele, a socióloga, que é criticada por governistas e opositores pelo seu envolvimento político, é uma espécie de "farol" que o guia para decisões e observações importantes, e ela ainda costuma notar erros que nem ele, nem sua assessoria, conseguem sempre perceber.  

"A Janja é o meu farol, aquele farol que guia. Quando tem coisa errada, ela me chama a atenção. Quando tem alguma coisa no jornal errada, ela me chama a atenção. Quando tem coisa na rede, ela me chama a atenção. Às vezes ela fala [alguma] coisa para mim que a minha assessoria não fala. E isso, obviamente, me ajuda", disse o presidente. 

##RECOMENDA##

Militante petista desde os 17 anos, quando se filiou ao Partido dos Trabalhadores, em 1983, Janja é conhecida por ter interesse em política e pelo seu envolvimento com causas ambientais e de gênero. Segundo Lula, a esposa "vive a política 24h por dia" e o cobra com insistência sobre a participação de mulheres no governo. 

"Você não tem noção como ela me cobra quando o [fotógrafo Ricardo Stuckert] Stuckinha tira uma fotografia minha e que só tem homem. Quando ela vê a foto ela fica horrorizada. 'Você não tinha mulher para colocar na foto? Por que só homem, só homem, só homem?' E, às vezes, a maioria é homem mesmo, fazer o quê?", afirmou o petista. 

Janja possui um perfil bem diferente de sua antecessora, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que se dedicava a um projeto social no Alvorada, mas não costumava participar das decisões do marido, Jair Bolsonaro (PL) - o que mudou drasticamente com a derrota de Jair nas urnas; após isso, Michelle assumiu a liderança do braço feminino do PL, o PL Mulher, e tem viajado pelo país para fortalecer campos da direita. Desde a campanha de Lula, Janja falou que ressignificaria o papel de primeira-dama, historicamente ao trabalho voluntário, mas nunca citou Michelle ou qualquer outro nome. 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, plantaram duas mudas de sumaúma no jardim do Palácio da Alvorada - residência oficial da Presidência da República em Brasília. A árvore, característica da região amazônica, pode viver por 120 anos e chegar a 70 metros de altura.

"Um pedacinho da Amazônia no Alvorada", escreveu Janja em uma rede social. "Queremos trazer espécies de todo o Brasil para fazer parte do lugar."

##RECOMENDA##

No vídeo publicado nas redes sociais, Lula afirmou que ganhou as duas mudas de sumaúma e resolveu plantá-las no jardim do Palácio da Alvorada. O presidente disse querer plantar "quase todas as mudas de plantas brasileiras para que as pessoas que venham a Brasília conheçam um pouco do Brasil".

"Essa sumaúma é uma árvore que cresce muito e, por isso, ela foi plantada aqui na frente, porque aqui tem sol o dia inteiro", afirmou o petista.

"Eu acho que vão vingar porque eu tenho a mão santa para plantar coisas."

Em entrevista à GloboNews, em janeiro do ano passado, Janja afirmou que havia "várias árvores frutíferas" plantadas por Lula e pela ex-primeira-dama Marisa Letícia no Palácio da Alvorada. Segundo ela, o presidente havia plantado também um pé de mandacaru no local.

"Já deveria estar muito alto, muito bonito. E cortaram o pé de mandacaru", disse na ocasião. "Ele ficou muito triste porque o pé de mandacaru foi cortado, infelizmente."

Com a crise instalada no ataque aos prédios dos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cogitou assinar um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para conter a situação, mas foi desaconselhado a baixar a norma pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. "É tudo o que eles querem", disse a primeira-dama, conforme relatou o presidente no documentário "8/1 - A Democracia Resiste", produzido pela GloboNews.

"Foi a Janja que invalidou: 'Não aceita a GLO, porque GLO é tudo que eles querem. É tomar conta do governo'. Se eu dou autoridade pra eles, eu tinha entregado o poder pra eles", disse Lula na produção, divulgada neste domingo, 7.

##RECOMENDA##

Diante do conselho de Janja, o presidente optou por outra via para estancar a crise em Brasília: a intervenção federal, prevista no Artigo 34 da Constituição. O nº 2 do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o secretário-executivo Ricardo Cappelli, foi nomeado interventor da área de segurança pública no Distrito Federal e liderou o trabalho com a Polícia Militar do DF para contornar a crise. "Eu tomei a decisão, falei pro Flávio Dino: 'Vamos fazer o que tiver que fazer, não tem GLO'", afirmou o presidente.

O uso da Garantia da Lei e da Ordem foi conclamado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitaram o resultado das eleições de 2022. Nas semanas que antecederam os ataques de 8 de Janeiro, o termo havia se tornado uma palavra de ordem nos acampamentos golpistas. Entenda, a seguir, o que é GLO, como o dispositivo poderia ter sido acionado em 8 de janeiro de 2023 e por qual razão Janja desaconselhou o presidente da alternativa.

O que é GLO?

A Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é um dispositivo excepcional para o controle de uma crise na segurança pública. Enquanto uma GLO está em vigor, as autoridades do Exército passam a exercer o poder de polícia, o que confere permissão para revistar pessoas, dar voz de prisão e fazer patrulhamento. A norma deve ser acionada por iniciativa da Presidência da República e, no ato da convocação, devem ser especificadas a área e o período nos quais o dispositivo estará valendo. Trata-se de uma intervenção pontual e com prazo para acabar.

Segundo Carlos Ari Sundfeld, professor de Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV), o dispositivo está previsto em lei para ser usado para suprir a falta de agentes das forças tradicionais de segurança. "Naquele dia, em Brasília, a Polícia Militar deveria ter evitado o que aconteceu. Surgiu, então, um problema de ineficiência da PM. E a GLO é o instrumento previsto pela Constituição para uma situação de crise em que a PM não dá conta ou a PM é a causa da crise", explicou o professor.

Quem já acionou a GLO?

Todos os presidentes desde 1992 acionaram a Garantia da Lei da Ordem para conter uma crise de segurança pública, inclusive Lula. Levantamento do Estadão revelou que, nos últimos 30 anos, o Brasil teve uma média de cinco GLOs por ano - foram 146 situações do gênero. O recordista é Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que assinou 46 decretos de GLO nos oito anos em que governou o País. Lula vem logo atrás, com 41 intervenções do gênero.

O levantamento do Estadão revela que o uso de GLOs assumiu diferentes finalidades ao longo das últimas décadas. As razões para o decreto de Garantia da Lei e da Ordem vão desde violência urbana, greve de policiais militares e até mesmo processos eleitorais.

Lula é o responsável pela última vez em que uma GLO foi acionada. Em novembro de 2023, o presidente assinou um decreto autorizando o emprego do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo. A medida está em vigor até maio de 2024. Ele assinou a GLO quatro dias depois de dizer que, enquanto ocupasse o Palácio do Planalto, "não haveria GLO".

Apesar do alto índice de GLOs baixadas pelo petista durante suas gestões, o PT tentou, recentemente, emplacar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para acabar com o dispositivo. Batizada pelos seus autores de "PEC antigolpe", a proposta não obteve consenso nem mesmo na base do governo Lula e acabou não sendo levada adiante.

A GLO poderia ter sido acionada em 8 de Janeiro?

Para Carlos Sundfeld, é "natural" que o acionamento da GLO tenha sido cogitado como reação aos atos golpistas, pois o dispositivo está previsto em lei para situações em que o controle de determinada situação tenha escapado às autoridades locais, como a Polícia Militar do Distrito Federal durante o 8 de Janeiro. "Era natural que naquela situação se cogitasse, como uma das hipóteses, o acionamento das Forças Armadas, porque, em tese, elas estão sob o comando do governo federal", afirmou o professor.

Outros fatores, no entanto, foram avaliados para que Lula preferisse a intervenção federal, prevista no Artigo 34 da Constituição, em vez da GLO. "O risco que o presidente da República avaliou era de, ao acionar as Forças Armadas, colocar os militares num papel de protagonismo, o que não seria conveniente por conta das características dessa crise política", disse o professor da FGV.

Por que Janja não quis a GLO?

Como mostra o documentário produzido pela GloboNews, Lula atribui a Janja o conselho de não acionar a GLO, o caminho "natural", como resposta ao 8 de Janeiro. Segundo Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara - cidade onde estava o casal no dia 8 de janeiro -, Janja disse: "GLO não, é entregar para os militares".

Para o professor Carlos Sundfeld, além de não querer conferir protagonismo aos militares, a primeira-dama, possivelmente, avaliou qual seria o recado que Lula daria aos manifestantes ao decretar a Garantia da Lei e da Ordem. Nos meses que antecederam os atos golpistas, GLO havia se tornado palavra de ordem nos acampamentos instalados nas bases do Exército em todo o País. A alegação era de que um decreto dessa natureza era necessário diante de uma suposta fraude - jamais comprovada - no sistema eleitoral.

"A esposa do presidente da República podia estar alertando-o: 'Não faça um gesto político que pareça uma vitória das pessoas que estão fazendo quebra-quebra na rua", disse Sundfeld.

GLO é a mesma coisa que intervenção militar?

Não. GLO, intervenção federal e intervenção militar são três conceitos diferentes e não resguardam relação entre si. A GLO, como explicado, é prevista pelo Artigo 142 da Constituição Federal. Além disso, a Garantia de Lei e da Ordem é regulamentada pela Lei Complementar nº 97/1999 e pelo Decreto nº 3.897/2001.

Carlos Ari Sundfeld ressalta que nenhuma dessas normas confere "poder moderador" às Forças Armadas. "Isso é completamente falso. Nenhuma Constituição no mundo, inclui-se a brasileira, confere às Forças Armadas a iniciativa de intervir na ordem política."

Por intervenção militar, entende-se uma ruptura no Estado Democrático de Direito liderada por um comando do Exército.

Intervenção federal, por outro lado, é um dispositivo previsto na Constituição Federal do Brasil por meio do Artigo 34. Foi a via escolhida pelo presidente Lula para lidar com a crise de 8 de Janeiro, com a nomeação do interventor Ricardo Cappelli.

Tal como a GLO, a intervenção é um instrumento acionado excepcionalmente para crises de segurança pública, mas resguarda diferenças cruciais em relação à Garantia da Lei da Ordem. Depende, por exemplo, de aprovação do Congresso Nacional; além disso, o comando das forças de segurança do local no qual se intervém ficam sob a gerência do interventor, e não das Forças Armadas.

A gravação de um pedido de selfie por uma apoiadora ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira, 3, repercutiu nas últimas horas pela semelhança da mulher com a primeira-dama, Janja da Silva. Veja o vídeo clicando aqui.

O registro aconteceu na Barra da Tijuca, onde Bolsonaro tem uma casa no condomínio Vivendas da Barra. A mulher não identificada pediu para tirar uma foto ao lado do ex-presidente. Ao Metrópoles, o ex-chefe do Executivo disse que não percebeu a aparência semelhante da apoiadora com Janja mas que, depois de ver o vídeo, notou que ela é "muito parecida" com a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

##RECOMENDA##

"Eu mesmo só vi a pessoa quando recebi pela internet. É muito parecida", disse Bolsonaro.

Nas redes sociais, apoiadores do ex-presidente brincaram com a aparência da mulher. "Será que o Lula sabe que a Janja está tirando foto com o Bolsonaro", disse uma internauta. "Do nada a Janja tirando foto com Bolsonaro ou isso aqui é uma miragem?", comentou um usuário do X (antigo Twitter).

No momento em que a "sósia" de Janja posava ao lado de Bolsonaro, a primeira-dama também estava no Rio de Janeiro, mas na Restinga de Marambaia, onde passou a virada do ano acompanhada de Lula. A restinga, que é privada e administrada pelas Forças Armadas, fica distante 60 quilômetros da Barra da Tijuca.

Janja e Lula chegaram em Brasília nesta quinta-feira, 4, após dez dias de estadia no Rio de Janeiro. Bolsonaro, por sua vez, deve ficar na cidade até o fim de janeiro, segundo a sua assessoria.

O empresário e dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, ironizou, nesta quarta-feira (20), uma postagem na rede social que comentava o ataque hacker sofrido pela primeira-dama, Janja da Silva, na semana passada. Um dia após Janja afirmar que vai processar a plataforma e dizer que Musk ficou "muito mais milionário" com os ataques contra ela, o bilionário disse que "não está claro como alguém adivinhar a senha do e-mail dela é nossa responsabilidade".

Durante a live semanal Conversa com o presidente, a primeira-dama disse que irá processar o Twitter por demorar para conseguir congelar a sua conta na rede social após a detecção do ataque cibernético. As mensagens do hacker começaram a ser publicadas pouco depois das 21h30 do último dia 11. Por volta das 22h45, as postagens desapareceram.

##RECOMENDA##

"Eu não sei nem onde processar, se eu processo no Brasil, se processo nos Estados Unidos, porque processá-los eu vou, de alguma forma. (...) Foi tão difícil que o Twitter derrubasse, congelasse minha conta", afirmou. Durante a live, a primeira-dama também criticou nominalmente o dono da plataforma: 'Elon Musk ficou muito mais milionário com aquele ataque. É essa a questão. A gente precisa não só a regularização das redes, mas a gente precisa discutir a monetização das redes. Porque hoje, não importa se é do bem ou do mal, eles ganhando dinheiro tá tudo bem", disse Janja.

Oposição ironiza falas de Janja

Depois da manifestação da primeira-dama na live semanal, parlamentares da oposição publicaram críticas e ironias. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) postou o trecho do vídeo de Janja em seu X e escreveu uma mensagem em inglês, marcando Musk, no qual diz que, se ele "está mais rico hoje, é graças a essa mulher".

Já o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) repercutiu o vídeo afirmando que Janja quer regular as redes e acrescentou: "dê um like se você acha que isso vai virar instrumento de censura aos opositores do governo".

Governo pressiona regularização das redes

Na live desta terça, o presidente Lula também cobrou uma regularização das redes sociais, mas pontuou que fazer isso sem censura é um "desafio". "Temos que fazer uma regularização séria. Não só uma regularização para um país, mas para o mundo. A União Europeia já faz uma regularização, mas é preciso que todo mundo tome cuidado com isso", comentou o petista.

Como mostrado pelo Estadão, o ataque à conta da primeira-dama reavivou a discussão do PL das Fake News no Congresso. Parlamentares querem que o projeto de lei seja colocado na pauta, mas texto está parado desde maio deste ano, após Arthur Lira (PP-AL) retirá-lo da previsão de votações da Câmara dos Deputados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, e disse que ela não precisa de cargo para ter importância no governo. Segundo Lula, Janja é um "agente político" e dá palpite na condução do governo federal.

"Janja me passa confiança, certeza, dá palpite nas coisas que vou fazer, dá conselho, isso é importante, você ter alguém pra compartilhar suas angústias diárias", declarou o presidente na transmissão ao vivo nas redes sociais Conversa com o presidente desta terça-feira, 19. Janja participou da live ao lado do chefe do Executivo.

##RECOMENDA##

Lula disse ter falado a Janja que ela não pode ser uma "primeira-dama tradicionalmente, como sempre foi a primeira-dama". "Aquela mulher que acompanha o marido, faz as coisas certinhas, faz uma política de visitação", exemplificou o petista.

"Ela é um agente político, ela era antes de eu conhecer, continua sendo quando a conheci", disse. "Por isso que eu disse: você faça o que você quiser. Ela não precisa de cargo para ser importante, ela não precisa de cargo para fazer o trabalho que ela quer fazer. Se ela quiser visitar alguém, um Estado, fazer visita ao hospital, ela faz o que ela quiser", acrescentou.

A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, disse que irá processar a plataforma X, antigo Twitter, após ter sua conta hackeada na semana passada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre o assunto e disse ficar muito bravo com os ataques nas redes sociais contra sua esposa.

As declarações ocorreram durante transmissão ao vivo nas redes sociais denominada Conversa com o presidente desta terça-feira (19). Ao lado de Lula, estava a primeira-dama.

##RECOMENDA##

"Eu não sei nem onde processar, se eu processo no Brasil, se processo nos Estados Unidos, porque processá-los eu vou, de alguma forma", declarou Janja. "A gente tem uma pesquisa, tem muitas pessoas públicas que têm as contas invadidas, como o primeiro-ministro da Austrália, então a gente tem que de alguma forma responsabilizar essas plataformas e regulá-las. O problema não é só do Brasil, é global."

Na fala, Janja reclamou da demora para conseguir congelar sua conta na rede social após ter sido detectado o ataque hacker. "Foi tão difícil que o Twitter derrubasse, congelasse minha conta. Foi 1h30", disse. Na sequência, ela criticou o dono do X, Elon Musk.

"Elon Musk ficou muito mais milionário com aquele ataque. É essa a questão. A gente precisa não só a regularização das redes, mas a gente precisa discutir a monetização das redes. Porque hoje não importa se é do bem ou do mal", disse Janja. Na sequência, Lula também cobrou uma regularização das redes sociais, mas pontuou que fazer isso sem censura é um "desafio".

[@#video#@]

"Temos que fazer uma regularização séria. Não só uma regularização para um país, mas para o mundo. A União Europeia já faz uma regularização, mas é preciso que todo mundo tome cuidado com isso", comentou o petista.

O presidente disse ficar muito bravo com os ataques que a primeira-dama recebe nas redes sociais. "Às vezes fico muito puto da vida, estou falando a palavra puto de verdade, fico puto da vida com as pessoas que atacam ela pela internet", comentou. "Fico puto porque eu nunca falei da mulher de um presidente, deputado, vereador. Acho uma canalhice a pessoa que faz isso. Fico puto por ela", acrescentou.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, voltou ao X (antigo Twitter) - seis dias após sua conta ter sido hackeada por um jovem de 17 anos. Em uma mensagem publicada neste domingo, 17, na própria rede social, a mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter pensado muito em não voltar para a plataforma após o ataque, mas que decidiu fazer isso para "continuar lutando" pelas mulheres.

No texto, ela também criticou o X e disse ser necessário que o País discuta a responsabilização das plataformas, tema que hoje é debatido no Projeto de Lei 2630, o PL das Fake News.

##RECOMENDA##

O hacker invadiu a conta de Janja por volta de 21h30 de segunda-feira, 11. Por quase uma hora e meia, o jovem intercalou mensagens de cunho sexual com outras direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ao presidente Lula e a políticos em geral. O perfil da primeira-dama foi suspenso por volta de 22h45.

"Me senti exposta, agredida, ameaçada e desrespeitada como nunca antes", iniciou Janja, em seu texto para anunciar sua volta ao X. "Pensei muito sobre voltar ou não para essa rede social, não apenas por causa das agressões que aconteceram em meu perfil, mas principalmente por toda a demora dos administradores da rede X em agir, congelando meu perfil para que as agressões parassem de ser postadas e pudessem ser silenciadas. Minha equipe de redes agiu rapidamente mas o pesadelo se estendeu por uma hora e meia até o bloqueio", prosseguiu ela.

Janja diz também que o transtorno e a burocracia continuaram para que a conta dela no X fosse recuperada. Além disso, afirmou que o relatório da plataforma foi entregue para a Polícia Federal (PF) "somente" quatro dias depois.

Em seguida, a esposa do presidente da República diz que as plataformas estão permitindo que crimes de ódio sejam praticados livremente. "Não podemos permitir que as plataformas sigam lucrando em cima do ódio, coisa que tenho certeza que aconteceu no caso da invasão do meu perfil. Um hora e meia de monetização para o X", alegou. Ela finalizou dizendo que as mulheres querem se sentir seguras na sociedade e também no ambiente digital.

Um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF) que investiga os suspeitos do ataque hacker à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, é produtor de conteúdo musical com teor racista, sexista, misógino e nazista.

João Vítor Corrêa Ferreira, de 25 anos, é morador de Ribeirão das Neves (MG) e sua residência foi alvo de um mandado de busca e apreensão na tarde de terça-feira (13). No Spotify, sob o apelido "Maníaco", ele publicava faixas musicais de rock com apologias ao racismo, à misoginia e ao nazismo.

##RECOMENDA##

O perfil de "Maníaco" no Spotify já está fora do ar, mas contava com o selo de verificado pela plataforma. Ele tinha mais de 4 mil ouvintes mensais e quatro álbuns publicados com músicas ostensivamente preconceituosas. Questionada sobre o selo de verificado, a assessoria do Spotify esclarece que a política da plataforma para a cessão do selo é distinta de outras redes sociais. O perfil verificado só sinaliza que o usuário em questão é o artista que reivindica ser, e não configura, necessariamente, endosso da plataforma ao conteúdo produzido.

No álbum "O Sul é meu país", alusão ao lema separatista da Região Sul, a faixa "Ariano" continha versos de ataque à miscigenação, repercutindo teses de "supremacia racial" que basearam políticas da Alemanha nazista. Numa canção do álbum "Incel pardo", cujo nome faz referência a um movimento de orientação misógina, João Vitor fez referência explícita e positiva à violência contra a mulher. Em outra música, intitulada "Macumba", o autor deprecia nordestinos e religiões de matrizes africanas.

O perfil do "Maníaco" já está fora do ar no Spotify, mas as músicas têm sido republicadas por terceiros no YouTube. Procurada para esclarecer as diretrizes de conteúdo da plataforma, a reportagem aguarda o retorno da assessoria do YouTube Brasil.

Janja teve seu X, antigo Twitter, hackeado na noite de segunda-feira, 11. Durante pouco mais de uma hora, os invasores utilizaram a conta para publicar conteúdo ofensivo e de cunho sexual. A PF, desde então, tem investigado os suspeitos do ataque. O perfil de Janja no X foi bloqueado por meio de notificação extrajudicial da AGU e segue indisponível.

"Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo", afirmou a primeira-dama sobre o ataque hacker. "O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos, e os responsáveis, punidos", escreveu em seu Instagram.

Confira a íntegra do posicionamento do Spotify

As nossas regras de plataforma de longa data deixam claro que não permitimos conteúdo que promova o extremismo violento ou conteúdo que incite à violência ou ao ódio contra um grupo de pessoas com base no sexo. Após análise, removemos diversas músicas por violarem nossas políticas. Como sempre, o contexto é importante e o conteúdo que não incita claramente à violência ou ao ódio poderia permanecer na plataforma."

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (14), dois mandados de busca e apreensão contra o suspeito de invadir a conta da primeira-dama, Janja Lula da Silva, na rede social X (antigo Twitter). O hacker seria um adolescente de 17 anos, residente em Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal. O endereço de um familiar do menor também foi alvo de buscas. Essa foi a segunda ação realizada no âmbito da Operação, denominada “X1”, desde o dia 12.  

Ao todo, foram seis mandados de busca e apreensão, sendo dois no Distrito Federal e quatro em Minas Gerais, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo a PF, durante as apurações, ficou constatado que os possíveis envolvidos também tinham perfis e postagens na plataforma Discord, participando de grupos que trocavam mensagens de caráter misógino e extremista. 

##RECOMENDA##

Os suspeitos são investigados por difamação e invasão de dispositivo informático. Durante a invasão à conta, o hacker fez publicações ofensivas contra Janja, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ofensa às autoridades federais também será investigada. Pouco tempo após o crime, a conta foi bloqueada a pedido da Polícia Federal. 

 

A Polícia Federal cumpriu na terça-feira (12), em Minas Gerais, quatro mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito policial que apura o ataque hacker ao perfil da primeira-dama, Janja Silva, na rede social X. Segundo a PF, os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e as investigações seguem em andamento.

O perfil de Janja na plataforma X (antigo Twitter) foi hackeado na noite desta segunda-feira (11) e, no ataque, os invasores publicaram mensagens ofensivas e com xingamentos. 

##RECOMENDA##

Além da investigação da PF, a Advocacia-Geral de União (AGU) enviou notificação extrajudicial à rede social X, solicitando providências à empresa. 

Janja considera que as publicações mostram a realidade da misoginia e do machismo presentes no país. “O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos, e os responsáveis, punidos”, escreveu a primeira-dama em sua conta no Instagram.

Quatorze autoridades do 1º escalão do governo federal, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se manifestaram contra o ataque hacker sobre o perfil no X (antigo Twitter) da primeira-dama Rosângela da Silva.

Na noite dessa segunda-feira, 11, hackers invadiram a conta de Janja e publicaram ofensas contra ela e ao presidente Lula. Em menos de 24 horas, a Polícia Federal foi acionada e realizou uma operação contra os invasores, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou uma notificação extrajudicial para o X e ministros saíram em solidariedade à primeira-dama, aproveitando para defender a regulação das redes sociais.

##RECOMENDA##

Nas postagens, os hackers intercalaram mensagens de cunho sexual com outras direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ao presidente Lula e a políticos em geral. Foram publicadas cerca de 30 mensagens, até que o perfil de Janja, que tem mais de 1,2 milhão de seguidores, foi bloqueado.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou logo na noite de segunda-feira a abertura de investigação para apurar o caso. Nessa terça-feira, 12, a corporação realizou quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos em Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na ação, a PF apreendeu computadores e celulares. Os aparelhos vão passar por perícia nos próximos dias, e um dos objetivos é verificar se outras pessoas participaram do planejamento do ataque hacker.

Na noite dos ataques, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou uma notificação extrajudicial ao X cobrando uma "rápida solução" do caso. O órgão, comandado pelo ministro Jorge Messias, pediu que a plataforma congele a conta de Janja até o fim das investigações e preserve todos os registros e elementos digitais, como logs de acesso, endereços IP, mensagens diretas e quaisquer outras informações relevantes.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal também anunciou na segunda-feira que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas pelo governo. O chefe da Pasta, o ex-deputado federal Paulo Pimenta (PT), foi o ministro que mais comentou o caso. Foram cinco postagens, incluindo dois retuítes, contra o ataque hacker. "Canalhas criminosos hackearam o perfil da Janja. Serão identificados e responderão por mais esse crime. Os covardes que compartilham e comentam destilando seu ódio, preconceito e violência também serão identificados", escreveu Pimenta no X.

Já o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, aproveitou a situação para defender a regulação das plataformas digitais. "É espantosa, mas não surpreendente, a postura das redes sociais, particularmente da plataforma X (antigo Twitter), que falham miseravelmente em garantir a segurança do usuário. E o pior: ainda são lenientes e permissivas diante do discurso de ódio, da misoginia e da intolerância", disparou Almeida.

Além de Rodrigues, Messias, Pimenta e Almeida, outros 10 ministros publicaram ou retuitaram mensagens em apoio a Janja. São eles: Anielle Franco (Igualdade Racial), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Márcio França (Micro e Pequenas Empresas), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Cida Gonçalves (Mulheres), André Fufuca (Esportes) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

O presidente Lula publicou, por sua vez, uma mensagem às 12h53 dessa terça e cobrou o rigor da lei aos envolvidos. "As mulheres são as principais vítimas de crimes virtuais e não podemos tolerar mais episódios como esses contra as mulheres", escreveu o petista, ao postar uma foto ao lado da esposa.

Entre os ministros que não se manifestaram está o atual chefe da Pasta da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Ele tem um histórico de embates nas redes sociais e uma forte atuação a favor da regulação das plataformas digitais, mas tem evitado conflitos uma vez que é sabatinado pelo Senado nesta quarta-feira, 13, para uma vaga no STF. Apesar do silêncio de Dino, seu secretário-executivo, Ricardo Cappelli, contudo, retuitou a mensagem de Lula em apoio a Janja.

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou que o X (antigo Twitter), congele a conta de Rosângela da Silva, a Janja, na plataforma até a instalação do inquérito sobre o ataque hacker ao perfil dela na noite de segunda-feira, 11. Além de preservar a conta da primeira-dama, a rede social deve manter os registros digitais até o fim da investigação preliminar, que já está em curso na Diretoria de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal (PF).

Na notificação extrajudicial, o X é intimado a congelar a conta hackeada, "a fim de evitar danos adicionais", e preservar os registros de acesso, de modo a facilitar a identificação dos responsáveis pelo ataque. Segundo a notificação, todos os elementos digitais relacionados à conta devem ser mantidos, tais como endereço IP (identificação de um dispositivo na internet) e histórico de acesso. A AGU alertou que "a não observância das medidas requeridas será interpretada como lesão a direitos".

##RECOMENDA##

O ataque hacker foi anunciado às 21h37 de segunda-feira. Durante pouco mais de uma hora, o invasor utilizou a conta de Janja para publicar mensagens de cunho sexual e dirigir ameaças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a políticos no geral. Por volta das 22h45, as postagens já haviam desaparecido. A conta de Janja no X tem 1,2 milhão de seguidores.

Planalto condena ataque

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República repudiou "veementemente" a invasão à conta da primeira-dama. "A Polícia Federal e a plataforma X foram acionadas. Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Não serão tolerados crimes, discursos misóginos, o ódio e a intolerância nas redes sociais", diz a nota do Planalto divulgada ainda na segunda-feira.

A Polícia Federal, em nota, afirmou que a investigação preliminar teve início na noite de segunda e que o inquérito policial será instalado ainda nesta terça-feira, 12.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informou na noite desta segunda-feira (11) que Polícia Federal (PF) investiga o ataque hacker ao perfil da primeira-dama Janja Lula da Silva na plataforma X (antigo Twitter)

Na nota, a secretaria diz ainda repudiar "veementemente o ataque" e que a plataforma X também foi acionada para apurar o caso.

##RECOMENDA##

"Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Não serão tolerados crimes, discursos misóginos, o ódio e a intolerância nas redes sociais", completa. 

No ataque, os invasores publicaram mensagens ofensivas e com xingamentos.

A primeira-dama Janja da Silva Lula (PT) teve seu perfil no X, antigo Twitter, hackeado na noite desta segunda-feira (11). Nas publicações foram proferidos xingamentos contra a primeira-dama e o presidente Lula (PT).  A primeira mensagem foi publicada às 21h37 e vem com a assinatura dos supostos hackers, que se identificam como Ludwig e Smalkade.  A mensagens, em sua grande maioria, são de cunho sexual. 

Uma das mensagens em que o criminoso se passa por Janja está escrito: "Sou uma vagabund* estuprad*". Em outra mensagem, o hacker chama Lula de "vagabund*" e afirma que Janja trai o presidente com o jogador de futebol Neymar.

##RECOMENDA##

As publicações ainda citam o presidente T ribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que também é desafeto da extrema-direita. "Super Xandão, presidente do Brasil em 2026". 

Resposta aos ataques

Logo após os ataques foram identificados, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, se pronunciou sobre a situação. 

Segundo ele, os ataques serão investigados. "Serão identificados e responderão por mais esse crime. Os covardes que compartilham e comentam destilando seu ódio, preconceito e violência também serão identificados", escreveu no X. 

 

Aravés de suas redes sociais, o deputado federal Mario Frias (PL-SP) informou, nesta segunda-feira (11), que protocolou um requerimento de informações no Congresso Nacional para que a primeira-dama, Janja Lula da Silva, explique a sua declaração feita na Conferência Eleitoral do PT, na qual ela afirmou que “se tudo der certo”, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) logo estará preso.

“O que Janja sabe que nós não sabemos? O que está por trás da declaração dela ao dizer que “se tudo der certo, Bolsonaro será preso”? Queremos explicações”, escreveu o parlamentar da extrema direita.

##RECOMENDA##

No último sábado (9), outro a rebater a fala da primeira-dama foi o advogado e assessor de Bolsonaro, Faio Wajngarten. Ele ironizou, através das redes sociais, a fala de Janja: “Com a palavra quem mais tem experiência em prisões no Brasil. Resta saber o que precisa dar certo…???”.

Neste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou o ex-mandatário inelegível por duas vezes neste ano. Em junho, por 5 votos a 2, a Corte o enquadrou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que ele atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas no ano passado. Já em outubro, o TSE impôs outro revés a Bolsonaro e o condenou novamente à inelegibilidade por um novo placar de 5 votos a 2. O general Walter Braga Netto, vice na chapa, também foi declarado inelegível. Os magistrados também estabeleceram uma multa no valor de R$ 425 mil.

Ataques

Através dos comentários da publicação em que Mario Frias revela que protocolou o requerimento contra Janja, alguns seguidores fizeram ataques a Janja e ao presidente Lula (PT). Insultos como “garota de programa de cadeia” e “demônia” foram usados para atacarem a primeira-dama.

“E aí marmita requentada de presidiário, queremos explicações. Bando de estrumes”, escreveu uma seguidora. “Certíssimo! Tem que começar a botar pra cima dessa mulher porque ela acha que tá no topo do mundo”, afirmou outro internauta.

 

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou à militância do PT neste sábado, 9, que é preciso parar de usar o termo "bolsonarismo" e substituí-lo por "fascismo". Janja participou de uma mesa na Conferência Eleitoral e Programa de Governo PT, em Brasília, e afirmou que "se tudo der certo", o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) logo estará preso.

"Eu estou convencida que a gente precisa deixar de usar o termo ‘bolsonarismo’. Esse cara, o inominável, está inelegível e, se tudo der certo, logo ele vai estar ó (faz o símbolo de ‘atrás das grades’ com as mãos)", afirmou.

##RECOMENDA##

"A gente precisa começar a chamar as pessoas de fascista, porque é isso que elas são. É o fascismo que mata, que nos anula, que quer nos anular. Então, a gente precisa deixar esse período para trás e mudar, virar essa chave, começar a usar o termo ‘fascista’. Deixar esse cara lá no lugar que lhe é de direito para a história, que é nada, a lata do lixo."

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por duas vezes neste ano. Em junho, a Corte enquadrou o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas por 5 votos a 2.

Em outubro, o TSE impôs outro revés a Bolsonaro e o condenou novamente à inelegibilidade por um novo placar de 5 votos a 2. O general Walter Braga Netto, vice na chapa, também foi declarado inelegível. Os ministros também estabeleceram uma multa no valor de R$ 425 mil.

A Corte Eleitoral julgou três ações que atribuíram ao ex-presidente e ao general abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada nas comemorações do dia 7 de setembro de 2022. A maioria considerou que Bolsonaro e seu vice usaram as cerimônias oficiais para fazer campanha e tentaram instrumentalizar as Forças Armadas para turbinar sua candidatura.

Bolsonaro é investigado em inquéritos da Polícia Federal (PF) perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente é alvo, por exemplo, de apurações envolvendo o casos das joias e dos cartões de vacinação.

O ex-presidente é suspeito de ter feito uma intervenção, pessoalmente e por meio de funcionários do próprio gabinete, para conseguir para si a liberação de um conjunto de joias, dado pelo governo da Arábia Saudita. Como foi um presente institucional, ele deveria ser catalogado e incorporado ao patrimônio da União. O caso foi revelado pelo Estadão.

Em maio, Bolsonaro foi alvo de uma operação da PF e teve o celular apreendido. Ele é suspeito de ter fraudado o próprio cartão de vacinação e o da filha mais nova, Laura, antes de ir para os Estados Unidos, nos últimos dias de dezembro de 2022.

O ex-presidente afirma que não tomou nenhuma dose do imunizante contra a covid-19, mas a PF identificou que duas doses da vacina constavam do cartão do Conecte SUS. O ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, foi preso nesta investigação. O militar foi solto após fechar delação premiada.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou neste sábado, 9, que vai continuar acompanhando o marido, presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em encontros de trabalho. Em mensagem, durante a Conferência Eleitoral e Programa de Governo do partido, em Brasília, Janja rebateu críticas sobre as viagens que faz com Lula.

"Você fez uma fala ótima (dirigindo-se à Anne Moura, secretária nacional de Mulheres do PT) agora, que eu falei até esses dias numa reunião que eu estava lá no G-20. Todo mundo fica falando: ‘O que ela (Janja) está fazendo lá com o presidente? Ela não foi eleita’. Dane-se, eu vou estar sempre", afirmou a primeira-dama, sob aplausos da militância do partido.

##RECOMENDA##

"Ninguém me deu aquele lugar, eu conquistei."

Janja tem sido presença constante em viagens institucionais do presidente. A primeira-dama viajou à Índia com Lula, em setembro, quando o petista assumiu a presidência do G-20. Em novembro, afirmou que desejava ter um gabinete próprio no Palácio do Planalto, onde o marido despacha com auxiliares.

A primeira-dama participou da mesa "O Poder Político com a Cara do Brasil" sobre as eleições do ano que vem, durante a conferência petista deste sábado. Janja relembrou uma crítica que fez ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que afirmou que os homens precisavam dar mais espaço às mulheres.

Durante a conferência, a primeira-dama defendeu a entrada de mais mulheres na política e afirmou que as cotas "já não bastam". Desde 2009, os partidos e as coligações são obrigados por lei a destinar o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. A determinação vale eleições para Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.

Janja declarou que é preciso "superar um pouco esse discurso das cotas". A primeira-dama apontou que as mulheres devem "lutar por cadeiras" e "por equidade". Segundo a primeira-dama, "o sistema partidário e eleitoral do jeito que está posto no Brasil, a gente não consegue".

"Eu chego à conclusão que ele foi feito para isso mesmo, né, para a gente nunca conseguir", afirmou. "A gente precisa 50-50%."

A primeira-dama disse que ela própria fica "um pouco indignada" com "algumas fotos" de reuniões "que saem homens brancos". "Essa, infelizmente, ainda é a realidade da política. É por isso que a gente está aqui", afirmou. "Lutar por nosso espaço."

Em outubro, Lula recebeu críticas por derrubar a terceira mulher de seu governo e entregar o cargo a um homem. Rita Serrano perdeu a presidência da Caixa Econômica Federal porque o presidente aceitou ceder ao apetite do Centrão, entregando o posto a um homem. Pelo mesmo motivo, o petista também tirou Daniela Carneiro, do Turismo, e Ana Moser, do Esporte.

Quando foi eleito, Lula prometeu dar mais equilíbrio de gênero na composição de governo. O presidente anunciou o primeiro escalão com 11 mulheres - nem a metade da Esplanada, composta por 37 ministérios no início do governo. Agora, a gestão tem 38 pastas, com a criação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para abrigar Márcio França.

O presidente também foi cobrado a indicar uma mulher para duas vagas que abriram no Supremo Tribunal Federal (STF), mas não cedeu aos apelos, indicando dois homens.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou um ato do PL Mulher, no Rio de Janeiro, para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

A um público de políticos e simpatizantes, Michelle classificou a gestão de Lula, neste sábado, 25, como "governo bárbaro".

##RECOMENDA##

"Pai da mentira, sim. Filhos adotivos da mentira", disse Michelle, que preside o PL Mulher, ao sustentar que a administração petista acabou com políticas de respeito e valorização das pessoas com deficiência, incluindo cegos e com doenças raras.

Vestida com roupa branca e uma camiseta do PL Mulher, a ex-primeira-dama fez um discurso contra a legalização do aborto e a descriminalização das drogas. "Hoje, a gente sabe separar e a gente pode comparar um governo justo de um governo ímpio. Olha, não foi por falta de aviso", afirmou.

Michelle criticou Lula e Janja pelas viagens internacionais e disse que, no governo de Jair Bolsonaro, o marido e ela economizavam ao se hospedar em embaixadas, e não em hotéis de luxo. "Não precisa ficar fazendo tour pela Europa, fazendo tour pelo mundo. Fica mais um pouquinho no Brasil para ver a realidade do povo", disse.

"Eu tenho essa vocação do voluntariado. Quem não tem, quem tem vocação para viajar, que viaje, viaje, viaje, viaje... Faça álbum de fotos sentada em cima dos móveis. Se eu sentasse, o mundo tinha acabado", declarou Michelle, fazendo referência a uma entrevista dada por Janja ao jornal O Globo, na qual ela posou para fotos no Palácio da Alvorada.

Ao atacar o ministro Silvio Almeida, Michelle afirmou que o chefe da pasta foi condecorado um dia após a morte de um pai de família, numa alusão a Cleriston Pereira da Cunha. Preso por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, Cunha morreu no último dia 20.

"Para mim é desumano porque é um ministro do ‘todes’, que só tem trabalho para os ‘amigues’ e os ‘bandides’", ironizou a ex-primeira-dama, criticando a linguagem neutra usada por apoiadores do governo Lula.

Bolsonaro diz que eleição de 2022 é 'página virada'

Dando sequência a uma série de eventos do PL pelo Brasil, Michelle convidou mulheres a se filiar ao partido e a se candidatar. O partido de Bolsonaro tentará eleger o maior número de vereadoras e prefeitas em 2024, preparando o terreno para as eleições presidenciais de 2026.

Com o marido inelegível, a ex-primeira-dama é apontada como possível candidata da direita à Presidência. Sob o argumento de que é "a pessoa mais perseguida do Brasil", Michelle disse querer liderar um "movimento feminino, e não feminista".

No fim do ato, Bolsonaro subiu ao palco e fez um rápido discurso. Referindo-se aos adversários como "o lado do capeta", o ex-presidente voltou a questionar o resultado das eleições de 2022.

"Quem decidiu não foi o povo. O povo não foi respeitado", destacou Bolsonaro, insinuando que houve interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no resultado das eleições, sem apresentar qualquer prova. "Mas vamos considerar o ano passado uma página virada", completou. No palco estavam o governador do Rio, Claudio Castro (PL), parlamentares e outros aliados da família Bolsonaro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu a Ordem de Rio Branco, em uma homenagem póstuma, ao indigenista brasileiro Bruno Pereira e ao jornalista britânico Dominic Phillips, assassinados em junho de 2022 durante viagem pelo Vale do Javari, no Estado do Amazonas. A homenagem aos ambientalistas consta de decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (21).

Instituída no âmbito do Ministério das Relações Exteriores em 1963, a Ordem de Rio Branco tem o objetivo de "distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas" e, assim, "estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção". A comenda, criada em deferência ao Patrono da Diplomacia Brasileira, o Barão do Rio Branco, tem cinco graus: Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro, além de uma medalha anexa à Ordem.

##RECOMENDA##

Os homenageados receberam a insígnia pela categoria de "comendador". A Ordem é dividida em dois quadros - ordinário e suplementar - o primeiro destinado a agraciar diplomatas brasileiros da ativa e o segundo, diplomatas aposentados e demais pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.

Além do decreto dos ambientalistas, o Diário Oficial desta terça traz um série de outros que concedem a medalha a outras autoridades e instituições. Em um deles, Lula homenageia a própria mulher, a primeira-dama do País, Rosângela Lula da Silva, a Janja. No mesmo ato, também são condecoradas a segunda-dama, Maria Lúcia Ribeiro Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin, as ministras Margareth Menezes (Cultura), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão) e vários outros ministros do governo federal. Todos eles receberam a Ordem de Rio Branco no quadro suplementar no grau Grã-Cruz.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando