A ex-primeira-dama americana, Nancy Reagan, falecida no fim de semana, será sepultada na sexta-feira (11) ao lado do marido em uma cerimônia rivada na Califórnia, anunciou nesta segunda-feira uma fonte oficial.
O funeral começará às 11H00 locais (16H00 de Brasília) na Biblioteca e Museu Presidencial de Ronald Reagan situada em Simi Valley, a noroeste de Los Angeles. A capela ardente estará aberta ao público na quarta-feira e na quinta-feira para que os cidadãos deem seu último adeus.
A viúva do presidente Reagan, que governou o país 1981 e 1989, morreu no domingo em Los Angeles aos 94 anos, vítima de uma insuficiência cardíaca. O presidente Barack Obama ordenou na segunda-feira que as bandeiras da Casa Branca e de todos os prédios públicos tremulem a meio mastro em sua homenagem.
Nancy Reagan entrou para a história por ser muito mais do que a mulher do homem que governou o país entre 1981 e 1989. Foi sua sombra e seu grande apoio nos momentos cruciais de seu mandato, o que lhe rendeu muitas críticas.
"Redefiniu o papel de primeira-dama", disseram Obama e sua esposa, Michelle, pouco depois de conhecer a triste notícia.
Deu seu aval às pessoas que entravam e saíam da equipe do governo, apoiou o marido em sua estratégia por desmontar a União Soviética e acabar com a Guerra Fria, levantou a bandeira da luta contra as drogas e apoiou as pesquisas com células-tronco.
A maioria dos americanos se lembram dela pela descrição nos cuidados com o marido com mal de Alzheimer durante dez anos até a sua morte, em 2004.
"Tornou-se a voz de milhões de famílias que sofriam com a esgotadora e dolorosa realidade do Alzheimer", disse o casal Obama.
Ronald e Nancy Reagan se casaram em 4 de março de 1952, quando ambos tentavam se tornar astros de Hollywood. Tiveram dois filhos, se afastaram dos sonhos cinematográficos e ele entrou na política.
"Minha vida começou realmente no dia em que me casei com o meu marido", afirmou certa ocasião.