Fabrício Queiroz (Democracia Cristã), ex-policial militar e ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL), voltou a falar sobre a antiga família presidencial e sobre sua insatisfação diante do afastamento dos ex-aliados. Desde que se tornou investigado no caso das "rachadinhas", que também envolveu o senador filho de Jair Bolsonaro (PL), Queiroz afirma ter sido "abandonado" e diz sentir "ingratidão" por parte da Família Bolsonaro. “O castigo vem a cavalo”, chegou a afirmar em uma nova entrevista.
A declaração foi dada à revista Veja e divulgada nesta sexta-feira (15). O político relatou ter dificuldades financeiras e disse que perdeu o apoio de Jair durante um momento crítico de sua vida.
##RECOMENDA##"Bolsonaro foi presidente da República. Poderia arrumar algum lugar para eu trabalhar. Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da Michelle... Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse bandido, não deveriam me abandonar. Mas não tem mágoa com a família nesse sentido. Mas a gente vê o que acontece quando tem ingratidão. O castigo vem a cavalo”, disse.
A principal queixa do ex-militar, e assunto já abordado publicamente por ele antes, é a falta de apoio da família Bolsonaro nas eleições de 2022. Ele foi candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro, mas saiu derrotado das urnas e marcando expressividade baixíssima. "Queria muito o apoio deles para poder ganhar a eleição, mas não forcei a barra", afirmou. Atualmente, ele está filiado ao Democracia Cristã.
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Queiroz, que um dia foi do círculo mais íntimo da família, disse acreditar que Bolsonaro "se arrepende de ter sido presidente". "Só está tomando porrada", teve a família "exposta e não foi reeleito ao cargo". Em relação a supostas irregularidades envolvendo os integrantes da família, Fabrício diz que não tem o que declarar: "Ficam me cobrando isso. Eu sempre digo: 'vou inventar?' Vão dizer que quero extorquir e chantagear".
O afastamento do grupo aconteceu após o ex-policial ser acusado de operar um esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. Na época, o filho do ex-presidente era deputado estadual na cidade do Rio. Flávio e Queiroz entraram na mira do Ministério Público do Rio e foram apontados como líderes de uma organização criminosa. A Justiça, entretanto, anulou a denúncia contra os dois.