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Todos os filhos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram as redes sociais para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por relação com ditaduras de esquerda pelo mundo. As postagens foram publicadas na semana do início do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode deixar Bolsonaro inelegível por oito anos. A análise da ação pela Corte começou nesta quinta-feira (22).

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) publicou um vídeo antigo de Lula citando a relação entre o petista e o ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

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Em seguida, ele disse que o Brasil pode se transformar em uma ditadura de esquerda como o país vizinho. "É tudo invenção da sua cabeça! Vem Venezuela", ironizou, no último sábado (17).

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) insinuou que Lula faz tudo o que "prega e defende" o socialismo. "Cite um só país socialista que teve sucesso economicamente?", questionou Flávio no domingo (18). "O rico Lula vai implementando e escravizando cada brasileiro como um verdadeiro ‘encantador de serpentes’."

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilhou uma publicação do também deputado Mario Frias (PL-SP) que fala em "hipocrisia" de Lula pelo fato de o presidente ter criticado o dólar ao mesmo tempo que o Foro de São Paulo, encontro que reúne partidos de esquerda da América Latina, cobrar inscrições na moeda norte-americana.

Julgamento no TSE

O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, iniciado na quinta, analisa se Bolsonaro ficará inelegível por oito anos por abuso de poder político e dos meios de comunicação para obter benefícios na eleição de 2022. O então presidente reuniu embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em 18 de julho, para atacar, sem provas, o sistema de votação eletrônico brasileiro.

No último domingo, em evento de filiação de prefeitos ao PL na cidade de Jundiaí (SP), ele disse que "os indicativos não são bons", mas que está "tranquilo" em relação ao desfecho da votação.

Nesta sexta-feira (23), o ex-chefe do Executivo disse acreditar na possibilidade de o ministro Raul Araújo Filho, do TSE, pedir vista no processo. Ele afirmou que o magistrado é conhecido por ter "apego à lei". "O primeiro ministro a votar depois do relator, o ministro Benedito, é o ministro Raul. Ele é conhecido por ser um jurista com bastante apego à lei. Apesar de estar em um tribunal político eleitoral, há uma possibilidade de ele pedir vista. Isso é bom porque ajuda a gente a ir clareando os fatos", afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha. A Corte continuara o julgamento na próxima terça-feira (27).

Cerca de seis horas após a derrocada do ex-ministro da Justiça Sergio Moro e seu pronunciamento que questionou a honestidade do presidente da República, o clã Bolsonaro perdeu quase 90 mil seguidores nas redes sociais. Motivo de orgulho, o quantitativo de fãs virtuais sempre foi exaltado por Jair Bolsonaro.

Pela primeira vez desde 2017, Jair e os filhos Carlos, Eduardo e Flávio, sofreram uma retração aparente em suas contas oficiais. Segundo levantamento da consultoria Bites, 86.427 pessoas abandonaram a família nessa sexta-feira (24), de acordo a publicação da Época.

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Com a polêmica mais uma vez assumindo o cenário político, os governadores João Doria (PSDB) e Wilson Witzel (PSC) acabaram conquistando 7 mil e 3 mil seguidores, respectivamente.

 

Se é verdade que o clã dos Novaes, que trava uma disputa antiga com a família Ferraz, no interior pernambucano, mais precisamente no município de Floresta, perdeu uma “batalha” em referência a então prefeita Rorró Maniçoba não ter conseguido eleger o candidato que apoiou na eleição para prefeito da cidade sertaneja no ano passado, não menos verdade é que os Novaes tem somado forças ao longo dos anos. 

Para começar, um dos grandes feitos da família, com o apoio de Rorró, foi ingressar membros da família na política. Na nova geração, destaque para o deputado federal licenciado Kaio Maniçoba (PMDB), filho de Rorró. O recifense não chama atenção apenas pela desenvoltura que vem obtendo, apesar da pouca idade, como também por ele ter conseguido um feito no provável longo futuro na política: aos 31 anos, em 2014, foi o primeiro parlamentar do Sertão de Itaparica com representação em Brasília. Para se ter uma ideia, Kaio conseguiu uma conquista desejável entre os políticos: disputou e venceu a vaga para deputado federal em seu primeiro cargo eletivo sem mesmo passar por mandatos de vereador e deputado estadual desbancando até mesmo parlamentares experientes. 

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Kaio, em meados deste ano, conseguiu mais uma conquista que deve dar ainda mais força à família, principalmente, quando se trata da disputa eleitoral de 2018. Ele recebeu o convite do governador Paulo Câmara (PSB) para assumir um sonho de políticos experientes e de antigos aliados: compor o secretariado do pessebista, no caso de Kaio a proposta de assumir o posto de secretário de Habitação de Pernambuco, uma das pastas mais disputadas do governo, o que sem dúvida aumentou o seu poder, mas também a vaidade alheia. 

No discurso de posse, em julho passado, Maniçoba fez um discurso com promessas já esperadas: “trazer coisas novas, novos pensamentos e novos ares”, disse. Como a vantagem de possuir um mandato federal, do qual se licenciou, ele chegou a dizer que iria aproveitar sua influência “para fazer a ponte em Brasília” com o objetivo de ajudar as famílias pernambucanas, apesar das dificuldades e déficit habitacional que o estado enfrenta. 

Sem esquecer Floresta

Além do cargo recente assumido, possivelmente pensando no futuro próximo, o secretário estadual continua mantendo os laços com Floresta. Há pouco, fez questão de comemorar o seu aniversário na cidade sertaneja, durante um evento realizado em praça pública. “Pude sentir a vibração positiva do meu povo. Mais de 10 mil pessoas celebrando junto com a minha família. Foi uma surpresa boa e momento de muita emoção para mim. Agradeço de coração a todos que estiveram presentes, pois tenho certeza que esse encontro diz muito sobre o futuro”, deixou o recado em mensagem na sua página do Facebook. 

Sempre presente na cidade, recentemente, o secretário conseguiu ajuda do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), para a construção de uma quadra poliesportiva no Instituto Federal. Semana passada, Kaio esteve em Floresta com o auxiliar ministerial de Michel Temer (PMDB) para um evento onde foi assinada a ordem de serviço para o início das obras. “A quadra é uma necessidade da instituição e vai ser mais um instrumento para melhoria da oferta dos serviços que toda a região já reconhece como de excelente qualidade. Esse é um pedido que fiz pessoalmente ao ministro”, disse sem modéstia. 

Novaes na Alepe

Um pouco menos em evidência no cenário político atual, o deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) também vem construindo o seu currículo. Ele, que é fundador e vice-presidente estadual do Partido Social Democrático (PSD), é filho de Vital Novaes, que foi deputado estadual durante seis mandatos consecutivos. 

Formado em advocacia, Rodrigo também decidiu seguir a trajetória política. Em 2008, foi eleito vice-prefeito de Floresta. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual. No seu perfil do Facebook, ele destaca que é um “defensor intransigente do desenvolvimento do sertão e da valorização da família”. Também garante que faz política “com amor e dedicação”. 

Nos bastidores, comenta-se que o deputado tem intensificado sua caminhada no sertão já preparando o campo para 2018. 

O futuro de Rorró Maniçoba

Após comentários de que Rorró Maniçoba poderia disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no ano de 2018, a ex-prefeita de Floresta por dois mandatos [2008 a 2016] desmentiu. Em entrevista ao LeiaJá, em meados deste ano, ela descartou essa possibilidade.

Rorró, no entanto, foi direta ao falar que vai continuar na política ajudando Kaio, Rodrigo e o governador Paulo Câmara (PSB) ressaltando que todos compõem o mesmo grupo. “Ajudar Kaio e o nosso governador (...) eu tenho o eu candidato que é Rodrigo Novaes, primo do meu marido. Nós somos um grupo”, foi categórica em referência a disputa do próximo ano. 

Na posse de Kaio, na Secretaria Estadual de Habitação, o próprio governador fez um elogio diretamente para ela afirmando que Rorró “foi uma grande prefeita” e que “Kaio trazia no DNA o compromisso de trabalhar”. 

Apesar das palavras de Paulo Câmara, no início deste ano, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), em fevereiro passado, ela foi condenada a devolver R$ 483 mil. De acordo com uma auditoria do tribunal, foram encontradas irregularidades em um contrato para consultoria jurídica para a cobrança do ISS em obras públicas, que também incluía a Transposição do Rio São Francisco. 

A família Ferraz, bastante conhecida pela briga travada com o clã dos Novaes, está em evidência no interior de Pernambuco, mais especificamente em Floresta, município que fica a mais de 400 quilômetros do Recife. Apesar da bandeira branca representando um “tempo de paz” entre as duas famílias, os Novaes não devem ter ficado nem um pouco satisfeitos com a mais recente vitória dos Ferraz em uma disputa bastante acirrada: o comando da cidade sertaneja na eleição de 2016. 

O então candidato e atual prefeito Ricardo Ferraz (PRP) foi eleito com 48,95% dos votos, o que equivale a 9.036 votos. Ele disputou com Obadias Novaes (PSD), que obteve 44,96%, e Rinaldo Novaes (PT), que conseguiu apenas 6.09%. A vitória de Ricardo Ferraz reacende uma briga histórica já que Obadias foi apoiado pela então prefeita Rorró Maniçoba, dessa forma, os Novaes não conseguiram fazer sucessor na prefeitura mesmo após Rorró ter sido gestora por dois mandatos. 

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Em seu discurso de posse, Ricardo foi discreto e não tocou no assunto da disputa, mas alfinetou ao falar que vai trabalhar para uma cidade que seja capaz “de trilhar um novo tempo”. “Se pregamos mudanças e o povo de Floresta nos ouviu e nos atendeu é porque sabemos da sua necessidade. Queremos uma Floresta ativa, promissora e respeita”. Ferraz também ressaltou que “entraves”, sem detalhar, inibiram o progresso e o desenvolvimento do município. “Podemos fazer mais e construir um novo tempo”, garantiu. 

O prefeito também disse que deseja um país sem escândalos, que seja limpo, vacinado e contra dos desmandos e corrupção. “Temos um pais rico de recursos naturais com gente trabalhadora e uma das dez maiores economia no mundo, infelizmente hoje falta quase tudo. Queremos um Brasil sem mensalão”, ressaltou. 

Ricardo Ferraz não foi o único que conseguiu o feito no ano passado. Mais um membro da família alcançou uma conquista expressiva: o vereador que obteve maior número de votos foi André Ferraz, que alcançou 1.829 votos. Um número bem acima do segundo colocado, o parlamentar Kiel (PSD), que obteve 1.080 votos.

André garantiu, logo após o resultado, que nunca iria virar as costas para o povo e que não iria decepcionar e também agradeceu pela vitória do prefeito. “Disseram no mercado público que iam ensinar a gente a fazer política. A gente que ensinou a eles. Ricardo Ferraz mostrou como se faz política. O tostão venceu o milhão deles”.

Ele chegou a ironizar. “Interessante, Ricardo entregou a chave da prefeitura a Rorró e Rorró vai entregar a ele de volta. Espero que entregue a prefeitura como Ricardo entregou: limpa e sem dívida, porque se tiver com dívida a gente está lá para largar o cacete nela”, cravou. O terceiro mais bem votado foi Chichico Ferraz (PTB), que teve 1.059 votos.

Confira o discurso de André Ferraz:

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Rivalidade entre famílias

A brigas entre os Novaes e Ferraz, de Floresta, data de 1913 sendo fruto da disputa pelo poder. Na conta dos expressivos sobrenomes, muitas mortes e episódios de terror. Para evitar mais assassinatos, chegou uma época em que a Justiça proibiu os motoqueiros/motociclistas de usarem capacetes na cidade com objetivo de quem um pistoleiro entrasse na cidade e matasse alguém sem ser possível reconhecê-lo como o que aconteceu com o então prefeito Oscar Ferraz, em 1999, que foi assassinado perto da sua casa em uma emboscada por homens que estavam em motocicletas. 

Também chegou a ser proibido o uso de fogos de artifício durantes as festas juninas. A Justiça alegou, no ano passado, como um dos motivos “a queima de fogos em direção de residências de adversários políticos e/ou comemoração a novos apoiadores, de modo a acirrar ainda mais os ânimos gerando violência”. 

 

Que o racha com o PSB e a filiação do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) em outro partido já era esperado com os últimos acontecimentos somado ao fato de não ter conseguido o “protagonismo” desejado na legenda, mas claro ainda será o cenário que está sendo formado: a briga de poder do clã Coelho para a eleição de 2018. Em mais de 50 anos de atuação na política pernambucana, a família promete novidades na próxima disputa eleitoral. 

Além de FBC, o primo dele, o deputado federal Guilherme Coelho (PSDB); os dois filhos do senador: o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, com dos dias contados no PSB; e o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, que já pediu a desfiliação da sigla, irão se unir na disputa do próximo ano ainda sem saber ao certo até onde podem chegar.

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O fato é que Bezerra Coelho já iniciou, com cada vez mais intensidade, as críticas à gestão do governador Paulo Câmara (PSB) chegando a afirmar, no mês passado, que “ninguém mais” quer fazer parte do projeto político do pessebista. Não se sabe se FBC vai correr atrás do sonho conhecido e notório de se tornar governador do estado no próximo ano ou se a estratégia do grupo será que Fernando Filho venha a disputar a vaga de governador enfrentando Câmara.

Isso não é negado pelo senador. Ele afirmou, em uma entrevista, que o auxiliar ministerial de Temer está pronto para a disputa. “É um quadro promissor. A alternativa de Fernando Filho disputar o governo existe”, já alertou.

Não é apenas o futuro dos dois que estão postos em 2018. Comenta-se que o senador vem trabalhando para ingressar mais um filho, Antônio Coelho, que atualmente mora nos Estados Unidos. Ele tem 19 anos e as possíveis articulações são para que concorra à vaga de deputado estadual. Ao LeiaJá, no entanto, Miguel já chegou a contar que havia “uma regra” na família: só pode ser político depois que se forma. 

Um peso crucial nessa conjuntura que está sendo formada é Miguel Coelho, prefeito da quinta maior cidade de Pernambuco. O pessebista, aos 27 anos, conseguiu a vitória na primeira vez que disputou um cargo de prefeito desbancando o ex-vereador Ednaldo Lima (PMDB), o candidato escolhido pelo então experiente prefeito, Júlio Lóssio (PMDB). 

Miguel pode angariar aliados a favor dos Coelho. Recentemente, o senador Armando Monteiro (PTB) foi até Petrolina para um encontro com FBC e o prefeito. Na reunião, o jovem prometeu mais de R$ 3 milhões em emendas parlamentares aos políticos para projetos envolvendo o esporte e o turismo na cidade. Armando, na ocasião, desconversou afirmando que foi tratado o cenário econômico e político nacional por causa “da grave crise instalada” no país. 

Soma-se, ainda, a todo esse contexto “o perdão” que ocorreu, no ano passado, entre o deputado Guilherme Coelho e FBC. A aliança que foi anunciada, pouco antes da disputa eleitoral de 2016, rompeu com um racha político de 30 anos. Logo após a união pregada, Miguel Coelho fez um discurso dizendo que seria “eternamente grato” pelo gesto de Guilherme. Também avisou que a partir dali estava se construindo “uma ponte” que iria gerar grandes frutos para Petrolina. 

Influência de FBC

Dos 4 filhos do senador FBC, tanto Miguel e Fernando não negam que a trajetória do pai foi um espelho para seguir a mesma trajetória. Em entrevista ao LeiaJá, Fernando já afirmou que sempre o acompanhou, o que muito contribui para a escolha do seu caminho. Ele também confessou que, em muitos momentos, o pensamento e o modo de agir é diferente do senador, mas que nem por isso deixa de admirá-lo e escutá-lo. 

Miguel segue a mesma linha. De acordo com ele, aos 11 anos de idade, já o seguia nas agendas que cumpria ainda quando ele era prefeito da cidade. “Terminou que a política foi uma consequência para mim. Eu me formei em Direito, sou advogado. Estava em São Paulo trabalhando, exercendo a advocacia, quando surgiu a possibilidade da campanha de 2014 para deputado estadual tanto que minha candidatura aconteceu em março”. 

Uma matéria publicada no site da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) detalha um pouco da antiga história dos Coelhos, que remota ao ano de 1947. “Quando o médico Nilo Coelho, falecido em 1984, entrou para a política aos 26 anos de idade como candidato a deputado estadual. Exerceu quatro mandatos, foi governador de Pernambuco (1967 a 1971) e, ainda, senador da República no período de 1979 a 1983. Nilo Coelho foi responsável pelo crescimento de Petrolina, transformando o município em um dos maiores exportadores de frutas do país”, explica uma parte do texto. 

Quem pensa que a família Bolsonaro é uma das únicas que conseguiram concentrar um poder e notoriedade que parece difícil de ser desfeito, está enganado. Não é preciso ir muito longe para conhecer um grupo pernambucano que, embora de forma mais discreta, mas também com um perfil conservador, tem conseguido concentrar forças e se perpetuar na política ao longo do tempo e de forma cada vez mais crescente: o clã dos Ferreira.

A família em alta é formada por Anderson Ferreira (PR), prefeito de Jaboatão dos Guararapes, que conseguiu derrotar no segundo município mais populoso até mesmo o candidato do então prefeito Elias Gomes (PSDB) e outros nomes conhecidos que já vinham tentando em outra eleições comandar a cidade como o deputado estadual Cleiton Collins (PP), bem como compõe o grupo o seu irmão, o deputado estadual André Ferreira (PSC); o vereador do Recife Fred Ferreira (PSC), casado com a irmão de André e de Anderson; e o patriarca da família, o ex-deputado Manoel Ferreira. 

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A ascensão da família é, também, explicada por um forte aliado que ajudou a eleger outros candidatos no Recife que, até então, eram desacreditados: os Ferreira atuam no segmento evangélico. Com esse mote e com a força somada, uma das maiores pretensões é devolver ao patriarca Manoel um posto que conseguiu manter durante 24 anos: o de deputado estadual de Pernambuco. Ao todo, foram seis mandatos sendo o último encerrado em 2010. 

A ambição da família não para por aí. A especulação cada vez mais cogitada é que André Ferreira, 44 anos, que foi por três mandatos vereador do Recife antes de assumir uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em 2014, pretenda alçar um voo bem mais alto: ser candidato ao Senado Federal no próximo ano. Se baseado nos expressivos números alcançados, André tem chances: apesar de ser o primeiro mandato na assembleia, ele foi o quarto parlamentar mais bem votado de Pernambuco desbancando figuras conhecidas e experientes dentro da Casa. Como vereador, ele foi o mais votado do Recife na disputa de 2008 e 2012.

Na mesma linha, o novato Fred Ferreira foi quem coordenou as três últimas campanhas eleitorais dos cunhados e já chegou na Câmara de Vereadores do Recife para assumir seu primeiro mandato, eleito em 2016, em destaque:  aos 39 anos, foi o terceiro mais votado da Casa e já ocupa a segunda vice-presidência da Mesa Diretoria. O próprio perfil do político, disponível no site da Casa José Mariano, admite: “O sobrenome Ferreira foi incorporado porque esta família tem feito política de forma diferenciada e Fred faz parte dela”. 

Por sua vez, o prefeito Anderson Ferreira, aos 44 anos, é deputado federal licenciado sendo também um dos mais votado entre os parlamentares. “Quando eu fui eleito disseram para mim que Brasília era difícil e que daqui que eu aprendesse a andar em Brasília iria levar anos e eu, em quatro anos de mandato, eu não só apenas dobrei, mas tripliquei a minha votação. Eu tive o triplo da votação que eu tive no primeiro mandato e fui o quinto mais votado sem ter um prefeito me apoiando”, disse sem modéstia, durante entrevista ao LeiaJá, logo assim que assumiu a Prefeitura de Jaboatão. 

Perfil conservador e religião

Anderson Ferreira é autor do projeto Estatuto da Família [6583/13]. A proposta foi alvo de muitas críticas, principalmente, dos grupos ligados aos movimentos em defesa dos homossexuais por ter definido a família como formada por homem e mulher. No entanto, ele já negou ser homofóbico e se defendeu afirmando que a imprensa polemizou ao divulgar um único artigo, que era o conceito de família, em uma proposta que traz um conjunto de políticas públicas para valorizar a família. “Então, o meu projeto nunca foi preconceituoso. Se rotularam meu projeto como preconceituoso, esqueceram dos programas sociais do PT, que tem o apoio do PSOL, eles também se balizaram no mesmo conceito que eu me balizei, que foi a Constituição brasileira”, chegou a dizer.

Anderson também garantiu que, apesar de ser evangélico, iria exercer o mandato valorizando e respeitando o próximo sem abrir mão de seus princípios. No mesmo caminho, Fred também já afirmou ao LeiaJá que seu mandato é voltado, prioritariamente, para defender “o evangélico e o evangelho em si”, mas que não se restringia a isso. “Minha ação não é pautada só para o evangélico, mas para as pessoas que me procuram, que votaram em mim”. 

Projetos polêmicos

Apesar de uma atuação ainda tímida por seu o primeiro mandato, Fred é autor de um projeto bastante polêmico e que foi criticado por muitos: conceder o Título de Cidadão do Recife ao pastor Silas Malafaia, que já teve seu nome envolvido a um esquema de ocultação e dissimulação de dinheiro. 

Na justificativa, o vereador disse que Malafaia é “um servo de Deus, que tem como principal objetivo defender a fé cristã, os princípios e os valores éticos, moral e espirituais da igreja de Jesus Cristo”. “Ele tem um trabalho social muito relevante nas comunidades, tirando as pessoas das drogas, fazendo algo onde o poder público não chega. Pessoas como ele, do porte desta grandeza, com a relevância que ele tem na sociedade, acho que foi benéfico e muito positivo em trazer essa pauta aqui para a Casa e dar esse título recifense para o pastor Silas”, argumentou. 

O cunhado André, na época em que era vereador, também foi autor de projetos polêmicos como a afixações de cartazes ou placas informativas sobre Assistência Religiosa em locais visíveis nas portarias e recepções de hospitais. 

Religião e política 

Ajuda os Ferreira o fato de ser uma das famílias com maior representação evangélica em Pernambuco. Só para se ter uma ideia do poder do segmento, entre os 39 vereadores eleitos em 2016 para compor a Câmara do Recife, os três mais votados tem base evangélica: a missionária Michele Collins, do Partido Progressista (PP), foi a mais votada com 15.357 votos, seguida por Irmã Aimée, do Partidos Socialista Brasileiro (PSB), com 14.338 votos, e Fred Ferreira, como já dito, com 14.277 votos.

Em sua página do Facebook, é comum Fred mostrar seu dia a dia na Câmara, bem como presença e participações em cultos e inaugurações de templos, como também uma forte presença de sua família com frases de agradecimento. As artes publicadas semanalmente também fazem referência aos dois temas: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”, “Deus, obrigada por nunca desistir de mim”, “Quando não souber o que fazer, ore”, entre outras. Em seu primeiro discurso na câmara, ele destacou: “Agradeço a Deus, a minha família e a cada um dos 14.277 votos. Vou retribuir toda essa confiança com trabalho e compromisso com a nossa cidade”. 

No primeiro ato na Prefeitura de Jaboatão, Anderson fez o mesmo: “Quando assumimos a prefeitura, no dia da posse, nosso primeiro ato, dentro do gabinete, foi de agradecer a Deus pelo privilégio de poder governar essa cidade”, disse na época. O pai Manoel não ficou para trás. Ele já definiu, anos atrás, que as vitórias dos filhos André e Anderson como “dádiva de Deus” e já falou que “Deus faz o impossível”. 

André, no entanto, já ponderou e declarou que, apesar dos votos desses representantes, houve expressivos votos de outra parte da população. 

Política séria x promessas

De acordo com Anderson, contribuiu para a sua vitória, que deve se perpetuar no discurso dos outros membros, o fazer uma política séria. “Meu voto não é comprado, é conquistado, é assim que eu aprendi fazer política: com ética, sem promessa, mas, dizendo como vou fazer, com quem vou fazer e fazendo”, garantiu. 

Durante a campanha, o republicano também fez muitas promessas dizendo que colocaria Jaboatão em uma posição “digna”. Também ressaltou que iria bater na porta dos senadores pernambucanos, deputados federais e ministros porque seriam “seus amigos pessoais”. No entanto, muitas das promessas ainda parecem estar na teoria com algumas obras já iniciadas como recuperação de vias da cidade e outras menores como ações voltadas para a população que mais necessita promovendo mutirões. 

 

Entre as dificuldades, Anderson garantiu que encontrou um rombo de R$ 15.463.034,81 na previdência municipal. “Foi uma pedalada fiscal que resultou no rombo superior a R$ 15 milhões. O que nós queremos é uma análise profunda porque foi uma coisa premeditada. Tanto que a gestão passada continuou insistindo no crime”, denunciou. 

Jair, Eduardo, Flávio e Carlos poderiam ser nomes comuns se não tivessem um sobrenome que remete a “polêmicas” e “poder” à vista de muitos: Bolsonaro. O clã da família começa pelo pai Jair Bolsonaro (PSC). Sua trajetória na política, para o bem ou para o mal, fala por si só: ele já cumpre o sétimo mandato na Câmara dos Deputados. Se isso já revela um pouco da influência do deputado, mais um fato surpreende: os mandatos que ele exerceu foram consecutivos, ou seja, passará 28 anos ininterruptos no cargo parlamentar.

O “poder de Jair Bolsonaro” o fez conseguir algo comum entre políticos: ingressar os filhos na carreira. Sendo assim, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC), 33 anos, também exerce o mesmo cargo do pai e se encontra em seu primeiro mandato na Câmara. Além disso, Eduardo segue um perfil parecido com o do pai: polêmico, posturas duras e não se intimida ao falar sobre temas diversos. 

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Por sua vez, Flávio Bolsonaro (PSC), aos 36 anos, segue o mesmo caminho: é deputado estadual pelo estado do Rio de Janeiro, desde 2003, e foi eleito para o quarto mandato em 2014. Um pouco mais discreto, ele também é de comentar e defender o pai, no entanto, de uma forma mais ponderada. Carlos Bolsonaro (PP), o menos polêmico, é vereador do Rio de Janeiro, mas aos 34 anos, já exerce o quinto mandato. Em 2016, Carlos foi o vereador mais votado entre os concorrentes. 

O “crescimento” da família, mais especificamente do pai, provavelmente, o levará a um patamar sonhado por muitos políticos e alcançado por poucos: o de disputar a presidência da República. Jair, em processo para ingressar em outro partido, já é pré-candidato, inclusive tem conseguido posições de destaques nas pesquisas eleitorais que têm sido divulgadas. Nas últimas, até mesmo, chegou a empatar e passar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Bolsonaro, recentemente, também chegou a cogitar deixar o país, caso não vença a eleição de 2018. “No meu entender, se tivermos em 2019 um governo que seja do PT, PSDB ou do PMDB, acho que vai ser difícil eu pensar em permanecer no Brasil porque a questão ideológica é tão ou mais grave do que a corrupção”, disse. 

Novidade ou retrocesso?

Parte da população está dividida quanto à opinião sobre a família Bolsonaro. Um grupo acredita que, por exemplo, caso alcance a presidência, Jair Bolsonaro irá “colocar ordem” no país. Sua imagem ainda está muito atrelada a isso por ser militar da reserva formado na respeitada e disputada Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), localizada no Rio de Janeiro, mais precisamente no município de Resende. 

Já outros justificam o crescimento de Jair Bolsonaro como uma forma de “protesto” devido aos escândalos de corrupção que tem tomado o país. O possível concorrente de Bolsonaro, na disputa do próximo ano, o ex-presidente Lula chegou a dizer que ele é fruto do analfabetismo político. 

“Essa figura [Bolsonaro], no fundo, é resultado do analfabetismo político no Brasil. Você passa a compreender que, fora da política, você vai encontrar um cara que é diferente e que pode resolver, ou um político grotesco como é essa figura, que ofende as mulheres, que ofende negros. É um cidadão que não tem o mínimo de respeito com as pessoas. O Brasil tem que negar isso”, disparou o líder petista. 

Crescimento em um sistema desgastado

A doutora em Ciência Política Priscila Lapa explica que a evidência de família Bolsonaro justifica-se pela atual crise de representatividade no sistema político, no qual o modelo se desgastou. “As pessoas não estão com crenças em partidos, não estão com crenças em instituições, pelo contrário as pessoas estão achando que todos esses têm contas a pagar, que estão envolvidos de alguma forma em escândalos de corrupção e, sobretudo são incapazes de retirar o país da crise. Há uma visão de que todos estão, de alguma forma, envolvidos e piorando a situação do que retirando o país de uma situação de crise”.

Dessa forma, Lapa destaca que essa força bolsonariana desperta, entre o segmento conservador, a capacidade de resgatar a esperança do eleitor e de trazer uma proposta concreta de retirar o país dessa situação. “Eu acho que ele tem capitalizado votos, é uma liderança polêmica, mas que faz um discurso voltado para um segmento do eleitorado mais conservador, que sempre existiu e que nos últimos tempos está mais evidente. Esse modelo de pessoas que têm valores mais conservadores nunca deixou de existir. Em alguns momentos eles ganham mais expressão política ou menos. Vivemos um momento do ressurgimento desses valores em razão dessa descrença”. 

A cientista diz que o deputado Jair Bolsonaro consegue fazer uma boa protagonização nesse contexto. “Há uma disponibilidade na sociedade de aceitar esse tipo de discurso porque ele gera a confiança do eleitor. Bolsonaro consegue causar no eleitor a sensação de que é uma boa aposta e tem uma certa coerência no que ele está discursando com a história política dele e com o partido com o qual é filiado. Identificam nele a última esperança de botar moral. Ele puxa pela questão da moralidade, o que tem conquistado a atenção porque as pessoas estão muito desprovidas de pessoas que sejam exemplos dessa moralidade, mas de fato é um voto muito concentrado nesse segmento”. 

No entanto, ela destaca que um dos elementos que mais enfraquece Bolsonaro, caso concorra à presidência do país na eleição de 2018, é esse discurso voltado mais para um segmento da sociedade. “É um voto concentrado. Para uma eleição majoritária, ele precisa ter uma visão mais ampla que represente o interesse de mais de um segmento social. Não é um discurso majoritário”. 

“Bolsonaro só cresce se fizer aliança. Ele não tem a capacidade de vencer sozinho. Eu acho que só cresce se também consiga trazer forças não tão conservadoras e uma boa plataforma para a eleição. Acho que a eleição mais uma vez vai ser decidida pela questão da economia. Temos uma crise moral esse viés moral pode desequilibrar, mas não vence sozinho. A variável decisiva vai continuar sendo a economia. Se as pessoas perceberam que o candidato tem capacidade de reverter a crise, elas vão apostar nesse candidato e ele não tem esse discurso, ele não passa essa segurança”, concluiu. 

Posturas agressivas

Os Bolsonaros também, muitas vezes, são condenados por posturas agressivas. Um dos maiores casos envolvendo Jair remete ao episódio no qual ele declarou que a deputada federal Maria do Rosário (PT) não merecia ser estuprada porque “era muito feia”. Jair chegou chamar a parlamentar de “vagabunda”. 

Eduardo também não é de ficar calado. Nesta semana, ao tentar defender o seu pai, em uma confusão que iniciou por uma invasão feita por criminosos nas redes sociais do cantor Tico Santa Cruz, Eduardo, o parlamentar revidou. Entre os comentários, alguns com o tom elevado: “Se quiser dizer o que um deputado deve fazer, candidate-se e mostre que faz melhor porque quando nós vimos na Câmara você só botou dois machos para se beijar”. 

Já Flávio já deixou um recado aos políticos dizendo que nem ele, nem tampouco os irmãos e o pai queriam se misturar. “Tudo o que a gente quer é não se misturar com as pessoas que estão fazendo aí esse tipo de política. Esse teatro lamentável. Alguns deputados podem até ter votado em função da governabilidade, acreditando, mas a massa ali votou em troca de alguma coisa”, chegou a dizer a respeito da votação sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). 

Bolsonaro quando chegou em Brasília, para cumprir seu primeiro mandato, tinha o foco maior de atender aos interesses dos militares, que foi a sua primeira base eleitoral. Com o tempo foi passando a consolidar posições mais fortes em relação à segurança pública, homossexualidade e até mesmo já disse ser contra as cotas. Eduardo Bolsonaro, recentemente, foi até o Supremo Tribunal Federal (STF), junto a outros parlamentares e delegados para impetrar uma ADO – Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – para garantir o acesso à arma de fogo ao cidadão, já defendido pelo pai. 

 

 

 

 

Entre junho de 2015 e 2016, Kris Jenner e suas cinco filhas, Kim, Kourtey, Khloé, Kendall e Kylie, arrecadaram juntas uma quantia de 122,5 milhões de dólares, aproximadamente 418 milhões de reais. Juntas, aliás, elas conquistaram as seis primeiras posições do ranking de celebridades que mais lucraram no ano.

No topo está a mamãe de North e Saint West, que conquistou 51 milhões de dólares, aproximadamente 178 milhões de reais, muitos deles conquistados com seu jogo Kim Kardashian: Hollywood.

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A irmã que fica em segundo lugar nessa lista é Kylie Jenner, com a quantia de 18 milhões, aproximadamente 63 milhões de reais. Kendall Jenner vem em seguida com 17 milhões de dólares, mais de 59 milhões de reais, enquanto Khloé Kardashian conquistou 15 milhões, mais de 52 milhões de dólares, e Kourtney Kardashian 10 milhões de dólares, mais de 35 milhões de reais.

Motoristas que ainda não renovaram o Certificado de Licenciamento Anual (CLA) terão uma nova oportunidade. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE) definiu novas datas para a apresentação do novo documento. Os condutores poderão circular com o veículo do ano passado até o último dia dos meses de julho, agosto e setembro.

Os meses variam de acordo com a terminação das placa. A decisão será publicada nesta terça-feira (1°), no Diário Oficial do Estado. O novo calendário servirá de referência para os órgãos fiscalizadores do Estado. Nenhum agente de trânsito poderá multar condutores, até o final de julho, circulando com o CLA de 2013.

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Confira o novo calendário com prazo limite para circular com CLA 2013:

Terminações

1, 2, 3 e 4 - 31/07/2014

5, 6 e 7 - 31/08/2014

8, 9 e 0 - 30/09/2014

 

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