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Um alto tribunal da Colômbia descriminalizou nesta segunda-feira (21) o aborto nas primeiras 24 semanas de gravidez, uma decisão inédita no país, de maioria católica, e que o coloca na órbita dos países latino-americanos que liberaram essa prática.

Com a sentença do Tribunal Constitucional, as mulheres poderão decidir sobre a interrupção da gravidez por qualquer motivo até o sexto mês de gestação, sem serem punidas por isso.

Até agora, o aborto só era permitido em caso de estupro, se a saúde da mãe estivesse em risco ou quando o feto apresentasse uma malformação que comprometesse a sua sobrevivênci a 54 meses de prisão.

A partir de agora, a "conduta do aborto só será punível quando for realizada depois da 24ª semana de gestação", informou a Corte Constituciona. Após os seis meses de gestação, passam a vigorar as condições já fixadas pelo tribunal, explicaram os juízes.

Centenas de manifestantes a favor e contra a decisão se concentraram do lado de fora do tribunal, em Bogotá. "Depois do direito ao voto, esta é a conquista histórica mais importante para a vida, autonomia e realização plena e igualitária das mulheres", publicou no Twitter a prefeita da capital, Claudia López.

O país torna-se o quinto da América Latina a flexibilizar o acesso ao aborto, que é permitido na Argentina, Uruguai, Cuba e Guiana. No México, é autorizado até 12 semanas em algumas regiões.

“A Colômbia fica na vanguarda dos direitos reprodutivos, tanto em nível regional quanto globalmente”, assinalou à AFP a advogada Catalina Martínez, do movimento Causa Justa, que levantou a inconstitucionalidade do crime de aborto e cujos argumentos foram estudados pelo alto tribunal.

Um instrução do papa Francisco chegou a Villavicencio, uma cidade de meio milhão de habitantes a 123 quilômetros de Bogotá. Em 2019, o bispo Óscar Urbina foi encarregado de investigar possíveis abusos sexuais cometidos por padres.

O prelado contou com Olga Cristancho (68 anos) e Socorro Martínez (59): a primeira, ex-procuradora e a outra, ex-funcionária do Ministério Público com experiência em investigações. Rapidamente, elas se afastaram de Urbina com a suspeita de que ele estava encobrindo os padres e começaram a investigar por conta própria. Descobriram pelo menos 20 vítimas.

O escândalo aumentou com o livro "Este é o Cordeiro de Deus" do jornalista Juan Pablo Barrientos, que sofreu tentativas de censura. Barrientos aprofundou as descobertas das duas investigadoras e no ano passado publicou depoimentos e pistas que implicam 38 padres da arquidiocese de Villavicencio em atos abusivos ou acesso carnal.

A Igreja afastou discretamente 20 deles e outros dois estão presos. Alguns são acusados de induzir uma das vítimas à “prostituição”, confirmou à AFP o padre William Prieto.

"A revezavam"

Cristancho já havia desmascarado Luis Alfredo Garavito, o maior predador sexual e assassino de menores na Colômbia (172 vítimas). Aposentada, aceitou o convite do bispo Urbina. Ele me disse para “cumprir algumas diretrizes muito específicas e muito importantes que Sua Santidade havia dado”, lembra.

Ela se emociona quando lembra que uma das vítimas lhe contou que os padres "a revezavam" aos 15 anos. As duas mulheres enviaram ao Vaticano os resultados de suas investigações e ainda aguardam uma resposta.

"Sujo"

Miguel (nome fictício) costumava passar as férias em Villavicencio quando criança. Ele lembra que sua família gostava que ele fosse à casa paroquial onde morava seu tio padre. Lá estava seu agressor, um seminarista.

"Ele soube administrar a confiança com meu tio, a confiança com minha família, de modo que fui (...) para a cama" com ele, conta à AFP, escondendo o rosto.

Já adulto, entendeu que suas lembranças eram de abuso. "Eu queria acabar com a minha vida, não conseguia encontrar uma razão (...) me senti sujo", acrescenta. Ele apresentou uma queixa à Arquidiocese sem receber uma resposta.

A AFP tentou, sem sucesso, entrar em contato com Dom Urbina por telefone e WhatsApp.

Inimigos

Socorro Martínez, companheira de investigação da ex-procuradora, evita ir à catedral que ela frequentava todos os domingos. Um de seus filhos recebeu um telefonema dizendo que sua mãe era uma delatora.

"Eles [os membros do arcebispado] me consideram seu inimigo, porque eu revelei essa informação (...) Nós éramos a pedra no sapato deles", acrescentou.

Em 27 de janeiro, Martínez e Cristancho testemunharam perante um promotor que investigava essas agressões sexuais. Até agora, apenas uma das vítimas, abusada quando era coroinha aos 13 anos, encontrou justiça.

Alguns padres envolvidos tentaram, sem sucesso, retirar o livro de Barrientos de circulação. "Não admitem nada, negam tudo (...) não há justiça, não há verdade, não há reparação", lamenta o jornalista que ousou desmascarar os segredos da Igreja.

A Coordenação de Relações Internacionais do Gabinete do Ministério da Educação (MEC) divulgou a realização do Programa de Reciprocidade para Estrangeiros Bolsa Colômbia, que está com inscrições abertas até o dia 20 de dezembro, por meio do site do Instituto de Crédito e Estudos Técnicos no Exterior (ICETEX), na aba “Beca Colombia Extranjeros 2022-1”.

O programa está com a oferta de 50 bolsas de estudo 100% pagas para cursos de especialização, mestrado, doutorado ou estudos de pesquisas, todos em nível de pós-graduação, realizados de forma presencial na Colômbia. Entre os benefícios, será oferecida uma bolsa mensal de até três salários mínimos vigentes, 425,400 pesos, concedidos para gastos com livros e materiais, plano de saúde com assistência médica e hospitalar na Colômbia, entre outros recursos.

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Para se candidatar, é preciso estar dentro de alguns critérios. São eles: ser cidadão estrangeiro, não morar ou ter começado pós-graduação na Colômbia; não ser beneficiário do mesmo programa de estudos da Colômbia ou participar do programa de estudos para estrangeiros ICETEX; deve ter uma graduação profissional e bacharel em qualquer área de conhecimento; ter uma boa saúde física e mental certificada por um médico; ter admissão definida por pelo menos um ou até três programas de pós-graduação. 

Mais informações estão acessíveis no site do Icetex.

Por Thaynara Andrade

Uma flor de plástico no nicho azul; dentro, os restos mortais de um estranho.

Blanca Bustamante e outras mulheres adotaram os chamados "NN" para dar um nome aos que desapareceram na guerra civil da Colômbia.

Todos os dias, essas mulheres rezam no cemitério La Dolorosa, no município de Puerto Berrío (centro-norte), departamento de Antioquia.

Blanca, de 60 anos, marcou um dos túmulos com o nome de seu filho desaparecido, embora os restos mortais dele não estejam lá. Ela adotou um NN para lidar com sua própria perda.

Meio século de luta deixou cerca de 120.000 desaparecidos, quase quatro vezes mais que todas as ditaduras da Argentina, Brasil e Chile no século XX.

Centenas de mortos e pedaços de corpos foram levados pelo Magdalena desde os anos 80 até o início dos anos 2000, quando este rio era um depósito de cadáveres sem nomes ou familiares.

O acordo de paz de 2016, que desarmou os guerrilheiros das Farc, abriu a possibilidade de famílias encontrarem seus mortos com a ajuda de seus algozes.

"Escolhido", dizem os túmulos NN (nomen nescio ou 'nome desconhecido') que já têm dono.

O túmulo escolhido por Blanca foi marcado à mão com o nome de seu filho 'Jhon Jairo S.B.' (Sosa Bustamante), um militar de 20 anos que desapareceu há 14 anos enquanto descansava.

Em 2007, sua filha Lizeth, de nove anos, também desapareceu. Saiu de casa e nunca mais voltou: “se estão mortos como os NN, deve haver outras pessoas que os amem e cuidem deles. Essa é minha esperança”, anseia.

- Rio abaixo -

Com o acordo de paz, nasceu a Unidade de Busca de Pessoas Desaparecidas (UBPD). Durante 20 anos, esta entidade estatal terá a missão de localizar as vítimas, em sua maioria civis, da guerra entre paramilitares, guerrilheiros, narcotraficantes e agentes do Estado.

Em três anos, a entidade identificou e entregou 127 restos mortais, em um árduo processo de coleta de informações, comparação de amostras de DNA e não isento de obstáculos devido à violência que se seguiu à paz.

Somente em Puerto Berrío foram encontrados 116 corpos não identificados, número que pode aumentar, segundo a UBPD. Nessa e em outras cidades vizinhas, foram registrados 2.076 desaparecidos.

- Pescadores de cadáveres -

José Lupo Escobar é um pescador de 69 anos com uma relação de "amor e ódio" com o Magdalena: "Para nós é fonte de vida", mas houve uma época "muito sombria".

“Encontrávamos cadáveres ali (...) Muitas vezes uma perna, uma mão, uma cabeça”, acrescenta.

Os cadáveres se acumularam no cemitério La Dolorosa e se observou "um comportamento muito típico da comunidade", explica Ramón Morales, o coveiro da cidade nos anos 2000.

“Um NN chegava e eles estavam na porta”, muita “gente dizendo 'deixa comigo!'", acrescenta.

“Um ossinho, um dedo mínimo, isso é muito para nós”, diz Blanca.

O Brasil está oficialmente na Copa do Mundo do Catar. Garantiu matematicamente sua classificação ao vencer a Colômbia por 1 a 0 nesta quinta-feira (11) à noite, na Neo Química Arena. Com 34 pontos em 12 partidas a seleção ficará no mínimo em quarto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas - classificam-se quatro equipes diretamente e a quinta colocada vai para a repescagem.

No final da partida, cerca de uma dezena de torcedores invadiu a arena para comemorar com os jogadores, dando trabalho para a segurança.

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A classificação foi vista de perto pelo garoto Bruninho, hostilizado do domingo na Vila Belmiro pela torcida do Santos por ter pedido a camisa do goleiro Jailson, do Palmeiras. No dia anterior ele havia sido convidado pelo técnico Tite para conhecer a seleção e nesta quinta-feira foi levado com o pai, Moisés para assistir ao jogo.

JOGO DURO - A partida foi bastante dura para a seleção brasileira. O bem montado time colombiano não se inibe em jogar de forma forte, mas às vezes violenta e até desleal. Fizeram 12 faltas no primeiro tempo - o Brasil não ficou muito atrás, pois cometeu 11 -, algumas pesadas, que renderam três cartões amarelos aos comandados por Reinaldo Rueda. O alvo preferido, claro, foi Neymar.

A equipe de Tite demorou a engrenar. Nos 20 primeiros minutos, além da forte marcação adversária, também sofreu com a própria lentidão.

A Colômbia deu alguns sustos, como em uma chute de Barríos que passou rente ao travessão na primeira boa jogada da partida e em um chute de primeira do bom Luiz Díaz, que por pouco não surpreendeu o goleiro Alisson.

O Brasil, com Neymar livre para flutuar pelo campo, e boa movimentação de Lucas Paquetá e Raphinha, só melhorou nos 20 minutos finais da etapa, quando acelerou mais um jogo e esses dois jogadores ficaram ainda mais abertos, para aumentar os espaços.

Por duas vezes, esteve muito perto do gol. Quando Danilo acertou a trave após receber de Raphinha e penetrar em diagonal; e em cabeçada de Marquinhos que passou ‘tirando tinta’ da trave após uma cobrança de escanteio.

Tite tornou a equipe mais ofensiva na etapa final, colocando Vinícius Junior no lugar de Fred, que já tinha cartão amarelo. Mas a Colômbia, com cinco no meio de campo, não permitiu ao Brasil uma grande pressão. Uma falta cobrada por Neymar, que Ospina espalmou, foi a única chance nos 15 primeiros minutos.

TIME LEVE - Então, Tite mexeu de novo. Trocou o de novo apagado Gabriel Jesus - que saiu vaiado - por Matheus Cunha e Raphinha, nesta quinta apenas regular, por Antony.

O time ficou mais leve, mais atrevido, e pouco depois saiu o gol. Mas saiu em jogada de três jogadores que já estavam em campo. Marquinhos recuperou uma bola e tocou para Neymar, com belo toque, deixar Paquetá na frente de Ospina. O goleiro colombiano ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar que ela morresse sutilmente na rede.

A classificação estava garantida, para alegria dos 22.080 presentes na arena. Um público aquém do esperado, mas que teve o que comemorar.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 1 X 0 COLÔMBIA

BRASIL - Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred (Vinícius Jr.) e Lucas Paquetá (Fabinho); Raphinha (Antony), Gabriel Jesus (Matheus Cunha) e Neymar. Técnico: Tite.

COLÔMBIA - Ospina; Munõz (James Rodríguez), Davinson Sanchez, Tesillo e Mojica (Cuellar); Barrios (Muriel), Lerma, Yario Moreno, Cuadrado, Luiz Díaz (Martínez); Zapata (Borja). Técnico: Reinaldo Rueda.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (CHI).

CARTÕES AMARELOS - Mojica, Cuadrado, Fred, Barríos, Neymar, Casemiro e Vinicius Junior.

RENDA - R$ 7.111. 200,00.

PÚBLICO - 22.080 presentes.

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo.

A partir deste final de semana, a Colômbia vacinará contra a covid-19 crianças entre 3 e 11 anos com o imunizante chinês da Sinovac.

“A partir de 31 de outubro (...) abriremos a vacinação contra a covid-19 a meninas e meninos de 3 a 11 anos, com a vacina da Sinovac”, anunciou no Twitter o presidente Iván Duque.

“O objetivo é vacinar aproximadamente 7,1 milhões de crianças nessa faixa etária”, afirmou o ministro da Saúde, Fernando Ruiz.

Embora as crianças mais novas tenham menos probabilidade de desenvolver formas graves da covid-19, elas ainda podem ficar doentes e transmitir o vírus para o resto da população.

Imunizá-los permitirá "seu retorno seguro às salas de aula", observou Ruiz. Segundo o governo, 95% das escolas de ensino fundamental e médio já abriram suas portas neste país de 50 milhões de habitantes.

Depois de superar seu pior pico do coronavírus entre abril e junho deste ano, a Colômbia vive uma atenuação da pandemia .

Os oito milhões de habitantes da capital Bogotá se preparam para a volta dos eventos de massa sem restrição de lotação em meados de novembro.

Para autorizar a vacinação de crianças, o Ministério da Saúde "partiu do passe livre dado pelo Invima", o regulador de medicamentos da Colômbia, explicou Ruiz. A Sinovac "provou ser uma vacina segura”, garantiu.

A China e o Chile também autorizaram o uso do imunizante em menores de idade.

No total, 21 milhões de colombianos foram imunizados contra o coronavírus. Apenas 6% da população afirma não ter intenção de se vacinar, de acordo com o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (Dane).

Proporcionalmente a sua população, a Colômbia é o quarto país da América Latina com mais mortes pelo vírus, atrás do Peru, Brasil e Argentina.

Pela primeira vez nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar, em 2022, o Brasil não venceu. A seleção ficou no 0 a 0 diante da Colômbia, em Barranquilla, em partida que representou a décima apresentação do time na competição, mas que foi válida pela quinta rodada, originalmente marcada para o fim de março, mas que fora adiada em virtude da pandemia de Covid-19. O Brasil agora tem nove vitórias e um empate, com 28 pontos, liderando a tabela com folga.

 

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Com Neymar, que retorna após cumprir suspensão diante da Venezuela, a seleção brasileira volta a campo pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar, neste domingo, às 18 horas, em Barranquilla, onde vai enfrentar a Colômbia. Em caso de nova vitória, seria a décima, em dez partidas disputadas, a seleção brasileira vai derrotar ao menos uma vez cada adversário. Este duelo é válido pela quinta rodada, adiada por causa pandemia de covid-19.

Para Neymar é sempre uma motivação a mais enfrentar a Colômbia após o ocorrido na Copa de 2014, no Brasil, quando o camisa 10 nacional sofreu uma entrada violenta de Zuniga e ficou de fora do restante da competição. O atleta do PSG também aproveita cada partida para tentar se aproximar de Pelé na artilharia da seleção. A diferença é de apenas oito gols para o Rei do Futebol: 77 a 69.

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Apesar de Tite sempre negar a "neymardependência" da seleção, a verdade é que com a presença do craque as opções de ataque e a produção da equipe são sensivelmente maiores.

Apesar do futebol pouco entusiasmante na vitória, por 3 a 1, sobre a Venezuela, caras novas como Raphinha e Antony aproveitaram suas oportunidades e poderão aparecer mais uma vez na equipe, elevando a possibilidade de estar no grupo que vai para o Mundial do Catar no ano que vem.

Outro ponto importante para a seleção é o fato de que a cada rodada disputada a garantia da vaga é maior. Caso vença, o Brasil alcança 30 pontos, em dez partidas disputadas e deixaria a Colômbia, quinta colocada na classificação com apenas 14 pontos.

ADVERSÁRIO - Com o panorama atual, os colombianos estão posicionados para disputam a repescagem, com o quinto lugar, mas a rodada poderá ser interessante para o time do técnico Reinaldo Rueda. Uma vitória sobre o Brasil e uma derrota do Uruguai para a Argentina, elevaria o selecionado para a quarta colocação na tabela.

Rueda aposta no faro de gols da dupla de ataque formada por Borré e Falcao Garcia para tentar surpreender e impor a primeira derrota para a seleção brasileira nestas Eliminatórias.

FICHA TÉCNICA:

COLÔMBIA x BRASIL

COLÔMBIA - Ospina; Medina, Mina, Cuesta e Mojica; Barrios, Uribe, Cuadrado e Luis Díaz; Borré e Falcão Garcia. Técnico: Reinaldo Rueda.

BRASIL - Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Guilherme Arana; Fabinho, Éverton Ribeiro, Gerson e Lucas Paquetá; Gabigol e Neymar. Técnico: Tite.

ÁRBITRO - Patricio Loustau (ARG).

HORÁRIO - 18 horas.

LOCAL - Barranquilla, na Colômbia.

Pela primeira vez na história do país, a Colômbia autorizou a eutanásia – ou morte assistida – de uma paciente que não apresenta diagnóstico de doença em estado terminal. Martha Sepúlveda, de 51 anos, sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA) há três anos e além das dores intensas, alega ter perdido o movimento das pernas. A morte de Sepúlveda está marcada para este domingo (10), às 7h no horário da Colômbia (9h no de Brasília). 

A eutanásia é legal pela legislação colombiana desde 1997, que se tornou a primeira na América do Sul a legalizar o procedimento. Mas assim como na maior parte dos demais países que autorizam o procedimento, a morte assistida só era válida para doentes em estado terminal. Atualmente, por decisão da Corte Constitucional em julho de 2021, a medida é aprovada para pessoas que não estejam em estado terminal, “sempre que o paciente padecer de um intenso sofrimento físico ou psíquico, proveniente de lesão corporal ou doença grave e sem cura”. 

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"Estou mais tranquila desde que me autorizaram o procedimento. Sorrio mais e durmo mais tranquila", afirmou Martha em entrevista à emissora colombiana Caracol. A mulher disse que, embora seja católica, está tranquila e não se arrepende de ter tomado essa decisão, e que não vê como pecado ter optado pela morte. "Eu me considero muito crente em Deus. Mas Deus não quer me ver sofrendo, e acredito que a ninguém. Que pai quer ver os seus filhos sofrendo?", disse na entrevista. 

Segundo a colombiana, os últimos dias serão aproveitados “com cerveja, comida e na companhia da família”. 

O filho e os 11 irmãos de Martha inicialmente não concordaram com o plano, mas também não querem vê-la sofrendo. "A priori eu preciso de minha mãe, a quero comigo, quase que em qualquer condição, mas sei que em suas palavras já não vive mais, apenas sobrevive", disse o seu filho, Federico Redondo, ao Caracol. "Estou focado basicamente em fazê-la rir e que sua estada na Terra seja um pouco mais amena". 

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O atacante Miguel Borja, do Grêmio, foi cortado da seleção da Colômbia devido a uma lesão sofrida no último domingo, quando a equipe gaúcha perdeu para o Sport, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro. O anúncio foi feito nesta terça-feira pela Federação Colombiana de Futebol (FCF, na sigla em espanhol). Assim, o jogador não enfrentará Uruguai, Brasil e Equador, em partidas válidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.

"A comissão técnica da seleção colombiana masculina principal informa que o jogador Miguel Ángel Borja foi desconvocado para a rodada tripla", indicou a entidade. Segundo a FCF, o corte foi definido a partir do boletim médico emitido pelo Grêmio, que indicou uma ruptura parcial do ligamento talofibular anterior do tornozelo esquerdo.

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O atacante se lesionou no segundo tempo da derrota para o Sport, após choque com o zagueiro Rafael Thyere, quando tentava finalizar ao gol. Borja tentou seguir na partida, mas acabou sendo substituído por Diego Souza. Inicialmente, a estimativa de afastamento do colombiano dos gramados é de quatro semanas, segundo informou o departamento médico do Grêmio.

A seleção da Colômbia está treinando em Bogotá antes de viajar para Montevidéu, em embarque previsto para esta terça-feira, com direção à capital do Uruguai, para enfrentar a seleção da casa, nesta quinta, no estádio Centenário, no primeiro dos três compromissos desse mês.

Dos 22 convocados pelo técnico Reinaldo Rueda, ex-Flamengo, 15 já se apresentaram e estão trabalhando desde a segunda-feira nas instalações da FCF. Entre os jogadores que estão por chegar está o atacante Rafael Santos Borré, do Eintracht Frankfurt, da Alemanha. Até o momento, nenhum jogador foi convocado para substituir Borja.

Cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) analisam uma nova variante do coronavírus, batizada de "Mu", identificada pela primeira vez em janeiro na Colômbia, informou a entidade.

A variante B.1.621, de acordo com a nomenclatura científica, continua classificada como uma "variante de interesse", indicou a OMS em seu boletim epidemiológico semanal sobre a evolução da pandemia, publicado na noite de terça para quarta-feira.

A variante tem mutações que podem indicar resistência às vacinas e mais estudos serão necessários para entender suas características, explicou a organização.

Todos os vírus, incluindo o SARS-CoV-2, que causa a covid-19, sofrem mutações com o tempo, e a maioria delas tem pouco ou nenhum impacto nas características do vírus.

No entanto, algumas mutações podem afetar as propriedades do vírus e influenciar, por exemplo, sua capacidade de propagação, a gravidade da doença que causa ou a eficácia de vacinas, medicamentos ou outras medidas para combatê-la.

O surgimento em 2020 de variantes que apresentavam risco agravado à saúde pública global levou a OMS a caracterizá-las como "de interesse" ou "preocupantes", a fim de priorizar as atividades de vigilância e pesquisa em nível global.

A entidade adotou as letras do alfabeto grego para nomear as variantes e assim facilitar sua identificação para o público não científico e evitar a estigmatização associada ao país de origem.

Quatro das variantes foram classificadas pela OMS como "preocupantes", incluindo a Alfa e a Delta, enquanto outras cinco foram classificadas como "de interesse", como a Mu.

A variante Mu foi detectada pela primeira vez na Colômbia em janeiro passado e, desde então, foi encontrada em outros países da América do Sul e na Europa.

“Embora a prevalência global da variante Mu entre os casos sequenciados tenha diminuído e atualmente seja inferior a 0,1%, sua prevalência na Colômbia (39%) e no Equador (13%) aumentou constantemente”, observou a OMS.

Haverá clássico na final da Copa América. A Argentina derrotou a Colômbia nos pênaltis após empate por 1 a 1 no tempo normal nesta terça-feira (6) e vai enfrentar o Brasil na grande decisão, marcada para sábado, no Maracanã. No Mané Garrincha, em Brasília, argentinos e colombianos fizeram um duelo equilibrado, franco, brigado, com erros, mas também lances de talento.

A Argentina foi melhor na primeira etapa e abriu o placar com Lautaro Martínez, após assistência de Lionel Messi, que mais uma vez desequilibrou. No segundo tempo, a Colômbia reagiu a partir das mexidas do técnico Reinaldo Rueda e buscou o empate com Luis Díaz.

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Nos pênaltis, Emiliano Martinez defendeu três cobranças, garantiu a vitória de sua seleção e reiterou que os argentinos encontraram, depois de algum tempo, um goleiro confiável. Davinson Sánchez, Mina e Cardona pararam no goleiro, o herói da classificação albiceleste. Apenas De Paul errou para o time argentino.

Liderada por Messi, a Argentina alcançou a sua primeira final da Copa América em solo brasileiro. Agora, a missão é encerrar o jejum de títulos que já dura 28 anos. A seleção não levanta uma taça desde 1993, quando conquistou a Copa América naquele ano. Os argentinos perseguem a 15ª taça da competição. A Colômbia decide o terceiro lugar com o Peru, sexta-feira, às 21 horas, no Mané Garrincha.

Vale lembrar que os dois países eram as sedes originais da Copa América, primeiro prevista para 2020 e adiada posteriormente para este ano em virtude da pandemia de covid-19. Protestos populares contra a reforma tributária fizeram com que a Colômbia abrisse mão da competição, enquanto que a Argentina desistiu em razão do recrudescimento da pandemia.

Em campo, fez a diferença a favor da Argentina poder contar com o talento de Lionel Messi. O craque, que está sem contrato com o Barcelona, deu mais uma assistência e agora tem nove participações diretas em 11 gols da Argentina, já que marcou quatro vezes - é o artilheiro do torneio - e deu cinco passes para seus companheiros balançarem as redes.

No Mané Garrincha, Messi começou a fim de jogo, o que reflete na atuação da equipe. Ele deixou Lautaro Martínez em ótima condição para abrir o placar aos três minutos, mas o cabeceio passou ao lado do gol de Ospina. Aos seis, porém, o atacante da Inter de Milão não perdoou.

Messi recebeu de Lo Celso na área, girou o corpo e rolou para Lautaro bater de primeira, cruzado, e sair para comemorar. Um pouco atordoada, a Colômbia respondeu rápido com Quadrado, que exigiu grande defesa de Emiliano Martínez em arremate de esquerda.

O ritmo da partida, que começou intensa, caiu um pouco à medida que as tentativas ofensivas dos colombianos estavam sendo neutralizadas pela zaga argentina. O jogo voltou a ganhar em emoção com duas bolas na trave disparadas por jogadores da seleção colombiana.

Aos 35 minutos, Barrios bateu de fora da área e viu a bola desviar antes de encontrar o pé da trave esquerda. No minuto seguinte, após escanteio da direita, Mina, em sua especialidade, subiu mais que todos e cabeceou com força, no travessão. Antes de os times descerem para os vestiários, Nico González teve a chance de ampliar a vantagem da Albiceleste. Mas Ospina defendeu o cabeceio do atacante após escanteio cobrado por Messi.

O técnico Reinaldo Rueda, claramente insatisfeito com o que viu na etapa inicial, mexeu três vezes na Colômbia no intervalo e as alterações deram resultado. Cardona, que entrara no lugar de Borré, deu mais qualidade ao meio de campo. Depois, Borja também foi a campo e deixou o time com mais presença ofensiva. O atacante, que pertence ao Palmeiras, quase marcou em seu primeiro lance em campo.

Mas se Borja não foi às redes, Luis Díaz marcou. Ele foi lançado por Cardona pelo lado esquerdo, ganhou na velocidade de Pezzella e tocou na saída de Martínez. Tudo igual aos 15 minutos. Placar mais justo pelo que as duas seleções apresentaram em Brasília.

Até então acuada, a Argentina acordou após levar o empate. Scaloni lançou mão de Di María, que entrou bem. O meia do PSG fez bela jogada e encontrou Messi dentro da área. O camisa 10 se livrou da marcação e chutou na trave esquerda. Na sobra, Lautaro bateu em cima de Sánchez.

Ligado, Di Maria estava a fim de jogo. Ele partiu com liberdade, driblou Ospina e deixou Lautaro à vontade para marcar, sem goleiro. Contudo, o atacante chutou fraco e Barrios salvou em cima da linha. No rebote, Di María isolou.

O duelo ficou um pouco violento, com muitas faltas e cartões amarelos - foram nove, no total - perdeu em qualidade técnica, mas ganhou em emoção, de modo que, com os dois times com campo para atacar, o final foi maluco, com chances para ambos os lados. Nenhum, porém, aproveitou e a definição do finalista saiu nos pênaltis.

ARGENTINA 1 (3) X 1 (2) COLÔMBIA

ARGENTINA - Emiliano Martínez; Molina (Montiel), Otamendi, Pezzella e Tagliafico; Guido Rodríguez, Lo Celso (Paredes) e De Paul; Messi, Nicolás González (Di María) e Lautaro Martínez. Técnico: Lionel Scaloni.

COLÔMBIA - Ospina; Muñoz (Fabra), Mina, Davinson Sánchez e Tesillo; Cuellar (Chará), Barrios, Luis Díaz e Quadrado; Borre (Cardona) e Zapata (Borja). Técnico: Reinaldo Rueda.

GOLS - Lautaro Martínez, aos seis minutos do primeiro tempo. Díaz, aos 15 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Jesús Valenzuela (Venezuela)

CARTÕES AMARELOS - Lo Celso, Quadrado, Fabra, Montiel, Borja, Muñoz, Guido Rodríguez, Pezzella, Barrios

LOCAL - Mané Garrincha, em Brasília (DF).

Nesta terça (6) será realizado o segundo confronto válido pelas semifinais da Copa América. O confronto da vez traz a equipe argentina de Lionel Messi contra a Seleção da Colômbia e acontece a partir das 22h (horário de Brasília), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Ambas equipes vão entrar em campo a fim de conquistar a partida e avançar para a grande final, partida que define qual é a melhor Seleção do continente sul-americano.

A Argentina chega ao confronto com uma das equipes favoritas ao título, muito por conta do capitão e maior referência do time: Messi. O argentino caminha para ser o melhor jogador da competição por conta de seus números, seja em gols marcados ou em assistências dadas aos companheiros do time. Ao todo, o camisa 10 é o maior goleador da Copa América com quatro gols, além de quatro assistências. Seus números refletem o desempenho de todo elenco argentino, uma vez que 80% dos gols da Argentina tiveram participação de Messi.

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Apesar de ter chegado à semifinal, a Seleção da Colômbia não faz sua melhor campanha. Na fase de grupos o time colombiano venceu apenas uma partida, das quatro que disputou e mesmo no mata-mata contra o Uruguai, não venceu a partida e avançou para a semifinal na disputa de pênaltis. Assim, o elenco entra em campo com a missão de vencer a Argentina, tendo como referência no ataque os jogadores com maior poder de fogo, como Zapata e Quadrado.

Argentina e Colômbia vão disputar pela terceira vez uma semifinal de Copa América. A primeira aconteceu em 1993, ocasião em que precisou ser decidida nas penalidades máximas, com a Argentina saindo vitoriosa e futuramente campeã daquela edição contra o México. Já a segunda vez aconteceu em 2004, com mais uma vitória da Argentina, desta vez por 3 a 0, e que perderia para o Brasil na final daquele ano.

 

O Brasil teve nesta quarta-feira seu primeiro teste verdadeiro na Copa América. E sofreu bastante. Encarou uma forte marcação da Colômbia, levou um gol logo no início, penou para empatar e só virou aos 54 minutos do segundo tempo. A seleção continua com 100% de aproveitamento no Grupo B, com 9 pontos após 3 partidas.

Os planos da seleção brasileira se complicaram logo com 9 minutos de jogo. Foi quando a Colômbia saiu na frente no placar, com um gol de rara beleza. Cuadrado cruzou na direita e Luis Díaz, atrás da marcação, acertou um belíssimo voleio, sem chances para Weverton, que nesta quarta foi titular dentro do rodízio no instituído por Tite nesta Copa América.

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O gol permitiu à Colômbia maior conforto dentro de sua proposta de jogo. O técnico Reinaldo Rueda montou duas linhas de quatro e passou a se defender bem atrás. Dava campo para o Brasil até a intermediária, mas dali em diante era muito difícil passar.

Neymar era marcado por até três adversários, o que dificultava suas arrancadas. As tabelas também eram desmanchadas. O jogo pelas beiradas não saía, porque os laterais colombianos jogavam bem atrás e os laterais brasileiros não tinham espaço para avançar.

Na frente, Richarlyson e Gabriel Jesus movimentavam-se menos do que o necessário neste tipo de jogo. E Everton Ribeiro, quando fechava pelo meio, não conseguia ser produtivo.

O Brasil ficava mais tempo com a bola, mas nada criava de efetivo. Tanto que não teve nenhuma chance clara de gol na etapa. Richarlison foi quem mais se aproximou, mas numa ocasião cruzou na mão do goleiro Ospina, na outra pegou de ombro uma bola que lhe dada de cabeça por Neymar e na terceira teve o chute travado.

A dificuldade de impor seu jogo teve outra consequência para a seleção: o nervosismo. Tite, então, mudou no intervalo. Colocou Firmino no lugar de Everton Ribeiro. Com isso, o jogador do Liverpool se aproximou mais de Neymar pelo meio e Gabriel Jesus, na direita, e Richarlison, na esquerda, passaram a ficar bem abertos.

O Brasil ficou um pouco mais incisivo, mas a Colômbia se manteve bastante fechada, pois, em vantagem no marcador, preferiu tentar segurá-la do que buscar uma ampliação do resultado e correr riscos.

A seleção passou a "martelar", teve duas boas chegadas com Neymar, um chute de Danilo para fora e algumas investidas pelos lados em que os cruzamentos na área paravam nos cortes dos zagueiros colombianos. Mas o time não conseguia jogar em velocidade, porque o posicionamento colombiano impedia.

Tite mudou de novo, na tentativa de deixar o time mais ofensivo. Trocou um lateral mais marcador, Alex Sandro, por um que joga mais avançado, Renan Lodi. Rueda respondeu fechando ainda mais a Colômbia, com a colocação de um volante, Cuellar, no lugar de um atacante, Borre.

Ainda assim, a seleção quase empata aos 20. Neymar chegou a passar por Ospina, mas o chute parou na trave. O principal jogador do Brasil, nessa altura, jogava bem avançado, na tentativa de ao menos empatar. E o empate acabou saindo quando Tite já havia feito mais duas alterações, colocando Gabriel Barbosa e Cebolinha para dar mais força e fôlego ao time.

O gol foi em jogada da dupla que havia entrado antes. Rena Lodi cruzou, Firmino cabeceou e contou com a falha de Ospina. Como no início do lance a bola havia tocado em Nestor Pitana, o árbitro esperou o VAR checar o lance para confirmar o gol, o que motivou bastante reclamação dos colombianos, depois de sete minutos.

Depois disso, o jogo teve muita catimba, muita reclamação, e pouco de bola rolando. Mas ainda deu tempo de o Brasil virar. Aos 54 minutos, Neymar cobrou escanteio e Casemiro aproveitou o vacilo da defesa para marcar de cabeça.

No domingo, a seleção encerra sua participação na primeira fase, enfrentando o Equador.

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 2 x 1 COLÔMBIA

BRASIL - Weverton; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (Renan Lodi); Casemiro, Fred (Lucas Paqueta) e Everton Ribeiro; Gabriel Jesus (Gabriel Barbosa), Richarlison (Everton Cebolinha) e Neymar. Técnico: Tite.

COLÔMBIA - Ospina; Munõz, Davinson Sánchez, Mina e Tesillo; Uribe, Barrios, e Cuadrado; Luis Díaz (Murillo), Borré (Cuellar) e Borja (Zapata). Técnico: Reinaldo Rueda.

GOLS - Luis Díaz, aos 9 minutos do primeiro tempo. Firmino, aos 32, e Casemiro, aos 54 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Alex Sandro, Everton Ribeiro, Cuadrado, Marquinhos.

ÁRBITRO - Nestor Pitana (ARG).

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.

LOCAL - Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

Motivo de dor de cabeça na Copa América de 2019, os gramados continuam a preocupar a seleção brasileira. O técnico Tite admitiu que o piso do Engenhão, no Rio de Janeiro, é um dos desafios para o jogo diante da Colômbia, nesta quarta-feira, às 21h. Uma vitória garante a classificação do Brasil como primeiro colocado do Grupo A.

Mesmo faltando duas rodadas para o fim da fase de grupos, a seleção já está classificada para as quartas de final. Líder do grupo com seis pontos em dois jogos, com sete gols marcados e nenhum sofrido, o Brasil garante a primeira colocação do grupo em caso de vitória. Tite afirma que é importante avançar em primeiro lugar para evitar grandes deslocamentos.

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O jogo diante dos colombianos promete ser o mais difícil da fase de grupos. "Se a gente voltar, dos amistosos que a gente fez a jogos das Eliminatórias, eles sempre tiveram o mais alto nível de exigência. Passei isso aos atletas e estou falando não como supervalorização, mas reconhecimento das dificuldades", elogiou Tite.

O treinador não confirmou a escalação, mas adiantou que vai fazer mais mudanças. Até o momento, 21 dos 24 convocados para o torneio já foram utilizados. "Nós seguimos nossa mesma forma, estabelecida como ideia na competição. Vamos ter algumas mudanças, mas, teoricamente, não vão modificar a engrenagem da equipe", disse Tite.

Uma das alterações confirmadas é a entrada de Weverton para completar o rodízio dos goleiros. "A gente sabe como o Tite é detalhista, para analisar todas as características. Se ele me deu essa oportunidade é porque ele confia no meu trabalho. Preciso fazer o meu melhor, estou feliz com a oportunidade e poder jogar neste momento", afirmou o atleta, confirmando a mudança.

Além de mudar o goleiro, Tite deve promover outras trocas em relação à goleada por 4 a 0 sobre o Peru, na última quinta. Reserva nas últimas quatro partidas, o meia Everton Ribeiro pode voltar a ter chance como titular. É possível também que Marquinhos e Casemiro, titulares absolutos e poupados na última rodada, também retornem à equipe.

O treinador reforçou que está preocupado com a qualidade do piso do Engenhão. "O estado do gramado não é bom. Em função de ser recente a retirada é humanamente impossível (que fique bom)", afirmou o treinador em entrevista coletiva na Granja Comary, em Teresópolis.

Na vitória contra o Peru por 4 a 0, o Brasil deixou o mesmo estádio bastante insatisfeito com a qualidade do piso. Houve reclamação pública com postagens em redes sociais como a de Neymar, que pediu para que o gramado fosse arrumado.

As reclamações atualizam o problema enfrentado dois anos atrás. Naquela ocasião, os estádios criticados faziam parte da elite, entre eles, a Arena Grêmio, em Porto Alegre, Fonte Nova, em Salvador, e Maracanã, no Rio de Janeiro. Mesmo assim, o argentino Lionel Messi, o uruguaio Luis Suárez e o colombiano James Rodríguez reclamaram publicamente.

Neste ano, a situação é ainda mais delicada. Com a definição do Brasil como sede faltando pouco mais de uma semana para o início do torneio, os estádios escolhidos não são os principais do País. São arenas que, em sua maioria, não vinham sendo utilizadas pelos clubes das séries A e B. No caso da Arena Pantanal, o Cuiabá já teve dois jogos do Brasileirão adiados.

A qualidade do gramado é fundamental para o estilo de jogo da seleção, baseado na técnica, nos toques rápidos e na velocidade. Isso aumenta a vantagem em relação às outras equipes. Tite também mostrou preocupação com a condição física dos atletas. Ele até citou um lance na vitória sobre a Venezuela, no Mané Garrincha, em Brasília. "Eu reclamei de uma falta cometida pelo lateral da Venezuela no Neymar. Depois, eu fui ver que o pé de apoio escorregou e, por isso, ele fez a falta. Ter melhores condições de gramado traz espetáculo e dá mais saúde e segurança aos atletas", explicou o treinador.

FICHA TÉCNICA

BRASIL X COLÔMBIA

BRASIL - Weverton; Danilo, Marquinhos, Eder Militão e Alex Sandro; Casemiro, Douglas Luiz, Everton Ribeiro e Neymar; Roberto Firmino e Gabriel Jesus. Técnico: Tite

COLÔMBIA - Ospina; Muñoz (Medina), Mina, Sánchez e Tesillo; Barrios, Uribe, Cuadrado, Cardona, e Díaz; Borja (Zapata). Técnico: Reinaldo Rueda

ÁRBITRO - Nestor Pitana (Argentina)

HORÁRIO - 21 horas

LOCAL - Engenhão, no Rio de Janeiro.

A Colômbia registrou nesta quinta-feira (3) um recorde de 545 mortos pelo novo coronavírus, somando mais de 90 mil, em meio à explosão social violenta contra o governo de Iván Duque.

O Ministério da Saúde informou em relatório que o número de casos no país ultrapassa 3,4 milhões, após um recorde de 28.624 infectados nas últimas 24 horas.

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A Colômbia enfrenta a terceira onda da pandemia com as cifras mais letais, que o governo atribui parcialmente às manifestações sociais, que começaram em abril. Com uma população de 50 milhões de habitantes, o país registrava no último dia 14 de maio 80 mil mortos pela doença e, 20 dias depois, mais 10 mil.

"Estamos há mais de seis semanas em um pico que já não é um pico, e sim quase um platô epidemiológico", disse à AFP o médico Jhon Édison Parra, que trabalha em uma UTI de Bogotá. Com 14,6% dos leitos de UTI disponíveis, os hospitais do país estão sob pressão máxima.

A Colômbia acelerou o ritmo de vacinação, com 10,7 milhões de doses aplicadas. Mais de 3 milhões de pessoas concluíram a imunização. O governo espera vacinar 35,7 milhões de colombianos este ano.

Uma competição que tinha a organização em conjunto de dois países há alguns dias, agora não tem nenhum. Na noite deste domingo (30), a Conmebol anunciou através de seus redes sociais que a Argentina não será mais sede da Copa América, que tem seu início programado para o próximo dia 13. No último dia 20, a Colômbia havia desistido de receber jogos da competição por causa do conturbado momento no qual passa por conta dos violentos confrontos e protestos que vêm acontecendo em meio à reforma previdenciária do país.

A Conmebol informou que outros países se candidataram a ser sede da Copa América e analisa as opções. Segundo a entidade que comanda o futebol sul-americano, novas informações sobre o assunto serão divulgadas em breve.

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"A CONMEBOL informa que, em atenção às circunstâncias presentes, resolveu suspender a organização da Copa América na Argentina. A CONMEBOL analisa a oferta de outros países que mostraram interesse em abrigar o torneio continental. Em breve serão anunciadas novidades nesse sentido", afirmou em uma postagem no Twitter.

Não está descartado o cancelamento da competição, que conta com a participação de 10 países. O Conselho da entidade se reunirá de forma emergencial na manhã desta segunda-feira, às 9 horas (de Brasília), quando deve haver novidades sobre o torneio.

Na noite deste domingo, o ministro do Interior da Argentina, Eduardo Pedro, afirmou que a situação sanitária do país, em meio à pandemia do novo coronavírus, tornava "muito difícil" a realização da competição continental.

"Estive conversando com o presidente (Alberto Fernández) sobre a situação sanitária de todas as jurisdições e em particular Buenos Aires, Tucumán, Mendoza, Córdoba e Santa Fé. Sendo coerentes com o cuidado da saúde, vemos que é muito difícil que se jogue a Copa América", disse o ministro.

O Exército colombiano ocupou neste sábado (29) as ruas de Cali, a terceira maior cidade do país, depois de uma madrugada marcada pela violência. Ao menos 13 pessoas morreram depois que manifestantes saíram às ruas no aniversário de um mês dos protestos contra o governo de Iván Duque.

Autoridades locais dizem que ainda não é possível determinar se todas as mortes estão ligadas aos protestos. Ainda na noite de sexta-feira (28), Duque despachou 7 mil militares para a cidade, epicentro dos protestos que começaram no final de abril.

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Um toque de recolher foi decretado em Cali após a noite de violência. Ao longo do sábado, o clima ainda era de tensão, com pouca movimentação nas ruas, tomadas por escombros e restos de barricadas do dia anterior. Segundo a prefeitura de Cali, houve registro de vandalismo contra propriedade pública e privada.

A polícia diz que apenas três das mortes estão relacionadas aos protestos. O resto seria reflexo de acerto de contas entre gangues locais.

O prefeito de Cali, Jorge Iván Ospina, diz que ainda não é possível dizer que as 13 mortes estão vinculadas aos protestos, mas pediu que todas as mortes sejam investigadas.

"Não há dúvida que a maioria delas está ligada às manifestações, mas não podemos garantir que são todas elas", explicou.

Os manifestantes dizem terem sido alvos de disparos de civis armados quando faziam um ato para marcar o aniversário de um mês dos protestos contra a reforma tributária de Duque.

"Estávamos em uma atividade cultural para marcar o aniversário da greve no bairro de Meléndez quando ouvimos tiros", disse um sobrevivente, que não quis se identificar por temer por violência. "Começaram a nos massacrar. Eram cinco pessoas à paisana atirando atrás de umas árvores."

Revolta

Em um dos episódios que mais provocaram indignação ontem no país, um membro do Ministério Público disparou contra um bloqueio de manifestantes, matou dois deles e foi linchado em seguida pela multidão.

A polícia prometeu investigar a atuação de civis armados na noite de violência e prometeu punir oficiais que teriam sido "permissivos" com violência armada.

O Ministério Público também criticou os ataques de civis aos manifestantes e até mesmo contra equipes médicas, gravados em vídeos.

"Ontem (sexta-feira) houve uma situação muito específica, com civis usando armas de fogo contra os manifestantes de maneira indiscriminada", disse o diretor de investigação da polícia colombiana, Fernando Murillo.

O decreto assinado por Duque na noite de sexta-feira também prevê o envio de militares para outros nove departamentos (Estados) colombianos afetados pelos bloqueios viários.

Até esta sexta-feira, o governo contabilizava 49 mortes desde o início dos protestos, mas, segundo o Ministério Público, apenas 17 casos têm vínculo direto com as manifestações. A ONG Human Rights Watch afirma ter denúncias confiáveis sobre 63 óbitos, 28 relacionados com a crise.

Reforma fiscal

A crise começou quando o governo quis impor mais impostos à classe média, atingida pela pandemia, para preencher a lacuna fiscal deixada pelo aumento de gastos para combater o coronavírus.

Duque desistiu da proposta, mas a repressão policial acirrou os ânimos. Atualmente as ruas estão cheias de jovens sem trabalho e sem aulas, que pedem um Estado mais ativo diante da devastação causada pela covid-19.

O governo evita condenar abertamente a repressão policial e assegura estar enfrentando vandalismo e o "terrorismo urbano de baixa intensidade". Também denunciou que grupos guerrilheiros financiados pelo narcotráfico se infiltraram no movimento de protesto.

Duque, que há duas semanas tenta negociar uma saída para a crise com os manifestantes, endureceu sua posição com o envio de tropas para as cidades.

Luis Felipe Vega, professor de ciência política da Universidade Javeriana, questionou a medida. "É como apagar um incêndio com gasolina, já que um soldado é formado para neutralizar uma ameaça, e não para controlar protestos", disse.

Uma das principais preocupações de Duque é desbloquear as estradas fechadas pelos manifestantes, que prejudicam a logística de abastecimento do país.

Duque e oposição retomam conversas

O governo tem se esforçado para dialogar com manifestantes e a oposição, sem muito sucesso. Na última segunda-feira, 24, Duque e lideranças chegaram a um pré-acordo para encerrar as manifestações, mas ele não saiu do papel. O governo não assinou o documento, alegando que alguns líderes não condenaram os bloqueios de estradas, um dos grandes impasses das negociações. As conversas devem ser retomadas neste domingo, 30. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Colômbia bateu neste sábado (29) o recorde de mortes por Covid-19 registradas em um dia com 540 óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde, em meio a protestos antigovernamentais multitudinários.

Segundo o mais recente relatório da entidade, desde março de 2020 o país acumula 87.747 falecimentos pelo coronavírus, enquanto os contágios superam 1,3 milhão.

O balanço contabiliza mortes ocorridas neste sábado e em dias anteriores.

O país atravessa um pico sustentado da pandemia, que o governo atribui às constantes manifestações contra a gestão da economia e a violência policial, realizadas desde 28 de abril.

Dezenas de milhares de pessoas se concentram nas maiores cidades do país para exigir uma mudança de rumo ao governo conservador.

Os hospitais estão à beira do colapso e o pessoal médico, esgotado.

O país, com 50 milhões de habitantes, detectou o primeiro caso de covid-19 em 6 de março de 2020 e decretou um confinamento entre o fim deste mês e setembro.

O presidente Iván Duque relaxou as medidas ante o descalabro da economia, mas mantém a obrigatoriedade do uso generalizado de máscaras, bem como a proibição de eventos multitudinários.

Proporcionalmente à sua população, a Colômbia é o sexto país com mais contágios na América Latina e no Caribe, e o quarto em mortes, segundo contagem da AFP.

A vacinação começou em meados de fevereiro, mas avança a passos lentos, com 9,3 milhões de doses aplicadas.

O governo espera imunizar até o fim do ano 35,7 milhões de colombianos para alcançar a imunidade de rebanho.

O técnico Reinaldo Rueda surpreendeu nesta sexta-feira ao desconvocar James Rodríguez da seleção da Colômbia. Segundo a comissão técnica, um dos principais jogadores do país, o meio-campista do Everton foi dispensado porque não está no nível ideal de jogo após sofrer mais de uma lesão na panturrilha direita. Com isso, ele está fora dos confrontos com Peru e Argentina pelas Eliminatórias e também não jogará a Copa América.

"Nos últimos dias, o meio-campista foi submetido a exames médicos, que determinaram que não se encontra no nível ideal de competição, portanto, não poderá ingressar no grupo convocado por Reinaldo Rueda para os compromissos mencionados e o campeonato sul-americano", diz comunicado divulgado nesta sexta pela Federação Colombiana de Futebol (FCF.

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"O treinador e sua equipe de colaboradores lamentam não poder contar com James Rodríguez nesta ocasião e esperam que em breve o meio-campista possa fazer parte de uma convocação, representando o nosso país com a altura e o profissionalismo que sempre fez", completou a nota.

Para o lugar do camisa 10, Rueda convocou Edwin Cardona, meia do Boca Juniors que será integrado à seleção na próxima semana. À exclusão de James soma-se a ausência de outro meio-campista, Juan Fernando Quintero, que não foi autorizado pelo Shenzhen a defender a Colômbia devido aos rígidos protocolos e padrões estabelecidos pela China como forma de conter a disseminação da covid-19 para poder sair e voltar ao país asiático.

James ficou surpreso com a decisão do treinador e desabafou por meio de um comunicado. Disse que foi surpreendido com a notícia de seu corte e assegurou que está recuperado e apto a defender a equipe nacional.

"Recebo com surpresa o comunicado da comissão técnica, afirmando que não contam comigo e desejando-me uma recuperação total, uma recuperação que já fiz e em que sacrifiquei muito", desabafou o meio-campista do Everton, em comunicado divulgado em suas redes sociais.

"Não receber a confiança da comissão técnica me causa uma dor enorme, já que sempre dei até a minha vida pela camisa da seleção da Colômbia", complementou. Ele afirmou que está em fase final de recuperação de lesão e que o tempo previsto para voltar sugere que provavelmente não poderia enfrentar o Peru, mas que estaria em condições de jogo para o duelo seguinte das Eliminatórias, contra a Argentina, em Barranquilla, e também poderia disputar a Copa América.

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