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A Polícia Civil de Bragança Paulista (SP) procura um casal de São Paulo suspeito de sequestrar e esquartejar uma adolescente para ficar com o filho recém-nascido. Marcelo Pires Woitte, de 32 anos, e Jéssica Thais Capistrano Ferreira, de 20, eram amigos da vítima Renata Silva Monteiro, de 15. O corpo da jovem foi achado no dia 24 dentro de duas malas, em um lago da cidade do interior paulista.

Uma semana antes da descoberta do corpo, o pai da vítima havia resgatado o neto em Natal (RN) onde estava sob a guarda da foragida. A polícia suspeita que Jéssica Thais e o amante mataram a jovem para ocultar o sequestro da criança. Na casa dela, o delegado Sandro Montanari Vasconcellos, da Delegacia de Investigações Gerais de Bragança, localizou no computador uma certidão de nascimento falsa do bebê. O registro, em nome de Miguel Capistrano Woitte, filho de Marcelo e Jéssica, data o nascimento em 30 de abril, em Natal.

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A polícia apurou que a suspeita teria perdido um bebê em dezembro. "As evidências são de que o motivo desse brutal assassinato foi assegurar a impunidade quanto ao sequestro", afirmou o delegado João Valle. A vítima, que morava em São Paulo, na Brasilândia, desapareceu no dia 14 abril, com o filho de menos de 20 dias. O sumiço foi registrado pelo pai, Raimundo Nonato da Silva, que iniciou uma busca por conta própria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a não prestar depoimento nesta terça na CPI instalada para apurar as relações dele com políticos. A decisão tem validade até que o plenário do STF julgue o mérito do pedido de habeas corpus movido pelos advogados de Cachoeira. Não há previsão de quando esse julgamento ocorrerá.

Ao atender a um pedido de liminar feito pelos advogados de Carlinhos Cachoeira que reclamaram não conhecer a integralidade das provas existentes contra ele, Celso de Mello baseou-se numa jurisprudência do STF que garante a todos investigados o direito de ter acesso a todos os documentos incluídos formalmente no inquérito. De acordo com o ministro, o investigado deve ter acesso inclusive a documentos, que embora sigilosos, já tenham sido formalmente incluídos no inquérito. Para o ministro, impedir esse acesso não é "constitucionalmente lícito".

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"A jurisprudência constitucional do Supremo Tribunal Federal tem garantido, a qualquer pessoa sob investigação do Estado e, também, ao seu advogado (não importando que se trate de inquérito policial, de inquérito parlamentar ou de processo penal), o direito de conhecer as informações já formalmente produzidas nos autos (excluídas, portanto, aquelas diligências ainda em curso de execução), não obstante se cuide de investigação promovida em caráter sigiloso", afirmou o ministro.

Celso de Mello observou que Cachoeira é investigado num inquérito aberto perante o STF e ostenta a posição de figura central na CPI. Segundo o ministro, ao tomar esse tipo de decisão, o Supremo não está interferindo no Poder Legislativo. "Uma decisão judicial - que restaura a integridade da ordem jurídica e que torna efetivos os direitos assegurados pelas leis e pela Constituição da República - não pode ser considerada um ato de indevida interferência na esfera do Poder Legislativo", afirmou.

O ministro disse que a defesa de Cachoeira tem o direito garantido pela Constituição Federal de conhecer o processo. Segundo ele, o investigado deve ter acesso aos autos, por intermédio de seu advogado, que poderá examiná-los, tirar cópias e tomar notas.

"O presente caso põe em evidência, uma vez mais, situação impregnada de alto relevo jurídico-constitucional, consideradas as graves implicações que resultam de injustas restrições impostas ao exercício, em plenitude, do direito de defesa e à prática, pelo advogado, em nome de seu constituinte, das prerrogativas profissionais que lhe são inerentes", disse.

No pedido despachado nesta segunda por Celso de Mello, os advogados de Cachoeira alegaram que ele não poderia depor nesta terça porque não tinha conhecimento do conteúdo do material que servirá de base para as indagações dos parlamentares. Eles disseram que pediram ao presidente da CPI, senador Vital do Rego, que permitisse o acesso às provas e adiasse o depoimento. No entanto, o requerimento foi rejeitado.

"É imperativo que Carlos Augusto e seus advogados conheçam previamente todas as provas que poderão servir de substrato aos questionamentos que decerto lhe serão dirigidos pelos parlamentares", sustentou a defesa.

Após ter fotos íntimas divulgadas na internet na última sexta-feira, a atriz Carolina Dieckmann prestou queixa na manhã desta segunda-feira na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no centro do Rio de Janeiro. Em seu depoimento, Dieckmann relatou que sofreu chantagens e que foi orientada por um amigo policial a continuar a correspondência até a polícia conseguir um flagrante da extorsão. O computador da atriz foi encaminhado aos peritos a fim de identificar o responsável pelo vazamento das imagens e pelas tentativas de extorsão.

Acompanhada do seu marido, o diretor de televisão Tiago Worcman, Dieckmann chegou à delegacia por volta das 9 horas da manhã e só saiu após sete horas de depoimento. Também foram ouvidos o empresário da atriz e um secretário pessoal. Os nomes não foram revelados. Eles são considerados testemunhas por terem acompanhado a negociação com o chantagista.

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Por cerca de duas semanas, Dieckmann e seu agente receberam telefonemas e e-mails cobrando R$ 10 mil para que as fotos não fossem divulgadas. "Ela imediatamente reagiu e tomou providências através de pessoas da área de segurança com quem ela tem relacionamento. A pessoa a orientou para que ela continuasse respondendo os e-mails na hipótese de obter um flagrante. Mas, infelizmente, o autor disparou as fotos antes", afirmou o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay. Segundo ele, a atriz preferiu não dar queixa na delegacia no primeiro momento para evitar que a exposição atrapalhasse o flagrante.

De acordo com o titular da delegacia, Gilson Perdigão, o caso foi registrado como difamação, furto e extorsão qualificada pelo concurso de agentes, ou seja, quando mais de uma pessoa participou da ação. O delegado confirmou que o computador da atriz será encaminhado para perícia. Um técnico de informática também acompanhou o depoimento da atriz na tentativa de identificar pistas sobre o responsável pelo vazamento das imagens.

Uma das suspeitas para o vazamento é que as fotos tenham sido copiadas do computador da atriz. Semanas antes da divulgação das imagens, Dieckmann teria levado o aparelho para manutenção em uma assistência técnica autorizada. Entretanto, nem a polícia nem o advogado confirmaram as informações ou deram detalhes sobre as investigações. "Seria leviano fazer qualquer suspeita. Este é um trabalho para a perícia", afirmou Castro.

Segundo o advogado, os sites que hospedaram as imagens têm sede nos Estados Unidos e na Inglaterra. "Os dois sites foram notificados e solicitaram a comprovação da autoria das imagens. Enviamos para eles a repercussão do caso e eles imediatamente tiraram as fotos do site", explicou. Castro também notificou o Google para evitar que as fotos fossem acessadas pelo sistema de buscas. O site ainda não deu uma resposta. "Ao contrário do que as pessoas pensam, esses crimes deixam rastros e provavelmente nós conseguiremos chegar mais cedo que se pensa a esse suspeito", afirmou o advogado.

Dieckmann e o marido deixaram a delegacia cercados por seguranças e não falaram com a imprensa. Desde a última sexta-feira, circulam na internet 36 fotos, aparentemente feitas pela própria atriz, em que ela aparece nua e em situações de intimidade, no banho e com seu filho mais novo, José. "Ela é uma pessoa pública mas tem direito a privacidade. Essas fotos foram tiradas em momento de intimidade do casal", afirmou o advogado.

O aumento no preço dos cigarros foi determinante para a alta de 0,47% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em abril. Sozinho, o item teve influência de 0,18 ponto porcentual e contribuição de 38,88% no indicador calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Com o impacto, Despesas Pessoais, do qual cigarros fazem parte, teve a maior variação entre os grupos no mês passado, de 1,94%, e peso de 49,11% no IPC.

"A inflação foi diretamente influenciada pelo reajuste do cigarro. Foi uma fatia significativa. Se não fosse essa elevação, o IPC poderia ter sido menor, próximo a 0,30%", avaliou o coordenador do índice e economista Rafael Costa Lima, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira na sede da Fipe. Dentro de Despesas Pessoais, o subgrupo Fumo e Bebidas teve alta mensal de 5,61%.

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Em abril, a Souza Cruz anunciou alta média de 24% em seus produtos, antecipando-se à cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que começou a vigorar este mês. Só em abril, o cigarro teve variação de 16,06%, decorrente do reajuste promovido pela fabricante.

Para maio, diante da expectativa de que a Phillips Morris também eleve o preço dos seus produtos, o IPC deve continuar pressionado pela inflação de cigarros. "Por outro lado, houve perda de força nos preços de passagens aéreas (-4,77% em março para -1,71% em abril)", minimizou Costa Lima.

Além de Despesas Pessoais, Alimentação também ajudou a elevar os preços na cidade de São Paulo em abril. O grupo subiu 0,45% e teve influência de 21,91% sobre o IPC. Contudo, o economista disse que a pressão está localizada e há alguns preços que estão caindo, limitando a alta do grupo.

"O clima está ajudando os itens in natura a não subirem tanto quanto no ano passado. Além disso, os preços da carne bovina continuam caindo. De janeiro até abril, a queda acumulada é de 13%, mas esse movimento pode estar prestes a terminar", disse. O preço das carnes cedeu 2,86% em abril e, pelos cálculos do economista, devem diminuir a queda para 1,00% no fechamento do IPC de maio. Ao contrário desses produtos que impediram uma elevação maior de Alimentação, os preços do feijão (13,90%), sorvete (6,43%), leite longa vida (2,32%) e óleo de soja (3,77%) ficaram mais altos em abril. "Se excluirmos esses produtos, teríamos uma inflação em Alimentação menor, sem dúvida", ressaltou.

Como esperado, o grupo Saúde (0,73%) foi outro a deixar a inflação do paulistano maior no mês passado, conforme o efeito do reajuste dos remédios foi aparecendo no índice cheio. "Houve demora na distribuição do aumento sobre o índice e os reflexos foram sentidos com mais força nessa leitura."

A chegada da nova coleção às lojas de São Paulo empurrou Vestuário para cima, que subiu 0,89% em abril. A expectativa da Fipe é de que o grupo registre alta forte em maio, de 0,70%. "Mas, aos poucos, deve diminuir esse ritmo", estimou. O grupo Transportes teve variação positiva de 0,18%, com destaque de alta para os preços do etanol (0,88%). Já Habitação (0,00%) teve contribuição negativa no IPC do mês passado, influenciada por Equipamento de Domicílio (-0,98%), que por sua vez reflete a manutenção da redução do IPI para linha branca.

Um avião monomotor caiu no topo do Forte dos Andradas, na Ponta do Munduba, no Guarujá (SP). Os dois ocupantes - uma instrutora de voo identificada como Vitória, de 29 anos, e seu aluno Matheus de Souza Fonseca, de 19 - morreram. A aeronave estava desaparecida desde a tarde de quinta-feira. O monomotor tinha saído de Sorocaba, no interior paulista, com destino a Itanhaém, no litoral.

Os destroços e os corpos foram localizados pelo Corpo de Bombeiros por volta das 13 horas de sexta-feira, mas, segundo o tenente responsável pelas buscas, Renato Goes Costa, eles estão dentro de área protegida, em local de acesso restrito. As famílias das vítimas estão na região acompanhando a operação.

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A equipe médica que trata do cantor Pedro Leonardo Dantas Costa, de 24 anos, filho do cantor sertanejo Leonardo, que sofreu traumatismo craniano após um acidente automobilístico no dia 20, próximo a divisa entre Minas Gerais e Goiás, indicou nesta quinta-feira que o paciente apresentou reações positivas. "Ele superou as últimas 12 horas sem intercorrências neurológicas e sem evidências de hipertensão craniana", disse a neurologista Edilene Gregório, do Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG).

Após ser resgatado, o jovem superou um choque hemorrágico, no Hospital Municipal de Itumbiara, após uma cirurgia. Transferido para Goiânia em estado de choque, o cantor - que faz dupla com o primo Thiago - superou duas paradas cardíacas, a última com 6 minutos de duração, no domingo passado.

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Atualmente, Pedro Leonardo está no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele ainda luta contra um edema cerebral grave, uma inflamação nos pulmões, uma fratura no fêmur e os riscos de sequelas neurológicas.

Leonardo afirmou que o apoio da família e dos fãs são fundamentais. "Estamos totalmente dispostos a fazer tudo em favor do Pedro", afirmou Leonardo há quatro dias na porta do IOG, ao anunciar ter cancelado a agenda de shows para acompanhar a evolução do filho. "Estou com uma fé muito grande de que o Pedro vai voltar para casa", disse hoje Thais Gebelin, sua mulher. Leonardo passou por um drama familiar em 1998, quando morreu de câncer seu irmão Leandro, com quem fazia dupla.

O corpo do ator Thiago Klimeck, de 27 anos, que se enforcou acidentalmente durante uma encenação da Paixão de Cristo no dia 6 de abril, foi sepultado no final da tarde desta segunda-feira, no Cemitério Municipal de Itararé (SP). Cerca de 300 pessoas acompanharam o sepultamento. Antes, o corpo havia sido velado no necrotério local, num clima de comoção. Atores que também participaram da encenação homenagearam o colega morto.

Klimeck permaneceu 16 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Itapeva, cidade vizinha. A morte ocorreu às 17h15 de domingo. O atestado de óbito emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Itapeva apontou como causa da morte pneumonia nos dois pulmões e sequelas do enforcamento. Ele havia sofrido lesões encefálicas por interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro, segundo os médicos que o atenderam. Um laudo pericial completo será enviado à Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar o caso, em 30 dias.

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O ator interpretava o apóstolo traidor Judas Iscariotes na encenação da Paixão de Cristo. Ele deveria simular o próprio enforcamento, saltando de uma pedra com a corda ao pescoço. De acordo com a investigação, o cordão do colete de segurança que Klimeck usava não estava bem preso e o asfixiou. O ator ficou pendurado e desmaiado por quatro minutos, até que os colegas percebessem o ocorrido.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira deverá concentrar entre seus 22 titulares e 22 suplentes uma boa parte de congressistas acostumados a participar de investigações ou com experiência em CPIs anteriores. "Vou escolher meus pitubulls", disse o líder do DEM, ACM Neto (BA), anunciando que o titular do partido na Câmara será o deputado Onix Lorenzoni (RS), que na CPI dos Correios, em 2005, teve uma participação barulhenta.

O PT vai na mesma linha. No Senado, o líder Walter Pinheiro (BA) planeja escolher os senadores Wellington Dias (PI) e José Pimentel (CE). Este foi ministro da Previdência; aquele, governador do Piauí por dois mandatos. No PSDB do Senado a escolha poderá recair no senador Aloysio Nunes Ferreira (SP). Já na Câmara as opções estão entre os deputados Fernando Francischini (PR), que é delegado da Polícia Federal e teve e-mails interceptados por arapongas do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ou Nilson Leitão (MT), ex-prefeito de Sinop.

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Embora não houvesse ainda um consenso para o texto final de convocação da CPI do Cachoeira, um esboço feito em comum acordo pelo Senado e pela Câmara indicava que as investigações poderão ser amplas, sobre agentes públicos e privados. Trata-se, na opinião dos líderes partidários, de uma "CPI complexa". Ao contrário de outras, como a dos Anões do Orçamento, que investigava fraudes e corrupção no Orçamento da União, esta é ampla por natureza.

Desta vez, a CPI terá de investigar os tentáculos de Carlinhos Cachoeira em governos estaduais e nos Poderes Executivo e Judiciário - já se sabe que ele atuou em Goiás e Distrito Federal, mas há suspeitas de que tenha penetrado também em Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Santa Catarina. Quanto aos agentes privados, só a empresa Delta Construções S.A recebeu do governo federal R$ 4,13 bilhões de 2007 até agora.

Havia um consenso entre os líderes partidários de limitar o tempo de investigação ao da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que apurou nos últimos três anos as ligações de Cachoeira com políticos, empresas e os outros poderes. Os líderes estudam ainda uma forma de reduzir o arco de investigações sobre a Delta, deixando que os parlamentares corram atrás apenas das menções à empresa que aparecem nos grampos da PF. Caso contrário, acham que não haverá limites, porque a companhia está em toda parte.

"Eu disse para o presidente José Sarney que desse jeito ninguém sabe o que vai acontecer. Não haverá limites para essa CPI", disse o senador Delcídio Amaral (MS), que em 2005 foi presidente da CPI dos Correios, criada para investigar o escândalo do Mensalão. Ao encerrar os trabalhos, a CPI pediu o indiciamento de 40 pessoas, entre eles toda a cúpula do PT, do PP, do PR, além do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (SP).

Ficou combinado entre senadores e deputados que a coleta de assinaturas para a abertura da CPI será feita pelos líderes de todos os partidos. "Isso será muito fácil", disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). "É só pegar o plenário cheio para coletarmos as assinaturas". A intenção das direções do Senado e da Câmara é abrir a CPI na semana que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um garoto de 2 anos teve que ser submetido a uma cirurgia para colocação de uma sonda nesta quarta-feira por causa de um erro de uma enfermeira que o fez ingerir ácido ao invés de um medicamento. Ele ainda terá que ficar internado no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, por cerca de duas semanas. Os médicos que cuidam da criança afirmam que ainda não é possível descartar a possibilidade de o menino ter sequelas.

Alan Breno Castro foi internado no Hospital Infantil São Camilo no domingo (8), após sofrer uma queda. Ele seria submetido a uma tomografia porque sentia dor na cabeça, porém, ao invés de sedativo, a enfermeira deu ao garoto ácido tricloroacético, produto usado no tratamento de verrugas. Alan chegou a cuspir parte do ácido, mas depois os pais perceberam queimaduras na boca da criança.

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O menino foi internado e, na terça-feira (10), foi transferido para o Felício Rocho, onde foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. Segundo o coordenador do setor, Waldemar Fernal, Alan foi submetido a uma traqueostomia e gastrostomia para colocação da sonda. O garoto sofreu inflamação na boca, garganta e esôfago.

De acordo com o médico, a criança permanecerá em tratamento para a dor e, em 48 horas, passará a receber alimentos líquidos pela sonda. Fernal afirmou que a criança não corre risco de morrer e que ficará na UTI por causa da "maior vigilância" que é mantida sobre os pacientes. Ainda segundo o médico, há possibilidade de Alan sofrer estreitamento do esôfago, o que prejudicaria "parcial ou totalmente" a deglutição e obrigaria o garoto a fazer "periodicamente" um procedimento médico para facilitar a passagem de alimentos.

Em nota, o Hospital São Camilo confirmou o erro e informou que abriu sindicância interna para apurar o que ocorreu. Segundo a nota, a técnica de enfermagem responsável pela troca dos produtos permanecerá afastada de suas funções enquanto durar a apuração e o hospital continuará prestando assistência à criança e sua família. A Polícia Civil mineira também instaurou inquérito para investigar o caso.

A favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, registrou na madrugada de quarta-feira a primeira morte de um policial durante todo o processo de pacificação das comunidades na cidade. O cabo do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Rodrigo Alves Cavalcante, de 32 anos, foi morto com um tiro por traficantes durante um patrulhamento no alto do morro. Ele foi a 9ª vítima da onda de violência que há 50 dias atinge a Rocinha, ocupada desde novembro por forças de pacificação.

Em resposta à morte do policial, na manhã de quarta-feira 150 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque realizaram uma operação na favela para prender o suspeito Edilson Tenório de Araújo, de 40 anos. Ele teria atirado no cabo após a tentativa de abordagem no alto do morro, em um ponto de venda de drogas. Na fuga, o suspeito deixou uma bolsa com munições e um documento, o que permitiu sua identificação. Segundo a PM, ele já tinha sido preso duas vezes por tráfico de drogas.

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O policial Rodrigo Alves Cavalcante foi atingido na axila esquerda e chegou a ser encaminhado para um hospital, mas não resistiu. Filho de um militar da reserva, ele era o mais novo de quatro irmãos. Um deles, também PM, já havia morrido em serviço. O enterro, com honras militares, será realizado quinta-feira, às 10 horas, no cemitério de Jardim da Saudade, na zona oeste do Rio.

Apesar da morte do policial, o secretario estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, disse em conversa com jornalistas que não vai recuar na ocupação da Rocinha. "Ninguém aqui vai trabalhar com gosto de sangue na boca. Existe um planejamento para a Rocinha, que ainda está na primeira fase da pacificação. Não temos uma vitória absoluta, ela está sendo construída". Beltrame descartou a possibilidade de pedir ajuda ao Exército.

No momento em que foi atingido, o cabo Rodrigo Alves Cavalcante realizava um patrulhamento a pé na Rocinha junto com outros sete policiais. Quatro deles eram recém formados, convocados na última segunda-feira, para reforçar o policiamento na favela. No total, já são 640 policiais distribuídos em quatro turnos. Um centro de comando também foi implantado no alto da favela para monitorar as ações de patrulhamento com aparelhos GPS.

As mudanças na estratégia de atuação, com patrulhas a pé, e o aumento do efetivo foram anunciadas ao longo da semana como soluções para diminuir a escalada de violência na Rocinha. Desde fevereiro, outras oito pessoas já haviam sido mortas a tiros na comunidade. No último domingo, Alexandre da Cunha Fernandes, de 30 anos, foi morto na Via Ápia, uma das principais ruas de acesso à Rocinha.

Segundo a PM, a vítima tinha envolvimento com o tráfico. A polícia também admite que existe um confronto entre traficantes pelo comando da venda de drogas no morro. Em novembro, o líder do tráfico no local, Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem, foi preso antes da ocupação da PM. A partir daí, traficantes rivais teriam retornado à favela para controlar a venda de drogas na região, o que estaria provocando as mortes e confrontos.

Apesar dos confrontos, Beltrame disse que não vai mudar o modelo de implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas favelas cariocas. "O inimigo da paz quer que a gente mude de estratégia. Estamos contrariando interesses de pessoas que tinham seus próprios tribunais. Era uma ditadura do tráfico que durou 40 anos. Não vamos recuar, mas precisamos consolidar o modelo antes de avançar".

Nesta quarta-feira, o secretário também anunciou a regulamentação do trabalho de policiais nas horas de folga. O bico, como a prática é conhecida, passa a ser institucionalizada na PM. Os agentes receberão adicionais por hora trabalhada em dias de folga e serão deslocados para regiões com demanda por reforço de policiamento ou em eventos de grande porte.

Dois médicos que utilizavam em seus pacientes toxina botulínica (botox) de origem clandestina foram presos nesta terça-feira em Pernambuco, dentro da Operação Narke, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na operação, foram presos cinco revendedores da substância ilegal em Minas Gerais, São Paulo e Paraíba, além de Pernambuco.

Resultado de nove meses de investigação, a operação apontou a venda ilegal da substância usada para tratamentos estéticos e de saúde, principalmente em estados nordestinos como Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe - também alvo das investigações. O botox sem registro da Anvisa era vendido para distribuidores, clínicas e profissionais de saúde. Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos na rota do botox irregular. Sessenta e seis médicos e profissionais de saúde identificados nos oito estados investigados foram intimados a depor.

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De acordo com o delegado Humberto Freire de Barros, coordenador da operação que envolveu 80 policiais no País, o uso do botox clandestino visa o lucro. Enquanto a unidade do botox autorizado pela Anvisa pode custar até R$ 1 mil, o irregular era negociado por menos da metade do preço - em torno de R$ 400. A PF estima que o produto falsificado está em circulação no mercado há pelo menos cinco anos.

Ainda não se sabe a sua origem, mas, segundo o delegado, suspeita-se que venha de fora do País. Os revendedores recebiam o botox via correio e faziam o repasse para médicos e esteticistas.

Do total de prisões, três foram feitas em Pernambuco: além dos dois médicos - um do Recife e outro de Caruaru, no agreste -, foi preso um revendedor no bairro de Campo Grande, na capital. Com ele foi encontrado material em um depósito, que foi submetido a exames que revelaram "um teor ínfimo ou nulo da toxina botulínica", disse Freire de Barros. Numa segunda etapa da investigação, a PF vai procurar os pacientes que se submeteram ao tratamento a fim de verificar se apresentaram alguma reação adversa ao produto.

Os nomes dos presos não foram revelados. Eles poderão responder por crimes contra a saúde pública, contrabando e formação de quadrilha. Se condenados, as penas variam de 10 a 15 anos de prisão.

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores, vereador Carlos Eduardo de Mattos, envia terça-feira ofício à Secretaria Municipal de Saúde, pedindo informações sobre os dados de mortes por infecção hospitalar no Hospital Municipal Salgado Filho, na zona norte, em 2011 e 2012.

Dados obtidos pelo vereador, a partir de relatório de funcionários da instituição, apontam para a morte de 363 pessoas por infecção hospitalar, em 2010, em universo de 854 pacientes - ou seja, 42,5% de óbitos, proporção considerada alto. Na Unidade de Terapia Intensiva, 30% dos 289 pacientes morreram pelo mesmo motivo, quando o índice admissível é de 5%.

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A suspeita é de que a contaminação tenha ocorrido por causa de uma falha no sistema de ventilação mecânica. "Se os dados de 2010 estiverem realmente corretas e existe relação entre o sistema de ventilação mecânica com as mortes, é possível que elas tenham se repetido nos anos seguintes", afirma o parlamentar. "Minha preocupação é que o quadro esteja se repetindo".

O Ministério Público Estadual informou, em nota, que investiga o caso desde maio do ano passado e que cobrou por três vezes da Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Sanitária do Estado informações sobre a vistoria no sistema de gases do hospital, sem obter resposta. O MP informa ainda que o inquérito corre em sigilo. "As requisições do MP já alertam que o não encaminhamento das respostas pelos órgãos pode configurar crime de omissão de dados técnicos e improbidade administrativa por parte das autoridades da Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Sanitária do Estado - órgãos que detêm a competência técnica para fiscalizar e, eventualmente, interditar a unidade hospitalar".

A denúncia partiu de funcionários do hospital. "Além de equipamentos fora dos padrões da Anvisa, os filtros estavam entupidos com uma substância de cor esverdeada, que aparentava ser deterioração provocada pelo enferrujamento dos tubos ou limo. Isso ia para o pulmão dos pacientes", disse uma funcionária, que teme ser identificada. Ela prestou depoimento durante 10 horas ao Ministério Público.

Essa funcionária conta que os compressores estavam instalados fora dos padrões determinados. "Os compressores estavam num ambiente sujo, em vez de captar ar da atmosfera, estava ao lado de uma língua negra, do exaustor do ar-condicionado, que gera monóxido de carbono, um gás venenoso", contou a funcionária. Ela disse ainda que a empresa contratada para a manutenção de uma centena de equipamentos só fazia duas inspeções mensais.

No inquérito do MP, consta um laudo, assinado pelo biofísico e biomédico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro David dos Santos Filho que aponta o uso de um respirador que não apresenta o registro correto do volume inspirado pelo paciente, o que foi considerado gravíssimo. A Secretaria Municipal de Saúde divulgaria nota, mas até as 19h30 desta segunda-feira não havia se pronunciado.

O Congresso e o governo reagiram ontem à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de livrar de processo os motoristas com suspeitas de embriaguez de fazer o exame do bafômetro. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que a decisão da Corte de exigir o teste do bafômetro ou o exame de sangue para comprovar embriaguez só se sustentará enquanto a Casa não aprovar a lei de tolerância zero de álcool para os motoristas.

Maia prevê que a proposta, aprovada pelos senadores em novembro, será ratificada nos próximos dias na Câmara, "endurecendo as regras da Lei Seca". "Há um acordo entre todos os envolvidos (partidos), o que nos permite dizer que a votação acontecerá em breve", previu.

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A Lei de Tolerância zero torna crime dirigir sob efeito de qualquer nível de concentração de álcool. A prova contra motoristas que se recusarem a soprar o bafômetro poderá ser feita por testemunhas, imagens ou vídeo ou por outro meio que indique a embriaguez. As penas contra os infratores serão de 6 a 12 anos, em caso de lesão corporal; e de 8 a 16 anos, no caso de morte. "Nós vamos endurecer as regras e, ao mesmo tempo, aumentar as penalidades para quem comete qualquer tipo de delito e que tenha ingerido bebida alcoólica", afirmou Maia. O projeto está na Comissão de Viação e Transportes e teria, ainda, de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas um pedido de urgência tem o condão de remeter a proposta diretamente para o plenário.

"A decisão do STJ só nos demonstra a necessidade de votar com mais agilidade e rapidez a lei porque vai orientar as próximas e futuras decisões que vão ser tomadas com os tribunais em relação a esta matéria. Queremos coibir com muito vigor o ato de irresponsabilidade de beber e dirigir e, se queremos uma sanção penal, precisamos mudar a lei. O objetivo é permitir que uma pessoa em visível estado de embriaguez possa ser condenada também por outros meios de provas admitidos em direito, como testemunha, vídeo, entre outros", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O presidente da Câmara dos Deputados disse que a decisão de liberar o consumo de bebidas no período da Copa das Confederações, em 2013 e da Copa do Mundo, em 2014, não tem ligação com a tolerância zero para os motoristas. "Estamos falando da proibição daqueles que bebem de forma exagerada e saem para dirigir", alegou. Ele lembrou que a medida se estenderá, sim, ao torcedor que sair do estádio embriagado e for dirigir. "Ele tem de ser punido", defendeu. "É uma atitude irresponsável que não deve ser incentivada por ninguém, como já acontece em outros países", comparou.

O jornalista, escritor e cartunista Millôr Fernandes, morto na última terça-feira aos 88 anos, foi cremado às 15 horas desta quinta-feira no Crematório da Santa Casa, no cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. A cerimônia foi restrita a amigos e familiares, que não informaram o destino das cinzas. Antes, vários artistas foram ao velório para se despedir de Millôr. Debilitado desde fevereiro de 2011, quando sofreu um acidente vascular cerebral, o escritor morreu em decorrência da falência múltipla dos órgãos.

"Se juntar os grandes frasistas europeus e bater em um liquidificador não dá meio copo de um Millôr", reverenciou o escritor e jornalista Ruy Castro. "Não havia um dia em que uma frase sua não iluminasse o que estivesse acontecendo de obscuro no Brasil e no mundo".

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"A geração que fez `O Pasquim' não era humorista, era de pensadores com bom humor. Não vejo ninguém com estofo perto dele. Ele vai fazer falta à minha geração", afirmou Marcelo Madureira, um dos criadores do programa "Casseta & Planeta Urgente", da TV Globo. Seu colega Hubert ressaltou que Millôr "foi o sujeito que mais e melhor exerceu a liberdade de expressão". "Ele ensinou que o humor pode ser uma forma de ataque, mas nunca deve ser usado para humilhar ninguém", afirmou Ivan Fernandes, filho de Millôr, que deixou também uma filha, Paula, e um neto, Gabriel, além da mulher, Wanda.

O jornalista Hélio Fernandes, de 90 anos, irmão de Millôr, reforçou os elogios. "Ele vai reascender, assim como o Chico Anysio, a polêmica sobre as palavras gênio e insubstituível. Fui seu primeiro amigo e fã", contou. "É como perder Pelé, Garrincha e (o baterista) Wilson das Neves de uma só vez", comparou o cineasta Walter Salles. A jornalista Cora Rónai, que teve um relacionamento de 30 anos com o escritor, revelou o lado conquistador de Millôr. "Ele era um sedutor nato. Quando o conheci, havia um consórcio de mulheres atrás dele. Era impossível conhecê-lo e não se apaixonar", disse.

A atriz Marília Pêra lembrou o lado humano do cartunista e a ajuda que recebeu durante a ditadura militar. "Ele me apoiou publicamente quando isso era politicamente incorreto. Ele não tinha time de futebol, religião ou partido político, era um homem livre", afirmou. Os cartunistas Ziraldo e Chico Caruso, os atores Antonio Pitanga e Fernanda Torres e o cineasta Luiz Carlos Barreto também prestaram homenagens a Millôr.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou nesta segunda-feira o instrutor Allan Figueiredo pelo homicídio culposo da turista baiana Priscila Boliveira, de 27 anos, que caiu da altura de 30 metros durante um voo livre de parapente. O acidente aconteceu no último domingo, na praia de São Conrado.

A jovem passava férias na casa do irmão Fabrício Boliveira, ator que atuou no filme "Tropa de Elite 2" e em novelas da Rede Globo. A polícia acredita que houve imprudência do instrutor e afirma que vai investigar se houve fraude na prática comercial do voo livre. "Já está claro que a cinta de segurança não foi apertada corretamente", afirmou o delegado Fábio Barucke, responsável pelo caso. Priscila estaria com o cinto de segurança apenas nos braços. O equipamento foi encaminhado para perícia para avaliar se houve negligência na manutenção. O laudo ficará pronto em 10 dias. O instrutor Allan Figueiredo prestou depoimento na noite de domingo e foi liberado. Ele não teve ferimentos.

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Figueiredo trabalha com voos livres há 12 anos, mas não apresentou a credencial para a prática e será intimado novamente para entregar o documento. A polícia também cobrou do instrutor a apresentação de uma câmera filmadora utilizada para registrar o voo que poderia fornecer detalhes do acidente. O aparelho desapareceu antes da polícia chegar à praia.

O corpo de Priscila será levado para Salvador, onde será enterrado na terça-feira. Amigos de Fabrício e Priscila, que acompanhavam os irmãos, prestaram depoimento na tarde desta segunda-feira. Eles questionaram a legalidade do voo. "Por que é que as coisas são feitas se é uma prática ilegal? Outras pessoas estão correndo o mesmo risco", disse Gaia Maria.

Desde 2003 a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proíbe a realização de voos comerciais em parapentes e asa deltas. A prática só é permitida com fins esportivos. Os clubes de voo, entretanto, oferecem aos turistas um curso básico cuja aula inaugural é um voo em dupla. "Não é um passeio turístico. O visitante vai conhecer o esporte e é tratado como aluno", explica Vinicius Cordeiro, coordenador do Clube São Conrado de Voo Livre, responsável pelo passeio feito por Priscila. A entidade criou uma comissão para investigar o caso e fechou a rampa de voos por três dias.

Apesar da proibição, a prática do voo é uma das principais atrações turísticas do Rio. Anualmente são feitos cerca de 30 mil voos de instrução, como é chamada a aula inaugural do curso. O valor do passeio é de R$ 250. De acordo com a Anac, a responsabilidade pela certificação de instrutores e pela fiscalização dos voos esportivos é dos próprios clubes.

O rapper Alex Pereira Barbosa, o MV Bill, de 38 anos, foi indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro após ter sido acusado de agressão pela própria irmã. Ele nega. Nesta terça-feira, no microblog Twitter, em depoimento à polícia e depois em nota que divulgou em seu blog, Bill afirmou que a irmã sofreu uma crise nervosa.

Segundo a Polícia Civil, a irmã de MV Bill, Cristiane, foi à 32ª DP (Taquara) segunda-feira de manhã e acusou o músico de agredi-la a pauladas, na semana passada, após uma discussão sobre a propriedade de uma casa. Ela foi conduzida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, e depois seria submetida a exame de corpo de delito, mas se recusou.

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Bill, que é fundador da ONG Central Única das Favelas (Cufa) e autor do documentário "Falcão, meninos do tráfico", afirmou que a irmã "sofre, já há alguns anos, de um grave problema de saúde. Não são raras crises psicológicas, que nos trazem (...) grande preocupação".

"Ontem (segunda), no fim da manhã, fomos informados que ela estava sofrendo de uma dessas crises. Imediatamente saímos, eu e minha outra irmã, Kamila, para socorrê-la e trazê-la de volta para casa, coisa que fizemos por volta de 11 horas. (...) Em determinado momento precisei me ausentar e ela aproveitou para sair novamente, à revelia, de nossa casa. De forma desequilibrada, ficou andando pela Cidade de Deus e depois foi à delegacia contar o fato que nunca existiu. Esse delírio foi confirmado por ela mesma, que depois de mais calma, voltou à delegacia para desmentir", disse MV Bill na nota. "Nesse instante nossa família já estava desesperada, atrás de seu paradeiro. Quando a localizamos, junto com a mãe, juntas retornaram a minha casa. Estive hoje na delegacia para contar a versão verdadeira do caso. Me apresentei de forma espontânea, sem ser intimado. Quero pôr um ponto final nessa triste história. Ainda hoje levarei minha irmã a um médico para tratamento", acrescenta o rapper.

Segundo a Polícia Civil, inquérito sobre violência doméstica não pode ser arquivado mesmo com a retratação do autor da denúncia. Por isso, a investigação continua. Se confirmada a agressão, Bill pode ser enquadrado na Lei Maria da Penha e preso sem direito à fiança.

Apesar de a chuva ter diminuído de intensidade na maioria das regiões de Minas Gerais, o número de pessoas que teve que deixar suas casas não para de crescer no Estado. Em dois dias, o número de desalojados cresceu 264,81% e passou de 12.875, na terça-feira (10), para 46.970 hoje, segundo balanço da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Já o de desabrigados passou de 1.240 na terça-feira para 3.145 hoje, crescimento de 153,62%.

Desalojadas são aquelas pessoas que tiveram que deixar suas casas por causa de enchentes ou desabamentos e vão para a residência de amigos ou parentes. Já os desabrigados são os que têm que ficar em abrigos oferecidos pelo poder público. Desde o início do período chuvoso em Minas, 2,9 milhões de pessoas já foram afetadas em 192 municípios. Deste total, 137 cidades decretaram situação de emergência.

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Hoje, os bombeiros retomaram as buscas por Roseli do Nascimento, de 45 anos, que está desaparecida desde que foi arrastada por uma enxurrada na segunda-feira (9) em Além Paraíba, na Zona da Mata mineira. A cidade foi devastada pela tempestade, que causou a morte de três pessoas, uma delas ainda não identificada.

É na Zona da Mata, a região mais afetada pela chuva, que estão outras cinco cidades - Pedra do Anta, Senhora de Oliveira, São Miguel do Anta, Simão Pereira e Antônio Prado de Minas - que engrossaram a lista de municípios em situação de emergência. Duas estão na região central, uma no sul, uma na região norte e uma no Vale do Rio Doce. A Cedec ainda prevê temporais para as regiões sul e do Triângulo Mineiro, mas a tendência é que a chuva perca intensidade.

O deslocamento dos viciados da cracolândia, na região da Luz, no centro de São Paulo, já obriga comerciantes a baixar as portas mais cedo em alguns pontos de Santa Cecília e causa conflitos entre usuários de drogas e seguranças patrimoniais em Higienópolis.

Dono de uma loja de móveis usados, Caetano da Silva, de 49 anos, fechou seu estabelecimento na Avenida São João 1h30 antes do habitual. "Fecho geralmente às 19 horas. Agora, não passo das 17h30 com esses craqueiros aí". Segundo ele, o movimento caiu no mínimo 50% desde o início da operação da PM na cracolândia. "As pessoas ficam com medo de vir aqui com a rua cheia de gente fumando crack".

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O estacionamento em que Maria Lopes, de 56 anos, trabalha estava vazio ontem. "Às vezes, há umas 50 pessoas usando drogas aqui na frente. Mudaram a cracolândia de lugar", diz ela, que também fechou o estacionamento antes do previsto. O ponto de Santa Cecília que concentrava maior número de dependentes, mais de 50 pessoas, era a Rua Júlio Marcondes Salgado. Os usuários dominaram uma calçada inteira, na frente do antigo prédio do Ministério da Educação. A via inteira tinha cheiro de urina. Os traficantes atuavam livremente na área. Bem vestidos, eles passavam pela área dizendo "pedra, pedra". Segundos depois, a "mercadoria" acabava e eles seguiam.

A expulsão de usuários de crack da Luz já causa efeitos também em Higienópolis. A reportagem presenciou um homem sendo agredido por um vigilante após urinar na Rua Baronesa de Itu. "O segurança bateu na minha nuca", disse o morador de rua, que se identificou como Fábio Santos Ribeiro, de 33 anos. Demonstrando bastante confusão mental, ele diz ter saído da cracolândia após a intervenção da polícia. Depois do incidente, o vigilante agressor saiu do local.

O gerente da padaria Baronesa, Francisco das Chagas, de 33 anos, afirmou que o estabelecimento vem sofrendo uma "invasão". "Estamos tendo muitos problemas. Ninguém mais consegue trabalhar direito", afirma. O segurança Alexandre Almeida, de 33 anos, que trabalha em uma loja de sapatos de Higienópolis, confirma o trabalho extra para manter os viciados longe das calçadas das lojas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em tom de despedida, o prefeito de Campinas (SP) Demétrio Vilagra (PT), cassado na noite da quarta-feira por 29 dos 33 vereadores, disse que vai recorrer junto ao Tribunal de Justiça paulista. Seu recurso pedirá a anulação da decisão da Comissão Processante (CP) que o tira do cargo e o torna inelegível por oito anos. O documento será protocolado só no dia 9 de janeiro, após o recesso da Justiça.

"Esse é um momento delicado. A decisão da Câmara foi ilegal e é uma injustiça praticada contra mim. Sou inocente", disse ele hoje em entrevista. Vilagra repetiu várias vezes que a Câmara não viu irregularidades antes, durante o governo, mas usa as denúncias do Ministério Público para "ganhar o governo de Campinas no tapetão".

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Para Vilagra, a Câmara não tinha nenhuma prova para afastá-lo do cargo ao usar uma suposta declaração de um réu confesso (ex-presidente da Sanasa, Luiz Catrillon de Aquino, que se beneficiou de uma delação premiada frente ao MP) para incriminá-lo. "Nós vamos procurar na Justiça todos os meios legais".

Ele lembrou um momento durante a ditadura militar, em 1983, quando teve cassados os seus direitos políticos. "Fui à justiça, lutei e 23 anos depois consegui restabelecer os meus direitos", contou. Em sua avaliação, só o Judiciário poderá lhe devolver o mandato. "O que eu ganhei nas urnas é meu de direito", resumiu.

Sobre as irregularidades nos contratos da Sanasa, repetiu: "Eu não sabia de nada". Mesmo afastado, Vilagra fica no cargo até segunda-feira. O presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT), tomará posse após a publicação do ato no Diário Oficial do Município. Serafim tem 90 dias para convocar novas eleições em Campinas, nas quais será indicado um prefeito-tampão para encarregar-se da administração da cidade até 31 dezembro de 2012 - quando tomará posse o candidato eleito em outubro.

Um técnico da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e dois engenheiros foram atropelados e mortos por um trem de passageiros na manhã de hoje. Os profissionais caminhavam pela via férrea na região da Estação Belém do Metrô, na zona leste de São Paulo, quando foram surpreendidos pela viatura, que trafegava a 90 km/h. Outro profissional que acompanhava o grupo conseguiu se salvar e foi levado ao Pronto-socorro do Tatuapé com ferimentos leves.

Os engenheiros Marcio Luis Alves de Souza, de 32 anos, José Juan de Dios Claramente, sem idade divulgada, e Cauê Arnaud Gruber, de 29, estavam na Oficina Engenheiro São Paulo, próximo da Estação Tatuapé, realizando testes nos novos trens da CPTM, a mando da CAF Brasil, filial da matriz espanhola que fabricou e exportou as locomotivas. Claramente, que trabalhava na sede da empresa, estava no País apenas para essa tarefa.

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Terminados os testes, o grupo teria de caminhar cerca de 800 metros para chegar à Estação Brás. Segundo informações da delegada plantonista da Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), Analice Malandrino Gomes, o grupo guiado por Sergio Eduardo Batista de Oliveira, de 40 anos, técnico da CPTM, não tinha alternativa de transporte entre as estações e, por isso, caminhava pela via. Como não usavam coletes refletores, equipamento de segurança obrigatório que deveria ser emprestado pela CPTM, o maquinista Paulo Roberto Gomides, de 47 anos, não conseguiu enxergá-los na via. Tratava-se do primeiro trem com passageiros do dia, que partiu da Estação Guaianases na direção da Luz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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