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A Comissão Pastoral da Terra (CPT), que ampara comunidades camponesas em situação conflito fundiário, registrou 207 casos de trabalho análogo à escravidão no Brasil em 2022. O dado representa aumento de 32% no número de ocorrências do tipo. A informação integra o anuário produzido pela instituição, que será lançado nesta segunda-feira (17), em evento na Universidade de Brasília (UnB).

Nos casos relacionados à escravidão, 2.218 pessoas foram resgatadas, o maior número dos últimos dez anos. Dentre esses trabalhadores, 88% foram retirados do meio rural, enquanto os outros 12% foram localizados em atividades laborais não-rurais. A quantidade de resgates realizados no ano passado, é 29% maior do que aquela que foi observada em 2021. 

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De acordo com a CPT, o agronegócio é o maior responsável pelo trabalho análogo à escravidão no Brasil. Minas Gerais concentrou 62 casos com 984 pessoas resgatadas, liderando o ranking da escravidão no Brasil. Em segundo lugar, Goiás aparece com 17 casos e 258 pessoas resgatadas, seguido por Piauí (23 casos com 180 pessoas resgatadas), Rio Grande do Sul (10 casos com 148 pessoas resgatadas), Mato Grosso do Sul (10 casos com 116 pessoas resgatadas) e São Paulo (10 casos com 87 pessoas resgatadas).

Em 2022, 47 camponeses foram mortos em conflitos fundiários no Brasil. É o que indica o levantamento anual feito pelo Centro de Documentação Dom Tomás Balduino, da Comissão Pastoral da Terra (CPT). O material completo será apresentado às 9h do da próxima segunda-feira (17), durante seminário no Auditório Esperança Garcia, da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UNB). O evento será transmitido ao vivo no Youtube da instituição.

A data escolhida para o lançamento faz referência aos 27 anos do massacre de Eldorado do Carajás, ocorrido no Pará, um dos mais graves episódios de conflitos agrários no país. Na ocasião, 21 trabalhadores rurais foram assassinados.

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 De acordo com a CPT, o número de assassinatos de camponeses 2022 subiu 30,55% em relação ao ano anterior. A programação do lançamento do relatório se estenderá até as 17h, com mesas de debate.

 A comissão de Direitos Humanos do Senado e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos deputados visitaram o Engenho Roncadorzinho, em Barreiros, na zona da Mata Sul de Pernambuco, na manhã desta sexta-feira (18). O local foi onde o menino Jonathas de Oliveira dos Santos, 9 anos, foi assassinado. 

Na ocasião estavam presentes, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Federação dos Trabalhadores Rurais (FETAPE), a defensoria pública e trabalhadores da mata sul, zona de situação de conflito. Também estavam no local, o senador Humberto Costa (PT) e o deputado estadual João Paulo (PCdoB). 

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 O deputado federal e presidente da CDHM Carlos Veras (PT), falou sobre a segurança das pessoas da comunidade e as medidas que serão seguidas após o ocorrido. "Nós vamos conversar com a prefeitura munincipal de Barreiros, depois vamos conversar com o governador, estamos tentando agenda com o tribunal de justiça. O governo do estado já colocou a disposição aqui uma segurança com a guarnição da Polícia Militar, que vai fazer a ronda. Mas o que vai garantir mesmo a segurança dessas pessoas, é o título da terra delas pra elas puderem produzir em paz, com segurança. Para acabar de vez com esse processo de conflito agrário. Não é a uma semana que eles estão aflitos, com insegurança. São a anos e anos, que esses trabalhadores lutam pelo direito de sua terra". 

Durante a tarde, Humberto Costa, o SETAPE, a defensoria pública e a OAB estavam no palácio do governo, discutindo algumas pautas. Falaram sobre as investigações, a regularização de terras na região que tem causado um clima de tensão e violência na região da zona da mata sul. Além da Regularização de terras em defesa de posseiras que vivem no local a muito tempo, entre outros assuntos debatidos.   

Após o assassinato de uma criança de nove anos em um conflito fundiário no Engenho Roncadorzinho, em Barreiros, Mata Sul de Pernambuco, na última quinta-feira (10), a Arquidiocese de Olinda e Recife encaminhou, neste sábado (12), uma carta ao governador Paulo Câmara (PSB). A carta, além de solicitar o empenho “pessoal na rigorosa apuração do atentado” do governador, presta solidariedade à família da criança. 

A Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife afirmou estar “impactada, como toda a sociedade, pela brutalidade do crime” que levou à morte de Jonatas Oliveira.

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“Espera seu empenho pessoal na rigorosa apuração do atentado, ocorrido no Engenho Roncadorzinho, município de Barreiros, Mata Sul de Pernambuco. Uma ação contra seu pai, Geovane da Silva Santos, uma das principais lideranças da comunidade e presidente da Associação dos/as agricultores/as familiares do local, que sobreviveu ao atentado, o que aponta para um provável conflito agrário”. 

“Esse crime bárbaro, perpetrado por sete homens encapuzados e fortemente armados, que não hesitaram em atirar no menino indefeso, escondido sob a cama com sua mãe, não pode ficar impune. V. Exa. não pode permitir que Pernambuco se transforme num estado dominado por milícias”, pediu, ao governador Paulo Câmara. 

No documento, a Arquidiocese informou que estará junto com a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Pernambuco (Fetape), Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Diocese de Palmares e todos os movimentos sociais “na luta contra a impunidade que leva à barbárie”.

“Nosso compromisso com uma sociedade mais digna, mais fraterna, solidária e justa, passa pela punição desses criminosos que deliberadamente assassinaram uma criança. Dessa forma, apelamos ao senhor governador que disponibilize todos os meios ao alcance do Estado para solução e punição dos responsáveis desse bárbaro assassinato”, finalizou.

Conflito 

Uma criança de apenas nove anos foi assassinada na noite da última quinta-feira (10), no Engenho Roncadorzinho, em Barreiros, Mata Sul de Pernambuco. Jonatas Oliveira era filho de Geovane da Silva Santos, uma das principais lideranças na comunidade composta por agricultores familiares que vivem em situação de conflito fundiário com empresas que exploram a área. 

Moradores da comunidade relataram que por volta das 21h40 da quinta, sete homens encapuzados invadiram a casa da família derrubando a porta da cozinha. Primeiro, atingiram o ombro esquerdo de Geovane, que começou a gritar pedindo socorro dos vizinhos. Em seguida, os homens encontraram a criança escondida embaixo da cama dos pais, ao lado da mãe, e atiraram nele. 

Os moradores defendem que a brutal morte de Jonatas é uma tragédia anunciada e que no ano passado a casa da família já havia sido alvo de várias tentativas de roubo, sempre de madrugada. 
A reportagem do LeiaJá entrou em contato com o Governo de Pernambuco e aguarda resposta. 

Um conflito fundiário antigo na comunidade de agricultores do Engenho de Batateiras, na cidade de Maraial, Agreste de Pernambuco, pode ter se tornado mais tenso com um episódio de violência e tentativa de invasão no último domingo (2). Uma câmera de segurança flagrou o momento em que dois homens armados cercaram a casa de uma família e tentaram derrubar a porta com chutes.  

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra Nordeste II (CPT NE2), que assessora a comunidade, os invasores são conhecidos na localidade e surgem sempre armados. Além de tentar arrombar a casa, a dupla roubou as câmeras de vigilância. No momento do ocorrido, a família não se encontrava na residência. 

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As câmeras de segurança roubadas haviam sido instaladas pelo Governo do Estado, por meio do Programa Estadual de Proteção a Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH), no qual a família está inserida por já vir sofrendo ameaças desde o ano de 2020, segundo a CPT. Esses equipamentos servem para monitoramento das pessoas que circundam o sítio, como forma de segurança oferecida pelo PEPDDH e para que as autoridades policiais tenham acesso a mais elementos em investigações, caso necessário.   

As famílias acreditam que o crime tem relação com o conflito existente com o titular da propriedade do imóvel, Walmer Almeida da Silva, e temem que a situação no Engenho Batateiras volte a se tornar violenta, com episódios recorrentes de ameaça e tortura, como os ocorridos em 2020, que resultou em um episódio de tortura e disparos de arma de fogo

Ainda de acordo com a CPT, as famílias acreditam que esse crime pode ser um “recado” a mando do proprietário, para que elas saiam de seus sítios e suas residências. O ocorrido aumenta o clima de tensão na comunidade, conforme depoimento da moradora, cujo nome foi mantido em sigilo: “A gente tá inseguro [SIC], com medo, e ao mesmo tempo revoltado com isso, de ter que sair da nossa casa pra ter segurança”. 

Por estarem no programa de proteção, a agricultora e seu companheiro entraram imediatamente em contato com a Secretaria de Direitos Humanos junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT), que já está acompanhando o caso e tomando as medidas cabíveis. 

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Nesta terça-feira, 28 de janeiro, celebra-se no Brasil o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data marca o aniversário do episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí, quando três auditores do trabalho e um motorista foram assassinados quando fiscalizavam fazendas da zona rural de Unaí (MG), em 2004.

Os dados disponíveis na Secretaria de Inspeção do Trabalho do Governo Federal (SIT) mostram que nos últimos 24 anos, fiscais do trabalho encontraram 54.491 pessoas em situações de trabalho escravo no Brasil.

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Só em 2019, 1.054 trabalhadores foram resgatados vítimas de trabalho escravo. Desses, mais de 900 estavam trabalhando na zona rural.

De acordo com Francisco Alan Santos, coordenador da Campanha Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Combate ao Trabalho Escravo, apesar do Brasil ter feito avanços no combate ao trabalho nos últimos 20 anos, desde 2015 o país enfrenta alguns retrocessos importantes.

"De 2015 para cá, houve alguns retrocessos. Como por exemplo, o governo Temer quis tirar condições degradantes e jornadas exaustivas de trabalho através de uma Medida Provisória, houve toda uma mobilização social através do Ministério Público do Trabalho para modificar aquela Medida Provisória, considerando que o trabalho escravo tem que ter as condições de jornadas exaustivas e condições degradantes de trabalho", disse à Sputnik Brasil.

Outro fator que Francisco Alan Santos chamou a atenção para um possível retrocesso no combate ao trabalho escravo no Brasil foi a incorporação do Ministério do Trabalho ao Ministério da Economia, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.

"Os orçamentos para poder fazer esse trabalho de monitoramento foram diminuídos. Isso inviabiliza as fiscalizações e automaticamente o encontro desses trabalhadores que estão submetidos a essas práticas", explica o coordenador da CPT.

Francisco Alan Santos explicou que o artigo 149 da Constituição Federal define quatro elementos que podem definir escravidão contemporânea: trabalho forçado, jornadas exaustivas, servidão por dívida e condições degradantes de trabalho.

"Hoje na política de enfrentamento há uma decadência pela quantidade mínima de auditores fiscais para fiscalizar as denúncias, em 2019 nós tivemos 1054 trabalhadores encontrados nessas condições, está na média dos últimos anos, porém é um número ainda muito baixo porque há a falta desse efetivo de profissionais, como os auditores fiscais para poder fazer as fiscalizações", explicou.

Da Sputnik Brasil

Nas últimas décadas a Amazônia vem se destacando não somente pelo desmatamento, mas também pelo número de conflitos rurais registrados. Tendo como objetivo dar visibilidade aos conflitos rurais da região foi lançado na última sexta-feira (24), no auditório Fabrício Ramos Couto (CEAF), o livro “Atlas de Conflitos na Amazônia”, desenvolvido e produzido pelo Núcleo de Questões Agrárias e Fundiárias (NAF) e Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O Atlas faz um mapeamento dos conflitos em toda a região amazônica, trazendo informações relevantes para que a Promotorias de Justiça Agrária possa atuar. O livro também faz um levantamento de número de famílias que estão envolvidas nos conflitos, identidades das comunidades afetadas e os municípios onde eles estão localizados, entre outras informações. “O Atlas foi desenvolvido para dar evidência aos conflitos que existem na Amazônia. Não apenas aos conflitos que aconteceram durante este ano, mas aos conflitos que estão ativos há muitos anos e não foram solucionados”, explicou o coordenador regional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Gilson Rego.

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O coordenador disse que o Atlas trabalha com informações e dados baseados nos registros de todas as Comissões Pastorais da Terra que se encontram presentes em toda a Amazônia Legal. “A gente não trabalhou com marco temporal de data para os conflitos. Os únicos dados que são temporais são os assassinatos de 2015, 2016 e 2017”, explicou.

O Atlas é mais um meio de trocar informações com Ministério Público, que apoia o projeto e realiza frequentemente encontros com os movimentos sociais de diversas regiões para conhecimento sobre os conflitos existentes. Durante o evento foi realizada uma apresentação lúdica em homenagem às vitimas de conflitos rurais.

A Comissão Pastoral da Terra tem como objetivo realizar lançamentos em todos os Estados da Amazônia Legal, e em breve vai disponibilizar o Atlas em versão digital.

Por Ariela Motizuki.

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A chacina de nove sem-terra em Colniza (MT) e o ataque aos índios gamelas que deixou 13 feridos em Viana (MA) fazem parte de uma escalada de violência no campo acentuada em 2016, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

De acordo com a comissão, no ano passado foram contabilizados 61 assassinatos decorrentes de disputas agrárias em todo o Brasil. É o maior número desde 2003, quando aconteceram 73 assassinatos. Os dados mostram uma inversão na linha de queda das áreas de conflito agrário que vinha desde 2012.

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Ainda conforme a CPT, foram registradas 939 áreas onde existe conflito pela posse de terras em 2016, o maior número desde 2005, quando a comissão ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) detectou 955 áreas de conflito.

A CPT vincula o aumento da violência no campo ao crescimento da bancada ruralista no Congresso e à extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Ouvidoria Agrária Nacional, uma das primeiras medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer ao assumir interinamente a Presidência, em maio do ano passado.

A Ouvidoria Agrária é o órgão responsável por mediar conflitos pela posse de terra, principalmente nas Regiões Norte e Centro-Oeste, onde se concentram as disputas. O órgão foi extinto junto com o MDA, mas continuou funcionando nos Estados, com recursos reduzidos, até o fim do ano. Agora, a Ouvidoria foi recriada, subordinada ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e à Casa Civil, mas com uma estrutura menor.

Segundo o novo chefe do órgão, Jorge Tadeu Jatobá, até maio do ano passado a Ouvidoria tinha 13 funcionários comissionados. Agora, terá cinco.

Crise

O governo, por outro lado, culpa a crise econômica, que teria levado desempregados a trocar as cidades pelo campo, e a redução do ritmo das desapropriações e assentamentos, iniciadas ainda no governo Dilma Rousseff, pelo aumento da violência ligada às disputas agrárias. Mas reconhece que a extinção da Ouvidoria Agrária teve efeito negativo.

"Em nosso ver, existem fatores que causam essa crescente evolução do número de conflitos e mortes que estão muito relacionados à ausência neste período de um ano, aproximadamente, da Ouvidoria Agrária Nacional, que agora foi recriada. Houve um descenso nas políticas sociais voltadas para o campo. Isso aliado à questão do desemprego e da precariedade do trabalho no meio rural têm fomentado esses conflitos e mobilizações dos movimentos sociais", disse Jatobá.

"O que nós sentimos é que o Estado precisa tomar uma atitude mais forte quanto à regularização fundiária e à dominialidade das terras. Quando existem dúvidas e questionamentos se as terras são de origem pública ou privada isso fomenta a disputa", afirmou o chefe da Ouvidoria Agrária.

Resposta

Diante do agravamento do quadro, o governo tenta dar uma resposta rápida. De acordo com Jatobá, ainda nesta semana deve ser apresentado um relatório sobre a chacina em Colniza. O documento deve abordar tanto a questão da autoria dos crimes quanto a da disputa pela área onde aconteceu a chacina.

Além disso, o governo vai retomar os trabalhos da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, que inclui representantes do Incra, Ministério da Justiça e Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, interrompidos desde a posse de Temer.

Para Jatobá, se por um lado o fim do MDA tirou o status de ministério do aparato governamental responsável pela questão agrária, a subordinação do Incra à Casa Civil levou o assunto para o coração do governo.

CPI

O defensor nacional de direitos humanos, Anginaldo Vieira, da Defensoria Pública da União (DPU), entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), em caráter de liminar, para suspender a votação, nesta terça-feira, 9, do relatório da CPI formada pela bancada ruralista na Câmara contra a Funai e o Incra. Ele também pediu, no mérito, o cancelamento dos cem indiciamentos de pessoas que não foram ouvidas pela comissão.

Na semana passada, a CPI apresentou pedidos de indiciamento de servidores dos dois órgãos públicos, de antropólogos e do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

A comissão ignorou os assassinatos de índios e camponeses ocorridos nos últimos anos. Não foram citados mandantes de chacinas e pistoleiros. Dos quase 130 citados, a DPU estima, preliminarmente, que apenas quatro prestaram esclarecimentos. "Pela lei processual penal, não se pode imputar um crime a alguém sem que o acusado seja ouvido", disse Vieira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Manaus, o relatório-denúncia "Amazônia, um bioma mergulhado em conflitos" informa que a região lidera a ocorrência de assassinatos no campo. Dos 50 casos listados ano passado, 47 foram registrados no Norte do País, que abriga pelo menos nove grandes conflitos rurais.

Rondônia, com 20 ocorrências, e o Pará, com 19, lideram a lista de assassinatos. Outros seis foram registrados no Maranhão. Duas pessoas morreram no Amazonas e Mato Grosso. A região amazônica também concentra 50% de todas as tentativas de execução de indígenas, trabalhadores rurais ou camponeses. Ao todo, a CPT apurou relatos de 93 ameaças de morte em 2015.

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“Esta publicação quer ser uma amostra dos conflitos e suas causas. Em cada estado da Amazônia foi escolhido um conflito que, de certa forma, representa, ainda hoje, o mundo dos conflitos e da violência em que estão inseridas as comunidades do campo”, informa a apresentação da publicação, lançada oficialmente no dia 29 de fevereiro.

Foco - “A Amazônia é hoje a região de maior intensidade nos conflitos agrários no Brasil. Ano passado foram assassinados inúmeros camponeses, indígenas e lideranças populares nestes conflitos. E em 2016 já foram cinco assassinatos na Amazônia”, afirma Ruben Siqueira, da coordenação executiva nacional da CPT, Rubem Siqueira, em comunicado público. 

Com informações de Isane Pimentel.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE) se reuniu com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) para discutir a situação das escolas do campo. Em protesto realizado nessa segunda-feira (24), os manifestantes pediam melhorias na educação no interior do Estado, o não fechamento das escolas no campo e a construção de novas unidades de ensino, entre outros pontos abordados. 

O secretário Ricardo Dantas anunciou que será realizada uma reunião nesta quarta-feira (26), em Brasília, com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). No encontro, será discutida a viabilidade de construção de 15 novas escolas de ensino médio reivindicadas pelos grupos. 

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Sobre o fechamento das escolas no campo, o secretario afirmou que todas as unidades eram municipais. Será realizada uma convocação dos municípios para reuniões com o intuito de avaliar a necessidade da ação. Ainda na reunião, ficou acertado que a SEE atuará na reestruturação das unidades de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo a assessoria de imprensa do MST, o EJA no campo tem 5 mil alunos e até o próximo mês a reestruturação será iniciada.

Segundo a assessoria de imprensa do MST, a secretaria não atende a urgência da reivindicação quanto ao fechamento das escolas. Também não foi considerada a questão da institucionalização da educação no campo, que prevê uma regulamentação das escolas no interior do estado.

Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) se reunem nesta segunda-feira (24) em um protesto contra o fechamento das escolas do campo em Pernambuco. Cerca de 350 pessoas, entre crianças e adultos, ocupam nesta manhã a Secretaria de Educação de Pernambuco e as Gerências Regionais de Educação, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife.

Na manifestação, será realizada uma aula pública com o objetivo de denunciar o descaso com que a educação no campo vem sendo tratada. O ato simbólico também reivindica a criação de 15 novas escolas de nível médio para atender a demanda da população rural.

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As correntes Construindo um Novo Brasil (CNB), Articulação de Esquerda (AE), Consciência Socialista (CS), Coletivo PT para Todos (CPT) e Esquerda Popular Socialista (EPS) do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco lançaram, nesta sexta-feira (2), a candidatura do advogado Bruno Ribeiro para assumir o comando da sigla no estado, disputando o Processo de Eleições Diretas (PED). 

Apoiado por nomes petistas como o senador Humberto Costa, os deputados federais João Paulo e Pedro Eugênio, além do deputado estadual Sérgio Leite, Bruno afirmou que sua candidatura segue não apenas sendo mais um nome – como esteve criticando alguns correligionários – mas com um projeto idealizador ao crescimento da sigla. "Mais importante do que um simples nome, nós temos uma plataforma de ideias", destacou. O grupo lançou também nesta sexta um manifesto com 13 propostas para "reestruturar" o PT. Entre elas a superação da fragmentação atual da sigla, a criação de fóruns com os petistas eleitos e a construção de uma nova maioria política estadual.

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Uma dos assuntos mais enfatizados pelo postulante ao cargo foi a retomada da unidade partidária, que segundo Bruno já está sendo reencontrada com a unificação de fortes tendências em torno da sua candidatura. "Estamos reencontrando a consciência e o equilíbrio. A luta vai ser difícil porque estamos juntos, mas também vamos vencer porque já estamos juntos", disse. Ele acrescentou que após o PED o partido estará mais forte para discutir "de que maneira e com quem vamos andar em 2014".

Desde que foi anunciado, no início da semana, o nome de Bruno Ribeiro vem sendo vinculado a parlamentares pernambucanos como coadjuvante do cenário político sem muitos destaques, quanto a isso Ribeiro fez questão de afirmar o desejo de ser associado a tais personalidades. “Quero ser vinculado a Humberto, João Paulo, Lula, Eduardo Campos, Miguel Arraes, a advocacia da FETAPE e de outros órgãos. Isto me orgulha e não me constrange. Foi esta caminhada que me fez ser surpreendido com tal convocação”, pontuou. 

Quanto ao período de campanhas internas e com relação às criticas dos outros candidatos e possíveis postulantes, Ribeiro afirmou que sua candidatura será sem desentendimentos e tem o objetivo de unificar o PT. “Só brigam dois, quando dois querem e eu não vou responder as críticas. Não devolverei as pedras que jogarem em mim. Os grupos que não concordam com a minha candidatura serão tratados com respeito. Não teremos agressão nem no PED nem depois dele”, prometeu. Revelando ainda que “nunca acumulou divergências no partido” e está pronto para “construir respostas e diálogos para o crescimento do partido”.

Confira as declarações de Bruno Ribeiro:

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As tendências do Partido dos Trabalhadores Construindo um Novo Brasil (CNB), Articulação de Esquerda (AE), Consciência Socialista (CS), Coletivo PT para Todos (CPT) e Esquerda Popular Socialista (EPS) realizam nesta sexta-feira (2), às 14 horas, na sede estadual do partido, o lançamento oficial do nome de Bruno Ribeiro para concorrer presidência estadual do PT, dentro do Processo de Eleição Direta (PED).

O evento contará com a presença de deputados estaduais Manoel Santos, Sérgio Leite, Isabel Cristina e Odacy Amorim, do secretário de Transportes e deputado licenciado, Isaltino Nascimento, dos deputados federais João Paulo e Pedro Eugênio e do senador Humberto Costa. Na ocasião, segundo a assessoria de imprensa, também será distribuído pelas forças políticas um manifesto em que explicitam os compromissos do grupo para com o PED, o PT e Pernambuco.

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Votação - A escolha dos novos dirigentes será realizada em todo o território brasileiro onde o PT está organizado, das 9h às 17h no dia 10 de novembro. Segundo Souza, o partido está organizado em 98% dos municípios do Brasil. Nas cidades que possuem mais de 500 mil filiados haverá o auxílio de urnas eletrônicas. Já nos municípios menores, a votação seguirá através de cédulas, como é feito tradicionalmente.

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