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Os moradores do Cabo de Santo Agostinho, situado na Região Metropolitana do Recife, passarão por mais uma mobilização contra o mosquito da dengue. O mutirão vai acontecer nesta sexta-feira (19), a partir das 8h, no bairro de São Francisco, e vai percorrer diversas ruas do município. 

O itinerário do mutirão começará pela Rua 53 e seguirá até a comunidade do Alto do Miranda, com o objetivo de sensibilizar a população e mostrar que alguns materiais descartados podem acumular água em um dia de chuva.  Segundo a gerente de Vigilância em Saúde, Viviane Pina, alguns cuidados devem ser tomados para prevenir a dengue, como guardar os brinquedos, baldes e outros utensílios em local coberto.

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Além de colocar as garrafas descartáveis, copinhos usados e outros materiais inutilizados no lixo, separados do lixo comum. As plantas devem ser regadas normalmente, sendo que os pratos abaixo dos vasos precisam ficar cheios de areia para evitar o acúmulo de água. Ralos de pias também devem ser vedados com a tampinha própria para esta finalidade. As calhas devem receber inspeção e limpeza regularmente.

Sete pessoas já morreram em decorrência da dengue em 2013 na Paraíba. Os dados constam no 8º boletim emitido pela Vigilância Epidemiológica e foram registrados em várias cidades pelo Estado.

Arara, Conde, Pitimbu, Itaporanga e João Pessoa notificaram uma morte cada, enquanto Campina Grande registrou dois casos. Os números, no entanto, não são alarmantes, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, já que se igualam aos ocorridos no mesmo período do não passado.

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Já os casos de pessoas doentes tiveram um aumento de 4,8% no período de primeiro de janeiro a 6 de julho em relação a 2012. Até agora, 3.815 ocorrências da doença, dos quais 2.833 foram confirmadas e 982 foram descartadas.

Dos 74 doentes graves, 16 estão na capital, cinco em Campina Grande, três em São João do Cariri, e uma em Santana de Mangueira, Itaporanga, Santa Rita e Uiraúna, cada. Para evitar a dengue, é preciso manter enxutos vasilhames de garrafas, pneus e tudo o que juntar água.

As chuvas do início do inverno já começam a causar transtornos em relação às doenças infecciosas. A Região Metropolitana do Recife (RMR) começa a sofrer com os problemas causados pelos alagamentos com doenças típicas da temporada, como leptospirose e dengue. Segundo a infectologista Drª. Fátima Lima, neste período de inverno, o número de doenças cresce em aproximadamente 50%.

Casos de leptospirose estão relacionados com as enchentes, pois as chuvas trazem à superfície toda a água contaminada com urina dos animais dos esgotos e córregos. O risco de adquirir leptospirose pode ser reduzido evitando o contato ou ingestão de água que possa estar contaminada com urina de animais. Em caso de inundações, deve ser evitada a exposição desnecessária à água ou à lama.

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Em relação a dengue, as águas paradas ficam propicias ao desenvolvimento das larvas, aumentando a quantidade de mosquitos e consequentemente o risco de adquirir a doença. No Brasil, já foram encontrados vírus tipo um, dois, três e quatro. A dengue do tipo quatro não causa doença mais grave que os outros tipos de vírus, mas a entrada de mais uma variação do micro-organismo causa preocupação com a saúde pública.

“O tratamento dos pacientes é feito fundamentalmente com hidratação. Não deve ser utilizado medicamentos para dor ou para febre que contenham ácido acetilsalicílico, pois eles podem aumentar o risco de sangramentos em ambas as doenças” explicou Fátima Lima.

A Justiça de Tupã, no interior paulista, autorizou a prisão de moradores que não colaborarem com o combate à epidemia da dengue na cidade. Uma liminar, pedida pelo Ministério Público Estadual (MPE) e concedida pela Justiça, autoriza a prisão de moradores que não permitirem a entrada dos agentes sanitários em suas casas. A cidade vive uma epidemia com um caso positivo para cada 45 habitantes. São 63 mil habitantes com 1,4 mil doentes.

A liminar, proposta pelo promotor Mário Yamamura e concedida pelo juiz da 3ª Vara Cível de Tupã, Emílio Gimenez Filho, permite que os agentes de saúde entrem nas residências para recolher objetos que possam servir de criadouros do mosquito transmissor da doença e para fazer a pulverização de inseticida. A decisão foi tomada depois que a Prefeitura reclamou que os moradores estavam impedindo que agentes de fiscalização do Programa contra a Dengue entrassem nas residências para fazer o combate à doença.

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A medida também vale para imóveis que estejam fechados ou desabitados, com acesso não permitido em todo município. Segundo a secretária de Saúde de Tupã, Ana Carolina Yafuzo, caso seja necessário, os agentes podem pedir ajuda da Polícia Militar para entrar nas casas. Segundo Gimenez, se alguém dificultar o trabalho dos agentes poderá preso em flagrante pelos crimes de resistência e desobediência civil. O número de doentes em Tupã em 2013 supera o recorde registrado em 2010, quando 1,3 mil pessoas foram contaminadas pela dengue.

Mais uma morte por dengue, a oitava deste ano na cidade, foi confirmada nesta quinta-feira, 23, pela Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto. A vítima, uma moradora da cidade com 81 anos, era portadora de outras doenças e fazia parte do grupo de risco. Ela permaneceu internada quatro dias num hospital da cidade.

O óbito ocorreu no dia 21 de abril e a Vigilância Epidemiológica do município aguardava o resultado dos exames das vísceras da paciente, realizados pelo Instituto Adolfo Lutz.

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A morte foi causada por dengue com complicações. Na segunda-feira, 20, a Secretaria havia confirmado a sétima morte, de uma paciente com apenas 20 anos, residente no município. Rio Preto enfrenta uma epidemia da doença e já registrou 10 mil casos de dengue desde janeiro.

Em menos de cinco meses, a Baixada Santista registrou mais de 25 mil casos de dengue, um número considerado recorde em todo o Estado de São Paulo. O balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde aponta ainda um recorde histórico na região, ultrapassando os números registrados em 2010, quando a Baixada apresentou um quadro crítico da doença, avaliada como uma verdadeira epidemia.

Os primeiros casos da doença começaram a aparecer logo após a virada do ano. Em março, pelo menos seis das nove cidades que integram a região metropolitana da Baixada Santista já haviam decretado situação de emergência, que ocorre quando há o registro de 100 casos da doença para cada 100 mil habitantes.

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Outro fato que chamou a atenção das autoridades sanitárias foi a elevação do número de óbitos: 11 nos primeiros quatro meses. Foram cinco mortes em Santos, três em Cubatão, duas em São Vicente e uma no Guarujá. O Instituto Adolfo Lutz ainda avalia outras cinco mortes suspeitas. No pico da epidemia em 2010, 71 pessoas morreram em consequência da doença.

Levantamento efetuado pela Secretaria Estadual da Saúde mostra que em todo o Estado de São Paulo foram registrados 42.400 casos de dengue. Santos é a cidade com o maior número de pessoas infectadas: 9.126 casos, seguida por Cubatão, com 4.284 e São Vicente, com 2.304.

Diante do aumento do número de casos, as prefeituras das nove cidades desencadearam uma série de ações para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, já que o clima quente e úmido favorece a proliferação do inseto. Paralelamente, toda a região foi obrigada a ampliar a rede de atendimento de urgência e emergência.

Em Santos, as Unidades Básicas de Saúde expandiu o horário de funcionamento para que as pessoas fossem facilmente atendidas, sem a necessidade de recorrer aos prontos-socorros. Com a queda da temperatura no decorrer deste mês, a expectativa dos médicos é de que a incidência da doença apresente um declínio.

A Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto (SP) confirmou nesta segunda-feira a sétima morte por dengue na cidade desde o início de 2013. O município vive uma epidemia da doença e já registrou dez mil casos desde janeiro. A morte mais recente vitimou uma mulher de 20 anos, residente na cidade. Os primeiros sintomas apareceram no dia 10. A paciente foi internada quatro dias depois no Hospital Austa, mas apresentou piora do quadro e morreu no dia 15. Com a confirmação da causa da morte, o caso foi classificado pela Vigilância Epidemiológica como decorrente de "dengue com complicação".

SERGIPE - A Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju (SMS), através do Programa Municipal de Controle da Dengue, garantiu através de um trabalho intensivo que não ocorressem 95,60% dos casos de dengue esperados para o período de janeiro a abril deste ano. 

Essa semana, a SMS divulgou o terceiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti(LIRAa) de 2013, realizado entre os dias 29 de abril a 3 de maio deste ano. Este LIRAa era esperado como um dos mais altos índices do ano, devido ao período de chuvas que favorece locais de desenvolvimento do mosquito no meio ambiente, principalmente nos quintais das casas. Durante o levantamento foram encontrados em locais como: churrasqueiras, freezers, latas de tinta, pneus, bacias, baldes e tampas de baldes.

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A coordenadora do programa, Taíse Cavalcante, disse que em números absolutos eram esperados 5.370 casos, mas foram notificados apenas 236. Esse número de mais de cinco mil casos esperados ocorre porque o Ministério da Saúde (MS) calcula que 2% da população tenha dengue durante o ano.

Comunidade unida 

Dos 41 bairros pesquisados em Aracaju, nove foram classificados em baixo risco e 32 bairros em médio risco nenhum foi classificado com risco para surto ou epidemia. Apesar dos números satisfatórios, Taíse Cavalcante ressalta que a comunidade tem que continuar colaborando, principalmente, nessa época, que é favorável ao desenvolvimento do mosquito.

Para a secretaria de saúde a comunidade tem um papel importante neste controle, pois deve intensificar e mobilizar toda a sociedade no cuidado e no tratamento mecânico, que é a eliminação de locais com probabilidade de se tornar criadouro do mosquito através do controle físico e manejo ambiental.  

O Ministério da Saúde divulgou recentemente uma queda nos casos de dengue nas primeiras semanas de abril em comparação com o mesmo período do mês de março. Ficou registrado um pico da transmissão da doença na primeira semana do mês com 84.122 casos. A redução aconteceu em todas as regiões do país. 

Depois desse período houve uma redução significativa na segunda semana de abril que registrou 35.351 casos da doença, representando uma redução de 58%. Em Pernambuco, mesmo com as chuvas a Secretaria de Saúde afirmou que houve uma queda de 90% na transmissão da doença.  A secretaria ainda informou que o trabalho é continuo, sempre relembrando a população as formas de prevenção através de ações no Estado.   

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“Neste ano tivemos uma intensa transmissão da dengue, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste. Em todo o país, foi registrado um aumento de 189% em relação ao ano passado”, conta o Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.  Ele ainda explica que as causas do aumento também se dar devido ao novo subtipo do vírus, o DENV 4. 

Pelo menos 22 pessoas já morreram em decorrência da dengue no Estado de São Paulo. Nesta quinta-feira, 18, a Secretaria da Saúde de São Vicente, na Baixada Santista, confirmou a morte de uma jovem de 18 anos por dengue hemorrágica. Foi o segundo óbito na cidade, o sétimo na região. Na quarta-feira, o Departamento de Vigilância em Saúde de São José do Rio Preto divulgou dois novos óbitos ocorridos no município por dengue hemorrágica. Um deles, um paciente de 78 anos, morreu no dia 16. O outro caso referia-se a um homem de 73 anos morto em 27 de março, mas só nesta semana a positividade para a doença foi confirmada.

Até o dia 4 de abril, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo tinha confirmado 12 óbitos ocasionados pela doença na capital e nas regiões de Bauru, Baixada Santista, Presidente Prudente, Sorocaba, São José do Rio Preto, Taubaté e Registro. Na segunda-feira, foram confirmadas mais três mortes em Santos e uma em Bauru. Após o relatório da Secretaria, ocorreram óbitos também nas cidades de Andradina, Bebedouro e Guarujá. Há ainda mortes sob investigação em Itanhaém e Bertioga. No último balanço da Secretaria, o Estado tinha confirmados 42.445 casos autóctones (contraídos no próprio local) de dengue, o que representava uma taxa de incidência de 102,9 casos para cada 100 mil habitantes.

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De acordo com norma do Ministério da Saúde, caracteriza-se epidemia quando há 300 casos para cada 100 mil habitantes. São José do Rio Preto, Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Ribeirão Preto e Barretos estão entre as cidades com maior incidência de dengue. A Secretaria informou que trabalha apenas com casos confirmados da base de dados oficiais do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Os municípios que alimentam o sistema, no entanto, têm um prazo de três meses para atualizar os casos.

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, através da Secretaria de Saúde, anunciou a criação de um Comitê de Mobilização para Controle da Dengue. O grupo pretende estimular que as entidades e a população possam ajudar na mudança de hábito necessária para a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da doença.

Na ocasião, os participantes se comprometeram em criar ações que contribuíssem para a execução do plano de Controle à Dengue desenvolvido pela gerência de Vigilância em Saúde. Dentre as ações emergenciais estão a remoção de pneus e entulhos nos terrenos baldios. 

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Quem quiser ajudar, obter informações ou denunciar possíveis focos da dengue pode entrar e contato pelos números 3524-9030 e 3521-6720.

Com informações da assessoria

Com o aumento do número de casos de dengue nos últimos dias no Oeste Paulista e na Baixada Santista, os municípios de Santos e São José do Rio Preto decretaram situação de epidemia. De acordo com informações da Secretaria Estadual da Saúde, até a última quinta-feira (4) foram registradas 12 mortes este ano em todo o Estado e há 42.445 casos confirmados. O número representa uma taxa de incidência da doença considerada média (102,9 casos para cada 100 mil habitantes). De acordo com o Ministério da Saúde, há Estados em que essa taxa chega a 3.105 casos.

Em São José do Rio Preto, o número de casos notificados até esta quarta-feira (10) chegava a 21.838 - 4.940 foram confirmados. Três pessoas morreram. Os números mostram um aumento expressivo em relação a todo o ano passado, quando houve 433 casos na cidade.

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Em Santos, a situação é semelhante. Na última segunda-feira (8) a cidade apresentava 4.045 casos de dengue confirmados, com um óbito e outros três em investigação. Em 2012, foram 535 casos e nenhum óbito.

As secretarias municipais da Saúde lembram que a última epidemia nos dois municípios aconteceu em 2010. Na ocasião, Santos teve mais de 8.000 pessoas infectadas e 23 óbitos. Em São José do Rio Preto, a epidemia atingiu 24.286 pessoas e houve 11 vítimas fatais.

As autoridades de saúde destacam que o aumento no número de casos está em parte relacionado a um novo tipo do vírus presente no País, o DEN-4. Como essa variação não circulava no Estado há mais de duas décadas, uma parcela maior da população está suscetível à doença.

"No caso da dengue, uma vez que a pessoa contrai um dos vírus, ela produz anticorpos específicos e fica imune àquele sorotipo da doença", explica o chefe do laboratório de virologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Celso Granato. "São quatro as variações do sorotipo da dengue e a gravidade da doença pode ser maior no caso de uma segunda infecção." Segundo Granato, não é possível estabelecer uma relação direta, mas quando há uma maior probabilidade de casos graves, estatisticamente há também um aumento no número de mortes provocadas pela doença.

Idosos

O Ministério da Saúde divulgou nota nesta quarta-feira (10) alertando para um índice maior de mortalidade pela doença em pessoas com mais de 60 anos. De acordo com os dados da pasta, pessoas nesta faixa etária tem 12 vezes mais risco de morrer por dengue. "As causas não estão completamente esclarecidas, mas podem estar relacionadas com a maior prevalência, nesta faixa etária, de doenças crônicas, como cardíacas, diabetes, entre outras", informou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Mesmo com a redução de 95% nos casos de dengue no município de Olinda, as ações de prevenção à doença continuam e precisam ser intensificadas devido a chegada do inverno. O Comitê de Combate a Dengue  iniciou a ação no dia 4 de Abril e já passou pelos bairros Aguazinha e Jardim Brasil V.

Desta vez, os lugares beneficiados são: Jardim Atlântico (que receberá a visita dos agentes no próximo dia 11), Jardim Brasil (18) e Bultrins (25). De janeiro a março foram notificados 79 casos de dengue em Olinda, sendo 13 confirmados de dengue clássica, o que representa forte redução em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 1.811 casos.

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Minas Gerais segue liderando o ranking de casos notificados de dengue no País neste ano. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado, divulgados nesta quinta-feira (4), até o momento, foram notificados 165.845 casos no Estado, muito acima do registrado em todo o ano de 2012 (46.681) e o primeiro trimestre de 2010 (123.254), quando houve forte avanço da doença no País. O Estado tem 43.119 casos já confirmados, quase o dobro do ano passado inteiro (22.105), e 37 óbitos, um aumento de mais de 100% em relação a todos os casos registrados no ano passado (18).

Se em números absolutos, no entanto, o avanço da dengue no Brasil foi liderado no primeiro trimestre por Minas Gerais, a doença atingiu de forma mais intensa a população do Mato Grosso do Sul, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do MS, também divulgado na quinta-feira. A taxa de incidência da doença no Estado é de 3.133,6 notificações por grupo de 100 mil habitantes. Na prática, isso significa que mais de 3% dos 2,4 milhões de habitantes do Estado notificaram suspeita de dengue nos primeiros meses de 2013.

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A taxa de incidência permite ver a exposição de uma população à doença, explica o chefe do laboratório da virologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Celso Granato. "O dado mostra que o risco que uma pessoa tem de pegar dengue no Mato Grosso do Sul é muito maior do que em São Paulo, por exemplo". A partir de 300 casos por 100 mil habitantes, continua o professor, passa-se a considerar o quadro como de alto risco de transmissão. Em Minas Gerais, o índice ficou em 669,9 casos a cada 100 mil habitantes.

Campo Grande, com mais de 41 mil casos suspeitos no trimestre, teve mais da metade das notificações do Estado. A capital confirmou 10 óbitos pela doença neste ano, enquanto que, em todo o Mato Grosso do Sul, o número de mortes por dengue comprovadas foi de 22.

O pico da epidemia no Estado, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde, ocorreu no início de fevereiro, quando mais de 8,6 mil novas suspeitas chegaram a ser notificadas em uma única semana. Desde então, perdeu força, até atingir, no último levantamento, cerca de 2,6 mil notificações na 13ª semana do ano. "Houve uma redução (da evolução da dengue), mas ainda é um número muito alto", avalia Granato, da Unifesp.

A diretora geral de vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul, Bernadete Lewandowski, argumenta que, embora o número de notificações por semana ainda esteja alto, o avanço da dengue no Estado foi controlado, como resultado de ações da Secretaria nos municípios mais afetados, entre eles Campo Grande.

Além do Mato Grosso do Sul, outros nove Estados registram quadro de alta transmissão da dengue, com taxa acima de 300 casos notificados/100 mil habitantes (até 23 de março), de acordo com o Ministério da Saúde. São eles: Rio de Janeiro (405,1), Paraná (448,6), Rondônia (498,7), Tocantins (641,1), Minas Gerais (669,9), Acre (677,4), Mato Grosso (774), Espírito Santo (801,5) e Goiás (1.366,9). De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde da pasta, todos passam por um cenário de epidemia da doença.

O salto do número de notificações da dengue no Brasil neste ano é atribuído pelo Ministério da Saúde, entre outros fatores, à introdução de um novo tipo do vírus da dengue, o DEN-4, que não circulava no País desde os anos 80. Dessa forma, toda a população com menos de 30 anos não apresenta imunidade. Nota divulgada pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais destacou também que a troca de comando em mais de 80% das prefeituras do Estado, no início deste ano, pode ter contribuído para a interrupção de ações de prevenção.

A Secretaria de Saúde de Olinda realiza nesta quinta-feira (4) um mutirão de combate à dengue. As atividades serão realizadas no bairro de Aguazinha, das 8h às 13h. A concentração será no Posto de Saúde da Família (PSF) de Jardim Brasil V.

De lá, a equipe segue pelas ruas Marta, Clarice, Livia, Tereza e Juracy. Na ocasião, agentes vão distribuir panfletos informativos e farão visitas as casas do bairro à procura de possíveis focos do mosquito.

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Já nas ruas, será feita uma limpeza pela equipe da Secretaria de Serviços Públicos. Ainda neste mês outros mutirões serão realizados nos bairros de Jardim Atlântico (11), Jardim Brasil (18) e Bultrins (25). 

Com informações de assessoria

Uma casa foi demolida nesta terça-feira no bairro Fabrício, em Uberaba (MG), durante ação dos agentes de combate à dengue. Eles argumentaram que o imóvel, que estava desabitado, tinha vários focos de criadouros do mosquito transmissor e foi alvo de muitas reclamações de vizinhos. A ação foi a primeira após o reforço de 15 agentes de combate à doença enviados pelo governo de Minas Gerais chegarem à cidade.

Uma equipe da Defesa Civil foi chamada para auxiliar e utilizou tratores para demolir as paredes e caminhões para remover o entulho. Os novos agentes são do Centro de Controle de Zoonoses e devem ficar cerca de duas semanas na cidade. Outros bairros são considerados prioritários e estarão sendo percorridos também nesse período, caso do Jardim Uberaba e da Vila Raquel.

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O número de infectados com a dengue em Uberaba já estava em 10.479 pessoas, segundo último boletim, divulgado há 12 dias, sendo computadas ainda nove mortes em decorrência da doença. A Secretaria Municipal de Saúde alega, porém, que a incidência de novos casos vem caindo. Por outro lado, segue ampliando o combate ao mosquito transmissor. Agora são quatro carros "fumacê" que espalham veneno nas ruas.

As notificações de casos de dengue em Minas Gerais em 2013 já superaram as ocorrências registradas em todo o ano passado. De acordo com o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Minas, até 21 de março foram 123.694 casos notificados, sendo que 33 mil já foram confirmados. De janeiro a dezembro de 2012, por outro lado, foram 46.681 notificações (22 mil confirmados). Segundo a pasta, o Estado está em período epidêmico de dengue.

O número de óbitos causados pela doença até 21 de março também já superou o acumulado do ano passado. Neste ano, foram 28 mortes, em comparação com 18 em 2012.

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A diretora de Vigilância Ambiental da Secretaria, Marcela Lencine Ferraz, argumenta que um aumento dos casos de dengue neste período do ano já era previsto, sobretudo pelas temperaturas mais elevadas, entre outros fatores. No entanto, a pasta não esperava por números tão elevados. "Estamos em alerta extremo", diz.

Dos óbitos por dengue registrados no Estado até 21 de março, nove aconteceram na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro. As outras cidades com registros de morte por dengue são Uberlândia, Carangola, Frei Gaspar, Buritizeiro, Ituiutaba, Ipanema, Teófilo Otoni, Pirapetinga, Pirapora, São Geraldo do Baixio, Montes Claros, São João da Ponte, Campos Altos, Contagem e Muriaé.

Em comparação com os últimos cinco anos, o número de óbitos até 21 de março deste ano só não supera os 12 meses de 2010, quando 106 pessoas morreram. Naquele ano, foram mais de 268 mil notificações.

O quadro de transmissão é mais crítico no pequeno município de Veríssimo. Há 491 casos notificados para uma população de apenas 3,4 mil habitantes. Já em números absolutos, Uberaba lidera em número de notificações: 8.888 até 21 de março.

Sorotipo

A diretora de Vigilância Ambiental da Secretaria diz que o principal fator que determinou esse salto nas estatísticas de dengue foi a introdução, há dois anos, de um sorotipo do vírus, o DEN-4, que não circulava no Estado havia quase 30 anos. Dessa forma, diminui a parcela da população com imunidade ao vírus da dengue. A pasta acrescenta que a troca de comando em mais de 80% das prefeituras do Estado, no início deste ano, pode ter contribuído para a interrupção de ações de prevenção.

Depois de Santos e de Praia Grande, Cubatão acaba de decretar epidemia de dengue no município. Na segunda-feira (25), a cidade atingiu o número de 262 casos da doença. Unidades básicas de saúde e prontos-socorros de toda a Baixada Santista vêm apresentando aumento considerável de atendimento de pacientes, todos com suspeita de dengue. Na semana passada, Santos confirmou o quadro epidêmico, com a ocorrência de 2.359 casos. Em apenas uma semana, houve um aumento de 97% de casos, somente em Santos, fato que vem deixando as autoridades sanitárias bastante preocupadas com a situação.

Em Praia Grande, foram confirmados 859 doentes. No total, houve o registro de 4.168 casos da doença, em toda a Baixada, que deve apresentar um crescimento da dengue nos próximos dias, tendo em vista o elevado número de pessoas que aguardam o resultado dos exames de sangue para confirmação do diagnóstico. No ranking da doença, São Vicente aparece em quarto lugar, com 277 casos, seguido por Guarujá, com 264. Até cidades menores, como Bertioga e Peruíbe, vêm se preocupando com o avanço da doença, após o registro de 86 e 35 casos, respectivamente.

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Segundo informou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Cubatão, o alerta foi feito na segunda-feira porque, de acordo com protocolo do Ministério da Saúde, a epidemia só pode ser considerada a partir da ocorrência de 300 casos para cada 100 mil habitantes. Bastariam 241 confirmações para que a cidade decretasse a epidemia.

A situação, entretanto, é mais crítica em Santos, que decretou alerta máximo contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Mutirões semanais estão sendo desencadeados em diversos bairros, enquanto os agentes fazem operação pente-fino para eliminar os focos do inseto nos imóveis abandonados. Até força policial foi solicitada pela coordenadoria do programa de combate ao Aedes, na semana passada, a fim de entrar em um imóvel abandonado no bairro do Boqueirão, considerado área nobre da cidade. No local, abandonado há mais de dois anos, inúmeros focos do mosquito foram localizados. Dezenas de moradores dos prédios vizinhos contraíram a doença e vinham denunciando o possível foco na vizinhança, quando a Secretaria da Saúde solicitou apoio policial e contratou um chaveiro para entrar no imóvel.

Antes de chegar a esta situação, a prefeitura já havia encaminhado inúmeras intimações ao proprietário, que não respondeu à demanda. No ano passado, foram feitas 124 intimações, sendo aplicadas 21 multas. Só neste ano, em menos de três meses, já foram encaminhadas 69 intimações e aplicadas sete multas contra os responsáveis pela proliferação dos focos do mosquito.

Os equipamentos de coleta de dados do Censo começaram a ser usados no combate à dengue. Desde o mês passado, agentes de endemias de três municípios fluminenses - Magé, Duque de Caxias e Nova Iguaçu - têm feito registro em tempo real das visitas domésticas em busca de focos do mosquito transmissor da doença. A intenção da Secretaria Estadual de Saúde é dar agilidade na elaboração de relatórios e montar um banco de dados que permita localizar as áreas de maior e menor incidência da doença.

Com base nos resultados, caberá às prefeituras traçar ações emergenciais e, quando necessário, reorganizar a distribuição de agentes para dar prioridade às áreas críticas. De 1º de janeiro até 16 de março deste ano, foram notificados 53.072 casos suspeitos de dengue no Estado do Rio de Janeiro, com duas mortes, em Magé e Volta Redonda. No mesmo período de 2012, houve 40.172 casos notificados e seis mortes. Dos 92 municípios, 35 estão em epidemia, com mais de 300 casos por cem mil habitantes.

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Os aparelhos de coleta de dados foram cedidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, em troca, os agentes de endemias atualizarão a base censitária, confirmando ou alterando informações sobre as residências e estabelecimentos comerciais que visitam. "Desenvolvemos um programa para que as informações de cada casa já cheguem georreferenciadas, indicando a localização exata. E o banco de dados permitirá priorizar uma determinada área e diminuir ou aumentar o número de vistas em cada região", diz o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.

Atualmente, os registros dos agentes de endemias são feitos à mão e processados apenas uma vez por semana e, com o novo sistema, as atualizações poderão ser diárias. "Teremos maior agilidade e maior fidedignidade dos dados", diz Chieppe. Desde o lançamento do programa, inédito no País, no início do ano, 65 municípios pediram adesão ao sistema e receberão os aparelhos de coleta de dados nas próximas semanas. Nos três primeiros municípios, foram distribuídos 600 aparelhos. A expectativa é de que cada um dos dez mil agentes de endemias do Estado tenha um aparelho para registro em tempo real.

Boletim da dengue divulgado na tarde desta sexta-feira pela Divisão Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto aponta um aumento de 2.796% nos casos da doença na cidade neste ano. Foram 1.043 diagnósticos confirmados nos dois primeiros meses do ano contra apenas 36 no mesmo período do ano passado.

Apesar da alta, a Secretaria de Saúde informa que os números não indicam uma epidemia da doença na cidade. Para isso, faz uma comparação com os números de 2011, o que resulta em queda, e não do ano passado. O motivo é que 2012 teria sido um ano atípico com relação à dengue em Ribeirão Preto.

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Maria Luiza Santa Maria, diretora da Divisão de Planejamento em Saúde da prefeitura, diz que não é possível falar em epidemia. "Não posso avaliar essa situação em números absolutos, mas através de vários indicadores", afirma. Ela cita que hoje são 170 casos para cada 100 mil habitantes o que, segundo ela, não é tão preocupante. Sobre a comparação com o ano passado, ela alega que não vale porque agora é maior a circulação do vírus tipo 4 e a população está mais suscetível a contrair a doença. E compara Ribeirão Preto com Campo Grande (MS) e cidades do Nordeste, onde a situação estaria mais crítica.

A diretora em Saúde conta que os tipos 1, 2 e 3 circulam há muito tempo em Ribeirão, enquanto que o tipo 4 começou a ser registrado em março do ano passado. Então, nessa análise, a população estaria mais propensa a contrair a dengue agora. Maria Luiz afirma que no fim do ano passado a preocupação era grande de que poderia haver uma explosão de casos no município neste início de 2013, mas que apesar do número elevado, está abaixo das expectativas.

Ela falou que hoje gira em torno de 20% o porcentual de casos suspeitos que se confirmam. Esse índice já chegou em outros anos a 80%. "Por isso, não podemos dizer que a situação é tão grave. Além disso, a rede de saúde está conseguindo atender os doentes de forma rápida", justifica.

Criadouro

Para a diretora, a maior preocupação é com a quantidade de criadouros nos imóveis e a positividade das análises. Apesar das campanhas de combate, em cerca de 10% das residências de Ribeirão Preto são localizados criadouros do mosquito transmissor, como vasos, garrafas, latas e outros objetos que armazenam água parada.

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