Tópicos | Douglas Garcia

O candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) voltou a afirmar que repudia ataque às mulheres. O candidato citou, mais uma vez, o ato do seu correligionário, Douglas Garcia, que atacou a jornalista Vera Magalhães nos bastidores do último debate.

"Repudio qualquer ataque às mulheres, repudiei veemente o que aconteceu no debate da TV Cultura", disse o ex-ministro da Infraestrutura durante debate esta noite. Tarcísio também se comprometeu a criar uma plataforma de governo "viva" para mulheres, começando pela criação de uma secretaria dedicada para o público feminino.

##RECOMENDA##

Tarcísio aproveitou a pergunta sobre mulheres para fazer ataques à atual gestão paulista no que tange a políticas públicas voltadas à saúde e educação, por exemplo. "O respeito à mulher vai além e inclui o respeito aos filhos, também", disse, ao mencionar que "22% das escolas estavam sem professores."

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) recebeu 8 representações contra o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) até a manhã desta quinta-feira (15). O parlamentar atacou a jornalista Vera Magalhães nos bastidores do debate da TV Cultura, na última terça-feira (13). Na abordagem, ele a hostilizou, repetindo acusações feitas anteriormente pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), e repetiu alegações falsas sobre o salário de Vera na emissora.

O Conselho de Ética informou que deve notificar o deputado nesta quinta. A partir do recebimento do e-mail, o parlamentar terá o prazo de 5 sessões legislativas para apresentar sua defesa prévia sobre o episódio.

##RECOMENDA##

Até o momento, estes são os autores das representações contra o deputado:

- Emidio de Souza e Paulo Fiorilo (PT)

- Marcia Lia (PT) e Leci Brandão (PCdoB)

- Isa Penna (PCdoB)

- Patrícia Bezerra (PSDB)

- Mônica Seixas (PSOL)

- Luiz Fernando (PT)

- Vinicius Camarinha (PSDB)

- Carla Morando (PSDB)

A tendência é que as representações sejam apensadas (reunidas) para que a tramitação aconteça de forma unificada, como ocorreu no caso do ex-deputado Arthur do Val, cassado em maio. O Conselho de Ética se reúne para avaliar a admissibilidade do processo após o deputado apresentar sua defesa prévia. As punições possíveis vão de advertência até cassação. Apenas as duas sanções mais graves, suspensão do mandato e cassação, precisam ser votadas em plenário.

Veja qual é o rito para a cassação de um parlamentar da Alesp:

- O deputado estadual tem cinco sessões legislativas para apresentar sua defesa prévia;

- Uma vez apresentada a defesa prévia, será marcada uma reunião para que o Conselho de Ética avalie a admissibilidade do processo; se admitido, a presidente do Conselho, Maria Lúcia Amary (PSDB) deve nomear um relator para o caso;

- O relator apresenta seu parecer com uma das quatro penalidades possíveis: advertência, censura verbal ou escrita, suspensão do mandato ou cassação;

- Os dez deputados do Conselho de Ética votam o parecer; em caso de empate, a presidente dá o voto de desempate;

- Se for aprovada a perda temporária ou a cassação, o parecer vai a plenário para ser votado pelos demais deputados; para aprovar as punições mais graves, é necessário que se forme maioria simples, ou seja, de 48 parlamentares.

Douglas também é alvo de uma representação da candidatura coletiva Bancada Feminista do PSOL, mas como a peça não é de autoria de deputados, não é encaminhada para o Conselho de Ética. Em vez disso, segue para apreciação da Mesa Diretora da Alesp. Procurado pelo Estadão, o parlamentar ainda não se manifestou.

Pelas redes sociais, senadores prestaram solidariedade à jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura. Os parlamentares repudiaram a atitude intimidatória do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP) contra a profissional e reforçaram o apelo pela manutenção de uma cultura de respeito e de paz.

   A jornalista foi alvo de intimidação do deputado durante o debate com os candidatos ao governo de São Paulo realizado pela emissora com o jornal Folha de S.Paulo e UOL, nesta terça-feira (13).   

##RECOMENDA##

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o ataque feriu a honra e a dignidade da profissional. “Esse tipo de comportamento hostil e mal-educado, com contornos também de oportunismo e covardia, não é, e nunca será, um padrão de conduta dos brasileiros. Que prevaleça, no Brasil, a cultura do respeito, inclusive aos jornalistas e às mulheres”, afirmou. 

Douglas Garcia é candidato a deputado federal. Ele foi ao debate acompanhando a comitiva do candidato Tarcísio Freitas (PL). Ao final da transmissão, Douglas ajoelhou-se diante de Vera Magalhães e, gravando vídeo com o celular, perguntou se a jornalista da TV Cultura recebeu dinheiro para falar mal do governo Bolsonaro. Douglas ainda chamou a jornalista de “uma vergonha para o jornalismo”, repetindo a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) à profissional no debate da TV Band, em 28 de agosto. 

 Na avaliação do senador Paulo Rocha (PT-PA), esse tipo de ataque indica que “a misoginia, o ódio às mulheres, é um elemento fundante do bolsonarismo”.   

“Eles podem até disfarçar, mas são todos cúmplices da violência contra mulheres e jornalistas praticada por Bolsonaro e seus pares. Jornalista Vera Magalhães foi agredida durante o debate  ao governo de SP”, acrescentou. 

 A senadora Simone Tebet (MDB-MS) reforçou as críticas e disse que o que está em jogo nessas eleições é o futuro do Brasil como “civilização”.  “Espero que a Polícia Civil de São Paulo, a Assembleia Legislativa de SP e o Partido Republicanos tomem providência”, afirmou.   

Já Randolfe Rodrigues (Rede-AP) classificou o autor como covarde e elogiou a atitude do apresentador e mediador do debate, Leão Serva. O apresentador intercedeu e tomou o celular da mão do deputado, enquanto seguranças retiravam o agressor do local. 

“Os fascistas não suportam ver uma mulher em seu espaço de trabalho, tomando suas decisões e desnudando a corrupção deles. Agridem porque são covardes! Ao grande Leão Serva, minhas palmas. É assim que se combate um fascista!”, enfatizou Randolfe. 

 Os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Alessandro Vieira (PSDB-SE) também saíram em defesa da jornalista e do respeito à atuação profissional de todas as mulheres. 

 “Toda solidariedade à Vera Magalhães e às várias jornalistas competentes e corajosas que seguem prestando um enorme serviço para a democracia brasileira”, ressaltou Alessandro.   

*Da Agência Senado

Após a jornalista Vera Magalhães ser hostilizada pelo deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) nos bastidores do debate da TV Cultura na noite desta terça-feira (13), diversos presidenciáveis saíram em defesa da profissional.

O ex-presidente Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) se manifestaram em apoio à jornalista. Dentre os quatro candidatos à Presidência melhor posicionados nas pesquisas de opinião, somente Jair Bolsonaro (PL) ignorou o ocorrido. Na manhã desta quarta-feira (14), o presidente utilizou o Twitter para falar sobre o programa social Casa Verde e Amarela.

##RECOMENDA##

O ataque de Garcia à jornalista ocorreu no final do debate ao governo de São Paulo. O parlamentar foi até Vera e a abordou de forma truculenta, reproduzindo acusações que o presidente Jair Bolsonaro fez no primeiro debate presidencial da campanha, na Band TV, ocorrido no dia 28 de agosto. "A senhora é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", gritou o parlamentar.

O parlamentar Douglas Garcia filmou sua discussão com a jornalista Vera Magalhães, ocorrida ao final do debate da Cultura. Garcia também repetiu uma falsa acusação sobre o salário da jornalista, fake news que havia sido veiculada por ele já em 2020. O parlamentar teve de ser separado de Vera Magalhães por um segurança e só parou de ofender a jornalista quando teve seu celular tomado por Leão Serva, diretor de redação da TV Cultura.

Antes do debate, o deputado fez uma publicação em suas redes sociais em tom de deboche questionando se a jornalista compareceria ao evento.

Confira as manifestações dos presidenciáveis e de políticos brasileiros:

Logo de manhã, o ex-presidente Lula ressaltou o caráter machista dos ataques, afirmando que "debates deveriam ser notícia pelas propostas, não por ataques contra mulheres jornalistas".

Simone Tebet responsabilizou o presidente Bolsonaro pelos ataques contra Vera Magalhães. "O comportamento covarde do Presidente é uma licença para esse tipo de absurdo, agora de um parlamentar", ela afirmou no Twitter.

Ciro Gomes classificou o ataque como "uma múltipla ação terrorista" e responsabilizou Bolsonaro pelo ataque. O pedetista também cobrou um posicionamento do Legislativo paulista contra as ações do deputado estadual Douglas Garcia.

Parceiro de chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) se solidarizou com a jornalista e afirmou que "tentativas de intimidação da imprensa são veneno para a democracia e não podem ser toleradas".

Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo do Estado de São Paulo e correligionário de Garcia, condenou a atitude do parlamentar na madrugada do dia 14, horas após os debates. "Essa é uma atitude incompatível com a democracia e não condiz com o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa", disse o republicano.

O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) também manifestou sua solidariedade à jornalista Vera Magalhães. "Esse tipo de comportamento hostil e mal-educado, com contornos também de oportunismo e covardia, não é, e nunca será, um padrão de conduta dos brasileiros", publicou o senador.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) se posicionou, no final da manhã desta quarta-feira (14), contra a atitude do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos), que atacou a jornalista Vera Magalhães durante debate entre os candidatos ao Governo de São Paulo, realizado pela TV Cultura na noite de terça-feira (13).

"O que ocorreu ontem após o debate dos candidatos ao Governo de São Paulo é lamentável por muitos motivos. Em primeiro lugar, não há justificativa para provocar uma jornalista e tentar constrangê-la gratuitamente no seu local de trabalho, sem que ela tenha dado qualquer motivo para isso", publicou o filho do presidente Jair Bolsonaro em sua conta no Twitter.

##RECOMENDA##

O "Zero três" reiterou que qualquer dúvida de Douglas poderia ter sido tirada em outro momento e sem "lacradas" ou "mitadas". Eduardo aponta que foi um "tipo de constrangimento gratuito injustificável".

"Diante disso, reitero que lamento o ocorrido ontem e que considero esse tipo de constrangimento gratuito injustificável. Também peço a todos que observem quem sabe trabalhar em equipe, se dedicar a um projeto maior do que si próprio e buscar resultados sem fazer muito barulho", pontua.

[@#video#@]

Os deputados estaduais Emídio de Souza e Paulo Fiorilo, ambos do PT, afirmaram nesta quarta-feira (14), que protocolaram na Assembleia Legislativa de São Paulo um pedido para que o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) tenha seu mandato cassado.

Os ataques de Garcia contra a jornalista Vera Magalhães na última terça-feira (13), durante debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, promovido pela TV Cultura, motivaram o pedido de afastamento. 

##RECOMENDA##

"Protocolei o pedido de cassação do deputado bolsonarista que agrediu a jornalista Vera Magalhães. A representação também é assinada por Paulo Fiorilo. Basta! Vamos por fim a esse tipo de agressão covarde que nossa sociedade não pode mais tolerar", publicou Emídio de Souza em sua conta no Twitter.

O deputado Paulo Fiorilo também se solidarizou com o jornalista Leão Serva, que pegou o celular em que Douglas gravava e intimidava a jornalista e o arremessou longe. "Ninguém aguenta mais o bolsonarismo", desabafou. 

"É contra esse tipo de postura que lutamos diariamente. Nojo desse tipo de pessoa que se esconde na imunidade parlamentar para intimidar e agredir", pontua o deputado paulista.

[@#video#@]

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recorreu às redes sociais na manhã desta quarta-feira (14), para prestar solidariedade à jornalista Vera Magalhães, alvo de agressão do deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia na noite de ontem.

"Manifesto minha solidariedade à jornalista Vera Magalhães por mais um ataque a sua honra e dignidade profissional. Esse tipo de comportamento hostil e mal-educado, com contornos também de oportunismo e covardia, não é, e nunca será, um padrão de conduta dos brasileiros. Que prevaleça, no Brasil, a cultura do respeito, inclusive aos jornalistas e às mulheres".

##RECOMENDA##

Garcia acusou Vera de receber para "falar mal do presidente" ao fim de debate entre os candidatos ao governo de São Paulo ocorrido ontem. Foi necessária a intervenção de seguranças e o deputado acabou expulso do local após o episódio.

O deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) já tinha a intenção de encontrar a jornalista Vera Magalhães no debate da TV Cultura ocorrido nesta terça-feira (13). Antes de comparecer ao evento, o parlamentar publicou uma imagem no Twitter questionando: "Será que a Vera Magalhães vem hoje?". Ele abordou a jornalista após o debate e a hostilizou dizendo que ela é uma "vergonha para o jornalismo brasileiro".

Alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentam emplacar a alegação falsa de que a profissional recebe "meio milhão de reais por ano" do governo de São Paulo e que, por ter sido contratada na gestão de João Doria (PSDB), ela seria crítica ao chefe do Executivo por motivações políticas. O contrato de Vera Magalhães já foi compartilhado por ela mesma nas redes sociais e escrutinado por agências de checagem. Ela ganha em torno de R$ 200 mil por ano e é contratada pela Fundação Padre Anchieta, que gere a TV Cultura. Os recursos da instituição têm origem na Lei Orçamentária Anual (LOA), que é aprovada pelos deputados da Assembleia Legislativa.

##RECOMENDA##

Na manhã desta quarta-feira (14), Douglas Garcia disse ter registrado boletim de ocorrência contra Vera por calúnia e difamação por ela ter usado o termo "agressão" para se referir à abordagem. Ele argumenta que foi "questioná-la". A jornalista também afirmou que vai registrar queixa contra o parlamentar.

Vera Magalhães virou alvo de bolsonaristas após o presidente Jair Bolsonaro (PL) hostilizá-la no debate presidencial da Band TV, no dia 28 de agosto. Foi o chefe do Executivo quem primeiro a atacou com a frase "você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", repetida por Douglas Garcia.

O juiz Márcio Teixeira Laranjo, da 21ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, condenou o deputado estadual Douglas Garcia (PTB) a indenizar todas as pessoas que tiveram os seus dados divulgados no "dossiê antifascista", publicado pelo parlamentar em suas redes - além de ter sido entregue as autoridades. 

Em sua condenação, o juiz considerou que a conduta do deputado foi "manifestadamente autoritária, que não aceita divergências típicas de uma democracia". 

##RECOMENDA##

Além disso, o magistrado aponta que "a conduta atribuída ao requerido transbordaria por além da simples ofensa à honra de cada uma das pessoas listadas no dossiê, afrontando, antes, as próprias balizas da dignidade humana e do estado democrático, tais quais a segurança, intimidade, liberdades ideológica e política".

A ação, ajuizada pelo Ministério Público de São Paulo, pedia que o deputado fosse condenado a pagar R$ 200 mil por danos morais difusos e coletivos, além de indenizações para cada vítima. 

O juiz não estabeleceu valores na condenação, mas determinou que o deputado pague indenização compensatória pelos danos morais e materiais dos citados no dossiê de acordo com a apuração de danos individuais. 

A lista com quase mil páginas mostrava o nome completo, endereço eletrônico e locais de trabalho e de residência de diversos profissionais da comunicação que se consideram antifascistas.

O deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP) foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais a uma mulher que ele listou como "antifascista". O nome dela constava em um dossiê divulgado pelo parlamentar com informações de pessoas que, segundo ele, praticaram atos violentos e terroristas em manifestação contrária ao governo de Jair Bolsonaro realizada no dia 31 de maio na Avenida Paulista, em São Paulo. Ainda cabe recurso.

Segundo a decisão do último dia 6, "o réu catalisou e sistematizou, naquilo que ele mesmo chamou de dossiê, uma lista com 700 a 1.000 nomes de pessoas (fotograficamente identificadas) suspeitas de integrarem o tal grupo Antifas", escreveu o juiz Guilherme Ferreira da Cruz, da 45ª Vara Cível Central de São Paulo.

##RECOMENDA##

Recém-filiado ao PTB, Garcia é alinhado ao governo federal. No processo, a defesa chegou a alegar que ele desconhecia o dossiê citado e que só tinha reunido nomes em uma lista repassada à Polícia Civil, sob sigilo.

Ele ainda é investigado por supostamente ter usado a estrutura de seu gabinete para montar a lista. O parlamentar não quis se manifestar.

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Cauê Macris (PSDB), assinou, nesta terça-feira (30), o afastamento dos deputados Douglas Garcia e Gil Diniz das atividades relacionadas à sigla deles, o PSL, na Casa. Os dois já estavam suspensos do partido desde o dia 28 por causa das investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do suposto envolvimento dos deputados na disseminação de fake news.

A suspensão não significa perda de mandato. Eles ainda podem participar das sessões plenárias e têm direito a voto, mas não podem assumir nenhuma função de liderança ou vice-liderança do PSL, nem orientar a bancada em nome do partido ou mesmo participar da escolha do líder durante o período de desligamento. Eles também deixam de participar das comissões permanentes e temporárias da Assembleia Legislativa, bem como do Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares.

##RECOMENDA##

"Na prática, isso reduz sim meus poderes, como a possibilidade de obstruir projetos ruins", diz o deputado Douglas Garcia. "Já estou com um processo na Justiça há duas semanas lutando para reverter a decisão. Irei agravar, recursar, brigar até a última instância do Poder Judiciário para que a representatividade de parcela do povo paulista que votou em mim seja respeitada", completou.

"O processo de suspensão que o PSL nos impôs é extremamente fraco e sem embasamento, logo hoje que estão instalando a CPI da Fake News. Existe coincidência?", diz o deputado Gil Diniz. "O que o sistema não absorve, ele tenta destruir", emendou.

'Gabinete do ódio'

No último dia 2, o Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil contra Garcia para investigar suposto "gabinete do ódio" na Alesp. Garcia teria permitido que seu chefe de gabinete, Edson Pires Salomão, utilizasse equipamento público da Alesp para atacar ministros do Supremo Tribunal Federal e adversário políticos, como a deputada Joice Hasselmann.

O inquérito que investiga suposta prática de atos de improbidade administrativa se deu após representação encaminhada pelo deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP). Segundo o inquérito, consta na representação que Salomão gravou vídeos e realizou diversas postagens no interior do gabinete do deputado com recursos públicos e durante o horário de expediente.

Salomão está entre os alvos de busca e apreensão da Polícia Federal, realizada após ordens judiciais expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news comandado pelo STF. Já Garcia está na lista dos deputados que o ministro do Supremo pretende ouvir. Ele é ligado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

O deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia (PSL) recebeu uma advertência verbal da Assembleia Legislativa (Alesp), nessa quarta-feira (2), por ter afirmado, em discurso no plenário, que tiraria "no tapa" uma transexual do banheiro feminino que sua mãe ou irmã também estivesse usando. 

A punição foi resultado de processos movidos no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa pelas deputadas Erica Malunguinho (PSOL), que é trans, e Professora Bebel (PT). Erica Malunguinho foi quem acusou o deputado de transfobia. O deputado foi alertado para a necessidade de cumprimento da ética e do decoro parlamentar da Casa.

##RECOMENDA##

Douglas ouviu a leitura da advertência de pé, durante a reunião do conselho, e quando encerrou a sessão não se pronunciou sobre o caso. Ele usou as redes sociais para exibir um vídeo do momento e dizer que isso aconteceu "por não aceitar que a militância LGBT desça goela abaixo a sua agenda no nosso Brasil".

[@#video#@]

Fundador do Movimento Conservador e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Douglas disse ao jornal Folha de São Paulo que vai permanecer contra transexuais em banheiros femininos. 

"Não abaixo a cabeça, continuo exercendo meu mandato, agora tentando falar na polidez que a Assembleia aceita, mas continuo defendendo de forma contundente que a utilização de banheiros femininos por pessoas que se acham mulheres não é certo", declarou Douglas, que depois se ser acusado de transfobia e homofobia por Malunguinho revelou que é gay. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando