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O painel responsável por elaborar uma nova constituição para o Egito aprovou, neste domingo (1), a preservação dos amplos poderes das Forças Armadas, entre eles a possibilidade de julgar civis em casos específicos.

A manutenção dos amplos poderes das Forças Armadas é criticada por ativistas que exigem a restauração da democracia no país e também por grupos de defesa dos direitos humanos.

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A proposta de constituição será levada a referendo no início do ano que vem. Ela tem sido rotulada pelo governo como a primeira fase da "transição para a democracia" prometida pelos militares que depuseram o presidente Mohammed Morsi em julho.

Eleito presidente no ano passado, Morsi foi o primeiro presidente eleito democraticamente na milenar história do Egito.

Pelos termos propostos, a constituição autoriza as Forças Armadas a processarem civis em certos casos, a indicar o ministro da Defesa e a manter o orçamento militar longe de qualquer escrutínio civil.

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, aprovou neste domingo (24) uma lei controversa que regula as manifestações, o que foi visto pelos ativistas como forma de repressão. "O presidente promulgou a lei sobre a regulamentação do direito de fazer reuniões públicas, procissões e protestos pacíficos em locais públicos", disse o porta-voz da presidência, Ehab Badawi, em comunicado.

De acordo com o primeiro-ministro egípcio, Hazem Beblawi, a nova lei protege os direitos dos protestantes. "Não é uma lei que limita o direito de protestar, mas visa a proteger o direito dos manifestantes", explicou ele. Beblawi ainda afirmou que a lei não exige que os protestantes peçam autorização para sair às ruas, e sim que notifiquem previamente as autoridades.

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Uma fonte do governo, que pediu para não ser identificada, observou que algumas mudanças foram feitas no projeto de lei anterior, que era fortemente criticado pelos ativistas. "Permite que os organizadores informem as autoridades três dias antes do evento, em vez de sete dias antes", comentou a autoridade do governo.

Outros detalhes da lei não estavam claros, mas os ativistas egípcios anteriormente criticaram o projeto elaborado pelo Ministério de Justiça em outubro. Autoridades militares do país estão empenhadas em uma operação para reprimir os partidários do presidente deposto, Mohamed Morsi, que regularmente encenam protestos demandando a reintegração do poder.

Mais de 1 mil pessoas foram mortas em confrontos durante as manifestações a favor de Morsi. Neste domingo, os aliados do presidente islâmico protestaram em Cairo e outros lugares do país. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente interino do Egito promulgou neste domingo (24) uma controversa lei sobre o direito de protestar, denunciada por vinte ONGs de defesa dos Direitos Humanos como mais uma tentativa de reprimir manifestações após a destituição do presidente islamita Mohamed Mursi.

"O presidente interino Adly Mansour promulgou o decreto sobre a regulamentação do direito de realizar reuniões públicas, passeatas e manifestações pacíficas em locais públicos", indicou em um comunicado o porta-voz da presidência, Ehab Badawi. O texto da lei não foi tornado público.

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Várias ONGs de defesa dos direitos Humanos, assim como a ONU, pediram recentemente para que as novas autoridades egípcias abandonassem a lei, acusando o governo de querer reverter as conquistas da revolução popular de 2011, que obrigou Hosni Mubarak a abandonar o poder depois de três décadas de domínio absoluto.

Questionado pela AFP neste domingo, o primeiro-ministro Hazem Beblawi declarou que o Estado não espera que os organizadores "peçam permissão" às autoridades, mas que "informem" sobre sua intenção de manifestar. "Esta lei não restringe o direito à manifestação, mas tem como objetivo proteger os direitos dos manifestantes", acrescentou.

Uma fonte do governo disse à AFP que mudanças foram feitas ao texto original. "Ele previa que os organizadores informassem as autoridades sete dias antes de um evento, mas este período foi reduzido para três dias", indicou a fonte.

Na manhã deste domingo, 19 organizações de defesa dos direitos Humanos afirmaram em um comunicado que a lei "criminaliza qualquer forma de reunião pacífica, incluindo manifestações e reuniões públicas, e dá carta branca ao governo para dispersar à força protestos pacíficos".

Desde 14 de agosto, o novo governo lançou a polícia e o exército em uma onda de repressão extremamente sangrenta contra manifestantes que pedem o retorno ao poder de Mursi, primeiro presidente democraticamente eleito no Egito.

Mais de mil manifestantes pró-Mursi foram mortos e mais de 2.000 membros da Irmandade Muçulmana, à qual pertence o presidente destituídos, foram presos. Neste domingo várias passeatas pró-Mursi foram registradas em diversas cidades do país.

O Ministério das Relações Exteriores do Egito informou neste sábado que o embaixador da Turquia no Cairo é considerado "persona non grata" e vai ordenar que ele deixe o país por causa da contínua "interferência" da Turquia em questões internas do Egito.

A Turquia foi um dos países mais críticos ao Egito após a deposição do presidente Mohammed Morsi pelos militares, fato que os turcos classificaram como "golpe inaceitável". Fonte: Associated Press.

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Um suicida com um carro-bomba jogou seu veículo contra um dos dois ônibus que levava soldados fora de serviço para o Cairo nesta quarta-feira, matando 11 pessoas e deixando 37 feridas na região do Sinai.

Os soldados pertenciam ao 2º Batalhão do Exército, responsável pela maior parte dos confrontos contra militantes islâmicos que lutam contra as forças de segurança no Sinai.

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Segundo oficiais do Exército, que falaram em condição de anonimato, os explosivos do carro foram detonados quando os dois ônibus viajavam pela estrada entre a cidade fronteiriça de Rafah e a cidade costeira de el-Arish. A explosão atingiu os dois veículos.

Nenhum grupo havia assumido a autoria do ataque, mas o uso de carros-bomba por suicidas é um método usado por militantes ligados ou inspirados pela Al-Qaeda. Fonte: Associated Press.

O Egito venceu Gana por 2x1, nesta terça-feira (19), no Cairo, mas foram os ganeses que tiveram um grande motivo para comemorar. Com uma larga vantagem de 6x1 conquistada no duelo de ida da fase final das Eliminatórias Africanas, eles asseguraram classificação para a Copa do Mundo de 2014, que agora conta com 25 seleções asseguradas na próxima edição do maior evento do futebol no planeta.

Gana se tornou a quarta seleção africana com vaga assegurada no Mundial que será realizado no Brasil. Antes dela, Nigéria, Costa do Marfim e Camarões também carimbaram passaporte para a competição. A última seleção do continente que jogará a Copa será definida ainda nesta terça, no confronto de Argélia e Burkina Faso, em Blida. O duelo de ida terminou em 3x2 para Burkina Faso.

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Ao eliminar o Egito, Gana garantiu vaga em sua terceira Copa do Mundo, sendo a terceira de forma consecutiva, depois de ter ido aos Mundiais de 2006 e 2010. Já os egípcios, campeões das últimas três edições da Copa Africana de Nações, em 2006, 2008 e 2010, fracassaram na sua tentativa de jogar a sua primeira Copa desde 1990 e de ir ao terceiro Mundial de sua história - o outro que disputou foi em 1934.

Precisando tirar uma enorme diferença de gols para se classificar para a Copa, o Egito chegou a dar alguma esperança para a torcida local ao abrir o placar aos 24 minutos do primeiro tempo, no Cairo. Após cruzamento de Aboutrika, Amr Zaky cabeceou para o gol.

Depois disso, porém, Gana soube se fechar bem na defesa e só voltou a tomar um gol aos 38 minutos da etapa final, quando Gedo recebeu pelo lado direito da grande área e finalizou cruzado para fazer 2x0. Naquela hora já era tarde demais para qualquer reação, e a chance desta improvável situação ocorrer acabou de vez aos 43 minutos, quando Asamoah Gyan foi acionado no lado direito do ataque de Gana e cruzou para Boateng entrar batendo de primeira para as redes.

Pelo menos 27 pessoas morreram, e 36 ficaram feridas, nesta segunda-feira (18), no Egito em um choque entre um três e dois veículos em uma passagem de nível ao sul do Cairo, declarou uma fonte do Ministério da Saúde.

O trem de carga colidiu com um caminhão e um micro-ônibus que transportava uma família que voltava de um casamento, informou a polícia local. O acidente aconteceu em uma região desértica 45 quilômetros ao sul do Cairo.

Entre as vítimas, está uma menina, que aparenta ter pelo menos quatro anos. O diretor do sistema ferroviário egípcio, Hussein Zakaria, disse que os dois veículos não respeitaram a sinalização de advertência, nem as barreiras que bloqueavam a passagem sobre a via.

Ele afirmou que os veículos tentaram atravessar à força a passagem de nível no momento da aproximação de um trem em alta velocidade. "O ônibus acelerou para atravessar a passagem de nível, segundo as primeiras informações. A passagem estava fechada com correntes e havia sinais de advertência", declarou Zakaria.

A aliança liderada pela Irmandade Muçulmana disse neste sábado que está pronta para um diálogo nacional a fim de encerrar a disputa política no Egito, sem formalmente demandar a volta ao poder do presidente islâmico deposto Mohammed Morsi. O governo militar, entretanto, sinalizou que não tem intenção de negociar com partidários de Morsi. Além disso, juízes sugeriram neste sábado que o governo dissolva a Irmandade.

O pedido de diálogo da aliança de grupos islâmicos é a primeira proposta formal feita pelos que apoiam Morsi, responsáveis por protestos quase que diários, pedindo a sua volta, desde que foi retirado do poder por um movimento popular com apoio de militares, em 3 de julho.

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Mohammed Bishr, um membro líder da Irmandade, disse para repórteres que o diálogo pede a libertação de detidos após a deposição de Morsi, o fim da perseguição a membros da Irmandade e seus aliados e a reabertura dos canais de televisão que os apoiam. A coalizão deu duas semanas para que as forças políticas, os militares e o governo interino discutam as propostas.

Embora não peçam a volta de Morsi, a coalizão insiste em basear uma solução na "legitimidade constitucional", sem dar detalhes.

Um porta-voz da Irmandade, disse que um caminho para recuperar a legitimidade constitucional é recolocar Morsi no poder brevemente, de modo que possa convocar novas eleições ou nomear um novo primeiro-ministro.

Não está claro como as propostas se encaixariam no plano apoiado pelos militares, atualmente em vigor, para o retorno do Egito à democracia. O plano fala em referendo ao final do ano para mudar a constituição de orientação islâmica. O referendo seria seguido por eleições parlamentares e presidenciais no verão.

O vice-primeiro-ministro, Hossan Eissa, disse à Associated Press que os partidários de Morsi deveriam aceitar o plano apoiado pelos militares primeiro, como um ponto de partida para o diálogo.

Paralelamente, um corpo de juízes disse na corte do Egito que o braço político da Irmandade, assim como o Partido Liberdade e Justiça, deveriam ser dissolvidos e seus bens arrestados, informou a agência de notícias MENA. A opinião do corpo de juízes faz parte de uma orientação para a Corte, que irá decidir sobre a dissolução ou não do partido em fevereiro.

A agência disse que os juízes também apresentaram emendas à constituição, que deve ter uma versão preliminar pronta na terça-feira ou quarta-feira. Membros da coalizão criticaram o trabalho do painel de juízes. Fonte: Associated Press.

O toque de recolher imposto na esteira do golpe militar que derrubou o presidente Mohammed Morsi vai expirar na quinta-feira e não deve ser renovado, comentou nesta quinta-feira o ministro egípcio de Interior, general Mohammed Ibrahim.

Em declarações divulgadas pela agência estatal de notícias, o general Ibrahim afirma que a segurança será reforçada assim que o toque de recolher expirar. O objetivo, segundo ele, é "reforçar o controle e transmitir a sensação de confiança e segurança aos cidadãos".

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O governo interino empossado depois do golpe impôs o toque de recolher como parte do estado de emergência declarado em 14 de agosto, quando forças de segurança dispersaram violentamente duas concentrações de manifestantes que exigiam a restauração da democracia e o retorno de Morsi ao poder.

Centenas de pessoas morreram na ofensiva contra os manifestantes e mais de mil pessoas perderam a vida nos dias seguintes, quando a violência tomou conta das ruas de diversas cidades egípcias.

Uma nova prorrogação do estado de emergência exigiria a realização de um referendo. Fonte: Associated Press.

O regime militar do Egito prometeu hoje que vai organizar eleições parlamentares em fevereiro ou março e uma votação presidencial meses depois, entre junho e julho.

O chanceler interino, Nabil Fahmy, afirmou que o braço político da Irmandade Muçulmana - entidade islamista integrada pelo presidente deposto Mohamed Morsi banida após o golpe - poderá participar das disputas.

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Cerca de 2 mil partidários da Irmandade fizeram uma manifestação nesta sexta-feira perto da mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo, na qual centenas de ativistas islâmicos foram mortos em agosto. O protesto, que pedia a libertação de ativistas presas, foi reprimido com bombas de gás lacrimogêneo. Fonte: Associated Press.

O tribunal egípcio responsável pelo julgamento do ex-presidente Mohammed Morsi adiou os procedimentos para 8 de janeiro. Morsi é acusado de ter incitado a violência contra seus opositores e também por assassinato. Se condenado, ele pode ser sentenciado à morte.

Assim que o julgamento teve início, o juiz pediu ao ex-presidente que se identificasse com réu. Morsi declarou que "eu sou o doutor Mohammed Morsi, o presidente da república. Eu sou o legítimo presidente do Egito". Ele também afirmou que "eu me recuso a ser julgado por este tribunal".

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Morsi afirmou que o tribunal não tem jurisdição sobre ele e que os líderes do golpe, que o tirou do poder em 3 de julho, devem ser julgados. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O secretário de Estado americano, John Kerry, reconheceu "desafios difíceis" e "anos turbulentos" no Egito e nas relações entre o país e os Estados Unidos, mas pediu para os egípcios levarem adiante sua "marcha pela democracia".

Em sua primeira visita ao Egito desde o golpe militar que depôs o presidente democraticamente eleito Mohamed Morsi em julho, Kerry afirmou que os EUA são amigo e parceiro da população egípcia e querem contribuir para o sucesso do país.

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Kerry deu as declarações neste domingo (3), no Cairo, em entrevista à imprensa com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Nabil Fahmy. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse neste domingo (3) que os Estados Unidos estão comprometidos em trabalhar com os governantes interinos do Egito. Ele deu as declarações durante sua primeira visita ao país após os militares derrubarem o presidente Mohamed Morsi.

"Estamos comprometidos em trabalhar e vamos levar adiante nossa cooperação com o governo interino", afirmou Kerry a jornalistas, pedindo por "eleições inclusivas, livres e justas". Fonte: Dow Jones Newswires.

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Um tribunal no Cairo rejeitou neste sábado um processo contra o ganhador do Prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei por ter renunciado como vice-presidente do Egito em protesto a uma violenta ofensiva do governo contra islamitas, segundo fontes judiciais.

O processo contra ElBaradei, que deixou o Egito após renunciar, havia sido aberto em agosto e o acusava de ter traído a confiança da oposicionista Frente de Salvação Nacional, que ele representava.

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Em protesto à repressão de forças de segurança do governo a islamitas, que causou a morte de centenas de pessoas, ElBaradei deixou a vice-presidência em 14 de agosto. Ele integrava um governo estabelecido pelos militares após a deposição do presidente islamita Mohamed Morsi. Fonte: Dow Jones Newswires.

A decisão de cortar parte da ajuda militar ao Egito pôs o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um novo cenário. A opinião pública o apoia e acredita que ele tem sido leniente com os generais do Cairo, segundo pesquisas. Mas, do outro lado, o fechamento parcial da torneira contraria interesses de aliados poderosos - israelenses, árabes e mesmo fabricantes de armas - e analistas alertam para seus "efeitos colaterais".

Na última quinta-feira (dia 10), os EUA suspenderam por tempo indeterminado a entrega de equipamento militar ultramoderno às Forças Armadas egípcias, como aviões de caça, helicópteros de ataque, tanques e mísseis, além do envio de US$ 580 milhões. Desde 1987, Washington fornece US$ 1,3 bilhão ao ano em armas e dinheiro para as forças do Egito, o quarto país na lista de beneficiários de ajuda militar americana.

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Com o corte parcial, os EUA querem demonstrar sua reprovação à crescente violência do governo interino contra grupos islâmicos, sobretudo a Irmandade Muçulmana, do presidente deposto, Mohamed Morsi. A "punição" já vinha sendo discutida na Casa Branca desde o golpe contra Morsi, em julho, mas foi o assassinato de 50 manifestantes da Irmandade, no último fim de semana, que aparentemente convenceu Obama.

Uma pesquisa do Instituto Pew, de meados de agosto, revelou que apenas 26% dos americanos querem que os EUA continuem a prover o Egito com ajuda militar, enquanto quase o dobro - 51% - pedem o fim do auxílio com o objetivo de pressionar o Cairo. Metade dos americanos acha que Obama "não foi duro o suficiente" diante das violações contra manifestantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um barco repleto de refugiados sírios e palestinos virou hoje perto do litoral de Alexandria, provocando a morte de pelo menos 12 pessoas, informou a agência estatal de notícias do Egito. A Guarda Costeira do país conseguiu salvar 116 imigrantes.

Dos 116 resgatados, 72 são palestinos, 40 são sírios e quatro, egípcios. Não foram divulgadas as nacionalidades dos mortos. Autoridades locais informaram que os esforços de resgate no Mar Mediterrâneo continuam.

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Cerca de 70 mil sírios têm status de refugiados no Egito, mas há milhares de estrangeiros em situação clandestina que fugiram da Síria e outros países do Oriente Médio, usando o território egípcio como escala para seguir viagem até a Europa.

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O Egito repudiou nesta quina-feira (10) a decisão dos EUA de reduzir a ajuda militar e econômica ao país, devido à instabilidade política gerada pela repressão à Irmandade Muçulmana, grupo político e religioso que defende a utilização dos preceitos islâmicos para guiar a sociedade e oEstado. 

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O Ministério das Relações Exteriores do país árabe afirmou que não vai ceder às pressões. "O Egito deixou claro para os Estados Unidos que as decisões sobre assuntos internos egípcios são absolutamente egípcias, e em nenhuma circunstância vão afetadas por qualquer influência estrangeira, pontuou o representante do órgão, o embaixador Badr Abd-Elatti. 

Apesar do anúncio, nem toda a ajuda será cortada. O monitoramento das fronteiras continuará sendo efetuado por Washington, assim como o financiamento dos programas contra-terrorismo. A ação americana continuará até a formação de um governo democraticamente eleito.

O governo interino do Egito criticou, nesta quinta-feira (10), a decisão dos Estados Unidos de congelar a bilionária assistência militar ao país. Na primeira reação egípcia à suspensão da ajuda, o Ministério das Relações Exteriores classificou a atitude norte-americana como "errada" e considerou que ela foi tomada num momento "inadequado".

Para o governo interino egípcio, a medida levanta dúvidas sobre o comprometimento dos EUA com a segurança do país em um momento no qual enfrenta "terroristas", numa alusão a milicianos islâmicos na Península do Sinai e em outras partes do Egito.

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Enquanto isso, o ministro da Defesa Civil de Israel, Gilad Erdan, disse que seu país "acredita e espera" que a decisão dos EUA de cortar a ajuda ao Egito não afete acordo de paz histórico entre os dois países.

Gilad Erdan afirmou que Israel e Egito têm mantido laços estreitos e que há cooperação e "contato permanente" entre os dois países. Ele disse à rádio do Exército na quinta-feira que espera "que esta decisão dos Estados Unidos não tenha um efeito e não seja interpretada como algo que deveria ter um efeito."

O acordo de paz de Israel e Egito remonta a 1979 e é um dos pilares da estabilidade entre as duas nações. Além disso, o acordo de paz foi o primeiro assinado por Israel com um Estado árabe. Israel considera a ajuda dos EUA ao Egito como um apoio importante para o acordo.

Na véspera, o governo dos EUA suspendeu formalmente a maior parte da bilionária assistência militar ao Egito, em resposta ao golpe militar que derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito da história do país árabe.

A chancelaria norte-americana não entrou em detalhes sobre os números. Desde 1979, no entanto, os EUA enviam em média US$ 1,5 bilhão por ano ao Egito. Desse total, US$ 1,3 bilhão é dedicado a ajuda militar.

A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, disse que Washington suspenderá a entrega de "sistemas militares" e da ajuda em dinheiro até que seja observado algum "progresso confiável" na direção de eleições livres e justas no Egito.

Psaki especificou apenas que será mantido o fluxo de dinheiro dedicado a investimentos em saúde e educação, assim como ajuda para que o Egito controle suas fronteira, combata o "terrorismo" e garanta a segurança no Sinai.

Os EUA analisavam a possibilidade de suspender a ajuda desde o golpe militar de 3 de julho, que culminou na deposição do presidente Mohammed Morsi e deu início a uma brutal campanha de repressão à Irmandade Muçulmana, grupo ao qual o líder deposto é ligado.

Os principais assessores de segurança nacional do presidente Barack Obama recomendam o corte desde o fim de agosto, mas os recentes desdobramentos da guerra civil Síria desviaram o foco do governo norte-americano.

Na Malásia, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que a decisão norte-americana de suspender a ajuda ao Egito não deve ter muito impacto sobre as relações bilaterais.

Kerry afirmou que a administração do presidente Barack Obama permanece comprometida com a restauração da democracia no Egito e manterá contato com os líderes do governo interino. Ainda segundo ele, a suspensão não deve ser vista como algo que pode prejudicar o comprometimento de Washington em ajudar. Fonte: Associated Press.

Autoridades egípcias alegam que um carro carregado de explosivos explodiu em um posto de controle perto de uma cidade costeira na Península do Sinai, matando três soldados e um policial.

As autoridades de segurança dizem que o ataque ocorreu na quinta-feira perto da cidade de al-Arish. O homem-bomba se aproximou lentamente do posto, esperou os soldados e policiais iniciarem uma busca no carro antes de explodir a si mesmo e seu veículo. Cinco outras pessoas ficaram feridas.

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As autoridades falaram sob condição de anonimato de acordo com os regulamentos.

Militantes islâmicos têm atacado as forças de segurança no Sinai há anos, mas a frequência dos ataques tem crescido dramaticamente desde a queda do presidente islamita Mohammed Morsi em julho. O exército e a polícia estão travando uma campanha contra os militantes no norte do Sinai. Fonte: Associated Press.

Os contratos de petróleo operam em alta, em meio a baixos volumes de negócios, apesar das preocupações com a prolongada paralisação parcial do governo dos EUA. Uma das razões para o avanço dos preços continua sendo a violência no Oriente Médio.

Entre os principais eventos ocorridos na região nos últimos dias, um ataque a soldados no Egito perto do Canal de Suez, uma controversa ação militar dos EUA na Líbia e o aumento da violência no Iraque, um dos principais produtores de petróleo do mundo, mostram como o risco geopolítico - que levou o brent para as máximas em seis meses no fim de agosto - ainda existe.

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O brent se recuperou da mínima em dois meses atingida em 1º de outubro e nesta manhã conseguiu romper o patamar de US$ 110 por barril, o que não acontecia desde meados de setembro. Analistas da PVM observam, porém, que há resistência a um aumento além disso, tendo em vista os receios com o impasse sobre o teto da dívida dos EUA e a redução das estimativas do Banco Mundial para o crescimento da Ásia Oriental e da China.

As posições líquidas compradas em brent - ou apostas de que os preços subirão - diminuíram quase 30% nas últimas cinco semanas, para o nível mais baixo em três meses, de acordo com dados da IntercontinentalExchange (ICE). Um relatório similar sobre os contratos negociados na Nymex, da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês), não será publicado por causa da paralisação do governo dos EUA.

Às 7h05 (de Brasília), o brent para novembro subia 0,66% na ICE, para US$ 110,40 por barril, e o contrato para novembro negociado na Nymex avançava 0,79%, a US$ 103,84 por barril.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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