Tópicos | eleição municipal

O resultado das eleições municipais deste ano fortaleceram os partidos que compõem o Centrão, que a partir de 2021 vai comandar 2,4 mil cidades do país, o que corresponde a 45% dos municípios brasileiros. Mesmo sendo o sustentáculo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, esse resultado não se dá por conta de apoios ou trabalhos políticos por parte do chefe do Executivo, que viu seus apadrinhados perderem as eleições nos municípios, muitos já no primeiro turno.

A cientista política Priscila Lapa aponta que o presidente Bolsonaro pode ter aprendido algumas questões em relação a eleição municipal, como por exemplo a falta que uma estrutura partidária faz. Priscila diz que a partir de agora, o presidente pode ter um custo político maior para atrair aliados para a sua base.

##RECOMENDA##

“Ele poderia ter angariado algumas alianças na eleição que facilitassem esse caminho em direção a reeleição dele em 2022. Quem sofre uma derrota são as eleições para os extremos de discurso radical, a ideologia fazendo toda a modelagem”, explica. 

O cientista político e professor da Faculdade Damas, Elton Gomes, explica que Bolsonaro, assim como o ex-presidente Lula, principal líder da esquerda brasileira, enfrentam uma rejeição no país e foram maus cabos eleitorais desse processo político eleitoral de 2020. 

O Centrão, que fez uma grande quantidade de prefeituras e que elegeu a maior parte dos legisladores municipais, que são os vereadores, tornou-se mais importante e hoje, Bolsonaro que se elegeu criticando o Centrão, é cada vez mais dependente dele para sobreviver no cargo, aprovar legislação do interesse do Executivo e para executar a reeleição em 2022. 

O cientista aponta que, muito embora exista uma rejeição ao bolsonarismo verificado nas principais praças do Brasil, isso precisa ser contextualizado. 

“Inicialmente, a gente pode dizer que o presidente da República se prejudicou enormemente pelo fato de não possuir uma legenda, que é algo inédito na história política brasileira. Muito mal assessorado e extremamente inabilidoso do ponto de vista da arena política mais complexa, porque ele vinha de um setor do baixo clero, de um nicho de deputados que lhe permitiu sucessivas eleições, mas nunca fez parte do grande acordo nacional, nunca fez parte do sistema de barganhas e trocas que caracteriza para valer o sistema de presidencialismo de coalizão brasileiro”, diz Elton.

“O outro ponto é que o antipetismo continua com uma força muito expressiva no Brasil. O PT não elegeu nenhum prefeito nas capitais”, complementa.

No entanto, o professor acentua que a rejeição é um dos fenômenos mais importantes das democracias contemporâneas que passam por essa crise de representatividade. “Tome por exemplo o que aconteceu recentemente nos Estados Unidos. A vitória de Joe Biden se deveu, em grande medida, a enorme rejeição a figura polêmica do presidente Donald Trump, que permitiu uma aliança entre todas as forças de esquerda dos EUA. Você tem aqui no Brasil a rejeição sendo um determinante para você saber quem é que vai ser eleito, principalmente em cargos majoritários”, aponta. 

Elton reforça que as redes sociais são um canal para poder compartilhar o ódio e poder manifestar as insatisfações, neste caso do universo político, e isso potencializa o fenômeno da rejeição no Brasil e no mundo.

“Em geral, têm sido eleito no Brasil e no mundo o candidato menos rejeitado, aquele que consegue fazer da sua campanha um instrumento para poder aumentar a rejeição contra o seu adversário e para poder atenuar a rejeição contra si. Isso aconteceu aqui em Recife, com a candidatura de João Campos instrumentalizando a rejeição ao lulopetismo para poder impedir a virada de Marília, que já vinha acontecendo, no segundo turno”, pontua.

No primeiro turno das eleições municipais, em 15 de novembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou problemas no processo de contagem de votos, ocasionando atraso na divulgação dos resultados. Em Recife, por exemplo, a definição dos candidatos que foram para este segundo turno só ocorreu após o horário das 20h. Neste domingo (29), data em que em mais de 50 cidades haverá a escolha de novos prefeitos, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) acredita que a contagem não sofrerá atrasos.

Nesta manhã, em coletiva de imprensa, o desembargador Frederico Neves, presidente do TRE-PE, demonstrou esperança em ter os resultados das eleições municiais de Recife e Paulista divulgados no fim da tarde. A votação nas duas cidades iniciou às 7h e segue até 17h.

##RECOMENDA##

Neves destacou que, no primeiro turno, 5.567 municípios contaram com votação, com um eleitorado apto de 147.900.00 pessoas, em que dessas, 118.300.00 compareceram às urnas. “Isso ocasionou o certo congestionamento no sistema de totalização do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília. Diante da magnitude das eleições no primeiro turno, houve, de fato, um certo congestionamento e por via de consequência, um certo atraso na divulgação dos resultados”, comentou o presidente do TRE-PE.

“Hoje, pelo contrário, as eleições municipais serão realizadas apenas em 57 municípios brasileiros, dos quais, 18 são capitais. De forma que, penso eu, a expectativa é a de que hoje os resultados das eleições serão divulgados de forma mais rápida, porque não há motivo para congestionar diante dos dados que estou trazendo. Apenas 38.284.000 irão votar no Brasil hoje, em segundo turno. Em Pernambuco, as eleições são realizadas em Recife e Paulista para um eleitorado aproximado de 1.300.000 eleitores”, declarou, esperançoso, o desembargador.

Na capital pernambucana, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) fazem uma disputa acirrada pela Prefeitura. Em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, Yves Ribeiro (MDB) e Francisco Padilha (PSB) lutam pela vitória.

Na tarde deste sábado (7), o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), declarou apoio à candidata ao comando da Prefeitura do Recife, Patrícia Domingos (Podemos). Declaração foi exposta em sua página oficial no Facebook. Tanto a postagem quanto o comentário estão públicos para qualquer usuário da rede social, mesmo os que não seguem ou curtem a página de Bolsonaro.

O presidente fez uma postagem sobre a crise energética no Estado do Amapá e, nos comentários, publicou uma imagem em que ele e Patrícia aparecem com a bandeira do Brasil ao fundo, junto à mensagem: “Estamos Juntos. No Recife, sou Delegada Patrícia. #ViraDelegada19”. 

##RECOMENDA##

Na capital pernambucana, diversos candidatos tentam colar sua imagem à do presidente desde o início da campanha, mas Bolsonaro ainda não havia se manifestado publicamente sobre o assunto.

O LeiaJá procurou a assessoria de imprensa da candidata em busca de um posicionamento de Patrícia Domingos sobre a manifestação de apoio do presidente, mas até o momento não recebemos resposta. Este espaço segue aberto para manifestação da candidata.

Se colocando como um paralelo ao tradicional universo político, ou uma outsider, a delegada Patrícia Domingos (Podemos) revela que fará uma campanha sem “apadrinhamentos”. Além disso, Domingos assevera que não tem “político de estimação” e, mesmo gostando de alguns pontos do Governo Bolsonaro, quer colocar a sua futura campanha à Prefeitura do Recife caminhando longe de discussões 'Bolsonaristas', 'Lulistas' e 'Moristas'.

Em entrevista ao LeiaJá, a delegada revela: “eu não me enquadro em nenhuma definição rotulista. A nossa campanha é municipal e eu sempre tento trazer o foco das pessoas para as questões municipais e não para as questões federais. Existem pontos que eu admiro na história do presidente Bolsonaro e na trajetória do Moro, tenho críticas também, mas nossa campanha não será pautada em nenhum personagem nacional”. 

##RECOMENDA##

Esse distanciamento da imagem do ex-juiz federal na campanha de Patrícia é algo que, tempos passados, não se imaginaria. Em fevereiro, mês que confirmou a sua filiação ao Podemos, a pré-candidata afirmava que seria um prazer ter o apoio de Sérgio Moro nas eleições municipais de 2020 no Recife.

Na época, Patrícia chegou a dizer que "Moro tem uma questão técnica, não interfere em política, mas tem nossa admiração, ele e o Bretas e todos que enfrentam o sistema pesado da corrupção. Tenho admirado o trabalho e para mim seria um prazer (ter o apoio do ex-juiz)".

Domingos ficou conhecida no Brasil pelo seu combate à corrupção em Pernambuco, quando comandava a Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), extinta pelo Governo de Pernambuco por meio de projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em 2018. 

Não mais atuante na extinta Decasp, a delegada afirma que agora quer combater a corrupção de dentro para fora. “Eu entendi na prática, e da pior forma possível, que em nosso país ainda não é possível combater 100% a corrupção de fora para dentro -  melhor meio para se combater a corrupção é de dentro para fora. Estou entrando no campo da política para conseguir provar ao Recife que é possível ter uma gestão honesta, transparente e competente”, assegura.

A pré-candidata faz questão em afirmar que é uma outsider e que anda fora do descrédito que o universo político vem caminhando, mas entende a necessidade da política partidária para mudar aquilo que acredita que está errado. “Nossa história vai na contramão do descrédito da política porque esse descrédito está diretamente relacionado aos escândalos de corrupção e números que a população assiste diariamente, inclusive, atualmente na Prefeitura do Recife, que foi alvo de cinco operações policiais”, diz. 

A pandemia da Covid-19 tem obrigado que os pré-candidatos procurem formas diferentes para se mostrar ao público, afinal, é necessário que os votantes conheçam as pessoas que estão no fronte da disputa e quais os seus projetos de governo. Por enquanto, as redes sociais serão os locais que devem ser mais explorados. “Nós intensificamos os nossos trabalhos nas redes sociais que é onde eu acredito que vai ser o grande ponto dessas eleições de 2020. Nas redes sociais nós temos um canal direto com a população, onde recebemos quais são as necessidades dos bairros”, avalia a delegada.

Unidade na oposição

Patrícia Domingos garante que desde a sua filiação ao Podemos, em fevereiro deste ano, que está em um diálogo aberto com os partidos de oposição (mais à direita) do Recife. Segundo ela, existe a possibilidade de uma candidatura única ou até duas candidaturas. “Ainda não foi definido como vai ser esse formato de oferta desses candidatos, mas a gente mantém um diálogo bem amistoso com os partidos de oposição", contou. 

Essa conversação pode não ser tão favorável para Patrícia, no que se refere a unidade em prol de sua candidatura, já que figuras já tradicionais da política pernambucana, como Mendonça Filho (DEM) e Daniel Coelho (Cidadania), por exemplo, estão melhor posicionados nas pesquisas de intenção de voto, pelo menos segundo dados do Atlas Político divulgado no dia 23 de julho deste ano. 

Segundo o levantamento, Marília Arraes (PT) lidera com 21% das intenções de voto, seguida por Mendonça Filho com 12% e Daniel Coelho com 11%. João Campos (PSB) e Patrícia Domingos (Podemos) registraram 8%. Mas, exatamente por não ser uma figura tradicional e conhecida no campo político, Patrícia acredita que os números já são expressivos para um começo. 

“Para uma pessoa que nunca foi da política, isso significa que a população está despertando para a necessidade de mudança e ter um candidato que não tenha um passado político que lhe comprometa. De fato, é a adesão popular a nossa maior coligação ou parceria. A gente tem história própria”, pontua.

LeiaJá também

-> Para Marília, PSB deveria desistir da Prefeitura do Recife

-> João Campos se considera a renovação na política de PE

Depois de aprovado pelo Senado, o projeto de adiamento das eleições pode ser votado na Câmara Federal nesta quinta-feira (25). Defensor do adiamento das eleições municipais para 2022, com eleição única para presidente, deputados, prefeitos e vereadores, o deputado federal Danilo Cabral (PSB) critica a proposta de adiamento para 15 de novembro. 

“Não temos nenhuma evidência científica que, adiando 30 dias, a pandemia terá cessado. É puro achismo. Se defendemos que o isolamento é o melhor caminho para proteger as pessoas do Covid-19, vamos empurrar 110 milhões de eleitores para o risco de contaminação? É uma irresponsabilidade do ponto de vista da saúde pública”, afirmou Danilo Cabral. 

##RECOMENDA##

Pela proposta aprovada no Senado, o primeiro turno da eleição seria realizado no dia 15 de novembro e o segundo, no dia 29 do mesmo mês. O texto aprovado nesta terça-feira (23) foi um substitutivo do senador Weverton (PDT-MA) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2020. Ele também define o período entre 31 de agosto e 16 de setembro para a realização das convenções para escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações. A apresentação do registro de candidatos pelos partidos à Justiça Eleitoral deve ser feita até 26 de setembro.

Para Danilo Cabral, as eleições deste ano devem ser adiadas para 2022, com a prorrogação do mandato dos atuais prefeitos. Ele destaca que há propostas, em tramitação na Câmara que podem ser analisadas juntamente com a PEC vinda do Senado. “O PSB defende a unificação das eleições do país, acabar com a reeleição e aumentar o tempo de mandato para cinco anos. Agora, podemos analisar a unificação dos mandatos e, posteriormente, tratamos sobre os outros assuntos”, ressalta. 

 

Sob medidas de distanciamento social para combater a pandemia, eleitores de todo Brasil devem ficar atentos aos serviços disponibilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), via internet. Requerer a primeira via do título (alistamento), mudança de município (transferência), alteração de dados pessoais, alteração de local de votação por justificada necessidade de facilitação de mobilidade ou revisão para a regularização de inscrição cancelada são alguns dos serviços que podem ser realizados pelo site do tribunal (http://www.tre-pe.jus.br/)

De acordo com o membro da comissão nacional de Direito Eleitoral da OAB e advogado eleitoral, Emílio Duarte, o calendário eleitoral de 2020 não sofreu alterações até o momento, portanto, é preciso ficar ligado nos prazos. “Já estamos no período de pré-campanha pelas redes sociais e os eleitores devem ficar atentos não só aos prazos dos serviços, mas, também, às propostas dos pré-candidatos aos cargos de prefeito e vereadores de suas respectivas cidades”, alerta.

##RECOMENDA##

Para os eleitores, o próximo dia 6 de maio é uma data muito importante: é o último dia para que regularizem a sua situação junto à Justiça Eleitoral para poderem votar em outubro. Assim, pessoas que perderam o recadastramento biométrico e tiveram o título cancelado, não justificaram a ausência nas últimas eleições ou ainda desejem alterar o domicílio eleitoral têm até esse dia para se dirigirem ao cartório eleitoral mais próximo a fim de resolver suas pendências.

*Da assessoria 

 

No podcast desta segunda-feira (06), o cientista político Adriano Oliveira fala sobre as possibilidades de alteração que a Covid-19 pode levar para as eleições municipais de 2020. Oliveira avalia três possíveis cenários, em que todos ficam a mercê de quando haverá o ápice da doença no Brasil. Para que as eleições ocorram em outubro deste ano, o ápice deve acontecer entre abril e maio, voltando a vida à normalidade em junho ou julho. Nos demais cenários, haveria adiamento das eleições.

Entretanto, o cientista é favorável ao adiamento do pleito, uma vez que, independente de quando a pandemia acabe, as campanhas e os eleitores já estão prejudicados, seja financeiramente e/ou psicologicamente. Mesmo depois do ápice, as pessoas continuarão com medo, principalmente porque ainda não há uma vacina contra o coronavírus, o que terá como consequência a mudança de estilo de vida de todos.

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

 

JOÃO PESSOA (PB) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu anular a cassação do prefeito e do vice-prefeito da cidade de Soledade, localizada a 165 km de distância de João Pessoa. Por 5 votos a 2, José Bento (PT) Fabiana Gouveia (PMDB) devem retornar aos cargos, após a publicação do acórdão.

Ambos tiveram seus mandatos cassados no dia 4 de junho de 2013. Eles compareceram, 15 dias antes da Eleição, à inauguração da reforma de um estádio, que contou com a participação do Treze Futebol Clube (número do então candidato à reeleição) em um jogo.

##RECOMENDA##

Em setembro de 2013, aconteceram Eleições Suplementares e Flávio Aureliano (PTN) foi escolhido para assumir o cargo, com 4.306 votos. Flávio já informou que irá recorrer contra a decisão.

SOLEDADE (PB) - A cidade de Soledade, a 165 km de distância de João Pessoa, escolheu seu novo Prefeito neste domingo (1º). A oposição foi eleita pelos cerca de 10 mil cidadãos que tem direito a voto no município.

Flavio Aureliano, da Coligação Soledade de Todos (PDT, PTN, PPS, DEM, PMN, PSB, PSDB, PSD, PCdoB e PT do B), conquistou 4.306 votos, 331 a mais que Miranda Neto, da Unidos pela Vontade do Povo (PT, PP, PMDB, PR, PTC, PV e PEN).

##RECOMENDA##

Miranda, que começou a campanha como candidato a vice, substituiu de última hora a candidata Vânia Leal, que teve o registro de candidatura indeferido. Roberto Cordeiro dos Santos (Beto do Mercadinho) assumiu o posto de vice.

Dos 10.272 eleitores aptos a votar, 8.855 (86,20%) foram às urnas e 1.417 (13,79%) se abstiveram. 179 votaram em branco (1,74%) e 395 (3,84%) nulos. Nenhuma das 33 urnas deram defeito.

Durante o pleito, a juíza eleitoral titular da 23ª Zona Eleitoral, Bárbara Bortoluzzi, comemorou o andamento da disputa. Ela lembrou as determinações que delimitou a propaganda eleitoral na cidade e assegurou que as atitudes colaboraram para a paz.

A nova eleição foi necessária após os mandatos do ex-prefeito, José Bento do Nascimento (PT), e da ex-vice-prefeita, Fabiana Barris Gouveia de Oliveira, terem sido cassados em junho. De acordo com o acórdão do Tribunal Regional Eleitora da Paraíba (TER-PB), ambos compareceram à reinauguração de uma praça esportiva, o que é vedado pelo art. 77 da Lei n° 9.504/97, já que a solenidade aconteceu 15 dias antes das eleições municipais.

Ao serem cassados, o Presidente da Câmara de Vereadores, Lourival Delfino da Cunha (PTB), assumiu o posto.

SOLEDADE (PB) - As eleições suplementares de Soledade, a 165 km de distância de João Pessoa, devem ocorrer com tranquilidade. A perspectiva é da juíza da 23ª Zona Eleitoral da cidade, Bárbara Bortoluzzi Emmerich.

De acordo com a magistrada, as decisões tomadas por ela, na última sexta-feira (26), garantirão a paz no pleito do próximo dia 1º de setembro. Nesta data, o município irá escolher um novo prefeito.

“Nas últimas semanas tivemos protestos aqui. A população foi às ruas tomou a BR 230, que corta a cidade. Este ato ocasionou um congestionamento de 30 km, então imagine o que poderia acontecer caso não organizássemos esta campanha”, explicou a juiza.

Ainda de acordo com Bárbara, determinações foram tomadas de comum acordo com os partidos políticos. “Eu poderia ter apenas informado a decisão, mas não faz parte do meu feitio impor qualquer coisa. Tivemos uma reunião com representantes dos partidos e acordamos”, salientou.

De acordo com a decisão de Barbara Bortoluzzi, as coligações não poderão fazer passeatas, carreatas ou qualquer ação de aglomeração de pessoas na BR 230, nem poderão fazer uso de carros de som a menos de 100 metros das sedes dos poderes Executivo e Legislativo, da Polícia Militar, delegacia da Polícia Civil, dos hospitais, postos de saúde, das igrejas e escolas.

“Mesmo sendo uma cidade pequena, há território suficiente para fazer as manifestações seguindo estas determinações, tanto que os partidos aceitaram”, garantiu ao ser questionada sobre a área permitida para realizar a campanha.

Os candidatos ainda irão se revezar em suas saídas às ruas, alternando os dias de ações para que não se encontrem. No entanto, por solicitação dos candidatos, nos últimos dois será liberado para ambos. A utilização de pinturas em muros e banners também foram autorizados.

Já em clima de eleições, os cartórios e juizados estão trabalhando em ritmo de plantão, de domingo a domingo, sem folgas. Os programas de guias eleitorais já estão sendo veículados em rádios desde o último domingo (28).

Soledade tem 15 mil eleitores aptos a votar, segundo informou a juíza. A cidade está na passagem entre a capital paraibana e o sertão, além de ser entrada para a Campina Grande. Vânia Leal e José Alves de Miranda Neto, da coligação ‘Unidos pela Vontade do Povo’ enfrentam Flávio Aureliano e Beto de Manoca, da coligação ‘Soledade de Todos’.

O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra, afirmou neste sábado que a conquista de cadeiras na Câmara Municipal passa pelo corpo-a-corpo dos candidatos nas ruas. "O tempo da TV para os vereadores não tem importância nenhuma. Tem muito folclore, nas duas, três aparições (na TV). A eleição se ganha nas ruas, nas casas, nas entidades de bairro", afirmou, durante discurso na Convenção do PV que ratifica o apoio da legenda a sua candidatura.

Serra fez essa declaração em meio a uma disputa entre um grupo do PSDB que apoia uma aliança com as siglas aliadas para a escolha de candidatos a vereador e outro grupo que é contrário.

##RECOMENDA##

Na saída do evento, em entrevista a jornalistas, Serra afirmou que um "chapão", na eleição proporcional, é uma tendência normal das alianças partidárias. "Estamos discutindo isso. Há posições diferentes e podemos chegar a um consenso", afirmou.

Sobre o provável apoio do PP, partido do ex-prefeito Paulo Maluf, ao candidato do PT, Fernando Haddad, Serra evitou fazer comentários, dizendo apenas: "Cada um faz alianças e vai para onde achar melhor".

Em relação à escolha do seu vice, Serra disse que a "questão envolve elementos de natureza política, de alianças e outras considerações".

Na convenção de hoje, o PV indicou o secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, como possível vice de Serra. O tucano elogiou a indicação e disse ser "um dos nomes possíveis".

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando