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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta sexta-feira, 22, que "não existiu um Mensalão e não existiu uma Lava Jato". Em sua avaliação, os dois escândalos que abalaram os governos Lula e Dilma representam "toda uma operação conjugada, onde o mensalão foi uma parte do iceberg que depois veio a ser descoberto".

Janot fez uma palestra na Brazil Conference e apontou vários fatos que, em sua visão, permitiram ao Ministério Público chegar ao nível de independência e profissionalismo no encaminhamento de investigações. O evento é realizado pela Universidade de Harvard e pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT).

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Ao comentar sobre a Ação Penal 470, Janot explicou que o mensalão revela a organização criminosa que está sendo examinada hoje no âmbito da Lava Jato. "Estou convencido, com as circunstâncias de fatos que existem hoje, que não existiu um mensalão e não existiu uma Lava Jato".

O primeiro fato lembrado pelo procurador foi a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 35, em 2001, que acabou com a prévia autorização da Câmara ou do Senado para investigações e processamento de parlamentares. Segundo ele, a mudança gerou um "reflexo direto no gabinete do procurador-geral da República que assumiu de vez um viés majoritariamente penal".

O procurador-geral também citou as transmissões da TV Justiça - no ar desde agosto de 2012. Para ele, a TV divulga para a população julgamentos de casos e o processo judicial entra na agenda do cidadão, o que gera acesso, transparência e controle. "O que fazemos, somos cobrados na rua e temos que explicar."

O julgamento da Ação Penal 470 - caso conhecido como mensalão - também é considerado por Rodrigo Janot como um fato que influencia a situação atual. "Pela primeira vez, o Supremo julgou pessoas com prerrogativa de foro e poder político real."

Ele destacou a dimensão do processo: 53 sessões de julgamento entre agosto e dezembro de 2012.

Nesse ponto, Janot destaca outro fator de mudança. Com a Ação Penal 470, o Supremo - até então visto com desconfiança, principalmente por conta do foro por prerrogativa de função - "afirmou-se como um tribunal que condena e de forma definitiva, pois não cabe recurso". No caso do mensalão, dos 40 denunciados, 25 foram condenados.

O Papa Francisco está "determinado" a avançar com as reformas na Cúria romana, após o vazamento de documentos que revelam deslizes financeiros no Vaticano, assegurou nesta quarta-feira o número três da Santa Sé, o arcebispo Angelo Becciu.

Após as novas revelações, referindo-se particularmente aos desfalques de fundos destinados aos pobres ou doentes para financiar o estilo de vida luxuoso de alguns cardeais, o substituto na secretaria de Estado revelou em seu Twitter as palavras de Jorge Bergoglio: "Sigamos em frente com confiança e determinação".

Pouco antes, aqueles que se encontraram com o Papa nos últimos dias o consideraram "muito amargo", mas também "perplexo e irritado", segundo comentários divulgados pela imprensa italiana.

O secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana, Dom Nunzio Galantino, comentou sobre o caso no canal TV2000. "Eu me coloco em seu lugar. Todo o filho da Igreja, diante de tais ataques concêntricos, não pode ficar indiferente".

"Alguém certamente tem medo do processo de renovação que o Papa está travando", considerou Dom Galantino, próximo do papa Francisco.

"Eu acredito que algumas pessoas têm medo de uma Igreja que está começando a ser inatacável em certos pontos, que começa a ser também credível aos olhos dos não-crentes, e isso faz com que alguns percam a razão", acrescentou.

Dom Galantino denunciou o padre Lucio Anjo Vallejo Balda e a assessora Francesca Chaouqui, suspeitos de roubar documentos confidenciais, e os dois jornalistas italianos autores dos livros que trarão revelações sobre o Vaticano, Emiliano Fittipaldi e Gianluigi Nuzzi.

"Estas quatro pessoas, se realmente disserem que estavam agindo para o bem do Papa, só disseram besteiras".

"Elas sabem que estão mentindo, porque não ajudamos alguém esfaqueando-a por trás ou roubando conversas privadas, e criando problemas à Igreja", insistiu.

Os dois livros, "Avarice" de Fittipaldi e "Via Crucis" de Nuzzi, estarão nas livrarias já na quinta-feira.

De acordo com a imprensa italiana, os livros revelam sobretudo a forte oposição interna às reformas financeiras do papa Francisco.

Neles se denunciam as irregularidades atávicas que por décadas foram cometidas com as finanças do Vaticano, como o desvio de 400 milhões de euros do "Óbolo de São Pedro", com doações provenientes de todo o mundo, para a Cúria Romana, ou seja, a gestão da máquina.

Os livros citam e-mails, atas de reuniões, conversas privadas gravadas e notas que demonstram o excesso de burocracia, a má gestão, o desperdício, e fastos milionários com aluguéis.

As revelações surgem após a prisão neste fim de semana de Vallejo Balda e de Chaouqui. A última foi interrogada e posteriormente liberada.

O Brasil experimentou nestes doze anos e meio de governos do PT inúmeros escândalos de corrupção. Começou com o Mensalão e foi caminhando com uma velocidade incrível até chegar no Petrolão, fazendo as peripécias de Fernando Collor de Mello e de Fernando Henrique Cardoso virarem brincadeira de criança inocente.

A corrupção permeou toda a república, expondo a putrefação da política e dos poderes no país. Mas uma figura que nada ouvia, nada via e nada sabia sempre foi poupada de todos os escândalos que derrubaram ministros, deputados e diretores da Petrobras. O quadro se acentuou e até donos de empreiteiras foram presos por conta do Petrolão. 

A figura que sempre ficou ilesa das investigações é o ex-presidente Lula, e parecia que ele iria ficar impune de todo este mar de lama que inundou o Brasil. Porém, com o agravamento das investigações da Operação Lava a situação de Lula, conhecido como Brahma nas entranhas da corrupção, ficou insustentável. Era questão de tempo as investigações chegarem nele. Esse dia enfim chegou.

O executivo da OAS Léo Pinheiro, que reformou um sítio de Lula em Atibaia, decidiu falar ao Ministério Público Federal tudo o que sabe sobre os esquemas de corrupção que Lula comandou. Vai falar inclusive sobre o enriquecimento ilícito do empresário Fábio Lula da Silva, o empresário Meteoro da Corrupção, que passou de um trabalhador de zoológico a um dos homens mais ricos do Brasil, o famoso Lulinha. 

Lula sabe que a casa dele está caindo e a sua prisão é questão de tempo. 

Araripina – O Palácio do Campo das Princesas garantiu ao prefeito de Araripina Alexandre Arraes (PSB) que ele terá total apoio para que seu grupo político continue comandando o município. Dentre os possíveis candidatos do prefeito estão: Luciano Capitão, Roberto Pirralho, Leonardo Batista, Alexandre Lage, Divanágoras e Tião do Gesso. 

Bruno Ribeiro – O prefeito de Itambé Bruno Ribeiro (PSB) comemora a vinda do Polo Automotivo para a cidade de Goiana. O investimento na Mata Norte possibilitou a geração de centenas de empregos para os moradores de Itambé, que fica próximo de Goiana e também teve sua economia aquecida com a fábrica da Jeep.

Candidatura – O senador José Serra em reunião com o secretariado do governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão afirmou ser candidatíssimo a presidente da República pelo PSDB. Tal afirmação deixa o senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin, postulantes do partido ao Planalto, em alerta. 

1 bilhão – O Ministério Público Federal estima que no esquema investigado pela Operação Lava Jato foi distribuído cerca de um bilhão de reais em propina apenas da Odebrecht. Um valor vultuoso que evidencia o tamanho do buraco que o Petrolão envolveu o país.

RÁPIDAS 

Posse – O ex-deputado João Paulo assumirá a superintendência da Sudene na próxima terça-feira. A posse do petista acontecerá na sede da autarquia federal no Engenho do Meio e contará com a presença do ministro da Integração Nacional Gilberto Occhi. 

Gravatá – O ex-prefeito de Gravatá Ozano Britto assumiu a presidência do diretório municipal do PSB anteontem e terá a missão de comandar o partido na articulação da candidatura do deputado estadual Waldemar Borges, líder do governo na Alepe, a prefeito do município.

Inocente quer saber – A candidatura de Antonio Campos em Olinda está criando arestas na Frente Popular?

Escândalos de corrupção envolvendo deputados e senadores não são propriamente novidade na crônica política brasileira. Desde a redemocratização, no fim da década de 1980, não houve uma legislatura sequer que não tivesse um grande escândalo de corrupção com parlamentares entre os envolvidos. Esta é a primeira vez, entretanto, que os presidentes do Senado e da Câmara, filiados ao mesmo partido, o PMDB, são investigados no mesmo caso.

No início da década de 1990, o Brasil mal se recuperava do impeachment do primeiro presidente eleito pelo voto direto em 30 anos quando se viu diante da revelação de um esquema que sangrava o Orçamento. O escândalo que ficou conhecido como a 'máfia dos anões do Orçamento' - uma referência à estatura dos envolvidos - custou o mandato de dez deputados: quatro renunciaram e seis foram cassados. E entrou para a história a desculpa do João Alves (ex-PFL-BA), apontado como líder do esquema. Para justificar a fortuna arrecadada ilegalmente, ele disse que em menos de um ano ganhou na loteria mais de 200 vezes.

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Nas legislaturas seguintes, a sociedade brasileira se viu diante da revelação de práticas nada republicanas, como a compra de votos para garantir a aprovação da reeleição para presidente, governadores e prefeitos (1997) ou o mensalão pelo apoio de parlamentares a votações de interesse do governo (2005). No meio do caminho, ainda se viu um presidente do Senado renunciar ao cargo após ser flagrado violando o painel de votações, que deveriam ser secretas, do plenário. E um presidente da Câmara abandonar o mandato sob a acusação de cobrar propina de um empresário para permitir que ele explorasse o restaurante da Casa.

A operação Lava Jato, que entre outras coisas investiga a cobrança de propinas por agentes públicos para garantir privilégios em contratos da Petrobrás, cita o nome de 34 políticos. A Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de 21 inquéritos contra 13 senadores e 22 deputados - entre eles os presidentes das duas Casas.

Tanto no Senado quanto na Câmara foram instaladas CPIs para investigar o caso, mas somente dois deputados, André Vargas e Luiz Argôlo, responderam a processos no Conselho de Ética - primeiro passo para a cassação. Ambos tiveram processos extintos porque não foram reeleitos.

Instituições

O cientista político da USP José Álvaro Moisés explica que hoje estão mais sólidas as instituições responsáveis pela fiscalização, controle e punição aos ilícitos cometidos por parlamentares. "Com todos os problemas de funcionamento da democracia, bem o mal as instituições estão cumprindo seu papel", disse. Segundo ele, assim como a corrupção enfraquece a democracia, a denúncia e a apuração dos malfeitos contribuem para seu fortalecimento.

O deputado Miro Teixeira (PROS-RJ), decano na Câmara, concorda, mas afirma que o julgamento de parlamentares pelos pares ainda obedece a lógica política. "Os processos ainda são encarados de acordo com a importância e desimportância do envolvido."

Para o deputado, a divulgação dos escândalos é, ao contrário do que se imagina, um bom momento para o Parlamento. "O momento ruim é quando há o cometimento do crime", disse. No caso da Lava Jato, o ponto crucial será o recebimento de denúncias no Supremo Tribunal Federal. "Com a denúncia recebida, creio que será exigida a renúncia. Esse é o momento em que o bom senso deve prevalecer", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Duas semanas depois da péssima estreia nos cinemas dos Estados Unidos do filme sobre a história da Fifa, atualmente envolvida num escândalo de corrupção, o diretor lamentou ter feito "um desastre".

O cineasta francês Frédéric Auburtin explicou nesta quarta-feira à revista americana The Hollywood Reporter que ele queria fazer de "United Passions" uma união de um filme "da Disney e um documentário de Costa-Gavras ou Michael Moore".

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No fim, segundo o diretor, o resultado "é um desastre".

O projeto contou com respaldo total da Fifa, que arcou com 80% dos 30 milhões de euros do custo de produção do filme, pressionando para que a obra tivesse um tom mais favorável em relação aos presidentes da Fifa.

Auburtin conseguiu incluir alguns diálogos no roteiro, como a frase "Blatter é bom buscando dinheiro", que hoje, mais do que nunca, adota um novo significado, depois do dirigente renunciar ao cargo de presidente da Fifa em 3 de junho, pressionado pelo escândalo de corrupção na entidade.

"Pensei que estava fazendo um filme para um grande estúdio, mas fui vítima de um jogo. Não me pagaram para ser o Che Guevara dos negócios do esporte", lamentou o cineasta.

"United Passions" foi lançado no festival de Cannes do ano passado, mas recebeu péssimas críticas.

A Fifa não conseguiu convencer os mercados internacionais e o filme sequer foi distribuído em países de grande tradição futebolística, como Inglaterra, Alemanha e Brasil.

No primeiro fim de semana de exibição nos cinemas americanos, o filme arrecadou míseros 605 dólares.

"É um desastre, mas eu aceitei o trabalho", reconheceu Auburtin. "Aparentemente, sou o marqueteiro que faz filmes para os corruptos".

A História das eleições presidenciais brasileiras não apresenta casos de corrupção como variáveis principais que explicam o sucesso ou insucesso dos candidatos a presidente da República. A farta literatura sobre as eleições presidenciais brasileiras evidencia que a ideologia explicou o sucesso eleitoral de Collor em 1989. Ideologia e o plano Real explicaram o sucesso eleitoral de FHC em 1994. Tais teses são defendidas por André Singer em seu brilhante livro “Esquerda e Direita no eleitorado brasileiro”.

A aprovação da gestão do primeiro governo FHC, bem-estar econômico e desejo de continuidade são as variáveis que explicam a reeleição de FHC em 1994 para Yan de Souza Carreirão no livro “A decisão do voto nas eleições presidenciais”. Claudio Luiz Lourenço em tese de Doutorado intitulada “Abrindo a caixa-preta: da indecisão à escolha na eleição presidencial de 2002” mostra que a avaliação negativa da gestão de FHC e as características dos candidatos possibilitaram o sucesso eleitoral do candidato do PT, Lula, na eleição de 2002.

As emoções dos eleitores são as variáveis utilizadas por Jairo Tadeu Pimentel Júnior para explicar as escolhas dos eleitores em 2006. A dissertação “Razão e emoção: o voto na eleição presidencial de 2006” mostra, através da análise de variadas pesquisas eleitorais, que os escândalos de corrupção diminuíram o entusiasmo para o voto em Lula no primeiro turno. Por isto, a eleição findou no segundo turno.  Porém, de acordo com Pimentel, a diminuição do entusiasmo foi um fator. A avaliação positiva da gestão de Lula consolidou o seu sucesso no segundo turno.

O reconhecimento por parte dos eleitores da melhoria de vida, especificamente, o sentimento de mobilidade social, é para Vitor Peixoto e Lúcio Rennó as razões do sucesso eleitoral de Dilma Rousseff na disputa eleitoral de 2010. Esta hipótese é apresentada pelos autores no artigo “Mobilidade social ascendente e voto: as eleições presidenciais de 2010 no Brasil”.

Observem que escândalos de corrupção não aparecem na literatura como forte variável que explica as escolhas dos eleitores nas eleições presidenciais. É claro que, segundo Pimentel Júnior, os escândalos de corrupção ocorridos no decorrer da campanha de 2006 proporcionaram o fim da eleição no segundo turno. Porém, o escândalo de corrupção não foi a causa principal. Diante disto, indago: os escândalos de corrupção interferirão fortemente na escolha do eleitor na eleição presidencial de 2014?

Considero que a Corrupção tem a oportunidade única nesta eleição para ser o ator principal que irá condicionar a escolha dos eleitores. As notícias de corrupção advindas da Petrobrás são abundantes. Porém, se as denúncias de corrupção atingiram, em um primeiro momento o PT, atingiu, no segundo momento, o PSDB. Além de outros partidos.

No momento 1, eleitores podem ter sido influenciados a não votar no PT em virtude das denúncias de corrupção – Hipótese 1No momento 2, eleitores podem ter sido influenciados a não votar no PSDB em virtude das denúncias de corrupção – Hipótese 2Então, a escolha dos eleitores no momento 1 foi anulada em razão dos eventos trazidos pelo momento 2? Esta é a indagação fundamental.

momento 2 pode ter provocado reflexão entre os eleitores que foram afetados pelos eventos do momento 1 – Hipótese 3. E em virtude desta reflexão, as decisões dos eleitores tomadas no momento 1 podem ter sido reconsideradas em virtude dos eventos trazidos à tona no momento 2 – Hipótese 4. Suponho que os momentos 1 e 2 criaram curtos-circuitos nas cabeças dos eleitores – Hipótese 5Com isto, os eleitores não farão escolhas eleitorais com base nos escândalos de corrupção – Hipótese 6. Será?

Destaco que o PT deverá utilizar, certamente, os escândalos de corrupção como sendo eventos comuns a todos os partidos. Com isto, o PSDB perderá o seu principal discurso, qual seja: “Existe corrupção na Petrobrás”. A essência da estratégia do PT é: “Todo político calça 40”.  O PSDB, por sua vez, tentará envolver Dilma nos escândalos. Então, indago: o PSDB conseguirá alcançar o seu objetivo?

Continuo com a tese: vencerá esta eleição presidencial o candidato que tiver mais munição para desconstruir o outro. Entretanto, indago: os escândalos de corrupção na Petrobrás são munições adequadas? Ou indo além:  o uso dos escândalos de corrupção é estratégia adequada?

Os escândalos de corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras foram destaques nos embates ocorridos no último debate entre os presidenciáveis antes do primeiro turno dessas eleições, realizado na noite dessa quinta-feira (2) na Rede Globo.

Logo na primeira pergunta, a candidata do PSOL, Luciana Genro, indagou Dilma Rousseff sobre se os casos de corrupção eram resultado da aliança que o Partido dos Trabalhadores havia feito com os partidos de direita. Dilma rebateu ao defender as ações do governo para combater a impunidade e os atos ilícitos no setor público. “Não acho que sejam alianças que definam corruptos. Não acredito que tenha alguém acima de corrupção. Acho que todo mundo pode cometer corrupção. As instituições é que têm que ser virtuosas de impedirem que isso ocorra”, declarou.

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Em seguida, o pastor Everaldo (PSC) perguntou ao candidato do PSDB, Aécio Neves, sobre o suposto uso político dos Correios em favor da campanha petista. Na resposta, o tucano disse: "É vergonhoso o que vem acontecendo no governo, a Petrobras deixou as páginas de economia para as páginas policiais. Os Correios, centenário, estão à serviço da candidatura do PT em Minas Gerais. E quem disse isso foi uma liderança do Partido dos Trabalhadores. Boa parte da correspondência enviada por nós não chegou aos destinatários", declarou.

Na réplica, Pastor Everaldo disse que os Correios estão processando sua candidatura porque ele denunciou esses escândalos da estatal. "Estão tentando calar a boca de quem diz a verdade. Basta dessa corrupção", emendou. Aécio, na tréplica, disse que encontrou essa indignação em todo o Brasil, de pessoas que não aguentam mais ver o Estado brasileiro a serviço de um projeto de poder. "É este vale tudo", disse, citando inclusive os ataques da campanha do PT a Marina Silva, sua adversária do PSB.

Aécio também atacou a adversária do PT: "Dilma disse que demitiu o diretor Paulo Roberto da Costa, mas a ata da Petrobras disse que ele renunciou. Além disso, ele recebeu elogios por sua atuação. Este senhor está sendo obrigado a devolver R$ 70 milhões roubados da Petrobras", salientou. Em outro momento, Dilma leu um trecho do depoimento de Costa na CPI da Petrobras, quando explicou que ele fez a carta de renúncia após saber que seria substituído. ”Eu queria dizer que tem gente que combate a corrupção, como eu, para fortalecer a Petrobras. Te outras pessoas que combatem a corrupção para enfraquecer a Petrobras porque querem a sua privatização”, acusou.

O tucano disse que não quer privatizar a estatal. “A Petrobras vai ser devolvida aos brasileiros, tendo uma gestão de empresa profissional, para que engrandeça a empresa e não a diminua como está ocorrendo no atual governo”, disparou.

O senador Humberto Costa (PT) classificou, nesta quarta-feira (6), como "bobagem" denúncias de uma suposta fraude nos depoimentos concedidos a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga denúncias de irregularidades na Petrobras.

Para ele, a imprensa está alimentando a oposição, que quer "criar um escândalo em algo corriqueiro", que são encontros de assessores e parlamentares de qualquer CPI para obtenção de subsídios sobre o fato investigado.

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Humberto Costa criticou, especialmente, uma matéria publicada hoje em um jornal paulista que revela a suposta fraude sendo combinada com assessores do Planalto. "Essa matéria tenta colocar a visão de que o fato de a Secretaria de Relações Institucionais ter acompanhado todo esse processo, fez com que esse processo tenha sido objeto de tentativa de controle", disse. "Descubram outra coisa para tentar transformar em escândalo porque essa não tem a mínima consistência. Isso é uma grande bobagem e é lamentável que órgãos da imprensa, com credibilidade, estejam neste momento se prestando a esse papel", acrescentou.

*Com informações da Agência Senado

O Papa Francisco e o conselho de cardeais que o assessora, chamado 'G-8', discutiram nesta terça-feira a delicada situação do Banco do Vaticano, sacudido nos últimos anos por escândalos de corrupção, lavagem de dinheiro e intrigas. O pontífice, acompanhado de seus assessores, se reuniu com a Comissão do Instituto para as Obras de Religião (IOR), presidida pelo cardeal italiano Raffaele Farina. "Nenhuma decisão foi tomada", indicou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, durante uma coletiva de imprensa.

Participou das reuniões o secretário de Estado Pietro Parolin, que receberá o título de cardeal no sábado, juntamente com outros 18 cardeais, dos quais seis latino-americanos. A reforma das finanças do Vaticano é um dos maiores desafios para o Papa argentino, que prometeu após sua eleição organizar o IOR, criando controles mais estritos sobre esta instituição marcada na Itália por seu envolvimento em escândalos de lavagem de dinheiro.

"A missão do IOR foi estudada", assim como "as causas e os problemas" que a instituição teve no passado e as "possíveis orientações" para renovar a instituição financeira da Santa Sé, indicou Lombardi.

"O Santo Padre quer ter uma visão geral para planejar a reorganização do seu governo e de suas estruturas ", disse o porta-voz, reiterando que esta é uma tarefa complexa que demandará tempo. Durante os encontros, coordenados pelo cardeal hondurenho Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, foi discutida a situação do banco com os auditores internacionais e Joseph Zahra, presidente da Comissão.

As sessões de trabalho, descritas como "intensas" pelo porta-voz papal, têm se concentrado na análise da complexa situação da Cúria Romana, com base em "relatórios, ideias e propostas". Na quarta-feira (19), o Papa e seus assessores se reunirão à tarde com o Conselho dos 15, o corpo criado por João Paulo II para que as igrejas locais tivessem mais controle sobre as contas do Vaticano.

As reuniões continuarão na quinta-feira (20) e sexta-feira (21) com o Consistório Extraordinário dos Cardeais, em preparação para o Sínodo dos Bispos, a ser realizado em outubro de 2014.

A mãe do cantor Justin Bieber se encontrou com o filho nesta segunda-feira (27), em um hotel do Pacífico panamenho, e lhe pediu que reflita sobre os últimos escândalos que mancharam sua carreira e o levaram para a prisão, informou a imprensa local.

Há três dias hospedado em um hotel de Punta Chame, 100 km ao sudoeste da capital panamenha, Justin recebeu a mãe, Pattie Mallette, nesta segunda. Também hoje ele tinha uma audiência marcada em um tribunal em Miami, nos Estados Unidos, de acordo com o canal Telemetro.

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Segundo a emissora, a mãe de Bieber se reuniu com o filho e com parte da equipe que assessora o adolescente para conversar sobre os últimos episódios de sua vida polêmica e lhe pedir que "busque ajuda para uma reabilitação".

"Sua mãe veio muito preocupada" com a última polêmica gerada por Justin e teria dito ao filho "que ele tem de mudar, se tratar e buscar a luz", de acordo com a repórter da Telemetro, que teve acesso ao artista e a seus acompanhantes.

Bieber, de 19, ficou preso por mais de oito horas em Miami, na última quinta-feira, acusado de dirigir embriagado por drogas e álcool e de participar de um "pega" de rua. Ele foi solto, após pagar fiança de US$ 2.500. A Telemetro mostrou imagens do cantor na praia, praticando esportes aquáticos e fazendo passeios de lancha, na companhia de várias pessoas.

"É a segunda vez que Justin está aqui conosco e está praticando todo tipo de esporte (aquático)", disse William Hayes, amigo de Bieber e administrador do hotel. Depois de alguns dias no local, o hotel teve de ser fechado ao público, devido à presença de dezenas de fãs.

Bento XVI deixará de ser Papa nesta quinta-feira (28), às 19h00 GMT (16h de Brasília), quando sua histórica renúncia se tornará efetiva após oito anos de um pontificado no qual precisou encarar enormes escândalos e controvérsias.

A seguir, alguns desses escândalos:

- O nazismo e a Alemanha (Auschwitz, maio de 2006): durante sua peregrinação ao campo de extermínio de Auschwitz, Bento XVI atribuiu a responsabilidade dos crimes do nazismo a um grupo de criminosos que abusaram do povo alemão para se servir dele "como instrumento de sua sede de destruição e de dominação". Esta frase na boca do Papa, de origem alemã, com a qual parece eximir seu povo, criou polêmica.

- O Islã e a violência (discurso de Ratisbona, setembro de 2006): o tema da conferência do Papa em uma universidade bávara se concentra nos vínculos entre a fé e a razão. Mas a citação de um imperador bizantino do século XII sobre os laços do Islã e a violência provocou uma onda de indignação no mundo muçulmano. Esta crise levou Bento XVI a multiplicar seus chamados ao diálogo entre as religiões, "respeitando suas diferenças".

- Povos autóctones e conversão (Brasil, maio de 2007): durante sua viagem ao Brasil, o Papa afirmou que a evangelização dos povos autóctones da América "não levou em nenhum momento a uma alienação das culturas pré-colombianas e não impôs uma cultura estrangeira", guardando silêncio sobre os massacres que acompanharam a evangelização da América. Dez dias depois, após a polêmica levantada por suas declarações, Bento XVI evocou os sofrimentos e injustiças daqueles povos durante a conquista do continente.

- Aborto e política (Brasil, maio de 2007): a bordo de um avião que o levava ao Brasil, o Papa justificou as ameaças de excomunhão de certos bispos contra os políticos que legalizam o aborto. O presidente Luiz Inacio Lula da Silva, hostil ao aborto como cidadão, ressaltou que deveria responder "como chefe de Estado" a um problema de saúde pública.

- Missa em Latim e Vaticano II (julho de 2007): Bento XVI liberalizou por decreto papal a missa em latim, ou Missa Tridentina, de acordo com a liturgia romana anterior à reforma do Concílio Vaticano II, dando andamento à reivindicação dos católicos tradicionais, o que inquietou os progressistas dentro da Igreja. O Papa afirmou que o Concílio Vaticano II contribuiu para a continuidade da história da Igreja Católica, embora os progressistas o interpretem como uma ruptura.

- Integrismo e negacionismo (janeiro de 2009): um decreto papal levanta a excomunhão de quatro bispos integristas, dos quais um, o britânico Richard Williamson, manteve publicamente posturas negacionistas do Holocausto dos judeus pelos nazistas. Esta decisão gerou uma enorme controvérsia, assim como profundas tensões com o mundo judeu e mal-estar com parte dos católicos, o que obrigou o Vaticano a se retificar.

- O preservativo e a Aids (março de 2009): em um avião que o levava à África, o Papa declarou que não era possível resolver o problema da Aids (...) com a distribuição de preservativos, que, "pelo contrário, agravavam o problema". A indignação por estas declarações foi geral, desde os responsáveis políticos até representantes de associações civis.

- Pio XII (dezembro de 2009): Bento XVI proclama venerável o papa Pio XII, questionado por seu silêncio durante o Holocausto perpetrado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o que provocou fortes protestos das comunidades judaicas de Berlim e Roma, entre outras.

- Pedofilia (início de 2010): a revelação da magnitude dos casos de pedofilia no clero irlandês, conhecida durante o outono boreal de 2009, a qual se somaram novas revelações em diversos países da Europa, assim como nos Estados Unidos, começaram a salpicar o Papa com artigos na imprensa alemã e americana que questionavam seu silêncio e inação diante destas denúncias.

Lobby gay: As escandalosas denúncias, publicadas pelos meios de comunicação da Itália, ofuscaram a última semana do pontificado. Segundo estas publicações, o Papa decidiu renunciar ao cargo depois de receber um relatório ultrassecreto de 300 páginas, preparado por três cardeais veteranos, que descreve as lutas na Cúria Romana pelo poder e pelo dinheiro, assim como o sistema de chantagens internas baseadas nas fraquezas sexuais, o chamado "lobby gay" do Vaticano, o que foi desmentido oficialmente e com firmeza pela hierarquia da Igreja.

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