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O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), será investigado por possíveis irregularidades no uso na cota parlamentar. O pedido de apuração foi feito, nessa quinta-feira (11), pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU), com base em uma reportagem do jornal O Globo, que apurou as notas fiscais apresentadas pelo gabinete de Filho à Câmara e constatou que houve verba pública utilizada no abastecimento de veículos da família do ministro

A investigação é referente ao período entre abril de 2022 e agosto de 2023. À época, o ministro ainda era deputado federal, mas deixou o cargo, em setembro de 2023, para assumir a pasta do Governo Lula. Ainda não há prazo para a apreciação da denúncia, representada pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado. O processo também não foi aberto, de acordo com o TCU. Para o subprocurador-geral, a conduta, se comprovada, "atenta contra a moralidade administrativa e constitui evidente desvio de finalidade no uso de recursos públicos". 

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Na quinta-feira (11), o LeiaJá entrou em contato com a assessoria de Costa Filho, que ainda não tinha um posicionamento sobre o assunto. Posteriormente, a reportagem solicitou do Ministério de Portos e Aeroportos uma nota sobre a investigação. Até o momento desta publicação, a pasta não havia retornado. Ao Globo, quando a reportagem que baseou a denúncia foi lançada, o ministro informou não ter sido informado sobre regularidades e comprovou ter prestado contas à Câmara, que aprovou as notas do então deputado. 

De acordo com a administração do posto da gasolina, segundo o Globo, a contabilidade do estabelecimento pode ter confundido a conta familiar no nome do ministro (e que autorizava a família a abastecer no nome dele) com a conta oficial, destinada aos gastos com combustível da caminhonete de Silvio, durante o exercício parlamentar. 

Os gastos 

Consta, nas notas fiscais, que Silvio Costa Filho gastou R$ 105,1 mil para abastecer 48 veículos diferentes entre abril de 2022 e agosto de 2023. Entre eles, estavam os carros do pai, irmão, cunhada e esposa. Os abastecimentos aconteceram em um único posto de gasolina, no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. O valor declarado nas notas é referente a 10,8 mil litros de gasolina, 6,7 mil litros de diesel e 793,91 litros de etanol.   

Regulamento da cota parlamentar 

A cota é um benefício mensal que deve ser utilizado pelo deputado para custear despesas típicas do exercício do mandato parlamentar, como aluguel, alimentação, locação de carro, combustível e outros. O deputado paga do próprio bolso e depois apresenta as notas fiscais para receber o reembolso dos valores. 

O MP pediu ao TCU que investigue "possíveis condutas atentatórias à moralidade administrativa e em desvio de finalidade no uso de verbas públicas para compra de combustíveis" e, caso confirmada a regularidade, determine o ressarcimento dos valores aos cofres públicos. A Câmara dos Deputados se manifestou através de nota, e, apesar de ter aprovado as contas do deputado afastado, esclareceu que “o parlamentar assume inteira responsabilidade pela nota fiscal que apresenta". 

É competência da Câmara apenas verificar os gastos apenas quanto à regularidade fiscal e contábil da documentação comprobatória. A Casa também informou que ainda não foi comunicada oficialmente pelo TCU. 

 

Denunciada por funcionários por diversas irregularidades, a empresa Speed Mais contatou o LeiaJá para refutar as alegações e fez sérias acusações contra o deputado federal Túlio Gadelha (Rede), que foi ao local para ouvir os trabalhadores. Segundo Jacédna Andrade, sócia fundadora, o deputado usou a situação para se promover e seria ligado a uma empresa concorrente, o que ele nega.

Funcionários da empresa, localizada na Rua do Apolo, área central do Recife, relataram à nossa reportagem uma série de irregularidades. De animais peçonhentos nas dependências da empresa a pagamentos atrasados, os trabalhadores afirmam "sofrem perseguições por parte de alguns superiores".

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O deputado Túlio Gadelha esteve no local e fez postagem no Instagram sobre as denúncias.

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Em mensagem enviada ao LeiaJá, a sócia da Speed Mais afirmou que "tudo que foi postado não tem nada de verdade" e que “acionou o jurídico” contra o deputado Túlio Gadelha.

“Foi lá para se promover, pois tem uma empresa concorrente que não se conforma em ter perdido um contrato grande para nós e fica nos perseguindo”, disse Jacédna Andrade.

O LeiaJá procurou o deputado. Através de nota, a assessoria disse que Túlio ingressou com uma representação no Ministério Público do Trabalho denunciando o caso e refutou as acusações de Jacédna Andrade.

“Túlio foi presidente da Fundação de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) e tem histórico de ações em defesa de pautas trabalhistas. Não é proprietário de empresa alguma e irá tomar todas as medidas judiciais cabíveis contra qualquer acusação infundada e caluniosa que tente atacar o seu histórico ético, profissional e de luta em defesa da classe trabalhadora”, diz trecho da nota.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu nesta terça-feira, 19, uma série de partes de animais mortos no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). Eles entraram no País ilegalmente, na bagagem de estrangeiros, e "possuem alto potencial de introdução de doenças no Brasil pelo estado in natura e sem documentação de origem", segundo o Ibama.

Entre os materiais encontrados nas bagagens confiscadas estavam uma cabeça de babuíno e frascos com bile de urso - ambas espécies protegidas pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (Cites) -, além de ratos empalados e cabeças de aves diversas. A maioria deles é proveniente da África.

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De acordo com o Ibama, um passageiro nigeriano e um chinês foram autuados por tentativa de ingresso no Brasil com itens sem parecer técnico oficial favorável ou licença da autoridade ambiental competente. As peças foram encaminhadas para destruição.

Na mesma operação, também foram apreendidos mais de 11 mil peixes ornamentais de diversas espécies, entre elas Corydoras, Hyphessobrycon, Paracheirodon, Peckoltia, Symphysodon e Tucanoichthys. Eles seriam exportados para Taiwan, na China, sem a documentação de origem necessária.

Outros 15 kg de bexigas natatórias de espécies não identificadas e materiais de artesanato feitos com peças de animais silvestres também foram interceptados pelos agentes em remessas postais internacionais que iriam para os Estados Unidos, França e Espanha.

Nos adornos dos materiais de artesanato, havia fragmentos de carapaças de quelônios, crânios de jacaré, aves de rapina, rabo de raia, corais, penas de araras e papagaios e dentes de onça, jacaré e cateto. Todos os materiais foram apreendidos e os remetentes, autuados.

"As apreensões destacam a importância da fiscalização rigorosa para a proteção da biodiversidade e da saúde pública da sociedade brasileira" destacou o Ibama.

Ao todo, foram apreendidos só nesta terça-feira:

Cabeça de banuíno;

Bile de urso;

Ratos empalados;

Cabeças de aves diversas;

Peixes ornamentais de diversas espécies;

Bexigas natatórias;

Carapaças de quelônios;

Crânios de jacaré;

Aves de rapina;

Rabo de raia;

Corais;

Penas de araras;

Penas de papagaios;

Dentes de onça;

Dentes de jacaré;

Dentes de cateto.

A operação foi realizada em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e com a Receita Federal do Brasil (RFB).

Após o Tribunal de Contas da União (TCU) apontar irregularidades no Pátria Voluntária, o antigo Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado coordenado por Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama minimizou a atuação do órgão. Ela foi às redes sociais para se pronunciar sobre o caso. 

A auditoria feita pela área técnica do TCU identificou que o modelo do Pátria Voluntária não possuía legalidade ou previsão constitucional para receber recursos privados. O estudo também observou a falta de critérios objetivos e isonômicos para selecionar as instituições beneficiárias das doações e de resultados das avaliações dessas instituições no cadastramento, credenciamento e habilitação. 

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O presidente Lula (PT) extinguiu o programa após tomar posse e, por isso, nessa quarta (15), o TCU recomendou à Casal Civil que promova ações para dar transparência aos "atos administrativos de seleção, gestão e controle de prestações de contas das entidades beneficiárias dos recursos" recebidos pelo programa capitaneado por Michelle. 

Em seu perfil nas redes sociais, a esposa de Jair Bolsonaro publicou uma nota de esclarecimento para destacar que os ministros do TCU não apontaram irregularidades e que o processo foi arquivado, em razão da própria extinção do programa. Apesar da falta de transparência apontada pelo relatório, Michelle assegurou que o Pátria Voluntária teria ajudado mais de três milhões de pessoas com providências na pandemia. 

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) considerou ilegais as contratações de professores feitas pela Prefeitura de São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco, em 2022. A relatoria do processo foi feita pela Conselheira Substituta Alda Magalhães, que aplicou uma multa de R$ 9.183,00 ao prefeito Pedro Alexandre Medeiros de Souza.

De acordo com a decisão do tribunal, as contratações não foram baseadas em fundamentação sólida, destacando extrapolação do limite com despesa de pessoal, contratação temporária de servidores com funções indevidamente acumuladas e outras infrações. Diante disso, foi solicitado ao gestor um levantamento sobre a necessidade da abertura de um concurso público no município, que deve ser apresentado em até 180 dias.

Na decisão, o TCE argumentou os motivos que autorizam a contratação de servidores púbicos e relembrou que cabe aos Tribunais de Conta a avaliação das admissões feitas pelas Prefeituras.

“ADMISSÃO DE PESSOAL. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. 1. O princípio do concurso público deve servir de regra ao ingresso de pessoal nas três esferas de poder da república. As contratações por tempo determinado constituem exceção no ordenamento pátrio e são vocacionadas a atender necessidade temporária de excepcional interesse público. 2. Compete aos tribunais de contas apreciar, para fins de registro, os atos de admissão temporária na administração pública”, apontou.

O último concurso, realizado no município ocorreu no ano de 2012, foi suspenso pelo prefeito da época, José Arnaldo Mariano Silva.

A população poderá contribuir com a Justiça Eleitoral de forma mais fácil. O aplicativo ‘Pardal’, que ajuda a combater as irregularidades eleitorais, está disponível para Android e iOS. Propaganda antecipada, pedido de voto antes do período permitido por lei e compra de votos são algumas das irregularidades que o cidadão poderá denunciar através do seu smartphone.

O aplicativo encaminha você diretamente para o link do Ministério Público do seu Estado, de acordo com a Justiça Eleitoral. Para fazer a denúncia, é importante que haja provas como fotos, vídeos ou áudios para que o órgão apure a irregularidade. O cidadão também pode escolher se a denúncia será anônima ou não. 

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Denúncias sobre propaganda irregular poderão ser feitas a partir do dia 16 de agosto, quando inicia oficialmente o período da propaganda eleitoral. O aplicativo também conta com uma ferramenta que informa o que pode e o que não pode ser feito durante a campanha eleitoral. 

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Em depoimento prestado à Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 29, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro lhe pediu que 'averiguasse se estava ocorrendo alguma irregularidade' no contrato da vacina indiana Covaxin durante uma conversa 'informal' no Palácio do Planalto. O general disse que solicitou ao ex-secretário executivo da pasta, Élcio Franco, que verificasse o contrato, tendo recebido um retorno, em data que ele não se lembra, de que seu número 2 havia feito uma apuração e não constatado irregularidades no contrato.

Pazuello foi ouvido na sede da Polícia Federal em Brasília nesta manhã tanto por investigadores que atuam no inquérito sobre suposta prevaricação de Bolsonaro no caso Covaxin, como por agentes da PF que investigam as irregularidades no contrato da vacina indiana, a mando do ministro da Justiça Anderson Torres. Os detalhes do relato do general foram divulgados pela CNN e confirmados pelo Estadão.

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O general deixou a PF por volta de 14h30 e não conversou com jornalistas à porta. Após o término das oitivas, o relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros afirmou em seu perfil no Twitter : "Pazuello, que mentiu à Comissão, confirmou: as graves ilegalidades da vacina superfaturada não foram investigadas. É o caso de prevaricação de rebanho".

O inquérito que mira Bolsonaro foi instaurado após decisão dada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, no último dia 2. Na ocasião, a ministra atendeu um pedido da Procuradoria-Geral da República - apesar de esta ter defendido, em um primeiro momento, aguardar o fim da CPI da Covid antes iniciar as apurações. Após Rosa negar tal pedido, a Procuradoria solicitou a instauração do inquérito.

A investigação tem origem em uma notícia-crime oferecida pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) a partir das suspeitas tornadas públicas na CPI da Covid. No sistema do STF, a petição impetrada pelos parlamentares já foi reautuada como inquérito.

O caso foi levado ao STF depois que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão do parlamentar, Luís Ricardo Fernandes Miranda, que é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, afirmaram em depoimento à comissão parlamentar que o presidente ignorou alertas a respeito de suspeitas de corrupção no processo de aquisição do imunizante fabricado pelo laboratório Bharat Biotech.

No dia 24 de junho, quase três meses depois de ter sido informado pelo deputado Luis Miranda sobre as possíveis irregularidades no processo de aquisição da vacina, o presidente ainda não havia acionado a PF para investigar o caso, conforme apurou o Estadão com fontes na instituição. O inquérito para apurar as denúncias apresentadas por Luís Miranda a Bolsonaro só foi instaurado no dia 30 de junho a mando de Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública.

O crime de prevaricação está previsto no artigo 319 do Código Penal, com pena de até um ano de detenção. No caso envolvendo o presidente e a Covaxin, a imputação é a de não comunicação de uma suposta irregularidade para que pudesse ser investigada. Especialistas ouvidos pelo Estadão indicam que o presidente pode não só ter cometido crime de prevaricação, mas também de condescendência com o crime e, até mesmo, de responsabilidade.

O deputado Luís Miranda (DEM-DF) revelou ter informado pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas de irregularidades no contrato de compra da vacina Covaxin. Em áudio, o parlamentar, que era bolsonarista, afirma ter entrado diretamente no conflito após a imagem do seu irmão, servidor do Governo, passar a sofrer calúnia a nível nacional. Durante ligação telefônica, ele ainda afirmou que o presidente, além de ciente, se dispôs a levar a denúncia imediatamente à Polícia Federal, o que nunca aconteceu. O contrato com o laboratório da vacina indiana acabou sendo fechado em março deste ano, apesar dos valores estarem inflados em cerca de 1000%.

O parlamentar é irmão de Luís Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, e também a pessoa que deveria assinar a liberação do contrato supostamente irregular com a empresa. Ricardo relatou ao Ministério Público Federal (MPF), em depoimento no dia 31 de março, ter sofrido pressão incomum para assinar o documento.

“Eu levei para o presidente baseado no contrato e no pedido de pagamento. Primeiro falei que estavam acontecendo coisas no Ministério da Saúde que o senhor (presidente) vai precisar agir. Ele falou com todas as letras ‘deputado, é grave. Obrigado por trazer isso para mim, isso é grave, gravíssimo. Vou entrar em contato agora com o DG (delegado geral) da Polícia Federal e encaminhar a denúncia para ele’. Era caso de polícia, não de investigação”, afirmou o deputado, que está junto ao irmão durante ligação.

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A notificação foi feita ao presidente após a assinatura do contrato, ainda em março, quando ainda era possível revogar o documento antes da tramitação ocorrer. Segundo Miranda, há também uma confusão sobre o destino do dinheiro, que não vai para empresas diretamente envolvidas no contrato. Miranda possui a mesma base que o chefe do Executivo, a de ser "anti corrupção", e já participou de diversas reuniões com o PR.

“Confio tanto nele no combate à corrupção que levei para ele. A bandeira, a plataforma do presidente é o quê? O combate à corrupção. Quando vi corrupção clara ali, indícios de algo errado, enviei ao PR. Quando entrego para ele, eu comento que é o mesmo grupo econômico que recebeu por medicamentos do Ministério da Saúde e não entregou. Só por isso aí não deveriam fazer negócio com eles. Mas, além de tudo, emitiu invoice (nota fiscal) de pagamento, meu irmão tava recebendo uma p*ta pressão de coronéis, gente da cúpula do governo, para fazer o pagamento de uma invoice, por uma vacina que não tem Anvisa, um pagamento em descompasso com o contrato”, esclareceu.

E continua: “E pior, o nome da empresa que vai receber o pagamento não é nem a que tem contrato com o Ministério da Saúde e nem a intermediária. É uma loucura. Fora as quantidades, o contrato previa quatro milhões na primeira entrega e só tem 300 mil nessa invoice”.

A compra das vacinas

Documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. Telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto do ano passado informou que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose).

Em dezembro, outro comunicado diplomático dizia que o produto fabricado na Índia "custaria menos do que uma garrafa de água". Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) — a mais cara das seis vacinas compradas até agora.

Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou superfaturamento de R$ 50 mil na compra de máscaras de proteção descartáveis pelo Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Zona Oeste do Recife. A compra ocorreu em 2020 por meio de um processo de dispensa de licitação devido à pandemia de Covid-19. 

As máscaras foram adquiridas por R$ 2 a unidade à empresa Vitória Colchões. Segundo o TCE, o valor de mercado levantado do produto era de R$ 1 a unidade. A cotação foi feita pelo e-fisco, apurando aquisições de outros órgãos e hospitais no período de março a maio de 2020.

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Também foram verificadas deficiências na documentação exigida para fins de registro, na transparência e na organização de processos de contratação emergencial destinados ao combate à pandemia. De acordo com o tribunal, o HGV não apresentou, conforme determina resolução, justificativas para os preços contratados, habilitação jurídica, comprovação de liquidação da despesa, entre outras informações.

O relator, conselheiro Carlos Porto, imputou débito solidário no valor de R$ 50 mil ao diretor do hospital, Bartolomeu Antônio Nascimento Júnior, e à empresa Vitória Colchões. Ao gestor da unidade de saúde, também foi aplicada uma multa de R$ 9 mil. 

Cabe recurso da decisão. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) foi procurada, mas ainda não se posicionou sobre o caso.

Durante os dias 9 a 12 de março, o Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem-PE) fiscalizou cerca de 107 produtos mais consumidos no período de páscoa, dentre eles pescados, ovos de chocolate, colombas, vinhos e leite de coco, em estabelecimentos comerciais no estado. A operação está prevista para ocorrer em todo mês de março.

Até o momento, um produto foi reprovado por apresentar peso abaixo do indicado na embalagem. Os fiscais coletaram outros 31 produtos para passar por perícia no laboratório do Ipem-PE, quanto ao seu conteúdo nominal (peso declarado na embalagem).

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O conteúdo nominal é a parte do produto que será consumida, então o valor de peso indicado na embalagem precisa corresponder ao produto que será consumido. O Ipem-PE explica que nos ovos de páscoa, o peso declarado na embalagem deve corresponder ao peso do chocolate, não incluindo embalagem e/ou brindes. No caso de pescado congelado, o peso deve corresponder apenas ao pescado, excluindo-se a cobertura de gelo e a embalagem. Para produtos em conserva, o comprador deve estar atento ao peso drenado, pois a salmoura não deve ser levada em consideração.

“A operação tem como principal objetivo verificar se a comercialização dos produtos consumidos com mais intensidade no período da Páscoa estão de acordo com os requisitos estabelecidos pelo Inmetro, assegurando que o consumidor não seja prejudicado”, afirmou o Presidente do Ipem-PE, Ary Morais.

Caso seja identificado alguma irregularidade nos produtos, as empresas serão autuadas e terão dez dias para apresentar defesa ao Ipem-PE. A penalidade pode variar de R$ 100 a R$ 1,5 milhão.

Para dúvidas ou denúncias de qualquer irregularidade, o consumidor pode entrar em contato com à Ouvidoria através do 0800 081 1526 ou do formulário de denúncia presente no site www.ipem.pe.gov.br.

A 3ª Vara Cível de Águas Claras, no Distrito Federal, condenou o restaurante de comida chinesa China in Box a pagar R$ 5 mil de indenização a um casal de clientes que encontrou um pedaço de vidro na comida. A empresa alega que não há provas do ocorrido e vai recorrer da decisão judicial.

Segundo consta no processo, o casal realizou o pedido de dois pratos pelo sistema de delivery do restaurante. Ao receber o produto, a cliente teria percebido a presença do objeto estranho ao cortar a boca na tentativa de comer comida. Diante da situação, o casal se dirigiu a uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência.

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Nos autos, a empresa se defendeu dizendo não ser possível aferir a existência de fragmentos de vidro na comida apenas pelas fotos submetidas ao processo. "Assim, pelas fotos apresentadas pelo consumidor, não foi possível a identificação dos fragmentos do suposto objeto e nem a comprovação de que foi devido à preparação do pedido", declarou o China in Box em comunicado enviado à reportagem.

Os clientes alegam ainda que entraram em contato com o restaurante, mas não receberam atenção da unidade. Em resposta, a empresa negou a acusação de omissão. "Outro ponto discordante é sobre a alegação de descaso por parte da loja, uma vez que a franqueada tem provas de que ficou durante todo o tempo em contato com o consumidor e à sua disposição para resolver o caso", garante o estabelecimento.

A juíza responsável pelo caso, Maryanne Abreu, concluiu que a comida enviada ao casal de clientes continha pedaços de vidro, expondo os consumidores a risco. A magistrada destacou que, conforme o Código de Defesa do Consumidor, a empresa é responsável pela qualidade dos produtos fornecidos.

"Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça(STJ), a aquisição de produto de gênero alimentício contendo em seu interior corpo estranho, expondo o consumidor a risco concreto de lesão à sua saúde e segurança, ainda que não ocorra a ingestão de seu conteúdo, dá direito à compensação por dano moral, dada a ofensa ao direito fundamental à alimentação adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa humana," explica Maryanne.

Da decisão, além do pagamento de indenização por danos morais, a magistrada também obriga a empresa a ressarcir o casal em R$ 80,25, valor pago pelo produto na época do fato. A condenação em primeira instância ainda cabe recurso.

COM A PALAVRA, O CHINA IN BOX

"A unidade franqueada China in Box, de Águas Claras, DF, informa que vai recorrer da decisão de primeira instância, considerando, principalmente, que não há prova no processo do nexo de causalidade do fato ocorrido. Assim, pelas fotos apresentadas pelo consumidor, não foi possível a identificação dos fragmentos do suposto objeto e nem a comprovação de que foi devido à preparação do pedido. Outro ponto discordante é sobre a alegação de descaso por parte da loja, uma vez que a franqueada tem provas de que ficou durante todo o tempo em contato com o consumidor e à sua disposição para resolver o caso. A unidade franqueada ressalta que sempre seguiu todos os procedimentos de segurança alimentar e conta com o apoio de uma equipe focada no cumprimento das regras de controle de qualidade, uma vez que é o padrão para que todas as lojas da rede estejam em conformidade com as normas de Vigilância Sanitária."

Na semana do Natal, enquanto Manaus já agonizava com a piora da pandemia e a falta de oxigênio nos hospitais, a Câmara de Vereadores da capital do Amazonas se reuniu em sessão extraordinária no dia 21 para aprovar dois projetos que aumentaram os salários de vereadores, prefeito, vice-prefeito, secretários e subsecretários. A partir de 1º de janeiro de 2022, o salário do prefeito de Manaus subirá de R$ 18 mil para R$ 27 mil, e o dos vereadores, de R$ 15 mil para R$ 18,9 mil.

A Câmara de Vereadores de São Paulo seguiu os colegas de Manaus e dias depois, em 23 de dezembro, aprovou em segundo turno um aumento médio de 46,6% para os salários do prefeito, Bruno Covas (PSDB), do vice e dos secretários da capital. A promulgação da lei foi publicada no dia 24, com o reajuste no salário de Covas de R$ 24.175,55 para R$ 35.462,00, também a partir de 2022.

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Embora estejam proibidos reajustes para servidores até o fim deste ano, municípios e Estados estão burlando a regra para dar aumento ao funcionalismo . Além das duas capitais que já contrataram os aumentos para 2022, pelo menos sete Estados deram reajustes ou abriram caminho para aumentos ao funcionalismo neste ano apesar da restrição legal, segundo levantamento feito pelo Estadão (ver quadro ao lado). A Lei Complementar 173, que garantiu socorro aos Estados e municípios durante a pandemia, congelou salários de servidores federais, estaduais e municipais e vetou aumento de gastos de pessoal até dezembro de 2021.

Sem congelamento

O congelamento dos salários foi um movimento capitaneado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para evitar que o dinheiro repassado ao combate à covid-19 se transformasse em aumento de salários em ano de eleições e de pandemia, quando milhões de trabalhadores da iniciativa privada perderam emprego e tiveram salários cortados. Em suas aparições públicas, o ministro costuma destacar a economia de até R$ 132 bilhões obtida com a medida. Mas, com o "jeitinho" brasileiro, a regra tem sido desfigurada para abrir caminho a aumentos de gastos obrigatórios e permanentes.

Na época da votação, parlamentares contrários ao congelamento alegaram que nenhum prefeito ou governador daria aumento em plena pandemia. O crescimento dos gastos com pessoal é um dos principais gargalos que comprometem as finanças dos governos regionais. Porém, os arranjos políticos mostram uma disposição diferente.

Embora os casos se concentrem em Estados e municípios, nem mesmo a União escapa das brechas: o Executivo federal já abriu edital para 3 mil vagas na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal.

Procurados pela reportagem, alguns órgãos silenciaram, e os que responderam rejeitaram qualquer afronta à proibição da lei que concedeu o socorro a Estados e municípios. As justificativas variam: as medidas já estavam previstas ou são cargos que estão vagos (para os quais não haveria vedação à reposição), ou ainda as autorizações não são impositivas.

O Ministério da Economia, que brigou pela manutenção da regra quando o próprio Congresso Nacional ameaçou derrubar a proibição, diz que a fiscalização cabe aos Tribunais de Contas estaduais e municipais.

E sobre o próprio concurso autorizado pela União, a pasta informou que eles se enquadram na exceção da lei, que permite contratações para repor vagas em aberto.

Estados em crise usam brechas para contratar

Governadores e prefeitos têm se aproveitado de brechas da Lei Complementar 173, que proibiu reajustes e ampliações de gastos com pessoal como condição para um socorro bilionário durante a pandemia da covid-19, para mesmo assim conceder aumentos ou fazer contratações. O grupo inclui Estados em péssimas condições financeiras e que estão na fila por um socorro da União.

No Rio de Janeiro, a Assembleia do Estado incluiu no Orçamento a previsão de um plano para a revisão dos salários - na prática, uma brecha para concessão de reajustes. Em estado de calamidade financeira desde 2016 e sob o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) desde 2017, o Estado ainda pagará salários 11% maiores para o governador e integrantes do primeiro e segundo escalão do Executivo, após a revogação de uma lei que cortava essas remunerações. O rombo nas contas públicas previsto para este ano está na casa dos R$ 20 bilhões.

A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Rio informou que a emenda do Orçamento "não é impositiva": "Pode haver ou não um plano de revisão anual dos servidores, o que não implica em um aumento salarial ou contratações. Não há previsão de reajustes."

Em Goiás, a Assembleia aprovou um reajuste de até 64,61% para professores com contratos temporários que ainda não recebiam o piso nacional da categoria. A secretária de Economia do Estado, Cristiane Alkmin, disse ao Estadão que o aumento não conflita com a lei do socorro porque o piso dos professores é determinado por uma legislação federal, anterior à pandemia, e a lei trata esse tipo de aumento de gastos como uma exceção à proibição.

No Pará, o governo concedeu reajuste de 3% para delegados da Polícia Civil e ainda determinou um pagamento retroativo de abono salarial a servidores da segurança pública, referente ao período de 2014 a 2017. O anúncio foi feito pelo governador Helder Barbalho (MDB) e pela agência oficial de notícias. O governo do Estado, porém, não respondeu ao pedido do Estadão para detalhar o impacto financeiro da medida e se há violação das restrições impostas pela lei 173.

Em Mato Grosso do Sul, o governo discute uma proposta para incorporar o adicional de produtividade ao salário de fiscais tributários e auditores do Estado. Na prática, isso eleva a remuneração porque outros benefícios incidiram sobre o salário mais gordo - além de não haver impedimentos no futuro para a criação de novos adicionais. O governo estadual também não respondeu à reportagem.

Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) adota o discurso contra privilégios, mas sancionou uma lei que amplia possibilidade de novas gratificações para o Judiciário estadual e aumenta o número de vagas para desembargadores. O governo mineiro não respondeu ao pedido de entrevistas.

Já o Rio Grande do Sul anunciou concursos públicos para preencher 3,4 mil vagas, a maior parte de professores e profissionais da Secretaria de Saúde. Tanto a Procuradoria-Geral do Estado quanto o governador, Eduardo Leite (PSDB), afirmaram em recente entrevista coletiva que as contratações não violam a lei porque preenchem cargos que já estavam vagos. Nas prefeituras de São Paulo e Manaus, os reajustes ficaram para 2022, mas já foram contratados e, no caso da capital do Amazonas, pode ser implementado ainda este ano, caso a proibição na lei federal seja revogada. Além disso, a remuneração dos prefeitos funciona como teto da remuneração dos servidores municipais.

Em São Paulo, categorias vinham pressionando os vereadores a conceder o reajuste para driblar o que vinha então funcionando como trava, impedindo mais aumentos para a elite do funcionalismo. A Prefeitura disse ao Estadão que a lei do reajuste é "autorizativa" e que o teto salarial só será alterado se a pandemia estiver superada em 2022.

Segundo a assessoria do prefeito, Bruno Covas (PSDB), a mudança é importante porque o teto do funcionalismo não é corrigido desde 2012, e a defasagem favorece a evasão de profissionais de carreiras com salários elevados e com alta qualificação, como auditores fiscais.

Em Manaus, nem a Câmara de Vereadores, nem a Prefeitura responderam aos pedidos de informações da reportagem. Em abaixo-assinado, entidades, instituições, pastorais e movimentos sociais pediram a rejeição dos projetos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Palácio do Planalto responsabilizou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pela indicação de um funcionário do gabinete do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, órgão responsável por analisar atos jurídicos do governo, foi o próprio ministro quem encaminhou o nome, que não cumpre os requisitos previstos em lei para exercer o cargo, como revelou o Estadão/Broadcast. A pasta informou ainda que a indicação poderá ser retirada.

Pacheco, candidato escolhido por Davi Alcolumbre (DEM-AP) e pelo presidente Jair Bolsonaro para presidir o Senado em 2021, é o padrinho político da indicação de Arnaldo Silva Junior para a diretoria do órgão regulador - formalmente, no entanto, o envio do nome foi feito pelo Ministério da Infraestrutura. Silva Junior foi deputado estadual até 2019 e é presidente do DEM em Uberlândia (MG).

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A Lei das Agências Reguladoras, no entanto, é clara ao proibir a indicação de "dirigentes partidários" e "pessoa que tenha atuado, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral".

Apesar do veto da lei, a Secretaria-Geral informou não ter competência para fazer a reanálise de "possíveis vedações" após o Ministério de Infraestrutura ter avalizado o nome de Silva Junior. "De todo modo, uma vez confirmada qualquer violação à Lei Geral das Agências, a Presidência da República publicará a retirada da indicação", disse a pasta após ser questionada pela reportagem.

Mesmo violando dois dispositivos da lei, o nome de Silva Junior foi aprovado no dia 14 de dezembro pela Comissão de Infraestrutura do Senado, que realizou a sabatina do candidato. O nome, no entanto, ainda precisa passar pelo plenário da Casa.

Nomeação

A pasta comandada pelo ministro Jorge Oliveira até a semana passada tentou afastar a indicação do presidente Jair Bolsonaro. Segundo nota da Secretaria-Geral, "a submissão do nome à sabatina não vincula a sua nomeação pelo presidente da República, podendo ser reavaliado em qualquer hipótese no âmbito do Poder Executivo federal". Amigo da família Bolsonaro, Oliveira deixou o cargo no dia 31 para assumir uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). Em seu lugar ficou, de forma interina, Pedro Cesar Sousa, ex-chefe de gabinete de Bolsonaro. Procurado, o ministério da Infraestrutura não respondeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O superintendente do Ibama na Bahia, Rodrigo Santos Alves, nomeado em junho do ano passado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cancelou uma multa dada pela própria equipe e liberou construções em uma área de preservação permanente - no caso, um prédio de luxo, erguido na região mais cara de Salvador, às margens da Baía de Todos os Santos.

Alves divide o cargo público com a função de sócio de uma empresa imobiliária, também localizada na capital baiana, especializada em oferta de imóveis de luxo no litoral. A decisão de autorizar novas obras no entorno de um edifício nobre, onde apartamentos são vendidos por R$ 4,5 milhões, contrariou uma série de análises técnicas que confirmavam as irregularidades da construção. Ainda assim, o superintendente decidiu rejeitar os argumentos, laudos e perícias, para cancelar a multa de R$ 30,5 mil aplicada contra a construtora, além de um embargo que paralisa a obra. Há ainda outra multa de R$ 5,1 milhões e mais um pedido de embargo em análise.

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A decisão de Alves foi anunciada em maio e anulava uma multa e um embargo informados em maio de 2015. Naquela ocasião, analistas ambientais do Ibama foram ao edifício de luxo Mansão Phileto Sobrinho, no "Corredor da Vitória", para avaliar a recuperação de área degradada junto ao mar onde o prédio havia instalado um teleférico, um píer e um quiosque. Estava em andamento, desde 2011, um projeto de regeneração da encosta - o Plano de Recuperação de Área Degradadas, monitorado pelo Ibama.

Outra obra

Ao chegar ao local, porém, os fiscais não encontraram nenhuma recuperação, mas, sim, obras de outra edificação que subia sobre a mata, em frente ao mar, em uma área de 900 metros quadrados. Confirmada a irregularidade, os técnicos lavraram a multa e pediram a paralisação imediata das obras. A Porto Victoria Empreendimentos Imobiliários, dona do edifício, alegou que tinha licença da Prefeitura para tocar o projeto, mas o Ibama observou que a empresa cometia um erro em cima de outro, não resolvido. Depois, ela tentou desqualificar a área como de preservação permanente. A iniciativa não prosperou.

A obra do novo prédio está parada até hoje. O Ministério Público Federal na Bahia também moveu uma ação civil pública contra os empreendedores e contra o município. Em outubro de 2018, novo relatório apontou que "os elementos constantes dos autos são robustos e suficientes para justificar a manutenção do auto de infração".

Em maio de 2019, um mês antes de Alves chegar à chefia do Ibama na Bahia, mais um parecer técnico analisou argumentos da construtora: "Fica evidente que, devido às restrições legais da área APP (Área de Preservação Permanente) de encosta, o empreendedor já estava ciente da inviabilidade ambiental do empreendimento".

Em abril deste ano, mais um parecer técnico foi feito. Depois de revisitar cada informação do processo e as novas alegações da empresa, o analista ambiental confirmou multa e embargo, dizendo que o caso "não traz elemento técnico que modifique o entendimento do Ibama anteriormente demonstrado". Um mês depois, com todo o histórico nas mãos, Santos Alves cancelou a multa e o embargo da obra. Em seu entendimento, o Ibama voltou a extrapolar de funções ao sobrepor licenças municipais e ignorou a informação de que, segundo ele, parte da área não seria de preservação permanente.

Reportagem publicada pelo Estadão na semana passada revelou que, em setembro, Alves cancelou atos de sua própria equipe técnica para liberar obras de um resort de luxo numa região conhecida pela procriação de tartarugas marinhas. O superintendente não só retirou uma multa de R$ 7,5 milhões que havia sido aplicada pelos técnicos do Ibama contra o hotel, como anulou a decisão que paralisava a obra.

A reportagem tentou contato, sem sucesso, com a Porto Victoria Empreendimentos Imobiliários. No processo, a companhia sustenta que o Ibama não pode multá-la por desmatar uma "área degradada, assim reconhecida por essa autarquia federal quando da aplicabilidade desta penalidade". Ocorre que, como mostra o órgão ambiental, é justamente por estar degradada que a faixa da encosta passava por um projeto de recuperação.

Inúmeras infrações ao código eleitoral formaram a manhã de votação deste domingo (15), na Escola Professor Cândido Pessoa, no bairro de Peixinhos, em Olinda. O LeiaJá flagrou a distribuição dos "santinhos", panfletos de propaganda eleitoral, dentro e fora do prédio. Além disso, a boca de urna foi prática recorrente entre os eleitores, e aconteceu de forma visível a todos, incluindo os funcionários da administração do polo pelo Tribunal Regional Eleitoral.

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Uma eleitora foi flagrada fazendo propaganda eleitoral irregular nos corredores da escola. A mulher gritou o número da sua candidata a vereadora, identificada como "Eduarda da Moradia", registrada pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC). Ao notar a presença da imprensa no local, se conteve e posteriormente pediu desculpas pelo ato, alegando estar "apenas emocionada".

Os flagrantes não se limitaram à boca de urna. Panfletos de diversos candidatos estavam espalhados no piso, na área externa e houve até mesmo propaganda colada nas urnas, segundo denúncias feitas à administração do polo eleitoral.

Especulações de compra de votos também circularam pelo local. A equipe do LeiaJá presenciou conversas que mencionavam o pagamento do "vintinho", representando um acordo informal em que a quantia de R$ 20 seria paga aos eleitores que votassem em um suposto candidato, não identificado.

O prédio foi sinalizado de acordo com as orientações do TRE, e também dispôs de álcool em gel para a população. No entanto, o distanciamento social não foi respeitado e pessoas circulando sem usar máscara foi um episódio comum. A administração se mostrou ciente, mas disse ser incapaz de controlar os eleitores.

"Não temos condições de controlar o público. Tudo no prédio está de acordo com o sugerido pelo TRE, mas as pessoas não respeitam. Nem se incomodam. É alto recorrente aqui nesse polo de Peixinhos. Muita gente sobe e desce, não tem como controlar. A gente só acompanha", disse Thaisa Andrade, uma das administradoras do polo.

 

A responsabilidade sobre o sucesso no enfrentamento à Covid-19 passa pela competência das autoridades sanitárias municipais e do compromisso da gestão com a população. Abaixo do índice de isolamento social de Pernambuco, a cidade de Goiana, na Mata Norte, teve três licitações suspensas por indícios de superfaturamento e sofre com a desgastante troca de secretários na Saúde.

Afastado desde 2018 para tratar a doença de Crohn, informada em sentença da 2ª Vara Cível de Goiana, o prefeito Osvaldo Rabelo Filho (MDB) arrependeu-se da escolha no comando da pasta e deu início a uma série de mudanças já no primeiro semestre de gestão. Em apenas seis meses do mandato iniciado em 2017, três gestores lideraram a Saúde no município.

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Falta competência

A dança das cadeiras foi mantida como um hábito pelo prefeito em exercício, o vice Eduardo Honório, que oficializou a última troca em plena pandemia, após a passagem de oito secretários de Saúde. “Falta competência dos próprios secretários. Apoio eles tiveram o suficiente”, aponta Honório, que não revelou por quem os profissionais foram indicados.

“Infelizmente as pessoas que tentaram tocar a Secretaria de Saúde não tiveram um bom desenvolvimento [...] você tem que ter pessoas com uma visão boa pra Saúde e, até agora, a gente não encontrou essa pessoa que soubesse desenvolver o município”, frisou o vice, que está nos últimos meses de mandato, mas admite que Goiana precisa reforçar a Saúde.

Secretário da Saúde sem conhecimento da área

Apesar da capacidade do Ministro (interino) da Saúde, Eduardo Pazuello, ser criticada pela falta de experiência na área, Honório foi na mesma direção e nomeou para a pasta o administrador Carlos Gondim Torres Filho, no dia 3 de agosto deste ano. Formado pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), o único contato do atual secretário com a área foi quando colaborou em uma empresa do ramo farmacêutico. 

Atualmente cursa pós-graduação em Gestão Pública à distância pela Uniasselvi, e o currículo é preenchido por uma passagem no banco Itaú. Carlos também prestou serviços no 1º Tabelionato de Notas e Registro De Imóveis de Goiana pertencente ao seu pai Carlos Torres, um dos apoiadores da candidatura de Osvaldo. “Às vezes a pessoa tem um currículo muito bom, mas quando chega na hora de executar o serviço, cadê ele executar?”, questiona.

Sem prática em gestão pública ou saúde básica, Honório o classifica como um “jovem dinâmico” e afirma que está satisfeito com os resultados – mesmo sem pontuá-los - em pouco mais de um mês de atuação. O prefeito Osvaldo preferiu não comentar sobre a rotatividade dos nove secretários e a incerteza quanto à aptidão de Carlos Godim.

Já o prefeito em exercício entende que o nomeado faz um bom trabalho pelo suporte da esposa e cirurgiã-dentista Adrianna Rodrigues. “Ele tem a esposa que é formada em dentista e tem uma boa bagagem. Ele tem tudo para dar certo”, disse.

Procurado pelo LeiaJá, Carlos Gondim Torres Filho não atendeu aos telefonemas para comentar sua nomeação, mesmo sem conhecimento prático ou teórico. Populares e vereadores reclamam da morosidade do município contra a pandemia e indicam que a maior intervenção da Prefeitura é uma barreira sanitária fixada no mercado público aos sábados. Em contrapartida, Honório indica que a maior dificuldade para conter o avanço da doença é conscientizar a população, que desobedece as regras de distanciamento.

O índice de isolamento levantado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em parceria com a InLoco revela que apenas 33,9% dos habitantes cumpre a medida. Segundo o último boletim epidemiológico, 1.144 pessoas já foram contaminadas pela Covid-19 e 74 não resistiram às complicações da doença. Goiana segue com 54 casos suspeitos.

Idoneidade questionada no combate à pandemia

Contestada por falta de investimento no setor, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela que a Prefeitura de Goiana recebeu R$ 4.577.434,27 federais e R$ 172.497,42 estaduais para arcar com as despesas da pandemia. Após fiscalização, a entidade suspendeu três licitações por indícios de superfaturamento e prejuízo à competitividade para a obtenção de melhores preços.

O TCE ainda informa que o Fundo Municipal de Saúde do município reservou R$ 13.802.644,81 para gastar com a Covid-19 e gastou apenas R$ 6.822.250,80 até o momento. “Por que foi cancelada? A gente quando percebe que algo tá indo errado, que tá com as cotações a cima daqueles valores, a gente tem que cancelar por que não vai fazer besteira não. A gente não pagou, se você olhar cancelou, mas não pagou”, garante o vice prefeito, que garantiu desconhecer o levantamento.

“Todo esse dinheiro a gente realmente destinou ao coronavírus, não foi desviado para outro local não. Se for esse ‘dinheirozinho’ que a gente vem pegando, a gente vem dando o destino certo”, defende-se Honório. 

Após o cancelamento das compras, o TCE calcula uma economia de R$ 2.099.058,48 aos cofres públicos. As licitações investigadas foram negociadas antes da entrada de Carlos Filho e são referentes à aquisição de mil cestas básicas no valor de R$57.500; à compra de merenda para estudantes da educação básica por R$ 427.172,25; e a terceira envolve equipamentos e mobílias hospitalares, e materiais de proteção individual, cotados por R$2.305.865,98. “Se houve isso aí e tiver danos ao município, se abre uma sindicância e quem for responsável que responde pela mesma”, disparou. 

Denúncias de corrupção pairam sobre Goiana desde a entrada da chapa eleita. Antes de ser afastado por questões de Saúde, a chapa do prefeito Osvaldo sofreu a abertura de um processo de impeachment, proposto por unanimidade dos 15 parlamentares da Câmara de Vereadores.

Na ocasião, a gestão era acusada de supostas irregularidades no contrato do serviço de coleta de lixo que, em um intervalo de dois anos, duplicou os gastos. Para suspender o processo, o desembargador Francisco Bandeira de Mello alegou que os crimes pontuados pela Câmara estariam classificados como comuns e não crimes de responsabilidade.

O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) interditou, neste sábado (18), uma pista de kart que estava funcionando de forma clandestina durante a pandemia de Covid-19. O local fica no Clube de Campo do Sítio do Pica-pau Amarelo na Estrada da Mumbeca, município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Além disso, o estabelecimento não tinha licença para funcionar. 

O Kartódromo do Tamboril, como é chamado o estabelecimento, já foi alvo de outras ações do Procon, mas estava fechado sempre que a equipe de fiscalização chegava. Após nova denúncia neste sábado, o órgão se dirigiu ao estabelecimento junto com a Polícia Militar e flagrou a realização de uma corrida, que foi interrompida, constatando então que o CNPJ apresentado pela empresa se refere, na verdade, a um escritório localizado no centro do Recife. Irregularidades como essa podem ser denunciadas ao Procon através dos telefones  0800.282.1512 e (81) 3181.7000. 

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Outras interdições

Em agosto de 2019, a jovem Débora Dantas, de 19 anos, teve o couro cabeludo arrancado após seu cabelo ficar preso em um kart enquanto ela e seu namorado participavam de uma corrida em um kartódromo montado no estacionamento de um supermercado em Boa Viagem, bairro da Zona Sul do Recife. A pele foi arrancada desde a altura dos olhos até a nuca da jovem. 

À época do acidente, o Procon interditou o Adrenalina Kart Racing do Supermercado Walmart e, posteriormente, o GKI Guararapes KartIndoor, localizado no estacionamento do supermercado Carrefour, no bairro da Torre, pois ambos funcionavam ilegalmente. Após apresentar a documentação necessária, apenas o kartódromo da Torre teve autorização para voltar a funcionar. 

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A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou e bloqueou o pagamento do auxílio emergencial a 299 mil servidores públicos estaduais e municipais que solicitaram o benefício irregularmente durante a pandemia de coronavírus. A informação é do ministro da CGU, Wagner Rosário, que participou nesta terça-feira (14) de uma audiência pública da comissão que acompanha as ações do governo federal no enfrentamento da Covid-19.

Os 299 mil casos citados pelo ministro representam 0,45% do total de 65,2 milhões de pessoas que já receberam o auxílio desde abril. O benefício de R$ 600 é destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados. Ele não pode ser pago a agentes públicos, mesmo que temporários.

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"Realmente, a gente tem encarado uma situação de muita tentativa de fraude nos recursos do auxílio emergencial. Os cruzamentos identificaram números relevantes de servidores públicos. Iniciamos um trabalho de busca nas folhas de pagamentos estaduais e municipais. Numa parceria com estados e municípios, cruzamos e identificamos de 299 mil servidores de todos os entes recebendo recursos do auxílio emergencial. É um recurso que a gente tem que estar muito atento", disse.

Dispensa de licitação

Wagner Rosário destacou ainda uma “análise prévia” realizada pela CGU nas aquisições realizadas pelo Ministério da Saúde por meio de dispensa de licitação. Numa amostra de contratações que somam R$ 6,4 bilhões, o órgão de controle encontrou “fragilidades” em aquisições que envolvem R$ 2 bilhões. Desde o início da pandemia, o Palácio do Planalto liberou R$ 39,59 bilhões para o Ministério da Saúde. Deste total, foram efetivamente pagos R$ 12,18 bilhões.

De acordo com o ministro, a CGU também acompanha os repasses da União para estados, Distrito Federal e municípios. O Portal da Transparência do governo federal mantém um painel específico para orientar governadores e prefeitos nas compras relacionadas à pandemia. O serviço reúne informações sobre despesas realizadas por 280 entes da Federação. Entre eles, todos os estados, todas as capitais e todos os municípios com mais de 500 mil habitantes.

"Estamos fazendo um trabalho bem braçal de busca em diários oficiais e em portais de transparência de estados e municípios. São levantamentos de preços e quantidades de aquisição para oferecer aos gestores uma média de preços praticados no momento da pandemia. Quando aumenta muito a demanda por equipamentos de proteção individual e respiradores, o preço sobe. Precisávamos buscar um preço de referencia para este momento. Não adiantava muito tentar comparar o preço atual com o anterior. Também fizemos uma análise mais detalhada das empresas que estão contratando, para tentar fazer uma análise de risco das aquisições feitas pelos diversos entes federais, inclusive a União", afirmou.

*Da Agência Senado

Nesta sexta-feira (10), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o depoimento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, investigado por possíveis irregularidades nos gastos para combater a Covid-19. 

Quem atendeu o pedido foi o ministro João Otávio de Noronha, presidente do STJ. A defesa do governador alegou que não teve acesso a todas as informações da investigação. Segundo o G1, os advogados argumentaram que fizeram vários pedidos para que a Procuradoria Geral da República (PGR) juntasse ao processo todos os dados, e isso não teria sido atendido até essa quinta-feira (9).

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Na decisão favorável para Witzel, o ministro do STJ alegou que "não há muito o que fazer a essa altura", porque se for ouvir o Ministério Público Federal sobre o que está sendo alegado pela defesa do governador do Rio de Janeiro, Wilson teria que comparecer à Polícia Federal. Além disso, Noronha aponta que se o pedido da defesa fosse negado e, por um acaso, a falta de dados apontada fosse comprovada, poderia provocar vícios às investigações.

Benevolência 

Nessa quinta-feira, foi o próprio Noronha quem atendeu o pedido que concedeu que Fabrício Queiroz e sua esposa, que está foragida da polícia, possam cumprir a prisão em casa. O casal é investigado pelo esquema de "rachadinhas" atribuídas pelos investigadores ao gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro.

O descarte errado do lixo feito por alguns usuários do Metrô do Recife está causando grandes impactos no local. Escadas rolantes, elevadores e até equipamentos que mudam os trens de uma via para outra apresentaram falha devido ao lixo jogado indevidamente no local. De acordo com a CBTU, na Estação Joana Bezerra uma das três escadas rolantes está fora de operação devido ao lixo que provocou a quebra de vários degraus. Toda essa irregularidade fez com que o órgão gastasse um montante de R$ 2,5 milhões nos últimos três anos. 

Nas estações e nos seus entornos são recolhidos, em média, 9 mil sacos de 200 litros, o que equivale a aproximadamente 36 mil kg de lixo mensalmente. Já nos trens são retirados, em média, 500 sacos de 200 litros por mês, o que dá aproximadamente 2 mil kg de lixo. A limpeza dos trens é feita a cada viagem, nas estações é feita diariamente; e na da via férrea, varia dependendo trecho.

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Por ano, a CBTU gasta R$ 11 milhões 450 mil, em contratos de limpeza. São 248 empregados trabalhando no recolhimento do lixo. "O dinheiro investido na limpeza do sistema poderia ser economizado com um ato simples de descarte correto. A colaboração dos usuários é indispensável para a CBTU. Apesar de diversas lixeiras e pontos de coleta de lixo, muitos deles preferem jogar o lixo na via, dentro dos trens ou nas escadas rolantes", aponta o órgão.

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