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O dólar recuou em relação ao euro e subiu ante o iene nesta sexta-feira, 30, reagindo a diferentes movimentos do mercado, como o alívio das preocupações com o Deutsche Bank e as expectativas em relação ao aumento dos juros nos EUA. Comparado a outras moedas, o dólar não teve um movimento único e se manteve misto.

Ao final da tarde em Nova York, perto do horário de fechamento de Wall Street, o dólar subia a 101,40 ienes, de 101,07 ienes ontem, enquanto o euro avançava a US$ 1,1236, de US$ 1,1220.

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A alta em relação ao iene pode ser explicada pelas expectativas relacionadas à possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) eleve os juros em dezembro. Os investidores estão divididos e a perspectiva de que as taxas permaneçam baixas por algum tempo tendem a pressionar a moeda norte-americana, tornando-a menos atrativa para investidores que buscam lucro por meio de juros.

Comentários recentes de dirigentes do Fed sobre o ritmo da elevação de juros nos EUA foram mistos, com alguns dirigentes indicando um desejo por aperto monetário, enquanto outros enfatizam a necessidade de paciência, como o presidente da unidade de Dallas do Fed, Robert Kaplan, que hoje reiterou suas ideias de que a economia não está superaquecendo.

Enquanto isso, a moeda europeia se recuperou após a agência AFP afirmar que o Deutsche Bank estaria próximo de fechar um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA para reduzir a sanção imposta pelo órgão de US$ 14 bilhões para US$ 5,4 bilhões. Fonte: Dow Jones Newswires

O dólar recuou ao nível de R$ 3,30 no mercado à vista nesta quinta-feira, 15, após duas sessões seguidas de alta. A divisa norte-americana só se firmou em queda no início do período vespertino em meio à percepção de que a economia norte-americana pode não estar pronta agora para um aperto monetário. O movimento no câmbio ganhou tração no final do pregão com a aproximação de parlamentares e o governo de Michel Temer, o que pode facilitar a tramitação de medidas de ajuste fiscal no Brasil.

No segmento à vista, o dólar fechou aos R$ 3,3004, em queda de 1,23%. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,216 bilhão. Já no mercado futuro, o contrato de dólar para outubro estava em R$ 3,3200, em baixa de 1,19%. O giro foi de US$ 19,281 bilhões.

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As mínimas da sessão foram registradas quando deputados do chamado "Centrão" sinalizaram apoio ao Planalto e seus esforços para ajustar as contas públicas. De acordo com o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), os políticos do grupo - formado por PMDB, PP, PR, PSS, PRB, PTB e Solidariedade - entregaram ao presidente Michel Temer uma nota de "compromisso e apoio" às ações do governo. Também foi reafirmada durante almoço realizado no Palácio do Planalto a intenção de colaborar com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto dos gastos.

No exterior, a principal fonte de tensão continuou sendo o ritmo de aperto monetário do Federal Reserve. Nesta quinta-feira, no entanto, os mercados encontraram algum alívio com uma série de indicadores mais fracos que o esperado sobre a economia dos Estados Unidos, indicando que a alta de juros no país não deve chegar tão cedo. Entre os números, as vendas no varejo caíram 0,3% em agosto ante julho, frente a uma previsão de queda menor, de 0,1%.

Em menos de uma semana, no dia 21, o Federal Reserve anuncia sua decisão de política monetária e atualiza suas projeções econômicas. As apostas de alta de juros neste ano têm recuado, mas nenhuma ação, inclusive agora em setembro, é descartada.

O dólar fechou na casa de R$ 3,28 no mercado à vista nesta sexta-feira, 9, depois de acelerar a alta durante a tarde, em linha com a tendência observada frente a outras moedas de economias emergentes. O principal catalisador do movimento foi o endurecimento do discurso do presidente do Federal Reserve de Boston, Eric Rosengren, sobre aperto monetário nos Estados Unidos.

No mercado à vista, o dólar fechou aos R$ 3,2802, com avanço de 1,99%, maior alta porcentual desde 18 de maio, quando subiu 2,00%. Na máxima, a divisa chegou aos R$ 3,2837 (+2,10%), faltando poucos minutos para o fechamento. De acordo com dados registrados na clearing da BM&FBovespa, o volume de negócios no segmento à vista somou US$ 830,380 bilhão. No segmento futuro, o contrato de dólar para outubro avançou 1,83%, aos R$ 3,2900, com giro de US$ 16,606 bilhões. Na máxima, a divisa tocou R$ 3,3050 (+2,29%).

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O discurso mais "hawkish" de um dos principais defensores de juros baixos no Banco Central norte-americano ocorreu um dia após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, frustrar o mercado sobre o prolongamento do programa de estímulo. Com isso, prevaleceu a leitura de que a liquidez internacional - e, consequentemente, o fluxo para ativos mais arriscados - pode perder tração nos próximos meses.

As atenções se voltam agora para o último discurso de dirigentes do Fed antes do período de silêncio que precede a reunião de 20 e 21 de setembro. Conhecida por ser próxima da presidente Janet Yellen, a diretora Lael Brainard fala na segunda-feira e pode trazer estresse no mercado cambial. De acordo com o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, Brainard sempre defendeu juros baixos, assim como Rosengren, e uma sinalização mais "hawkish" pode ser o gatilho para o mercado apostar num aperto ainda neste mês.

O dólar avançou ante o iene e recuou em comparação ao euro na sessão desta quinta-feira, 8, com os investidores esperando que os bancos centrais do Japão e dos EUA tenham posturas divergentes nas próximas reuniões de política monetária, que acontecem no fim deste mês.

O Banco do Japão (BoJ) e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) farão suas reuniões nos mesmos dias - 21 e 22 de setembro -, e já estão deixando os mercados ansiosos. Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros onde estão, com a taxa de depósito negativa em 0,40%, e impulsionou o euro, que chegou ao maior nível em três semanas.

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Ao final da tarde em Nova York, próximo do horário de fechamento das bolsas, o dólar subia a 102,54 ienes, de 101,73 ienes da tarde de ontem. Já o euro avançava a US$ 1,1252, de US$ 1,1245.

O vice-presidente do BoJ, Hiroshi Nakaso, afirmou que a autoridade monetária pode entrar ainda mais no território dos juros negativos, uma vez que a tática, aliada à compra agressiva de títulos de dívida, tem se mostrado "extremamente poderosa em exercer uma pressão ao longo da curva de investimentos". Ainda que a fala não tenha surtido efeito imediato sobre o iene, ela manteve a incerteza sobre qual será a tática do BoJ para os juros neste mês.

Ao mesmo tempo, os investidores veem uma elevação dos juros pelo Fed mais distante e já colocam as apostas para apenas uma alta neste ano, em dezembro. O banco central vem condicionando um aperto monetário a dados que demonstrem que a economia dos EUA está saudável e qualquer indicador decepcionante mina as chances de uma alta em breve. Fonte: Dow Jones Newswires

O mercado de câmbio brasileiro recompôs posições compradas nesta terça-feira, 23, que levaram o dólar de volta ao patamar dos R$ 3,23, fechando a R$ 3,2304, em alta de 0,91%. As atenções dos investidores se concentram cada vez mais nos dois principais eventos esperados para esta semana: a entrada na fase final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, na quinta-feira, 25, e o discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, na Sexta (26). Os dois eventos estimularam uma postura mais defensiva por parte dos investidores.

A moeda americana chegou a operar em queda pela manhã, acompanhando a tendência ditada pelo exterior, mas inverteu definitivamente o viés por volta das 11h, com o mercado refletindo incertezas com o cenário doméstico.

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A audiência do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado foi suspensa, frustrando quem esperava sinalizações sobre a política cambial do BC. Também geraram algum desconforto declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmando que se o projeto da PEC do teto dos gastos não for aprovado pelo Legislativo neste ano, ficará para 2017, "o mais breve possível".

O reforço para a tendência de alta veio com o fortalecimento do dólar frente as moedas de outros países emergentes e exportadores de petróleo. Em meio a indicadores econômicos mistos nos Estados Unidos, chamou a atenção dos investidores as vendas de moradias novas, que subiram 12,4% em julho, contrariando a estimativa de queda de 2%.

O dado, que reforça a ideia de que a economia americana está se fortalecendo, fez as bolsas americanas renovarem máximas, com reflexos também no câmbio.

"Observando os discursos dos últimos dias, a sensação é de que os dirigentes do Fed estão preparando o mercado para um aumento de juros ainda este ano", disse João Paulo de Gracia Corrêa, superintendente regional de câmbio da SLW Corretora, referindo-se a dirigentes como William Dudley (Fed de Nova York), Dennis Lockhart (Fed de Atlanta) e Stanley Fischer (vice-presidente do Fed), que recentemente encorajaram os mercados a acreditar na possibilidade de um aperto monetário em breve. "O mercado está precificando um discurso mais duro de Janet Yellen", disse o analista.

Agosto começou em ritmo cauteloso, o que se refletiu no baixo volume de negócios e na alta do dólar frente ao real nesta segunda-feira, 1. A moeda americana já abriu em alta, refletindo principalmente o cenário internacional mais adverso, com queda forte do petróleo e dados econômicos aquém do esperado. A volta dos leilões de swap reverso do Banco Central e a expectativa pelo retorno das atividades no Congresso também incentivaram a valorização da moeda americana.

Depois de oscilar entre a mínima de R$ 3,2466 (+0,14%) e a máxima de R$ 3,2748 (+1,01%), o dólar à vista terminou o dia cotado a R$ 3,2693, com avanço de 0,84%. Foram movimentados US$ 583 milhões em negócios (US$ 575,8 milhões em D+2). No mercado futuro, o dólar para setembro fechou em alta de 0,67%, aos R$ 3,2980. O volume financeiro negociado totalizou cerca de US$ 8,9 bilhões.

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A aversão ao risco voltou a dar o tom dos negócios no mercado internacional com a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China, que frustrou investidores. O indicador caiu para 49,9 em julho, ante 50,0 em junho, abaixo das estimativas, que previam ligeira alta, para a 50,1. O PMI industrial do Reino Unido também trouxe frustração ao cair de 52,4 em junho para 48,2 em julho. Resultados abaixo de 50 indicam desaceleração econômica.

As preocupações com sinais de aumento da produção de petróleo levaram os preços da commodity a cair mais de 3% nas bolsas de Nova York e Londres, o que também influenciou o fortalecimento da moeda americana em todo o mundo. A política monetária nos Estados Unidos foi outro fator de cautela, que contribuiu para o fortalecimento do dólar. Hoje, o presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan, afirmou que uma elevação dos juros nos Estados Unidos em setembro "está sem dúvida sobre a mesa", mesmo que o Fed tenha advertido que o crescimento econômico deve seguir modesto no restante do ano.

Passada a disputa pela Ptax, na última sexta-feira, o Banco Central voltou a promover leilões de contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra de moeda no mercado futuro e ajudam a colocar mais pressão sobre as cotações. Foram vendidos todos os 10 mil contratos ofertados, o equivalente a US$ 500 milhões.

Farra entre integrantes da comissão técnica e concentrações de nível militar. Essas foram algumas das situações especuladas pelo jornal belga Het Laatste Nieuws e pelo francês Le Figaro sobre os bastidores da seleção da Bélgica durante a participação na Eurocopa 2016. Após mais um fracasso de uma geração tida como a mais promissora do país, problemas de relacionamento dos atletas com o técnico Marc Wilmots vieram a público.

Segundo os jornais, o relacionamento entre atletas e técnico já não era dos melhores desde o início da competição, porém a presença do capitão Vicente Kompany amenizava a situação. A não participação do atleta na competição por lesão, teria sido então um dos agravantes para mais uma decepção belga. O ponto alto do conflito teria vindo após a vitória por 4 a 0 sobre a Hungria onde membros do staff belga teriam promovido uma festa, enquanto jogadores, a pedido do técnico teria ficado em regime de concentração ‘militar’ no hotel.

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Por cobrança do próprio técnico, atletas teriam sido punidos por se atrasarem por alguns minutos a um treino após um dia de meio período de descanso. A disciplina rígida teria sido motivo de discussão entre o goleiro Courtois e Marc Wilmots após a derrota para o País de Gales diante de todo o elenco da seleção. 

Segundo a imprensa Belga, a pedido de alguns líderes da equipe, os jogadores mantém-se alinhados com o técnico durante entrevistas para evitar que o clima ruim fique totalmente exposto. Diante das denúncias, a federação de futebol do país europeu colocou em aberto a continuidade de Wilmots no comando do time. A decisão deverá ser tomada na próxima semana, já que a entidade está em recesso. 

 

 

À medida que a situação política brasileira for melhorando, o câmbio pode registrar recuos significativos, segundo avaliação do ex-diretor do Banco Central e economista-chefe do Brasil Plural, Mário Mesquita. "Como a sinalização mais recente do Federal Reserve é de que a elevação dos juros vai ser ainda mais lenta do que se esperava, e a gente não vê um 'crash' na China, se a situação política aqui for melhorando a tendência é do real se fortalecer perante o dólar", comentou em entrevista para o programa "Entre Nós", da TV Estadão.

Mesquita disse acreditar que o Banco Central, agora sob o comando de Ilan Goldfajn, vai gradativamente zerar seu estoque de swaps cambiais, atualmente em cerca de US$ 62 bilhões, o que pode retardar um pouco o processo de valorização do real. Mesmo assim, questionado sobre os investimentos que está fazendo como pessoa física, ele citou em primeiro lugar a posição comprada em real ante dólar.

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O economista disse que o Brasil passa por um momento de transição, provavelmente chegando ao fundo do poço da recessão mais intensa da história e começando a vislumbrar sinais de recuperação. Ele comentou que a transição também ocorre na gestão da economia, com uma equipe econômica que atribui ao setor privado preeminência na condução do movimento econômico. Outra transição é na política fiscal, que nos últimos anos se baseou no aumento de impostos e agora, sob o comando de Henrique Meirelles, busca a estabilização das contas públicas por meio do controle de gastos.

"Meirelles se notabilizou ao longo de sua carreira pela capacidade de montar grandes equipes, e desta vez não foi diferente. Ele tem um time excepcional no Ministério da Fazenda e fez uma escolha muito feliz para o Banco Central. Não vai ser por falta de talento e capacidade de trabalho da equipe econômica que o governo vai ter problemas. Se houver problemas, será pela falta de apoio político", comentou.

Mesquita lembrou que o Brasil tem um histórico de inércia inflacionária e por isso o ritmo de alta dos preços não está recuando tanto, apesar da forte recessão. Segundo ele, este ano um outro tipo de preço administrado está subindo muito, que são os impostos e tarifas controlados por governos regionais e locais, como por exemplo água e esgoto. "Os Estados estão em uma situação financeira muito frágil, então aumentam os preços que controlam". Mesmo assim, ele acredita que a inflação deve perder força nos próximos meses. "A economia funciona com defasagens no tempo, as coisas não acontecem de forma simultânea. O efeito da recessão na inflação demora um tempo para se manifestar, e no caso brasileiro esse tempo é maior em função da indexação".

O representante do Brasil Plural também se mostrou relativamente otimista com os prospectos para a economia brasileira. "Não vai ser difícil começar a ver surpresas positivas, especialmente partindo de onde se parte, do pessimismo que até pouco tempo dominava a formação de expectativas".

Dos sete países que pediram para serem integrados à zona do euro, nenhum atingiu os critérios necessários para iniciar o processo de transição, afirmou um relatório do Banco Central Europeu (BCE) publicado nesta terça-feira.

Segundo o documento, embora tenham situação financeira saudável, Bulgária, República Checa, Croácia, Hungria, Polônia, Romênia e Suécia têm leis que não se adequam aos parâmetros estabelecidos pela autoridade monetária.

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"As sete nações avaliadas passam na maioria dos critérios econômicos, mas nenhum atende todas as obrigações estabelecidas pelo tratado, incluindo a convergência legal", diz o BCE.

O relatório, publicado a cada dois anos, sugere que a zona do euro deve demorar a expandir dos atuais 19 Estados membros. Fonte: Dow Jones Newswires.

O dólar subiu ante o euro e moedas emergentes e commodities nesta quinta-feira, 2, com investidores preparando-se para o aguardado relatório mensal de empregos (payroll) dos Estados Unidos, que sai nesta sexta-feira. Em relação ao iene, porém, o dólar caiu, já que a moeda japonesa foi impulsionada por uma declaração de um dirigente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). Perto do fechamento em Wall Street, o dólar caía a 108,82 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1155.

O índice para o dólar, que mede a moeda ante uma cesta de outras divisas, ficou em leve alta no fim do dia, em grande medida por causa dos ganhos ante o euro e as moedas ligadas ao petróleo. Na comparação com o iene, o movimento foi outro. Além do fato de o governo do Japão ter adiado a elevação do imposto sobre vendas, impulsionou o iene o fato de que um membro do conselho do BoJ, Takehiro Sato, afirmou que as taxas de juros negativas e o relaxamento quantitativo não são sustentáveis. Isso lançou dúvidas sobre eventuais novas medidas de flexibilização da política monetária no país, o que impulsionou a divisa japonesa.

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Após o dólar avançar com mais força em maio, com investidores mais propensos a acreditar que as taxas de juros podem ser elevadas nos EUA, a moeda oscilou em níveis mais estreitos nesta semana, com o mercado avaliando uma série de indicadores econômicos.

O estrategista de câmbio Win Thin, da Brown Brothers Harriman, afirmou que um relatório forte de empregos nesta sexta-feira pode dar mais um argumento para uma alta de juros nos EUA. Os juros mais altos são um impulso para o dólar, porque tornam a moeda mais atraente para os investidores em busca de maiores retornos. Thin acredita que, como o mercado já levou o dólar para um patamar razoável, é preciso um número forte no payroll para a moeda avançar mais.

Outros indicadores divulgados nesta quinta-feira sinalizaram que há melhoria no mercado de trabalho dos EUA. Os novos pedidos de auxílio-desemprego caíram 1 mil na última semana, para 267 mil. A ADP informou que foram criados no setor privado dos EUA 173 mil vagas em maio, um pouco acima da previsão de 170 mil dos analistas.

No caso do euro, influiu o Banco Central Europeu (BCE), que manteve sua política monetária. Além disso, o presidente da instituição, Mario Draghi, disse que a inflação deve seguir fraca no curto prazo na zona do euro, para avançar apenas no mais longo prazo.

Algumas moedas ligadas a commodities recuaram, após a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terminar sem acordo quanto a uma eventual cota para a produção. O dólar subiu, por exemplo, ante o peso mexicano e o dólar canadense.

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, 31, e quebraram uma sequência de cinco sessões de ganhos. O resultado foi influenciado pelos dados sobre a economia da zona do euro, divulgados hoje mais cedo, e também pelo balanço da Volkswagen referente ao 1º trimestre. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia em queda de 0,77%, aos 347,45 pontos. No entanto, no acumulado do mês de maio, houve alta de 1,89%, a maior alta mensal desde novembro.

Os dados sobre a inflação da zona do euro melhoraram em maio, mas ainda continuam no campo negativo: o índice de preços ao consumidor caiu 0,1% em maio, ante queda de 0,2% em abril, acompanhando a previsão dos investidores. Isso faz com que seja improvável que o Banco Central Europeu faça mudanças na próxima reunião de política monetária, que acontece na quinta-feira.

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No Reino Unido, o índice FTSE 100 fechou em baixa de 0,64%. Uma nova pesquisa mostrou maior apoio popular ao Brexit, o que abalou a confiança dos investidores. As ações de mineradoras acompanharam a queda do preço dos metais e também pressionaram o índice. Os papéis da Antofagasta caíram 1,74% e os da BHP Billiton fecharam em queda de 2,06%. No mês, o FTSE 100 teve queda de 0,18%.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou em queda de 0,68%, aos 10.262,74 pontos, com as ações predominantemente em baixa. Os papéis da Volkswagen, que divulgou o balanço do 1º trimestre nesta manhã, caíram 2,61%. Na expectativa de que a Bayer eleve sua oferta de compra da Monsanto, as ações da primeira registraram queda de 0,94%. No acumulado do mês de maio, o DAX registrou alta de 2,23%.

Em Milão, o índice FTSE Mib caiu 1,45%, aos 18.025,25 pontos, influenciado, principalmente, pelos bancos do país. Operadores disseram que a incerteza em torno do IPO do Veneto Banca está afetando todo o sistema. O Banco Popolare, que também colocará novas ações no mercado no mês que vem, liderou as quedas, fechando em baixa de 5,47%. No mês, o FTSE Mib caiu 3,09%.

O índice CAC-40 da bolsa de Paris caiu 0,53%, aos 4.505,62 pontos, com investidores no aguardo pela reunião do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. Em maio, a bolsa francesa acumulou alta de 1,73%.

Em Madri, o Ibex 35 registrou queda de 0,91%, aos 9.034,00 pontos e, assim como em Milão, o índice foi pressionado pelos bancos locais. O Santander fechou em queda de 2,79%, enquanto o Banco de Sabadell caiu 3,64%. No acumulado do mês de maio, no entanto, a bolsa de Madri teve valorização de 0,09%.

Em Lisboa, o índice PSI 20 caiu 0,43%, aos 4.957,85 pontos. Entre os destaques negativos estão os papéis da Portugal Telecom, que caíram 5,41%. No mês, a queda do índice PSI 20 chega a 1,87%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

As praças europeias fecharam em queda nesta terça-feira (3) pressionadas pela valorização do euro, que chegou a operar acima de US$ 1,16 durante o pregão, e por balanços negativos do setor financeiro, além do desempenho ruim do setor de mineração e das montadoras. A aversão ao risco levou o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrar em queda de 1,66%, aos 335,56 pontos. Este é o menor patamar em três semanas.

As perdas foram generalizadas entre os segmentos do índice, mas concentradas principalmente em três setores. Os bancos lideraram após a divulgação de uma série de balanços que vieram abaixo da expectativa: o britânico HSBC (-1,65%) anunciou uma receita 5,8% menor nos três primeiros meses do ano, enquanto o lucro líquido do alemão Commerzbank (-9,55%) caiu 52% na mesma base de comparação e o do suíço UBS (-7,50%) recuou 30,68%.

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As mineradoras também foram destaque de queda, reagindo à queda de indicadores industriais na China. Na bolsa de Londres, que não operou na segunda-feira, as ações da Anglo American caíram 12,80%, enquanto Rio Tinto cederam 6,35% e BHP Billiton recuaram 6,19%. Frente ao desempenho deste setor e dos bancos, o índice FTSE-100 de Londres fechou em queda de 0,90%, aos 6.185,59 pontos.

Os mercados ainda foram pressionados pela atualização das projeções econômicas pela União Europeia. O bloco agora estima que a zona do euro em 2016 vá crescer 1,6%, ante 1,7% na última previsão. Já o crescimento de 2017 caiu de 1,9% para 1,8% e a perspectiva para a inflação na zona do euro diminuiu de 0,5% para 0,2% neste ano.

Em Paris, o índice CAC-40 recuou 1,59%, aos 4.371,98 pontos. As ações do BNP Paribas tiveram perda de 1,01%, em linha com o desempenho do setor, mesmo com o anúncio de um aumento no lucro líquido no trimestre. Já na Alemanha, o índice DAX da bolsa de Frankfurt cedeu 1,94%, aos 9.926,77 pontos, pressionado também pelo desempenho da BMW (-3,81%), cujo balanço trimestral mostrou queda no lucros.

Em Milão, o índice FTSE-Mib despencou 2,46%, aos 17.966,81 pontos, com as perdas lideradas pelos bancos após o conselheiro do Banco Central Europeu (BCE), Ignazio Angeloni, afirmar que serão necessários grandes esforços e um tempo considerável para que os empréstimos inadimplentes das instituições italianas voltem a um nível sustentável. A Banca Monte dei Paschi di Siena terminou com queda de 7,57%, enquanto Banco Popolare cedeu 7,17%.

Em Madri, o Ibex-35 recuou 2,85%, aos 8.764,90 pontos. Já em Lisboa, o PSI-20 caiu 1,65%, aos 5.002,52 pontos. Com informações da Dow Jones Newsiwires.

O dólar fechou em queda nesta terça-feira, 19, influenciado pela desvalorização da moeda americana ante diversas divisas no exterior, onde várias commodities se apreciaram. Assim, o dólar à vista encerrou a terça-feira cotado a R$ 3,5300, em queda de 2,09%.

Além do recuo firme do dólar ante várias divisas estrangeiras, o mercado cambial brasileiro também foi influenciado pela ausência do Banco Central (BC) nos negócios. Hoje, o BC não realizou leilões de swap cambial reverso, o que equivale à compra de dólar no mercado futuro.

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No início da tarde, alguns stops de investidores comprados foram disparados no mercado futuro, intensificando o recuo do dólar ante o real. Com isso, o dólar à vista marcou mínimas no início da tarde. Durante a tarde, desacelerou em alguns momentos e, no fim, voltou a acelerar. Ainda assim, o BC apenas observou.

Ao longo de toda a negociação, investidores e analistas mantiveram-se atentos ao cenário político, ainda que o noticiário não tenha trazido novidades a ponto de fazer preço. A comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado deve ser instalada na próxima terça-feira, segundo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Renan também afirmou que o rito será ditado pela comissão especial, que terá até dez dias úteis para apreciar o pedido de impedimento. A composição da equipe econômica em um eventual governo Michel Temer também chama a atenção dos agentes no mercado financeiro, mas também segue em segundo plano.

Os contratos de petróleo fecharam com variação positiva, com os investidores deixando para trás a ausência de um acordo na reunião de Doha e focando em problemas em alguns países que podem reduzir o excesso de oferta global. Um deles é uma greve de trabalhadores do setor de petróleo no Kuwait, que deve tirar cerca de 2 milhões de barris por dia do mercado. O contrato do WTI para junho, que já é o mais negociado, fechou com alta de 3,10%, a US$ 42,47 por barril, na Nymex. O Brent para o mesmo mês subiu 2,61%, a US$ 44,03 por barril, na ICE.

O dólar chegou a tocar a mínima em 17 meses contra o iene nesta tarde de quarta-feira, 6, depois da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que mostrou sinais de incerteza sobre quando os juros nos EUA voltarão a subir.

Neste fim de tarde, porém, o dólar reduzia a desvalorização e era cotado a 109,71 ienes, de 110,40 ienes ontem. O euro subia a US$ 1,1404, de US$ 1,1384.

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Aparentemente, existe discordância entre os dirigentes do Fed sobre o melhor momento para se efetuar um novo aumento de juros nos EUA, o que deu uma pitada "hawkish" ao documento, observou Boris Schlossberg, da BK Asset Management.

O sentimento predominante, entretanto, foi o de cautela proposto pela presidente do Fed, Janet Yellen, na semana passada, mas o debate saudável continua e inclui questões como se a inflação poderia chegar à meta de 2% fixada pelo banco central.

Mais cedo, a libra esterlina baixou ao menor nível desde meados de 2014 frente ao euro, acumulando 9% de queda neste ano diante das incertezas com a possibilidade de o Reino Unido deixar a União Europeia. Os temores de que cresça a parcela dos que defendem a saída foram alimentados por um plebiscito na Holanda e por pesquisas que mostram que a diferença entre "ficar" e "sair" é bastante estreita. Fonte: Dow Jones Newswires

As bolsas da Europa encerraram o pregão desta segunda-feira, 4, sem direção clara, influenciadas pelo noticiário corporativo. O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou em alta de 0,40%, aos 334,49 pontos. Em uma sessão com baixo volume de liquidez, todas as atenções dos investidores se concentraram no noticiário corporativo.

Um dos destaques foi o setor de telefonia, diante da notícia de que a Orange está em processo de aquisição da Bouygues. O acordo proposto, de 10 bilhões de euros, desencadeou uma onda de vendas no setor. Na bolsa de Paris, os papéis dessas companhias caíram, respectivamente, 6,17% e 13,45%.

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O setor tem sido afetado desde que a operadora francesa Iliad expandiu as suas operações no segmento de baixo custo. Os papéis dessa companhia também caíram nesta segunda-feira, fechando em baixa de 15,10%.

Em Milão e em Madri, o setor foi destaque entre as principais quedas. Os papéis da Telecom Itália perderam 3,83% e os da espanhola Telefónica cederam 0,71%. O FTSE-MIB, índice de referência da bolsa italiana, terminou em 17.639,26 pontos (-0,77%). Já a bolsa espanhola cedeu 0,06%, encerrando em 8.597,50 pontos.

Por sua vez, o avanço de ações dos setores farmacêutico e de saúde compensaram a queda forte dos papéis de telefonia, em um movimento do mercado em busca de papéis mais defensivos da alta volatilidade. Houve também ganhos no setor de mineração e siderurgia. Em Frankfurt, os papéis da farmacêutica Merck subiram 3,44%. O índice DAX fechou em alta de 0,28%, aos 9.822,08 pontos.

Em Londres, as ações do grupo hospitalar Mediclinic ganharam 3,40%. Ainda na bolsa londrina, os papéis da Anglo American avançaram 1,69% depois de a empresa anunciar a venda de 70% dos seus negócios de carvão na Austrália, o que impulsionou o desempenho do setor. As ações da Rio Tinto subiram 1,67%. O índice FTSE-100 terminou com alta de 0,30%, em 6.164,72 pontos.

Em Paris, compensando a baixa do setor de telefonia, as ações da ArcelorMittal tiveram alta de 1,93% e as da LafargeHolcim saltaram 3,44%. O índice CAC-40 terminou com ganho de 0,53%, aos 4.325,22 pontos. A bolsa de Lisboa encerrou em queda de 0,26%, aos 4.977,05 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

As principais bolsas da Europa encerraram o pregão e a semana em queda, pressionadas pela baixa do petróleo e em meio à cautela dos investidores antes do feriado de Páscoa. Os mercados do continente só voltam a operar na terça-feira.

A semana foi de agenda fraca de indicadores e eventos, o que ocasionou baixa liquidez nos mercados. Desta forma, os investidores do continente basearam as negociações nas oscilações dos preços das commodities e na aversão ao risco após os atentados em Bruxelas. O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou a sessão desta quinta-feira, 24, em queda de 1,34% , aos 335,51 pontos. A baixa semanal foi de 1,81%.

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Na sessão desta quinta-feira, mais uma vez a queda do petróleo levou para baixo os papéis das empresas do setor. A commodity energética opera em baixa pressionada pela forte alta dos estoques nos Estados Unidos, reportada ontem, e pela valorização do dólar.

"Os mercados de petróleo parecem ter redescoberto que há estoques em excesso, o que, por várias razões, não parece ser a questão central nas últimas cinco semanas", escreveu Chris Beauchamp, analista de mercado sênior da IG, em nota enviada a clientes.

Os papéis das petroleiras BP caíram 0,77%, os da Royal Dutch Shell cederam 1,12% e os da Total perderam 1,70%, arrastando para baixo os índices em que são negociados.

Houve queda de ações de empresas ligadas a commodities, como a Rio Tinto (-1,60%), BHP Billiton (-2,15%) ArcelorMittal (-2,79%) e LafargeHolcim (-3,00%).

A bolsa de Londres fechou em 6.106,48 pontos (-1,49%), acumulando baixa semanal de 1,34%. A bolsa de Paris terminou em 4.329,68 pontos (-2,13%), com perda de 2,98% na semana.

A baixa de companhias industriais também pesaram sobre a bolsa de Frankfurt, que fechou em queda de 1,71%, aos 9.851,35 pontos, com baixa semanal de 1,00%. Os papéis da ThyssenKrupp caíram 1,94%.

Em Milão, os investidores avaliaram negativamente os planos de fusão entre o Banco Popolare e o Banca Popolare di Milano, que pode criar a terceira maior instituição financeira da Itália. As ações dessas empresas caíram, respectivamente, -4,81% e -5,35%. O índice FTSE-Mib perdeu 1,61%, encerrando em 18.165,84 pontos, com baixa semanal de 2,39%.

O índice IBEX-35, da bolsa de Madri, fechou com queda diária de 1,54%, aos 8.789,80 pontos, e perda semanal de 2,89%.

A bolsa de Lisboa encerrou em baixa de 1,08% na sessão, aos 5.098,14 pontos, e recuo semanal de 1,44%. (Com Dow Jones Newswires)

A zona do euro não deve fazer movimentos unilaterais para limitar a quantidade de títulos de dívida dos governos que os bancos podem possuir, disse o ministro das Finanças da Itália. Em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, Pier Carlo Padoan pediu cautela enquanto a região se adapta a novas regras no sistema financeiro.

Os comentários evidenciam as fortes discordâncias que ainda existem entre membros da zona do euro sobre do que a região de moeda comum precisa para controlar riscos e impulsionar o crescimento da economia. Os limites de exposição a títulos dos governos têm o apoio de países como Alemanha, Holanda e Finlândia, mas significariam um grande impacto para a Itália e seus credores, os quais detém mais de 70% da dívida do país.

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"Precisamos ser cautelosos ao colocar em prática regras que parecem bonitas no papel", disse Padoan.

Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças holandês, que preside as conversas entre os ministros da zona do euro, quer um acordo para o limite a exposição dos bancos a títulos dos governos ainda este ano, com os limites entrando em vigor completamente em 2024. Isso asseguraria que os credores pudessem sobreviver à reestruturação da dívida dos governos, diz o ministro.

Padoan argumenta, porém, que os limites aumentariam o custo de funding dos governos e poderiam desestabilizar os mercados caso os bancos sejam forçados a uma venda apressada dos papéis. "Isso seria uma provável fonte de instabilidade", declarou, acrescentando que qualquer limite de exposição precisaria de acordo para implementação em nível global.

Pelas leis internacionais, títulos soberanos são considerados risco zero, o que faz com que credores possam acumulá-los sem precisar de proteção extra. Em 2014, os bancos da zona do euro detinham títulos de seus países-sede avaliados em 118% de seu capital, muito mais do que o que ocorre com bancos dos Estados Unidos, em que a média de exposição a títulos do governo norte-americano é 14% do capital social.

De acordo com uma análise da Fitch Ratings de 2014, os maiores bancos da zona do euro precisariam se desfazer de € 1,1 trilhão em títulos dos governos se fosse exigido que eles reduzissem sua exposição a 25% do capital, o que está em linha com limites de exposição para outros tipos de ativo. Se a exposição for limitada à 50% do capital, as vendas de títulos poderiam alcançar € 800 bilhões.

Roma tem repetidamente discordado de Bruxelas e Berlim em meses recentes, em tópicos que variam da política energética ao fluxo de refugiados. Na terça-feira, Padoan terá um encontro com a Comissária Europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, para resolver uma disputa sobre um mecanismo de ajuda aos bancos italianos que permitiria que eles lidassem com bilhões de euros em maus empréstimos os quais tem contaminado seus balanços e estão impedindo-os de fornecer novos empréstimos. A comissão até agora tem rejeitado as propostas da Itália alegando que o país estaria usando dinheiro de impostos para subsidiar maus empréstimos. Fonte: Dow Jones Newswires.

O membro do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou hoje que a recente depreciação das moedas de países emergentes estão contrabalançando os benefícios ao crescimento proporcionados pela a desvalorização do euro ante o dólar nos últimos 18 meses.

Lane, que acabou de assumir o cargo de presidente do Banco Central Irlanda e é um dos mais novos membros do conselho diretor do BCE, disse também que a economia de seu país expandiu entre 6% e 7,5% em 2015 - o ritmo mais rápido entre os países da região.

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Em reunião com empresários irlandeses, o novo presidente do BC disse o crescimento da economia vem sendo apoiado pelas medidas de estímulos do BC, principalmente por ter depreciado a moeda única ante a divisa norte-americana. No entanto, continuou, esse fator tem sido minimizado pela depreciação do yuan chinês e de outras moedas emergentes.

"Outro desenvolvimento recente que foi favorável é a desvalorização de 20% do euro ante o dólar nos últimos 18 meses, que foi positivo especialmente para a Irlanda", disse. "Dito isto, a recente desvalorização das moedas emergentes está contrabalançando a taxa de câmbio ponderada pelo comércio na zona do euro."

Ele também mostrou desconforto com a possível saída do Reino Unido da União Europeia, evento que vem recebendo o nome de "Brexit". O país vizinho é o principal parceiro comercial da Irlanda e um evento desse tipo poderia prejudicar a economia irlandesa.

"Externamente, o principal fator de risco global se relaciona à economia e às condições financeiras de alguns emergentes. Na região, o BCE também está monitorando os riscos relativos a um Brexit sobre a economia e o sistema financeiro". Fonte: Dow Jones Newswires.

O dólar subiu diante do euro e do franco suíço, mas recuou frente ao iene e diante das moedas de países produtores de commodities e de algumas moedas de países emergentes nesta quarta-feira (7). O euro recuou em reação ao indicador de produção industrial da Alemanha, que caiu 1,2% em agosto.

"Existe a preocupação de que, se a Alemanha desacelerar, então as condições econômicas na zona do euro também poderão se deteriorar. O crescimento da zona do euro tem sido estável, mas uma desaceleração na Alemanha pode mudar a perspectiva", disse a estrategista Sireen Harajli, do Mizuho Bank

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O iene subiu diante das principais moedas, depois de o Banco do Japão (BoJ) manter sua política monetária inalterada; investidores que haviam apostado em uma ampliação do programa de compras de ativos do BoJ se viram obrigados a comprar ienes para cobrir posições.

Entre os destaques do dia estavam a rupia da Indonésia e o ringgit da Malásia, que tiveram altas fortes depois de a China informar que suas reservas internacionais tiveram uma redução de US$ 43,26 bilhões em setembro, para US$ 3,514 trilhões; a queda foi menor do que a redução de US$ 93,9 bilhões ocorrida em agosto.

O consultor Stuart Ive, da OM Financial, lembrou que tanto o Banco Central Europeu (BCE) como o Federal Reserve norte-americano divulgam nesta quinta-feira as atas de suas últimas reuniões de política monetária, realizadas em setembro; isso deverá determinar o comportamento do euro no curto prazo, por colocar em mais evidência a diferença entre as trajetórias das políticas monetárias dos dois bancos centrais.

No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,1238, de US$ 1,1275 ontem; o iene estava cotado a 119,98 por dólar de 120,20 por dólar ontem. A rupia da Indonésia estava cotada a 13.910 por dólar, de 14.146 por dólar ontem; o ringgit da Malásia estava cotado a 4,2127 por dólar, de 4,3130 por dólar ontem. Fonte: Dow Jones Newswires

O acordo no último minuto em julho entre a Grécia e seus credores para a liberação de mais ajuda financeira ao país gerou ceticismo entre investidores. Quase a metade dos mais de 400 gerentes de ativos globais ouvidos pela Nomura avaliou que a saída do país da zona do euro teria sido uma opção melhor para o país, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.

Os resultados da pesquisa são um lembrete de que o mais recente resgate ao país não retirou da mesa todas as questões ameaçando a zona do euro. Nesta segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que, se por um lado a ameaça de contágio diminuiu, a situação na Grécia é "fluida" e "uma fonte crucial de incerteza. Para além disso, a zona do euro enfrenta limites maiores para a velocidade de seu crescimento econômico".

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O analista Jens Nordvig, da Nomura, disse que os investidores viram o acordo com a Grécia "de maneira muito pessimista". Para 56% dos investidores ouvidos, as chances de mais integração na zona do euro diminuíram, durante os últimos meses. "Os acontecimentos nos últimos um ou dois meses criaram mais pessimismo sobre o projeto europeu como um todo. A metade dos participantes da pesquisa pensa que a debacle da Grécia levará o BCE a afrouxar mais de alguma maneira", disse Nordvig, referindo-se ao Banco Central Europeu (BCE) e à política monetária da instituição.

A mudança no humor tem algumas implicações de investimento. A Nomura concluiu que os gerentes de ativos esperam que o euro continue a desvalorizar, enquanto 42% preveem uma queda nos preços dos bônus dos países da chamada periferia da zona do euro, como Portugal e Grécia.

O impacto para a perspectiva dos investidores para as ações é menos acentuado. Apenas 27% deles tornaram-se mais negativos em relação às ações europeias, com 18% mais otimistas. O caso grego não impactou as visões de cerca de metade dos investidores de ações, ponto destacado pelo analista da Nomura. Fonte: Dow Jones Newswires.

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