Tópicos | Fidel

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nessa sexta-feira (15), o discurso em que o presidente Luiz Lula Inácio da Silva disse ter conseguido "colocar um comunista no STF", em relação à aprovação de Flávio Dino para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). "Vimos agora a alegria desse cara que tá aí. 'Tô muito feliz, botei um comunista dentro do Supremo'", mencionou o ex-presidente.

Bolsonaro disse que a fala de Lula lembrou-o do discurso do ex-ditador Fidel Castro ao assumir o governo de Cuba em 1959. "Exatamente igual ao tratado aqui no momento. Os caras sempre lutam pelo poder", disse em fala na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), onde recebeu o título de cidadão honorário do Estado.

##RECOMENDA##

Na última quinta-feira (14), na abertura da 4ª Conferência Nacional de Juventude em Brasília, Lula disse que pela primeira vez conseguiu indicar um "comunista" para assumir uma vaga no STF. Flávio Dino hoje é afiliado ao PSB, mas lançou-se na política como candidato a deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ele próprio se autointitula "comunista", mas sinaliza ser adepto de um entendimento diferente do usual para o termo.

Bolsonaro ainda aproveitou a oportunidade para falar sobre seu governo, defender suas posições durante a pandemia de covid-19 e atacar o Judiciário e a gestão de Lula. Ele afirmou que "não dá para comparar Paulo Guedes com (Fernando) Haddad" e criticou o número de ministros no governo atual. "38 ministérios. Nem ele (Lula) sabe o nome de uma duzia".

Acenando a pautas caras para seus apoiadores, afirmou que enquanto era presidente, "ninguém ousava botar em prática, ou tentar botar em prática, a liberação do aborto, a liberação da maconha, a relativização da propriedade privada, o marco temporal, entre outras maldades". Aborto, porte de pequenas quantidades de maconha e o marco temporal para a demarcação de terras indígenas foram temas pautados no STF pela ministra Rosa Weber neste ano, antes de sua aposentadoria.

O Tribunal derrubou a tese do marco temporal em setembro, mas os outros julgamentos foram suspensos. No caso do porte de maconha, houve pedido de vista do ministro André Mendonça em agosto. Já no julgamento sobre aborto, o ministro Luís Roberto Barroso, que assumiu a presidência da Corte depois da saída de Rosa Weber, pediu destaque e interrompeu a votação em setembro.

Ainda em ataque ao Judiciário, Bolsonaro disse que passou "momentos difíceis" no comando do País, mas avaliou que quem sofre mais são "aqueles condenados a 17 anos de cadeia em Brasília", no que chamou de "covardia". Nos últimos meses, o STF tem condenado à prisão bolsonaristas que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro e se envolveram no ataque às sedes dos Três Poderes.

Sergio Moro é ‘página virada’

A cerimônia na Alep ainda contou com vaias ao senador Sérgio Moro. O deputado estadual Ricardo Arruda (PL), autor da homenagem ao ex-presidente, disse que o ex-juiz da Lava Jato é uma "página virada da história do Paraná".

O relacionamento de Moro com bolsonaristas é repleto de altos e baixos. No episódio mais recente, apareceu abraçando Flávio Dino durante sua sabatina no Senado Federal e foi flagrado pelo Estadão recebendo uma mensagem que recomendava que não revelasse seu voto. Moro ficaria exposto se tornasse público um eventual apoio a Dino para a vaga de ministro.

Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro, mas deixou o cargo alegando que o chefe do Executivo tentava interferir na Polícia Federal. Nas eleições de 2022, enquanto se apresentava como pré-candidato ao Planalto, atacou o ex-aliado em temas como corrupção, economia e política externa. No entanto, mais tarde aliou-se a Bolsonaro e chegou a aparecer ao seu lado em debates.

No evento na Alep, o deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP), ex-líder do governo Bolsonaro, e o ex-deputado federal Paulo Martins (PL) foram destacados como "pré-candidato ao Senado" e "futuro senador". Ambos são cotados para uma eleição suplementar, caso o mandato de Moro seja cassado sob a alegação de abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral do ano passado. Na última quinta-feira, 14, o Ministério Público Eleitoral (MPE) a cassação do senador.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, comparou o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), com o ditador cubano Fidel Castro. A analogia foi feita durante o discurso de lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS) nesta sexta-feira, 21, que apresentou novas ações do governo federal para a área da segurança pública.

Em tom de brincadeira, o ministro relacionou os 12 anos que Alckmin esteve à frente do governo de São Paulo com os 49 em que Castro liderou a ilha de Cuba. Após equiparar os dois, Dino o chamou de "camarada", vocativo utilizado entre membros da esquerda política.

##RECOMENDA##

"Às vezes, tradicionalmente, se diz que segurança pública é um tema dos Estados. Eu fui governador, Renan foi governador, o Rui foi governador, o Waldez, o Alckmin, claro. Esse, quase o Fidel Castro, quatro mandatos lá. Camarada Alckmin, não sei quantos mandatos em São Paulo", disse o ministro da Justiça.

Alckmin teve quatro mandatos no Palácio dos Bandeirantes. O primeiro foi de março de 2001 até dezembro de 2002, quando era vice-governador e assumiu a chefia do Executivo paulista após a morte de Mário Covas. Os outros períodos ocorreram após vencer as eleições de 2002, 2010 e 2014. Já Castro ocupou o poder de Cuba entre os anos de 1959 e 2008, sem a legitimação do voto popular.

O país vive sob um regime ditatorial há 64 anos ininterruptos. Atualmente, a ilha passa pela sua pior crise econômica em três décadas, com uma taxa de inflação acima de 200%, uma das maiores do planeta. A recessão afetou diretamente o setor de abastecimento, deixando os cubanos sem combustíveis por semanas.

Ao longo dos 49 anos no poder, Fidel, que ascendeu ao governo após a vitória da Revolução Cubana, utilizou maneiras para calar opositores e dissidentes. Desde o fim da Revolução, organizações internacionais criticam a supressão de liberdades civis e políticas dos moradores da ilha, com expurgos, assassinatos e perseguições políticas.

O Governo de Pernambuco promoveu um evento, noite desta segunda-feira (21), para falar sobre a atual situação de Cuba. O protagonista do encontro desta noite, que acontece no Teatro Apolo, na área Central do Recife, foi o embaixador de Cuba no Brasil, Rolando Gómez González. Na sua fala inicial, o embaixador disse que se sentia muito feliz pela "relação histórica e de muito carinho" entre o povo cubano e de Pernambuco. "São muitos os nexos culturais e de todo tipo que une o povo de Pernambuco e o povo de Cuba", salientou. 

Antes de fazer um pronunciamento onde muito exaltou Cuba, bem como o ex-presidente Fidel Castro, Rolando agradeceu a solidariedade do Brasil. "Que há servido como alento e esperança para o povo cubano em sua luta e resistência frente aos inimigos imensuravelmente mais poderosos".  

##RECOMENDA##

Ele, que também fez uma longa explanação sobre o "progresso" da medicina no país, disse que os brasileiros têm dado o respaldo e apoio aos médicos cubanos fazendo-os se sentirem em suas próprias casas, em referência aos que aqui residem por meio do programa Mais Médicos. No Estado, segundo ele, são 416 médicos distribuídos em 123 municípios. "Que com satisfação brindam seus serviços médicos recebendo em troca a satisfação dos seus pacientes".

Após a fala inicial, Rolando Gómez fez uma retrospectiva sobre a situação passada do país, citando o ano específico de 1993. "O Produto Interno Bruto caiu nesse ano 34%. Tínhamos apagões de 16 horas diárias e desnutrição afetando e trazendo enfermidades à população. Também não havia transporte público", recordou também contando que na época foram compradas 1,5 milhão de bicicletas. "Todos os ministros, o atual presidente, todos saíam para trabalhar em bicicleta. A situação era verdadeiramente muito difícil".

Gómez expôs que a população resistiu a todo esse cenário porque acreditou em Fidel Castro. De acordo com ele, apesar das dificuldades, não foi deixado de oferecer serviços médicos e de educação de forma completamente gratuita, incluindo laboratórios e livros, além de que não foi desviada a atenção para a defender o país. "Nós, nesses anos, apesar da terrível situação econômica, preservamos a conquista da Revolução".

Em seu discurso, o embaixador falou que apesar das hostilidades terem aumentado em Cuba também cresceu a consciência do povo de continuar defendendo o modelo socialista. Rolando disse que Fidel focou no desenvolvimento do trabalho científico e citou o desenvolvimento do turismo. "Vínhamos em uma situação muito mal e fomos avançando, avançando", salientou frisando a importância do serviço médico que teve origem no final da década de 90, no contexto dos furacões que atingiram as cidades, o que teve como consequência a demanda de cada vez mais médicos e até mesmo a criação de medicamentos para "a cura", como exemplo, do câncer de pele e pulmão. 

Ele disse que, hoje, há na Venezuela mais de 12 mil médicos cubanos em Venezuela e 8 mil no Brasil. Ainda de acordo com ele, são mais de 10 mil médicos formados por ano em Cuba e que a demanda é "infinita".

Turismo em Cuba

Ainda em sua explanação, Rolando falou sobre o crescimento do turismo em Cuba afirmando que, somente no ano passado, o país recebeu mais de cinco milhões de turistas. "Um avanço e crescimento anual de mais de 10% chegando a crescer 20% em matéria de turismo".  

Sobre os desafios atuais, ele citou o bloqueio econômico e financeiro realizado pelos Estados Unidos para com Cuba. "O bloqueio só há aumentado para asfixiarmos economicamente. Para se ter como ideia, o embaixador falou que, até agosto de 2017, fazia transações financeiras com o Brasil em 12 bancos e que, após as tarifas "elevadíssimas" para transferência, está praticamente inviável as transações operando agora apenas com um.  

Outro problema exposto foram os furacões, na categoria 5, que têm atingido a população. Ele definiu como "verdadeiros tornados gigantes" que têm causado enormes perdas econômicas e materiais. "Todo os anos esse dilema", declarou se mostrando preocupado.

 

 

 

O presidente Raúl Castro anunciou na noite de sábado que Cuba proibirá que ruas, lugares públicos, praças ou monumentos sejam nomeados com o nome de Fidel Castro por desejo expresso do próprio líder revolucionário de evitar culto à personalidade.

"O líder da Revolução rejeitava qualquer tipo de manifestação de culto à personalidade e foi consequente com essa atitude até suas últimas horas de vida", afirmou Raúl em discurso durante o último ato de homenagem a Fidel, realizado na cidade de Santiago de Cuba, antes de suas cinzas serem enterradas no cemitério Santa Ifigênia de Santiago, terminando o período oficial de luto.

##RECOMENDA##

Fidel Castro, que deixou o cargo em 2006 depois de adoecer, morreu no dia 25 de novembro aos 90 anos. Ele manteve seu nome durante cerca de meio século no poder porque ele disse que queria evitar o desenvolvimento de um culto à personalidade. Em contraste, as imagens de seus companheiros revolucionário lutadores Camilo Cienfuegos e Ernesto "Che" Guevara tornaram-se comum em toda Cuba nas décadas que se seguiram à sua morte.

Fonte: Associated Press

Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff viajam, no próximo sábado (3), até Cuba para participar de homenagem a Fidel Castro, que faleceu no último sábado (26), aos 90 anos. A informação foi divulgada pelo Instituto Lula, na tarde desta quinta-feira (1°). 

Lula chegou a definir Fidel como um líder que era a voz da luta e da esperança. “O maior de todos os latino-americanos”, declarou. Já Dilma Rousseff chegou a dizer que a morte dele era “motivo de dor e luto”.

##RECOMENDA##

Os advogados de Lula enviaram um ofício ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, informando que o ex-presidente irá à Cuba para participar da homenagem. Os petistas retornam ao Brasil na segunda-feira (5).

O ex-presidente cubano Fidel Castro, que morreu aos 90 anos de idade no último sábado (26), é considerado um líder revolucionário para algumas pessoas e um ditador, para outras. Comandante de Cuba por 47 anos, a figura de Castro divide opiniões ao redor de todo o mundo. O LeiaJá Pará fez uma enquete para saber como a figura de Fidel Castro é vista. Confira.

Por Gabriel Marques.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, já está em Havana, onde representa o presidente da República, Michel Temer, nos funerais do ex-presidente Fidel Castro. Ele está acompanhado pelo ministro da Cultura, Roberto Freire, e pela deputado Jô Moraes (PCdoB-MG), que representa o Congresso Nacional.

A deputada federal pernambucana Luciana Santos (PcdoB) divulgou nota lamentando a morte do ex-presidente cubano Fidel Castro. A comunista disse que Fidel embalou os sonhos daqueles que acreditam que o mundo tem jeito. “Lutou pela libertação do povo cubano. Trabalhou pelo sucesso da revolução, fazendo de Cuba um exemplo para países de todo o mundo na gestão da saúde, da educação pública e na prática da solidariedade internacional”, disse.

A parlamentar declarou que os que lutam por uma sociedade mais justa estão de luto pela morte do chefe da Revolução Cubana. “Desafiando a maior potência imperialista do planeta, Fidel liderou uma das mais belas experiências de socialismo no mundo. Hoje, nos rendemos à tristeza natural pela despedida de um grande líder”.

##RECOMENDA##

“Ao mesmo tempo nos inspiramos em seu pensamento e seu legado para transformar a lágrima em prática revolucionária para transformar o luto em luta. Viva Fidel. Fidel vive”,  finalizou Luciana Santos, que é presidente do Partido Comunista do Brasil.

O revolucionário Fidel Castro morreu, neste sábado (26), aos 90 anos. A informação foi divulgada pelo seu irmão Raúl Castro, em pronunciamento na TV estatal.

O governo cubano anunciou que as cinzas de Fidel Castro serão enterradas no cemitério de Santa Ifigenia, em Santiago de Cuba, no dia 4 de dezembro.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vai fazer um tributo a Fidel Castro, na noite deste sábado (26), no quartel general de Caracas, onde está enterrado o seu aliado mais próximo, o ex-presidente Hugo Chávez.

Maduro declarou três dias de luto nacional por Castro, que forneceu uma assistência importante e foi mentor de Chávez após ele ter sido liberto em 1994, na esteira de uma tentativa de golpe militar na Venezuela.

##RECOMENDA##

No empobrecido bairro de 23 de Enero, em Caracas, moradores governistas hasteavam bandeiras cubanas enquanto tocavam salsa cubana e gritavam frases anti-imperialistas de Fidel. Fonte: Dow Jones Newswires. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro de Relações Exteriores, José Serra, disse que Fidel Castro "marcou profundamente a política cubana e o cenário internacional". Em uma nota enviada à imprensa, o chanceler brasileiro diz que a trajetória do líder cubano "resume os dolorosos conflitos e contradições" do período e que nem sempre o "desenvolvimento e justiça social se conciliaram com o respeito aos direitos humanos e à democracia".

"Como dirigente máximo de seu país por cinco décadas, marcou profundamente a política cubana e o cenário internacional", cita a nota assinada por Serra. "Entra para a história como uma das lideranças políticas mais emblemáticas do século XX. Não é possível entender a história de nosso continente sem referência a Fidel, suas ideias e ações à frente da revolução cubana e do governo de seu país".

##RECOMENDA##

Apesar de destacar a importância histórica de Fidel, o comunicado nota que a trajetória do líder cubano nem sempre respeitou alguns valores. "Sua trajetória resume os dolorosos conflitos e contradições de um período histórico conturbado, no qual ideais de desenvolvimento e justiça social nem sempre se conciliaram, em nossa região, com o respeito aos direitos humanos e à democracia", diz Serra.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a morte de Fidel Castro marca o fim de um ciclo, no qual Cuba conseguiu ampliar a inclusão social, "mas não teve o mesmo sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas". Sobre a relação com os EUA, disse que, do "desprezo altaneiro aos Estados Unidos", Cuba passou a sentir que com o presidente Barack Obama que poderia romper seu isolamento, o que não deve acontecer na gestão de Donald Trump. "As nuvens carregadas de Trump não serão presenciadas por Fidel", destacou FHC.

"A morte de Fidel faz recordar, especialmente à minha geração, o papel que ele e a revolução cubana tiveram na difusão do sentimento latino-americano e na importância para os países da região de se sentirem capazes de afirmar seus interesses", destacou FHC, em nota à imprensa.

##RECOMENDA##

Segundo ele, a luta simbolizada por Fidel teve função "dinamizadora na vida política no Continente". Ressaltou ainda que o governo brasileiro se opôs às medidas de cerceamento econômico da Ilha. Ele considera que, por isso, desde o governo Sarney até hoje as relações econômicas e políticas entre o Brasil e Cuba "fluíram com normalidade".

"Estive várias vezes com Fidel, no Brasil, no Chile, em Portugal, na Argentina, em Costa Rica. O Fidel que eu conheci, dos anos 90 em diante, era um homem pessoalmente gentil, convicto de suas ideias, curioso e bom interlocutor", elogiou FHC.

O ex-presidente disse que, junto com seu pesar ao povo cubano pela morte de seu líder, faz votos para que a "transição pela qual a Ilha passa permita que a prosperidade aumente, mas que se preserve, num ambiente de liberdade, o sentimento de igualdade que ampliou acesso à educação e à saúde".

Em uma breve mensagem à imprensa, o presidente da República, Michel Temer, disse neste sábado, 26, que o ex-presidente cubano Fidel Castro "foi um líder de convicções". "Marcou a segunda metade do século 20 com a defesa firme das ideias em que acreditava", diz o comunicado à imprensa.

Essa é a primeira manifestação oficial do governo brasileiro. Ainda não há informações se algum representante brasileiro participará do funeral em Havana.

##RECOMENDA##

O líder da revolução cubana faleceu na sexta-feira, 25, aos 90 anos. O corpo de Fidel será cremado e foi decretado luto oficial de 9 dias no país caribenho, período que deve se encerrar com o funeral, no dia 4 de dezembro.

A imprensa britânica em peso dá destaque para a morte de Fidel Castro, aos 90 anos, na manhã deste sábado. Assim que foi confirmado pelo seu irmão, Raúl, o falecimento do líder cubano tomou conta das manchetes dos sites de notícias do país, que apresentam material extenso sobre a trajetória do líder comunista que ficou conhecido em todo o mundo.

O The Times fala que o revolucionário comunista, que comandou Cuba por meio século, morreu aos 90 anos. Seu irmão, que se tornou presidente em 2008, fez o anúncio por meio da televisão nas primeiras horas da manhã de hoje. "Castro foi presidente de Cuba de 1976 a 2008. O ex-líder ultrapassou os mandatos de dez presidentes dos Estados Unidos durante seu tempo de poder, supostamente sobrevivendo a inúmeras tentativas de assassinato da CIA no processo - incluindo um plano para carregar seu charuto com explosivos", registrou a publicação.

##RECOMENDA##

Já o The Guardian cita que a morte de Fidel põe fim a uma era para o país, a América Latina e o mundo. "O ícone revolucionário, um dos mais conhecidos e controversos líderes do mundo, sobreviveu a inúmeras tentativas de assassinato dos Estados Unidos e obituários prematuros, mas no final provou-se mortal e morreu tarde da noite de sexta-feira após uma longa batalha contra a doença", avalia o periódico, que traz ao vivo atualizações em seu site sobre a reação da morte do líder revolucionário cubano.

Segundo o jornal, como era sabido que o presidente estava doente, o anúncio de sua morte era longamente previsto. "Mas quando veio, ainda foi um choque : o comandante - uma figura de proa para a luta armada em todo o mundo em desenvolvimento - não está mais vivo. Era notícia de que amigos e inimigos haviam longamente temido e ansiado, respectivamente."

O site do Financial Times, que costuma ser pouco modificado aos finais de semana, alterou sua manchete assim que o irmão de Fidel confirmou sua morte. "Ele tomou o poder audaciosamente em 1959 e comandou até o fim um poderoso grupo de seguidores pessoal dentro e fora de Cuba", trouxe a publicação. Durante mais de meio século em funções, Fidel Castro, de acordo com o FT, se metamorfoseou de um líder guerrilheiro popular e carismático para um caudilho tradicional, um refúgio autocrático de outra era.

"No final de sua vida, embora apoiado pelo surgimento de alguns novos amigos, como o falecido líder venezuelano Hugo Chávez, ele foi atacado por governos estrangeiros e grupos de direitos humanos e desprezado por muitos antigos partidários, incluindo até mesmo sua filha. No entanto, Castro permaneceu uma das figuras revolucionárias mais notáveis do século XX", destacou o jornal de economia.

Os canais de televisão, como a BBC e a SkyNews, também exibem imagens de Fidel, assim como a CNBC internacional. O canal France 24 apresenta avaliações de vários líderes europeus sobre a morte de Fidel. Para o russo Vladimir Putin, Fidel Castro é o símbolo de uma era. O ex-presidente Mikhail Gorbachev aclamou Castro pelo fortalecimento que proporcionou à Cuba. Já o francês François Hollande disse que Castro incorporou "esperanças e decepções" da Revolução cubano.

Mais de um mês depois de Cuba tomar a decisão histórica de reatar relações diplomáticas com os Estados Unidos, o ex-presidente cubano Fidel Castro fez seu primeiro comentário sobre o assunto. Em carta escrita para uma entidade estudantil e lida na Universidade de Havana, Fidel manifestou apoio às negociações, embora tenha ressaltado que não confia na política norte-americana.

"Não tenho trocado nenhuma palavra com eles (norte-americanos), mas não rejeito uma solução pacífico para o conflito", disse o líder cubano. "Nós sempre defenderemos a cooperação e a amizade com todas as pessoas do mundo, incluindo nossos adversários políticos", acrescentou.

##RECOMENDA##

A carta de Fidel também foi publicada no jornal estatal Granma. Antes disso, há duas semanas, ele enviou uma carta ao ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona, na qual deu fim aos rumores de que havia morrido, depois de quase três meses sem aparições ou declarações públicas.

EUA e Cuba anunciaram o retorno das relações diplomáticas no último dia 17 de dezembro. O silêncio de Fidel até então levantou dúvidas sobre seu apoio à decisão do irmão Raul Castro, que preside o país desde que Fidel deixou o cargo, em 2008, por problemas de saúde. Fonte: Associated Press

O governo de Cuba negou ter convocado uma entrevista coletiva em Havana nesta sexta-feira, segundo fontes ouvidas pelas agências de notícias Agence France-Presse (AFP) e EFE. As informações iniciais foram divulgadas por jornais sediados em Miami e Madri, locais conhecidos como redutos de dissidentes políticos cubanos, e geraram especulações em torno do estado de saúde do ex-presidente Fidel Castro.

Em redes sociais e em vários sites da mídia internacional, cresceu o falatório de que o suposto evento seria usado para anunciar a morte de Fidel. Muitos até lembraram que o ex-jogador de futebol Diego Maradona está em Cuba e participaria das condolências, contudo deixaram de ressaltar que o argentino chegou ao país para gravar um programa de televisão.

##RECOMENDA##

Funcionários do Centro de Imprensa Internacional (CPI), que faz parte do Ministério de Relações Exteriores de Cuba, afirmaram às agências que os boatos sobre a coletiva eram falsos. O filho do atual presidente de Cuba, Raul Castro, e sobrinho de Fidel, Alejandro Castro Espinos, também se pronunciou sobre o caso e negou relatos de que o líder da revolução cubana estaria morto. Ele disse que viu Fidel Castro há dois dias e acrescentou que está com boa saúde.

"Me dá muita pena dos aborrecidos e ansiosos de Miami", afirmou o blogueiro defensor do regime castrista Yohandry Fontana, que entrou em contato com fontes oficiais e confirmou a inexistência da entrevista. Fontana também assegurou que o líder cubano passa bem e negou especulações de que o suposto evento seria usado para anunciar a morte de Fidel. "Fidel Castro está muito bem, como sempre."

O aniversário de 87 anos de Fidel Castro, nesta terça-feira, será marcado por algumas atividades culturais e esportivas em Cuba, mas não haverá nenhum ato oficial em homenagem ao ex-presidente.

Fidel está afastado do poder desde 2006, quando uma grave doença no sistema digestivo o levou a delegar a presidência de Cuba a seu irmão, Raúl Castro.

##RECOMENDA##

As últimas imagens de Fidel divulgadas pela mídia estatal cubana são de 26 de julho, quando recebeu a visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Fonte: Associated Press.

O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, encontrou-se com o ex-presidente de Cuba Fidel Castro nesse sábado (27), o que representa uma indicação de que o novo líder venezuelano manterá as mesmas relações próximas com o país comunista que o seu antecessor, Hugo Chávez, que morreu no mês passado após uma batalha contra o câncer. "Nós estivemos com Fidel por cinco horas, relembrando o gigante (Chávez)", disse Maduro, em sua conta oficial no Twitter.

Antes de embarcar para Havana, Maduro disse que a visita oficial à Cuba visava a criação de uma aliança estratégica que o presidente venezuelano definiu como uma "nova fase" da cooperação entre os dois países, em áreas como educação e saúde. Chávez era um aliado muito próximo de Cuba e amigo pessoal de Fidel Castro, que por problemas de saúde abriu mão da presidência de Cuba para dar lugar ao seu irmão, Raúl castro.

##RECOMENDA##

Maduro tomou posse oficialmente no dia 19 de abril, depois de uma estreita vitória sobre o candidato da oposição Henrique Capriles em uma eleição organizada rapidamente após a morte de Chávez, que liderou a Venezuela por mais de 14 anos. Capriles disse que fraudes comprometeram o resultado das eleições e pediu a recontagem dos votos, mas as autoridades eleitorais resistiram a uma ampla avaliação dos votos.

As mensagens de Maduro pelo Twitter de Maduro incluíam uma foto na qual ele aparecia em um carro com Fidel, de 86 anos, saudando apoiadores do outro lado da rua. O presidente disse que Castro visitou alguns venezuelanos com sérios problemas de saúde que recebem tratamento com médicos cubanos em Havana.

A Venezuela, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, envia cerca de 130 mil barris por dia para Cuba. Como parte do retorno, o regime de Havana fornece dezenas de milhares de médicos, enfermeiras e outros profissionais da área para programas de saúde socialistas do país latino-americano.

A visita de Maduro à Cuba foi a sua segunda viagem ao exterior desde que foi eleito, no dia 14 de abril. Na semana passada, ele voou até o Peru para encontrar outros líderes da América do Sul, onde assegurou o apoio nas eleições apesar das reclamações de fraude eleitoral por parte da oposição do país. As informações são da Dow Jones.

O lendário futebolista argentino Diego Maradona visitou o ex-presidente cubano Fidel Castro em Havana durante o fim de semana.

A mídia cubana divulgou nesta segunda-feira uma fotografia de um Maradona sorridente cumprimentando Fidel, que veste um casaco esportivo azul.

##RECOMENDA##

De acordo com o Granma, jornal oficial do Partido Comunista de Cuba, o encontro, ocorrido no sábado, foi "uma troca animada e frutífera entre dois velhos amigos".

Os dois se conheceram em 1986, quando Maradona visitou pela primeira vez a ilha. O jogador argentino morou em Cuba durante alguns anos. No ano 2000, ele foi para Cuba para se recuperar do abuso de drogas. As informações são da Associated Press.

O ex-presidente cubano Fidel Castro rompeu o silêncio nesta segunda-feira (11) e lamentou a morte do líder venezuelano Hugo Chávez, qualificando-o como o "melhor amigo de Cuba".

Em artigo publicado no jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, Fidel observou que o estado delicado da saúde de Chávez já era conhecido, mas ainda assim a notícia de sua morte, em 5 de março, foi recebida com choque.

##RECOMENDA##

"Na tarde de 5 de março faleceu o melhor amigo que teve o povo cubano ao longo de sua história", escreveu Fidel no artigo.

Reflexões - O artigo no qual Fidel lamentou a morte de Chávez foi publicado como mais um da série "Reflexões" e foi reproduzido por outros jornais cubanos. A série de artigos fora interrompida no ano passado. Na ocasião, Fidel alegou que seus textos estavam ocupando um espaço valioso na mídia estatal cubana e que este deveria ser usado com outros propósitos. As informações são da Associated Press.

O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, elogiou nesta segunda-feira o retorno de Hugo Chávez a seu país natal, após ter passado dois meses em território cubano para um tratamento contra câncer.

Em carta publicada pela agência oficial de notícias cubana, Fidel disse que estava feliz com o fato de que a "longa e ansiosa espera" do povo venezuelano tenha acabado. Segundo Fidel, isso aconteceu graças à força física de Chávez e à dedicação dos médicos cubanos. As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando