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O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fez um apelo na tarde desta quarta-feira, no plenário, para que a Casa vote ainda hoje o projeto que muda o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE). "Eu quero aprovar qualquer texto, desde que seja hoje", disse. A matéria precisa ser apreciada pelo Congresso até o dia 23, prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Se não for votado nesta semana, Chinaglia teme que na próxima semana um projeto tranque a pauta e impeça a votação da FPE na Câmara.

Os líderes da base defendem que seja aprovado, sem alteração, o texto que veio do Senado, impedindo assim que o projeto retorne aos senadores para nova votação. Chinaglia argumentou que não há tempo hábil para se votar um novo texto e que o Senado trabalhou para produzir o que era possível, uma vez que o ideal está fora do alcance. "Quando se trata de dinheiro, não há acordo", afirmou.

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O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), também defendeu a aprovação do texto proveniente do Senado. "Se votar o texto do Júlio (César, relator do projeto), vai dar confusão", disse o peemedebista, apontando prejuízo para pelo menos 15 Estados da Federação. Enquanto os deputados votam a MP 608 (sobre Basileia 3), alguns deputados tentavam chegar a um acordo sobre o texto da FPE no cafezinho da Câmara. "Se não votar a FPE e o STF impedir a União de repassar (os recursos), esse zelo pode ser legítimo, mas vai faltar dinheiro para muitos Estados", alertou Chinaglia.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou, nesta terça-feira (11), que "é possível haver alteração" no texto do projeto que muda o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Chinaglia mencionou que o relator da proposta na Câmara, deputado Júlio Cesar (PSD-PI), vem anunciando que quer modificar o texto.

Perguntado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se, com modificações na Câmara, a matéria teria como ser apreciada pelo Senado antes do prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), 23 de junho, o líder do governo disse que isso é "uma preocupação". Ele afirmou, no entanto, que uma eventual votação no Senado para chancelar ou rejeitar possíveis modificações da Câmara deve ser mais curta.

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O projeto que altera a distribuição do FPE já foi aprovado pelo Senado e precisa ser votado na Câmara. Ele mantém até 2015 as regras atuais do rateio do fundo. Esse ponto preocupa parlamentares uma vez que foram essas regras que o STF julgou inapropriadas em 2012. Tal qual saiu do Senado, a proposta poderia ser mais uma vez questionada pela Corte, alega o relator do texto.

Neste momento, o colégio de líderes da Câmara discute a pauta da semana. Entre os projetos que podem ir a voto nesta semana, está o do FPE.

Após dois adiamentos, a Câmara dos Deputados deve votar nesta terça-feira (4) o Projeto de Lei Complementar que estabelece novas regras para a criação, o desmembramento e a fusão de municípios.

Inicialmente, o PLC 416/08 seria incluído na pauta logo após o encerramento da votação da MP dos Portos, o que ocorreu no  dia 16 de maio, mas como o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), esteve em missão oficial no exterior há duas semanas e houve um feriado na semana passada, a apreciação em plenário ficou para a sessão ordinária dessa terça.

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De acordo com o coordenador da Frente Parlamentar Mista de Apoio à Criação de Novos Municípios, deputado José Augusto Maia (PTB-PE), o texto que será votado é um substitutivo formulado por um grupo de trabalho formado por representantes dos ministérios das Cidades, do Planejamento, da Integração Nacional e da Fazenda.

Para Augusto Maia, a apreciação da matéria é mais do que necessária, já que em 1996 foi aprovada uma emenda constitucional que exigiu a aprovação de uma lei complementar para regulamentar o processo de criação das cidades. “De lá para cá, vários regiões de desenvolveram, se industrializaram, e alguns distritos ficaram maiores que a sede-mãe, mas continuaram proibidos de se tornarem cidades”, frisou.

O projeto exige estudo de viabilidade do município que se pretende criar, e submete sua criação à aprovação da população por meio de plebiscito, e à obediência de requisitos objetivos, como população e arrecadação mínimas. O PLC também confirma a validade de 57 cidades criadas de 1996 até 2007, e atende a uma recomendação do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o texto da Constituição seja regulamentado.

De acordo com a Constituição, o PLC precisa ser aprovado por mais da metade dos deputados, ou seja, deve ter pelo menos 257 votos favoráveis.

FPE
Também está prevista a apreciação do Projeto de Lei Complementar 266/13, que define novas regras de divisão do Fundo de Participação dos Estados (FPE). No entanto, os líderes precisam aprovar requerimento de urgência para discutir a proposta.

No ano passado, foram distribuídos R$ 61,95 bilhões. A previsão para 2013 é de R$ 73,91 bilhões. O texto a ser analisado mantém os mesmos critérios até 2015. Já em 2016 e 2017, ficará garantido o mesmo montante recebido em 2015, mas haverá a atualização pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal índice de inflação, e metade da variação real do Produto Interno Bruto (PIB).

Outras matérias também estão na pauta, que deverá ser confirmada nesta terça, após a reunião de líderes partidários.

A manutenção pelo Senado de uma tabela de distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), cuja rigidez foi julgada inconstitucional, "é quase uma provocação ao Supremo Tribunal Federal (STF)". Foi o que disse nesta terça-feira à Agência Estado o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, após ter participado de seminário sobre o Programa Especial de Parcelamento do ICMS (PEP) do Estado de São Paulo, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ao se referir ao Projeto de Lei Complementar do Senado n.º 192, que estabelece normas sobre o cálculo, a entrega e o controle das liberações dos recursos do FPE, Calabi disse que a grande questão do fundo é que São Paulo, que tem 42 milhões de habitantes, na proporção de 22% de toda a população brasileira, recebe apenas 1% do montante global distribuído - responde pelo recolhimento de 40% de toda a soma.

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De acordo com ele, essa distorção ocorre por conta de falhas de legislação e da sub-representação do Estado na Câmara dos Deputados, com a limitação do número de parlamentares para as maiores unidades da Federação. "Então, São Paulo, que tem desafios enormes na questão metropolitana, tem um número de pobres muito superior aos outros Estados, tem questões pendentes e difíceis pertinentes às grandes cidades, não está recebendo FPE nenhum, praticamente. Isso é um absurdo", contestou.

Pior ainda, segundo Calabi, é que "a proposta em curso reduz o 1%." Questionado sobre o que o governo de São Paulo faz para resolver essa dificuldade, o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo disse que a administração estadual está batalhando e mudando o sistema. "O STF já declarou a inconstitucionalidade da rigidez dessa tabela de distribuição, mas, estranhamente, o Congresso está reativando a tabela que já havia sido revogada", denunciou. "Isso é quase uma provocação do Congresso ao STF", reforçou.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) levantou nesta quinta-feira em plenário "dúvidas" sobre a constitucionalidade do parecer apresentado pelo colega de bancada Walter Pinheiro (BA) sobre o projeto de nova divisão de recursos dos royalties do petróleo. Suplicy questiona a alteração feita por Pinheiro, nesta quarta-feira (3), na proposta que, pelo menos até 2015, manterá os mesmos critérios de distribuição do FPE que foram declarados ilegais em 2010 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O texto deve ir à votação na próxima terça-feira, dia 9.

"É muito importante termos a garantia acerca da constitucionalidade desse dispositivo, o que eu espero que até terça-feira próxima essa dúvida possa ser inteiramente sanada pelo nosso relator e pelos consultores jurídicos, inclusive eventualmente pelo próprio STF, se avaliar que isso se faz necessário", disse o petista. Ele lembrou que o Supremo declarou "explicitamente nulo" o atual critério de repasses.

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Suplicy disse ainda que, para os anos de 2016 e 2017, a nova proposta cria "regras mais complexas". Nos dois anos, o bolo dos repasses do fundo será corrigido pelo aumento do IPCA mais 50% da variação real do PIB calculados em 2015. E o excedente da arrecadação do FPE nesses anos terá como base critérios que Walter Pinheiro já havia proposto: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita.

"Como tais índices, a exemplo do que foi dito ontem neste plenário, não correspondem aos anseios dos governadores e das bancadas estaduais - isso foi expresso por diversos senadores nos últimos dias", afirmou ele. Durante as discussões de quarta-feira, o relator do FPE justificou a manutenção até 2015 da mesma regra em vigor atualmente com o argumento de que o objetivo é garantir aos governadores o cumprimento do que considera "contratos" firmados entre eles e as respectivas assembleias legislativas. Segundo ele, até lá estará vigente uma lei que instituiu um plano plurianual (PPA) com despesas atreladas a repasses feitos por fundos.

Pinheiro negou que a nova proposta seja um desrespeito à decisão do Supremo. "Por que o contrato dos royalties vale e o do PPA não vale?", questionou o petista. Ele se referia ao fato de o Supremo ter aceito recentemente liminar dos estados produtores de petróleo de não mexer nos repasses em contratos já firmados.

A adoção de novos critérios para o FPE está envolto em uma disputa jurídica. Em janeiro, o presidente em exercício do STF, Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra com o rateio dos recursos do fundo. Há três anos, o Supremo havia considerado a atual fórmula de distribuição de recursos ilegal e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito. Se a proposta for aprovada, a matéria tem de ser ainda apreciada pela Câmara dos Deputados. O prazo concedido pelo Supremo ao Congresso expira dia 24 de junho.

Pela terceira vez, os senadores decidiram adiar a votação do projeto de lei que prevê uma nova distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Diante do impasse para se chegar a uma proposta que pudesse ser votada em plenário, os parlamentares remarcaram nesta quarta-feira a apreciação da matéria para a terça-feira (09).

Relator do principal projeto em discussão no Senado, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) realizou de última hora mudanças no parecer. As mudanças não eram de conhecimentos dos senadores que lhe pediram mais prazo para analisar a nova proposta. O relator concordou. Pela nova proposta, até 2015, os repasses de recursos para os Estados seguirão os mesmos critérios utilizados atualmente - e declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2010. Entre os anos de 2016 e 2017, o bolo dos repasses do fundo será corrigido pelo aumento do IPCA mais 50% da variação real do PIB calculados em 2015.

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O excedente da arrecadação do FPE nos anos de 2016 e 2017 terá como base os critérios que Walter Pinheiro já havia proposto: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita, apurados, para os dois fatores, no ano imediatamente anterior. Segundo ele, se o Congresso não aprovar uma nova regra ao final de 2017, a regra proposta por ele continuará a vigorar automaticamente.

O relator do FPE disse que a manutenção até 2015 da mesma regra em vigor atualmente tem por objetivo garantir aos governadores o cumprimento do que considera "contratos" firmados entre eles e as respectivas assembleias legislativas. Segundo ele, até lá estará vigente uma lei que instituiu um plano plurianual (PPA) com despesas atreladas a repasses feitos por fundos.

Pinheiro negou que a nova proposta seja um desrespeito à decisão do Supremo. "Por que o contrato dos royalties vale e o do PPA não vale?", questionou o petista, referindo-se ao fato que o Supremo Tribunal Federal aceitou recentemente liminar dos Estados produtores de petróleo de não mexer nos repasses em contratos já firmados.

A sessão foi tumultuada. O senador José Sarney (PMDB-AP) reclamou em plenário do que chamou de "procrastinação" de senadores por terem apresentado em plenário um pedido para retirar um dos projetos que tramitavam conjuntamente. "Não podemos ficar neste jogo, sobretudo um assunto desta natureza", criticou o ex-presidente do Senado.

A adoção de novos critérios para o FPE está envolta em uma disputa jurídica. Em janeiro, o presidente em exercício do STF, Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra com o rateio dos recursos do fundo. Há três anos, o Supremo havia considerado a atual fórmula de distribuição de recursos ilegal e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito. Se a proposta for aprovada, a matéria tem de ser ainda apreciada pela Câmara dos Deputados. O prazo concedido pelo Supremo ao Congresso expira dia 24 de junho.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez nesta quarta-feira a leitura em plenário de todos os projetos de lei que alteram a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Os parlamentares devem centrar as discussões no parecer do senador Walter Pinheiro (PT-BA).

Pela proposta de Pinheiro, a partir de 2013 o piso da arrecadação do fundo que será repassado aos Estados e ao Distrito Federal permanecerá idêntico ao deste ano. O excedente do que for recolhido via FPE, segundo o parecer, deverá ser rateado até o final de 2017, tendo como base dois critérios: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita, apurados, para os dois fatores, no ano imediatamente anterior. A partir de 2017, novo critério terá de ser aprovado por outra lei, caso contrário, a regra proposta pelo petista continuará em vigor.

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O relator não tem descartado alterar de última hora sua proposta em plenário. "Se tiver ajustes para fazer pelo relator, só pode ser feito em plenário", afirmou Pinheiro.

A adoção de novos critérios para o FPE está envolta em uma disputa jurídica. No dia 24 de janeiro, o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra com o rateio dos recursos do fundo. Em 2010, o Supremo havia considerado a atual fórmula de distribuição de recursos ilegal e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito. Se a proposta for aprovada, a matéria tem de ser ainda apreciada pela Câmara dos Deputados.

A participação da presidente Dilma Rousseff na reunião da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) nesta terça-feira (2), em Fortaleza (CE), causa reflexos na votação do Fundo de Participação dos Estados (FPE), marcado para o mesmo dia no plenário do Senado. A expectativa é de que pelo menos 20 senadores da região acompanhem pessoalmente o anúncio de Dilma de novos recursos para combater a seca no Nordeste. Com isso, a apreciação da matéria deve ficar para a quarta-feira (3).

O senador Walter Pinheiro (PT-BA), relator do projeto que deve ir a votação, é um dos que vão a Fortaleza acompanhar a presidente e deve retornar a Brasília apenas no início da noite. Além disso, antes de começar a votação do FPE, há na pauta o projeto de lei de conversão (PLV 3/2013), oriundo da Medida Provisória 587/2012, que prevê o pagamento de benefícios a agricultores afetados pela seca. E, a partir das 18 horas, o Congresso Nacional se reúne para promulgar a emenda constitucional que equipara os direitos dos trabalhadores domésticos aos dos demais trabalhadores, o que, na prática, impede a votação do fundo pelo plenário do Senado.

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No início da tarde, Walter Pinheiro reuniu-se com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), e com a bancada gaúcha do Senado para pedir apoio a sua proposta. Nos últimos dias, o relator tem feito várias reuniões com governadores e parlamentares a fim de conseguir apoios em prol da aprovação do projeto.

Pela proposta de Pinheiro, a partir de 2013, o piso da arrecadação do fundo que será repassada aos Estados e ao Distrito Federal permanecerá idêntico ao deste ano. O excedente do que for recolhido via FPE, segundo o parecer, deverá ser rateado até o final de 2017, tendo como base dois critérios: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita, apurados, para os dois fatores, no ano imediatamente anterior. A partir de 2017, novo critério terá de ser aprovado por outra lei, caso contrário, a regra proposta pelo petista continuará em vigor.

O relator não descarta alterar de última hora sua proposta em plenário. "Se tiver ajustes para fazer pelo relator, só pode ser feito em plenário", afirmou Walter Pinheiro.

A adoção de novos critérios para o FPE está envolta em uma disputa jurídica. No dia 24 de janeiro, o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra com o rateio dos recursos do fundo. Em 2010, o Supremo havia considerado a atual fórmula de distribuição de recursos ilegal e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito. Se a proposta for aprovada, a matéria tem de ser ainda apreciada pela Câmara dos Deputados.

O efeito dos repasses bilionários do Fundo de Participação dos Estados (FPE) para reduzir as desigualdades econômicas entre os Estados é "nulo ou negativo". Esta é a conclusão do economista Felipe Salto, especialista em contas públicas da Tendências Consultoria, que concluiu mestrado sobre o desempenho dos Estados com os recursos do fundo entre 1985 e 2010.

Desde 1989 com as mesmas regras, o FPE rendeu aos Estados no ano passado mais de R$ 47 bilhões. Esses recursos não tem destinação carimbada, isto é, os governadores podem gastar o dinheiro da forma que desejarem. Em Estados como Amapá, Roraima, e Acre, o FPE representa até 70% do orçamento anual.

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Devido à falta de estímulos federais para que esses recursos fossem usados para financiar investimentos em infraestrutura e saneamento ou gastos com educação, avalia Salto, a maior parte dos recursos repartidos com os Estados foi usada para gastos correntes, como salários.

Salto desenvolveu uma fórmula estatística que compara o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de cada Estado com a média do PIB per capita do Brasil, ano a ano. O grau de confiabilidade dos cálculos é considerado alto - o economista pôs à prova a equação que mostrou a ineficácia do FPE em atenuar as desigualdades econômicas entre os 27 Estados às regras estatísticas, e percebeu que as chances de erro são desprezíveis, muito inferiores a 1%. Para isso, usou um software econométrico capaz de calcular as diferentes possibilidades para cada Estado.

Em alguns Estados, como Alagoas e Amapá, a diferença entre o PIB per capita regional e o nacional aumentou no período estudado. "Não negamos a importância do FPE. Mas a saída não passa por colocar mais dinheiro, muito menos, também, de carimbar sua destinação", disse Salto, para quem a ideia sugerida por alguns governadores de aumentar o tamanho do FPE é um "desastre".

Segundo alguns governadores, o FPE poderia ser formado por 13,5% do que é arrecadado por IR, IPI, CSLL e Cofins, aumentando esta fatia em um ponto porcentual por ano até atingir 18,5% do total arrecadado pela Receita Federal com esses tributos. A crítica dos governadores é que a União usa o IPI como foco principal das desonerações, o que reduz o bolo do Fundo.

Destino

Para o economista, o governo federal deveria incentivar os Estados a aplicar o dinheiro em investimentos em infraestrutura e em educação. A ideia seria criar dispositivos que beneficiem os governadores que assim fizerem. "A União poderia ajudar a financiar esses investimentos, por exemplo", disse.

"Há um desafio de viabilizar o pacto federativo brasileiro, e isso passa pela criação de instrumentos que permitam uma conversa melhor entre União e Estados", afirmou o economista, que defende a proposta do senador Walter Pinheiro (PT-BA).

Pelo texto de Pinheiro, que conta com o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e uma defesa tácita do Palácio do Planalto, os repasses do Fundo continuariam intactos, seguindo o mesmo valor previsto para este ano até o fim de 2017. A arrecadação adicional da União com os tributos seria repartida seguindo regras diferentes - de acordo com a população de cada Estado e o inverso da renda per capita.

Para Salto, o projeto é positivo, uma vez que dará ao Congresso um prazo de cinco anos para discutir novas regras, que seriam instituídas a partir de 2018.

O FPE tem sido alvo de polêmica desde o fim do ano passado. Considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em 2010, o Fundo deveria ter sido reformado pelo Congresso até dezembro de 2012. Isso não aconteceu. As discussões começaram em cima da hora, o Tesouro manteve os repasses, e o STF, afinal, concedeu prazo emergencial de 150 dias para que uma nova fórmula seja aprovada.

A proposta do senador Walter Pinheiro (PT-BA) para redistribuir recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) prevê um aumento de R$ 3,7 bilhões em repasses este ano em relação a 2012. Pinheiro é o relator do principal projeto em tramitação no Senado que discute a adoção de novas regras para o fundo. Pela estimativa feita pela Consultoria Legislativa do Senado, obtida com exclusividade pela reportagem, seriam distribuídos via FPE este ano R$ 65,7 bilhões com as regras novas, caso venham a ser aprovadas pelo Congresso, ante R$ 61,9 bilhões no ano passado.

O Estado de São Paulo, por exemplo, receberia R$ 655 milhões em 2013, contra os R$ 619,5 milhões. No ano de 2017, último da regra de transição proposta, alcançaria o valor de R$ 828,5 milhões. O cálculo da consultoria do Senado usa como pressupostos uma inflação anual de 4,5% e um crescimento real da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da ordem de 1,5% ao ano. Os dois impostos fazem parte da cesta de recursos que compõem o FPE.

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Pelas estimativas, o Estado que mais ganha em termos absolutos é a Bahia, com aumento entre 2012 e 2017 de quase R$ 2 bilhões. Os recursos subiriam dos atuais R$ 5,8 bilhões ano passado para R$ 7,8 bilhões daqui a cinco anos. Maranhão (R$ 1,6 bilhão), Ceará (R$ 1,5 bilhão), Pará (R$ 1,4 bilhão) também registrariam, se a proposta for aprovada, os mais expressivos aumentos. Para todas as unidades da federação ao final de cinco anos, o FPE distribuiria R$ 83 bilhões em recursos, mantido os critérios de crescimento de inflação e do IR e IPI.

Pela nova proposta de Pinheiro, a partir de 2013 o piso da arrecadação do fundo que será repassada aos Estados e ao Distrito Federal permanecerá idêntico ao deste ano. O excedente do que for recolhido via FPE, segundo o parecer, deverá ser rateado até o final de 2017, tendo como base dois critérios: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita, apurados, para os dois fatores, no ano imediatamente anterior. A partir de 2017, novo critério terá de ser aprovado por outra lei, caso contrário, a regra proposta pelo petista continuará em vigor.

Após uma reunião com o PMDB, que decidiu apoiar a proposta, Walter Pinheiro sustentou esta tarde que o projeto garante o "respeito a contratos". "Que contratos são esses? Estados fizeram planos plurianuais e esses planos guardam uma relação direta com orçamento, com recursos. Portanto, estados se planejaram", disse. "Nós fizemos garantir esse valor, projetá-lo para frente e só teremos mudanças no excedente", completou.

Uma reunião com a presença de senadores da bancada do PMDB, do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e do senador Walter Pinheiro decidiu marcar a votação dos novos critérios para o dia 26.

Uma reunião com a presença de senadores da bancada do PMDB, do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e do senador Walter Pinheiro (PT-BA) decidiu nesta terça-feira marcar a votação dos novos critérios de distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) para o dia 26. No encontro, ficou acertado que na sessão de votação desta terça-feira será apreciada apenas um requerimento de urgência para a análise do assunto. Sem a aprovação desse requerimento, o projeto teria de passar por três comissões temáticas antes de ser votado diretamente pelo plenário.

O PMDB era o único partido que resistia em dar apoio à urgência. Os senadores do partido concordaram em apoiar o projeto de Pinheiro, relator da principal matéria do FPE no Senado, que cria uma regra de transição para a distribuição dos recursos do fundo até 2017. Pela proposta, os governos dos Estados continuarão a receber os mesmos recursos repassados pelo FPE até 2012. Sobre o excedente da arrecadação, os governos estaduais poderão ser contemplados com aumento de recursos, levando-se em conta o seguinte critério: proporcional a 50% da população e inversamente proporcional a 50% da renda per capita domiciliar. O novo critério valerá pelos próximos cinco anos e, caso nenhuma outra regra do FPE seja aprovada no período, continuará a vigorar.

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A adoção de novos critérios para o FPE está envolto em uma disputa jurídica. No dia 24 de janeiro, o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra com o rateio dos recursos do fundo. Em 2010, o Supremo havia considerado ilegal a atual fórmula de distribuição de recursos e deu prazo até o fim de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito. Se a proposta for aprovada, a matéria tem de ser ainda apreciada pela Câmara dos Deputados.

Na véspera da apreciação pelo plenário do Senado do projeto que muda a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), parlamentares dos Estados da região Norte defendem mudanças à proposta para garantir mais recursos para a região. Os senadores consideram insuficiente a mudança no prazo da regra de transição prevista no texto do senador Walter Pinheiro (PT-BA), relator do principal projeto do FPE. Na semana passada, Pinheiro aumentou de dois para cinco anos o período de transição das regras. O tema deverá ser apreciado nesta terça-feira à tarde no Senado.

Pela nova proposta de Pinheiro, a partir de 2013 o piso da arrecadação do fundo que será repassada aos Estados e ao Distrito Federal permanecerá idêntico ao deste ano. O excedente do que for recolhido via FPE, segundo o parecer, deverá ser rateado até o final de 2017, tendo como base dois critérios: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita, apurados, para os dois fatores, no ano imediatamente anterior. A partir de 2017, novo critério terá de ser aprovado por outra lei, caso contrário, a regra proposta pelo petista continuará em vigor.

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Contudo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) quer incorporar ao texto de Pinheiro uma proposta que, na prática, aumentaria a contagem da população nos Estados da região Norte, o que levaria a um aumento na fatia repassada para aquelas unidades da federação. Jucá defende que cada unidade da federação tenha um "piso populacional" de 3%.

O senador peemedebista disse que os Estados da região estão recebendo menos recursos do FPE por causa da mudança de critérios do cálculo da população pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Precisamos fechar um entendimento", afirmou Jucá, mesmo diante da resistência de Walter Pinheiro em ceder em outros pontos no seu texto.

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) disse que no projeto do relator deveria constar uma sugestão ao IBGE para que aperfeiçoasse o critério de renda domiciliar per capita, que, sustenta, tem prejudicado Estados da região Norte. "Ela (a forma de cálculo atual) não consegue dar uma precisão necessária", afirmou Vital, que seria relator do FPE na Comissão de Desenvolvimento Regional (FPE). Por acordo de lideranças, no entanto, o projeto será apreciado diretamente em plenário, dispensando passar por três comissões temáticas do Senado.

A adoção de novos critérios para o FPE está envolto em uma disputa jurídica. No dia 24 de janeiro, o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra com o rateio dos recursos do fundo. Em 2010, o Supremo havia considerado ilegal a atual fórmula de distribuição de recursos e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito. Se a proposta for aprovada, a matéria tem de ser ainda apreciada pela Câmara dos Deputados.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA) disse, nesta quinta-feira, que aceita aumentar o prazo da transição da nova regra de distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Pinheiro é o relator do principal projeto que trata de mudanças na partilha do FPE, atualmente tramitando no Senado.

Após pedido do coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), Cláudio Trinchão, e de senadores, Pinheiro disse que o prazo será alongado para 2017. O projeto de Pinheiro deve ir a votação na terça-feira (19) em plenário, pautado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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Pela nova proposta de Pinheiro, a partir de 2013 o piso da arrecadação do fundo que será repassada aos Estados e ao Distrito Federal permanecerá idêntico ao deste ano. O excedente do que for recolhido via FPE, segundo o parecer, deverá ser rateado até o final de 2017, tendo como base dois critérios: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita, apurados, para os dois fatores, no ano imediatamente anterior. A partir de 2017, novo critério terá de ser aprovado por outra lei, caso contrário, a regra proposta pelo líder do PT continuará em vigor.

A adoção de novos critérios para o FPE está envolta em uma disputa jurídica. No dia 24 de janeiro, o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra com o rateio dos recursos do fundo. Em 2010, o Supremo havia considerado a atual fórmula de distribuição de recursos ilegal e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei, o que não foi feito. Se a proposta for aprovada, a matéria tem de ser ainda apreciada pela Câmara dos Deputados.

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), anunciou nesta quinta-feira (14) que vai apresentar uma proposta de emenda constitucional (PEC) que inclui as contribuições na base de cálculo do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Pela Constituição, as receitas do FPE, atualmente, são formadas apenas pelo Imposto de Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Renda (IR). Eunício quer incluir nessa conta também o Cofins e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

A proposta de Eunício, que deverá ser oficializada na semana que vem, em reunião da bancada do PMDB, é a mesma apresentada na quarta-feira pelos governadores, em encontro com parlamentares para discutir o novo pacto federativo. Ela foi defendida nesta quinta-feira também pelo coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), Cláudio Trinchão, e por vários senadores durante audiência pública de três comissões temáticas que discutem novos critérios de rateio do FPE.

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Pouco antes do anúncio, o coordenador do Confaz citou o fato de que entre 1988 e 2000 houve uma queda da participação do IPI e do IR no bolo da arrecadação tributária do governo federal. Segundo ele, caiu de 76% para 46%. No mesmo período, entretanto, as contribuições cresceram de 24% para 45%.

Eunício disse que é preciso dar um "basta" na perda de receitas dos Estados. Isso porque só no ano passado o governo federal ao promover cerca de R$ 5 bilhões em desonerações de setores produtivos, como a redução do IPI para os carros, impactou diretamente na conta do FPE.

O relator do principal projeto que muda os critérios de distribuição do fundo, senador Walter Pinheiro (PT-BA), afirmou durante a audiência que não poderia fazer a mudança na sua proposta, apenas via PEC.

Diminuição de juros, menor comprometimento para as receitas dos estados, aumento na base de cálculo do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e redução à zero da alíquota do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Esses foram os quatro pedidos feitos pelos governadores aos parlamentares, em reunião, nesta quarta-feira (13), no Congresso Nacional, em Brasília. Senadores e deputados se comprometeram a avaliar as propostas.

Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, as propostas representam um rumo para a discussão sobre o novo pacto federativo. "A reunião foi muito importante. As intervenções dos governadores foram objetivas. Acho que, do ponto de vista da Câmara e do Senado, temos agora um rumo para pautar as prioridades da Federação", comentou Calheiros, logo após o fim da reunião. 

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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, também avaliou de forma positiva o resultado da reunião. "Nos próximos dias, vossas excelências serão informadas sobre as nossas atitudes e do roteiro de discussões daqui para frente. A nossa responsabilidade está assumida", informou.

Ao todo, estivam presentes nesta quarta-feira os governadores de 22 estados e do Distrito Federal. As ausências foram dos chefes do Executivo do Piauí, Maranhão, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Próximo passo
Na próxima quarta-feira (13), os prefeitos das capitais brasileiras serão recebidos pelos parlamentares, para apresentarem as demandas específicas dos municípios.

Segundo o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, será formado um grupo de trabalho para avaliar quais das propostas já tramitam formalmente. Também será formada uma comissão mista para acompanhar o trâmite dessas matérias na Câmara e no Senado. Renan Calheiros também anunciou a criação de um foro permanente no Senado para ouvir os governadores sobre as medidas necessárias para equilibrar a federação.

Os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e do Piauí, Wilson Martins (PSB), vão apresentar ao presidente do Congresso Nacional, Henrique Eduardo Alves (PMDB), durante reunião na próximo dia 13 de março, uma proposta para a partilha do Fundo de Participação dos Estados (FPE).   

Ouros temas relacionados ao Pacto Federativo também serão discutidos na reunião. “Queremos contribuir para que o Congresso Nacional enfrente e solucione questões que estão sendo postergadas há muito tempo e que são estratégicas para o País”, definiu Eduardo. “Outro ponto essencial é a partilha do pré-sal", completou Wilson Martins.

Eduardo e Martins articularão junto aos outros governadores o documento síntese que servirá de base para a participação dos gestores socialistas no encontro.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), definiu o dia 19 de março como data para a votação de novas regras de distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) pelo plenário da Casa. A apreciação da matéria deve ocorrer uma semana depois que os governadores irão ao Congresso participar de um encontro no qual serão discutidas propostas que alteram o pacto federativo, como é o caso do fundo. A decisão foi anunciada por Renan Calheiros em reunião na manhã desta quinta-feira da Mesa Diretora da Casa.

Para a matéria ser apreciada diretamente em plenário, entretanto, tem de ser aprovado um requerimento de urgência do projeto, o que o dispensa de passar pelas comissões temáticas. Os parlamentares devem apreciar o texto preparado pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA), relator do principal projeto que trata do assunto na Casa. Caso aprovada, a matéria ainda terá de passar pela Câmara dos Deputados.

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Pela proposta de Pinheiro, a partir de 2013 o piso da arrecadação do fundo que será repassada aos Estados e ao Distrito Federal permanecerá idêntico ao deste ano. O excedente ao que for recolhido via FPE, segundo o parecer, será rateado até o final de 2014, ano eleitoral, tendo como base dois critérios: proporcional a 50% da população de cada uma das unidades da Federação e inversamente proporcional a 50% da renda domiciliar per capita, apurados, para os dois fatores, no ano imediatamente anterior. A partir de 2015, novo critério terá de ser aprovado por outra lei, caso contrário, a regra proposta pelo líder do PT continuará em vigor.

No dia 24 de janeiro, o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra para o rateio dos recursos do FPE. Em 2010, o Supremo havia considerado a atual fórmula de distribuição de recursos ilegal e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito.

Havia o risco de os repasses serem completamente suspensos. Respaldado em um parecer do Tribunal de Contas da União, o governo federal depositou recentemente a primeira parcela do fundo com base nos critérios de distribuição do ano passado. Diante do impasse, Estados da Bahia, Maranhão, Minas Gerais e Pernambuco recorreram ao STF cobrando a manutenção da atual fórmula de rateio. Ricardo Lewandowski deu mais cinco meses de prazo ao Congresso para apreciar a matéria.

O segundo-vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), responsável por ter feito o anúncio, disse que a proposta vai à votação mesmo se não tiver consenso. "É impossível chegar a um consenso no FPE", admitiu. Jucá disse que a Casa estará aberta a sugestões de senadores e dos governadores ao projeto relatado por Walter Pinheiro. "O Senado precisa votar essa matéria. Se os governadores quiserem também contribuir, ou mesmo os senadores, elas (as sugestões) serão bem-vindas", destacou.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira que a discussão sobre a adoção de novas regras de distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) é uma das prioridades da agenda do Congresso após a aprovação da peça orçamentária de 2013. Uma reunião comandada nesta terça-feira (05) por Renan com os líderes partidários terminou sem acordo para a votação do orçamento, cuja apreciação ficou para depois do carnaval.

"É importante mobilizarmos todos os esforços para nós votarmos as novas regras do FPE. Vamos fazer isso mas, primeiro, é preciso resolver a votação do orçamento. Essa é a prioridade", afirmou o presidente do Senado.

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No dia 24 de janeiro, o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deu mais 150 dias de prazo para o Congresso aprovar uma nova regra com o rateio dos recursos do FPE. Em 2010, o Supremo havia considerado a atual fórmula de distribuição de recursos ilegal e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito.

Havia o risco de os repasses serem completamente suspensos. Respaldado em um parecer do Tribunal de Contas da União, o governo federal depositou recentemente a primeira parcela do fundo com base nos critérios de distribuição do ano passado. Diante do impasse, os Estados da Bahia, Maranhão, Minas Gerais e Pernambuco recorreram ao STF cobrando a manutenção da atual fórmula de rateio. Ricardo Lewandowski deu mais cinco meses de prazo ao Congresso para apreciar a matéria.

Para Renan Calheiros, não há empecilho para se apreciar o orçamento. Ele disse que está "claro" na decisão do ministro Luiz Fux, do STF, de que os 3 mil vetos presidenciais que estão na pauta do Senado não precisam ser votados antes da peça orçamentária. O presidente do Senado e do Congresso disse que o "óbice" ontem foi "a oposição que não queria votar".

Desde terça, parlamentares do Democratas e do PSDB passaram a sustentar a posição de que nenhuma proposta pode ser votada antes dos vetos presidenciais. Mas a votação não foi levada adiante porque, em parte, integrantes da base aliada, insatisfeitos com a baixa liberação de recursos de emendas parlamentares, estão nos bastidores criando resistências para votar o orçamento.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reagiram nesta quarta-feira ao pedido do presidente do Senado, José Sarney, para que a Corte dê mais tempo para o Congresso votar os novos parâmetros para distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). "Falar que três anos (para a aprovação da lei) foi pouco é um escárnio", disse um integrante do STF. "A Constituinte foi feita em dois anos", acrescentou.

Para ministros, a polêmica será resolvida quando o tribunal julgar ações nas quais governadores de Estado pedem a manutenção dos critérios de distribuição do fundo fixados por uma lei de 1989 até que seja aprovada a nova norma. Mas dispositivos da lei de 1989 foram declarados inconstitucionais pelo STF no início de 2010. Na ocasião, o tribunal decidiu que para evitar um vácuo legislativo as regras consideradas inconstitucionais deveriam vigorar até 31 de dezembro de 2010. "Temos de tomar uma medida para estimulá-los a decidir", afirmou um ministro numa referência ao Congresso, que não votou a lei.

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Nesta quarta, o presidente do Senado tentou minimizar a polêmica em torno da suposta interferência do STF ao Congresso. Ao contrário do tom adotado na terça, quando chegou a criticar em ofício a intervenção do Judiciário no assunto, José Sarney classificou o pedido "normal".

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), minimizou nesta quarta-feira o impasse em torno da suposta interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Congresso quando o presidente em exercício da Corte, Ricardo Lewandowski, cobrou do Legislativo explicações sobre a não aprovação de regras novas para a divisão do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Ao contrário do tom adotado na terça-feira (22), quando Sarney chegou a criticar em ofício a "intervenção" do Judiciário no assunto, hoje José Sarney classificou o pedido como "normal".

"Não (fiquei chateado), absolutamente. É normal, ele (Ricardo Lewandowski) tem um prazo que a lei manda que ele peça informações para o Congresso e o Congresso responde as informações que não são argumentações, são prestações de informações do que tramitou, do que se fez", afirmou Sarney, ao deixar o prédio do Senado. Ele destacou que o Supremo não se precipitou no assunto e que o Senado procurou cumprir a decisão do tribunal, de aprovar uma nova regra para o rateio do FPE.

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Em 2010, o Supremo Tribunal Federal havia considerado a fórmula de distribuição de recursos ilegal e deu prazo até o final de 2012 para que o Congresso aprovasse uma nova lei - o que não foi feito. Respaldado em um parecer do Tribunal de Contas da União, o governo federal depositou recentemente a primeira parcela do fundo com base nos critérios de distribuição do ano passado. Recentemente, Estados questionaram no STF sobre os repasses, o que foi respondido ontem pelo Senado.

"Essas questões são sempre questões que demoram bastante no Congresso, de maneira que nós não tivemos condições de chegar a uma conclusão porque no fim do ano quase que nós chegamos a um acordo, mas não conseguimos votar", disse o presidente do Senado.

José Sarney disse ter conversado "sobre tudo" com o vice-presidente da República e presidente de honra do PMDB, Michel Temer, que lhe fez uma visita em seu gabinete na manhã desta quarta-feira.

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