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O papa Francisco abre as portas da Igreja aos gays e se prepara para acolher os divorciados, facilitando a anulação de casamentos. Os anúncios foram feitos pelo pontífice que, quebrando tabus, deixa claro que estende a mão a esses segmentos. "Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la", declarou. "O catecismo da Igreja explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade."

Se a posição pastoral sobre os gays pode representar mudança, Francisco, porém, disse que não haverá nova opinião do Vaticano sobre a ordenação de mulheres, aborto ou casamento gay. O que deve mudar é a forma de tratar as pessoas - não só em relação aos gays, mas também pelo anúncio a respeito dos casamentos.

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Ao responder sobre a admissão dos divorciados na comunhão, o santo padre mostrou que a saída também é pastoral. "A Igreja é mãe. Ela cura os feridos." E fez o anúncio de que em breve revisará a anulação de matrimônios, sob a alegação de que a maioria deles é nula. E isso deve ser objeto do próximo sínodo dos bispos.

O papa concordou em dar uma entrevista sem conhecimento prévio das perguntas - como pediam seus antecessores - aos jornalistas que o acompanharam no voo entre o Rio e Roma, após ter participado da Jornada Mundial da Juventude. Na conversa de quase 1h30, disse que é papa "normal" e "peca". Longe de infalível, Francisco admite: tem seus limites.

Com as mãos no bolso, o papa encostou-se na parede e apoiou-se nas poltronas como se conversasse com amigos. Riu, contou história e fez piadas. E, apesar do cansaço, avisou: vai viajar muito nos próximos anos. Não houve tema tabu. Falou de tudo e não deixou pergunta sem resposta.

O pontífice tratou dos gays ao responder sobre o monsenhor Battista Mario Ricca, nomeado por ele para o Banco do Vaticano. No passado, Ricca teria mantido relações homossexuais - um suposto lobby gay no Vaticano o teria ajudado. "Quando vamos confessar e nós dizemos que pecamos, o senhor esquece e nós não temos o direito de não esquecer."

Para ele, o problema do lobby gay "é fazer lobby". "O problema não é ter essa tendência (homossexual). Não! O problema é fazer lobby, o lobby dos avaros, o lobby dos políticos, o lobby dos maçons, tantos lobbies. Esse é o pior problema."

Empolgação

Militantes pelos direitos dos gays receberam com empolgação as palavras do papa. "Percebo que a Igreja começa a rever algumas posições. Sem dúvida, foi um passo muito importante", disse Carlos Magno Silva Fonseca, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Ele frisou que "só ele não atacar, já ajuda muito" e relembrou que as posturas de Bento XVI e João Paulo II eram "claras contra a comunidade homossexual".

O presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Fernando Quaresma, ressaltou que a "declaração representa um grande avanço. Todos os outros papas só fizeram críticas destrutivas."

A organização feminista Católicas pelo Direito de Decidir faz uma leitura mais contida das falas. "Claro que há uma diferença no discurso de um papa que diz ‘quem sou eu para julgar um gay’ se compararmos aos que condenavam veementemente a homossexualidade, mas é superficial, já que fica no discurso, não provoca mudança estrutural na doutrina", diz a coordenadora Regina Soares Jurkewicz. (Colaborou Edison Veiga). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou neste domingo um recurso de emergência apresentado por uma organização hostil ao casamento entre pessoas de mesmo sexo com o objetivo de proibir a união gay na Califórnia, informou o jornal Los Angeles Times.

Na sexta-feira, um tribunal federal havia levantado, com efeito imediato, a suspensão temporária da celebração de casamentos entre homossexuais na Califórnia - uma decisão que acompanhou a Suprema Corte dos Estados Unidos, que, na quarta-feira, decidiu contra os opositores ao casamento gay.

Uma organização americana que se opõe ao casamento entre gays anunciou no sábado que havia apresentado um recurso ante a Suprema Corte para restabelecer a proibição contra essas uniões na Califórnia.

A Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou na quarta-feira quarta-feira uma controversa lei federal que definia o casamento como a união entre um homem e uma mulher, garantindo assim benefícios federais para o casal e abrindo caminho para a união gay na Califórnia.

Na decisão tomada, o Tribunal considerou inconstitucional a 'Defense of Marriage Act' (DOMA, Lei de Defesa do Casamento), que negava aos casais do mesmo sexo nos Estados Unidos os mesmos direitos e benefícios garantidos aos casais heterossexuais.

A polícia russa deteve vários ativistas pelos direitos dos gays e nacionalistas russos neste sábado, durante uma manifestação que foi considerada ilegal, de acordo com a lei conta a "propaganda gay". Autoridades de São Petersburgo consideraram que o evento, que aconteceu num local designado para manifestações públicas, violou a lei, que proíbe demonstrações públicas de homossexualismo, assim como falar sobre o assunto com crianças.

Cerca de 200 nacionalistas também participaram da manifestação, gritando palavras de ordem como "a sodomia não vai passar". Eles jogavam ovos e pedras nos ativistas gays, que eram cerca de 40.

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A agência de notícias Itar-Tass citou um policial não identificado dizendo que a polícia deteve dezenas de pessoas, dentre elas oito nacionalistas. Segundo a fonte, as autoridades proibiram a manifestação antecipadamente porque ela viola a lei contra a "propaganda gay", embora o uso do espaço não exija aprovação prévia das autoridades da cidade, ao contrário do que acontece em outros locais.

O Parlamento russo aprovou a lei que proíbe "propaganda gay" no início deste mês. São Petersburgo foi uma das várias cidades a aprovar leis semelhantes em nível local antes mesmo do Parlamento. A lei federal impõe multas pesadas para quem fornecer informações sobre as comunidades lésbica, gay, bissexual e de transgêneros para menores ou para pessoas que participarem de manifestações de orgulho gay. Fonte: Associated Press.

Milhares de evangélicos participaram na tarde desta quarta (5) uma manifestação em Brasília, convocada por pastores e liderada por Silas Malafaia, em defesa da liberdade religiosa. Pastores e políticos discursaram durante toda a tarde com ataques ao movimento LGBT, ao governo federal e ao poder Judiciário. A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que às 18 horas a estimativa era de um público de 40 mil pessoas. A organização estimou em 70 mil o número de presentes e informou ter gasto R$ 500 mil na realização do evento, incluindo propagandas televisivas convocando o público. A Associação Vitória em Cristo arcou com os custos.

Principal organizador do evento, o pastor Silas Malafaia foi quem falou por mais tempo e fez o discurso com mais ataques aos "adversários" dos evangélicos. Ele começou com diversas críticas ao que chamou de "ativismo gay", em referência ao movimento LGBT.

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"O crime de opinião foi extinto e o ativismo gay quer dizer que a minha opinião sobre a união homoafetiva é crime. Nos chamam de fundamentalistas, mas eles são fundamentalistas do lixo moral, o ativismo gay é o fundamentalismo do lixo moral", afirmou Malafaia. "Tentam comparar com racismo, mas raça é condição, não se pede para ser negro, moreno ou branco. Homossexualidade é comportamento. Ninguém nasce homossexual", complementou.

Malafaia criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por terem "na caneta" aprovado a união civil entre pessoas do mesmo sexo e obrigar cartórios a registrar o casamento gay. Criticou ainda o governo pela indicação de Luís Roberto Barroso para o STF por ele já ter defendido a legalização do aborto. Atacou ainda o PT destacando o julgamento do mensalão e sugerindo que a indicação de Barroso poderia ter como objetivo absolver os condenados. "O povo quer ver os mensaleiros na cadeia", disse. Encerrou destacando ser o objetivo do evento mostrar a força dos evangélicos. "Esse nosso evento é um ensaio, um exercício de cidadania. Não somos cidadãos de segunda classe, vamos influenciar a nação".

Feliciano é ovacionado

Um dos mais ovacionados pelo público foi o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da comissão de Direitos Humanos da Casa. Ele citou em seu discurso os ataques que sofreu desde que assumiu a comissão. "Depois de 90 dias no vale da sombra, das mortes, estou aqui para dizer que represento vocês", disse Feliciano. Ele afirmou ainda que a "família" tem de vir antes do governo e da sociedade e concluiu seu pronunciamento dizendo esperar pela eleição de um presidente da República evangélico.

Outro tema que motivou protestos de vários dos convidados a discursar foi o projeto que criminaliza a homofobia, em tramitação no Congresso. O senador Magno Malta (PR-ES) afirmou que há um objetivo de criar uma "casta de homossexuais" e garantiu que a bancada evangélica não deixará essa proposta ser aprovada.

Apesar de o evento ter sido convocado como manifestação pacífica houve truculência no palco quando seguranças confundiram, no palco, a bandeira de uma igreja com a do movimento LGBT. O material era da Igreja Quadrangular e foi apreendido de forma brusca pelos seguranças que retiraram com força um pastor e outro integrante do grupo. Após ter sido esclarecido que os envolvidos na confusão eram evangélicos, a entrada deles foi liberada, mas a organização confiscou a bandeira afirmando que o material não poderia ser exibido para não vincular o evento a nenhuma igreja específica.

Quando o assunto é idade, grau de escolaridade e cor, os homossexuais formam casais mais diversificados do que os heterossexuais. Entre lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, que hoje realizam a 17ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, as barreiras sociais que separam os parceiros são menores, revela estudo demográfico realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com base nos dados do último Censo.

Uniões de pessoas do mesmo sexo registram mais variações de idade - mais da metade delas (58,59%) são formadas por parceiros de outra faixa etária. Nos casais formados por homem e mulher, a proporção é menor (45,96%). Outra característica é a do chefe de família, o responsável pela casa, que tende a ser mais jovem entre homossexuais (de 25 a 34 anos), ao passo que entre os heterossexuais são mais velhos (de 34 a 44 anos).

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"Os casais gays, em razão de suas características de associação de cor e escolaridade, contribuem menos para a transmissão de desigualdades na estrutura social", diz a economista Fernanda Fortes de Lena, responsável pelo estudo da UFMG. Em 2010, ela também trabalhou no Censo, que identificou 34,4 milhões de casais heterossexuais e que, pela primeira vez, mapeou 60 mil uniões gays.

Especialista em relações homoafetivas, a psicóloga Adriana Nunan aposta em duas causas para a mistura maior entre gays: a população reduzida dos homossexuais que limita a escolha e a flexibilidade de quem está fora dos padrões de comportamento. "Os gays não precisam copiar o modelo dos heterossexuais. Eles criam suas próprias regras."

Regina Facchini, antropóloga do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apresenta outra interpretação: "Há a preponderância da valorização da diferença no universo homossexual, e não falta de escolha. Entre os heterossexuais existe um ideal romântico, no qual o homem deve ser um pouco mais velho e as uniões devem obedecer certos padrões", avalia. "Existem orientações culturais, como se fossem fantasias coletivas."

Cícero Rodrigues, de 56 anos, e José Itoiz Sanches, de 84, formam um desses casais gays diversificados - e Rodrigues é o chefe da família. "Sempre gostei de coroas", diz ele, que há 12 anos é dono do bar Caneca de Prata, na região central de São Paulo, onde, em 1986, conheceu o marido. O local reúne homens de 18 a 90 anos de idade. "Jovem que gosta de coroa vem ao Caneca. A maioria não sente atração por pessoas mais jovens", diz Rodrigues.

Mais diversidade. Lula Ramires, de 53 anos, e Guilherme Nunes, de 27, não são apenas de gerações diferentes como têm graus de escolaridade distintos. O mais velho é doutor em Educação e o mais jovem, formando em Gestão de Sistemas. Em 2011, tiveram o primeiro pedido de conversão de união em casamento negado. "Só conseguimos celebrar a união em março de 2012, em um cartório de Osasco", diz Ramires.

A integração de cor também é maior entre homossexuais - 6,88% deles têm uniões de preto com branco, contra 3,88% dos heterossexuais. "Todos os meus ex-namorados eram negros. Não é que apenas negros me atraiam, mas não tenho problema com questão racial", diz o professor José Aniervson dos Santos, de 26 anos, que é branco e namora o designer Shabaaka Piankhi Smalls, de 23, negro e americano.

"Há diferenças culturais entre negros e brancos. Se há amor e respeito, as diferenças são mínimas", diz Smalls. As diferenças são tão pequenas que o casal, que se conheceu há 9 meses em Atlanta, nos Estados Unidos, já pensa grande. "Chegaremos ao Brasil no dia 19 deste mês e vamos nos casar no fim de agosto ou início de setembro", conta Santos. Ele e Smalls, que estão de malas prontas para viver em Pernambuco, vão aumentar ainda mais as estatísticas descortinadas pelo estudo da UFMG. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A União Europeia está pedindo uma ação para conter discriminação e violência contra homossexuais após uma grande pesquisa ter revelado que muitos gays estão vivendo atemorizados nos 27 países do bloco.

Segundo Morten Kjaerum, da Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia, disse que são necessárias medidas para "romper as barreiras, eliminar o ódio e criar uma sociedade onde todos possam exercer plenamente seus direitos".

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A pesquisa ouviu 93 mil lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros e mostrou que mais de 80% do grupo sofreu agressões verbais ou bullying na escola. Além disso, quase um em cada cinco entrevistados sente-se discriminado ao procurar emprego e um quarto dos pesquisados relatou ataques ou ameaças nos últimos anos.

A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira em conferência sobre o Dia Internacional contra a Homofobia, realizada em Haia, na Holanda. As informações são da Associated Press.

Apenas cinco Estados brasileiros - Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará - tinham conselhos para tratar dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais em 2012, revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (ESTADIC), divulgada nesta sexta-feira.

Esses conselhos são os mais recentes, com 2,8 anos de existência em média. Já os conselhos de educação, os mais antigos entre os 13 tipos listados, existem há 47 anos e estão presentes nas 27 unidades da federação. Depois dos conselhos de direitos de LGBT, os mais escassos no País são os de Transporte, que existem em 10 Estados, e os de Promoção da Igualdade Racial, que estão em 13. Conselhos são instâncias que permitem, em tese, maior participação da sociedade na estrutura da gestão pública.

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É a primeira vez que o IBGE divulga a ESTADIC, realizada nos moldes da Pesquisa de Informações Básicas Municipais. O estudo traz informações sobre as gestões estaduais a partir da coleta de dados sobre temas como recursos humanos, conselhos e fundos estaduais, política de gênero, direitos humanos, segurança alimentar e nutricional e inclusão produtiva.

A pesquisa mostra que apenas São Paulo não tinha órgão ou setor específico para tratar de políticas de gênero. O Estado, no entanto, possuía o maior número de delegacias especializadas no atendimento à mulher (121, ante 12 no Rio, por exemplo). Só o Amapá declarou não ter órgão específico para tratar da política de direitos humanos e seis estados (Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá, Ceará e Espírito Santo) não tinham canais de denúncia de violação desses direitos na estrutura do governo estadual.

Além disso, somente 11 Unidades da Federação tinham planos estaduais e previsão de recursos específicos para a área de direitos humanos. "Não ter uma estrutura formal não significa necessariamente que nada é feito. A política pode ser transversal a outras áreas", diz a gerente da pesquisa, Vânia Maria Pacheco. A maior parte dos recursos humanos da administração direta era composta por servidores estatutários: 2,2 milhões de servidores ou 82,7% do total. Do pessoal ocupado na administração direta, 53,5% tinham nível superior ou pós-graduação (1,4 milhão de servidores).

Outros 31,9% tinham o nível médio (834,4 mil) e 9,1% (238,6 mil), apenas o ensino fundamental. A pesquisa também traz um Suplemento de Assistência Social: em 2012, todas as 27 unidades da Federação tinham órgão para tratar de política de assistência social, mas oito estados não ofertavam nenhum tipo de serviço nessa área: TO, RN, AL, MG, ES, SP, PR e MT.

A executiva nacional Associação dos Escoteiros dos Estados Unidos (BSA, na sigla em inglês) adiou nesta quarta-feira a decisão sobre se levantará ou não sua antiga proibição à participação de gays no movimento, após intensas pressões de todos os lados.

A BSA informou que a organização vai tomar uma decisão durante sua reunião nacional, marcada para maio. Na semana passada, a organização disse que estudava a possibilidade de permitir que suas tropas decidissem se permitiriam ou não a inclusão de gays.

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O presidente Barack Obama, presidente honorário dos escoteiros, falou em favor da admissão de escoteiros na organização. Já outros políticos, entre eles o governador do Texas, Rick Perry, escoteiro que atingiu o mais alto nível da organização nos Estados Unidos, se opõem à mudança. Manifestantes pró e contra se reuniram na frente da sede da BSA no Texas. Líderes escoteiros de todos os Estados Unidos terão agora que decidir como lidar com a delicada questão.

"Minha opinião é que gays e lésbicas deveriam ter acesso e oportunidade, da mesma forma como todos os outros, em todas as instituições e caminhos da vida", disse Obama no domingo em entrevista à CBS.

Perry, autor do livro "Pela minha honra: por que vale a pena lutar pelos valores dos escoteiros norte-americanos" (On My Honor: Why the American Values of the Boy Scouts Are Worth Fighting For"), disse em discurso proferido na noite de sábado que "é inapropriado alterar os padrões de uma cultura popular de 100 anos".

Dois importantes membros dos escoteiros, o executivo-chefe da Ernst & Young, James Turley, e o executivo-chefe da AT&T, Randall Stephenson, gerenciam empresas com políticas não discriminatórias e disseram que vão trabalhar para a mudanças da política dos escoteiros.

Conservadores advertiram sobre a possibilidade de deserções em massa caso os escoteiros permitam que a participação de gays seja decidida pelas tropas. Líderes locais e regionais, assim como lideranças de igrejas, que patrocinam as tropas, seriam forçadas a reconsiderar suas próprias políticas. As informações são da Dow Jones.

O governo britânico anunciou nesta sexta-feira um projeto para legalizar casamentos de mesmo sexo e afirmou que os parlamentares votarão a legislação no mês que vem. O projeto legaliza o casamento para casais gays mas define que membros do clero da Igreja Anglicana não terão que realizar as cerimônias, numa tentativa de aplacar protestos de pessoas contrárias às uniões de casais do mesmo sexo. Mesmo assim, líderes religiosos criticaram o projeto.

"O casamento é algo bom e devemos apoiar que mais pessoas se casem e isso é exatamente o que o projeto anunciado hoje faz", disse a ministra de Igualdade do Reino Unido, Maria Miller. Ela acrescentou que a legislação oferece "proteção" para as igrejas que consideram o ato inapropriado.

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O projeto deve se tornar lei porque é apoiado pelo primeiro-ministro do país, David Cameron e pela maior parte dos parlamentares de outros partidos. No entanto, alguns parlamentares mais conservadores já afirmaram que votarão contra a legislação. A primeira sessão de debate e votos está marcada para 5 de fevereiro. As informações são da Associated Press.

O governo da Rússia e a Igreja Ortodoxa Russa estão fazendo pressão para que seja aprovada uma lei que torna ilegal em todo o país o acesso de menores de idade a imagens do que consideram "propaganda de sodomia, lesbianismo, bissexualidade e transexualismo". O projeto de lei que será votado no fim deste mês inclui a proibição de eventos públicos que promovam os direitos dos gays. São Petersburgo e outras cidades russas já têm leis similares em vigor.

O projeto de lei faz parte de um esforço para promover os valores tradicionais russos em oposição ao liberalismo ocidental, que o Kremlin e a igreja consideram corruptores da juventude do país e, por extensão, geradores de uma onda de protestos contra o governo do presidente Vladimir Putin.

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Outras leis que o Kremlin diz terem como objetivo proteger os jovens russos vêm sendo adotadas amplamente nos últimos meses, incluindo algumas que permitem o banimento e o bloqueio de conteúdos da internet e publicações impressas que são consideradas "extremistas" ou inadequadas para os jovens.

O sentimento antigay pôde ser observado no domingo na cidade de Voronezh, ao sul de Moscou, onde um grupo de ativistas gays protestava contra o projeto de lei do Parlamento e foi atacado por um grupo muito maior de ativistas antigays. As informações são da Associated Press.

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) encaminhou nesta quinta-feira (17) um ofício ao Itamaraty pedindo a concessão de passaportes diplomáticos a 14 de seus membros. O pedido tem o tom de cobrança, já que, nesta semana, o Ministério das Relações Exteriores liberou seis passaportes a líderes religiosos de igrejas evangélicas.

Toni Reis, presidente da associação, redigiu uma carta ao ministro Antonio Patriota exigindo igualdade de direitos, sob argumento de que a ABGLT também atua fora do País. "(A concessão de passaportes diplomáticos) não pode ser privilégio ou de uma religião, ou de um grupo. Senão é discriminação", disse Reis.

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No ofício encaminhado ao Itamaraty, o presidente escreveu: "Vimos solicitar que sejam concedidos da mesma forma passaportes diplomáticos para os/as integrantes da ABGLT relacionados a seguir, para que possam realizar um trabalho de promoção e defesa dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) nos 75 países onde ser LGBT é crime e nos 7 países onde existe pena da morte para as pessoas LGBT".

Só na última semana, seis líderes de igrejas evangélicas receberam passaportes diplomáticos com validade de um ano: Romildo Ribeiro Soares - o R.R Soares - e sua mulher, ambos da Igreja Internacional da Graça de Deus; o apóstolo Valdemiro Santiago de Oliveira e sua mulher, da Igreja Municipal do Poder de Deus; e da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Samuel Cássio Ferreira e Keila Campos Costa.

Brasileiros com passaporte diplomático têm direito a acesso em filas separadas em alguns aeroportos do mundo e dão a facilidade para obtenção de vistos em alguns países. O Ministério das Relações Exteriores informou por meio da assessoria de imprensa que todos os pedidos formalizados são analisados, caso a caso.

Uma das grandes novidades do Expresso Forrozeiro deste ano foi cancelada. O Passeio da Diversidade, que aconteceria neste sábado (30), não será mais realizado.

Segundo Fábia Amorim, organizadora do evento, a mudança foi necessária por causa de problemas originados. “Infelizmente, ainda temos muito preconceito e essa inovação trouxe reações que não esperávamos”, explicou. A intenção deste dia era fazer uma festa com ênfase ao público gay, mas sem fechar as portas para os demais.

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“Não tivemos procura suficiente deste público, nem mesmo dos que não se encaixam na categoria GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais), por isso mudamos os planos”, disse Fábia.

O passeio será feito normalmente, saindo às 10h, da Estação Velha, mas sem os adornos que seriam deste dia especial. Os ingressos custam R$ 110 e podem ser adquiridos através do site www.expressoforrozeiro.com.br. Estudantes e idosos pagam meia-entrada. Menores de sete anos tem entrada franca.

O Expresso Forrozeiro é um trem com sete vagões que sai da Estação Velha de Campina Grande, em direção ao Distrito de Galante, uma viagem que dura em média 1h30. Há trios de forró em todos os vagões e também em Galante.

A Câmara dos Deputados discute nesta quinta-feira o projeto de lei que busca autorização para que psicólogos proponham tratamentos para a homossexualidade. O debate gera críticas de entidades ligadas a movimentos contra a homofobia e ao Conselho Federal de Psicologia (CFP), que atualmente veta que profissionais da área tratem a homossexualismo como transtorno psíquico.

"O motivo da audiência, em si, já é um contrassenso, pois tenta interferir na decisão de um conselho profissional legalmente instituído", afirma o presidente do CFP, Humberto Verona. "Na opinião do conselho, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de todos os órgãos competentes, o homossexualismo não é doença, desvio ou qualquer tipo de perversão."

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O Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, do deputado João Campos (PSDB-GO), quer suprimir dois pontos da resolução da CFP, de 1999. No documento, a entidade proíbe os profissionais da área de colaborar com "eventos e serviços que proponham tratamento e cura da homossexualidade" e de "reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".

Apesar de receber o convite para participar da audiência de hoje, o CFP publicou uma manifestação de repúdio ao projeto. "Fomos convidados, mas não vamos comparecer, pois estamos repudiando a forma antidemocrática como esse debate será conduzido", diz Verona. "O deputado convidou quatro pessoas que representam a mesma posição e pôs o conselho do outro lado para ser massacrado. É uma audiência de cartas marcadas."

Psicóloga cristã

O psicólogo Luciano Garrido, que também foi convidado para a audiência pública, rebate as críticas. "O conselho está aparelhado em favor de causas políticas, como o movimento pró-LGBT. Há influência muito grande desses setores e as pessoas do conselho usam seus poderes normativos para impor normas, em vez de promover o debate intelectual."

Ele nega, porém, que os defensores de mudança na resolução queiram tratar o homossexualismo como doença. "Não considero a homossexualidade uma anomalia ou patologia, mas a psicologia não se resume a questões de saúde e doença. Não se pode reduzi-la a isso."

Suplente na Comissão de Seguridade Social e Família, João Campos tem o apoio de psicólogos ligados a movimentos religiosos, como Marisa Lobo, que se autodenomina "psicóloga cristã" - recentemente, ela foi alvo de uma investigação do conselho por associar psicologia e religião nas redes sociais.

"Não proibimos ninguém de falar sobre nada. Mas não pode falar como psicólogo, pois a profissão não reconhece", afirma Verona. "Ela (Rozângela) foi alvo de um processo público e acabou condenada por oferecer tratamento psicológico para o homossexualismo." No processo, a psicóloga sofreu censura pública do conselho. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 O partido do presidente Nicolas Sarkozy disse que vai expulsar um deputado que minimizou a perseguição contra os gays durante a Segunda Guerra Mundial e deu a entender que os homossexuais têm muita influência na França.

O presidente do União por um Movimento Popular (UMP), Jean-Francois Cope, disse nesta quarta-feira que o deputado Christian Vanneste será expulso por causa de seus "comentários profundamente ofensivos e intoleráveis".

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Num vídeo postado num site francês, Vanneste disse que os gays "estão no coração do poder" na França e fez referência à "lenda da deportação de homossexuais" durante a guerra. Historiadores estimam que milhares de homens gays tenham sido enviados para campos de concentração nazistas.

As declarações atraíram uma grande quantidade de críticas tanto da esquerda quanto da direita francesas. As informações são da Associated Press.

*foto: wikimedia commons

Dois taxistas clandestinos foram presos hoje acusados de agredir um casal homossexual que se recusou a fazer uma corrida com eles quando saía do aeroporto internacional do Galeão, na Ilha do Governador (zona norte do Rio).

Segundo a Polícia Civil, o casal foi abordado por um dos taxistas, que ofereceu uma corrida. Como os dois possíveis clientes se recusaram a entrar no táxi, o motorista começou a xingar e depois a agredir o casal com socos e chutes. Um rapaz tentou interromper a briga, mas o segundo taxista também entrou na confusão e a agressão continuou.

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Quando uma das vítimas caiu, o segundo taxista chutou sua cabeça. A briga só parou com a chegada de seguranças e policiais. As imagens foram gravadas por câmeras de segurança do aeroporto. Um dos taxistas, de 31 anos, foi preso logo após a agressão. O outro, de 41 anos, fugiu, mas foi identificado e preso hoje à noite. Eles foram indiciados por tentativa de homicídio.

A vítima agredida com chute na cabeça fraturou ossos do rosto e está internado em um hospital da Ilha do Governador. Ele não corre risco de morte.

Com medo de agressões, o casal de sargentos Laci de Araújo e Fernando Figueiredo, afastados do Exército, recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) em busca de refúgio. Os militares alegam que sofrem perseguição sistemática no País e buscam transferência para um lugar onde possam levar uma "vida normal", conforme explicaram em entrevista ao site de notícias Congresso em Foco.

O Ministério da Defesa e o Comando do Exército não quiseram comentar a decisão dos dois sargentos, que assumiram a relação homoafetiva no ano de 2008 e desde então alegam que passaram a sofrer retaliações dos superiores hierárquicos. Hoje, ambos os sargentos estão desligados do Exército, na condição de reformados. Em caráter reservado, militares ouvidos pela reportagem consideraram o ato descabido porque, conforme afirmam, os sargentos conseguiram tudo o que reivindicavam: foram transferidos para a inatividade com todos os direitos preservados.

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O Exército, segundo essas fontes, agiu com bom senso e adotou uma postura moderna, deixando de aplicar a legislação militar, que prevê o desligamento "com desonra" nesses casos. Essa punição, adotada também pela Marinha e pela Aeronáutica, está prevista no Código Penal Militar, reformado em 1984, já no fim da ditadura militar, e no Regulamento Disciplinar do Exército, que já tem mais de cem anos. Depois de longa batalha judicial, os sargentos foram aposentados com direito a proventos integrais e serviços de saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rebateu seus rivais republicanos, dizendo que quem deseja ser Comandante em chefe precisa apoiar todo o Exército, incluindo os gays. Obama, em tom combativo, criticou, em jantar na noite de ontem, os candidatos republicanos às eleições presidenciais por ficarem calados quando as pessoas, em um debate recente, vaiaram um soldado gay que havia feito uma pergunta aos concorrentes via vídeo.

"Você quer ser Comandante em chefe? Pode começar apoiando homens e mulheres que vestem o uniforme dos Estados Unidos, mesmo quando não é politicamente conveniente", disse Obama, durante discurso no jantar anual da Human Rights Campaign, maior organização norte-americana de defesa dos direitos dos gays.

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Em relação às vaias durante o debate do Partido Republicano, em 27 de setembro, Obama disse: "Nós não concordamos em ficar em silêncio quando isso acontece". Obama evitou endosso ao casamento gay, dizendo apenas que "todo americano merece ser tratado de forma equânime aos olhos da lei". O presidente dos EUA disse que suas visões sobre o casamento gay estão "evoluindo", mas agora ele apoia apenas a união civil. As informações são da Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, emitiu um comunicado nesta terça-feira, no qual se disse confiante que a retirada da proibição de que militares abertamente homossexuais sirvam nas Forças Armadas irá melhorar a segurança nacional americana. A lei "não pergunte, não conte", que vigorava desde a era Clinton, na década de 1990, foi banida hoje.

"Patriotas americanos em uniforme não terão mais que mentir sobre quem eles são para servir o país que amam", disse Obama. "A partir de hoje, nossas Forças Armadas não perderão mais a extraordinária destreza e experiência de combate de tantos militares gays e lésbicas", afirmou o mandatário.

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O Exército dos EUA distribuiu um comunicado nesta terça-feira, no qual informou laconicamente que "a lei foi repelida" e lembrou aos soldados que eles precisam se tratar com humanidade e cordialidade.

"A partir de hoje, gays e lésbicas servirão no nosso Exército com a dignidade e o respeito que merecem", disse o comunicado do Exército, assinado pelo secretário da arma, John M. McHugh, pelo chefe de Estado-Maior do Exército, o general Raymond Odierno, e pelo sargento-major Raymond F. Chandler III.

As informações são da Associated Press.

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