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Soldados amotinados no Gabão proclamaram nesta quarta-feira, 30, o chefe da guarda republicana como novo líder, após colocarem o presidente recém-reeleito, Ali Bongo Ondimba, em prisão domiciliar. Ao dar o golpe, os militares alegaram traição e peculato de Bongo.

Em uma declaração na TV estatal, os líderes do golpe afirmaram que o general Brice Clotaire Oligui Nguema havia sido designado "por unanimidade" como presidente de um comitê de transição para liderar o Gabão. Oligui é primo de Bongo, que pouco antes do golpe havia sido declarado vencedor das eleições do fim de semana. Oligui disse que Bongo "havia sido aposentado". "Ele manteve todos os seus direitos. É uma pessoa comum do Gabão, como todos os outros."

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general Brice Clotaire Oligui Nguema. Foto: AFP

Bongo buscava um terceiro mandato. Ele chegou ao poder em 2009, após a morte de seu pai, Omar Bongo, que governou o país por 41 anos. Ao todo, o clã estava à frente do Gabão havia 56 anos. O golpe é o mais recente de uma série de quarteladas em uma faixa de países na África - pelo menos oito nos últimos três anos, incluindo uma no mês passado em Níger.

Comitê

O comitê eleitoral do Gabão havia anunciado a vitória de Bongo, de 64 anos, com 64% dos votos quando começaram os tiros no centro da capital, Libreville. Dezenas de soldados uniformizados haviam iniciado o golpe.

"Reafirmamos o nosso compromisso de respeitar os acordos do Gabão com a comunidade nacional e internacional", disse um porta-voz do grupo, que tem membros da polícia, da guarda republicana e de outras forças de segurança.

Todas as eleições realizadas no Gabão desde o regresso do país a um sistema multipartidário, em 1990, terminaram em violência. Os confrontos entre as forças do governo e os manifestantes, após a votação de 2016, deixaram quatro mortos. A oposição, no entanto, garante que o número de vítimas da repressão foi muito maior.

Fronteiras

Na eleição do fim de semana, Bongo enfrentou uma coalizão de oposição liderada pelo professor de economia e ex-ministro da Educação, Albert Ondo Ossa, que se lançou candidato uma semana antes da votação.

Ontem, os militares anularam as eleições, fecharam as fronteiras, dissolveram governo, Senado, Assembleia Nacional e Tribunal Constitucional. As autoridades do Gabão já tinham cortado a conexão com a internet e imposto um toque de recolher.

Em 2019, um grupo de soldados havia tentado aplicar um golpe de Estado durante uma viagem de Bongo ao Marrocos, para se recuperar de um derrame. Os militares, porém, acabaram derrotados. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O presidente do Níger, Mohamed Bazoum, foi detido por membros da Guarda Presidencial (GP) nesta quarta-feira (26), em uma tentativa de golpe de Estado condenada por países africanos e pela UE.

Segundo uma fonte próxima à Presidência, que pediu anonimato, "depois de algumas negociações, a Guarda Presidencial recusou-se a libertar o presidente e o exército deu um ultimato", provocado pelo "impulso" dos membros da guarda presidencial, que bloquearam o acesso à Presidência, em Niamey.

Outra fonte próxima ao presidente Bazoum, no poder desde abril de 2021, disse à AFP que a tentativa de golpe estava "destinada ao fracasso".

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) confirmou a "tentativa de golpe de Estado" e manifestou o seu "espanto e preocupação", exortando "os autores deste ato a libertarem imediata e incondicionalmente o Presidente da República democraticamente eleito".

Em uma mensagem publicada na rede social Twitter, agora renomeada X, posteriormente apagada, a Presidência do Níger indicava que "elementos da guarda presidencial (GP) [...] tentaram, em vão, obter o apoio das forças armadas nacionais e da guarda nacional".

"O exército e a Guarda Nacional estão dispostos a atacar os elementos da GP envolvidos" caso não mudem de postura, acrescentou a Presidência, que destacou que tanto Bazoum como a sua família "estão bem".

A União Africana (UA) condenou a "tentativa de golpe de Estado" e pediu o "retorno imediato e incondicional dos militares traidores aos seus quartéis".

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, também manifestou a sua rejeição e disse estar "muito preocupado", afirmando que o bloco "condena qualquer tentativa de desestabilizar a democracia e ameaçar a estabilização do Níger".

Em carta escrita na prisão, o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) chamou o senador Marcos do Val (Podemos-ES) de "palhaço" devido ao depoimento do capixaba a respeito de uma suposta reunião golpista com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 8 de dezembro de 2022, no Palácio do Alvorada, que virou alvo de investigação da Polícia Federal.

Do Val voltou a afirmar à PF nessa quarta-feira (19) ter se reunido com Silveira e Bolsonaro para "tratar sobre a possível gravação do ministro Alexandre (de Moraes) com a finalidade de invalidar as eleições". Ele também disse que o ex-deputado o procurou "insistentemente" para idealizar e marcar o encontro, e que o convite foi feito por Bolsonaro. A versão difere da apresentada pelo ex-presidente à Polícia Federal. No dia 12, Bolsonaro negou que qualquer plano de gravar Moraes tivesse sido discutido na reunião e afirmou que "não teve contato anterior" com do Val.

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"O presidente [Bolsonaro] o recebeu como qualquer outro parlamentar. A conversa durou pouco tempo, entre 10 min ou pouco mais, e peça [sic] que não me cobre que seja um cronômetro para marcar tempo de uma porcaria de reunião que se tornou um circo por conta de um palhaço", escreveu Silveira, na carta.

"Palhaço este que inventou uma história que torna-se cada vez mais ridícula pelo óbvio. Nem o presidente, nem eu jamais havíamos visto o membro da Swat, CIA, FBI, Mossad e Tutti quanti, portanto, porque [sic] pediríamos a ele, logo a ele, uma idiotice desta? Só um idiota roxo acreditaria nesta baboseira! Ademais, porque [sic] Alexandre de Moraes confessaria a ele, logo a ele, algo substancial que o incriminasse? Tem que ser um completo idiota para acreditar nesta história, e, fosse, verdade, sequer existe crime", acrescentou.

Silveira diz ainda que durante a reunião o senador somente elogiou Bolsonaro e que o nome de Alexandre de Moraes sequer foi citado. A carta foi entregue à esposa de Daniel Silveira, a advogada Paola da Silva Daniel, e publicizada pelo defensor do ex-parlamentar, Paulo Faria. Em nota, o advogado afirmou que o depoimento de do Val foi leviano e falso, e assegurou que o senador responderá civil e criminalmente por seus atos. Veja a íntegra:

Silveira foi preso em 2 de fevereiro deste ano, após perder o foro privilegiado. A prisão ocorreu depois de o ex-parlamentar não cumprir as medidas cautelares definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em sua condenação, em abril do ano passado, por atos antidemocráticos. O Supremo condenou Silveira por incitar agressões a ministros e defender, em vídeos, o fechamento da Corte.

Procurado, Marcos do Val informou, por meio de sua assessoria, que não irá comentar a carta de Silveira.

Em novo depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira, 19, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) voltou a afirmar que o ex-deputado Daniel Silveira se reuniu com ele e o então presidente Jair Bolsonaro (PL) para 'tratar sobre a possível gravação do ministro Alexandre (de Moraes) com a finalidade de invalidar as eleições' em um encontro de cunho supostamente golpista que também envolveria pessoas 'Cinco Estrelas'. Muitas das afirmações de Do Val se contrapõem ao depoimento dado à PF pelo próprio ex-presidente na semana passada.

O senador foi ouvido por três delegados federais que integram os quadros da Coordenação de Inquéritos dos Tribunais Superiores, unidade da PF que conduz investigações sensíveis envolvendo alvos com foro privilegiado.

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Em oitiva no dia 12 de julho sobre a suposta trama golpista, Bolsonaro negou que qualquer plano de gravar Moraes tivesse sido discutido na reunião com Silveira e do Val. 'Nada foi falado sobre o ministro Alexandre de Moraes', alegou. Do Val, no entanto, deixou claro que Silveira falou sobre a proposta 'na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro', ainda que o ex-presidente, segundo o senador, não tenha se manifestado durante a conversa.

No dia 12, Bolsonaro disse ainda não saber se a iniciativa da reunião foi de do Val ou de Silveira e que 'não teve contato anterior' com do Val. O senador, no entanto, afirmou que foi o próprio ex-presidente que realizou o convite, com participação de Silveira.

Segundo do Val, a responsabilidade de idealizar e marcar a reunião foi de Daniel Silveira, assim como foi o próprio ex-deputado que o procurou 'insistentemente'. Contudo, quando Silveira o abordou às portas do Plenário do Senado Federal, ele 'já estava ao telefone com o ex-presidente Jair Bolsonaro'. Silveira teria, então, afastado o telefone e dito a do Val que o 'zero um' precisava falar com ele. Foi então que, por telefone, Bolsonaro teria lhe convidado para a reunião.

Envolvimento 'Cinco Estrelas'

Marcos do Val voltou a reforçar, em seu depoimento desta quarta-feira, que os únicos envolvidos na reunião que supostamente trataria de uma trama golpista foram ele, Bolsonaro e Silveira. Acrescentou, contudo, que o ex-deputado pretendia envolver mais gente.

Questionado pela PF se haveria a colaboração de outras pessoas na 'missão', do Val disse que Silveira não falou sobre isso durante a reunião, mas logo na sequência teria enviado mensagem por WhatsApp dizendo 'Irmão, essa missão está restrita a três pessoas e só irá ficar, provavelmente, com mais cinco após concluída. Cinco estrelas'. O senador disse não saber o que o ex-deputado quis dizer com esse termo e afirmou que não quis perguntar.

Ele voltou a informar, no entanto, que Silveira disse 'já possuir equipamentos de escuta e transmissão e um carro para captar áudio, mas não referiu de onde viriam esses equipamentos'.

Culpa de Bolsonaro na trama golpista

Apesar de ter entrado em contradição com Bolsonaro, do Val claramente buscou afastar a culpa do ex-presidente durante seu depoimento. Ele afirmou ter ficado claro que durante a reunião, Silveira estava tentando convencer tanto ao próprio senador quanto ao ex-presidente. Além disso, afirmou que 'pela expressão de surpresa do ex-presidente, acredita que apenas Daniel Silveira sabia do que seria tratado na reunião'.

Do Val ainda foi indagado sobre o que entende significar a mensagem 'coisa de maluco' que recebeu do ex-presidente em fevereiro, depois de enviar prints a ele com sua conversa com Silveira e Moraes. Ele respondeu que 'Bolsonaro se referia à 'missão' de Daniel como algo absurdo'.

'Persuasão' ou 'momento de raiva'

No depoimento desta quarta-feira, 19, Marcos do Val voltou a contradizer a si mesmo.

A primeira declaração dada pelo senador sobre a suposta trama golpista aconteceu em fevereiro, em entrevista à revista Veja. Na ocasião, o senador acusou Bolsonaro de tê-lo convidado a participar da trama golpista. Apenas mais tarde, quando questionado pela polícia, do Val voltou atrás e protegeu o ex-presidente, afirmando que o responsável teria sido Daniel Silveira e que Bolsonaro teria ficado em silêncio.

Questionado sobre a contradição em entrevista à emissora Globo News, o senador admitiu ter mentido à imprensa disse que teria usado a 'estratégia da persuasão' na primeira declaração para atrair a atenção da imprensa.

No entanto, no depoimento desta quarta, ele deu uma nova explicação para as acusações contra o ex-presidente. Segundo ele, a entrevista teria sido feita em um momento em que estaria 'sofrendo enorme pressão de eleitores' que acreditavam que ele não apoiaria a candidatura de Rogério Marinho (PL), candidato de Bolsonaro, à presidência do Senado. Ele disse que naquele momento sua filha teria recebido ameaças e que isso teria sido o 'gatilho' que o levou a acusar o ex-presidente durante a entrevista à Veja.

Nesta quarta, afirmou que 'percebendo que havia feito essas acusações infudadas, em um momento de raiva, resolveu desdizê-las em várias manifestações posteriores'. Seria a razão a razão de suas constantes contradições.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) presta novo depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (19), às 14h. A oitiva faz parte de uma investigação que apura suposta tentativa de golpe de Estado, plano denunciado pelo próprio parlamentar em entrevistas e publicações nas redes sociais. A trama também teria o envolvimento do deputado cassado Daniel Silveira (PTB-RJ) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que prestou depoimento à PF nesta investigação.

A investigação foi aberta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, depois de o senador ter dado diferentes versões sobre a trama golpista. Em fevereiro, Do Val afirmou que tinha sido coagido por Bolsonaro a participar do plano.

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"Eu ficava p... quando me chamavam de bolsonarista. ‘Ah, o senador bolsonarista e tal’. Vocês esperem. Eu vou soltar uma bomba aqui para vocês: sexta-feira, vai sair na Veja, a tentativa do Bolsonaro, que me coagiu para que eu pudesse dar um golpe de Estado junto com ele", disse durante uma live nas redes sociais, sem especificar quando ocorreu a suposta coação e nem a quem ele denunciou a tentativa de golpe.

Além de usar as redes para relatar o plano, Do Val contou à Veja detalhes do caso. Segundo ele, a ideia era gravar Moraes para arrancar do ministro alguma declaração comprometedora que pudesse levar o magistrado à prisão, pôr em dúvida o resultado da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impedindo a diplomação e a posse do petista.

Do Val disse a Veja que Silveira e Bolsonaro o teriam convidado para, segundo ele, participar uma ação "esdrúxula, imoral e até criminal". De acordo com as declarações do senador à revista, foi Silveira quem o chamou para conversar sobre "um assunto importante" com Bolsonaro.

Sem dar uma resposta, Do Val teria pedido para pensar e, na manhã seguinte, teria recebido uma ligação de Silveira cobrando uma posição. Entretanto, posteriormente em um encontro com Moraes, o senador supostamente contou os detalhes proposta recebida. Em resposta, o ministro teria dito "Não acredito". No mesmo dia, o senador teria declinado a participação com Silveira.

Após a publicação da revista e ter recebido ligações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Do Val mudou sua versão sobre a denúncia e passou a dizer que o plano, na verdade, foi de Silveira, que na época tinha sido preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) por violação de decisão judicial.

Depoimento de Bolsonaro

Na última quarta-feira (12), Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso envolvendo o suposto plano de golpe. O ex-chefe do Executivo confirmou ter se encontrado com Do Val e Silveira no dia 8 de dezembro, no Palácio da Alvorada. Afirmou também que quem solicitou a reunião foi o ex-deputado condenado pelo STF e que, até então, nunca tinha se reunido pessoalmente com o senador.

Bolsonaro ainda afirmou que o nome do magistrado não foi citado no encontro. "Não foi levantado nenhum plano, nenhum ato preparatório, sequer de gravar o ministro Alexandre de Moraes", afirmou Bolsonaro. "Nada foi falado sobre o ministro", frisou.

A apuração feita pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem repercutido no mundo político e as revelações seguem. Em uma das conversas, Cid indicou que o ex-presidente teve receio de autorizar o golpe de Estado por desconfiar dos comandantes do Exército.

Na conversa encontrada no celular de Mauro Cid, o coronel de artilharia do Exército Jean Lawand Júnior envia um áudio para tentar convencê-lo a colocar o golpe em prática. "Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele [Bolsonaro] dê a ordem, que o povo tá com ele, cara. Se os caras não cumprirem, o problema é deles. Acaba o Exército Brasileiro se esses cara não cumprir a ordem do, do Comandante Supremo', disse. 

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O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro responde que "o Pr [Presidente] não pode dar uma ordem... se ele não confia no ACe [Alto Comando do Exército]. Depois de receber a mensagem, Lewand diz que "ferrou" e reforça que "vai ter que ser pelo povo mesmo". 

Mauro Cid sinaliza apenas com um "infelizmente" e diz que tem "muita coisa acontecendo" quando Lewand pede que ele tente convencer Bolsonaro. 

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) publicou um vídeo no Instagram na terça-feira (29), e incita os generais quatro estrelas a darem um golpe de estado e não permitirem que Lula (PT) tome posse no dia 1º de janeiro de 2023. “No dia 1º de janeiro vocês vão querer prestar continência a um bandido ou à bandeira brasileira”, afrontou.

Ao falar sobre os bolsonaristas que permanecem em frente aos quartéis generais em manifestação antidemocrática contrários ao resultado das urnas, a deputada federal pediu que os generais “salvem a alma do Brasil”. “O povo está na frente dos quartéis generais pedindo para que os senhores salvem as nossas almas. Eu queria pedir que os senhores olhem um pouquinho menos para dentro de si [olhem] e para o nome dos senhores perante a história. Olhem o que já está acontecendo hoje perante o mundo e os próximos anos”, pediu. 

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“Senhores generais quatro estrelas, vocês são os guardiões da nossa Constituição. Na falta de Supremos que alvejam e rasgam a nossa Constituição, os senhores são a garantia da lei da ordem, e nós contamos com os senhores. Há 29 dias as pessoas estão na porta dos quartéis clamando S.O.S. Isso não depende de partidarismo. Vocês são apartidários e estão aqui para defender a nossa Nação, a nossa Constituição e a garantia da lei da Ordem”, incitou Zambelli. 

Seis deputados democratas dos Estados Unidos tentam aprovar uma emenda à lei de orçamento de Defesa do próximo ano que exige uma investigação sobre a suposta interferência das Forças Armadas brasileiras nas eleições de outubro e a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil.

A proposta pede que no máximo em 30 dias, em caso de aprovação da emenda, o Secretário de Estado apresente ao Congresso um relatório "sobre todas as ações tomadas pelas Forças Armadas do Brasil, com relação às eleições presidenciais marcadas para outubro de 2022". Dessa maneira, o Brasil não estaria mais apto a acessar fundos destinados a programas globais de saúde, a missões de paz e a auxílios contra desastres, crise migratória e de refugiados, para conservação ambiental e combate ao tráfico internacional de drogas, antiterrorismo entre outros exemplos.

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A emenda, denominada "neutralidade das forças armadas brasileiras durante as eleições presidenciais", foi apresentada pelo deputado democrata Tom Malinowski, de Nova Jersey, e recebeu apoio dos colegas de partido Albio Sires, Joaquin Castro, Susan Wild, Ilhan Omar e Hank Johnson. A emenda é a única que menciona diretamente o Brasil em sua descrição entre as 1.172 propostas incluídas no debate do National Defense Authorization Act (NDAA) para 2023.

O documento cita cinco ataques em potencial à democracia no Brasil, incluindo a promoção de desconfiança sobre o sistema eleitoral, o encorajamento de manifestações golpistas e medidas que tenham como objetivo a interferência direta no andamento das eleições e no resultado do pleito. A comprovação de algum desses pontos poderia fazer com que o Brasil fosse enquadrado na Seção 7008 - que estabelece que nenhum recurso deve ser gasto para financiar países que tenham deposto governantes por golpe de estado ou decreto militar e até que um novo chefe de estado seja democraticamente eleito.

Essa não é a primeira vez que deputados da ala democrata dos Estados Unidos criticam o governo de Jair Bolsonaro e se mobilizam para vetar ajuda ao Brasil desde que o governo do ex-presidente Donald Trump decidiu designar o país como aliado preferencial fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Recentemente, o porta-voz da Casa Branca relatou que o atual presidente, o democrata Joe Biden, disse a Bolsonaro que espera que os resultados das eleições brasileiras sejam respeitados.

Entre os episódios polêmicos com envolvimento das Forças Armadas estão o desfile de blindados em frente ao Congresso no dia do arquivamento da PEC do Voto Impresso e o recado de teor golpista dado a parlamentares pelo ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto, ainda em 2021. Neste ano, o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados vêm usando uma série de questionamentos enviados pelas Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para disseminar a ideia de que as urnas eletrônicas são fraudulentas.

Análise

Segundo o doutor em relações internacionais Carlos Gustavo Poggio, os comitês de orçamento dos Estados Unidos são controlados pelos democratas, o que facilita a inclusão de emendas. Para o especialista, a proposta de atrelar auxílios a questões políticas costuma surgir em relação a países com democracias menos consolidadas e a possibilidade de a emenda avançar no Congresso existe.

"Esse é um problema do governo brasileiro, que não foi capaz de construir relações com as instituições americanas. Não se faz relações com os Estados Unidos apenas sendo amigo do Donald Trump e antagonizando o outro lado. Agora os democratas estão no poder e podem atuar contra os interesses de Bolsonaro", avalia Poggio.

A União Africana (UA) anunciou nesta segunda-feira (31) que suspendeu Burkina Faso de todas as atividades na organização, até que a ordem constitucional seja restaurada no país, depois do golpe de Estado ocorrido na semana passada.

"O Conselho decide [...] suspender a participação de Burkina Faso em todas as atividades da UA até o restabelecimento efetivo da ordem constitucional no país", tuitou o Conselho de Paz e de Segurança, encarregado de conflitos e questões de segurança dentro da instituição.

Na última sexta-feira (28), o país já havia sido suspenso das instâncias da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), assim se fez com Guiné e Mali. Ambos os países também foram, recentemente, palco de golpes de Estado.

Uma delegação de ministros das Relações Exteriores da CEDEAO deve visitar Uagadugu, capital de Burkina Faso, nesta segunda, para uma reunião com membros da junta militar.

Os militares tomaram o poder em 24 de janeiro e colocaram o presidente Roch Marc Christian Kaboré em prisão domiciliar.

Assim como Mali e Níger, Burkina Faso está mergulhada, desde 2015, em uma espiral de violência atribuída a movimentos jihadistas afiliados à Al Qaeda e ao grupo Estado Islâmico (EI). Até o momento, o balanço desta escalada é de pelo menos 2.000 mortos e 1,4 milhão de deslocados.

O dia desta quarta-feira (3) foi "o mais sangrento" registrado em Mianmar desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro, com "38 mortos", afirmou a emissária da ONU para este país, a suíça Christine Schraner Burgener, que pediu "medidas muito duras" contra o exército.

"Temos agora mais de 50 mortos desde o início do golpe de Estado e vários feridos", declarou em coletiva de imprensa virtual com jornalistas da ONU.

A emissária afirmou que mantém contato com todas as partes em Mianmar, incluindo os militares. Esses últimos indicaram que planejam eleições "em um ano", acrescentou.

Questionada sobre as condições impostas pelos militares para uma possível visita sua à Mianmar, que a ONU exige há um mês, Schraner respondeu que disseram a ela que seria bem-vinda, mas "não agora", porque precisam resolver alguns problemas antes.

Por outro lado, Schraner destacou que os Estados-membros da ONU e o Conselho de Segurança - que se reúne na sexta-feira a pedido da Grã-Bretanha - "têm que tomar medidas muito duras" contra o exército birmanês.

"Tive uma discussão com o exército e adverti que os Estados-membros e o Conselho de Segurança poderiam tomar medidas enormes e fortes. A resposta foi: 'Estamos acostumados com sanções e sobrevivemos a elas no passado", explicou.

"Cabe aos Estados-membros tomar as decisões certas", insistiu ela, argumentando que China e Rússia, principais aliados de Mianmar, não podem mais alegar que o golpe era um assunto interno.

As forças de segurança birmanesas continuaram disparando balas reais contra os manifestantes nesta quarta-feira, desafiando todas as condenações internacionais. A junta militar intensificou sua repressão desde o golpe que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi em 1º de fevereiro.

As forças de segurança birmanesas dispersaram nesta sexta-feira (26) em Yangon centenas de manifestantes que exigiam o retorno da democracia e a libertação de Aung San Suu Kyi, em um novo dia de tensões após o golpe de Estado no país.

Mianmar continua mergulhada em uma onda de protestos, com manifestações que levaram centenas de milhares de pessoas às ruas, desde que os militares tomaram o poder em 1º de fevereiro.

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A enviada da ONU a Mianmar, Christine Schraner Burgener, condenou "energicamente" as recentes ações da junta militar, inclusive seu "inaceitável" uso da força letal, disse nesta sexta à Assembleia Geral da ONU, reunida em sessão especial sobre a situação neste país do sudeste asiático.

A polícia e o exército intervieram com rigor em algumas localidades, mas em Yangon, a capital econômica, até agora tinham conseguido dispersar os protestos com importantes contingentes, sem o uso excessivo da força.

No entanto, nesta sexta, os agentes da tropa de choque foram ao encontro dos manifestantes, embora a maioria deles estivesse sentada no chão e repetisse lemas a favor da democracia.

Seis manifestantes foram detidos, entre eles um jornalista japonês independente, que "levou um golpe na cabeça com um cassetete, mas usava um capacete", relatou o assistente do jornalista no Facebook.

Os manifestantes ergueram barricadas com mesas e arame farpado para barrar a intervenção policial.

"O fracasso da ditadura é a nossa causa, nossa causa!", gritavam os manifestantes.

- Polícia atira pedras -

Também houve protestos em Mandalay, a segunda cidade mais populosa do país.

Milhares de pessoas se concentraram no centro da cidade, muitas vestidas de branco e usando máscaras e chapéus vermelhos, cor da Liga Nacional para a Democracia (LND), o partido de Aung San Suu Kyi.

Ao final do protesto, a polícia usou estilingues para atirar pedras contra os manifestantes. Cinco deles ficaram feridos, um deles gravemente, informou o médico Thet Htay.

Em Yangon, o clima está tenso desde a quinta-feira, quando foi autorizada uma concentração pró-militar em uma região do centro da cidade que no geral fica vetada às manifestações.

O número de mortos desde o golpe de Estado subiu para cinco e são 720 os detidos desde então, segundo uma associação de ajuda aos presos políticos, inclusive um economista australiano, Sean Turnell, assessor de Aung San Suu Kyi.

De acordo com o jornal estatal Mirror Daily, as forças de segurança usaram granadas de dispersão e atiraram munição real para o alto para dispersar os protestos.

- "Reverter essa situação inadmissível" -

Enquanto a tensão permanece nas ruas de Mianmar, a comunidade internacional continua denunciando o uso da força por parte da junta militar.

"Não há justificativa para as ações dos militares e devemos continuar pedindo para reverter essa situação inadmissível, esgotando todos os canais bilaterais e multilaterais para voltar a encaminhar Mianmar no rumo da democracia", disse nesta sexta a enviada da ONU a Mianmar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em videoconferência.

Além disso, o embaixador birmanês na ONU, Kyaw Moe Tun, expressou uma oposição categórica aos militares e exigiu o fim do golpe de Estado.

"Precisamos da ação mais enérgica possível da comunidade internacional para pôr fim imediatamente ao golpe militar", disse, com voz embargada, à Assembleia Geral.

A União Europeia e os Estados Unidos já tinham aumentado a pressão sobre a junta com o anúncio no começo desta semana de novas sanções econômicas contra líderes do governo militar.

Os birmaneses protestavam nesta quinta-feira (11) pelo sexto dia consecutivo contra o golpe militar que derrubou Aung San Suu Kyi, apesar da proibição de reuniões e de uma nova onda de prisões.

O medo de represálias é palpável, dois dias após o uso da força pela Polícia que deixou vários feridos, dois deles em estado grave. Uma jovem levou um tiro na cabeça e sua situação é crítica.

As prisões continuam. Mais de 200 pessoas - membros da Liga Nacional para a Democracia (LND), partido de Aung San Suu Kyi, e ativistas - foram presos desde o golpe de 1º de fevereiro, segundo uma ONG humanitária.

Novas prisões ocorreram esta madrugada, incluindo a do vice-presidente da câmara baixa do Parlamento, e de várias autoridades locais.

Apesar disso, os manifestantes continuam a tomar as ruas para exigir a libertação dos detidos, o fim da ditadura e a abolição da Constituição de 2008, que é muito favorável ao Exército.

"Não vá para o escritório!", gritava um grupo de manifestantes em frente ao Banco Central de Mianmar em Yangon, a capital econômica, respondendo aos apelos por "desobediência civil".

"Protestaremos até que Aung San Suu Kyi (ex-chefe de fato do governo civil) e Win Myint (ex-presidente da República) sejam libertados", declarou à AFP um funcionário do banco.

No início da tarde, dezenas de milhares de manifestantes marcharam pela cidade, incluindo homens de saias. "Não nos retiraremos até que a democracia esteja de volta", dizia um cartaz.

Membros das etnias karen, rakhine ou kachin, em roupas tradicionais, aderiram aos protestos. "Nossos grupos étnicos devem se unir para lutar contra a ditadura militar", observou Saw Z Net, um karen, enquanto algumas minorias estão há décadas em conflito com os militares.

- "Libertação imediata" -

A escalada de violência contra os manifestantes foi condenada internacionalmente.

O presidente americano, Joe Biden, anunciou na quarta que seu governo reduziria o acesso dos generais birmaneses a US$ 1 bilhão em fundos nos Estados Unidos e que revelaria novas sanções ainda esta semana.

"Mais uma vez, peço aos militares que libertem imediatamente todos os líderes políticos eleitos democraticamente e ativistas", acrescentou Biden. Mianmar é seu primeiro dossiê diplomático importante desde sua eleição.

A União Europeia também poderia adotar novas sanções, advertiu Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia.

Elas poderiam ter como alvo o chefe do Exército, Min Aung Hlaing - autor do golpe -, e outros generais, já sancionados pelos abusos contra a minoria muçulmana rohingya em 2017.

Poderosos conglomerados controlados pelo Exército também poderiam ser visados, depois que as sanções contra eles foram levantadas durante o frágil parêntese democrático de 10 anos, encerrado abruptamente pelo golpe.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU se reúne na sexta-feira para discutir a crise. A posição de Pequim e Moscou, tradicionais aliados do Exército birmanês nas Nações Unidas, será examinada de perto.

Desde 6 de fevereiro, os birmaneses vão às ruas para protestar. Este movimento não tem precedentes desde o levante popular de 2007, a "Revolução Açafrão" liderada pelos monges e violentamente reprimida pelos militares.

Mas as multidões têm diminuído nos últimos dias. As autoridades proibiram reuniões de mais de cinco pessoas em Yangon, Napypidaw, a capital administrativa, e outras cidades, e impuseram toque de recolher.

- Novas prisões -

O risco de repressão é real no país, que já viveu quase 50 anos sob o jugo dos militares desde sua independência em 1948.

O relator especial da ONU para Mianmar, Tom Andrews, condenou o uso da força. "Eles não podem roubar a esperança e a determinação de um povo", escreveu.

Um projeto de lei sobre cibersegurança que permite aos militares banir sites e forçar as redes sociais a entregar dados de usuários foi enviado a empresas de telecomunicações que operam no país, de acordo com a ONG MIDO.

A junta contesta a regularidade das eleições legislativas de novembro, vencidas de forma esmagadora pela NLD, embora os observadores internacionais não tenham constatado nenhum problema importante.

Na realidade, os generais temiam que sua influência diminuísse após a vitória de Aung San Suu Kyi, que poderia querer mudar a Constituição.

Muito criticada pela comunidade internacional por sua passividade durante os crimes contra os rohingyas, a Nobel da Paz, em prisão domiciliar há 15 anos por sua oposição à junta, continua adorada em seu país.

Ela estaria "com boa saúde", em prisão domiciliar em Naypyidaw, segundo seu partido.

Cerca de 15 pessoas foram detidas na Turquia neste fim de semana por usar uma camiseta com a frase "herói". As autoridades interpretaram que se tratava de um apoio encoberto aos autores do golpe de Estado frustrado de 2016.

No sábado, foram presos um casal de Antalya e um adolescente de Canakkale por usarem as camisas com "herói" estampado, informou a agência de notícias Dogan.

As autoridades turcas acreditam que trata-se de um apoio disfarçado ao clérigo exilado nos Estados Unidos, Fethullah Gülen, a quem Ancara responsabiliza por ter incitado a tentativa de golpe de 15 de julho de 2016. Gülen nega a acusação.

Tudo começou em 13 de julho, quando um dos acusados de ter tentado matar o presidente Recep Tayyip Erdogan durante o golpe foi ao tribunal com uma camiseta em que se lia "herói".

Diante disso, Erdogan propôs na semana passada que as pessoas julgadas relacionadas com este caso usassem o mesmo uniforme, citando como exemplo os macacões laranja dos presos de Guantánamo.

Contando com os três detidos de sábado, as agências de notícia Dogan e Anatólia informaram que realizaram pelo menos 15 prisões deste tipo nesta semana.

Entre os presos está uma família processada relacionada ao golpe que foi ao tribunal de Ancara com a mesma camiseta.

Mas a maior parte dos detidos eram estudantes e operários que asseguraram não estar envolvidos na polêmica.

Pelo menos duas pessoas permanecem detidas à espera de um processo por "propaganda terrorista".

A rede social Twitter informou nesta sexta-feira (15) que suspeita que seu serviço está sendo intencionadamente prejudicado na Turquia, onde se desenrola uma tentativa de golpe de estado. 

"Não temos razões para pensar que estamos totalmente bloqueados na Turquia, mas suspeitamos que há uma desaceleração intencionada de nosso serviço no país", escreveu o Twitter em uma mensagem em sua conta oficial, @policy.

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Um grupo de golpistas dentro das Forças Armadas afirmou ter tomado o poder na Turquia. Na rede de televisão pública foi difundido um comunicado que decretava lei marcial e toque de recolher em todo o país.

O  presidente Recep Tayyip Erdogan apareceu rapidamente na televisão para denunciar uma tentativa de golpe de estado de uma minoria no interior das Forças Armadas e pediu à população que saísse às ruas para resistir.

Bangcoc - Centenas de manifestantes protestaram na manhã deste sábado (24) contra o chefe do Exército da Tailândia, Prayuth Chan-ocha, que surpreendeu o país e o mundo ao anunciar um golpe de Estado na última quinta-feira (22). A ação é considerada a primeira tentativa de golpe bem sucedida desde que o final da monarquia em 1932.

Os manifestantes caminharam mais de sete quilômetros pelas ruas da cidade em direção ao centro da capital, onde mais pessoas devem se juntar ao protesto. Após o golpe, o general proibiu reuniões de mais de cinco pessoas.

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"Nós não queremos um golpe de Estado e que não queremos Prayuth como um primeiro-ministro", disse um dos manifestantes. O grupo reivindica a realização de eleições.

Fonte: Dow Jones Newswires.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votou e aprovou por unanimidade, nesta sexta-feira, a imposição de sanções contra os líderes do golpe de Estado que em abril derrubou o governo democrático da Guiné-Bissau (ex-Guiné Portuguesa). A sanções nomeiam quatro generais e um tenente-coronel que agora estão sujeitos a uma proibição internacional de viagens. A ONU afirma que poderá adotar em breve um embargo à venda de armas à ex-colônia portuguesa e também congelar ativos financeiros se a ordem constitucional não for restaurada no país africano.

Os sujeitos às sanções são: o general Antonio Injai, que leu o primeiro comunicado emitido pelos militares após o golpe em 12 de abril; o major general Mamadu Ture, vice-chefe das Forças Armadas; o general Estevão da Mena, inspetor geral das Forças Armadas; o brigadeiro Ibraim Câmara, chefe da Força Aérea; e o tenente-coronel Dada Naualna, porta-voz do comando militar.

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No dia 12, os amotinados derrubaram o primeiro-ministro interino do país, Carlos Gomes Jr., atualmente exilado em Lisboa. O golpe ocorreu alguns dias antes do segundo turno das eleições presidenciais.

As informações são da Associated Press.

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